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Racismo e discriminação social no Brasil
Há quem diga que não exista racismo no Brasil, muitos são os argumentos que os céticos utilizam para reforçar a postura negacionista para o problema que assola o país, a ideia de que devido à grande miscigenação de raças, fatores que contribuem para a existência de diversas culturas, valores e crenças, reforça a teoria de que em tese não haveria racismo e discriminação no Brasil. Contudo mesmo após um século de abolição da escravatura, sem a acolhida no mercado de trabalho dos negros e sem que fossem propiciadas as condições mínimas para eles subsistissem, a população negra, permanece à margem dos espaços de prestigio. 
Fomos a última nação a conceder liberdade aos escravos com a promulgação da Lei Áurea e desde então passamos a construir essa autoimagem de território de respeito às diferenças e convívio social pacífico, lei esta que não contou com qualquer ressarcimento ou política de inclusão para populações que ficaram tanto tempo afastadas da cidadania. Qual o resultado o tal omissão? previsivelmente, foi a perpetuação de uma violência social herdada do passado, mas renovada no presente.
No entanto, os avanços da política de tolerância racial no Brasil ainda são pontuais e são fruto da pressão de uma sociedade organizada. O país ainda não tem uma política nacional ampla e coordenada que ultrapasse o governo, e ela existe em diferentes secretarias, como o Ministério da Justiça - que formulou uma política de socialização mais precisa para a população carcerária (principalmente negra) e o Ministério de Educação em Ação e adotar medidas sistemáticas de divulgação de materiais didáticos. Só assim, além de ações concretas, será possível minimizar com mais eficácia o abismo racial que ainda nos assola.
Karen Gabriela Bezerra Paiva

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