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AULA 08 - ANATOMIA - SISTEMA DIGESTÓRIO - PARA ODONTOLOGIA


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SISTEMA DIGESTÓRIO
Entende-se que 10% da digestão é realizada na boca.
Quando pensamos em sistema digestório, entendemos que ele é divido em duas partes:
· Tubo digestório (tubo de condução, que terá uma entrada e uma saída “cavidade oral e anal”)
· Órgãos anexos (glândulas que melhoram a funcionalidade dos alimentos que digerimos)
TUBO DIGESTÓRIO
Quando pensamos no tubo digestório, iniciamos o percurso:
1) BOCA OU CAVIDADE ORAL
2) FARINGE (Faz parte dos sistemas respiratório e digestório)
3) ESÔFAGO (tubo digestório)
4) ESTOMAGO (local onde ocorre a digestão propriamente dita)
5) INTESTINOS 
· Intestino delgado 
· Duodeno
· Jejuno-íleo
· Intestino grosso
· Ceco (início) 
· Cólon
· Reto (final)
6) CAVIDADE ANAL (válvula, esfíncter anal). Elimina as excreções (dejetos) que não tem mais serventia para o nosso organismo.
Teremos a entrada, um tubo onde ocorrerão vários eventos e no final teremos a eliminação do dejeto pela via anal.
ÓRGÃOS ANEXOS
São vários órgãos anexos, iniciam presentes ainda na cavidade oral:
· GLÂNDULAS SALIVARES: Parótidas, sublinguais e submandibulares.
· DENTES (tem as funções de triturar e rasgar esses nutrientes em partículas menores para facilitar a absorção no intestino)
· LÍNGUA (funciona como uma centrifuga, mistura esses alimentos que estão sendo quebrados e a saliva umidifica este alimento, para que seja mais fácil ele ser digerido no estômago).
· FÍGADO E VESÍCULA BILIAR (realizam a síntese de substâncias que serão lançadas no sistema digestório)
· PÂNCREAS (libera substâncias importantes no processo da digestão)
A maior parte do sistema digestório está localizada na topografia abdominal, composto por músculos lisos. O Esôfago corta a caixa torácica por de trás da Traqueia e faz comunicação com a Faringe na cavidade oral. A membrana que recobre todo o sistema digestório é chamada de Peritônio, que a pouco tempo foi descoberto que esta membrana possui uma função imunológica, ou seja, no sistema de defesa do indivíduo. 
O sistema digestório não se comunica com o sistema cardiorrespiratório. A separação ocorre pelo Diafragma (músculo da respiração), que delimita o que é via respiratória e o que é via digestória.
Topografia das vísceras:
Lado direito: Fígado
Lado esquerdo: Estômago e Pâncreas (atrás do estômago)
Quadrante inferior direito e esquerdo: Alças Intestinais
Cavidade Pélvica: Esfíncter Anal (posterior)
Cavidade Torácica: Esôfago (Tubo digestório, localizado atrás da Traqueia)
Ter conhecimento da topografia, facilita o diagnóstico de um determinado paciente, uma vez que saiba a região de dores e sintomas.
A digestão tem seu início ainda na cavidade oral, onde o alimento é rasgado, triturado e umidificado. 10% do processo digestivo ocorre na cavidade oral, por conta da saliva que contém enzimas importantes como amilase que agirão sobre o amido. Quanto mais mastigado e triturado o alimento, melhor será sua absorção no estômago. Sendo a dentição extremamente importante para o sistema digestório, pois caso haja uma perda dentária, haverá dificuldade para rasgar e triturar os alimentos, deste modo, as enzimas trabalharão de forma mais dificultosa, pois as partículas estarão maiores. 
Ter uma boa saúde oral é fundamental para que o sistema digestório possa realizar as suas atividades.
Com a contração da língua, a Epiglote é empurrada para baixo, fechando a passagem para a Traqueia e direcionando o alimento para o tubo posterior, que é o Esôfago (tubo fino e apertado).
Portanto, assim como no Sistema respiratório, a Faringe (orofaringe) é somente um meio de condução, pois permite a passagem do alimento para o esôfago. É importante que, uma vez que o alimento é direcionado para a orofaringe, ele precisa estar muito bem amassado e triturado. 
Quando visualizamos a região intra-oral do paciente, é possível identificar: LÍNGUA (parte inferior), ARCO ALVEOLAR SUPERIOR, ARCO ALVEOLAR INFERIOR, ÍSTMO (fundo da garganta, que consiste na OROFARINGE), TONSILAS (nas laterais “amígdalas”). Nesta região estão localizados os dentes, e cada dentição terá o seu papel a ser exercido no alimento ingerido, misturando com a secreção que está sendo drenada dentro da cavidade oral, umidificando o alimento e dando o início ao processo digestório dentro da cavidade oral.
TIPOS DE DENTE
Cada dentição tem uma nomenclatura e uma função específica: pressão do alimento, trituração, amassamento e rasgamento. Portanto os dentes diminuem o tamanho das partículas do substrato, para que as enzimas ainda na cavidade oral, iniciem a sua função em conjunto com a saliva. 
Portanto seja o dente que for, ele tem uma função. E a sua ausência trará uma dificuldade no processo digestório dos alimentos. 
TIPOS DE DENTE
Conforme o estudo no curso de Odontologia, já é possível entender que os dentes possuem anatomias diferentes, sendo um órgão vivo, composto por diversas camadas e tendo funções distintas. Estão articulados nos Arcos Alveolares Superior e Inferior, através de uma articulação fibrosa denominada de GONFOSE.
DENTIÇÃO DE LEITE E DENTIÇÃO PERMANENTE
Os dentes são estruturas vivas, que passam pelos processos de formação, substituição até atingir a dentição permanente. 
A mãe possui um papel fundamental na formação do feto, onde ela é totalmente responsável pelo fornecimento de nutrientes para o desenvolvimento do bebê. Para os dentes, os principais minerais para a formação do dente serão: cálcio e fosfato. Portanto, dieta baixa, uso de medicamentos utilizado de forma desordenada, antibióticos, carência nutricional, pode comprometer a formação da estrutura dentária e por consequência, prejudicar o processo digestório do indivíduo, pois estas estruturas são classificadas como estruturas anexas ao sistema responsável pela digestão.
ANATOMIA DO DENTE
Os dentes possuem estruturas anatômicas específicas: possuem muitos vasos sanguíneos, recebem muitos nutrientes, recebem inervação, possuem camadas importantes na anatomia, que podem se desgastar e alterar diante a diversos fatores do dia-a-dia. 
Portanto, para que possamos realizar a digestão propriamente dita dentro da cavidade oral, o dente precisa estar em perfeito estado.
FARINGE
Após iniciar o processo de mastigação/quebra do alimento, a cavidade oral direciona o alimento para o tubo digestório, e isso ocorre via Faringe.
A Faringe é um tubo de condução, que se comunica com a região nasal (NASOFARINGE), com a região oral (OROFARINGE) e com a região da Laringe (LARINGOFARINGE).
Quando respiramos, a Laringe fica “aberta” pois a EPIGLOTE (válvula) está posicionada para cima. Se deglutimos, a Língua empurra a EPIGLOTE para baixo, “fechando” a Laringe e direcionando o alimento para o Esôfago.
Saindo da Cavidade Oral, o alimento chega ao Estômago via Faringe e Esôfago, que são responsáveis por “empurrar e conduzir” o alimento para a digestão. 
ESÔFAGO
O Esôfago é o tubo digestório que corta toda caixa torácica, fica localizado por de trás da Traqueia, e tem a função de conduzir este alimento para dentro do saco digestório (Estômago).
Sendo que 10% da digestão ocorre na cavidade oral, os outros 90% ocorrem dentro do estômago, que é o órgão da digestão propriamente dito. 
· O Esôfago realiza movimento, denominados de MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS, que consiste em “empurrar, amassar e espremer” este alimento na passagem pelo Tubo Digestório e por todo sistema digestório, com exceção do Apêndice. O Esôfago faz ondulações que empurram/direcionam o bolo alimentar desde a Faringe até a entrada da região estomacal. 
Quando o alimento chega próximo ao estômago, há uma válvula que se abre para a passagem do alimento até “encher” o estômago. Assim que o estômago estiver cheio, esta válvula se fecha. É realizada a digestão. E após o processo digestório, outra válvula presente na parte inferior do estômago se abre para permitir a passagem para a região intestinal. 
A válvula que abre e fecha na “entrada” do estômago, que liga o Tubo digestório ao Estômago é denominada de CÁRDIA, que é o ESFÍNCTER ESOFÁGICO, que irá promover a abertura para o estômago no momentoem que estamos nos alimentandos. Ao terminarmos de engolir/deglutir, a CARDIA precisa se fechar, para que o alimento não retorne, propiciando o refluxo.
ESTÔMAGO
O estômago é o órgão que irá separar as partículas de tudo que estamos ingerindo.
O estômago possui: CURVATURA MENOR, CURVATURA MAIOR, FUNDO DO ESTÔMAGO (parte superior, onde é produzido o ácido clorídrico/ enzimas responsáveis pela digestão dos alimentos) e duas válvulas CÁRDIA (comunica Esôfago com Estômago) e PILORO (comunica Estômago com Intestino).
Quando nos alimentamos a CÁRDIA se abre para o Estomago encher, ao terminar a ingestão a Cárdia se fecha. É realizada a digestão que tem uma duração média de 18 horas, dependendo o que se está ingerindo. Ao finalizar a digestão, o PILORO se abre, para que o alimento vá em direção ao Intestino, para ser absorvido.
O estômago é um saco elástico, que estica, porém não recua, por não ter extensibilidade. Deste modo, não tem a capacidade de retornar ao seu comprimento inicial. Portanto, quanto mais o estomago é “esticado”, aumenta a capacidade de conter comida. Se o indivíduo come pouco, o estômago será menor. Caso o indivíduo coma muito, o estômago vai dilatar e aumentar a sua capacidade de reserva, ocorrendo o ganho de peso, à medida que a capacidade máxima do saco estomacal seja aumentada/distendida.
O estomago é um saco/bolsa que enche e esvazia, conforme ocorre o processo de digestão. Dentro do estômago há diversas enzimas que promovem o processo da digestão.
Ao abrir o estomago, é possível verificar uma estrutura “pregueada” cheia de dobras, que é denomina da Prega Gástrica ou Mucosa Gástrica. Esta estrutura é bem grossa e espessa, para que assim seja possível suportar o Ácido Clorídrico que é produzido no Fundo Estomacal. No caso de um distúrbio (aumento) na produção de ácido clorídrico, pode ocorrer a irritação da CÁRDIA, fazendo com que essa válvula se abra, fazendo com que o alimento seja regurgitado (refluxo), que propicia o sabor de azedo e a sensação de queimação/ardência no trato digestório até a cavidade oral. Sentimos este desconforto devido a mucosa do esôfago ser diferente da mucosa estomacal (grossa e espessa), portanto, a mucosa do esôfago vai sendo corroída pelo líquido que é drenado pelo sistema estomacal. Ao longo prazo, essas corrosões podem até causar o câncer esofágico.
A disfunção da CÁRDIA pode ocorrer por má alimentação devido a ingestão de muitas substâncias ácidas, pode ser uma má formação ou até mesmo genética.
Ao finalizar a digestão, o PILORO se abre, fazendo com que este alimento seja direcionado para o intestino. Uma vez que o estômago esteja vazio, o Ácido Clorídrico exerce uma outra função muito importante, que é a Limpeza e Higiene estomacal, não permitindo a proliferação bacteriana. 
ENDOSCOPIA
Qualquer lesão que se tenha no trato digestório superior (região intra-oral até a região estomacal), é analisada através da Endoscopia (processos inflamatórios, lesões, irritações, nódulos, feridas e qualquer fator estranho). Um fator que tem estimulado lesões no trato digestório superior é a má alimentação. Pela endoscopia é possível visualizar a LUZ do estômago, a estrutura interna da víscera digestória. 
O excesso do ácido clorídrico pode fazer desde: GASTRITE (irritação/inflamação na mucosa) ou ÚLCERA GÁSTRICA (ferida), que possui grau I (leve), II (moderada) e III (grave), sendo a grave quando a perfuração do tecido, possibilitando o extravase de dejetos na cavidade abdominal, levando o indivíduo a sérias complicações, podendo contrair uma infecção generalizada e propiciando a morte.
COLONOSCOPIA
Caso a alteração seja no trato digestório inferior, é analisada através da Colonoscopia (inicia na via retal até o Piloro).
Não é realizada nem a decida após o estômago e a subida após o piloro, pois há bactérias diferentes presentes em cada uma das regiões. Caso houvesse a passagem de bactérias presentes no trato digestório superior para o trato digestório inferior ou ao contrário, possibiliaria a contaminação por bactérias não existentes nas outras regiões.
Quando o alimento sair do estômago, após finalizar a digestão, ele entrará no intestino, que é dividido em duas partes: INTESTINO DELGADO e INTESTINO GROSSO.
INTESTINO DELGADO
O intestino Delgado é dividido em duas partes:
· DUODENO (parte em forma de “C”)
· JEJUNO-ÍLEO
Após o termino da digestão, o bolo alimentar entrará no Intestino Delgado (fino) via DUODENO, para iniciar o processo de absorção.
No Duodeno, drenam (excretam suas secreções) os ductos da Vesícula Biliar (bile) e do Pâncreas (suco pancreático), e quando as secreções se misturam no Duodeno, formam o SUCO ENTÉRICO (metabolismo importante da glicose e gorduras). A bile age no metabolismo das gorduras e o suco pancreático age no metabolismo dos carboidratos. Caso alguma partícula não foi completamente digerida no estomago, é possível finalizar esta digestão no duodeno, pois as enzimas do suco biliar e do suco pancreático agirão de forma digestiva. O DUODENO NÃO REALIZA DIGESTÃO. O que ocorre é que, devido a presença do suco entérico, no duodeno é possível acontecer a digestão de alguma “particulazinha” que não foi digerida corretamente no estômago e assim ser finalizada a digestão nesta parte do intestino.
Ao sair do Duodeno, as funções das demais partes dos intestinos é a absorção, até a chegada na via retal e a excreção do que não é necessário ao organismo. O intestino é uma estrutura basicamente de ABSORÇÃO. Tem o comprimento aproximadamente de 8 a 12 metros, que garante a absorção do que necessitamos.
O intestino Delgado fica localizado na parte central do abdômen, local onde ocorre a grande parte da absorção de carboidratos, lipídios e proteínas. A parte líquida é absorvida no Intestino Grosso.
O intestino é muito vascularizado (vasos capilares), que levarão ao corpo tudo o que ele necessita dos alimentos digeridos. 
JEJUNO-ÍLEO
Jejuno-íleo é a conexão do Intestino Delgado com o Intestino Grosso.
A parte central do intestino é mais fina, se conecta na parte mais dilatada do Intestino que é o Grosso, que cruza de uma área a outra do abdômen.
Ao pensarmos na absorção (sequência da mecânica digestória), o bolo alimentar desce do estômago, vai em direção ao centro do abdômen, após vai para a direita, sobe em direção ao fígado, é transportado para a esquerda, desce novamente na região abdominal em direção a região pélvica, até a eliminação no reto.
A medida que a pasta percorre o tubo digestório, o organismo absorve o que necessita.
INTESTINO GROSSO
Ao sair do intestino delgado, o bolo alimentar será direcionado ao Intestino Grosso, que é constituído por:
· CECO (1ª parte do intestino grosso – início)
· CÓLON – ASCENDENTE (alça que sobe em direção ao fígado), TRANSVERSO (alça que liga o intestino grosso da direita para esquerda do abdômen, em direção próxima ao estômago) e DESCENTENTE (alça que desce em direção a região pélvica)
· RETO (ao entrar na pelve)
· ÂNUS (esfíncter/válvula)
APÊNDICE CECAL – Parte Intestinal que não evoluiu.
Ao longo do Intestino Grosso, há muitas dobraduras (não é reto/liso). As dobraduras, são mais volumosas, e contém as MICROVILOSIDADES que propiciam a absorção, fazendo com que o alimento percorra cada dobra de forma mais lenta, buscando maior absorção, por isso é um processo demorado. 
AS MICROVILOSIDADES ESTÃO PRESENTES EM TODO SISTEMA DIGESTÓRIO. NO INTESTINO GROSSO AS DOBRADURAS POSSUEM ESSAS MICROVILOSIDADES POR DENTRO DELAS.
Caso o intestino grosso fosse reto e liso, o alimento passaria de forma mais rápida, não havendo tempo hábil para a absorção necessária, deste modo, as dobraduras fazem com que o bolo alimentar passe de formas mais lenta, proporcionando um tempo maior para a absorção.
O intestino grosso é responsável por deixar o bolo fecal com o aspecto sólido/seco, pois é a estrutura que absorve o líquido que foi inserido na pasta alimentar, no processo de digestão, realizada no saco estomacal.
Quando contraímos a Gastroenterite, uns dos sinais mais evidentes é a grande presença de líquido nasfezes, pois quando contraímos esta virose, a parede do intestino grosso incha, “perdendo” as pregas/dobras, prejudicando a absorção do líquido, e por consequência o indivíduo terá um déficit de volume de água. A agua que o paciente “perde” contém: nutrientes, eletrólitos e minerais, e a perda dessas substâncias faz com que o indivíduo fique “fraco”, em um pequeno período de Gastroenterite e em casos mais graves, pode levar até o indivíduo a óbito. 
A gastroenterite pode ocorrer desde o reto até o estômago, de forma geral ou afetando uma “parte”, propiciando sempre a não absorção do líquido.
Ao analisar as alças intestinais, é possível observar que na parte central (meio) da extensão das alças, há uma estrutura linear, que faz parecer com que as alças foram costuradas com uma fita, que é denominada de Taenia (característica anatômica de junção de dois lados para a formação do Intestino Grosso). 
Curiosidade: O verme Taenia (o verme recebeu o mesmo nome devido a esta estrutura anatômica, por ser fina e comprida, acompanhando as alças intestinais), pode ter a extensão de todo o intestino, desde o piloro até o reto. Esse verme se alimenta de todo alimento ingerido pelo indivíduo.
APÊNDICE CECAL
No início do Ceco (Intestino Grosso), existe uma proeminência pequena, que é denominada de Apêndice. Todo tecido digestório possui o Peristaltismo, que são os movimentos de empurrar o alimento. O Apêndice é a única estrutura que não realiza os Movimentos Peristálticos, portanto, caso algum substrato entre nesta estrutura, ele não conseguirá sair, e desenvolverá uma inflamação e/ou processo infeccioso.
Por isso a importância dos dentes e de uma boa mastigação, que levará a uma digestão adequada. 
Por exemplo, caso o indivíduo ingira um tipo de “semente”, exemplo, não realizar a mastigação e trituração desta, a semente possivelmente estará presente no bolo alimentar e ao sair do Jejuno-Íleo em direção ao Ceco, pode se desprender do substrato, e ficar presa no Apêndice, que pode causar inflamação e/ou infecção desta víscera. 
Quando o indivíduo sente dor, provavelmente terá a necessidade de realizar a retirar desta estrutura, pois possivelmente ela estará inflamada e/ou infeccionada. O apêndice incha, sendo possível até o extravase de seu conteúdo, conforme imagens abaixo:
Caso o apêndice extravase (estoure) o conteúdo interno, pode fazer a sepse do indivíduo, propiciando até a morte. 
· APENDICECTOMIA
A cirurgia era realizada antigamente através de uma incisão lateral, pela qual era feita a retirada do apêndice. Atualmente pode ser realizada por vídeo, até mesmo tendo o acesso pelo Umbigo. A retirada do Apêndice não causa nenhuma disfunção ao organismo. Até hoje não foi determinada nenhuma funcionalidade especifica para esta estrutura.
GLÂNDULAS ANEXAS
Os tubos digestórios são auxiliados por glândulas (estruturas anexas) para realizarem a sua função. Glândulas salivares (cavidade oral, são 3), Fígado na cavidade abdominal e o Pâncreas, que possuem uma ligação direta com o sistema digestório. 
GLÂNDULAS SALIVARES
Presentes na cavidade oral e são classificadas em três tipos de glândulas salivares:
· Parótida (2 glândulas, uma de cada lado. Na frente do pavilhão auditivo)
· Submandibular (2 glândulas, localizadas na parte interna e posterior da mandíbula)
· Sublingual (1 glândula- região anterior e inferior a língua)
Essas glândulas produzem saliva (secreção drenada dentro da cavidade oral), que contém várias enzimas importantes para o processo digestório (amilase, ptialina...) e também possui a função de controlar a flora bacteriana da boca, através do Ph, evitando que as bactérias se proliferem.
A Parótida emite um dreno (tubo), que drena no meio da bochecha por dentro da cavidade oral.
A Submandibular vai drenar o tubo por baixo da língua, e a Sublingual também drenará nesta região (infra-lingual-anterior). 
Portanto a secreção presente na cavidade oral, é drena pelas Glândulas Salivares (Parótida, Submandibular e Sublingual).
PARÓTIDA
A inflamação ou infecção da Parótida causa a Parotidite (Caxumba), que retrata o inchaço na face do indivíduo, na parte anterior ao pavilhão auditivo. Esta inflamação tem a facilidade de descer para algumas glândulas reprodutoras, como as mama e testículos.
FÍGADO
O Fígado é uma glândula muito importante, pois dentre suas funções, ela é a fonte de armazenamento de energia para o organismo. Aquilo que é metabolizado, é armazenado no fígado em forma de glicogênio, será disponibilizado ao organismo, à medida que houver necessidade. Se as células não estão precisando de determinados nutrientes, estes nutrientes serão armazenados no fígado, até que as células necessitem. A biodisponibilidade, é o fator que libera os nutrientes à medida que o organismo precisar.
Curiosidade: Não morremos de fome, uma vez que o fígado armazena glicogênio, é possível ficar mais de uma semana sem alimentação, pois o fígado armazena a quantidade de energia que materia o corpo. Ocorre a morte, após o consumo de toda energia armazenada, já que as células entrariam em necrose (morte celular). O indivíduo sem alimentação fica fraco (definha), mas não causa sua morte imediata.
Além o fígado armazenar os nutrientes e ser esta estrutura rica em energia, ele também produz a Bile que é posteriormente armazenada na vesícula biliar. A vesícula biliar drenará a Bile no Duodeno, quando o alimento sair do estomago. A vesícula somente esvazia/libera a bile havendo a digestão. Caso não haja digestão, a vesícula fica cheia até haver o processo digestório.
Imagem retrata visão inferior (embaixo). 
Semelhante ao sistema respiratório, o fígado também é dividido em partes (LOBOS).
· LOBO DIREITO – Maior parte, localizada no lado direito.
· LOBO ESQUERDO – “Ponta” localizada no lado esquerdo.
Quando observamos o fígado por baixo, é possível visualizar outros 2 lobos:
· LOBO QUADRADO – Lembra o formato de um quadrado
· LOBO POSTERIOR – Localizado na parte posterior da glândula.
Anexada ao fígado, localizada entre o Lobo Direito e o Lobo Quadrado, está a Vesícula Biliar e os ductos que drenarão a Bile no Duodeno. Originando da Artéria Aorta e da Veia Cava, teremos as Artérias e Veias Hepáticas, que são responsáveis por drenar o fluxo sanguíneo para o fígado.
Toda vez que o bolo alimentar for direcionado do estômago para o duodeno, a vesícula biliar “descarregará” a secreção (Bile) e o Pâncreas também descarregará a secreção (Suco Pancreático) através do mesmo canal, agindo no metabolismo de gorduras e carboidratos (açúcar). Além disso, caso alguma partícula não tenha sido devidamente digerida, é finalizada a digestão através dessa secreção enzimática denominada de SUCO ENTÉRICO (mistura da bile com o suco pancreático.
CÁLCULOS BILIARES
O conteúdo da Bile pode sofrer calcificação e formar os cálculos biliares. Isso pode ocorrer por genética, excesso de alimentação, excesso de gordura, medicamentos (ex. corticoides), uso de álcool e etc. Deste modo, serão formadas pedras, que podem ser em inúmeras quantidades, desde 1 a muitas unidades, sendo necessária a retirada da vesícula, visto que a estrutura é bem fininha e delicada. 
Quando há a presença de muitas pedras, ela inflama, incha e corre o risco de estourar, por isso é indicada a retirada. Quando há somente um cálculo, pode-se tentar aguardar para que o organismo tente eliminá-la sozinha, porem quando são muitos, tem a necessidade de realizar a extração. 
Caso na cirurgia ocorra tudo bem, sem infecções e recuperação tranquila, o indivíduo viverá normalmente, tendo somente efeitos sobre sua dieta. Quando a vesícula é extraída, o indivíduo fica susceptível a ter o “intestino solto” e intolerância a alguns tipos de alimento, por exemplo, toda vez que realizar a ingestão de alimentos remosos e gordurosos. Isso ocorre, pois, a gordura possivelmente se tornará indigesta para grande parte dos pacientes. O nosso corpo é todo mantido através de um sistema muito inteligente, regido pela lei de USO E DESUSO. Quando o fígado compreende que não há mais a vesículabiliar e também não há a disposição da bile no processo digestório, após um tempo ele deixa de produzir a bile.
PÂNCREAS
O Pâncreas age sobre o metabolismo dos açucares (glicose) presentes no organismo.
Para enxergarmos o Pâncreas, é necessário retirar parte do Lobo esquerdo do Fígado e todo o estômago.
O Duto Pancreático drena o Suco Pancreático para o duodeno, juntamente com o tubo que drena a Bile, na junção das secreções formam do Suco Entérico.
O Pâncreas tem uma estrutura toda rugosa, ao estudar o tecido, vemos a sua formação pelas Ilhotas (células) de Langerhans, que produzem dois hormônios enzimáticos importantíssimos presentes no suco pancreático: INSULINA E GLUCAGON, que agem no metabolismo do açúcar. Quando o açúcar no sangue estiver alto, é liberada a ISULINA. Quando o açúcar estiver em nível baixo, é produzido o GLUCAGON, para elevar os níveis de açúcar. A INSULINA é a responsável por levar o açúcar para a célula, tanto para o consumo energético para o organismo, quanto para o armazenamento. A insulina faz a reação de CHAVE FECHADURA, ou seja, gruda na glicose e faz com que a glicose atravesse a membrana plasmática da célula. Se o corpo não tem insulina, a glicose fica no sangue, aumentando as concentrações, causando os tipos de Diabetes. Tipo I: Deficiência na produção de insulina. Tipo II: Produz a insulina, porém ela é incompetente para levar a glicose para atravessar para dentro da célula sanguínea, deixando com que a glicose fique “vagando” pelo sistema circulatório, alterando as funções do organismo humano. Neste caso, se o indivíduo estiver consumindo “bastante” carboidrato, após a metabolização, ele não está disposto no sangue, é quando o Glucagon é liberado, para elevar as taxas de açúcares presentes no sistema circulatório. Sendo os dois hormônios muito importantes.
No caso de patologia, câncer ou algo ter possibilitado a perda desta estrutura, tem um grande risco de morte. Há estudos na Cuba que buscam formular medicamentos para reverter para tratar a diabetes e fazer com que o Pâncreas volte a produzir insulina na quantidade e forma necessária, para a manutenção da taxa de glicose no sangue do paciente.
Topograficamente, o Pâncreas está localizado uma parte abaixo do fígado, tendo a maior parte abaixo do estomago. Por baixo do Pâncreas está subindo a veia cava inferior e descendo a artéria aorta, que dão origem aos vasos (veias e artérias) hepáticos (fígado) e vasos (veias e artérias) mesentéricos (intestinal). Portanto a região abdominal é muito vascularizada. 
Durante a digestão propriamente dita está ocorrendo, via SNC (sistema nervoso central) é emitido um comando de envio de fluxo sanguíneo para a região abdominal, justamente com o intuito de absorção/captação dos nutrientes daqueles alimentos que estão sendo digeridos.
Os movimentos mais intensos causam a indigestão após a alimentação, justamente pela quantidade de sangue direcionada para a cavidade abdominal naquele momento. A indigestão pode ocorrer uma vez que nos movimentamos muito (movimentos bruscos), após a ingestão de alimentos.
Portanto, o Pâncreas é um órgão muito importante, é ímpar (1 un) que exerce 2 funções fundamentais para o funcionamento do organismo. Uma vez que haja uma disfunção desta glândula, há uma chance muito grande de ter incompatibilidade com a vida. 
O fígado e o pâncreas são os órgãos mais difíceis e incompatíveis para fazer o transplante.