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COLUNA VERTEBRAL

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COLUNA VERTEBRAL 
A coluna vertebral é um conjunto de vértebras que partem 
desde a região cervical até a região sacral, onde se localiza 
a medula óssea em seu interior, atua protegendo esse tipo 
de estrutura de possíveis lesões. São composta por uma 
quantidade exuberante de nervos, vasos sanguíneos, até 
por abrigar em seu interior o principal componente de um 
hematopoese do organismo humano que é a medula. 
 
Entre cada vértebra existem os discos intervertebrais que 
tem composição de fibrocartilagem e atuam promovendo 
uma diminuição do impacto e amortecimento das forças 
mecânicas durante os movimentos. Problemas nesse local 
estão relacionados com a herniação de disco que faz com 
que ocorra destruição da cartilagem, promovendo contato 
entre as vértebras e ocorrência de lesões vertebrais. 
A coluna vertebral por si só apresenta curvas fisiológicas 
ao longo de seu trajeto, como se formasse um “S” discreto 
por todo o corpo. A região cervical é em formato lordose, 
já a região torácica forma uma cifose, enquanto a lombar 
volta a formar uma lordose e a região sacral juntamente 
com o cóccix forma uma cifose novamente bem discreta. 
 
O posicionamento do pé, assim como a postura com que a 
pessoa adota influencia diretamente na coluna vertebral e 
na sua composição e direcionamento. Pessoas que possui 
um pé pronado, com joelho valgo e coxa vara geralmente 
possui uma hiperlordose da coluna lombar, com o andar 
de gansos também denominado de marcha anserina. 
Lembrando que o pé possui três arcos que contribuem na 
manutenção do equilíbrio e da postura corporal formando 
a abóbada plantar. O primeiro arco denominado de A é o 
arco que liga o calcâneo ao primeiro metatarso, o ponto B 
liga o calcâneo ao quinto metatarso e o ponto C liga ambos 
os metatarsos, formando a abóbada. 
 
E a partir desses achados se formam os desvios posturais 
sendo os principais deles a Escoliose que constitui de um 
desvio lateral da coluna vertebral, Hiperlordose constitui 
uma acentuação da principal lordose do organismo que é 
a da coluna lombar e Hipercifose que constitui aumento da 
angulação da principal cifose fisiológica que é a da coluna 
torácica. Lembrando que a medula óssea vai até L1/L2. 
 
Lembrando apenas para fins didáticos, a cifose forma um 
tipo de C em relação ao eixo da coluna vertebral fazendo o 
receber o nome de Cifose. A Lordose é justamente oposto 
da Cifose, com o C invertido, formando um D ao eixo. 
HIPERLORDOSE 
A hiperlordose é uma patologia que afeta a principal área 
de lordose na coluna vertebral que é a região lombar em 
que o ângulo de lordose está aumentado em relação eixo 
de gravidade da coluna vertebral. Pode apresentar ainda o 
Ângulo de Ferguson elevado maiores do que 42º graus em 
relação a tangente da região cervical. 
 
Geralmente no exame físico é possível de observar esses 
quadros de hiperlordose, no entanto, a partir do exame de 
Raio-X é possível observar um aumento dos ângulos, em 
especial quando se pega a vertebra lombar que apresenta 
maior rotação em relação a coluna vertebral, passa uma 
tangente na coluna lombar e na coluna cervical e acha um 
ângulo característico, denominado Ângulo de Ferguson. 
 
ESCOLIOSE 
A escoliose é um desvio lateral da coluna em relação linha 
média não fisiológico maior do que 10º. Essa medida é um 
valor denominado de Ângulo de Coob que é medido partir 
da identificação de quais vértebras começam o desvio da 
coluna. Identificando as principais vertebras rotacionadas 
ou tortas se traça uma linha paralela ao corpo vertebral e 
une esses dois pontos formando um Ângulo de Coob que 
irá dar o grau da escoliose daquele paciente. Esse ângulo é 
traçado em exames de imagem no Raio-X em casos que se 
seja possível observar alterações corretamente. 
ESCOLIOSE LEVE < 20º 
ESCOLIOSE MODERADA 20º - 40º 
ESCOLIOSE GRAVE > 40º 
 
Essa medida é considerada o padrão ouro para diagnostico 
de Escoliose na grande maioria das vezes, apesar de ter a 
limitação de ser um teste dependente do profissional e da 
maneira que ele realiza, podendo duas pessoas chegarem 
a Ângulos diferentes, assim como variações ao longo do dia 
e no exame de imagem. 
O diagnóstico de Escoliose é particularmente clínico onde 
se tem um paciente com desvio de coluna, e esse desvio 
de coluna lateralmente implica em algumas alterações na 
postura do paciente, especialmente quando se diz sobre a 
cintura escapular. Em pacientes com Escoliose se tem uma 
elevação da região dos ombros para o lado que a coluna 
do paciente é desviada lateralmente, como se estivesse de 
ombros levantados em um dos lados. 
Pode-se muitas vezes não perceber a diferença devido ao 
paciente corrigi-la antes do exame físico, no entanto, a fim 
de descobrir tal mudança pode-se pedir para o paciente de 
suspeita abaixar com as duas mãos em direção aos pés e 
deve-se observar alterações na altura da coluna lombar em 
especial, sendo um lado maior que outro. 
 
Outra técnica interessante é realizar um pontinho de lápis 
ou caneta ao longo de todo o trajeto vertebral e observar 
se apresenta algum desvio de coluna importante relação a 
linha mediana, e se for maior do que 10º é Escoliose. 
ESCOLIOSE: FUNCIONAL OU ESTRUTURAL 
A Escoliose pode ser funcional ou estrutural. Como próprio 
nome já diz, a Escoliose Estrutural se dá devido algum tipo 
de defeito próprio da coluna vertebral, geralmente causas 
idiopáticas, sendo a forma mais comum de desvio lateral 
da coluna tanto em crianças como adolescentes e adultos 
chegando a 80% dos casos. Na Escoliose Estrutural não tem 
melhora com a correção de postura, e na grande maioria 
das vezes o tratamento é cirúrgico. 
Outras causas para Escoliose Estrutural são: congênitas, de 
infecções, neuromusculares neuropáticas ou miopáticas, 
traumáticas, doenças metabólicas, neurofibromatose ou 
mesenquimopatias como Síndrome de Marfan. No entanto 
a grande maioria das causas são idiopáticas, sem que saiba 
o que realmente levou aquela alteração estrutural, sendo 
que independentemente da causa, o seguimento tende a 
ser o mesmo, e com correção cirúrgica obviamente junto 
com fisioterapia, RPG e assim por diante. 
Já a Escoliose Funcional está diretamente relacionada a má 
postura, sendo uma escoliose “adquirida” em que não se 
tem rotação vertebral por exemplo, como é muito comum 
nos casos de Escoliose Estrutural. Os fatores são ligados ao 
quadro ambiental, como por exemplo, fatores emocionais 
em adolescentes perturbados que tendem a fazer quadro 
de má postura, encolhimento, curva em C sem rotação, as 
irritações de raiz nervosa como hérnias de disco e tumores 
e outros quadros como apendicites e assimetria membros 
inferiores. 
 
ESCOLIOSE EM “C” OU “S” 
Podem existir ainda dois tipos de padrão de escoliose e em 
ambas, ocorre desvio lateral da coluna mas de forma bem 
diferente quanto ao formato do desvio. Um desvio se dá 
em forma de “C” em que a coluna desviada pende apenas 
para um lado, sem retornar a linha mediana para o outro 
lado, e nesses casos, a cintura escapular tende a levantar 
para o lado do desvio, enquanto a cintura pélvica tende a 
se inclinar para o lado contrário ao desvio. 
E a coluna no formato de “S” em que ocorre um desvio em 
ambas as partes, formando um S em relação a linha media 
da coluna vertebral. Nesses casos, a cintura escapular e a 
cintura pélvica tendem a se inclinar para o mesmo lado em 
ambos os casos. É facilmente observado ambos os padrão 
em exames de imagem e principalmente na inspeção dessa 
coluna ao exame físico. 
 
A escoliose influencia diretamente nos músculos ligados a 
coluna vertebral já que não se pode esquecer que o quadro 
de Escoliose é um quadro tridimensional que leva a tensão 
em inúmeros músculos importantes: Rombóide menor e 
maior, Trapézio, Eretor da Espinha, Deltóide Posterior, os 
músculos lombares ou do quadrante lombar.Durante um 
tratamento de Escoliose, devem ser alongados esses tipos 
de músculos a fim de aliviar os pontos gatilhos e também 
a tensão muscular que venha a prejudicar os movimentos 
e causarem dor. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ESCOLIOSE LOCALIZAÇÃO 
COLUNA CERVICAL: C1 – C6 
COLUNA CERVICOTORÁCICA: C7-T1 
COLUNA TORÁCICA: T2 – T11 
COLUNA TORACOLOMBAR: T12 – L1 
COLUNA LOMBAR: L2 – L4 
COLUNA LOMBOSSACRAL: L5 – S1 
A identificação é feita a partir do exame físico em que se 
tem a identificação de pontos de maior convexidade como 
se fossem curvaturas voltadas para fora, como a parte de 
trás de uma colher formando um arco para fora em que se 
tem o início da Escoliose. 
 
Geralmente não se encontra rotação vertebral em casos de 
escoliose funcional, sendo mais comumente de encontrar 
em casos de escoliose estrutural. Essa classificação Nash e 
Moe mostra os graus de rotação da vertebra sempre em 
comparação com o lado côncavo da coluna e o pedículo em 
questão, sendo que o lado côncavo é o lado de fora que se 
tem formação de uma curvatura como se fosse o lado das 
colheres em que se coloca a comida. Quanto maior fosse a 
rotação, menos o pedículo é percebido e mais difícil é um 
tratamento cirúrgico que possibilita reversão do quadro. 
 
TESTES DE AVALIAÇÃO DE ESCOLIOSE 
TESTE DE ADAMS: neste teste, a criança deve se abaixar 
para frente, mantendo os pés juntos e os joelhos retos. Os 
membros superiores devem estar pendentes, com as mãos 
aproximadamente ao nível dos joelhos. A criança será 
avaliada pela cabeça e/ou pelas costas. Alterações no nível 
da coluna vertebral, com inclinação maior ou menor para 
um lado é indicativo de positividade para Escoliose. 
 
TESTE DE DESLIZAMENTO LATERAL DE MACKENZIE: teste 
de Mackenzie com o paciente em pé, ficar ao lado dele, 
também em pé. Com o seu ombro, bloqueará a coluna 
torácica. Com ambas as mãos, pegar a pelve do paciente e 
puxá-la para você. Mantenha essa posição por 10 a 15 
segundos. Ao realizar o teste se os sintomas aumentarem 
no lado afetado, isso indica que a escoliose do paciente 
está contribuindo para os sintomas que ele apresenta. 
TESTE DE FLEXÃO LATERAL DO TRONCO: Com o paciente 
em pé e os braços ao longo do corpo, medir a distância do 
dedo médio até o chão. Depois peça para ele inclinar o 
tronco lateralmente e meça novamente. Tirar a diferença 
entre as duas medidas. Repetir do outro lado. Se o 
paciente se apresentar com escoliose, a inclinação lateral 
será mais limitada do lado da convexidade da curvatura. 
 
TRATAMENTO DA ESCOLIOSE 
O tratamento clinico da Escoliose se dá geralmente casos 
em que se tem uma Escoliose funcional ocasionada devido 
à má postura principalmente, assim como por problemas 
psicológicos que levam a má postura. Nesses casos usa-se 
uma órtese com o objetivo de melhorar a deformidade e 
ser capaz de evitar a progressão da curva por longo tempo 
mas em geral, essas órteses detém piora da curvatura mas 
não corrige a coluna, retornando o desvio para normal. 
 
O tratamento cirúrgico é mais complexo, mas também é o 
melhor tratamento quando o assunto é correção da coluna 
principalmente em casos de Escoliose Estrutural. Alguns 
métodos são utilizados como Artrodese que permite um 
bloqueio vertebral mediante a fusão óssea, além de uso de 
Prótese interna e em casos de Escolioses muito graves com 
Ângulo de Coob maior que 50º. 
Lembrando que antes de realizar quaisquer tipos ou forma 
de tratamento deve ser avaliado anteriormente a idade do 
paciente. Em casos de crianças, não ocorre ainda um total 
desenvolvimento da coluna, estando mais mole e ainda é 
possível a partir da fisioterapia e correções clínicas de ter 
melhora da Escoliose. Já no caso de adultos em que coluna 
vertebral já está formada, é necessário geralmente se ter 
um acompanhamento cirúrgico devido à dificuldade de se 
modificar a arquitetura da coluna já consolidada. 
HIPERCIFOSE 
Como o próprio nome já diz, é um aumento da curvatura 
de Cifose da coluna vertebral acometendo logicamente a 
principal cifose fisiológica do organismo que é a Cifose da 
coluna vertebral torácica. 
Assim como na Escoliose, a grande causa de Hipercifose é 
a mudança postural, ou melhor, a má postura do paciente 
quanto ao posicionamento. Outras causas como defeitos 
congênitos, traumatismo e necrose da epífise crescimento 
denominada de Hipercifose de Scheuermann em que tem 
uma alteração na coluna estrutural e não funcional e não 
tem uma causa conhecida e patogênese explicada. 
 
Outras causas podem ser processos inflamatórios, além de 
pós cirúrgicos, tumores, metabólicos como osteoporose, 
espondilite anquilosante, pós irradiação e acondroplasia 
que é conhecida popularmente como nanismo. 
O diagnóstico é feito também pelo Ângulo de Coobs sendo 
que o ângulo normal da coluna torácica varia de 20º a 40º 
de cifose fisiológica. Lembrando que valores maiores de 50 
já são indicativos de uma hipercifose torácica. 
O tratamento da hipercifose é, normalmente, fisioterapia 
convencional, que tem um objetivo fortalecer os músculos, 
garantir o alongamento peitoral e fortalecer a região 
abdominal e lombar. Além da fisioterapia convencional, o 
RPG (Reeducação Postural Global) pode ser recomendado, 
bem como o Pilates. Na grande maioria das vezes o 
tratamento é cirurgico e as complicaçoes são as mesmas 
que podem ocorrer na Escoliose. 
HIPERLORDOSE 
O próprio nome já diz, é um caso em que se tem aumento 
da principal curvatura de lordose fisiologica do organismo 
localizada na coluna lombar. Geralmente a postura de um 
portador de hiperlordose se faz com o ventre para frente 
e um afundamento muito evidente na regiao dorsal. 
O diagnóstico é feito pelo Ângulo de Fergunson em que se 
traça uma linha tangente a vertebra lombar mais afetada 
por onde se inicia a lordose, assim com se traça uma linha 
por onde começa a lordose, faz o encontro de ambas linhas 
e mede-se o ângulo que normalmente não deve passar de 
38º, caso contrario é dado diagnostico de Hiperlordose. 
Outra forma de medir o ângulo é traçar uma linha na L5 e 
na S1 sempre passando pela ponta do processo espinhoso 
e pelo corpo da vertebra. Esse ângulo não pode ser maior 
do que 38º, caso contrario é dado diagnostico certo de um 
quadro de Hiperlordose. 
 
MUSCULOS ESTABILIZADORES DA COLUNA 
O principal musculo estabilizador da coluna do corpo é o 
Psoas Maior este é o nome do músculo super espesso que 
se conecta de sua coluna lombar ao fêmur. Sua ação 
primária é a flexão do quadril (puxa o tronco em direção à 
coxa) e secundariamente ajuda na rotação lateral do 
quadril. Alem do Psoas Maior, existe o Reto Femoral que é 
responsavel tambem pela flexao de quadril. 
Um hiperlordose aproxima logicamente a coluna lombar 
do femur, fazendo com que se tenha um encurtamento do 
musculo Psoas Maior. Esse encurtamento provoca entao 
dores na regiao da lombar, assim como dores ao ficar em 
pé por muito tempo, assim como dores no joelho, alem de 
encurtamento de um dos membros por rotaçao da pelve 
para frente e dores na regiao do quadri. 
 
LOMBALGIA 
Lombalgia é caracterizada por uma dor na regiao lombar 
das costas, sendo que cerca de 80% das pessoas terão um 
quadro de lombalgia em algum momento da vida. alguns 
fatores predispoe esse quadro como: idade, nível escolar 
em decorrencia de conhecimentos a respeito de postura e 
movimentos, fatores psicossociais como estresse, alem de 
ansiedade e depressao, satisfaçao no trabalho e condiçao 
de trabalho e obesidade. 
DOR LOMBAR AGUDA - <<<< 4 SEMANAS 
DOR LOMBAR SUBAGUDA – 4 SEMANAS A 3 MESES 
DOR LOMBAR CRÔNICA - >>>> 3 MESES 
As causas para uma lombalgia são inumeras, sendo sempre 
importante descrever a dor, principalmente casos de se ter 
sintomas sensitivos caracteristicos de pinçamento neural 
como choque, queimação e formigamento. Duraçao, local, 
fatores de melhora epiora, radiação ou não dessa dor, e 
assim por diante. 
Pode ser classificada como uma dor lombar inespecifica, 
dor nas costas associada a radiculopatia ou chamada ainda 
de estenose espinhal ou uma dor associada a uma causa 
espinhal específica. Lembrando que radiculopatia consiste 
no pinçamento das raizes nervosas dos nervos espinhais e 
pode incluir sintomas de dor, formigamento, dormência e 
fraqueza. 
LESÃO DE DISCO INTERVERTEBRAL 
Os discos intervertebrais são estruturas localizadas entre 
as vertebras formados por um tecido fibrocartilaginoso em 
que se tem como principal funçao absorver os impactos e 
diminuir a força mecânica sobre as vertebras, evitando que 
se tenha contato entre ambas e lesoes vertebrais. 
As lesões dos discos podem ocorrer por meio de inúmeros 
mecanismos de movimentos, sendo mais comum de se ver 
o mecanismo de COMPRESSÃO entre as vértebras. Outros 
mecanismos como TENSÃO E CISALHAMENTO dos discos 
tabém podem ocorrer, sendo que a tensão é mais comum 
em movimentos errados de abaixar para pegar algo muito 
pesado, forçando a parte exterior da vértebra a tensionar 
e a parte interior a comprimir. Já o cisalhamento pode ter 
ocorrência por meio de movimentos bruscos de rotaçao 
associado a flexão de tronco, que promovem deslizamento 
entre as vértebras, fazendo com que disco vertebral sofra 
lesões graves. 
 
 
HÉRNIA DISCAL 
É a principal consequencia da ocorrencia de compressao 
da vértebra e disco intervertebral promovendo dor intensa 
na região da coluna afetada. 
O mecanismo de formação de uma hérnia discal se dá por 
meio de movimento de compressão intensa ou repetitiva 
ao longo de muitos anos fazendo com que se tenha uma 
lesão no disco intervertebral como desgaste da cartilagem 
que compõe o disco. Nesse momento, ocorre uma saída do 
núcleo do disco para fora da vértebra como se fosse uma 
geléia em que aperta e sai nas extremidades. 
Quando esse núcleo sai do corpo vertebral começa então 
a comprimir outras estruturas ao redor da vértebra como 
nervos, principalmente. Esse comprometimento de nervo 
faz com que sinta dores intensas, muitas vezes irradiando 
para outros locais, como por exemplo, dedos do pé, além 
de sensação de queimação intensa, formigamento muito 
forte, e assim por diante. 
Na grande maioria das vezes, a formação de uma hérnia de 
disco não ocorre do dia para noite, e não está associada só 
aos movimentos de compressão, geralmente outros tipos 
de movimentos como tensão e cisalhamento, podem vir a 
ocorrer e contribuem ainda mais para lesão de disco, saída 
do núcleo para fora do corpo vertebral e formaçao hérnia. 
 
DESIDRATAÇÃO DE DISCO INTERVERTEBRAL 
Assim como todo organismo quando envelhe e perde H20 
os discos vertebrais também sofrem com isso. Ao longo do 
passar dos anos, esses discos vão perdendo água e tendo 
um processo de desidratação, diminuindo a espessura dos 
discos e aumentando também as chances de lesões nessas 
vértebras. É por esse motivo que pessoas idosas são fator 
de risco para desenvolvimento de problemas na coluna em 
osteoartrose, hérnia de disco e lombalgia. 
Em termos práticos, é comum que ao longo da idade, além 
de perder água, as pessoas passam também a perderem a 
altura ou estatura. A principal causa disso, além de se ter 
um aumento das curvaturas da coluna vertebral, tanto da 
cifose fisiologica da região torácica como da lordose entre 
as porções cervicais e lombares, ocorre uma diminuiçao de 
água nos discos, encolhendo de tamanho. 
“Desidratação discal é um condição degenerativa do disco 
intervertebral, que acomete essa estrutura tão importante 
para o funcionamento da coluna. Este problema atinge o 
núcleo pulposo do disco, prejudicando a qualidade de vida 
do indivíduo. Na grande maioria vezes é um processo 
natural da idade, e raramente acometem as pessoas 
jovens” 
Assim sendo, tanto a formação de hérnia discal ocasionada 
por lesão do disco intervertebral acometendo não só essas 
vértebras, mas também estruturas adjacentes como nervo 
que passam próximos. Como também o processo chamado 
de desidratação discal levam ao aumento das chances de 
se ter uma lesão vertebral, já que o disco passa a perder a 
função principal de armazenamento e proteção contra as 
forças mecânicas e impactos sobre a coluna vertebral que 
leva ao risco aumentado de osteoartrose das vértebras e a 
dores características, principalmente na região lombar em 
que se tem o quadro típico de lombagia. 
 
NEOPLASIAS – OSTEOMA OSTEÓIDE 
São tumores formadores de osso, com tamanho pequeno, 
com limitado potencial de crescimento. Pacientes podem 
apresentar dor na coluna, principalmente noturna (dor 
tipicamente acorda o paciente à noite). 
Os sintomas, inicialmente, são leves e intermitentes, mas 
podem se tornar mais severos e constantes com o passar 
do tempo. O tratamento inicial, geralmente, é com uso de 
medicamentos, mas caso apresente uma falha podem ser 
utilizadas técnicas minimamente invasivas, como ablação 
percutânea por radiofrequência e foto coagulação com uso 
de laser. Casos mais avançados podem necessitar de 
cirurgia de ressecção tumoral. 
É a mesma lógica do que ocorre na hérnia de disco, só que 
nos casos de neoplasias, ocorrem um aumento de massa 
no osso, o que faz com que se tenha comprometimento de 
estruturas adjacentes, assim como ocorre qualquer local 
que se tenha formação neoplásica. Muitas das vezes, com 
o crescimento da neoplasia, podem aumentar os sintomas 
e comprometimento maior de estruturas, sem contar que 
tumores ósseos apresentam elevado potencial metástase. 
DIAGNÓSTICO DE LOMBALGIA 
O diagnóstico de um quadro de lombalgia é feito a partir 
de uma identificação mais ou menos de qual região está 
sendo acometida com objetivo de topografar essa lesão e 
facilitar na identificação de alterações, assim como para se 
pedir o exame ideal de determinada localidade específica 
da coluna vertebral, sem que, necessariamente, se faça um 
exame de toda a coluna vertebral. 
Essa identificação clínica é feita correlacionando sintomas 
e função dos nervos vertebrais que partem de cada local 
da coluna vertebral por meio dos miótomos e dermátomos 
responsáveis respectivamente por cada feixe nervoso. 
Os míotomos são locais do organismo que são inervados 
por um determinado feixe nervoso como grupo muscular 
do quadríceps é inervado por porções da L3. Dermátomos 
são regioes sensitivas inervadas por um mesmo feixe como 
nos miótomos. 
 
Na imagem acima é possível observar um exemplo clássico 
de lombalgia com acometimento nervoso: um paciente de 
certa idade chega com um quadro típico de dor lombar de 
forte intensidade associada a sensação de queimação e de 
formigamento no quinto dedo do pé, de forte intensidade 
que tem vezes que não consegue colocar os pés no chão 
do apartamento. É um clássico caso de lombalgia com um 
provável acometimento de vértebra S1 devido a sensação 
clássica no quinto dedo do pé. 
Outra forma de avaliar é a graduação de força muscular de 
determinados grupos muscular. Alterações em alguns dos 
grupos musculares, associados a um quadro de lombalgia 
são característicos de acometimento nervoso, em especial 
de miótomos e podem ser utilizados para guiar o exame de 
imagem. 
 
L2 – L3: FLEXORES DO QUADRIL; 
L3-L4: EXTENSORES DO JOELHOS; 
L4-L5: DORSIFLEXORES; 
L5-S1: EXTENSORES DO HÁLUX; 
S1-S2: PLANTIFLEXORES E FLEXORES DOS DEDOS; 
Outros testes podem ser avaliados como monofilamentos 
a fim de perceber alterações sensitivas, teste de pressão 
em que percebe movimentos vibratórios no local que for 
estimulado. Nesses casos os testes são considerados +++ 
se o paciente responder corretamente todas perguntas e 
negativos se errar pelo menos duas vezes, mostrando um 
acometimento nervoso associado a dor lombar. 
Os testes de Reflexos também podem ser utilizados nesses 
casos, sendo o mais conhecido,o teste do martelo a fim de 
estimular os músculos do quadríceps provocando um tipo 
de flexão involuntária por estimulação de L2-L3. O mesmo 
pode ser feito com os Isquiotibiais (L5) e Aquileu (S1-S2). 
“O reflexo patelar é um tipo de reflexo miotático, também 
conhecido como reflexo profundo ou reflexo tendineo. O 
teste do tendão patelar testa a função do nervo femoral e 
os seguimentos L2-L4 da medula espinhal. A ausência ou 
diminuição deste reflexo é conhecida como sinal de 
Westphal.” 
“O teste de Aquileu consiste em percurtir região do Tendão 
de Aquiles objetivando avaliar a integridade do nervo tibial 
posterior e as raízes L5-S1, esperando uma resposta normal 
de flexão do pé.” 
 
TESTE DE MILGRAM: O teste de Milgram é realizado com 
o paciente em decúbito dorsal. Com os membros inferiores 
estendidos, solicita-se que o paciente realize uma flexão 
bilateral de quadril de aproximadamente 10º.O teste é 
positivo se durante sua realização o paciente referir dor 
em coluna lombar. 
TESTE DE LASEGUE: aplicada bilateralmente, foi realizada 
com o paciente em decúbito dorsal, com os membros 
inferiores estendidos na maca. O examinador, colocando 
uma mão em um dos calcanhares do paciente, realiza a 
flexão de até 60° da coxa, mantendo o joelho estendido, 
em um membro de cada vez e se o paciente se sentir 
incomodado ou com dor, o teste é positivo. 
BIOMECÂNICA DO ORTOSTATISMO 
Existem musculos que protegem a coluna vertebral e são 
os estabilizadores da mesma. Especialmente os musculos 
do abdomen, por isso que o fortalecimento e contração do 
abdomen é fundamental para realização de exercícios fim 
de proteger a coluna vertebral. 
É por esse motivo que pessoas na academia quando fazem 
agachamento colocam a cinta estabilizadora, aumentando 
a pressão abdominal e fazendo com que se tenha maiores 
estabilidade na coluna vertebral. É como se os músculos do 
abdomen realmente travassem a coluna vertebral pressão. 
 
ESPONDILÓSE 
É um termo utilizado para descrever alterações na coluna 
como desgastes, alterações degenerativas, nos ossos e nas 
articulações. Geralmente não causa sintomas no início, no 
entanto, a progressão do quadro pode vir a comprometer 
funcionalidade, provocar dores nas regiões afetadas. 
Nesse quadro inclui a osteoartrose vertebral por exemplo 
em que se tem diminuição do disco interveterbral que leva 
ao contato contínuo entre as vértebras, provocando uma 
formação de osteófitos, lesões nos corpos vertebrais e dor 
fortemente associada aos movimentos, principalmente de 
flexão da coluna vertebral provocando compressão. 
 
ESPONDILÓLISE 
A espondilólise é definida como um tipo de defeito com 
descontinuidade óssea do segmento intervertebral, região 
da lâmina entre os processos articulares superiores e 
inferiores. Anormalidade estrutural entre os processos 
articulares superiores e inferiores de L5 (raramente a nível 
de L4). 
 
ESPONDILOLISTESE 
É um deslocamento anterior de uma vértebra em relação 
a outra situada caudamente, ou seja, a vértebra de cima se 
desliza para frente em relação a vertebra situada abaixo. 
Os locais mais frequentes de ocorrer são entre L5 e S1 e de 
L4 e L5 sendo em 87% dos casos de caráter bilateral. Nesse 
casos, a principal causa são atividades que demandam uma 
hiperextensão da coluna, aumentando a lordose da coluna 
lombar, jogando as vértebras lombares para frente e tendo 
um deslizamento das L5 sobre a S1 ou da L4 sobre a L5. É 
o famoso movimento de alongar a coluna, jogando ventre 
para frente e a coluna lombar também. 
I - CONGÊNITA OU DISPLÁSICA: alteração na superfície do 
sacro e/ou do arco neural, associados com espína bífida. 
II - ÍSTMICA: é a mais freqüente e que mais nos interessa, 
traduz por uma ruptura dos pares articulares por fratura 
ou fadiga que é a ocasionada por hiperextensão. 
III - DEGENERATIVA: osteortrite, degeneração discal e das 
facetas articulares geralmente acima do 40 anos de idade. 
IV - TRAUMÁTICA: fratura de um componente do encaixe 
ósseo, sem ser no ístmo. 
V - PATOLÓGICA: ocasionada devido alguma a lesão óssea 
generalizada como nos casos de osteoporose; 
 
O quadro clínico caracteristico é de dor que piora com uma 
posição ortostática, aliviando quando deitado. Pode estar 
associada a irritação do nervo ciático. Pode-se observar a 
hiperlordose ou lordose segmentar excessiva com ainda a 
proeminência óssea no segmento lombo-sacral com uma 
mobilidade diminuída, reflexos de Tendão de Aquiles são 
diminuídos (S1-L5) e no Raio-X é possível observar ainda o 
aumento da lordose, deslocamento de vértebra. 
ESPONDILITE ANQUILOSANTE 
A espondilite anquilosante é um tipo de inflamação que 
afeta ainda os tecidos conjuntivos, caracterizando-se pela 
inflamação das articulações da coluna e das grandes 
articulações, como quadris, ombros e outras regiões. 
O processo inflamatório, principalmente do disco vertebral 
e dos tecidos conjuntivos fazem com que se tenha então a 
união dos ossos e das vértebras nesses pacientes. Um sinal 
clássico de Espondilite Anquilosante é a coluna em bambu 
em que se tem fusão dos ossos vertebrais, diminuição do 
espaço articular com diminuição do disco intervertebral da 
coluna. 
 
DISFUNÇÃO SACROILÍACA 
Como o proprio nome já diz, disfunção sacroilíaca esta bem 
relacionado com algum tipo de alteração entre a regiao do 
sacro ou sacral e o ileo ou osso ilíaco que é o maior osso da 
pelve, que apresenta o formato em asa. Enquanto o sacro 
é a regiao responsavel por conectar ambas as asas dessa 
pelve, assim como manter comunicação com a coluna no 
caso a coluna sacral e lombar. 
 
Disfunção na regiao sacroilíaca se diz mais a respeito de um 
problema relacionado a articulaçao sacroilíaca que une os 
ossos do sacro com os ossos do íleo, sendo das principais 
causas de lombalgia. Pode ocorrer por trauma direto nessa 
regiao, assim como trauma indireto, entorse, gravidez ou 
alguma inflamaçao generalizada levando a dor na regiao 
das nadegas, geralmente lateralizadas. 
O quadro clínico é caracterizado por uma dor inicialmente 
na propria regiao da articulaçao sacroiliaca e que pode ao 
longo do tempo irradiar para outras regioes como virilhas, 
regiao lombar e sínfise púbica. Lembrando que essa dor 
tem origem no local da lesao, e não apresenta sintomas de 
queimaçao, formigamento, ou algum reflexo neurologico 
apenas se tiver algum comprometimento nervoso local. 
O diagnóstico é feito a partir do exame de vistas em que se 
observar tanto uma vista anterior, posterior ou lateral com 
alterações posturais, geralmente a pessoa tira o peso das 
regioes dolorosas, que ficam mais elevadas, enquanto as 
regioes contra laterais se apresentam mais abaixadas por 
sustentarem mais o peso do corpo. 
Pode-se ainda estimular pontos gatilhos sacroiliacos que 
irao promover fortes dores na regiao assim como estimular 
a mobilidade pélvica que estará obviamente diminuída e 
com dores e o teste de retração e força muscular. Pode-se 
fazer a palpação das estruturas como da articulaçao, alem 
da tuberosidade isquiática, glúteos e piriforme. 
DISFUNÇÃO SACROILÍACA X LOMBALGIA 
Teste da Flexão para Frente Suportada: é um teste que se 
tem como objetivo principal distinguir se a dor na região 
da lombar, gluteos e virilhas são resultantes de problemas 
na região lombar ou na disfunção sacroilíaca. 
Esse teste é feito inicialmente pedindo ao paciente flexão 
do tronco com os joelhos extendidos, sem dobrar e sem o 
médico imobilizar nenhuma porção. Posteriormente pede 
para o paciente realizar o mesmo movimento, no entanto 
agora imobilizando a pelve por meio da crista ilíaca desse 
paciente. 
Se o paciente sentir dor apenas no primeiro teste em que 
a pelve não estava imobilizada, pode-se suspeitar de algum 
problema na articulação sacroilíaca. No entanto, se sentir 
dor tanto com a pelve imobilizada como não imobilizada,o paciente pode apresentar disfunção na coluna lombar já 
que a pelve é indiferente nesses casos. 
Teste de Goldthwaith: esse teste também é realizado a fim 
de distinguir comprometimento lombar de algum tipo de 
comprometimento sacroilíaco, sendo fundamental para se 
observar as diferenças no acometimento. 
Com o paciente em decúbito dorsal. Localizar cada espaço 
interespinhoso. Realizar a elevação da perna. Verificar se 
existe dor antes, durante ou após a movimentação dos 
processos espinhosos: 
Dor antes da abertura (0° a 35°) indica dor extradural (tal 
como sacroilíaca); 
Dor durante a abertura (35° a 70°) indica dor intradural (tal 
como lesão ocupadora de espaço); 
Dor após abertura (> 70°) indica dor por distúrbio lombar 
tal como irritação do nervo ciático); 
O mais importante nesse teste é diferenciar qualquer dor 
na região pode ser de origem sacroilíaca, quando não tem 
dor após a extensão maior do que 35º pode-se descartar o 
comprometimento da articulação e focar na coluna lombar 
do paciente. 
 
TESTES PARA DISFUNÇÃO SACROILÍACA 
Teste do Piriforme: Paciente em decúbito lateral na borda 
da maca. Flexionar e aduzir o coxofemoral, com joelho 
fletido e estabilização na pelve. Dor ou espasmo indicará 
alteração do ciático na passagem pelo piriforme. 
Teste de Hibb: com o paciente em DV, flexionar o joelho e 
mover a perna para fora rodando medialmente o quadril. 
Promove rotação interna da cabeça femoral para dentro 
da cavidade acetabular, com uma leve distração da 
articulação sacroilíaca. Dor na articulação sacroilíaca indica 
lesão, processo inflamatório, abcesso ou um entorse dos 
ligamentos sacrilíacos. Dor na articulação do quadril indica 
uma lesão do mesmo 
 
Teste Patrick Fabere: Paciente em decúbito dorsal, com 
uma das pernas estendidas e com a outra realiza-se uma 
abdução do quadril, rotação lateral e flexão do joelho, 
cruzando a perna do paciente sobre o joelho oposto. O 
examinador estabiliza a crista ilíaca oposta enquanto 
realiza uma pressão para baixo no joelho que está 
flexionado. Esse tipo de teste detecta patologias do quadril 
(inflamação, necrose avascular da cabeça femoral) e da 
articulação sacroilíaca. 
 
Teste do Balanço Pélvico ou Compressão Sacroilíaca: é um 
teste bem simples de ser realizado, com o paciente em DD 
ou DL se realiza uma compressao sobre a regiao do íleo ou 
da articulação sacroilíaca e qualquer sinal de dor é um tipo 
de indicativo de lesão nessa região. Sendo importante que 
se realize o teste bilateralmente. 
Teste de Lewin-Gaenslen: Com paciente em DL, sobre o 
lado são, com tríplice flexão coxofemoral e joelho. O 
terapeuta estende a coxofemoral enquanto estabiliza o 
sacro. Dor nesse lado indica lesão geral da articulação 
sacroilíaca (entorse de ligamento sacroilíaca anterior ou 
processo inflamatório). 
Teste de Gaenslen 1 e 2: Paciente em DD e com o lado 
afetado na borda da maca, instruí-lo a flexionar o joelho, 
aproximando-o do tórax no lado não afetado. Terapeuta 
coloca pressão para baixo sobre a coxa afetada até que ela 
fique mais baixa que a borda da maca. Dor no lado afetado 
indica uma lesão sacroilíaca geral (entorse de ligamento 
sacroilíaca anterior ou processo inflamatório). 
 
Observa-se que todos esses testes visam realizar alguma 
movimentação da região sacral ou da sacroilíaca a fim de 
verificar a presença de dor. Movimentos de compressão e 
de extensão/flexão de quadril são importantes. 
Teste de Yeoman: Paciente em DV, flexionar o joelho (90°) 
realizar extensão da coxa passivamente, com estabilização 
da pelve afetada. Dor no lado afetado indica uma lesão 
sacroilíaca geral (entorse de ligamento sacrilíaco anterior 
ou processo inflamatório). 
 
Teste do Flamingo: Com o paciente em pé, instruí-o a ficar 
em pé sobre uma perna de cada vez. Solicitar que o mesmo 
salte, o que aumenta o esforço sobre a articulação do 
quadril, sacroilíaca e sínfise púbica. Dor aumentada em 
qualquer dessas articulações, pode indicar um processo 
inflamatório no lado da perna de apoio. Dor secundária a 
trauma pode indicar fratura. Dor na articulação do quadril 
também pode indicar uma bursite trocanteriana. 
 
O tratamento é feito por meio de analgésicos, assim como 
injeção de anti inflamatórios locais, anestésicos e em casos 
de muita dor, de corticoides sempre associado com sessão 
de fisioterapia. Caso não tenha melhora, pode-se pensar 
no tratamento cirúrgico. 
SÍNDROME DO PIRIFORME 
É uma síndrome em que o musculo piriforme provoca uma 
compressão do nervo ciático na saída da pelve para região 
glútea. Quando o musculo piriforme se encontra espasmo 
ou hipertrofiado ele por sua vez acaba comprimindo todo 
o nervo ciático e produzindo dor de forte intensidade. 
 
É uma doença mais comum em mulheres entre os 20 e 50 
anos de idade que malham com muita intensidade todos 
os músculos da região das nádegas e coxas. Assim como os 
ciclistas, atletas e corredores apresentam essa patologia já 
que o musculo do piriforme encontra-se encurtado o que 
leva a compressão do nervo, principalmente ciclistas em 
que a posição sentado favorece o quadro encurtamento do 
musculo. É denominado popularmente também Síndrome 
Bumbum Sarado. 
 
O quadro clínico característico é de ciatalgias com dores na 
região lombar, glútea e que pode expandir para toda perna 
e região posterior da coxa, assim como virilhas. Essas dores 
podem ser tão intensas a ponto de incomodarem muito ao 
sono e acordarem o paciente por conta do quadro. Tendo 
em mente que sintomas como queimação, formigamento 
e sintomas nervosos são comuns de serem encontrados e 
sempre diferenciar com quadros de pinçamento de raízes 
nervosas, que é diferenciado pelo Teste de Lasegue. 
O diagnóstico deve ser feito por intermédio de exames 
clínicos, associados também aos exames complementares 
como ressonância magnética, ultrassonografia, radiografia 
e eletroneuromiografia. A doença costuma ser confundida 
com bursite, lombalgia, tendinite dos flexores da coxa e 
ciatalgia. 
Teste do Piriforme: Paciente em decúbito lateral na borda 
da maca. Flexionar e aduzir o coxofemoral, com joelho 
fletido e estabilização na pelve. Dor ou espasmo indicará 
alteração do ciático na passagem pelo piriforme. 
 
CERVICALGIA E CERVICOBRAQUIALGIA 
O próprio nome já diz que consiste em um quadro em que 
se tem sintomas na região cervical, cabeça ou escapula e 
na área do ombro em decorrência de alguma inflamação 
na região cervical ou da coluna cervical. Geralmente essa 
dor é mecânica, varia com atividade física e hora do dia ou 
ao realizar movimentos. 
Já a cervicobraquialgia como próprio nome diz ocorre um 
comprometimento do plexo braquial localizado próximos 
da coluna cervical ou melhor, tendo origem nessa coluna 
cervical. A dor nesses casos são unilaterais com irradiação 
para braços e escápula sendo muito pior que a dor cervical 
podendo chegar a irradiar para mãos e dedos, sendo que é 
um quadro típico de irritação de raiz nervosa com sintomas 
de irradiação, dormência ou parestesia. 
 
O diagnóstico de cervicobraquialgia é feito por meio dos 
testes de compressão e diapasão em que o médico faz uma 
força sobre o pescoço do paciente, forçando para baixo e 
o paciente irá sentir dor, com irradiação para braços, além 
de sensações de formigamento. Enquanto realizar ainda os 
movimentos de diapasão, as dores serão aliviadas. 
RADICULOPATIA 
O termo radiculopatia se refere a qualquer compressão do 
nervo independentemente qual segmento pode ocorrer, 
sendo mais comum na coluna cervical podendo levar aos 
quadros de cervicobraquialgia como lombossacrais onde 
se tem os quadros típicos de irritação de raiz nervosa que 
configura a lombalgia. 
As etiologias são inúmeras, com destaque para as hérnias 
de disco e processos degenerativos como doenças do tipo 
inflamatórias, infecciosas com destaque para herpes,além 
de etiologias isquêmicas como vasculites e neoplásicas em 
especial aquelas que sofrem metástases ou infiltração de 
meninges. 
As dores e alterações são sentidas conforme o local que é 
acometido, é o famoso assunto dos dermátomos e ainda 
dos miotomos responsáveis por quadros de dores segundo 
as regiões acometidas e inervadas por aquelas raízes. 
 
MIELOPATIA CERVICAL 
É um quadro de disfunção da medula espinhal em paciente 
com mais de 55 anos de idade. O quadro clínico é marcha 
com corpo inclinada, base ampla e pouco espástica, além 
de fraqueza nas mãos. 
O exame clínico revela sinais de envolvimento do neurônio 
motor superior nas extremidades inferiores e superiores e 
MMII espásticos com aumento dos reflexos dos tendões 
profundos. 
“A mielopatia cervical é a lesão da medula espinhal, devido 
a compressão da medula espinal na altura do pescoço, em 
conseqüência de uma espondilose ou de artrose cervical 
intervertebral que diminuem o espaço que a medula ocupa 
no canal vertebral.” 
PLEXO BRAQUIAL 
O plexo braquial assim como todo plexo é um conjunto de 
nervos que partem da medula espinhal, especificamente 
da região da coluna cervical e cervicotorácica entre C5 – T1 
em que se tem a formação de três nervos principais que os 
compõe: o nervo mediano, nervo radial e o nervo ulnar e 
esses três nervos são responsáveis por inervar as regiões 
do braço, ombro, cotovelo e mãos. 
O Nervo Radial localiza-se abaixo da inserção do deltóide e 
mais indiretamente na cabeça do rádio sendo que lesões 
nesse nervo fazem com que se tenha perda sensibilidade 
no dorso das mãos assim como perda de força no punho o 
que configura o sinal de Punho Caído. 
 
 
O Nervo Medial é o primeiro deles localizado na face mais 
interna do braço, lateralmente a artéria braquial sendo um 
nervo localizado mais precisamente acima da artéria, mais 
medial ao tendão do bíceps e passa pelo túnel do carpo. As 
alterações nesse nervo faz com se tenha uma perda clara 
de sensibilidade cutânea na região dos dedos polegares ao 
quarto dedo, assim como na região mais medial da mão é 
por onde esse nervo passa. Além de inervar essa região de 
forma motora, em que problemas indicam dedos caídos, o 
polegar até o quarto dedo com perda da força. 
 
O Nervo Ulnar é o contrário do nervo medial sendo o nervo 
responsável por inervar sensitivamente e também através 
da motricidade as regiões mais laterais da mão, entre dedo 
mindinho e o quarto dedo. Perda de sensibilidade além de 
perda de força e os dedos caídos nessa região são sintomas 
característicos de irritação do nervo ulnar. 
 
NERVO SUPRAESCAPULAR 
O nervo supraescapular se localiza especial acima da área 
escapular na incisura da escapula próximo ao ligamento da 
escapula superior. É um ramo motor formado por outros 
dois ramos do plexo braquial provenientes de C5 e C6 que 
é responsável por inervar os músculos supra-espinhal e os 
músculos infra-espinhal. 
O quadro clínico é caracterizado por uma dor no ombro na 
borda superior da escapula que pode se irradiar também 
para pescoço e braço. Geralmente essa dor se agrava nos 
movimentos de flexão e adução do ombro que provoca o 
estiramento do nervo, fraqueza muscular, depressão mais 
acentuada na fossa supra-espinhal e o teste neural é nesse 
caso positivo. 
 
Existem inúmeros testes que podem vir a serem feitos nos 
pacientes para testarem os nervos periféricos como ocorre 
nos nervos tibiais e fibulares nos membros inferiores. Deve 
se ter em mente sempre que nervo radial é o contrário do 
nervo medial e o nervo ulnar é diferente, apesar de mais 
semelhante com o medial quanto a inervação. 
1. Nervo Medial – Extensão Ombro + Dorsoflexão das Mão 
ou Extensão de Punho; 
2. Nervo Radial – Rotação Interna + Extensão do Ombro + 
Flexão Plantar das Mãos ou de Punho; 
3. Nervo Ulnar – Flexão de Cotovelo + Inclinação Cxlateral; 
4. Nervo Supraescapular - Depressão de ombro (cotovelo 
flexionado) + Flexão de ombro 90° + Protrusão de ombro + 
Inclinação cervical contralateral; 
FRATURAS DE COLUNA VERTEBRAL 
São as lesões que podem vir a acometer a coluna vertebral 
geralmente decorrente de um trauma direto ou impacto 
muito elevado nessa região, principalmente grande queda 
de alturas muito significativas podendo vir a lesar ossos, o 
discos intervertebral, ligamentos, medula espinhal e raízes 
dos nervos espinhais com pinçamento nervoso. 
Existem quatro tipos principais de fraturas na coluna que 
podem vir a chamar atenção: fratura processo transverso 
ou da costela, fratura do corpo vertebral por extensão bem 
forçada, fratura do corpo vertebral por compressão e as 
fraturas com luxação. 
As FRATURAS DO PROCESSO TRANSVERSO são estáveis e 
se relacionam intimamente com trauma direto na região 
paravertebral com um quadro clínico de dor local, além de 
equimose, aumento da cifose e escoliose antálgica, órtese 
para imobilização. Geralmente a dor piora durante alguns 
movimentos respiratórios. 
As FRATURAS POR EXTENSÃO FORÇADA já explica próprio 
mecanismo do trauma que consiste em uma lesão por ter 
estendido demais a coluna principalmente atletas durante 
a adolescência. O tratamento ocorre por meio analgésicos 
e coletes estabilizadores por cerca de 8 a 12 semanas. 
As FRATURAS POR COMPRESSÃO ocorrem por falha região 
anterior do corpo vertebral e não causa descontinuidade 
do muro posterior do corpo vertebral, sem compressão da 
medula. Geralmente provoca acentuação antálgica cifose 
dorsal, com espasmos musculares e limitação do arco de 
movimento. O acunhamento pode ocorre em até 50% dos 
casos, sendo necessário órteses como colete de Boston. 
As FRATURAS DA COLUNA COM LUXAÇÃO são comuns de 
ocorrer envolvendo a T2 e T3 principalmente em casos de 
acidentes automobilísticos, motociclismo, esportes radical 
de inverso e paraquedismo. Nesses casos uma vertebra sai 
da outra, perdendo o contato entre si. 
 
FRATURAS DE COLUNA CERVICAL 
Cerca de 80% dos traumatizados tem menos que 40 anos. 
São lesões de alta taxa de mortalidade, podendo ter 
acometimento neurológico em até 50% das vezes. Cerca 
de 10% dos lesados medulares apresentam piora do 
quadro devido a negligência no transporte. 
As lesões no Atlas que é a primeira vertebra da coluna C1 
ocorre em 1 a 2% das fraturas, produzidas por forças de 
compressão axial da cabeça sobre o pescoço. Sendo todo 
o tratamento nesse caso cirúrgico. 
Já a fratura do Axis ou da segunda vertebra cervical ou C2 
ocorre em cerca de 15% das fraturas de coluna cervical e a 
etiologia geralmente é devido a acidente automobilístico 
por um mecanismo de flexão, extensão e rotação sendo a 
mais comum em pessoas com cerca de 40 anos idade. 
Existe uma peculiaridade do Axis que são fraturas ocorrem 
no pedículo do Axis conhecidas como fratura enforcado e 
que ocorre devido a traumas de grandes energias, sendo 
que a gravidade depende do tipo e mecanismo de lesão e 
em sua maioria soa benignas, consolidando bem após um 
tratamento conservador. 
 
COMPLICAÇÕES DAS FRATURAS: NEUROPRAXIAS 
A principal complicação são as Neuropraxias que decorrem 
do acometimento nervoso após lesão de vertebra como é 
de ocorrer na hérnia de disco por exemplo. Não ocorre a 
ruptura do nervo ou de sua bainha de mielina mas ocorre 
uma redução ou bloqueio completo da condução através 
do segmento do nervo com a continuidade axonal. 
Geralmente a principal forma de Neuropraxias que ocorre 
é o acometimento do axônio por compressão direta feito 
pelo trauma na coluna, denominado Axoniotmese mas não 
há dando estrutural do nervo, apenas danifica. Além dos 
mecanismos de compressão, pode ocorrer por estiração 
ou alongamento do nervo, assim como lesar a bainha de 
mielina prejudicando a passagem de impulsos nervosos e 
provocando neurites. 
Casos mais graves em que ocorre comprometimento total 
da estrutura nervosa ocorre principalmenteem lesões que 
são cortantes ou perfurantes gerando destruição total do 
nervo, denominado de Neurotmese em que ocorre secção 
total, assim como quadros de laceração por tração muito 
elevada provocando estiramento nervoso. Nesses casos, o 
tratamento é cirúrgico e imediato. 
 
COMPLICAÇÕES DE FRATURAS: SANGRAMENTOS 
O comprometimento de vasos podem ocorrer em vários 
casos principalmente por conta da intimidade que se tem 
a coluna com os vasos e nervos provocando quadros muito 
graves e até morte com hemorragias dependendo de qual 
o vaso acometido. 
As lesões carotídeas são diagnosticadas em cerca de 6% de 
todas as lesões penetrantes do pescoço e são responsáveis 
por 22% de todas as lesões vasculares cervicais. A maioria 
dos pacientes acometidos por esse tipo de lesão não chega 
vivo ao hospital; já se relatou uma mortalidade global de 
até 66%. A mortalidade global para as lesões da artéria 
carótida comum é muito mais alta que para as lesões da 
carótida interna, devido provavelmente por causa da alta 
incidência (31%) de lesões associadas da veia jugular 
interna nas lesões da carótida comum. 
A laringe é a parte do conduto aéreo que comunica a 
faringe com a traquéia. Também denominada órgão da 
voz, estende�se verticalmente desde da 4 a até a 6ª 
vértebras cervicais, sendo um pouco mais elevada nas 
mulheres e crianças. Trata-se do ponto mais estreito das 
vias aéreas, separando�as em partes superior e inferior. O 
trauma externo da laringe é infrequente devido ao reflexo 
de flexão da cabeça - aproximação da mandíbula ao tórax 
- em caso de perigo. A proteção posterior é realizada pela 
coluna cervical. O trauma ocorre basicamente quando 
tem-se a extensão da laringe, sendo os indivíduos altos e 
magros mais propensos a esse tipo de traumatismo. 
O tratamento é basicamente cirúrgico na grande maioria 
dos casos, seguido de fisioterapia e repouso com grande 
imobilização e cuidados nessa região para que a fratura se 
consolide. Geralmente fraturas cervicais tendem a ser bem 
complexas, podendo ocorrer acometimento medular que 
leve a paraplegia ou tetraplegia dependendo de qual for a 
raiz acometida, assim como acometer vasos próximos ao 
pescoço como as carótidas, aumentando a mortalidade do 
acidente.

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