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Apostila Botânica Fanerógamas

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Botânica 
 
 
2020 
FUNGO NÃO É PLANTA 
@fungonaoeplanta 
 
Fanerógamas 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
 
▪ Morfologia Vegetal.................................................................pg.1 
Célula Vegetal 
Parede Vegetal 
Cloroplasto 
Plastídio 
Vacúolos 
▪ Histologia Vegetal..................................................................pg.3 
Meristema Primário 
Meristema Secundário 
Anexos da Epiderme 
Tecidos de Preenchimento 
Tecidos de Sustentação 
Tecidos de Condução 
▪ Órgãos Vegetativos.................................................................pg.5 
Raiz 
Caule 
Folha 
Flor 
Inflorescência 
Polinização 
Fruto e Semente 
▪ Fanerógamas........................................................................pg.19 
Evolução e Formação 
Características Gerais das Fanerógamas 
▪ Gimnospermas.....................................................................pg.22 
Divisões das Gimnospermas 
Estróbilo 
Importância Econômica e Ecológica 
▪ Angiospermas.......................................................................pg.24 
Hipóteses de Origem das Angiospermas 
Evolução das Angiospermas Primitivas 
Monocotiledôneas e Dicotiledôneas 
Ciclo de Vida 
Fecundação Dupla 
 
 
 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
1 | P á g i n a 
 
▪ Célula Vegetal 
A célula vegetal assim como a 
animal é eucariótica, ou seja, 
possui núcleo delimitado por 
membrana nuclear. Além disso, 
também apresenta parede 
celular, cloroplastos e vacúolos, 
fora as organelas comuns de um 
eucarionte. 
▪ Parede Celular 
Revestindo a célula, além das membranas internas e externas, vemos a 
parede celular, que confere proteção, restringe a distensão do 
protoplasto, determina a forma e tamanho da célula e está envolvida 
no controle de entrada e saída de substâncias. 
Se trata de uma camada semirrígida, totalmente permeável e de grande 
resistência e tensão. 
Divisão da Parede Celular 
• Parede célula primária = composta por pectina 
e hemicelulose. 
• Parede celular secundária = composta por 
celulose. 
• Lamela média = responsável por unir uma célula 
e outra e é composta por pectina e carboidratos. 
• Plasmodesmos = canais responsáveis pela 
passagem de substâncias entre uma célula e outra. 
Composição Química da Parede Celular 
• Celulose (C6H10O5) n = constitui a rigidez da parede celular. 
• Lignina = conhecida como lenhina, é uma molécula 
tridimensional amorfa, apresenta rigidez, resistência e força. 
• Pectina = polissacarídeo, é multifuncional pois atua na 
manutenção da intercelular. 
 
 
 
 
Protoplasto 
Região da membrana 
plasmática, núcleo e 
citoplasma. 
Digestão de Celulose 
Os animais que possuem 
bactérias em seus tratos 
digestivos, capazes de 
metabolizar a celulose, 
são chamados de 
ruminantes. Atenção = As substâncias acima são encontradas em abundância 
em plantas terrestres. 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
2 | P á g i n a 
 
▪ Cloroplasto 
Os cloroplastos são organelas celulares que participam do processo de fotossíntese, que consiste 
no processo de formação de carboidratos utilizando gás carbônico e água na presença de luz. 
Na parte interna dessa organela, encontramos: 
• Membrana Interna e Externa. 
• Lamela = servem como uma estrutura de 
esqueleto. 
• Clorofila = substância que funciona como uma 
“antena que capta a luz, para o processo da 
fotossíntese. 
• Tilacóides = grânulos verdes que contém 
clorofilas e desempenha um papel fundamental 
na absorção da luz. São compostos por lúmen, e 
sua própria membrana 
• Grana ou Granum = conjunto de tilacóides. 
• Estroma = é todo o espaço dentro do cloroplasto 
(entre os tilacóides e a membrana interna) 
• DNA Circular = genoma próprio do cloroplasto 
 
▪ Plastídios 
Os plastídios ou plastos são um grupo de organelas encontrados nas células das plantas e das algas, 
responsáveis pela fotossíntese. São originados dos Proplastos, que são percursores para a 
formação dos demais plastídios, ou seja, se diferenciam de acordo com sua função e formando 
cloroplastos, cromoplastos etc. 
• Cloroplasto = pigmentos fotossintetizantes 
(clorofila A e B) 
• Cromoplastos = surgem a partir de dos 
cloroplastos, portam pigmentos 
carotenoides, xantofilas, antocianinas etc. 
Presentes em estruturas coloridas como 
pétalas, frutos e algumas raízes. 
• Leucoplastos = Não possuem pigmentos e 
podem armazenar várias substâncias. 
Podem ser: aminoplastos (armazenam 
amido), proteinoplastos (proteína), 
elaioplastos (lipídeos) 
 
▪ Vacúolos 
Organelas produzidas pelo complexo de golgi que fazem o armazenamento de substâncias, 
controle osmótico, manutenção do pH da célula, digestão de componentes celulares, 
pigmentação de flores e frutos e defesa contra patógenos e herbívoros. 
 
 
 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
3 | P á g i n a 
 
▪ Meristemas Primários 
A célula responsável por originar tecidos vegetais é o meristema ou células meristemáticas. As 
células meristemáticas são pluripotentes e não possuem especialização, pois contém elementos 
para se multiplicar, diferenciar e especializar dependendo da função do tecido que irá formar, 
atuando no crescimento e cicatrizações da planta. 
• Meristemas apicais = células novas que formam tecidos 
primários, e podem ser encontradas nas extremidades de 
caules, ramificações, raízes etc. 
• Crescimento vertical da planta = utiliza-se das células meristemáticas apicais para formar os 
tecidos primários em sentido vertical (de crescimento). 
Tecidos Primários Originados dos Meristemas Apicais 
• Protoderme = camada mais externa que originará a epiderme. 
• Procâmbio = que futuramente serão os tecidos vasculares primários, chamados protoxilema e 
protofloema. 
• Meristema Fundamental = formará os tecidos de preenchimento (parênquima), tecidos de 
sustentação (colênquima e esclerênquima), e mais tarde revestirá o procâmbio por dentro e por 
fora. 
▪ Meristemas Secundários 
São as células que se originam por desdiferenciação, ou seja, quando células especializadas e 
adultas, voltam ao estágio meristemático. 
• Meristemas laterais = são as células utilizadas nos meristemas secundários, ocorre no 
momento de crescer espessuras, e são encontrados em paralelo com a raiz e o caule e formam o 
câmbio e o felogênio. 
• Crescimento Lateral da Planta = utiliza-se de meristemas laterais para a formação de 
espessuras para formar os tecidos secundários em sentido lateral. 
• Tecidos de Vasculares Secundários: 
Metaxilema e o Metafloema 
Tecidos Secundários 
Originados dos Meristemas 
Laterais 
• Cambio Vascular = originado de células do 
procâmbio ou parenquimatosas, dão 
origem ao tecidos vasculares secundários 
localiza-se no cilindro central (exterior ao 
xilema primário e interior ao floema 
primário). 
Pluripotente 
possuem alta capacidade de 
diferenciação. 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
4 | P á g i n a 
 
• Câmbio Suberofelogênio = originada da epiderme, do floema ou de células do córtex. Encontra-
se logo abaixo da epiderme, seu meristema se chama felogênio. 
 
▪ Anexos da Epiderme 
• Pelos = prolongamentos da epiderme, podem realizar absorção, secretar odor, substâncias 
urticantes, néctar e enzimas digestivas. Encontram se nas raízes. 
• Cutícula = células da própria epiderme que secretam substâncias impermeabilizantes, que 
formam uma película de revestimento (cutícula). É formado principalmente pelo polímero 
feito de ácidos graxos, cutina. 
• Hidatódios = eliminam, nas bordas das folhas, água em forma líquida (gutação). Esse 
processo varia de acordo com os fatores ambientais. 
• Troca de Gases = ocorre através dos estômatos da epiderme, através das lenticelas presentes 
do súber. 
• Lenticelas = pequenas aberturas que permitem a entrada e saída de gases nas raízes e caules 
suberificados. 
• Acúleos = estruturas rígidas e pontiagudas, impregnados de cutina, atuam para a defesa do 
vegetal e se destaca comfacilidade (o que o torna diferente dos espinhos) 
 
▪ Tecidos de Preenchimento 
• Parênquima Clorofiliano = converte energia luminosa em energia química. 
- células cilíndricas 
- vacúolos grandes 
- empurram os cloroplastos contra a parede, facilitando a absorção de gás carbônico. 
• Parênquima de Reserva = plastos acumulam amido 
- desaparecimento dos vacúolos e outras organelas 
- lugares para armazenamento de substâncias 
• Aerênquima = facilita a circulação de gases e flutuação. 
- grandes espaços intercelulares 
- células retangulares 
• Parênquima Aquífero = armazena água 
- desenvolvido 
- plantas acumuladoras de água 
 
▪ Tecidos de Sustentação 
• Colênquima = possui plasticidade, espessamento das paredes primárias e alta capacidade de 
divisão. Ocorre em órgão jovens, e é encontrado na região periférica do caule. Raramente terão 
raízes. 
Ritidoma 
Camada externa da casca das árvores, constituída de células mortas. Atua como isolante térmico, 
evita desidratação e protege a planta contra choques mecânicos. 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
5 | P á g i n a 
 
• Esclerênquima = formam uma camada protetora ao redor do caule, sementes e frutos imaturos. 
Dá sustentação, por isso, vento, passagem de animais e outros fatores externos, não causam 
alteração definitivas na planta. 
 
▪ Tecidos de Condução 
Os tecidos de condução são compostos pelo Xilema e Floema. Caso estejamos nos referindo ao 
meristema primário será sobre protoxilema e protofloema, já no secundário corresponde ao 
metaxilema e metafloema. 
• Anéis de Crescimento = zonas de árvores que se intercalam e variam dependendo da estação: 
lenho primaveril (primavera verão) e lenho estival (outono e inverno). Contando esses anéis, 
pode-se identificar a idade aproximada de uma árvore. 
• Cerne = parte do lenho que perdeu as funções de condução e reserva (por estarem mortas). Com 
o tempo o cerne perde água e recebe óleos, resinas, gomas etc. 
• Alburno = parte funcional do lenho, realizando condução normalmente (cerne + 
alburno=xilema) 
 
▪ Raiz 
A raiz é um órgão aclorofilado que fixa a planta ao solo, absorve água e sais minerais e armazena 
substâncias. 
Sua anatomia de acordo com seu 
desenvolvimento: 
• Radícula = estrutura que dará 
origem a raiz 
• Hipocótilo = desenvolvimento 
da radícula 
• Cotilédones = folha modificada 
cuja função é nutrir a planta 
antes do surgimento das folhas 
 
 
Atenção = Algumas plantas têm a capacidade de desenvolver raiz a partir de partes como 
caule e folha. Por exemplo: suculenta, violeta etc. 
 
Lignina 
Lignina = é uma substância amorfa, presente na parede celular do esclerênquima. 
É formada pela polimerização de vários álcoois, tem a função de conferir maior rigidez à 
parede, além de atuar contra a oxidação e ação de microrganismos 
 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
6 | P á g i n a 
 
Internamente, a raiz é variada e mais primitiva 
que o caule. 
Sua estrutura primária mostra nitidamente a 
separação entre: epiderme (dérmico), córtex 
(sistema fundamental) e os tecidos vasculares 
(sistema vascular). 
A maioria das plantas também apresentam pelos 
na raiz, para auxiliar na absorção da água do solo. 
 
Quanto as regiões, podemos dividi-la em 4: coifa, zona meristemática, zona de alongamento e zona 
de maturação. 
• Coifa = camada encontrada no ápice da raiz, protege as células meristemáticas de injúrias, faz 
a percepção da gravidade e a sinalização de repostas. 
• Zona Meristemática = área de constante divisão celular para que se formem diferentes tecidos. 
• Zona Lisa ou de Alongamento = área que se estende para produzir xilema, floema e córtex. 
• Zona Pilífera ou de Maturação/Absorção = área em que a diferenciação celular está completa, 
pronta. Apresenta absorção de água, solutos e tecido vascular. 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação das Raízes 
1. Quanto a raízes subterrâneas: 
• Pivotante = aquela que é possível de identificar a principal das ramificações a olho nu. 
• Adventícia = não é possível identificar a raiz principal das ramificações a olho nu. 
• Tuberosa = tipo de raiz que acumula grandes quantidades de amido, e podem ser 
classificadas em pivotantes e adventícias também. 
2. Quanto ao suporte: 
• Raiz Suporte ou Escora = quando o caule 
é muito fraco e a raiz é responsável por 
parte do suporte da planta. 
 
 
 
 
 
 
 
• Raiz Estranguladora = raízes adventícias 
que se envolvem e abraçam outro vegetal. 
 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
7 | P á g i n a 
 
 
• Raiz Tabular = raiz lateralmente achatada 
que ocorrem em plantas de grande porte, 
auxiliam na fixação e estabilidade da 
arvore. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Raiz Respiratória ou Pneumatóforo = se 
desenvolvem em locais alagadiços em que o 
solo é pobre em oxigênio, portanto, crescem 
emergindo da água e absorvem o oxigênio 
atmosférico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Quanto a interação ecológica 
• Raiz sugadora ou Haustório = plantas consideradas parasitas por viverem as custas 
de outra planta. 
• Ectomicorrizas = envolvimento com fungos que envolve o 
ápice radicular sem penetrar nos tecidos. 
• Endomicorrizas = quando a interação ecológica envolve 
penetração na raiz, e a invasão do interior das células 
corticais. 
 
Atenção = Nem toda raiz estranguladora é sugadora. 
As raízes estranguladoras apenas utilizam outra planta de suporte, não 
necessariamente está parasitando e roubando os nutrientes. 
 
• Raiz velame = estrutura presente em 
raízes aéreas que tem a função de 
absorver a água da atmosfera. 
 
• Raiz Grampiforme = prendem o 
vegetal em suportes com um formato 
de grampo, como muros e estacas. 
 
Micorrizas 
É o nome que se da a 
associação de fungos 
com as raízes de 
determinadas 
plantas. 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
8 | P á g i n a 
 
▪ Caule 
O caule é a parte das plantas que dá suporte, acumula reservas de água e atua como estruturas de 
propagação vegetativa (reprodução). É formado pelas células meristemáticas do epicótilo. 
Morfologia do Caule 
• Gema apical = extremidades do caule que é formada por 
células que se reproduzem intensamente (devido ao 
crescimento) 
• Gema Lateral ou Axial: onde originam os brotos, folhas 
ou flores 
• Nó = ponto na qual partem as folhas ou ramos laterais. 
• Entrenó ou gomo = área entre dois nós 
 
Propagação Vegetativa 
Propagação vegetativa é o processo responsável por realizar reproduzir e multiplicar a planta, 
originado indivíduos geralmente idênticos à planta-mãe. 
O primeiro método é o de Estaquia, que consiste no plantio de pequenas estacas do caule, que 
são plantados em meio úmido, desenvolvendo novas plantas. É utilizado com plantas adventícias, 
e geralmente o caule é tratado com hormônios antes de serem plantados. 
 
Outro meio é o Enxerto, em que se une o caule de duas plantas de diferentes espécies. Então 
corta-se a parte desejada, e fixa-se no caule de outra que permanece enraizada no chão. 
 
Classificação dos Caules 
1. Quanto a caules eretos: 
• Tronco = caule muito resistente de maior desenvolvimento na base 
• Haste = caule fino e delicado (plantas herbáceas) 
• Estipe = caule longo, sem ramificações e com folhas desenvolvidas na extremidade superior 
• Colmo = caules em que é possível identificar nitidamente os nós e entrenós 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
9 | P á g i n a 
 
2. Quanto a caules subterrâneos: 
• Tubérculos = caules com grande reserva de substâncias nutritivas 
• Rizomas = caules subterrâneos que crescem horizontalmente, e costumam se ramificar 
bastante 
• Bulbo = quando o caule e a folha são subterrâneos. Na parte inferior partem as raízes, e na 
superior folhas que possuem reservas nutritivas. 
 
3. Quanto a caules rastejantes 
• Sarmento = caule rastejante que apresenta 
apenas um ponto de enraizamento. 
Exemplo: abobora, melancia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Caules Trepadores = finos, longose crescem enrolados sob algum suporte. Apresentam ramos 
modificados, chamados gavinhas, que auxiliam na fixação da planta no apoio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adaptações do Caule 
• Espinhos: originam-se do caule ou da folha. No caso do caule são curtos com ponta afilada que 
protegem a planta. 
• Acúleo: estruturas pontiagudas originadas da epiderme que são facilmente destacáveis, porém 
são diferentes dos espinhos!! 
• Cladódios: caules adaptados a realizar fotossíntese e armazenar água 
• Filocládios: Cladódio com forma laminar 
 
 
 
• Estolão = caule rastejante que produz 
gemas em vários pontos que originam 
plantas completas. Exemplo: morango 
 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
10 | P á g i n a 
 
 
▪ Folhas 
Folha é a parte da planta caracterizada pela presença de cloroplastos, e por um grande volume de 
espaços intercelulares. 
Os tecidos das folhas são compostos por: 
• Cutícula = parte mais externa composta por cutina 
• Epiderme Superior = tecido de revestimento 
• Parênquima Clorofiliano = conjunto de parênquimas que realizam sustentação 
• Epiderme inferior = tecido de revestimento inferior 
• Mesofilo = área entre a epiderme superior e inferior. 
A Nervação ou Venação é uma classificação de valor taxonômico, ou 
seja, pode ajudar a identificar a planta, e consiste na disposição do 
conjunto de nervuras da folha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia da Folha 
• Limbo = superfície achatada da folha (lâmina foliar) 
• Pecíolo = haste que fixa a folha no caule 
• Bainha = região terminal e dilatada do pecíolo que 
encosta no caule 
• Estípulas = projeções filamentosas que ocorrem na 
região basal da folha 
• Nervura Central = vaso principal que da origem á 
nervuras secundárias 
• Nervura Secundária = vasos que partem da nervura central 
 
Classificação das Folhas 
1. Completa e Incompleta: 
• Folhas Completas = apresentam 
limbo, pecíolo e bainha 
• Folhas Incompletas = faltam 
pecíolo, estípulas ou bainha 
 
 
Bainha 
É a parte da folha em 
que se prende ao 
caule ou folha. 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
11 | P á g i n a 
 
2. Simples e Composta: 
• Folhas Simples = folhas que têm apenas um limbo (mais comuns) 
• Folhas Compostas = folhas de limbo dividido 
3. Imparipenadas e Paripenadas: 
• Folhas Imparipenadas = número ímpar de folhas 
• Folhas Paripenadas = número par de folhas 
4. Quanto a caule, bainha e estípula 
• Folhas Ócrea = são folhas cujas estípulas são grandes e se abraçam ao redor do caule 
• Folha Invaginante = possui uma grande bainha para aumentar a fixação 
• Folha Séssil = quando o caule fixa diretamente e apenas no limbo 
 
▪ Flor 
Flor é uma folha que perdeu a capacidade fotossintetizante e atua como estrutura de reprodução. 
Das estruturas da flor, temos: 
• Cálice = estrutura estéril que compreende o 
conjunto de sépalas 
• Corola = estrutura estéril que compreende o 
conjunto de pétalas 
• Perianto = união de cálice e corola 
• Estame = estrutura fértil 
• Carpelos = estrutura fértil 
• Pedúnculo Floral ou Pedicelo = eixo caulinar de 
crescimento da flor, fixando-a no ramo 
• Receptáculo Floral = sustenta a relação da flor com o pedúnculo e onde se insere os elementos 
florais 
Classificação das Flores 
1. Quanto a presença de estruturas florais: 
• Aclamídea = flores que não apresenta nenhuma das duas estruturas de cálice e corola (zero 
estruturas). 
• Monoclamídea = flores que tem apenas uma das estruturas, cálice ou a corola (uma estrutura) 
• Diclamídea = flores completas, que apresentam ambas as estruturas de cálice e corola (duas 
estruturas) 
2. Quanto ao perianto: 
• Heteroclamídea = quando as 
sépalas e pétalas foram diferentes 
visualmente (foto 2). 
• Homoclamídea = quando a 
sépalas e a pétalas forem iguais 
quanto a cor e tamanho. (foto 1). 
 
 1. 2. 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
12 | P á g i n a 
 
3. Quanto ao cálice (sépalas): 
• Cálice Dialissépalo = quando as 
sépalas são separadas, livres (foto 2). 
• Cálice Gamossépalo = quando as 
sépalas se apresentam mais juntas, 
fundidas (foto 1). 
 
 
 
4. Quanto a corola (pétalas): 
• Corola Dialissépalo = pétalas livres, 
que permite a observação das 
estruturas femininas e masculinas 
(foto 2). 
• Corola Gamossépalo = pétalas 
unidas, tanto que as estruturas 
femininas e masculinas ficam “para 
dentro” (foto 1). 
 
5. Quanto a Simetria 
• Actinomorfa = mais de um plano 
de divisão/simetria. 
• Zigomorfa = um único plano de 
divisão. 
• Assimétrica = sem plano de 
simetria. 
 
 
Reprodução das Flores 
Os verticilos reprodutores são: 
• Androceu = estrutura masculina composta pelos estames 
• Gineceu = estrutura feminina formada pelos carpelos 
Classificando as flores quanto a estrutura reprodutiva, podemos observar as Monóclinas ou 
Hermafroditas, quando tiverem ambas as estruturas de androceu e gineceu, e Díclinas, quando 
obtém apenas uma das estruturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. 2. 
1. 2. 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
13 | P á g i n a 
 
Morfologia do Androceu 
• Androceu = conjunto de estames 
• Estames = conjunto de filete e antera 
• Filete = parte delegada a sustentação da antera 
• Antera = parte do estame onde se forma e armazena o 
pólen 
 
Morfologia do Gineceu 
• Gineceu = conjunto dos carpelos 
• Capelos = conjunto de ovário, estilete e estigma (pode 
ter mais que uma dependendo da espécie) 
• Ovário = parte inferior do capelo, onde se formam os 
óvulos (se desenvolvida, dará origem ao fruto). 
• Estigma = extremidade do cabelo em que se fixa e 
germina o pólen 
• Óvulo = corpo dentro do ovário que contém as células 
reprodutoras femininas (após a fecundação, gerará a 
semente) 
• Estilete = parte entre o ovário e o estigma 
 
Resumindo: 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
14 | P á g i n a 
 
Morfologia do Gineceu 
1. Quanto ao número de carpelos: 
• Simples = flor com apenas um carpelo 
• Apocárpico = vários carpelos livres entre si 
• Sincárpico = vários carpelos unidos entre si 
 
 
 
 
2. Quanto ao número de lóculos: 
• Unicarpelar e Unilocular = quando tiver 
um carpelo e um lóculo 
• Pluricarpelar e Unilocular = mais de um 
carpelo e um único lóculo 
• Pluricarpelar e Plurilocular = mais de um 
carpelo e mais de um lóculo 
 
▪ Inflorescência 
A inflorescência é um conjunto de flores reunidas em uma estrutura única, e que dá origem a uma 
infrutescência. 
São alguns exemplos de inflorescência: 
• Espiga = flores sésseis que crescem em toda a extensão do eixo principal (foto 1) 
• Umbela = flores que partem do mesmo eixo e possuem a mesma altura (foto 2) 
• Corimbo = flores que partem de eixos diferentes, mas atingem a mesma altura (foto 3) 
• Racemo ou Cacho = flores que se distribuem aleatoriamente no ramo principal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lóculo 
Cavidades geradas por divisórias 
dentro do ovário, espaços. 
1. 
3. 2. 
4. 
 
 
@fungonaoeplanta 
 
15 | P á g i n a 
 
Classificação das Inflorescências 
Conjunto de flores ou qualquer sistema de ramificação que termine em flores, se caracteriza pela 
presença do pedúnculo. São tipos de inflorescências: 
• Corimb0 = é um tipo especial de racemo da qual as flores são inseridas em diferentes alturas 
no eixo principal (foto 1). 
• Panícula = é um racemo composto de um eixo racemoso principal que sustenta dois ou mais 
cachos/eixos que recaem para baixo (foto 2). 
• Ciático = flores unissexuais dispostas em conjuntos que são protegidos por brácteas (foto 3 – a 
parte roxa da flor primavera corresponde a bráctea, enquanto a flor real, branca, se encontra 
protegida dentro) 
• Espádice = inflorescência que possui eixo espessado, e contém flores apendunculadas (sem 
pedúnculo. 
 
 
 
 
 
▪ Polinização 
A polinização é o processo de transferência do pólen de uma planta para a outra, então ocorre 
transferências de células reprodutivas masculinas (núcleos espermáticos) através dosgrãos de 
pólen (espermatozoides das plantas) 
que estão localizados nas anteras de 
uma flor, para o receptor feminino 
(estigma) de outra flor (da mesma 
espécie), ou para o seu próprio 
estigma.Os tipos de polinização são 
classificados quanto ao meio, então 
temos: 
• Vento (anemofilia) 
• Água (hidrofilia) 
• Insetos (entomofilia) 
• Homem (antropofilia) 
 
 
Brácteas 
Estruturas foliáceas associadas 
às inflorescências das 
Angiospermas. Têm origem 
foliar e a função original de 
proteger a inflorescência ou as 
flores em desenvolvimento. 
 
 
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Tipos de Polinização: 
Processo de transporte do pólen produzido nas anteras de uma for 
masculina ao estigma de uma flor feminina. 
1. Polinização Direta ou Autopolinização 
• Transferência do pólen da antera para o estigma da mesma flor 
• Plantas monoicas = pois no mesmo indivíduo há ambos os 
órgãos femininos e masculinos. 
• Pouco Recorrente = não ocorre tanto devido aos meios de 
evitar a polinização desenvolvidos pelas próprias flores 
• Ausência de Variabilidade Genética = pois haverá apenas os genes da própria planta 
 
2. Polinização Indireta ou Cruzada 
• Transporte de pólen entre flores diferentes 
• Plantas de Mesma Espécie = ocorre com flores 
diferentes, porém da mesma espécie 
• Plantas Monoicas e Dioicas = é possível ocorrem 
em ambos os tipos de flor 
• Maior Variabilidade Genética = devido aos genes 
seres de flores diferente 
 
 
 
Meios de Evitar a Autopolinização 
1. Tempo de Maturação 
Consiste em fazer com que o estigma e a antera tenham tempos diferentes de maturação, 
assim, os órgãos reprodutivos não estarão preparados para se polinizar ao mesmo tempo. 
Por Exemplo: em uma flor monoica em que o gineceu estiver preparado/maturado para receber 
pólen, o androceu ainda estará produzindo-o. Assim, a flor estará preparada para receber o 
material de plantas diferentes (polinização cruzada), e não será p0ossível a autopolinização. 
2. Diferença de Tamanho 
Quando a antera e o estigma estiverem em alturas distantes a ponto de dificultar a 
autopolinização. 
3. Incompatibilidade Genética 
Recurso desenvolvido por certas flores em que, apesar de os materiais terem sidos produzidos 
pela mesma planta, ocorre a incompatibilidade dos genes, tornando impossível a 
autopolinização. 
 
 
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▪ Frutos e Sementes 
O fruto é a estrutura carnosa das plantas angiospermas que 
se desenvolve a partir da parede do ovário. Já a semente é o 
resultado da fecundação do óvulo (por um pólen). 
• Partenocárpico= frutos que não têm semente, pois 
apesar da parede do ovário se desenvolver, o óvulo não é 
fecundado. Por exemplo: a banana 
Morfologia do Fruto 
• Pericarpo = paredes do ovário da flor 
• Endocarpo = camada mais interna e fina das células 
epiteliais, rodeia o lóculo e onde se localiza a semente 
• Mesocarpo = camada intermédia e carnosa, resulta 
do tecido fundamental das paredes do ovário 
(parênquimas) e é rico em substâncias nutritivas e 
saborosas 
• Epicarpo = formam a casca do fruto, é camada mais 
externa que resulta das células epidérmicas que 
envolvem o ovário e o carpelo 
 
Classificação dos Frutos 
1. Número de ovários 
• Frutos Simples = derivados de um único ovário e 
única flor. 
Exemplo: cereja, tomate etc. 
• Frutos Agregados = derivados de muitos ovários 
(apocárpicos), porém uma única flor 
Exemplo: fruta-do-conde, magnólia etc. 
• Frutos Múltiplos = resultado do amadurecimento de muitos ovários, e de muitas flores 
(inflorescência). Quando fecundados geram uma unidade de frutos fundidos, denominado 
infrutescência 
Exemplo: abacaxi, jaca, amora, figo etc. 
2. Modo de Abertura: deiscência ou indeiscência 
• Frutos Deiscentes = frutos simples que abrem- se espontaneamente para liberar as sementes. 
Geralmente possuem o pericarpo maduro e contém pouca quantidade de água. 
• Folículo = derivado de uma única flor e apresenta uma única linha de deiscência 
longitudinal 
Exemplo: chichá 
• Legume = derivado de uma única flor e se abre através de duas linhas longitudinais 
Exemplo: feijão 
• Frutos Indeiscentes = frutos que não se abem espontaneamente quando estão maduros 
• Sâmara = fruto alado, com estrutura do pericarpo que lembram asas (ajuda com a 
dispersão das sementes) 
Exemplo: tipuana 
Pseudofrutos 
Os pseudofrutos são estruturas 
comestíveis que não são 
provenientes do desenvolvimento 
do ovário, mas sim o receptáculo 
ou o pedúnculo da flor. 
Exemplo: caju, maça etc. 
 
 
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18 | P á g i n a 
 
• Cariopse ou Grão = frutos típicos da família Poaceae, originado de um ovário unicarpelar 
em que a única semente que ele apresenta está unida totalmente às paredes do fruto. 
Exemplo: milho e arroz 
• Aquênio = frutos não alados, no qual a semente se une a parede do fruto, porém por apenas 
um ponto. 
Exemplo: girassol e margarida 
 
Classificação dos Frutos Carnosos 
Frutos carnosos são aqueles em que a parede do ovário aumenta em espessura após a polinização 
e a fecundação. Neles, os pericarpos são bem desenvolvidos e pelo menos em parte 
parenquimatosos e suculentos. 
1. Drupa 
• Oriundo de ovário unicarpelar 
• Monospérmico (única semente) 
• Exemplo: azeitona, manga etc. 
2. Baga 
• Fruto de ovário pluricarpelar 
• Polispérmico 
• Raramente pode apresentar apenas uma semente como a uva 
• Hesperídio = tipos de baga cujos frutos forma-se uma baga 
especial, com epicarpo coriáceo e endocarpo membranáceo 
dividido em gomos (glândulas oleíferas = glândulas dos vegetais que produzem gorduras). 
Exemplo: laranja 
Pepônio = tipos de bagas em que o pericarpo é carnoso 
e as placentas crescem preenchendo totalmente o 
lóculo do ovário em desenvolvimento, e as sementes 
são embebidas nesta polpa sucosa. Exemplo: melancia 
• Pomo = plantas cuja parte carnosa, comestível e que 
envolve os carpelos é chamada de hipanto 
(corresponde ao mesocarpo). Apresenta ovário ínfero 
(nos receptáculos florais), e mais de um carpelo. 
Exemplo: maça, pera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação das Sementes 
• Oleaginoso = sementes que apresentam substâncias lipídicas. Exemplo: girassol, algodão etc. 
• Córneo = sementes de parede muito espessadas e endurecidas devido ao acúmulo de reservas 
de carboidratos (principalmente celulose). Exemplo: café, tâmara etc. 
• Gelatinosas = sementes que quando entram em contato com a água liberam amido e se 
gelificam. Exemplo: arroz 
Dispersão das Sementes 
A dispersão das sementes é o processo de transferir ou espalhar as sementes de uma planta para 
um local diferente, longe de seus progenitores, para que germine uma nova. 
Esse processo ocorre através de mecanismos da própria planta ou por agentes externos como o 
vento, água e outros animais. 
• Barocoria = quando o peso gravitacional derruba os diásporos, e são dispersos 
secundariamente por animais ou água. 
• Autocoria = quando a própria planta (frutos secos ou bagas secas), dispersa suas sementes 
através de seus mecanismos e movimentos. 
• Agentes Dispersores = zoocoria – animais, hidrocoria – água, anemocoria – vento. 
 
▪ Evolução e Formação 
O grupo das Fanerógamas compõe seres predominantemente terrestres, eucariontes, pluricelulares 
e autótrofos (fotossintetizantes). Suas células possuem parede celular, cloroplasto e estômatos, 
além de possuírem amido como produto de reserva na planta. 
Transição: Meio Aquático – Meio Terrestre 
Acredita-se que as fanerógamas evoluíram a partir de um grupo de algas pluricelulares que não 
possuíam raiz, caule, folhas ou vasos condutores de seiva, pois no meio aquático elas absorviam as 
substâncias por toda a superfície do talo permeável. 
Então, a transição desse meio aquático à superfície terrestre envolveu uma adaptação estrutural 
quesubstituiu a constante presença de água, por uma quantidade que fosse possível sobreviverem 
(meio aquático = água constante -> meio terrestre menor constância de água). 
Essa passagem influenciou na reprodução das plantas, visto que antes os gametas se locomoviam 
na água através de seus flagelos, e depois se adaptaram ao ambiente terrestre. 
Adaptações Morfológicas 
• Raiz = eficiente mecanismo de absorção da água do solo 
• Mecanismo rápido de condução e armazenamento de água e nutrientes até células mais 
distantes dos centros de absorção. (exemplo: impermeabilização da folha, que ajuda a planta a 
manter a água nos tecidos) 
 
 
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20 | P á g i n a 
 
• Estômatos = importante estrutura que possibilita as trocas gasosas (entrada de gás carbônico 
e a saída do O2), facilitando o processo de respiração e fotossíntese. 
• Sustentação = tecidos rígidos que permitem maior sustentação para se manter em casos de 
ventos ou chuvas fortes (colênquima e esclerênquima). 
• Reprodução = se torna mais complexa (principalmente nas angiospermas) e os gametas 
adquirem diversas formas. 
• Evolução dos processos sexuados. 
• Ciclo de vida = haplonte-diplonte 
• Geração gametofítica = a formação dos gametas, antes da fecundação é haploide (n), pois 
sofre meiose 
• Geração esporofítica = depois do encontro dos gametas (fecundação) é diploide (2n) 
• Nas gimnospermas e angiospermas a oosfera corresponde ao gametófito feminino, e não o 
óvulo, que na verdade serve como estrutura que a abriga. 
• Gametófito masculino = pólen 
• Nas fanerógamas, ocorre a redução da fase gametofítica e o maior desenvolvimento da fase 
esporofítica. 
Observe abaixo: a fase esporofítica (em azul) e fase gametofítica (em amarelo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Características das Fanerógamas 
• Plantas Vasculares 
• Não dependem de água para que ocorra a fecundação 
• Gameta masculino sem flagelo e é transportado dentro do grão de pólen 
• União dos gametas forma o embrião dentro de uma semente = estrutura de reserva nutritiva e 
proteção (desidratação, patógenos etc.) 
• As fanerógamas são divididas em dois grupos = gimnospermas e angiospermas 
Criptógamas Fanerógamas 
 
 
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21 | P á g i n a 
 
• Gimnospermas = grupo das fanerógamas que possui raiz, caule, folha, estróbilos e 
sementes 
• Estrutura Reprodutora = Estróbilo = produz os gametas masculinos e femininos. Não 
possui pétalas, ovários, frutos ou elementos atrativos, e são polinizados pelo vento 
• Fecundação dos gametas femininos = semente 
• Não possuem ovários, logo, não produzem frutos, apenas sementes (nuas) 
 
• Angiospermas = grupo das fanerógamas que possui raízes, caule, folhas, flores, frutos e 
semente. 
• Estrutura Reprodutora = Flor = produz os gametas masculinos e femininos. Possui 
pétalas, ovários, frutos e elementos atrativos 
• Produz néctar = solução açucarada que atua como elemento atrativo para animais 
polinizadores (pássaros, borboletas, morcegos, abelhas etc.) 
• Fecundação dos gametas = semente 
• Fecundação do ovário = fruto 
 
 
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▪ Divisões das Gimnospermas 
1. Progimnospermas 
• Grupo de Progimnospermas mais antigos 
• Grupo entre criptógamas e fanerógamas (transição evolutiva) 
• Surgiu da linhagem que levaria às espermatófitas 
• Extintos 
• Não produziram sementes, e liberavam esporos como as 
samambaias 
• Gêneros: Archaeopteris e Callixylon 
2. Cycadophyta 
• Divisão de plantas de regiões tropicais e 
subtropicais, em que a maioria são plantas 
grandes 
• Alguns casos de caule subterrâneo, e folhas 
para fora 
• Apareceram a cerca de 320milhões de anos 
(coabitaram a terra com dinossauros) 
• Plantas dioicas 
3. Ginkgophyta 
• Divisão de folhas labeladas, crescimento lento e 
podendo atingir mais de 30m de altura 
• Decídua 
• Comuns na China e Japão 
• Resistentes a poluição (bioindicadores) 
• Plantas dioicas 
• Único representante vivo: Ginkgo biloba 
4. Coniferophyta 
• Divisão mais numerosos e de distribuição mais amplas 
• Conhecido como coníferas (possuem cones) 
• Já eram comuns nos períodos Permiano e no Triássico 
• Pertencem a divisão das plantas mais altas do mundo (sequoias), 
atingindo 117m de altura e 11m de diâmetro 
• Incluem pinheiros e abetos 
• Folhas das coníferas atuais: xeromorfas (adaptadas a viver em 
climas secos) 
Figura 1. Progimnospermas 
Figura 2. Cycadophyta 
Figura 3. Ginkgophyta 
Figura 4. Coniferophyta 
 
 
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23 | P á g i n a 
 
5. Gnetophyta 
• Divisão que se encontra nas famílias 
Welwitschiaceae, Ephedraceae, Gnetaceae 
que apresentam características diferentes 
• Gnetum: estróbilos agrupados que 
formam anéis, formando uma espécie de 
espiga, porém não se configuram flores 
 
• Ephedra: arbustos com folhas pequenas e 
caules aparentemente articulados 
• Welwitschia: maior parte da planta enterrada no solo, 
produz apenas duas folhas de crescimento contínuo 
(vive em desertos da África). 
 
 Figura 7. Welwitschia 
• Hipótese das Antophyta = ideia que sustenta o parentesco das Gnetophytas e Angiospermas, 
pois a divisão Gnetophyta possuem brácteas organizadas como um involucro, e seus 
microsporângios ficam sustentados no ápice do eixo, se assemelhando a estruturas de flores. 
Mas, apesar de validada, estudos moleculares recentes determinaram que essas estruturas não 
passam de estróbilos, e não flores. 
▪ Estróbilo 
Estrutura reprodutiva das gimnospermas. Pode ser: 
• Microestróbilo = estrutura masculina (pólen) possui o gameta masculino ou microsporófilo 
(núcleo espermático) 
• Megaestrobilo = estrutura feminina (óvulo) possui o gameta feminino ou megasprorófilo 
(oosfera) 
Ciclo de Vida (reprodução) 
1. Esporogênese e Gametogênese = gametas sofrem meiose em suas respectivas estruturas. Então 
o núcleo espermático (= pólen), e a oosfera (= óvulo). Tornando-se haploides (n) 
2. Polinização = O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, e o núcleo espermático é introduzido 
3. Fertilização = O núcleo espermático fecunda a oosfera. Ao mesmo tempo, no interior do óvulo 
um grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que futuramente será a 
semente. 
4. Embriogenia = com a fecundação forma-se o zigoto protegido pela semente. 
Figura 5. Gnetum 
Figura 6. Ephedra 
 
 
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▪ Importância Econômica e Ecológica 
• As gimnospermas muito utilizadas na extração de madeira, papel, gomas e resinas que são 
usadas como substâncias antissépticas. 
• Manutenção das florestas é a proteção que elas representam para as bacias hidrográficas 
 
▪ Hipóteses de Origem das Angiospermas 
Hipótese Pseudantial = teoria adotada pela escola de Engler, e diz que as Gnetales formariam o 
grupo irmão das angiospermas e as Chloranthaceae (grupo chave na origem das angiospermas), 
corroborado pelo registro fóssil Crane et al. 1989. 
De acordo com os estudos, as flores primitivas das angiospermas seriam: 
• Flores pequenas 
• Flores simples 
• Monóicas 
• Simetria bilateral 
• Carpelo com um ou poucos 
óvulos 
• Polinizadas pelo vento 
 
 
 
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Hipótese Antostrobilar ou Euantial = criada por Delphino e Bessey (apesar de desenvolvida por 
Takhtajan e Cronquist). Essa teoria se baseia na hipótese de homologia entre as flores de 
angiospermas e os estróbilos bissexuados encontrados nas Bennettiales. 
Assim, as flores seriam: 
• Grandes e radialmente simétricas 
• Estruturas reprodutivas e vegetativas 
numerosas 
• Livres e dispostas espiraladamente 
• Estames laminares 
• Carpelos com muitos óvulos 
• Polinizada por besouros 
• Flores vistosas 
 
▪ Evolução das Angiospermas Primitivas 
Magnoliidaes (Cronquist, 1988) 
Nas Magnoliidaes são encontradasas maiorias das características primitivas das angiospermas. O 
botânico John Cronquist estudou e deixou explicito que se forma um grupo parafilético de onde 
teriam evoluídos as demais subclasses. 
Características que se desenvolveram ao longo da evolução que 
formaram as Angiospermas 
• Tendência a fixação do número floral em 3,4 e 5 
• Desenvolveu-se um padrão verticilado das peças facilitando a formação de gineceus 
sincárpicos. 
• Estames passaram a ter maior quantidade de tecidos ao redor dos sacos polínicos 
• Tornou-se mais difícil a diferenciação entre anteras e filetes 
Classificação – Posição do Ovário 
• Hipógina = (ovário súpero) flor que o ovário se coloca no receptáculo em um ponto que 
fica acima do plano em que as outras peças se fixam 
• Perígina = (ovário médio) flor em que as demais peças estão em um plano que “corta” o 
ovário. 
• Epígina = (ovário ínfero) flor em que o ovário é envolvido pelo receptáculo, ficando 
abaixo do plano das outras peças florais. 
 
 
 
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26 | P á g i n a 
 
• Estames laminares eram supostamente primitivos, mas como as plantas desse grupo são 
frequentemente polinizadas por besouros, reversões para esse estado poderiam ser 
justificadas na tentativa de maior proteção dos sacos polínicos 
• Angiospermas passaram a produzir toxinas mais específicas (diferente das gimnospermas que 
possuía um investimento maciço em lignina e taninos para maior proteção e repelência) 
• A produção de compostos mais específicos surgiu com a redução da cadeia metabólica 
envolvida na produção de lignina e taninos 
• A diminuição lignina permitiu a diversificação de uma série de compostos químicos como 
alcaloides e terpenoides (atua na atração de polinizadores pelo odor) 
 
▪ Monocotiledôneas e Dicotiledôneas 
O cotilédone é a primeira ou cada uma das primeiras folhas de um embrião, sua função é (na 
maioria das vezes) o armazenamento de reservas que serão utilizadas na germinação. 
Além disso, os cotilédones as características principais que dividem o grupo das Angiospermas, 
formando dois grupos: monocotiledôneas e dicotiledôneas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distribuição dos 
Vasos no Caule 
• Sifonostelo = tipo 
de estelo em que o 
sistema vascular se 
dispõe em torno do 
tecido 
parenquimatoso 
central. 
• Atactostelo = tipo 
de estelo em que os 
feixes vasculares se 
encontram dispostos 
irregularmente no 
tecido fundamental. 
 
 
 
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▪ Ciclo de Vida 
1. Esporogênese = processo de formação de esporos (grãos de pólen) em órgãos sexuais 
masculinos de uma planta. 
2. Desenvolvimento dos Gametófitos e Gametogênese = o processo de formação de gametas, 
tornando-os haploides (n) 
3. Polinização = transferência do pólen à estrutura reprodutiva feminina (óvulo) 
4. Fertilização = união dos gametas reprodutivos (fecundação) que gera o embrião 
5. Embriogenia e Desenvolvimento da Semente e do Fruto = desenvolvimento do embrião, da 
semente (proteção do embrião) e do fruto (desenvolvimento do ovário) 
▪ Fecundação Dupla 
Processo que ocorre na fertilização das angiospermas é 
resultado de uma fecundação dupla, que consiste na formação 
do embrião e do tecido de reserva (que irá nutrir o embrião). 
• Saco Embrionário = é uma massa no centro do óvulo das 
angiospérmicas que contém a oosfera e os núcleos polares 
• Núcleos Polares ou Secundários = são núcleos celulares 
(n) presentes na célula central do saco embrionário (n). 
(Ao lado, imagem do óvulo das angiospermas) 
No momento da fecundação, o núcleo espermático ao invés de fecundar apenas 1 oosfera (como nas 
gimnospermas), irá fecundar a oosfera e o dois núcleos polares (ambos haploides), formando não 
só o embrião, mas a endosperma (tecido de reserva).

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