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Aula 4 - Anatomia - Coluna Vertebral

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Anatomia – Aula 04
Ler o artigo disponibilizado pelo professor, pois ele fará questionamentos sobre o artigo na aula prática.
Quando pensamos em coluna vertebral, pensamos no eixo, no centro de carga do corpo humano. A coluna é responsável por distribuir todo impacto recebido pelo nosso corpo. Além da função de distribuição de impactos, ela é a responsável por promover a sustentação do nosso corpo, seja em pé ou sentado, garante a flexibilidade, ou seja a capacidade que temos de alcançar diferentes posições e movimentos e vai também sustentar o nosso tronco, pois só teremos a postura ereta, uma vez que as 33 vertebras estejam organizadas, e essas vertebras irão fazer parte do sistema esquelético, compondo a coluna vertebral.
Portanto, temos um eixo no centro do nosso corpo, esse centro é um distribuidor de cargas, que além desta função, irá também sustentar, garantir a flexibilidade e a movimentação do individuo.
Quando pensamos na coluna vertebral, podemos dizer que ela é um órgão posterior, tendo o acesso sempre pela região dorsal do tronco. E além de sustentar o nosso peso, ela vai proteger ali dentro um nervo extremamente importante, que leva para o cérebro e traz para a periferia todas as informações de sensibilidade e de movimento, que consiste na Medula Espinhal, que fica localizada dentro da coluna vertebral.
Então, além de sustentar, também protegerá e armazenará o principal nervo que temos em nosso corpo, que é a Medula Espinhal.
Obs. Não podemos confundir que, dentro da coluna vertebral fica localizado um nervo que é a medula espinhal. Dentro do tecido ósseo, fica localizada a medula óssea, que é constituída por células sanguíneas, portanto, totalmente distintas uma da outra.
A coluna vertebral é um eixo, e este eixo precisa estar muito bem organizado, pois qualquer alteração que tenhamos na coluna vertebral, como na primeira imagem (esquerda) mostra a Escoliose, na imagem superior da direita mostra uma Hipercifose, perdemos o equilíbrio e a distribuição de carga do corpo humano e teremos alterações corporais e funcionais no nosso corpo. Deste modo, é necessário que este órgão esteja muito bem organizado e não tenha nenhum desalinhamento, pois caso haja algum desalinhamento, teremos a distribuição de carga recebida pelo nosso corpo, sendo feita de forma errada.
Quando pensamos na coluna vertebral, sabemos que temos a representação de 33 ossos, que são chamados de Vértebras e a medida que vamos descendo na Coluna Vertebral, estas vertebras irão aumentando de tamanho. As vértebras são articuladas, formam articulações cartilaginosas, e medida que descemos da Cervical para a região do quadril, essas vértebras irão aumentar de tamanho.
Na área a da lombar, estão localizadas as vértebras de maiores tamanhos, pois a maior parte do nosso peso incide na região lombar.
Obs. Quando pegamos um objeto pesado, o peso incide e sentimos na lombar, quando levantamos de forma rápida e brusca, sentimos também na lombar, então todo impacto e peso da coluna vertebral são recebidos em grande parte pela região lombar, por isso as vertebras em maiores tamanhos. Quando recebemos uma carga de peso em grande quantidade, a lombar manda para o quadril, através da articulação sacrilíaca, fazendo que haja uma distribuição de 50% para o membro direito e 50% para o membro esquerdo.
Quando pensamos nas 33 peças (vertebras) organizadas uma em cima da outra, dividimos a Coluna Vertebral em regiões, de acordo com a sua particularidade anatômica, de acordo com a característica de cada vertebra:
· CERVICAL (região do pescoço)
· TORÁCICA (região do tórax)
· LOMBAR (região da cintura)
· SACRAL (dentro da pelve, localizado na região do Sacro)
· COCCÍGEA (Na pontinha do sacro, “famoso ossinho da alegria”, Cóccix)
É possível verificar nas imagens, que a coluna vertebral está articulada no esqueleto axial, portanto os 33 ossos, estarão na topografia axial do esqueleto. Esses 33 ossos se articulam com vários outros ossos, assim como costelas, quadril e também com toda a musculatura da região torácica.
O acesso à coluna vertebral é mais facilitado quando realizado pela parte posterior, pois pela anterior necessitaríamos de retirar todas as vísceras digestórias, respiratórias e cardíacas, para ter acesso à coluna vertebral.
Pela parte posterior, é possível palpar da cervical até o cóccix, por isso a Coluna Vertebral é tida como órgão posterior e todo acesso tanto cirúrgico quanto medicamentoso é realizado pela parte dorsal, devido a sua acessibilidade.
Na imagem acima é possível ver a articulação intervertebral, que representam a coluna vertebral: as vertebras (amarelo) intercaladas pelo disco vertebral (azul), que é um disco cheio de fibra e cartilagem, por isso a sua composição é denominada de fibrocartilagem. A função deste disco é amortecer impacto. Os impactos chegam ao osso, e vai sendo repassado para os outros ossos. Para que não haja lesão nos ossos, entre eles há uma cartilagem volumosa “disco”, que age como se fosse uma mola, pois sentado, em pé, ou pegando um objeto pesado ele diminui o impacto do peso na sua coluna. Por isso, a função do disco também é suportar o impacto antes que ele seja repassado a vértebra que está localizada abaixo, para que não tenha nenhum tipo de quebra ou desgaste.
Portanto quando os dois ossos se articulam, via disco vertebral, teremos a articulação intervertebral, que é a articulação que forma a coluna vertebral.
O disco se deforma a todo movimento que fazemos, no sentido do nosso movimento. Portanto se eu inclinar para a direita, o disco inclina para a direita, para poder “pinçar” aquela área e não deixar o contato de impacto entre dois ossos. Ou seja, movimentos anteriores, posteriores ou laterais, o disco estará sempre amortecendo o impacto na área que esta sendo gerada uma carga (atrito).
Na imagem a direita, temos a ampliação de um disco vertebral, podemos observar que a parte central é mais gelatinosa (cartilagem) e a parte periférica é mais rígida, mais dura (fibras)
composta pelo tecido fibroso, por isso quando falamos do disco vertebral, dizemos que ele é compostos por fibrocartilagem. Essas fibras mais resistentes que estão localizadas na região periférica do disco recebem o nome de anel fibroso. E essa parte mais central, mais flexível recebe o nome de núcleo pulposo.
Todo peso chega primeiro na parte central e é distribuído para a periferia. Portanto, quando recebemos a carga, o núcleo pulposo recebe e distribui para a periferia, conforme a figura da esquerda. Incidiu um peso, o disco se deforma para a periferia sobre as pressões. Para que assim, cada cm² do disco, consiga suportar esse atrito, essas pressões e se dissipe para as vertebras debaixo. O disco é composto de água, sais minerais e ácido hialurônico. E à medida que vamos envelhecendo, assim como o sistema esquelético, esse disco também vai se desgastando, envelhecendo e deteriorando, ocasionando a perda de volume. Por isso, é possível que ao longo do envelhecimento o indivíduo perca alguns pontos na estatura, devido à desidratação que este disco vai promovendo ao longo do processo do envelhecimento.
Portando, o disco vertebral é a estrutura que tem a função de amortecer impactos entre as vertebras, que realizam o movimento da coluna vertebral.
Sabendo que a função da coluna é distribuir impactos (cargas), para que seja possível realizar a distribuição de cargas e impactos, é necessário ter muito tecido esponjoso.
Portanto, a coluna é riquíssima em tecido esponjoso, fazendo lembrar uma “bucha”, para realizar o amortecimento das cargas que recebemos diariamente.
Na figura da direita temos uma vertebra cortada ao meio, e é possível observar o tecido esponjoso, intercalado pelo disco intervertebral e abaixo novamente o tecido esponjoso, portanto a maior parte da vertebra é composta por tecido esponjoso.
A coluna é uma das primeiras estruturas formadas no processo de gestação da criança, porque a coluna tem uma estrutura que faz parte do sistema central, a medula espinhal (nervo) ficapresente dentro da coluna, portanto, uma das primeiras estruturas a serem formadas é o tubo neural, que dará origem ao sistema nervoso e a coluna vertebral.
Como podemos observar a coluna não é uma linha reta, e sim uma estrutura cheia de curvas. Quando a criança nasce, ela nasce corcunda, toda voltada para frente, com uma única curvatura, chamada de CIFOSE. Então, a cifose é aquela projeção para frente, como se acriança estivesse encolhida, como retrata a 1ª imagem acima (esquerda). Isso ocorre para que a criança consiga se encaixar na barriga da mãe que é convexa (redonda) e também porque a coluna ainda esta em formação. Portanto a primeira curvatura que surge na coluna vertebral é do tipo CIFOSE. Esse tipo de curvatura é chamada de Curvatura Fisiológica, ou Curvatura Primária (a primeira a surgir).
Depois que a criança nasce, e entre no processo de neuroevlução, ou seja, o desenvolvimento do aparelho locomotor, por volta dos 7 a 8 meses, que ela começa a conseguir controlar o peso da cabeça sob o pescoço, essa curvatura é projetada para dentro e se transforma em uma LORDOSE. Isso ocorre porque os músculos do pescoço se contraem e tracionam essa vertebra para dentro.
Então o que era CIFOSE na coluna toda, naquele momento é projetado para dentro, a partir do momento que a criança tem equilíbrio de cabeça sobre o pescoço, conforme retrata a figura central acima.
Quando a criança começa a engatinhar, cair e levantar, ela começa perder a cifose da lombar e transforma-la em uma LORDOSE. Figura da direita.
Então a LORDOSE, seja ela Cervical ou Lombar, é denominada de curvaturas secundárias, surgem após o desenvolvimento neuromotor do indivíduo.
Todos nascemos com CIFOSE/curvatura e desenvolvemos LORDOSE ao longo do desenvolvimento neuromotor, quando passamos a ter controle de cabeça e de membros inferiores e tronco, quando a criança passa a se equilibrar.
As regiões: LORDOSE CERVICAL, CIFOSE TORÁCICA, LORDOSE LOMBAR e CURVATURA SACRAL,
têm características especificas.
– Surgiu quando começamos a sustentar o peso da cabeça.
Nascemos com ela e teremos por toda a vida, na região do Tórax.–
Surgiu quando começamos a engatinhas, cair e levantar.–
Nascemos com ela e teremos por toda a vida, na região do Sacro e Cóccix.-
Portanto as Cifoses Torácica e Sacral/Coccígea, nós nascemos com elas e as teremos para o resto da vida. E as Lordoses Cervical e Lombar, surgem ao longo do desenvolvimento neuromotor.
Todas as curvaturas primárias surgiram no desenvolvimento embrionário do individuo durante a gestação (CIFOSES TORÁCICA E SACRAL/COCCÍGENA).
Ter Cifose e Lordose é normal, pois isso é Fisiológico. Não podemos ter alterações. Por exemplo, quando a cifose está aumentada, chama-se de HIPERCIFOSE, se a lordose está aumentada, dá o nome de HIPERLORDOSE. Se a coluna estiver desviada para a lateral, recebe o nome de ESCOLIOSE.
Na figura “a” temos um individuo com HIPERLORDOSE, isso é comum de ocorrer em grávidas, alteração fisiológica durante a gestação. Pois o abdômen começa a estender e se projetar para frente e a coluna por consequência também se projeta para frente. Por isso é comum as mulheres durante a gestação sentirem fortes dores na região lombar, pois o peso da criança traciona a coluna dessa mulher para frente. É muito importante o controle de peso durante a gestação, pois quanto mais ela engorda, mais ela traciona essa coluna para frente. Isso é fisiológico, no caso da gestante, terminou a gestação, volta ao normal. Em casos que a alteração é muito grande, tem vezes que a gravida necessita fazer reabilitação após ganhar o bebê.
Na figura “b”, temos a região do tórax aumentada, caracterizando uma HIPERCIFOSE (corcunda). É o exagero da Cifose Torácica. Todo paciente que apresenta Hipercifose tem a compressão da caixa torácica, que possibilita da compressão da capacidade pulmonar e até a contração cardíaca. Esses pacientes têm grande chance de terem problemas cardiorrespiratórios, uma vez que os pulmões e o coração não tem espaço na caixa torácica para se expandir.
Na imagem “c”, temos a curvatura da coluna para lateral em “S”, denominado de ESCOLIOSE. Pacientes que tem escoliose terão um ombro maior do que o outro, uma pelve sobe e a outra desce e uma perna também será maior do que a outra. Ou seja, terá toda a biomecânica e a
estrutura corporal alterada. Deste modo, irá concentrar o recebimento de carga em uma só região, fazendo que doesse o pé, o joelho, o quadril e o ombro que receberá mais peso. Além de comprometer o pulmão do lado que está comprimido, por não ter espaço necessário para o seu funcionamento.
Seja qual for à alteração na coluna vertebral, o paciente terá alterações funcionais, é patológico.
Ler o artigo sobre as disfunções na coluna cervical, que podem interferir até na mordedura do paciente, na ATM e na oclusão da cavidade oral dele.
O nosso corpo é um quebra-cabeça, todo articulado, ossos encaixados um em cima do outro, tendo uma alteração (desencaixe ósseo ou o osso não esteja encaixado perfeitamente) seja, por exemplo, no dedão do pé, os demais ossos irão se desarticulando, pode acarretar em uma disfunção em diversas partes do corpo, até na cavidade oral do paciente. Podemos ter as lesões ascendentes (que surgem de baixo para cima) e as lesões descendentes, que surgem de cima para baixo.
Ao analisar os ossos que compõe a coluna vertebral, já podemos verificar que as vértebras possuem características especificas. As vertebras são classificadas: morfologia: osso irregular, Topografia: axial, Nomenclatura Vértebra.
Todos os ossos da coluna vertebral, exceto os dois primeiros da cervical, o sacro e o cóccix, possuem a mesma aparência.
Portanto as vértebras serão compostas por:
arte mais volumosa, local onde o disco vertebral fica em cima.p
ocessos laterais, onde irão fixar as musculaturas.Pr
Processo para trás.
avidade onde fica localizada a Medula Vertebral.C
xistem os processos articulares superiores e inferiores. São as estruturas que encaixam com as vertebras de cima e debaixo.e
Quando pensamos no processo de articulação, o corpo de uma vertebra se articula com o corpo da outra vertebra, intercalado pelo disco vertebral.
A parte azul clara do disco é denominada de anel fibroso e o centro de núcleo pulposo. Portanto a carga chega ao núcleo, para ser distribuídos para a periferia, para diminuir o impacto.
· 7 VERTEBRAS
· C1 A C7 (C de cervical, e o número dita o número referente a vértebra, de cima para baixo)
· Possui duas vertebras atípicas (diferentes) - não possuem: corpo, processo espinhoso bem delimitado, processo transverso bem delimitado.
Primeira vértebra cervical é responsável pelo suporte do crânio. Não possui o corpo vertebral, ao invés disso, possuem Tubérculos (projeções / formação óssea). Faz lembrar um “anel”, possui a Face articular superior para o côndilo occipital (articulação atlantaocciptal), responsável pelo movimento de “sim” que fazemos com a cabeça (flexão e extensão).
“O dedinho que você faz para o seu amigo, faz lembrar a Vértebra Áxis”.
Na Áxis, não vemos um corpo, e sim um dente. Não tem um processo espinhoso bem delimitado, somente um esboço.
Quando analisamos a imagem das vértebras articuladas, observamos que o dente do Áxis, entra na Atlas (formando a articulação atlantoaxial). O dente se encaixa no osso Occipital, propiciando movimento de rodar a cabeça de um lado para o outro.
Obs. Atlas – Flexão e Extensão / Áxis - rotação de um lado para o outro.
Caso haja alguma desarticulação nessa área da C1 e C2, podemos ter sérios problemas na ATM do paciente.
O tronco encefálico (parte final do sistema nervoso central) termina logo acima da Atlas (c1), local onde inicial a Medula Espinhal. O tronco encefálico é a centro cardiorrespiratório do individuo, responsável pelo controle do pulmão e do coração. A medula espinhal tem a função de levar as informações para o corpo e trazer as informações do corpo para ao cérebro. Caso ocorra uma lesão entre a articulação atlantaocciptal, não desce e nem sobe nenhumainformação nervosa, então o individuo pode perder todos os movimentos, viver em estado vegetativo ou vir a óbito imediatamente, visto que o centro cardiorrespiratório esta logo acima. Por isso, diante de um acidente, a primeira medida é isolar a cervical do individuo, para estabilizar, para que não se tenha nenhuma lesão de nível medular nem em nível de sistema nervoso central e sistema cardiorrespiratório.
Um trauma comum é a fraturar do dente da vertebra Áxis, dilacerando a medula e o troco encefálico que está logo acima. Em um acidente de carro é muito comum à morte das pessoas, pois acabam fazendo o movimento de “chicote da cabeça”, fazendo abruptamente o movimento da cabeça para frente e para trás, fraturando a Áxis, rasgando a medula e o tronco encefálico. “Caso o individuo tenha sorte irá vegetar para o resto da vida, caso não, irá morrer na hora, o que ocorre com a maioria, pois dilacera toda a vida de conexão entre a medula espinhal e o centro cardiorrespiratório do individuo.”
Portanto, as vértebras ATLAS (C1) e ÁXIS (C2) são consideradas atípicas, pois não possuem o corpo, processo transverso bem formado e nem o processo espinhoso bem formado.
MENORES VÉRTEBRAS DA COLUNA CERVICAL.
Isso faz com que a região cervical, seja a parte da coluna com maior mobilidade, por isso conseguimos rodar e virar o pescoço em todas as direções. Vértebras de menores tamanhos, conseguimos mexer com maior facilidade.
Obs. Não há disco vertebral na primeira nem na segunda vertebra cervical, pois elas se articulam de outra forma, só passa a ter o disco vertebral a partir da C3 em diante, que terá um corpo vertebral formado na vértebra.
Região Cervical, onde possuímos a LORDOSE (projeção da coluna para dentro).
São as vértebras que formam a região do tórax, onde não temos movimento, visto que a vértebra esta colada em uma costela, formando as articulações costovertebrais.
O fato da vértebra torácica se articular com a costela limita o movimento, ainda mais, pela costela se articular ao osso externo, deste modo, fazendo com que a articulação fique mais fixa ainda. Portanto são as vértebras que não teremos mobilidade.
VÉRTEBRAS DE TAMANHO MÉDIO.
· 5 VÉRTEBRAS
- L1 – L5
CARACTERÍTICAS VÉRTEBRA LOMBAR:
· CORPO VERTEBRAL BEM VOLUMOSO
· PROCESSO ESPINHOSO QUDRILATERO (MEIO QUADRADO)
MAIORES VÉRTEBRAS DA COLUNA VERTEBRAL.
Como a região lombar é a região que mais suporta o peso do corpo, é necessário que suas vértebras sejam grandes, para ter condição de suportar o impacto e carga sobre elas. Quanto mais baixa a região da coluna, maior é o peso que recebe.
As vertebras da região lombar formam a Lordose Lombar.
O nervo da Medula espinhal inicia na base do crânio e termina entre as vértebras L1 e L2.
Entre as vértebras L1 e L2 é o ponto utilizado para fazer a Anestesia Geral, pois da L2 para baixo, não há a possibilidade de perfurar a Medula Espinhal que não se regenera. Da Vertebra L2 para baixo, temos somente feixes de nervos da medula espinhal, que é chamado de Cauda Equina.
O sacro é o final da coluna vertebral. Ele irá se articular com o quadril, para formar a parte posterior quadril. Não teremos as vertebras separadas, pois são 5 vertebras coladas no sacro e 5 vertebras coladas no cóccix.
A medula quando terminam na L1 e L2, descem os feixes nervosos que saem pelos forames sacrais. Os nervos que saem pelos forames sacrais posteriores e anteriores, irão se ligar as vísceras reprodutoras e urinárias, localizadas na pelve, e os nervosos que se ligarão aos membros inferiores, para pernas, ossos, músculos e articulação.
Na ponta do sacro, são fundidos os ossos que irão formar o Cóccix (famoso ossinho da alegria). O Cóccix também possui a morfologia irregular, como o Sacro.
Entre a L5 e o Sacro ainda possui o disco intervertebral. Do Sacro para baixo, não possui mais discos entre as articulações, visto que as vertebras estão todas coladas.
Na coluna vertebral temos 33 peças, divididas por regiões. (Figura da direita)
Quando as vertebras estiverem todas articulas, a coluna vertebral terá a seguinte composição: Vértebras, articuladas com o disco vertebral, medula espinhal e o nervo que sai via forame intervertebral. (Figura central)
Quando nos machucamos, exemplo: furamos o pé, as informações entram pelos nervos periféricos, passam pela medula espinhal, sobem até o sistema nervoso no cérebro, onde é percebido o trauma, descem a informação para fazer o movimento de retirar o pé de onde está perfurando.
A todo momento as informações passam pelos nervos periféricos, chegam lá em cima no crânio, pelo trajeto que é feito pela medula espinhal. Por isso neste caminho não podemos ter nenhum obstáculo de transmissão nervosa, para que a informação chegue ao cérebro e saia do sistema nervoso central e chegue até a periferia.
A primeira figura retrata como os nervos saem da medula e passam pelos forames intervertebrais.
Na figura acima, através do corte transverso, podemos observar as vertebras que compõe a coluna vertebral.
A figura da esquerda representa um corte frontal, retratando o sistema nervoso central, onde na região cervical, estará ocorrendo o processo de formação do ATLAS e da Coluna Vertebral.
Podemos observar também, nesta parte final do crânio, fica localizado o Sistema cardiorrespiratório, que consiste no Tronco Encefálico, que é o responsável pelo controle do pulmão e coração.
Abaixo inicia a medula espinhal, que termina entre as vértebras L1 e L2. Abaixo dessas vértebras, teremos somente feixes de nervos que sairão nos FORAMES SACRAIS. Que sairão para se ligar as pernas e as vísceras da região pélvica.
Podemos observar também, uns riquinhos entre a coluna vertebral em direção as costelas, que são os Nervos. Quanto mais alta for à lesão na coluna vertebral, mais sequelas ela deixará no individuo. Quanto mais baixo é o trauma na região da coluna vertebral, mais focada é a lesão causada afetada.
Ex. Lesões de lombar para baixo: perda do controle de vísceras urinárias, esfíncter urinário, esfíncter fecal, necessitando de sondas, pode perder movimento ou sensibilidade de 1 ou das 2 pernas.
Se as lesões forem nas vertebras do tórax inferior, poderemos ter um comprometimento dos membros inferiores, tanto quanto das vísceras digestórias. Que são inervações de nervos que saem da região torácica inferior.
Se a lesão for à região superior do tórax, pode haver o comprometimento de musculaturas de tronco, de musculaturas de respiração e até do pulmão.
Se a lesão for mais cervical, param todos os órgãos e o individuo vegetará. Na região cervical há também o Nervo Vago, que é responsável pelo controle de todas as vísceras, uma vez lesionado, para o funcionamento de tudo. Diante disso pode ocorrer a morte por falha sistêmica.
Por isso, quanto mais alta a lesão na coluna vertebral, mais risco ela pode oferecer ao individuo.
Na figura da direita, e possível observar o corte Sagital, e analisar a coluna e observar a Lordose Cervical, Cifose Torácica, Lordose Lombar e Cifose Sacral/COCCIGEA.
Observamos os discos intercalando as vertebras da coluna vertebral. Não temos discos nas duas primeiras vertebras da coluna vertebral C1 e C2 e abaixo da L5, que envolve a região Sacral/Coccígea (vertebras fundidas). Vemos o processo espinhoso, que conseguimos apalpar em nossas costas.
C7 – É o processo espinhoso mais proeminente. Para senti-lo basta abaixar a cabeça.
Na região torácica vemos as costelas, que limitam junto com o externo o movimento das vértebras que compõe esta região.
Na figura acima é possível verificar o eixo formado pela coluna vertebral, que tem a função de distribuir as cargas e impactos recebidos. O alinhamento das vertebras um em cima da outra, é essencial para que a distribuição das cargas possa ser distribuída ao longo da coluna vertebral. O eixo inicia no ATLAS e termina no CÓCCIX.
Na parte posterior podemos ver e palpar todas as vertebras que compõe a coluna vertebral.
A figura retrata a ultima vertebra da lombar (L5), a juntura do sacrocom o ílio, formando a articulação sacrilíaca. Onde mostra o sacro como parede posterior da pelve (fechamento), que formará a famosa “bacia”.
A coluna vertebral esta sujeita a sofrer inúmeras lesões, em qualquer uma das regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacral/Coccígea.
Umas das lesões bem comuns são:
ESPONDILOLISE – Fratura (quebra) do processo espinhoso com o processo transverso. Pode pinçar ou rasgar um nervo que está saindo da coluna, mesmo não havendo mais medula espinhal, visto que a imagem trata-se da parte final da região Sacro/Coccígea, e a medula terminou entre a L1 e L2. Entretanto, pode haver a ruptura de músculos e nervos, localizados ao redor da fratura, possibilitando a perca de sensibilidade e movimento.
ESPONDILOLISTESE – Quando há a quebra do osso e além da quebra ocorre a Luxação (quando o osso sai do lugar).
Essas lesões causam uma desordem ao longo do eixo do nosso corpo. Este tipo de lesão pode ocorrer na academia. A espondilolise pode ocorrer no aparelho LEG PRESS, colocamos a carga muito pesada e não controlamos o peso na hora da descida, trazendo o peso de forma abrupta para os joelhos e quadril, ocasionando a quebra do processo espinhoso com processo transverso.
A espondilolistese ocorre em maior frequência no aparelho SMITH (agachamento), coloca o peso excessivo, e não aguenta, deste modo, desce rápido ou desce com o joelho tremendo “fadigando”, ocasionando a fratura e deslizamento da vértebra.
https://www.youtube.com/watch?v=CJslt7g7EwE
Devido a quebra do eixo de sustentação do corpo, ele caiu no chão. Esse tipo de lesão pode traze sequelas irreversíveis.
Na figura, consta uma imagem de tomografia a qual conseguimos observar as vertebras da coluna vertebral, possibilitando enxergar uma HIPERLORDOSE na região lombar da coluna vertebral. A vertebra L5 está praticamente em horizontal, o que ocasionou também a alteração no posicionamento do SACRO. Há um risco muito grande da vertebra se mover e trazer sérias sequelas ao paciente. Podemos verificar também que os discos estão desgastados, não compreendendo todo o espaço intervertebral, o que possibilita mais dores ao paciente, além das causadas pela Hiperlordose lombar e a Hipercifose sacral. Esses espaços não mais preenchidos pelos discos são os vulgarmente chamados de Bico de Papagaio (Osteofitose). O bico de papagaio pode ocorrer por diversos fatores, entre eles: envelhecimento, desgaste ósseo por excesso de peso, doença degenerativa (ex. doença reumática), consistindo nas pontas formadas no interior da vertebra, podendo ser formadas tanto na parte anterior, quanto posterior da vertebra. Revestindo a coluna vertebral, temos um ligamento, que na parte anterior é chamado de Ligamento Longitudinal Anterior e na parte posterior, Ligamento Longitudinal Posterior (que na figura está inflamado). Quando se formam essas pontas, elas podem perfurar o ligamento, causando aos pacientes dores intensas.
Obs. Os bicos de papagaio podem ocorrer da cervical, até a última vertebra da região lombar (L5).
A coluna vertebral tem a função de garantir mobilidade e movimento.
Realizamos o movimento anterior, projeção para frente (figura acima), chamadode	.
No abdômen temos o músculo muito importante para a coluna vertebral, quanto mais fortalecido estiver o meu abdômen, maior será a sustentação da coluna na região lombar.
A gestante que faz o trabalho de fortalecimento do abdômen durante a gestação sentirá menos dores na região lombar, pelo musculo estar mais rígido e mais firme, estabilizando a coluna. Por isso é recomendado muitas vezes o Pilates, que devido ao trabalho executado, acaba melhorando a situação da paciente, devido ao fortalecimento abdominal.
Flexão – Movimentação da Lombar e Cervical. O tórax somente acompanha, não se movimenta por estar fixos pelos arcos costais (costelas).
Na projeção para trás, chamada	a mesma coisa. Quem estende é a lombar e a cervical, o tórax só acompanha.de	, é
uem irão mobilizar é a Lombar e a Cervical. O tórax acompanha à medida que a curvatura de movimenta. Isso tanto para inclinação a direita, quanto para esquerda.Na	, q
Esse movimento é chamado	Movimento no qual ocorre as maiores lesões do corpo humano. A coluna não foi bem preparada para ficar “rodando”, caso sejam feitos movimentos bruscos, rápidos e com carga, a vertebra pode sair do lugar, quando ela “roda”. Isso acontece bastante, exemplo: “pular” da cama quando está atrasado, levanta abruptamente e trava a lombar ou o pescoço; Estava sentado e levantou rápido, acabou tracionando a coluna ou pegou um peso muito rápido.de	.
Esses movimentos de rotação não são muito funcionais. Pois a vertebra pode “rodar”, e acabar pinçando um nervo, um músculo ou até sair do lugar. Ou seja, esses movimentos que fazemos em rotação, rápidos e bruscos, são os mais podem trazer comprometimento na coluna, por
estar rodando um osso de um lado para o outro. Reforçando que dentro da coluna temos disco, nervos e medula. Dependendo do estresse que os movimentos vêm causando as estruturas, os ossos podem se separar e desarticular e trazer pequenos ou grandes problemas para a vida do individuo.
Por isso a recomendação é tomar muito cuidado com esses movimentos de rotação.
Até mesmo um paciente após ficar um período deitado na cadeira odontológica para a realização pode sofrer um desses traumas, ao levantar de maneira rápida e brusca.
LER O ARTIGO: RELAÇÃO DA OCLUSÃO DENTÁRIA NA PRESENÇA DE CURVATURAS NÃO FISIOLÓGICAS DA COLUNA VERTEBRAL (PORTAL).

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