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Petição inicial Horas extras Intervalo intrajornada DSR

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EXCELENTÍSSMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DA XXª VARA DO TRABALHO DE XXXXXXX/XX
XXXXXXXXX XXXXX, brasileiro(a), ESTADO CIVIL, PROFISSÃO, inscrito ao CPF sob nº. XXX.XXX.XXX-XX, e no RG nº. XXXXXXXXXX, domiciliado e residente à Rua XXXXXXXXXXXXXXX, nº. XXX, Bairro XXXXXXX, na cidade de XXXXXXXXXXXX–XX, vem perante Vossa Excelência, por seus procuradores, ut instrumento de mandato anexo, propor a presente 
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
em face de XXXXXXXXXXXXXXX Ltda., pessoa jurídica de direito privado, com sede à XXXXXXXX, XXX – na cidade de XXXXXXXX–XX, na pessoa de seus representantes legais, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DO CONTRATO DE TRABALHO
O reclamante fora contrato em XX.XX.20XX para exercer a função de instrutor e fora demitido sem justa causa em XX.XX.20XX.
Registra-se que em XX.XX.20XX o reclamante fora transferido para o município de XXXXXXX/UF, com todos os direitos adquiridos, conforme fl. 45 da CTPS.
O reclamante recebeu no último mês de trabalho a importância de R$ 7.187,72 a título de remuneração, tendo de cumprir para tanto, uma jornada semanal de 40h.
II – DO DIREITO
1. Das horas extras
Conforme acima expendido, o Reclamante fora contratado para exercer 40 horas de trabalho semanalmente.
Contudo, fazia normalmente a seguinte carga horária: Das 07h40min às 12hs e das 13h30min às 17h50min.
Não bastasse, diversas vezes, o reclamante teve que cumprir jornadas de trabalhos extremamente exaustivas e excessivas, as quais preenchiam os três turnos, manhã, tarde e noite, conforme comprovam os documentos em anexo. 
Nesses dias, as jornadas iniciavam as 07h40min e terminavam 22 horas, com intervalo de almoço.
Pede, portanto, em vista do não pagamento das horas extras realizadas pelo reclamante, a condenação da reclamada considerando-se o ao pagamento das horas extras relativo ao período laborado superior a 8 horas diárias e 40 horas semanais, divisor de 160 horas, com o adicional de 50%, e adicional de 100% para as horas laboradas em domingos, feriados e as excedentes da 10ª diária.
Além disso, considerando que as horas extras eram realizadas com habitualidade, requer sua incorporação ao salário e a consequente condenação do reclamado aos pagamentos das diferenças em 13º salário, férias com 1/3, aviso prévio, FGTS, multa 40% FGTS, repouso semanal remunerado e contribuições previdenciárias.
2. Do intervalo intrajornada 
O artigo 66 da CLT dispõe que deve ser respeitado entre duas jornadas de trabalho, um intervalo mínimo de 11 horas.
Veja-se que, nos dias trabalhados até às 22 horas, não fora respeitado tal intervalo, uma vez que, no dia subsequente o reclamante iniciava sua jornada laborativa às 7h40min.
Nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 155 da SDI-1 e julgado do TST:
INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT (DJ 14.03.2008) O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.
 
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. [...] ACRÉSCIMO DAS HORAS IN ITINERE NA JORNADA DO RECLAMANTE. INTERVALOINTERJORNADA DE 11 HORAS DESRESPEITADO. APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 355 DA SBDI-1 DO TST. No caso, o Regional, instância exauriente para análise de fatos e provas, consignou que, com o reconhecimento de que o autor despendia uma hora e cinquenta minutos in Itibere por dia, tempo que deve ser computado na jornada de trabalho, desrespeitou-se o intervalo de 11 (onze) horas entre uma jornada e outra no período de 30/1/2009 a 30/6/2010. Diante disso, reformou a sentença, para condenar a reclamada ao pagamento de 50 (cinquenta) minutos in Itibere diários no referido período. Se as horas in itinere, antes fruto de uma interpretação extensiva do artigo 4º da Consolidação das Leis do Trabalho, consagrada na Súmula nº 90 do TST, passaram, a partir da promulgação da Lei nº 10.243, de 19/6/2001, a ser direito trabalhista assegurado por lei (artigo 58, § 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho), integram, também, o patrimônio mínimo indisponível que o ordenamento jurídico trabalhista, em seu conjunto, não admite seja objeto de renúncia ou de transação, seja pelo próprio trabalhador, individualmente considerado, seja pela entidade sindical representativa da categoria profissional correspondente. Assim, esse tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, é computado na jornada de trabalho, quando o local é de difícil acesso ou não servido por transporte público, nos termos da Súmula 90, item I, desta Corte. Ademais, a Orientação Jurisprudencial nº 355 da SbDI-1 assim dispõe: "I NTERVALOINTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4.º DO ART. 71 DA CLT. DJ 14.03.2008. O desrespeito ao intervalo mínimo intrajornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4.º do art. 71 da CLT e na Súmula n.º 110 do TST, devendo-se
pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional". Dessa forma, constatado que, com o acréscimo das horas in itinere à jornada de trabalho do reclamante, o intervalo interjornada de 11 horas não foi observado, o reclamante faz jus ao pagamento de horas extras, em conformidade com o artigo 66 da CLT. Importante salientar que as horas extras decorrentes das horas in itinere e as horas extras advindas do descumprimento do intervalo interjornada têm fundamentos distintos, o que afasta a alegação de bis in idem (precedentes de Turmas). Recurso de revista não conhecido. (RR - 131-70.2014.5.18.0191, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta Data de Julgamento: 28/06/2017, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 30/06/2017).
 
Portanto, é certo que houve desrespeito ao intervalo intrajornada de 11 horas e, logo, devido o pagamento das horas suprimidas como extras.
Assim, a reclamada deverá ser condenada ao pagamento como horas extras do intervalo interjornada suprimido, e a o pagamento dos reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias com 1/3, descanso semanal remunerado, FGTS, multa rescisória 40%, horas extras, e contribuições previdenciárias.
3. Do descanso semanal remunerado 
O artigo 67 da CLT refere que "será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou
em parte".
In casu, o reclamante laborava em dias seguidos, sem o cumprimento do disposto no artigo citado. Veja-se, a título de exemplo, que no período de 11.05.2015 a 30.05.2015, o autor chegou a laborar24 dias corridos.
A OJ SDI-410 determina que após o sexto dias de trabalho consecutivo, deve o empregado receber em dobro pelo dia de trabalho que deveria servir como repouso:
OJ-SDI1-410. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O SÉTIMO DIA CONSECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º, XV, DA CF. VIOLAÇÃO. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em dobro. (grifou-se)
Nesse sentindo, julgado do TRT-4:
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. PAGAMENTO EM DOBRO. Havendo labor em domingos, sem a concessão da respectiva folga compensatória, nem a devida contraprestação, faz jus o empregado ao pagamento em dobro. OJ/SDI-I nº 410 do TST. (PROCESSO nº 0020419-24.2016.5.04.0752 Identificação (RO) RECORRENTE: RAUL ADAO CASTANHO DOS SANTOS RECORRIDO: AGCO DO BRASIL COMERCIO E INDUSTRIA LTDA RELATOR: EMILIO PAPALEO ZIN)
Pede, pois, desde logo a condenação da reclamada ao pagamento emdobro pelo trabalho realizado a partir do 6º dia de trabalho, com reflexos em férias com 1/3, gratificação natalina e aviso prévio.
4. Do ressarcimento das despesas 
O reclamante em diversas oportunidades teve que ministrar aulas em outros municípios, como: AAAAA,BBBBBBB,CCCCCCCC, DDDDDD, etc. 
Para o deslocamento utilizava seu próprio veículo, doc. em anexo, sem nunca ter sido ressarcido o combustível e demais despesas decorrentes da utilização e depreciação do automóvel.
Sublinha-se que o direito do trabalho é regido por princípios, dentre os quais o da “ajenidad” ou alheiabilidade, por meio do qual o trabalho é prestado por conta alheia. Assim, sendo o empregador o destinatário dos lucros, também deve ser ele o responsável pelos riscos e as despesas do negócio que desenvolve. Nesse sentindo, são os julgados do TRT4, vejamos exemplo:
 
RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA. INDENIZAÇÃO PELO USO DE VEÍCULO PRÓPRIO. Independentemente da existência de ajuste para o incontroverso uso de veículo particular do empregado em, tem o empregador o dever de indenizar as despesas decorrentes, a teor do artigo 2º do serviço CLT, pois se caracterizam como ônus do empreendimento econômico. (PROCESSO nº Identificação 0020871-60.2015.5.04.0205 (RO) RECORRENTE: MAGAZINE LUIZA S/A RECORRIDO: CARLOS ALEX DOS SANTOS SASSI RELATOR: MARIA CRISTINA SCHAAN FERREIRA).
Portanto, pede o ressarcimento a título de combustível, bem como, pela depreciação do veículo, no valor equivalente a R$ 0,50 (cinquenta centavos) por quilometro rodado, o que corresponde a 1 litro de gasolina a cada 10 quilômetros rodados, a ser apurado em liquidação de sentença, conforme relatório de viagens e cartões ponto.
5. Da Gratuidade da Justiça
Nos termos do artigo 5º, LXXIV da Carta Magna, àqueles que comprovarem a insuficiência de recursos terá assistência jurídica integral e gratuita.
Neste sentido dispõe o artigo 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem como dispõe o artigo 99 § 4º do mesmo Diploma Legal que “a assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça”.
Pode-se observar, também pelo todo já dito no decorrer da presente peça, que a Reclamante não possui emprego atualmente, o que deixa indubitável a impossibilidade de arcar com as despesas processuais aqui demandadas.
Requer a Autora, ante o aqui esposado, seja julgado procedente o pedido de Gratuidade da Justiça, abstendo-o de toda e qualquer despesa advinda desta lide, nos termos dos artigos supracitados.
6. Dos Honorários Advocatícios
O teor do que estabelecem os artigos 389 e 395 do Código Civil, que trata do inadimplemento de obrigações materiais, independentemente das normas processuais e da sucumbência, esta insubsistente na Justiça do Trabalho, o simples descumprimento das obrigações trabalhistas, de ordem material, gera o direito a honorários, não de sucumbência, mas sim advocatícios.
Assim, diante do exposto no artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil, requer o Autor o pagamento de 20% de honorários advocatícios ao Procurador deste. E ainda com fulcro na Súmula 329 e 219 do Colendo TST.
Portanto, requer a procedência do pedido de pagamento de honorários advocatícios ao Procurador da parte Autora.
 III – DOS PEDIDOS
Ex positis, requer a Vossa Excelência, a total procedência, com o reconhecimento da estabilidade gestante, condenando a Reclamada a:
a) ao pagamento das horas extras relativo ao período laborado superior a 8 horas diárias e 40 horas semanais, considerando-se o divisor de 160 horas, com o adicional de 50%, e adicional de 100% para as horas laboradas em domingos, feriados e as excedentes da 10ª diária. Além disso, considerando que as horas extras eram realizadas com habitualidade, requer sua incorporação ao salário e a consequente condenação do reclamado aos pagamentos das diferenças em 13º salário, férias com 1/3, aviso prévio, FGTS, multa 40% FGTS, repouso semanal remunerado e contribuições previdenciárias... R$ X.XXX, XX
b) ao pagamento como horas extras do intervalo interjornada suprimido, e ao pagamento dos reflexos em aviso prévio, 13º salário, férias com 1/3, descanso semanal remunerado, FGTS, multa rescisória 40%, horas extras, e contribuições previdenciárias ............................................................................................................... R$ X.XXX,XX
c) ao pagamento em dobro pelo trabalho realizado a partir do 6º dia de trabalho, com reflexos em férias com 1/3, gratificação natalina e aviso prévio.................................................................................................................................... R$ X.XXX,XX
d) pede o ressarcimento a título de combustível, bem como, pela depreciação do veículo, no valor equivalente a R$ 0,50 (cinquenta centavos) por quilômetro rodado, o que corresponde a 1 litro de gasolina a cada 10 quilômetros rodados, a ser apurado em liquidação de sentença, conforme relatório de viagens e cartões ponto, o que deverá ser apurado em liquidação de sentença ...................... R$ X.XXX,XX 
e) a condenação do Reclamado ao pagamento de honorários de sucumbência desde já requeridos em 15% do valor da condenação ................................................. R$ X.XXX,XX
Requer, ainda: 
- a aplicação de juros e correção monetária até o efetivo pagamento das verbas requeridas; 
- a concessão do benefício da Gratuidade da Justiça, por se tratar a reclamante de pessoa pobre nos termos da lei, não possuindo condições financeiras de arcar com os custos da presente ação sem prejuízo de sua subsistência e de sua família; 
- a condenação da Ré ao recolhimento das contribuições previdenciárias da contratualidade e verbas deferidas na presente; 
- a notificação da Reclamada para contestar, querendo, a presente reclamatória trabalhista, sob pena de confissão e revelia; 
- a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial documental, pericial, juntada de novos documentos e depoimento pessoal. 
Atribui à causa o valor de R$ XX. XXX,XX.
Termos em que pede e espera deferimento.
XXXXXXXXXX, XX de fevereiro de 2018.
XXXXXXX XXXXXXX
OAB/XX nº. XX.XXX

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