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A presença da tecnologia no dia a dia Equipe cursos TI 1. A tecnologia está em tudo 1.1 Inteligência artificial 1.2 Segurança da informação 1.3 Cidades inteligentes 1.4 Computação verde e responsabilidade socioambiental 2. Como a tecnologia influencia a geração atual e futura? 2.1 10 habilidades do profissional do futuro segundo a ONU 2.2 Softwares de interação social e netiqueta 2.3 Projeto Meninas Digitais 2.4 Recursos Educacionais Abertos (REA) 2.5 Letramento digital Para não encerrar o assunto Referências Sumário Você deve ter percebido que as tecnologias, tem sido cada vez mais aplicadas nos mais diversos setores – como indústria, comércio e educação. Um ponto em comum nas áreas é perceber o foco na busca de melhoria de processos, produtos e também nas formas de comunicação. Cada vez mais, é preciso investir no aprendizado do uso de diversas ferramentas tecnológicas disponíveis tendo a consciência de que este é um movimento de atualização e melhorias constantes. Todos os dias as tecnologias se apresentam direta ou indiretamente nas interações: acesso ao leitor de código de barras para descobrir o preço dos produtos, do acesso aos alimentos que passaram por algum processo industrial para chegar até a prateleira, o pagamento via cartão de crédito no caixa, o acesso a variados aplicativos nos smartphones... não há como negar a presença das tecnologias. Diante deste contexto, você é convidado para, nesta leitura, ter uma visão geral da aplicação da tecnologia em diversos setores da sociedade e perceber o quanto você já está inserido neste mundo digital – dominando os recursos ou não. Vamos iniciar apresentando diversas situações que é possível perceber nos dias atuais e que fazem parte de anúncios na TV, revistas de notícias, benefícios que já temos acesso. Isto é: vamos visualizar situações reais e que já percebemos a presença no dia a dia. Em seguida, você verá os conhecimentos que se fazem necessários para se apropriar dos recursos tecnológicos e como eles se fazem presentes no meio educacional. Introdução A tecnologia está presente em tudo. Ou em quase tudo. Cada vez mais nos vemos imersos em contextos influenciados pela tecnologia. Não somente influenciados, mas muitas vezes, dependes dela. Com o uso crescente dos recursos da internet o número de dados digitais gerados tem sido igualmente crescente, em uma proporção muito maior, inclusive. Dados pessoais, dados de acessos digitais, senhas, valores, comércio eletrônico (e- commerce), softwares de comunicação/interação social... um grande número de informações circulando na rede. Desse modo, temos o acesso à informação viabilizado pelas redes e muitas atividades que outrora eram realizadas presencialmente, passam a ser realizadas no meio digital. O objetivo desse tópico é apresentar alguns conceitos que se fazem presente no nosso dia a dia, sabemos que existem, mas nem sempre como funcionam ou quais implicações estão envolvidas. Você é convidado a ler os assuntos que foram especialmente organizados para contribuir ao seu aprendizado. Para cada um deles você encontrará alguns materiais adicionais para aprofundar sua leitura, se desejar! 1. A tecnologia está em tudo 1.1 Inteligência Artificial Inteligência Artificial (IA ou Artificial Intelligence-AI) é um avanço tecnológico que permite que sistemas simulem uma inteligência similar à humana — indo além da programação de ordens específicas para tomar decisões de forma autônoma, baseadas em padrões de enormes bancos de dados. Exemplo disso são os serviços de call centers, onde era muito comum os clientes aguardarem ser atendidos via chat ou telefone para esclarecer dúvidas mais simples, como a data de vencimento da fatura do cartão de crédito ou qual é o melhor dia de compra no cartão. Dúvidas simples como essas e até dúvidas complexas podem ser atendidas atualmente por chatbots - uma solução na área de TI que consegue compreender a interação do usuário seja ela por escrita ou por fala, buscar em um banco de dados e apresentar a resposta mais adequada para cada situação. Os chatbots (ou robôs de conversação) são sistemas de computador projetados para simular uma conversa com os usuários e representam um avanço da tecnologia. Trata-se de uma ferramenta que revolucionou o relacionamento das empresas com seus clientes, uma ferramenta que o negócio digital não pode deixar de usar. Outra aplicação conhecida de IA é o tradutor da empresa Google. Recentemente no Google translate foi realizado uma atualização, qual é considerada pela empresa um grande avanço na rotina de tradução. A solução faz uso de uma tradução neural que gera uma tradução mais relevante e aproximada do idioma em questão. O software da empresa realiza uma pesquisa em uma base gigantesca de dados realizando milhares de comparações e, com as análises feitas, opera uma tradução da frase completa inserida pelo usuário no site e não mais uma tradução de palavra a palavra, solução que em muitas vezes retirava o contexto e significado da frase. Machine Learning: processo que automatiza a construção de modelos analíticos. Essa tecnologia faz uso da estatística, redeis neurais e física para encontrar nos dados pesquisados instruções para chegar a uma determinada conclusão. Deep Learning: Utiliza redes neurais com muitas camadas de processamento para apreender padrões complexos em grandes quantidades de dados, incluindo reconhecimento de voz e fala. O pioneirismo em IA encontra-se na década de 1960 por meio de projetos desenvolvidos pelo departamento de defesa dos EUA. Em um projeto conhecido como DARPA (Advanced Research Projects Agency), foi desenvolvido um algoritmo que permitia aos computadores imitar o raciocínio humano e realizar mapeamento de ruas. Outra aplicação desenvolvida, foi o assistente pessoal que, atualmente, são utilizados para apoiar o uso de aparelhos tecnológicos como, por exemplo, Siri e Cortana - assistentes virtuais que ajudam no uso diário de computadores e smartphones. Atualmente a IA atua na combinação de uma grande quantidade de dados: realiza um processamento rápido e interativo com alguns algoritmos. Desse modo, proporciona ao software apreender com padrões ou até com informações pesquisadas, desencadeando assim o grande desafio de trabalhar com dados existentes. A IA é um campo de estudo amplo, onde nela engloba muitas teorias, métodos e tecnologias, como passamos na evolução da IA, abaixo segue alguns subcampos da IA: Aprenda + V Í D E O : M A C H I N E L E A R N I N G R E S O L V EF I L M E : O J O G O D A I M I T A Ç Ã O Há muitas aplicações sendo desenvolvidas na área de IA. Cada vez mais ela integra diferentes dados, algoritmos requintados para tratar os dados coletados e se mostra presente em diversas áreas da sociedade. Em sua essência, a IA permite que os sistemas tomem decisões de forma independente, precisa e apoiada em dados digitais. O que, numa visão otimista, multiplica a capacidade racional do ser humano de resolver problemas práticos, simular situações, pensar em respostas ou, de forma mais ampla, potencializa a capacidade de ser inteligente. Figura – Evolução da inteligência artificial Fonte: GOODNIGHT, Jim. Inteligência Artificial. O que é e qual sua importância? Disponível em: https://www.sas.com/pt_br/insights/analytics/inteligencia-artificial.html Acesso em 27 ago. 2020. Para você saber mais sobre a importância da Inteligência Artificial acesse. Aprenda + Consulte também a revista Computação Brasil n.39 para saber mais sobre o assunto. https://www.sas.com/pt_br/insights/analytics/inteligencia-artificial.html 1.2 Segurança da Informação A segurança da informação é um assunto que diz respeito à proteção de determinados dados, com a intenção de preservar seus respectivos valores para uma organização (empresa) ou um indivíduo. Podemos entender como informação todo o conteúdo ou dado valioso paraum indivíduo/organização, que consiste em qualquer conteúdo com capacidade de armazenamento ou transferência, que serve a determinado propósito e que é de utilidade do ser humano. São prioridades da Segurança da Informação a confidencialidade, integridade, disponibilidade, autenticidade e legalidade das informações de um indivíduo ou organização de forma a preservar estas informações sigilosas. Este é um assunto presente e de supra importância na legislação brasileira - Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Lei nº 13.709/2018 que regula as atividades de tratamento de dados pessoais, sancionada em 2018. Esta lei define que toda empresa (independentemente de seu porte), que colete, armazene e trate dados de pessoas, ou que permitem identificá- las em seu dia-a-dia, tais como folha de pagamento, contratos, RG, CPF, entre outros, deverão adequar-se às suas determinações legais até maio de 2021. A partir da LGPD, o usuário poderá saber como seus dados pessoais estão sendo utilizados pela empresa e concordar ou não. A LGPD estabelece uma série de regras que todas as empresas e organizações atuantes no Brasil terão de seguir para permitir que o cidadão tenha mais controle sobre seus dados pessoais, garantindo uma transparência no uso dos dados das pessoas físicas em quaisquer meios, isso está fazendo com que as empresas comecem desde já a buscar os ajustes necessários em setores de TI. É importante você ficar atento às notícias, pois ainda ela está por entrar em vigor. Vale você saber que, quanto à fiscalização da LGPD, foi criada a Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD) que deverá não somente regular, como também orientar sobre como aplicar a lei e como os cidadãos e organizações poderão colaborar com a autoridade Para saber mais sobre o assunto da LGPD, visite o site da Associação Nacional dos Profissionais de Privacidade de Dados Para saber mais sobre quem vai regular a LGPD consulte. Aprenda + 1.3 Cidades Inteligentes (Smart Cities) A preservação de recursos naturais e uso consciente tem sido temáticas presentes devido a questões como o aquecimento global e superpopulação prevista para o futuro. Sabe-se, por exemplo, que problemas sociais diversos podem advir futuramente como a escassez de alimentos, água potável e recursos naturais. Diante discussões sobre o tema surge a compreensão de que a evolução tecnológica e outras mudanças na sociedade podem auxiliar a manter equilibrada a equação sem que a população deixe de utilizar recursos numa intensidade semelhante ao que já ocorre. Uma das possibilidades para que seja viável uma vida saudável está em tornar o local onde vivemos mais adaptado aos novos tempos em termos de recursos tecnológicos, hábitos e planejamento urbano voltado a uma melhor qualidade de vida para todos. O conceito de cidade inteligente tem sido conhecido por representar um lugar onde a qualidade de vida é visível e isto é amplamente visível, sendo uma cidade limpa, organizada, com boa capacidade de geração de empregos e que atraia investidores e empreendedores, sendo assim um local onde a percepção de quem vive e trabalha é a de estar num bom lugar para se estar. Existe um ranking conhecido como “Cities in Motion Index” que é desenvolvido pelo Centro de Globalização e Estratégia do Instituto de Estudos Superiores da IESE. O documento está na sexta edição envolvendo a análise de 174 cidades entre 96 diferentes indicadores que possibilitam uma visão abrangente das cidades. As cidades são analisadas em nove dimensões, sendo elas: capital humano, coesão social, desenvolvimento econômico, meio ambiente, governança, planejamento urbano, alcance internacional, tecnologia e mobilidade e transporte. Observe que aspectos como sustentabilidade, redução do consumo de recursos até níveis razoáveis e de preferência que sejam renováveis estão em pauta constante na temática das cidades inteligentes. Também podem envolver aspectos como incentivos locais para empresas sustentáveis que destinam ou reciclam de forma adequada sobras de matéria prima e perdas e investem em ações para a comunidade e colaboradores, por exemplo. Envolve também a possibilidade de investimentos locais em educação e cultura, urbanismo com propostas de redução de emissões e uso de recursos sustentáveis, eficiência logística, recursos tecnológicos voltados ao bem estar geral, podendo servir como parâmetros para comparações com outros lugares em todo o mundo. Para aprofundar sua leitura sobre o tema, dentre diversas possibilidades disponíveis na internet, sugerimos uma visita a estes dois links! Aprenda + Para mais informações, acesse o site do projeto da Universidade de Navarra. Acessando você encontrará o documento em pdf para uma leitura mais aprofundada sobre o assunto! 1.4 Computação verde e responsabilidade socioambiental No cenário da responsabilidade socioambiental, encontramos na computação o chamado computação verde (também chamada de TI Verde) como a prática de maximizar o uso eficiente de recursos de computação para minimizar o impacto ambiental. Nesta temática é importante você compreender que existem cuidados em controlar e reduzir os impactos ambientais de um produto minimizando o uso de materiais perigosos, energia, água e outros recursos escassos, bem como minimizando o desperdício de fabricação e em toda a cadeia de abastecimento. Nesse sentido, os objetivos da computação verde estendem-se também ao uso do produto ao longo de seu ciclo de vida, e a reciclagem, reutilização e biodegradabilidade de obsoletos produtos (HARMON, AUSEKLIS, 2009). A TI Verde também luta para atingir a viabilidade econômica e melhorar o uso e o desempenho dos sistemas, respeitando as responsabilidades sociais e éticas. Segundo Lunardi el .al. (2014), a TI Verde inclui as dimensões de sustentabilidade ambiental, eficiência energética e custo total de propriedade, que inclui o custo de descarte e reciclagem. Todos estes processos aplicam utilizando recursos computacionais. Entretanto, é preciso uma visão consciente sobre o uso desenfreado de tecnologia e uma reflexão acerca de quais são os possíveis riscos pessoais e sociais para os envolvidos. Apesar de não ser o foco da leitura neste momento, fica a ressalva sobre alguns riscos sociais com efeitos adversos indiretos à saúde. É o caso, por exemplo, do risco de conflitos entre usuários e não usuários da tecnologia. Tais aspectos podem gerar dois tipos de incerteza: primeiro, a incerteza de quão rápido e em que medida a tecnologia será adotada e como ela será usada e, em segundo lugar, a incerteza dos modelos causais conectando as causas relacionadas à tecnologia com efeitos potenciais para a saúde ou ambientais. Caso você se interesse por esta temática, sugerimos a leitura do artigo de Hilty e Köhler (2004), listado nas referências deste material. O assunto é extenso e sempre atual. A questão ambiental perpassa muitas áreas e a produção e uso de tecnologia tem muita conexão com a temática. Para expandir sua leitura, sugerimos a leitura da edição n. 40, da revista Computação Brasil. Aprenda + Para expandir sua leitura, sugerimos a leitura da edição n. 40, da revista Computação Brasil. 2. Como a tecnologia influencia a geração atual e futura? Diante do que você viu nos tópicos anteriores, você já pôde perceber que um dos desafio que temos em um “futuro já presente” é o de desenvolvermos as habilidades e conhecimentos necessários - não somente em termos de hard skills (competências técnicas) como de soft skills (competências comportamentais). Essa formação passa por um processo que requer um olhar cuidadoso desde os processos educativos na Educação Básica, passando pela formação superior e abrangendo o chamado aprendizado ao longo da vida. Você verá alguns pontos relacionados a essa formação e os conhecimentos que estãoenvolvidos. Certamente os pontos a seguir não cobrem a totalidade do que é preciso desenvolver as competências no uso de tecnologia, especificamente, mas é um ponto de partida para suas leituras. Vamos lá! Aprenda + V Í D E O : O P R O F I S S I O N A L D O F U T U R O 2.1 As 10 habilidades do profissional do futuro segundo a ONU Estamos inseridos em um contexto de mudanças que retrata a constante evolução das inovações tecnológicas e do mercado de trabalho. Logo, o profissional futuramente atuará em setores e ocupações que ainda nem existem, assim as habilidades interpessoais, o pensamento crítico e a empatia serão importantes para quem quiser se destacar no mercado. Segundo a ONU, esse profissional deve estar munido de 10 habilidades incluindo inteligência emocional, resolução de problemas, criatividade, entre outras que veremos, brevemente, ao longo do texto. De acordo com a ONU as habilidades do profissional do futuro são: 1. Flexibilidade cognitiva 6. Negociação 2. Orientação para servir 7. Julgamento e tomada de decisões 3. Inteligência emocional 8. Coordenação com os outros 4. Gestão de pessoas 9. Criatividade 5. Pensamento positivo 10. Resolução de problemas complexos Aprenda + Escola de Inteligência Educação Socioemocional. Conheça as 10 habilidades do profissional do futuro segundo a ONU. Embora todas as habilidades sejam necessárias e importante para uma formação profissional orgânica e coesa, encontramos duas aptidões que vão ao encontro dos conhecimentos necessários no uso da tecnologia que é o pensamento crítico, pois, essa habilidade combina lógica e raciocínio fazendo que uma pessoa possa avaliar as vantagens e desvantagens de uma situação como também propor soluções para problemas que as organizações podem enfrentar. A segunda competência relacionada diretamente à área de tecnologia é a resolução de problemas complexos. Nessa habilidade encontramos, em sua base, a lógica e raciocínio. Logo, o profissional do futuro deve possuir uma mente capaz de se adaptar às mudanças e solucionar problemas. O assunto é instigante e promove uma boa conversa. Neste momento, queremos apresentar as competências de maneira sucinta e relacionando a importância de conhecê-las no contexto do uso de tecnologias. Todas as habilidades interpessoais serão necessárias no cenário em que as mudanças tecnológicas estão constantemente evoluindo e redefinindo a natureza do nosso trabalho. É necessário que exista um apoio pedagógico nas carreiras e funções que devem surgir nos próximos anos para conseguir desenvolver as competências necessárias nos jovens de agora para que consigam atender as demandas de mercado no futuro. Aprenda + Se desejar aprofundar seu estudo, veja outras sugestões de leitura sobre o assunto: 2.2 Softwares para interação social e Netiqueta Diante o contexto marcado pelo uso intenso de tecnologias que viabilizam a comunicação e a troca de informações, é necessário conhecer o potencial das ferramentas para o planejamento de atividades educativas que envolvam o uso de aplicações web, tanto na educação presencial quanto na educação a distância. Hoje, quando falamos de software social, o foco está nos recursos que possibilitam interações, que vão além do interesse de desempenhar uma única tarefa ou alcançar um determinado objetivo em comum. O software social constitui-se em várias tecnologias empregadas para comunicação entre pessoas e grupos por meio da internet. Pode ser utilizado para que um grupo (de estudantes, cientistas, professores, por exemplo) possa registrar a memória coletiva em torno de um problema comum. Utilizados através de sites, aplicativos e outros, o software social prevê a comunicação e a organização de informações. Essa interação entre pares estimula as pessoas com interesses semelhantes a compartilharem diferentes ideias. Assim, é possível contribuir para o debate e o aprender. Além disso, o acesso a qualquer pessoa vem a ser o diferencial visível do software social. Se enquadram na categoria de software social os blogs, as listas de discussão, os fóruns, mensageiros instantâneos, sites de relacionamento como Facebook, LinkedIn, Instagram, além de chats e programas de e-mails que também podem se enquadrar e serem utilizados para interação síncrona e assíncrona. Software social pode promover a reflexão, a negociação e a composição de ideias em caráter comunitário, servindo tanto para o gerenciamento de informações quanto para a coordenação de projetos. Além disso, tal ferramenta facilita que pessoas ainda não envolvidas no projeto possam rapidamente inteirar-se do trabalho de uma equipe. Aprenda + Para saber um pouco mais sobre alguns softwares que temos à disposição clique sobre a imagem desejada! https://meet.google.com/ https://web.whatsapp.com/ https://www.instagram.com/ https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-365/microsoft-teams/group-chat-software Netiqueta Conversar por meio de recursos tecnológicos envolve alguns cuidados diferentes da nossa interação física e social. Há algum tempo atrás, a interação acontecia basicamente por meio textual. Com o desenvolvimento tecnológico, interagir por meio de áudio ou vídeo tem sido cada vez mais facilitado devido aos softwares de compressão de dados – que reduzem o tamanho dos pacotes de dados a serem transmitidos, viabilizando assim a transferência de dados com qualidade. Seja como for, no mundo digital (EAD, redes sociais, aplicativos de comunicação) ainda fazemos uso da comunicação textual e, as pessoas na maioria dos casos, não estão vendo o rosto umas das outras e nem ouvindo o tom de voz de cada uma, assim os sentimentos e ideias que estão nas conversas não são vistos ou sentidos e, por outro lado, nem sempre são expressos corretamente. Neste sentido, a ideia desta leitura é compartilhar algumas regras básicas que guiam a boa convivência das pessoas na internet. A netiqueta (net + etiqueta) pode ser vista como um guia para facilitar a comunicação das pessoas na internet. Entender sobre netiqueta é essencial para estabelecer a ponte entre as pessoas e o conhecimento. A comunicação precisa ser corretamente expressada. Para saber mais sobre o assunto, leia o artigo científico: Aprenda + 2.3 Projeto Meninas Digitais Falar em tecnologia pode também envolver uma reflexão acerca da ocupação feminina nos espaços profissionais. Diante da baixa participação de mulheres na área de TI, Maia (2016) relata que pesquisadores de diferentes partes do mundo tentam analisar a distribuição de membros do sexo feminino na área da tecnologia da informação. No caso do Brasil o INEP observou que em 2009 as mulheres eram maioria nas matrículas do ensino superior. Contudo, destaca que os cursos de tecnologia demonstram baixa adesão das mulheres, este parâmetro não é algo exclusivo das universidades brasileiras. Para ampliar a participação feminina na área e nos cursos de TI e retornar com o acesso do gênero feminino a tecnologia, diversas iniciativas surgiram, e uma delas é a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) que mantém o Programa “Meninas Digitais” desde 2011. Esta iniciativa tem por objetivo “divulgar a área de Computação e suas tecnologias para despertar o interesse de meninas estudantes do ensino médio (nas suas diversas modalidades) e dos anos finais do ensino fundamental” (MENINAS DIGITAIS, 2019). Essa movimentação tem impactado comunidades regionais a mobilizarem estudos acerca da temática, proporcionando motivação para inserção feminina na área de TI, trocas de experiências, criação de rede de relacionamento e fortalecimento do público perante um cenário majoritariamente masculino. O cenário traçado proporciona oportunidades de desenvolvimento de novos negócios e, consequentemente, movimentação da economia e atuação mais intensa das mulheres em segmentos de Tecnologiada Informação. Meninas Digitais surgiu a partir de discussões no Women in Information Technology (WIT), evento base do Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC). O WIT é uma iniciativa da SBC para discutir assuntos relacionados às questões de gênero e a Tecnologia de Informação (TI) no Brasil por meio de histórias de sucesso, políticas de incentivo e formas de engajamento e atração de jovens, especialmente mulheres, para as carreiras associadas à TI. (MENINAS DIGITAIS, 2019) As mulheres também tiveram seus nomes fixados na história. Na primeira geração de computadores, o ENIAC foi programado por seis mulheres (SCHWARTZ, et. al., 2006). Ada Byron foi a primeira mulher que trabalhou com programação, auxiliando Charles Babbage em seu projeto da Máquina Analítica (HUSKEY, 1980). Aprenda + Quer saber mais sobre Ada Lovelace acesse o vídeo ao lado. Visite o canal Meninas Digitais no Youtube e conheça melhor o projeto. 2.4 Recursos educacionais abertos (REA) Você viu que o acesso facilitado aos recursos tecnológicos acontece em diversos setores e, sendo assim, a educação não ficou de fora. A oferta de cursos na modalidade a distância trouxe à tona um elemento muito abordado no meio acadêmico: os recursos educacionais abertos (REA). Recursos Educacionais Abertos (REA), são os materiais utilizados para o ensino e licenciados de forma aberta. Estes podem ser utilizados por qualquer pessoa, sendo professor ou aluno, em qualquer tipo de ensino, presencial ou EAD sem custo nenhum. São materiais que permitem o acesso ilimitado e em qualquer horário, podem incluir cursos completos ou partes dele, módulos, vídeos, livros didáticos e artigos de pesquisa, software ou qualquer tipo de material que possa disseminar o aprendizado. O REA é caracterizado por ter a licença aberta, é utilizada em conteúdo de aprendizagem e é um software livre. O REA permitiu o aumento dos acessos aos materiais que antes eram de uso proprietário, possibilitando melhor qualidade e quantidade dos materiais de acordo com cada tipo de ensino, além do estímulo ao uso das tecnologias e práticas pedagógicas. Para viabilizar o compartilhamento de forma que respeito questões autorais, as licenças Creative Commons concedem as permissões necessárias ao REA, mesmo passando por alguns entraves em relação padronização das permissões concedidas como a dupla interpretação na hora de divulgar suas licenças. A carência de conhecimento sobre os REA dificulta a sua produção. Muitos usuários fazem uso dos REA, mas não imaginam do que se trata, mesmo estes recursos fazendo parte da internet. Os REA são incentivados por instituições que tem como propósito a educação de qualidade e sem custo para beneficiar o maior número de alunos. As formas de utilização do REA no EAD têm grande importância devido possibilitar um grande conteúdo de qualidade para as diversas formas de acesso e sem custo, ter acesso aberto e licenciados utilizados na forma impressa ou não. A grande rede de internet possui uma grande variedade de recursos que podem ser utilizados para contribuir e melhorar o ensino e a aprendizagem em diversos formatos e, apesar destes recursos serem amplamente utilizados e beneficiar os usuários, a minoria deles sabem do que se tratam. Os benefícios dos REA para os usuários são imensos, eles podem ser utilizados para pesquisas acadêmicas, cópia de arquivos em geral, baixar sons e vídeos, entre muitos outros benefícios. Para saber mais sobre o assunto, consulte os sites: Aprenda + 2.5 Letramento digital Quando pensamos em tecnologia percebemos que hoje já temos acesso a diversos recursos que vão desde o tradicional computador de mesa (desktop) até os pequenos dispositivos móveis, permitindo realizar diversas atividades em tempo real. Diante dos avanços tecnológicos e da inserção de diversos recursos no contexto educacional, nos deparamos com o conceito de letramento digital que, segundo Coscarelli (2005) e Ribeiro (2013), refere-se às práticas sociais de leitura e produção de textos em ambientes digitais. Esta definição envolve o uso de textos em ambientes propiciados pelo computador ou por dispositivos móveis. Existem diversos estudos nesta área e alguns modelo teóricos que ilustram características do letramento digital para promover o desenvolvimento de habilidades e competências específicas para a formação no meio digital. Uma temática que vem à tona neste contexto é o desenvolvimento de conhecimentos vinculados ao aprendizado na área da computação. Por exemplo, pensamento computacional e computação desplugada são conceitos que tem trazido discussões interessantes à comunidade escolar e acadêmica no sentido de desenvolver, de maneira gradativa, conceitos da lógica computacional que até então não são considerados como obrigatórios nas propostas curriculares. Aprenda + Para você saber mais sobre o assunto, sugerimos a leitura da edição n. 41, da revista Computação Brasil que fala sobre Computação na Educação Básica. Para não encerrar o assunto Quando o assunto envolve tecnologia temos uma variedade de áreas e aplicações para abordar. Seja uma pessoa leiga no uso de tecnologias, seja um nativo digital, é válido sempre buscar uma visão geral da contribuição direta e compreender sua aplicabilidade. O foco está em sabermos que existem possibilidades para facilitar algumas atividades mecânicas, é viável interagirmos uns com os outros por meio de recursos específicos e podemos ser muito produtivos por meio de soluções digitais. Os artefatos tecnológicos têm sido desenvolvidos cada vez mais sob a perspectiva de proporcionar uma boa experiência ao usuário, o que garante um mínimo de adaptabilidade dos recursos às tarefas que desempenham. Projetos de interface precisam ser estudados e bem elaborados para atender o público-alvo, que, por sua vez, desenvolve cada vez mais habilidades no uso da tecnologia. Referências BISCALCHIN, A. C.; ALMEIDA, M. A. Apropriações sociais da tecnologia: ética e netiqueta no universo da infocomunicação. InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, v. 2, n. 1, p. 193-207, 7 jun. 2011. CASTRO, Bárbara. Gênero e trabalho na tecnologia da informação: um perfil dos profissionais do setor no Brasil. 2011. Disponível em: <http://bit.ly/1aGon7l>. Acesso em: 25.ago. 2020. COSSETTI, Melissa Cruz. O que é inteligência artificial? Disponível em: https://tecnoblog.net/263808/o-que-e-inteligencia-artificial/ Acesso em 27 ago. 2020. GOODNIGHT, Jim. Inteligência Artificial. 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