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1 Estágio em Processos Grupais - UDF Sabrina Feitosa O envelhecimento não é um processo homogêneo para todos, nem se deve à uma única causa. O envelhecer envolve processos endógenos e exógenos (PALÁSCIOS, 2004; como citado em SANTOS et al. 2009). O ser humano é programado geneticamente para se deteriorar, dando início à velhice. Essa deterioração pode acontecer mais cedo ou mais tarde a depender do modo de vida e saúde do sujeito (PALÁCIOS, 2004; como citado em SANTOS et al. 2009). O cérebro do idoso é diferente do cérebro do jovem. O cérebro idoso apresenta menor tamanho e peso (especialmente se o idoso vive ou viveu um processo de envelhecimento patológico), os sulcos ventricular se alargam e os giros se afinam (SANTOS et al. 2009). Depressão e demência são os principais quadros clínicos que comprometem a saúde do idoso (FORLENZA & ALMEIDA, 1997; como citado em SANTOS et al., 2009). Défices de memória são os mais frequentes em idosos (SANTOS et al., 2009). ▪ Comprometimento Cognitivo Leve (CCL): queixa de memória confirmada por um familiar, prejuízo mnemônico em testes neuropsicológicos, preservação das demais funções cognitivas e manutenção integral das atividades de vida diária (AVDs), ou seja, ausência de demência (PETERSEN et al., 2001; como citado em SANTOS et al., 2009). Segundo Santos et al. (2009), atualmente, estudos neurocientificos indicam que a presença de CCL é um fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer (DA). Em indivíduos com grau leve de DA, o tratamento farmacológico inclui inibidores da acetilcolinesterase, como donepezil, rivastigmina e galantamina. Já em indivíduos com estágio avançado da doença, é recomendado a memantina. Vale ressaltar que o tratamento não farmacológico também é importante - reabilitação neuropsicológica. A junção dos dois tratamentos dá melhores resultados (RINGMAN & CUMMINGS, 2006; BOTTINO et al., 2002; como citados em SANTOS et al., 2009). Problemas de memórias também são encontrados em pessoas com deficiência intelectual (DI). Além disso, estudos indicam que nesses indivíduos com DI, os défices podem acontecer precocemente. Adultos com síndrome de Down acima de 45 anos possuem maior risco para DA, devido às associações genéticas entre DA e síndrome de Down (SANTOS et al., 2009). Os fatores de prevenção primária se referem à atenção aos riscos ambientais ou pessoais que podem ser desencadeadores de doenças e não podem ser evitados ou alterados, por exemplo: idade e fatores genéticos. Nesse sentido, é possível vivenciar o envelhecimento saudável se, desde jovem, o indivíduo se preocupar em ter uma vida saudável (SANTOS et al., 2009). A prevenção secundária consiste na atenção à indivíduos que já possuem alguma Figura 1 – Cérebro idoso reduzido 2 Estágio em Processos Grupais - UDF Sabrina Feitosa doença/prejuízo cognitivo/disfunção (SANTOS et al., 2009). A prevenção terciária se refere ao tratamento para as pessoas que já possuem alguma doença ou disfunção. Em casos de déficits cognitivos, a reabilitação neuropsicológica pode ser incluída na atenção ao sujeito (SANTOS et al., 2009). Outro fator de proteção é o nível escolar. Segundo Satz (1993; como citado em SANTOS et al., 2009), o conhecimento acadêmico contribui para o desenvolvimento da Reserva Cognitiva – “conceito hipotético correspondente à capacidade de atenuar, nas habilidades cognitivas, os efeitos do declínio neural associados ao envelhecimento”. A reabilitação cognitiva tem como objetivo restaurar o funcionamento do indivíduo, ou seja, desenvolver repertórios para que o paciente seja capaz de lidar com as disfunções que terá que conviver (SHIEL et al., 1994; como citados em SANTOS et al., 2009). Para cada paciente, um plano de reabilitação é traçado e conduzido pelo neuropsicólogo, mas com o apoio da equipe multidisciplinar. As prioridades de tratamento do neuropsicólogo são autoajuda, independência nas AVDs, melhor desempenho acadêmico ou profissional e capacitação para relação interpessoais e habilidades socioemocionais (SANTOS et al., 2009). Santos, Flávia Heloísa dos, Andrade, Vivian Maria e Bueno, Orlando Francisco Amodeo. Envelhecimento: um processo multifatorial. Psicologia em Estudo. 2009, v. 14, n. 1, pp. 3- 10. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/pe/a/FmvzytBwzYqPBv 6x6sMzXFq/#ModalArticles>. Epub 29 Jun 2009. ISSN 1807-0329. Acesso em 02 de setembro de 2021. Figura 1 – Cérebro Idoso Reduzido: Aspectos Biopsicossociais do Envelhecimento e a Prevenção de Quedas na Terceira Idade - Scientific Figure on ResearchGate. Available from: https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-A- involucao-do-cerebro-do- idoso_fig5_320127293 [accessed 1 Sep, 2021] Veja Também: Legado de Paul B. Bates
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