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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 1 Diagn�tic� Pr�-Nata� � Farmacogenétic� DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL E TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL é o conjunto de técnicas destinado a investigar a saúde fetal ainda no período de vida intrauterina. É dirigido principalmente a casais com risco aumentado de gerar uma criança com uma anomalia genética. Seu objetivo fundamental pressupõe a identificação de anomalias. Não invasivos: avaliação ultrassonografia e sangue materno. Invasivo: biópsia de vilosidade coriônica, amniocentese, cordocentese e diagnóstico pré-implantacional. Abordagens: - ultrassom em toda a gestação - biópsia de vilosidade coriônica BVC está entre a 9-13 semana - amniocentese - 14 a 18 semanas - cordocentese - 18 a 36 semana - alfa-fetoproteína em soro materno - 15 a 18 semanas - fetoscopia - 15 a 18 semanas Indicações para invasivos: - idade materna avançada - criança anterior com anormalidades cromossômicas - anomalia cromossômica estrutural em um dos país - história familiar para doenças genéticas que tenham diagnóstico por biologia molecular ou exames bioquímicos - doenças ligadas ao X sem teste diagnostico específico (determinação do sexo) - achados ultrassonográficos sugestivos de patologia que pode ser diagnosticada laboratorialmente - risco e defeitos do tubo neural Amniocentese - procedimento no qual se insere uma agulha por via transabdominal no saco amniótico e extrai a amostra com seringa. Realização de ultrassonografia previamente para avaliar a viabilidade fetal, a idade gestacional (pela determinação de parâmetros biométricos variados, Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 2 como circunferência da cabeça, circunferência abdominal e comprimento do fêmur), o número de fetos, o volume do líquido amniótico, a normalidade das estruturas anatômicas do feto, e a posição do feto e da placenta para possibilitar a melhor posição para inserir a agulha. O material obtido pode ser submetido à análise citogenética, bioquímica ou molecular. Em geral, o exame é realizado a partir da 15a semana gestacional (tradicional). A precoce é feita 12 a 14a semana de gestação. Alguns centros 11a semana e outros a partir da 10a semana gestacional. Evita que a agulha seja introduzida mais de uma vez, diminuindo a probabilidade de haver uma lesão no feto. Concentração da alfa-fetoproteína (AFP) para detectar NTDs abertos. AFP é uma glicoproteína produzida pelo fígado e excretada no líquido amniótico, pode ser medida também no soro materno e utilização de imuno. complicações primeiro trimestre: - perda de líquido amniótico - risco 1 em 1600 de abortos no entre 15 a 16 semanas gestacionais Amniocentese precoce - definida como aquela realizada com quatorze semanas ou menos de gestação - aumenta risco de aborto - resultado é mais precoce - melhoria técnica e dos aparelhos de ultrassonografia - maior fidedignidade que seus resultados apresentam quando comparados à punção de vilosidades coriónicas Tardia x Precoce - risco 3 vezes maior de abortos espontaneos na precoce - perda maior de líquido na amniocentese precoce - anomalia genética precoce é o Talipes equinovarus (pé torto) - incidência de 1,3% contra o risco da população geral de 0,1% e 0,3% na amniocentese precoce - a maior parte do risco é aumentado antes da 13 semana de gestação Cordocentese exame ultra-sonográfico, para a localização da região de implantação do cordão, é minucioso, deve sempre visualizar os vasos do cordão. Deve ser feito dentro da cavidade amniótica, de tal modo, que não vier sangue, haverá a penetração do líquido amniótico. A agulha deve penetrar Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 3 perpendicularmente no cordão. Devemos vê a ponta da agulha penetrando no cordão visualizar os vasos do cordão no sentido longitudinal, o ponto em que a agulha deve penetrar na pele perpendicularmente ao cordão. Medir essa distância e, após, locar a sonda do ultra-som de tal modo que e possa ver a ponta da agulha "tocando o cordão" Punção de vilosidades coriónicas (CVS) são vilosidades que florescem na placenta dos córios, permitindo o maior contato do sangue materno durante a gravidez, vantagem comparada a amniocentese resultados nos estágios iniciais da gestação, a AFPs não pode ser dosada nesse estágio. Via transcervical ou transabdominal. Geralmente entre a 10a e 13a semana de gestação. As vilosidades coriônicas são derivadas do trofoblasto. Complicações: - aumento de aborto - risco basal de 2% a 5% - anomalia com defeitos genéticos relacionado a membros inferiores - sucesso de 90% para distúrbios cromossômicos quando associada a ultrassonografia defeito do tubo neural, espinha bífida - identificado por proteínas no sangue materno. Não há história familiar conhecida dessa malformação. Proteína alfa-feto-proteína no sangue materno vai ser medida a sua concentração e a sua variação na concentração que vai mostrar se existe ou não um defeito no tubo neural. Aberto -> concentração elevada no soro materno. AMNIOCENTESE - concentração da alfa-fetoproteína AFP para detectar NTDs abertos: - AFP é uma glicoproteína produzida pelo fígado e excretada no líquido amniótico Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 4 - pode ser medida também no soro materno - utilização de imunoensaios alfa-feto-proteína, proteína A plasmática, HCH -> proteínas para marcadores do primeiro trimestre não invasivos. Verificar se existe aumento ou diminuição e associar à tomografia. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 5 proteínas rastreáveis -> PAP, AFP, B-HCG ou HCG no segundo semestre -> AFP, hCG, uE3 (estreou livre ou não conjugado) e inibina A trissomia do 13 -> Patau Limpeza, higiene e hidratação da pele - sabonetes: são definitivos como formulações para higienização e limpeza da pele usando tensoativos através de emulsão do sebo e sujeiras aderidas na pele. Eles necessitam de enxágue - tensoativos: é um tipo de molécula que apresenta uma parte com características apolar ligada a uma outra parte com características Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 6 polar. Figura de uma barra (que representa a parte apolar da molécula - portanto solúvel em hidrocarbonetos, óleos e gorduras) e um círculo (que representa a sua parte polar, solúvel em água). Polar de um tensoativo normalmente têm origem em uma cadeia carbônica (linear,ramificada ou com partes cíclicas), pois os carbonos dessa cadeia, apesar de serem mais eletronegativos que os átomos de hidrogênio, não formam polos de concentração de carga eletrostática. Formada por alguns átomos que apresentem concentração de carga, com formação de um polo negativo ou positivo. A parte polar é responsável pela solubilidade da molécula em água, pois as cargas (negativas ou positivas) apresentam atração eletrostática pelas moléculas de água vizinhas, já que estas apresentam cargas negativa e positiva na mesma molécula. - tensoativos catiônicos: têm cadeia polar positiva. São os menos utilizados em cosméticos, pois apresentam incompatibilidade com outros tensoativos como os aniônicos. Possuem como desvantagem a irritabilidade na pele e nos olhos, além de baixa. - tensoativos não iônicos: têm carga elétrica nula. São utilizados como desengordurante se possuem também poder espumante e baixa capacidade de irritação. São usados juntamente com tensoativos aniônicos para balancear a formulação. - Tensoativos aniônicos: têm cadeia polar negativa e são os mais utilizados em sabonetes e shampoos. Representam essa classe os sabões de ácidos graxos, os alquil sulfatos. Têm grande capacidade de gerar espuma, também apresentam alto poder de detergência. São bons umectantes se comparados aos demais tensoativos e possuem baixo custo. - Tensoativos anfóteros: podem desempenhar as funções dos aniônicos, catiônicos ou não iônicos, dependendo do pH associado.Têm essa característica devido a sua estrutura química. FARMACOGENÉTICA estuda a contribuição da genética na variação à respostas do fármaco, drogas FARMACOLOGIA ação defármacos, moléculas, substâncias químicas em um organismo vivo. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 7 Objetivo: Uso Racional de Medicamentos; Minimizar a toxicidade dos fármacos; Evitar interações medicamentosas; Gerar conhecimentos para avaliar os efeitos colaterais e Tratamento de possíveis intoxicações. O efeito de uma droga em diferentes pessoas raramente é igual. Pacientes tomando uma dose padronizada de determinado medicamento podem: Resposta ao fármaco pode ser influenciadas por diversos fatores - Idade - Gênero - Doenças - Gravidez - Tabaco - Álcool - Drogas - Exercícios físicos - Outros medicamentos - Genética Contribuição genética na variação da resposta a um fármaco Genética: 20 a 95% da variação na biodisponibilidade do medicamento e em seus efeitos (Kerb et al., 2006). Quantidade de fármaco que vai chegar ao sangue. Estados Unidos:2.000.000 de hospitalizações e 100.000 mortes por ano - reações adversas a medicamentos. ~ 4% de todos os novos medicamentos lançados são retirados do mercado devido às reações adversas. 1/3 obtém benefícios de medicamentos prescritos. Objetivo da Farmacogenética Otimizar o tratamento através da personalização terapêutica - prescrição individualizada Identificar genes que modulem respostas aos medicamentos Desenvolvimento de testes genéticos para a escolha de medicamentos Reavaliação de medicamentos retirados do mercado devido a efeitos tóxicos em alguns indivíduos. Hemólise causada por antimalárico em soldados afro- americanos (G6PD). Efeito prolongado da succinilcolina – anestésico - em certos pacientes (BChE). Friedrich Vogel - 1952: primeiro a usar o termo farmacogenética – resposta diferencial a uma mesma droga ministrada em doses equivalentes e que algumas respostas apresentavam padrão de herança mendeliana. Como os Fármacos atuam Quando o medicamento é administrado, ele passa pelos processos de: - farmacocinética; envolve os processos de absorção, distribuição, biotransformação (fígado) e eliminação (excretados) Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 8 - farmacodinâmica (têm haver com receptor): envolve a interação do fármaco com o alvo, através de um receptor Após administrado: absorvido e distribuído até seu sítio de ação, onde produz a resposta farmacológica e é então excretado. Polimorfismo genéticos: associados a diferenças individuais na eficácia e toxicidade de muitos medicamentos: enzimas metabolizadoras, transportadoras e receptoras de drogas. METABOLIZAÇÃO Mecanismos enzimáticos complexos que tem como objetivo inativar compostos endógenos ativos (hormônios, enzimas, neurotransmissores, etc) e eliminar substâncias estranhas ao organismo (xenobióticos). A maioria dos fármacos são lipossolúveis -> transforma de lipo em hidro através da proteína que têm o gene que faz essa atividade. Objetiva tornar o fármaco mais polar para tornar-se ativo ou mais facilmente excretável (lipo->hidro) Principais órgãos: fígado, pulmão PGs, rins (imipenem), ID (Clonazepam, Salbutamol), plasma (Suxametônio). Enzimas Metabolizadoras Metabolismo dos medicamentos - Alterações químicas transformando o medicamento em compostos inativos ou ativos. - Metabolismo ou reação de biotransformação é classificado como: metabolismo de fase 1 e de fase 2 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 9 - As enzimas envolvidos na biotransformação estão localizadas principalmente no fígado, outras no plasma, pulmões, cérebro e no intestino. Metabolismo de fase 1 Catalisado por enzimas da superfamília das enzimas do Citocromo P450 (CYPs), Flavinas monoxigenadas (FMOs) e Epóxis hidrolases (EHs). Introdução de grupos funcionais (-OH, -COOH, -SH, -O- ou NH2). -Levando: Inativação de fármacos Ativação de fármacos - moléculas originalmente inativa tornem-se ativas - pró fármacos. Metabolismo de fase 2 As reações de fase 2 envolvem a conjugação com um substrato endógeno: - tomando os metabólitos hidrofílicos e passíveis de excreção - inativando o produto do metabolismo fase 1 - enzimas de fase 2 que catalisam reações de conjugação: Glutationa-S-transferase (GSTs), UDP-glucoronil transferase (UGT), sulfotransferase (SULTs), N-acetiltransferase (NATs) e metiltransferases (MTs) Metabolismo Fase I Citocromo P450 (CYPs) CYP1A1 CYP2E1 CYP2D6 Metabolismo Fase II Glutadiona-S-transferase (GSTs) GSTM1 GSTT1 GSTP1 Metabolismo de fase 1 - Superfamília Citocromo P450 (CYPs) Principal classe de enzimas de metabolismo de fase I, Mais de 500 isoenzimas – correlação evolutiva e homologia gênica Reações ocorrem preferencialmente no fígado Presentes: animais, plantas, leveduras e bactérias Responsável pelo metabolismo de cerca de 60% dos 200 medicamentos mais prescritos nos EUA. Polimorfismos das enzimas CYPs: têm um grande efeito nas variações das respostas a medicamentos utilizados nos tratamentos de muitas doenças. Ex.: depressão, psicose, câncer, doenças cardiovasculares, gastrintestinais, dor, epilepsia e outras. Enzima CYP2D6 O gene CYP2D6 (22q13.1) codifica a enzima CYP2D6 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 10 Tecidos de expressão: pulmão e fígado Altamente polimórfico: 26 alelos A variação na atividade da CYP2D6 resulta de mutações: -SNPs -Deleção do gene -Múltiplas cópias do gene. primeiro duplicação do gene -> aumento do número de enzimas -> aumenta quantidade de citocromo -> aumento de metabolismo -> todo fármaco que estava na corrente sanguínea vai ser metabolizado -> fica menos disponível na corrente sanguínea, ou seja, têm seu efeito reduzido. Aí aumenta a dosagem do fármaco ou diminui a distância de horários para ele ser tomado. Enzima que diminui a afinidade -> metabolismo diminui -> fármacos mais tempo na corrente sanguínea, sua concentração aumenta -> diminui a dose ou aumenta o espaço de tempo para tomar Pró -fármaco -> fígado pela CYP -> se torna ativo enzima com afinidade reduzida -> metabolismo reduzido -> pouco ativado -> concentração reduzida do pró-fármaco ativo -> aumenta a dose ou diminui o espaço de tempo para poder passar a dor do paciente -> aumentando as concentrações plasmáticas Pró-fármaco -> fígado CYP -> aumento de enzimas -> aumento do metabolismo Enzima CYP2D6 Fenótipos: desde a completa deficiência até metabolismo ultra- rápido. Os efeitos das variantes enzimáticas dependem do medicamento e das variantes alélicas envolvidas. Enzima CYP2D6 e Metabolismo da Codeína Medicamento usado no controle da dor Pró-fármaco - na forma original é inerte - efeito analgésico após ativação pela enzima CYP2D6 Metabólito ativo: morfina Metabolizadores lentos/intermediários: droga não é eficaz na dose padrão - não atinge concentrações plasmáticas suficientes para obter resposta terapêutica desejada Metabolizadores normais Metabolizadores ultra rápidos: efeito tóxico 40% das lactantes nos EUA usam Codeína para alívio de dores associadas ao parto. Relato de morte de neonatos devido a intoxicação - amamentados por mães de Metabolismo Ultra rápido - várias cópias do gene - que faziam uso de codeína Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 11 Mães tipo Metabolismo Ultra rápido que fazem uso de codeína, quando amamentam podem oferecer risco a seus filhos recém nascidos. Metabolismo de fase 2 - Família Glutationa S-transferases (GST) Enzima que atua no metabolismo de fase 2 - tornando os metabólitos hidrofílicos e passíveis de excreção e inativando produtos do metabolismo de fase 1. Agem na detoxificação de fármacos e Carcinógenos - impedindo a ligação destes ao DNA Expressão: maior concentração no fígado, menores concentrações no pulmões e intestino delgado. Enzima GSTM1 - gene GSTM1: polimórfico na população humana -GSTM1*A e GSTM1*B - alelos funcionais - têm a mesma eficácia metabólica. -GSTM1*0 - alelo com atividade nula - deleção. Enzima GSTT1 é codificada pelo gene GSTT1 – polimórfico, podendo apresentar fenótipo nulo por deleção A deleção em homozigose do gene GSTM1 - taxas que variam entre 20 a 70% - variação étnica A deleção em homozigose do gene GSTT1 - taxa é de 11a 38% - variação étnica Como essas enzimas catalisam a detoxicação do organismos, a sua ausência reduzir a capacidade do organismo de desintoxicar-se de metabólitos reativos. Diversos estudos detectaram - freqüência elevada do fenótipo nulo deste gene em indivíduos portadores de diferentes neoplasias, como: câncer de pulmão, colorretal, pele e de bexiga. Enzima butirilcolinesterase (BChE) Codificada – gene BCHE - 3q26.1-q26.2 Síntese hepática e ampla distribuição no organismo. Encontrada: no plasma, músculo liso, pâncreas, adipócitos, pele, cérebro e coração. Metaboliza a Succinilcolina: relaxante muscular - efeito passageiro, rápido. Em algumas pessoas: efeito prolongado – paralisia muscular e apnéia respiratória Efeito rebote -> receptores começam a se adaptar, funciona de maneira inversa para compensar Mutações no gene BCHE: GAT para GGT aminoácido 70 (D'70 G) - Asp > Gli Aminoácido 70: local de ligação do substrato -Menor afinidade da enzima pelo substrato -Succinilcolina agindo por mais tempo Frequência: -2% – América do Norte Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 12 -1,8% população de Curitiba – doadores de sangue TRANSPORTADORES DE MEDICAMENTOS Moléculas transportadoras de medicamentos são proteínas transmembrânicas. Localizadas principalmente - células intestinais, hepáticas e no epitélio renal. Responsáveis pela absorção, biodisponibilidade e eliminação de vários medicamentos A glicoproteína-P (GpP) - gene ABC1 (codifica) - muito estudada por ser um transportador de vários medicamentos. -Polimorfismos: •+ 28 variantes genéticos no gene ABC1 Interesse particular porque afetam a expressão e a conformação, afetando sua afinidade pelo substrato POLIMORFISMOS QUE AFETAM RECEPTORES Receptores: proteínas ou glicoproteínas - membrana plasmática, membrana das organelas e no citoplasma. A união de uma molécula sinalizadora (fármaco) a seus receptores específicos desencadeia uma série de reações no interior das células (resposta ao fármaco) Genes que codificam receptores também apresentam polimorfismo Canais de sódio SCN1 e os Receptores Adrenérgicos apresentam importância quanto a resposta a medicamentos Receptores Adrenérgicos Receptores adrenérgicos são alvos da adrenalina e noradrenalina e interagem com vários medicamentos. Genes que codificam os receptores adrenérgicos apresentam uma série de SNPs - diferentes polimorfismos estão associados a diferentes graus de atividade do receptor . Isoproterenol. Isoproterenol - tratamento da asma e bronquite relaxando as vias aéreas permitindo fluxo maior de ar. Doenças Genéticas que influenciam a resposta a drogas - via das pentoses responsável pela enzima G6PD Exemplo - Deficiência de G6PD A deficiência em Glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) é uma doença hereditária recessiva ligada ao cromossomo X. Essa enzima produz NADPH que junto com a glutationa é responsável pelo estresse oxidativo Xq28 Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 13 A G6PD catalisa o primeiro passo da via glicolítica nas hemácias - obtenção de energia - produzindo NADPH, que é crucial para a proteção das células - manutenção da membrana celular protegendo do stress oxidativo. Deficiência de G6PD deficiência - ruptura da membrana das hemácias levando a anemia (hemólise) crises hemolíticas - ação oxidativa de: infecções virais ou bacterianas medicamentos: antimaláricos, aspirina e sulfanilamida alimentos: vicia faba - favismo Deficiência enzimática mais comum em humanos (400 milhões de pessoas) Mais de 400 variantes da enzima identificadas Deficiência da G6PD é comum em Afrodescendentes e rara em Euro descendentes. A farmacogenética - futuros benefícios à saúde pública evitando reações adversas a medicamentos em subgrupos de pacientes geneticamente distintos. Será necessário traçar o perfil genético de cada paciente com exames que poderão se tornar de rotina. Genotipagem e estudo da expressão do gene: - Detectar problemas terapêuticos prevenindo efeitos adversos (metabolizadores ultra-rápidos e lentos) - Individualização da dosagem - Reduzir custos e tempo do tratamento farmacogenética/farmacogenômica na população brasileira. http://www.refargen.org.br/ Características brasileiras: heterogeneidade - extensa miscigenação indígena, européia e africana. Estas características distinguem a população brasileira da dos países industrializados, nos quais são gerados e desenvolvidos, em sua vasta maioria, os medicamentos em uso clínico.
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