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Botânica Reino Plantae As plantas são seres eucarióticos, multicelulares e autotróficos fotossintetizantes. A sinapomorfia que caracteriza esse grupo (e diferem as plantas de algas multicelulares) é a presença de embriões multicelulares que, durante o desenvolvimento, retiram nutrientes diretamente da planta genitora. Ademais, todas as plantas apresentam ciclo de vida alternante: Origem dos grandes grupos de plantas Ao longo de sua evolução as plantas desenvolveram diversas adaptações à vida em terra firme, como: mecanismos eficientes de absorção de água e de sais minerais do solo; capacidade de distribuir água e nutrientes pelo corpo vegetal; proteção contra a perda de água por evaporação, entre outras. Á medida que as plantas evoluíram, surgiram linhagens nas quais era cada vez menor a necessidade da água líquida para a reprodução sexuada, ao mesmo tempo em que ocorria redução da fase haplóide do ciclo de vida e expansão da fase diploide. Com isso, as plantas tornaram cada vez mais adaptadas aos ambientes de baixa umidade. Com essas novidades evolutivas, as plantas puderam formar as primeiras florestas, ambientes propícios à evolução dos animais de terra firme, que encontraram na vegetação abrigo e alimento. Grandes grupos de plantas atuais Plantas avasculares: Briófitas • Supõe-se que as primeiras plantas a conquistar a terra firme eram semelhantes às briófitas de hoje. • Plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem em lugares úmidos e sombrios. • Uma das características mais marcantes das briófitas é a ausência de vasos para a condução de nutrientes. • O transporte de água e nutrientes ocorre de célula a célula é muito lento. (difusão) • O musgos e as hepáticas são os principais representantes das briófitas. • Pequeno porte: filóide (folhas), caulóide (caule) e rizóide (raízes) • As briófitas não têm raízes. Fixam-se ao solo por meio de filamentos chamados rizóides, que absorvem a água e os sais minerais de que o vegetal necessita. • Muitas briófitas reproduzem assexuadamente por fragmentação, processo em que pedaços de um indivíduo ou de uma colônia separam-se e originam novas plantas. • Reprodução: ➢ Há plantas (gametófitos) com estruturas reprodutivas masculinas e femininas Estruturas reprodutivas: Gametângios: estrutura para produzir gametas por mitose ▪ Masculina: anterídios ▪ Feminina: arquegônios Gametas ▪ Masculino: anterozoides (n) ▪ Feminino: oosfera (n) Os anterozoides (flagelados) libertam-se do anterídio e passam a nadar na água acumulada sobre as plantas em direção aos arquegônios, penetram neles e fecundam a oosfera, surgindo assim um zigoto diplóide (2n) Esse zigoto se desenvolve e forma um esporófito diplóide que começa a produzir esporos haplóides por meiose. Libertando-se do esporófito, os esporos se dispersam pelo vento e, ao atingir um local com condições de umidade, temperatura e luminosidade favoráveis, germinam, originando um gametófito, que, na maturidade, repetirá o ciclo. • O gametófito haplóide (n) é a geração mais desenvolvida e persistente do ciclo de vida das briófitas. Plantas vasculares sem sementes: Pteridófitas • Foi o segundo grupo vegetal na escala evolutiva das plantas. • Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. • Possuem raízes, caules e folhas e são vasculares, ou seja, possuem vasos condutores de seivas. • A presença da vascularidade permitiu a elas crescerem mais que as briófitas. • Os vasos condutores de seiva são responsáveis pela condução e pela sustentação do vegetal. Apresentam dois eficientes sistemas internos de canais para o transporte de substancias: o xilema e o floema. • Também vivem em ambientes úmidos, pois assim como as briófitas necessitam da ajuda da água do meio para a fecundação Os gametas masculinos são flagelados. • As pteridófitas podem se reproduzir assexuadamente por brotamento. Nesse processo, o caule (do tipo rizoma) forma pontos vegetativos espaçados, que origina folhas e raízes. A fragmentação ou a decomposição do caule entre os pontos vegetativos isola-os uns dos outros, originando plantas independentes. • Reprodução: • As pteridófitas são plantas assexuadas produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito. • Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das pteridófitas formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que a planta está em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos. • Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um prótalo. • O prótalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito. • O prótalo contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do prótalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião. • O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova pteridófita, isto é, um novo esporófito que, quando adultas, formaram soros, iniciando novo ciclo de reprodução. o Tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro - morre após a produção de gametas e a ocorrência da fecundação - e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a produção de esporos. Plantas vasculares com sementes: Gimnospermas As gimnospermas são as primeiras plantas que apresentam semente durante o processo de evolução biológica dos vegetais. A origem do nome está relacionada com a presença destas sementes que estão desprotegidas de frutos, isto é, sementes nuas. São plantas que possuem os vasos condutores do tipo xilema e floema, que apareceram pela primeira vez, durante a evolução das pteridófitas. A partir das gimnospermas ocorre a independência da água para a reprodução, com o desenvolvimento de um tubo polínico, que carrega o gameta masculino até a oosfera (gameta feminino). Pinheiros e ciprestes • O estróbilo é como se fosse uma flor rudimentar, sem pétalas e sem ovário, portanto não há a formação de frutos. • Os gametas são produzidos nos estróbilos. • O gameta masculino não é flagelado. É transportado dentro do grão de pólen. • Os estróbilos não possuem elementos de atração para os polinizadores, por isso são polinizadas pelo vento. • Foram as primeiras plantas a conquistarem definitivamente o ambiente terrestre, pois não dependem mais da água do ambiente para a fecundação. Reprodução: Estróbilo masculino - Grão de pólen Estróbilo feminino – Óvulo Vento Fecundação da oosfera = zigoto diplóide O estudo de fósseis indica que as primeiras plantas com sementes surgiram no final do período Carbonífero. Atualmente as sementes são encontradas nas gimnospermas (Coniferophyta; Cycadophyta; Gnetophyta; Ginkgophyta) e nas angiospermas (Anthophyta). As angiospermermas são plantas em que uma ou mais sementes se encontram alojadas no interior do fruto. Além de proteger a semente, o fruto tem papel importante em sua disseminação. Plantas vasculares com sementes em frutos: angiospermas. As angiospermas são as plantas dominantes no planeta. Angiospermas podem ser árvores, arbustos, trepadeiras, capins, etc. e vivem nos mais diversos ambientes: no solo, na água ou sobre outras plantas, como parasitas ou inquilinas.Os pesquisadores acreditam que, apesar da variedade, todas as angiospermas atuais descendem de um mesmo ancestral e compõem, portanto, o que os sistematas denominam um grupo monofilético. As angiospermas representam cerca de 90% das espécies atuais do reino Plantae, com aproximamente 300 mil espécies. A principal característica que distingue as angiospermas dos outros grupos de plantas é a formação de estruturas reprodutivas denominadas flores. Após a fecundação, as flores originam frutos, dentro dos quais estão as sementes. Os grãos de pólen são levados para os estróbilos femininos principalmente pelo vento e quando chega ao óvulo, o grão desenvolve o tubo polínico, que leva o gameta masculino até o gameta feminino. Após a fecundação, é formado o zigoto, que dará origem ao embrião. O óvulo se transforma em semente e protege o embrião contra a dessecação. Flores As flores são o resultado da especialização evolutiva de certos ramos ocorrida nos ancestrais das angiospermas. As flores são folhas que foram modificadas e que passaram a assumir funções reprodutivas. • As folhas modificadas presentes na base do ramo floral são as sépalas, cujo conjunto é chamado cálice. • O conjunto de folhas geralmente delicadas e coloridas (pétalas), formam a corola. o Tanto o cálice quanto a corola são elementos estéreis, não envolvidos diretamente na reprodução; sua função é proteger as estruturas reprodutivas mais internas e atrair agentes polinizadores. • As estruturas férteis da flor são o androceu, responsável pela formação de grãos de pólen, e o gineceu, responsável pela formação do óvulo. • O androceu é o conjunto de estames (microsporofilo). O estame é geralmente constituído por uma fina haste, o filete, que sustenta a antera, onde se formam os microsporângios, que apresentam células-mães de grãos de pólen em seu interior. • O gineceu é constituído por carpelos (megasporofilos), responsável pela formação dos óvulos. Os carpelos são folhas evolutivamente modificadas que formam uma estrutura fechada que lembra um vaso, com base dilatada (ovário) e extremidade afiada (estilete) – a porção terminal do estilete, geralmente alargada e aderente, é o estigma, que recebe os grãos de pólen na polinização. Fecundação e origem da semente Formação do grão de pólen: • Ocorre no interior das anteras, onde, primeiramente, se formam os microsporângitos, dentro deles, estão células mães de esporos, os microsporócidos (diplóides), que se dividem por meiose e originam células haplóides, denominadas micrósporos, que se divide e forma duas células, uma grande, a célula do tubo, e outra pequena, a célula generativa. Essas duas células formam o grão de pólen. Formação do óvulo: • O óvulo se localiza na base dilatada do carpelo, nessa região encontra-se células denominadas megasporócidos (diplóides), a célula mãe do megásporo (haplóides). • O megásporo passa por três mitoses sucessivas, formando oito núcleos, que se arranjam e formam o gametófito feminino, local onde será formado o embrião. O gameta feminino presente no interior do saco embrionário é a oosfera. É ela que ao ser fecundada, origina o zigoto, que por sua vez, se multiplica e forma o embrião. o O tecido diplóide que envolve o óvulo é o tegumento. Polinização e dupla fecundação A chegada dos grãos de pólen ao estigma da flor é a polinização. O transporte do pólen pode ser realizado por diferentes polinizadores: vento, insetos, pássaros, entre outros. Ao cair sobre o estigma de uma flor de sua espécie, o grão de pólen germina e forma um longo tubo polínico, que cresce até atingir o ovário. A célula generativa se divide por mitose e forma dois núcleos (gametas masculinos). Os núcleos migram até a extremidade do tubo que penetra o ovário da planta feminina. Nesse processo, um dos núcleos espermáticos chega à oosfera (gameta feminino) e fundem-se ao núcleo desta, originando o zigoto diplóide, e, posteriormente, o embrião. O outro núcleo espermático é responsável por fundir-se aos dois núcleos polares do gametófito feminino, formando um núcleo triploide. A multiplicação desse núcleo triplóide dá origem a um tecido denominado endosperma (que acumula substâncias para a nutrição do embrião). Desenvolvimento do óvulo fecundado O desenvolvimento embrionário das plantas acontece com a divisão mitótica do zigoto que dará origem ao embrião que, por sua vez, se forma dentro da região do endosperma. Quando o óvulo e o embrião atingem certo grau de desenvolvimento, o tegumento ovular forma uma casca espessa e resistente envolta do óvulo. O conjunto passa a ser denominado semente O grão de pólen cai no pistilo, germina e o tubo polínico chega até o ovário, onde ocorre a dupla fecundação: a uma célula masculina se funde à célula feminina para formar o embrião diplóide e uma célula masculina se funda a duas outras células femininas para formar o endosperma triplóide. Após a fecundação, a semente produz hormônios que modificam a flor, promovendo a queda das sépalas, pétalas, estames e pistilo, deixando o ovário. O ovário cresce, se desenvolve e forma o fruto. Origem e função do fruto As sementes em formação liberam hormônios que estimulam o desenvolvimento da parede do ovário, originando o fruto. Por isso, na maioria das vezes os frutos contêm sementes, uma vez que elas são responsáveis pelo seu desenvolvimento. O fruto foi uma importante novidade evolutiva que surgiu nas angiospermas e contribuiu para o sucesso desse grupo vegetal. O fruto tem função importante para proteção das sementes e sua disseminação, fazendo-as chegar a lugares distantes da planta-mãe. Os frutos são muitas vezes vistos como alimentos. Desse modo, ao consumi-lo, descarta-se as sementes, levando-as a se dispersar pelo território. Semente Estrutura da semente: Após a fecundação, o óvulo começa a se transformar em uma estrutura denominada semente. Basicamente, a casca da semente, antes constituída pela primina e pela secundina se torna mais resistente e recebe o nome de tegumento. Devido ao processo de dupla fecundação, em que ocorre a fecundação da oosfera, formando o zigoto, que origina o embrião da semente e a e fecundação dos núcleos polares que origina o endosperma. Cobertura protetora: É a estrutura externa que delimita a semente, denominada de tegumento e/ou pericarpo. Além da função delimitante, também apresentam função reguladora e protetora. Endosperma: Atua como reservatório e como fornecedor de compostos orgânicos em formas simples, que são utilizados pelo embrião para a germinação da planta, pois, antes de começar a fazer fotossíntese a planta precisa de energia para se desenvolver. O endosperma nutre o embrião durante o desenvolvimento deste, e pode ser ou não completamente absorvido pelas cotilédones (estruturas presentes no embrião capaz de absorver e armazenar substâncias nutritivas para o desenvolvimento da planta) Embrião: É a estrutura responsável por dar origem a uma nova planta. Suas partes básicas são o eixo embrionário e a(s) cotilédone(s). • O eixo embrionário é a parte vital da semente, o tecido tem função reprodutiva sendo capaz de iniciar divisões celulares, e de crescer. É denominado de eixo porque inicia o crescimento em duas “direções”: para as raízes e para o caule. • Os cotilédones não têm capacidade de crescimento, tendo a função de reservar e ou sintetizar alimentos. Nas plantas monocotiledôneas o embrião apresenta apenas um cotilédone, enquanto nas eudicotiledôneas e dicotiledôneas apresentam dois cotilédones. No eixo embrionário estão presentes duas estruturas que são responsáveis por dar origem ao crescimento da planta. ➢ Radícula: origina a raiz ➢ Caulículo: originao caule A presença de um ou dos cotilédones influencia na germinação da semente. Fazendo com que as plantas monocotiledôneas e dicotiledôneas possuam características diferentes quando essas estiverem desenvolvidas. A germinação depende de diversos fatores: ❖ Água ❖ Oxigênio ❖ Temperatura ❖ Luz ❖ Solo O primeiro passo para a germinação é a absorção de água pela semente, fenômeno denominado embebição. As células necessitam de água para retomar suas atividades metabólicas e mobilizar as reservas nutritivas estocadas nos cotilédones ou no endosperma. Com a embebição, a casca da semente se rompe, o que permite o acesso ao gás oxigênio, necessário para respiração das células embrionárias A primeira estrutura a emergir da semente é a radícula que logo se torna a raíz primária da planta. Essa cresce em direção ao solo, ancorando a planta e iniciando a absorção de água e sais minerais. Após isso, o caulículo emergi do interior da semente e dá origem ao caule e consequêntemente às demais estruturas da planta (folhas, flores e frutos). Germinação Epígea: os cotilédones se elevam acima do solo. É típica das dicotiledôneas. Germinação Hipógea: os cotilédones permanecem no solo. É típica das monocotiledôneas. Importância da semente As sementes são estruturas extremamente importantes para a sobrevivência das plantas no ambiente terrestre. Elas são responsáveis por proteger o embrião e fornecer-lhe os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento inicial, quando acontece a germinação, além de garantir a dispersão das espécies pelo ambiente. As plantas são limitadas para buscar condições favoráveis para o seu crescimento e desenvolvimento, ao contrário dos animais. Por esta razão, elas desenvolveram diversas formas de dispersão e distribuição por meio das sementes, seja na terra, na água ou até mesmo em rochas. A importância de uma semente está intimamente relacionada com a reprodução e dispersão de uma planta. Histologia vegetal A Histologia Vegetal é a área que estuda os tecidos vegetais. Um mesmo tecido vegetal pode realizar mais de uma função. Os tecidos podem ser divididos em tecidos meristemáticos, constituídos por células indiferenciadas, e em tecidos adultos, que possuem funções específicas. Meristemas Também conhecidos como tecidos de formação, os meristemas têm um objetivo primordial: contribuir para o crescimento da planta. Para isso, as células que formam este tipo de tecido têm um processo de divisão celular intenso para dar origem a todos os tecidos e órgãos da planta — raiz, caule e folhas. Meristemas primários: Localizado entre o caule e a raiz, o meristema primário é o responsável pela primeira fase de crescimento da planta, no sentido longitudinal, e tem grande importância para o desenvolvimento vegetal, já que, nessa fase, a divisão celular dará origem à formação dos demais tecidos. Os meristemas primários podem formar: ➢ Protoderme: que originará a epiderme. ➢ Meristema fundamental: que originará diversos tecidos de preenchimento e sustentação. ➢ Procâmbio: que originará os tecidos condutores de seiva. Meristemas secundários: Enquanto o meristema primário está relacionado com a altura da planta, o secundário — também chamado de meristema lateral —, é responsável pelo crescimento em espessura do caule e das raízes nas espécies vegetais. ➢ Felogênio: que originará tecidos da parte externa do caule ➢ Câmbio vascular: que faz o crescimento secundário nos tecidos condutores de seiva. Tecidos adultos Tecidos de revestimentos: Esses tipos de tecido funcionam como um invólucro e se localizam na parte externa das plantas, cumprindo a função de proteger as folhas, as raízes e o caule ➢ Epiderme: composta de células mais achatadas e impermeabilizada pela cutícula (evita a perda de água por transpiração) • Estômatos: são estruturas que controlam a entrada e a saída de gases na planta e evita a perda de água. • Pelos: são estruturas filamentosas que podem estar presentes nas raízes a ajudam na absorção. • Tricomas: também são filamentosas e podem estar presentes nas folhas, realizando diversas funções, por exemplo, produzir substâncias tóxicas para afastar insetos. ➢ Periderme: responsável pelo revestimento dos órgãos secundários, formando a casca das plantas. Tecidos de preenchimento: O parênquima constitui o grupo principal para tecido de preenchimento e é formado por células vivas com grande capacidade de crescimento e divisão. Grande parte dos tecidos parenquimáticos tem por função preencher os espaços entres os tecidos de revestimentos. Tipos de parênquimas: ➢ Parênquima de preenchimento: formado por células de tamanhos e formatos variados, formando o córtex e a medula nos caules, raízes e folhas. ➢ Parênquima de amilífero: possuem a capacidade de acumular amido. ➢ Parênquima aerífero: possui a capacidade de acumular gases, fundamental para que as plantas consigam flutuar na água. ➢ Parênquima aquíferos: plantas que vivem em regiões áridas apresentam esse tecido para reservar água. ➢ Parênquima clorofiliano: responsável por preencher os espaços internos das folhas e ajudar na fotossíntese, devido ao grande número de cloroplastos. Tecidos de sustentação: Esses tecidos auxiliam na sustentação da planta, e são eles o colênquima e o esclerênquima. ➢ Colênquima é um tecido de sustentação formado por células vivas, as células colenquimáticas, e é encontrado em feixes contínuos, próximo a epiderme. ➢ Esclerênquima é um tecido morto, com a parede celular muito rígida e espessa (lignina). Tecidos vasculares: São os tecidos responsáveis por conduzir a seiva para as estruturas da planta. Existem dois principais tecidos condutores de seiva: Xilema: é um tecido morto que transporta água e sais minerais das raízes até as folhas. A solução de água e sais minerais transportada pelo xilema constitui a seiva mineral. Floema: transporta açúcares e outros compostos orgânicos produzidos nas folhas para o restante da planta. A solução de substâncias orgânicas transportada pelo floema constitui a seiva orgânica. Organização corporal das angiospermas Estrutura da raiz Estrutura do caule O caule liga e integra a raízes e as folhas, tanto no ponto de vista estrutural como no funcional. Em outras palavras, além de constituir a estrutura física onde se inserem raízes e folhas, o caule é responsável pelo transporte de água e de substâncias orgânicas entre esses órgãos. Tipos de caules: A parte mais joven do caule é o ápice, onde ocorre a multiplicação das células do meristema apical, responsável pelo crescimento em extensão da planta. À medida que o caule cresce vão surgindo espaçadamente os primóridios foliares (responsáveis por dar origem às folhas). Os locais onde as folhas se inserem no eixo cauliniar são denominados nós; o espaço entre dois nós vizinhos é o entrenó. A unidade constituída por um nó e seus primórdios foliares e pelo entrenó adjacente é conhecida como fitômero. Durante o crescimento do caule, novos fitômeros vão sendo produzidos. Na junção de cada primórdio de folha com o eixo caulinar permanece um grupo de células meristemáticas que constitui a gema auxiliar, que permanecem em estado de dormência, podendo entrar em atividade e produzir ramos laterais. • Coifa: região terminal que protege o meristema apical • Zona meristemática: meristema apical formado por células meristemáticas em divisão • Zona de alongamento: formada por meristemas primários • Zona pilosa ou de diferenciação: constituída por células que já se diferenciaram e se transformaram em tecidos definitivos e onde se diferenciam os pêlos radiculares. Estruturada folha As folhas são estruturas muito importantes para os vegetais, pois é através delas que as plantas conseguem realizar a fotossíntese, processo no qual a planta consegue produzir substâncias orgânicas necessárias à sua sobrevivência. A maioria das folhas apresenta limbo, pecíolo e bainha. O limbo é a folha em si, e o pecíolo e a bainha são estruturas pela qual a folha se prende ao caule. A folha é totalmente revestida por uma epiderme, principalmente aquelas adaptadas a ambientes secos, pois a epiderme confere proteção contra a perda de água. Ademais, a epiderme libera substâncias que formam a cutícula (camada semi-impermeável) que também reveste as folhas. O interior foliar é preenchido pelo parênquima clorofiliano, cujas células são ricas em cloroplastos, capazes de realizar a fotossíntese. Os tecidos condutores da folha encontram-se agrupados em feixes vasculares, associados ou não aos tecidos de sustentação, formando as nervuras foliares. Fisiologia vegetal Fotossíntese A fotossíntese, termo que significa “síntese utilizando a luz”, é geralmente definida como o processo pelo qual um organismo consegue obter seu alimento. Esse processo é realizado graças à energia solar, que é capturada e transformada em energia química. O processo de fotossíntese ocorre em tecidos ricos em cloroplasto, sendo um dos tecidos mais ativos o parênquima clorofiliano encontrado nas folhas. A fotossíntese é o processo bioquímico que sustenta a vida na Terra. Por meio dela, plantas, algas e bactérias fotossintetizantes converte gás carbônico e água em moléculas orgânicas, liberando gás oxigênio como subproduto. Nutrição inorgânica das plantas o organismo vegetal também necessita de diversos outros elementos químicos, essenciais para o funcionamento de suas células, que são absorvidos do solo, onde se encontram na forma de sais minerais. ➢ Macronutrientes : C, H, O, N, P, Ca, Mg, K, S, Si ➢ Micronutrientes: Cl, Fe, B, Mn, Na, Zn, Cu, Ni, Mo Absorção e condução da seiva vegetal Assim que as células da raiz absorvem a água e os sais minerais do solo, é necessário um mecanismo vegetal eficiente que consiga deslocar esses compostos para as folhas, onde será feito o processo de fotossíntese e transformação da seiva bruta em elaborada, e novamente deslocar essa seiva elaborada para todas as partes da planta. Condução da seiva bruta (teoria da transpiração-coesão-tensão ou coesão- tensão ou teoria de Dixon): a absorção de água e sais ocorre na raiz, principalmente na região dos pelos absorventes. Os sais são absorvidos por meio do transporte ativo, e, como o interior das células fica hipertônico, ou seja, muito concentrado, a água entra por osmose. Células do parênquima, então, levam a água e os sais para o interior dos vasos para que sejam distribuídos por toda a planta. As moléculas de água ligam-se entre si pelas pontes de hidrogênio, criando uma rede dentro dos vasos. Quando ocorre a transpiração através das folhas, gera uma tensão em toda a seiva bruta por causa da coesão entre as moléculas, o que permite, assim, que a seiva bruta percorra grandes distâncias dentro da planta sem cessar sua subida. Condução da seiva elaborada (teoria do fluxo de pressão ou teoria do fluxo em massa de Ernst Münch): A sacarose, formada nas folhas, difunde-se pelas células parenquimáticas até aproximar-se do floema, onde é absorvida por meio do transporte ativo pelas células- companheiras dos vasos liberianos e, depois, levada ao interior dos vasos. Dessa forma, a pressão osmótica aumenta no interior dos vasos que absorvem a água do xilema, o que aumenta a pressão hidrostática dentro do vaso. Quando um órgão da planta absorve a sacarose, a pressão osmótica no vaso diminui, o que o faz perder água também para esse órgão e diminuir a pressão hidrostática. Assim, a seiva move-se da região em que essa pressão é maior para uma com pressão hidrostática menor. Hormônios vegetais
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