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barômetro de Torricelli

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Exemplo: barômetro de Torricelli 
 
 
Os barômetros de mercúrio são instrumentos de precisão e medem a pressão do ar. 
Mediante sua cuidadosa observação é possível verificar as oscilações climáticas. 
 
A leitura é feita diretamente na coluna de mercúrio. Não possuem partes móveis, o que 
elimina o desgaste e as exigências de manutenção. 
 
 
 
Instalação e Transporte 
 
 
Instale-o na parede. Não há necessidade de ser ao ar livre. Observe se o aparelho está bem 
fixo. Retire a tampa (7) e o dispositivo de segurança (8), evitando que junto dele fiquem 
presas bolinhas de mercúrio. Guarde o dispositivo. Recoloque a tampa, deixando-a frouxa, 
afim de possibilitar o contato direto do mercúrio com o ar . 
 
Para retirá-lo da parede, incline-o, ainda pendurado, lentamente para a esquerda ( ± 450). O 
mercúrio preencherá o vácuo batendo discretamente na ponta do vidro, Mantenha-o nesta 
posição, segure o recipiente de mercúrio, ponha o dispositivo de segurança e coloque a 
tampa apertando-a levemente. Feito isso, o barômetro poderá ser retirado da parede e 
manipulado livremente. 
 
É importante que se síga as instruções corretamente a fim de evitar qualquer dano ao 
aparelho. 
 
 
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Funcionamento 
 
 
O barômetro de Torricelli indica sempre precisamente a pressão atmosférica do lugar onde 
está instalado. Inicialmente é ajustado a O (zero) m do nível do mar. Caso a altitude, onde o 
mesmo será usado, seja superior, terá que ser feito o ajuste, pelo próprio usuário, através da 
escala auxiliar (1), destocando-a até chegar na altitude correta do lugar, impressa numa 
terceira escala (3), tomando como indicador a seta na parte superior da escala auxiliar 
 
Ex..- Numa altitude de 200 m, deíxe a parte superior da escala auxiliar exatamente em 200 
na terceira escala. A leitura será feita na escala auxiliar, em mm. 
 
Quando instalado ao nível do mar deixe-a no O (zero) na terceira escala. a leitura poderá 
ser feita nas duas escalas, em mm. 
 
Observações: 
 
• Descida lenta do mercúrio de 2 a 3 mm no barômetro, em um período de 
24 horas, igual a queda da pressão do ar distante, sem mudança 
significativa de clima. 
• Queda de 2 a 3 mm num período de 1 hora igual a iminente perturbação, 
chuvas. 
• Queda forte de 6 a 10 mm em um período de 4 a 5 horas igual a trovões, 
tempestade. 
• Ascenção rápida igual a tempo bom de pouca duração. 
• Ascensão regular igual a tempo seco e bom ou, frio e seco no inverno. 
 
Os movimentos da coluna de mercúrio devem ser observados diariamente ou, sempre que 
possível. Para facilítar, coloque oponteiro regulável (2) sempre exatamente onde está 
marcando a pressão no momento. Na leitura seguinte é possível determinar se houve queda 
ou ascensão do mercúrio. 
 
Os barômetros de Torricelli podem vir acompanhados de um termômetro para temperatura 
ambiente. 
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Os barômetros de mercúrio são 
instrumentos destinados a medir a 
pressão do ar. 
 
 Mediante a sua cuidadosa observação 
é possível verificar as oscilações 
climáticas: 
 
• descida lenta do mercúrio de 2 ou 
3 mm num período de 24 horas = 
queda da pressão do ar distante 
sem mudança significativa de 
clima; 
• queda de 2 ou 3 mm num período 
de 1 hora = iminente pertubação, 
chuvas; 
• queda forte de 6 a 10 mm em um 
período de 4 a 5 horas = trovões, 
tempestade; 
• ascensão rápida = tempo bom de 
pouca duração; 
• ascensão regular = tempo seco e 
bom ou frio e seco no inverno. 
 
Para seu perfeito funcionamento, é 
necessário ajustá-lo conforme a 
altitude do lugar onde é instalado. 
 
1. Escala auxiliar 
2. Ponteiro regulável 
3. Escala de altitudes 
4. Tubo de vidro 
5. Coluna de mercúrio 
6. Termômetro 
7. Tampa 
8. Dispositivo de segurança 
9. Recipiente de mercúrio 
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Links interessantes sobre o assunto 
 
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto03.asp
 
http://users.hotlink.com.br/marielli/
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Blaise_Pascal
 
http://www.museudocomputador.com.br/personalidades_pascal.php
 
http://www1.fis.uc.pt/museu/pneu.htm
 
"Enquanto partidários e oponentes da teoria do vácuo discutiam entre si a natureza do espaço 
situado por cima da coluna de água, Evangelista Torricelli (1608-1647) teve a ideia de substituir a 
água por mercúrio. Um tubo fechado numa das extremidades era cheio de mercúrio e colocado por 
cima de uma tina que continha igualmente mercúrio. Imediatamente este descia no tubo e parava 
sempre à mesma altura (± 760 mm), deixando por cima um espaço vazio, sem mercúrio. Torricelli 
atribuía correctamente a causa do fenómeno à pressão atmosférica sobre a superfície do mercúrio. 
Para que esta ideia se impusesse ao mundo culto, foi preciso esperar a obra de Blaise Pascal, e a 
experiência decisiva realizada pelo seu cunhado, Florin-Périer. Este repetiu a experiência de 
Torricelli, no mesmo dia, no sopé da montanha de Puy-de-Dôme, a meia altura e no cume. Uma 
vez que a coluna de mercúrio diminuia à medida que se ascendia no Puy-de-Dôme, estava provado 
que a causa do resultado da experiência era a pressão atmosférica, mais elevada a baixa altitude, 
menor a elevada altitude. As experiências de Pascal sobre a ascensão da água no corpo de bomba e 
no tubo de Torricelli vão permitir-lhe elaborar a sua hidrostática, exposta nos seus dois Traitez de 
l'équilibre des liqueurs et de la pesanteur de la masse de l'air (1663)". 
 
 
http://atelier.uarte.mct.pt/rota-do-tempo/Fisicos/Boyle.htm
 
http://www.dsr.inpe.br/vcsr/html/APOSTILA_PDF/CAP5_SHSFerreira.pdf
 
"O barômetro de Torricelli constituía-se de um tubo de vidro fechado em uma das extremidades. 
Este tubo preenchido com mercúrio era embocado em uma cuba contendo o mesmo líquido 
metálico. Desta forma, verificava-se na época que o peso da coluna de mercúrio era equilibrado 
pela pressão do ar, permanecendo aproximadamente à 760 mm de altura, isto é, indicando a pressão 
de 760 mmHg , o que eqüivale aproximadamente à 1013 hPa (hecto -Pascal) ou 1,013 x 105 N/m2 , 
que também corresponde à pressão normal atmosférica ao nível médio do mar. Esta pressão varia 
com a altitude do lugar e também com as condições do tempo. O aumento dos valores de pressão 
está relacionado ao movimento descendente do ar, inibindo a formação de nuvens. Ao contrário, a 
diminuição da pressão, está relacionada ao movimento ascendente do ar, permitindo a condensação 
do vapor d’água e a formação de nuvens. Tais relações foram depois esclarecidas, através do 
estudo da dinâmica da atmosfera. Além do barômetro, outros importantes instrumentos 
meteorológicos foram inventados na mesma época, tais como os 
anemômetros, termômetros, pluviômetros, etc". 
 
 4
http://www.ifi.unicamp.br/sbv/artigoRobertoStempniak.pdf
 
"No transcorrer dos tempos os conceitos sobre vácuo evoluíram e permitiram ao homem realizar 
aquilo que inicialmente parecia impossível: produzir um ambiente quase sem matéria. Os primeiros 
pesquisadores a começar pelos da Escola de Alexandria, passando por Torricelli, Pascal e tantos 
outros nunca imaginaram que de suas primeiras experiências viriam aplicações científicas notáveis 
como a compreensão do que é a atmosfera, das propriedades químicas dos materiais, da 
eletricidade e da própria estrutura mais íntima da matéria. Ainda hoje muitas pessoas ignoram que 
toda a eletrônica, sistemas de comunicações, computadores e até umaprosaica garrafa térmica 
dependem de sistemas de vácuo. ... Mais tarde, Aristóteles (384-322 a.C) viria considerar o 
problema do vácuo negando a possibilidade de sua existência. Aristóteles não aceitava a teoria 
atômica de Demócrito. O raciocínio de Aristóteles, para provar a não existência do vácuo, utilizava 
a experiência de queda dos corpos. Os corpos ao caírem sofrem uma resistência do meio em que 
caem: resistência do ar, da água, etc. Alguns meios oferecem maior resistência, outros menor 
resistência. Mas essa resistência está sempre presente, limitando a velocidade. Se houvesse vácuo, 
os corpos não encontrariam resistência alguma e sua velocidade cresceria indefinidamente 
chegando a uma velocidade infinita. Logo o vácuo não pode existir. Como sabemos, Aristóteles foi 
o filósofo que mais influenciou o pensamento científico dos séculos que se seguiram e essas idéias 
foram se propagando até a época do renascimento com uma frase repetida freqüentemente: “A 
natureza tem horror ao vácuo...”. E essa concepção era utilizada para interpretar determinados 
fenômenos como, por exemplo, quando mergulhamos um canudo em um copo de água. Ao 
chuparmos o ar contido no canudo a água sobe para preencher o espaço onde se retirou o ar para 
que não houvesse vácuo... Somente no início do século XX a teoria da relatividade de Albert 
Einstein veio mostrar que a idéia de “éter”, que era suposto por Maxwell matéria que preencheria 
todo o universo, era desnecessária e que, novamente, poder-se-ia falar em vácuo. ... É interessante 
perceber que a experiência de Torricelli, com o seu barômetro foi uma das primeiras técnicas para 
produzir vácuo artificialmente. Vejamos porque: o mercúrio desceu desde a extremidade fechada 
do tubo até chegar, no equilíbrio, a 76cm. Esse espaço entre a extremidade fechada do tubo e o 
nível superior de mercúrio é desprovido de matéria ou, pelo menos quase desprovido de matéria 
uma vez que sempre há uma certa quantidade, ainda que pequena, de vapor de mercúrio para criar 
uma pequena pressão. Em todo o caso a pressão nessa região é um vácuo parcial já de muito boa 
qualidade. Trata-se, pois, de uma técnica para se produzir um bom vácuo. ... 
 
 
... O caminho livre médio é a principal referência para os pesquisadores que precisam utilizar o 
vácuo em seus trabalhos porque, muitas vezes, a presença do ar pode representar um empecilho 
para o movimento de outras partículas em que o cientista está interessado. É o caso, por exemplo, 
de um tubo de televisão (“tubo de raios catódicos”) onde elétrons emitidos da parte de trás do tubo 
devem chegar até a tela. Se a pressão não for muito baixa, os elétrons não conseguem atingir 
diretamente a tela para formar a imagem devido à alta probabilidade de colisões com as moléculas 
presentes. Por isso é preciso reduzir a pressão de modo que o caminho livre médio seja muito maior 
do que o tamanho do tubo de imagem do televisor e assim os elétrons possam chegar sem 
problemas à tela. A tabela 1 mostra a relação entre a pressão e os parâmetros mencionados. ... 
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Neste pequeno passeio pelas idéias sobre o “nada” a que chamamos de vácuo, vemos que embora o 
vácuo perfeito não exista, as aproximações que dele temos permite não só que compreendamos 
melhor a natureza mas que também tenhamos acesso a tecnologias cada vez mais importantes para 
a vida moderna". 
 
 
http://jglg.uma.pt/Fg/Components/Pdf/aula03.pdf
 
 
 
A linha a azul é a que obtemos assumindo que o ar é um gás compressível. A título de comparação 
está representada a violeta a variação da pressão com a altitude assumindo que o ar é um gás 
incompressível. Para baixas altitudes a diferença não é muita. .... 
 
Se um fluido é compressível a massa específica varia com a pressão. Temos que fazer altura do 
cilindro infinitesimal e a equação fundamental da hidrostática passa a ter a forma: 
 
dzdzgdp ×γ−=××ρ−= ... 
 
 
Torricelli 
1608-1647 
 
 
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