Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Botânica 2020 FUNGO NÃO É PLANTA @fungonaoeplanta Fanerógamas @fungonaoeplanta ▪ Morfologia Vegetal.................................................................pg.1 Célula Vegetal Parede Vegetal Cloroplasto Plastídio Vacúolos ▪ Histologia Vegetal..................................................................pg.3 Meristema Primário Meristema Secundário Anexos da Epiderme Tecidos de Preenchimento Tecidos de Sustentação Tecidos de Condução ▪ Órgãos Vegetativos.................................................................pg.5 Raiz Caule Folha Flor Inflorescência Polinização Fruto e Semente ▪ Fanerógamas........................................................................pg.19 Evolução e Formação Características Gerais das Fanerógamas ▪ Gimnospermas.....................................................................pg.22 Divisões das Gimnospermas Estróbilo Importância Econômica e Ecológica ▪ Angiospermas.......................................................................pg.24 Hipóteses de Origem das Angiospermas Evolução das Angiospermas Primitivas Monocotiledôneas e Dicotiledôneas Ciclo de Vida Fecundação Dupla @fungonaoeplanta 1 | P á g i n a ▪ Célula Vegetal A célula vegetal assim como a animal é eucariótica, ou seja, possui núcleo delimitado por membrana nuclear. Além disso, também apresenta parede celular, cloroplastos e vacúolos, fora as organelas comuns de um eucarionte. ▪ Parede Celular Revestindo a célula, além das membranas internas e externas, vemos a parede celular, que confere proteção, restringe a distensão do protoplasto, determina a forma e tamanho da célula e está envolvida no controle de entrada e saída de substâncias. Se trata de uma camada semirrígida, totalmente permeável e de grande resistência e tensão. Divisão da Parede Celular • Parede célula primária = composta por pectina e hemicelulose. • Parede celular secundária = composta por celulose. • Lamela média = responsável por unir uma célula e outra e é composta por pectina e carboidratos. • Plasmodesmos = canais responsáveis pela passagem de substâncias entre uma célula e outra. Composição Química da Parede Celular • Celulose (C6H10O5) n = constitui a rigidez da parede celular. • Lignina = conhecida como lenhina, é uma molécula tridimensional amorfa, apresenta rigidez, resistência e força. • Pectina = polissacarídeo, é multifuncional pois atua na manutenção da intercelular. Protoplasto Região da membrana plasmática, núcleo e citoplasma. Digestão de Celulose Os animais que possuem bactérias em seus tratos digestivos, capazes de metabolizar a celulose, são chamados de ruminantes. Atenção = As substâncias acima são encontradas em abundância em plantas terrestres. @fungonaoeplanta 2 | P á g i n a ▪ Cloroplasto Os cloroplastos são organelas celulares que participam do processo de fotossíntese, que consiste no processo de formação de carboidratos utilizando gás carbônico e água na presença de luz. Na parte interna dessa organela, encontramos: • Membrana Interna e Externa. • Lamela = servem como uma estrutura de esqueleto. • Clorofila = substância que funciona como uma “antena que capta a luz, para o processo da fotossíntese. • Tilacóides = grânulos verdes que contém clorofilas e desempenha um papel fundamental na absorção da luz. São compostos por lúmen, e sua própria membrana • Grana ou Granum = conjunto de tilacóides. • Estroma = é todo o espaço dentro do cloroplasto (entre os tilacóides e a membrana interna) • DNA Circular = genoma próprio do cloroplasto ▪ Plastídios Os plastídios ou plastos são um grupo de organelas encontrados nas células das plantas e das algas, responsáveis pela fotossíntese. São originados dos Proplastos, que são percursores para a formação dos demais plastídios, ou seja, se diferenciam de acordo com sua função e formando cloroplastos, cromoplastos etc. • Cloroplasto = pigmentos fotossintetizantes (clorofila A e B) • Cromoplastos = surgem a partir de dos cloroplastos, portam pigmentos carotenoides, xantofilas, antocianinas etc. Presentes em estruturas coloridas como pétalas, frutos e algumas raízes. • Leucoplastos = Não possuem pigmentos e podem armazenar várias substâncias. Podem ser: aminoplastos (armazenam amido), proteinoplastos (proteína), elaioplastos (lipídeos) ▪ Vacúolos Organelas produzidas pelo complexo de golgi que fazem o armazenamento de substâncias, controle osmótico, manutenção do pH da célula, digestão de componentes celulares, pigmentação de flores e frutos e defesa contra patógenos e herbívoros. @fungonaoeplanta 3 | P á g i n a ▪ Meristemas Primários A célula responsável por originar tecidos vegetais é o meristema ou células meristemáticas. As células meristemáticas são pluripotentes e não possuem especialização, pois contém elementos para se multiplicar, diferenciar e especializar dependendo da função do tecido que irá formar, atuando no crescimento e cicatrizações da planta. • Meristemas apicais = células novas que formam tecidos primários, e podem ser encontradas nas extremidades de caules, ramificações, raízes etc. • Crescimento vertical da planta = utiliza-se das células meristemáticas apicais para formar os tecidos primários em sentido vertical (de crescimento). Tecidos Primários Originados dos Meristemas Apicais • Protoderme = camada mais externa que originará a epiderme. • Procâmbio = que futuramente serão os tecidos vasculares primários, chamados protoxilema e protofloema. • Meristema Fundamental = formará os tecidos de preenchimento (parênquima), tecidos de sustentação (colênquima e esclerênquima), e mais tarde revestirá o procâmbio por dentro e por fora. ▪ Meristemas Secundários São as células que se originam por desdiferenciação, ou seja, quando células especializadas e adultas, voltam ao estágio meristemático. • Meristemas laterais = são as células utilizadas nos meristemas secundários, ocorre no momento de crescer espessuras, e são encontrados em paralelo com a raiz e o caule e formam o câmbio e o felogênio. • Crescimento Lateral da Planta = utiliza-se de meristemas laterais para a formação de espessuras para formar os tecidos secundários em sentido lateral. • Tecidos de Vasculares Secundários: Metaxilema e o Metafloema Tecidos Secundários Originados dos Meristemas Laterais • Cambio Vascular = originado de células do procâmbio ou parenquimatosas, dão origem ao tecidos vasculares secundários localiza-se no cilindro central (exterior ao xilema primário e interior ao floema primário). Pluripotente possuem alta capacidade de diferenciação. @fungonaoeplanta 4 | P á g i n a • Câmbio Suberofelogênio = originada da epiderme, do floema ou de células do córtex. Encontra- se logo abaixo da epiderme, seu meristema se chama felogênio. ▪ Anexos da Epiderme • Pelos = prolongamentos da epiderme, podem realizar absorção, secretar odor, substâncias urticantes, néctar e enzimas digestivas. Encontram se nas raízes. • Cutícula = células da própria epiderme que secretam substâncias impermeabilizantes, que formam uma película de revestimento (cutícula). É formado principalmente pelo polímero feito de ácidos graxos, cutina. • Hidatódios = eliminam, nas bordas das folhas, água em forma líquida (gutação). Esse processo varia de acordo com os fatores ambientais. • Troca de Gases = ocorre através dos estômatos da epiderme, através das lenticelas presentes do súber. • Lenticelas = pequenas aberturas que permitem a entrada e saída de gases nas raízes e caules suberificados. • Acúleos = estruturas rígidas e pontiagudas, impregnados de cutina, atuam para a defesa do vegetal e se destaca comfacilidade (o que o torna diferente dos espinhos) ▪ Tecidos de Preenchimento • Parênquima Clorofiliano = converte energia luminosa em energia química. - células cilíndricas - vacúolos grandes - empurram os cloroplastos contra a parede, facilitando a absorção de gás carbônico. • Parênquima de Reserva = plastos acumulam amido - desaparecimento dos vacúolos e outras organelas - lugares para armazenamento de substâncias • Aerênquima = facilita a circulação de gases e flutuação. - grandes espaços intercelulares - células retangulares • Parênquima Aquífero = armazena água - desenvolvido - plantas acumuladoras de água ▪ Tecidos de Sustentação • Colênquima = possui plasticidade, espessamento das paredes primárias e alta capacidade de divisão. Ocorre em órgão jovens, e é encontrado na região periférica do caule. Raramente terão raízes. Ritidoma Camada externa da casca das árvores, constituída de células mortas. Atua como isolante térmico, evita desidratação e protege a planta contra choques mecânicos. @fungonaoeplanta 5 | P á g i n a • Esclerênquima = formam uma camada protetora ao redor do caule, sementes e frutos imaturos. Dá sustentação, por isso, vento, passagem de animais e outros fatores externos, não causam alteração definitivas na planta. ▪ Tecidos de Condução Os tecidos de condução são compostos pelo Xilema e Floema. Caso estejamos nos referindo ao meristema primário será sobre protoxilema e protofloema, já no secundário corresponde ao metaxilema e metafloema. • Anéis de Crescimento = zonas de árvores que se intercalam e variam dependendo da estação: lenho primaveril (primavera verão) e lenho estival (outono e inverno). Contando esses anéis, pode-se identificar a idade aproximada de uma árvore. • Cerne = parte do lenho que perdeu as funções de condução e reserva (por estarem mortas). Com o tempo o cerne perde água e recebe óleos, resinas, gomas etc. • Alburno = parte funcional do lenho, realizando condução normalmente (cerne + alburno=xilema) ▪ Raiz A raiz é um órgão aclorofilado que fixa a planta ao solo, absorve água e sais minerais e armazena substâncias. Sua anatomia de acordo com seu desenvolvimento: • Radícula = estrutura que dará origem a raiz • Hipocótilo = desenvolvimento da radícula • Cotilédones = folha modificada cuja função é nutrir a planta antes do surgimento das folhas Atenção = Algumas plantas têm a capacidade de desenvolver raiz a partir de partes como caule e folha. Por exemplo: suculenta, violeta etc. Lignina Lignina = é uma substância amorfa, presente na parede celular do esclerênquima. É formada pela polimerização de vários álcoois, tem a função de conferir maior rigidez à parede, além de atuar contra a oxidação e ação de microrganismos @fungonaoeplanta 6 | P á g i n a Internamente, a raiz é variada e mais primitiva que o caule. Sua estrutura primária mostra nitidamente a separação entre: epiderme (dérmico), córtex (sistema fundamental) e os tecidos vasculares (sistema vascular). A maioria das plantas também apresentam pelos na raiz, para auxiliar na absorção da água do solo. Quanto as regiões, podemos dividi-la em 4: coifa, zona meristemática, zona de alongamento e zona de maturação. • Coifa = camada encontrada no ápice da raiz, protege as células meristemáticas de injúrias, faz a percepção da gravidade e a sinalização de repostas. • Zona Meristemática = área de constante divisão celular para que se formem diferentes tecidos. • Zona Lisa ou de Alongamento = área que se estende para produzir xilema, floema e córtex. • Zona Pilífera ou de Maturação/Absorção = área em que a diferenciação celular está completa, pronta. Apresenta absorção de água, solutos e tecido vascular. Classificação das Raízes 1. Quanto a raízes subterrâneas: • Pivotante = aquela que é possível de identificar a principal das ramificações a olho nu. • Adventícia = não é possível identificar a raiz principal das ramificações a olho nu. • Tuberosa = tipo de raiz que acumula grandes quantidades de amido, e podem ser classificadas em pivotantes e adventícias também. 2. Quanto ao suporte: • Raiz Suporte ou Escora = quando o caule é muito fraco e a raiz é responsável por parte do suporte da planta. • Raiz Estranguladora = raízes adventícias que se envolvem e abraçam outro vegetal. @fungonaoeplanta 7 | P á g i n a • Raiz Tabular = raiz lateralmente achatada que ocorrem em plantas de grande porte, auxiliam na fixação e estabilidade da arvore. • Raiz Respiratória ou Pneumatóforo = se desenvolvem em locais alagadiços em que o solo é pobre em oxigênio, portanto, crescem emergindo da água e absorvem o oxigênio atmosférico. 3. Quanto a interação ecológica • Raiz sugadora ou Haustório = plantas consideradas parasitas por viverem as custas de outra planta. • Ectomicorrizas = envolvimento com fungos que envolve o ápice radicular sem penetrar nos tecidos. • Endomicorrizas = quando a interação ecológica envolve penetração na raiz, e a invasão do interior das células corticais. Atenção = Nem toda raiz estranguladora é sugadora. As raízes estranguladoras apenas utilizam outra planta de suporte, não necessariamente está parasitando e roubando os nutrientes. • Raiz velame = estrutura presente em raízes aéreas que tem a função de absorver a água da atmosfera. • Raiz Grampiforme = prendem o vegetal em suportes com um formato de grampo, como muros e estacas. Micorrizas É o nome que se da a associação de fungos com as raízes de determinadas plantas. @fungonaoeplanta 8 | P á g i n a ▪ Caule O caule é a parte das plantas que dá suporte, acumula reservas de água e atua como estruturas de propagação vegetativa (reprodução). É formado pelas células meristemáticas do epicótilo. Morfologia do Caule • Gema apical = extremidades do caule que é formada por células que se reproduzem intensamente (devido ao crescimento) • Gema Lateral ou Axial: onde originam os brotos, folhas ou flores • Nó = ponto na qual partem as folhas ou ramos laterais. • Entrenó ou gomo = área entre dois nós Propagação Vegetativa Propagação vegetativa é o processo responsável por realizar reproduzir e multiplicar a planta, originado indivíduos geralmente idênticos à planta-mãe. O primeiro método é o de Estaquia, que consiste no plantio de pequenas estacas do caule, que são plantados em meio úmido, desenvolvendo novas plantas. É utilizado com plantas adventícias, e geralmente o caule é tratado com hormônios antes de serem plantados. Outro meio é o Enxerto, em que se une o caule de duas plantas de diferentes espécies. Então corta-se a parte desejada, e fixa-se no caule de outra que permanece enraizada no chão. Classificação dos Caules 1. Quanto a caules eretos: • Tronco = caule muito resistente de maior desenvolvimento na base • Haste = caule fino e delicado (plantas herbáceas) • Estipe = caule longo, sem ramificações e com folhas desenvolvidas na extremidade superior • Colmo = caules em que é possível identificar nitidamente os nós e entrenós @fungonaoeplanta 9 | P á g i n a 2. Quanto a caules subterrâneos: • Tubérculos = caules com grande reserva de substâncias nutritivas • Rizomas = caules subterrâneos que crescem horizontalmente, e costumam se ramificar bastante • Bulbo = quando o caule e a folha são subterrâneos. Na parte inferior partem as raízes, e na superior folhas que possuem reservas nutritivas. 3. Quanto a caules rastejantes • Sarmento = caule rastejante que apresenta apenas um ponto de enraizamento. Exemplo: abobora, melancia • Caules Trepadores = finos, longose crescem enrolados sob algum suporte. Apresentam ramos modificados, chamados gavinhas, que auxiliam na fixação da planta no apoio. Adaptações do Caule • Espinhos: originam-se do caule ou da folha. No caso do caule são curtos com ponta afilada que protegem a planta. • Acúleo: estruturas pontiagudas originadas da epiderme que são facilmente destacáveis, porém são diferentes dos espinhos!! • Cladódios: caules adaptados a realizar fotossíntese e armazenar água • Filocládios: Cladódio com forma laminar • Estolão = caule rastejante que produz gemas em vários pontos que originam plantas completas. Exemplo: morango @fungonaoeplanta 10 | P á g i n a ▪ Folhas Folha é a parte da planta caracterizada pela presença de cloroplastos, e por um grande volume de espaços intercelulares. Os tecidos das folhas são compostos por: • Cutícula = parte mais externa composta por cutina • Epiderme Superior = tecido de revestimento • Parênquima Clorofiliano = conjunto de parênquimas que realizam sustentação • Epiderme inferior = tecido de revestimento inferior • Mesofilo = área entre a epiderme superior e inferior. A Nervação ou Venação é uma classificação de valor taxonômico, ou seja, pode ajudar a identificar a planta, e consiste na disposição do conjunto de nervuras da folha. Morfologia da Folha • Limbo = superfície achatada da folha (lâmina foliar) • Pecíolo = haste que fixa a folha no caule • Bainha = região terminal e dilatada do pecíolo que encosta no caule • Estípulas = projeções filamentosas que ocorrem na região basal da folha • Nervura Central = vaso principal que da origem á nervuras secundárias • Nervura Secundária = vasos que partem da nervura central Classificação das Folhas 1. Completa e Incompleta: • Folhas Completas = apresentam limbo, pecíolo e bainha • Folhas Incompletas = faltam pecíolo, estípulas ou bainha Bainha É a parte da folha em que se prende ao caule ou folha. @fungonaoeplanta 11 | P á g i n a 2. Simples e Composta: • Folhas Simples = folhas que têm apenas um limbo (mais comuns) • Folhas Compostas = folhas de limbo dividido 3. Imparipenadas e Paripenadas: • Folhas Imparipenadas = número ímpar de folhas • Folhas Paripenadas = número par de folhas 4. Quanto a caule, bainha e estípula • Folhas Ócrea = são folhas cujas estípulas são grandes e se abraçam ao redor do caule • Folha Invaginante = possui uma grande bainha para aumentar a fixação • Folha Séssil = quando o caule fixa diretamente e apenas no limbo ▪ Flor Flor é uma folha que perdeu a capacidade fotossintetizante e atua como estrutura de reprodução. Das estruturas da flor, temos: • Cálice = estrutura estéril que compreende o conjunto de sépalas • Corola = estrutura estéril que compreende o conjunto de pétalas • Perianto = união de cálice e corola • Estame = estrutura fértil • Carpelos = estrutura fértil • Pedúnculo Floral ou Pedicelo = eixo caulinar de crescimento da flor, fixando-a no ramo • Receptáculo Floral = sustenta a relação da flor com o pedúnculo e onde se insere os elementos florais Classificação das Flores 1. Quanto a presença de estruturas florais: • Aclamídea = flores que não apresenta nenhuma das duas estruturas de cálice e corola (zero estruturas). • Monoclamídea = flores que tem apenas uma das estruturas, cálice ou a corola (uma estrutura) • Diclamídea = flores completas, que apresentam ambas as estruturas de cálice e corola (duas estruturas) 2. Quanto ao perianto: • Heteroclamídea = quando as sépalas e pétalas foram diferentes visualmente (foto 2). • Homoclamídea = quando a sépalas e a pétalas forem iguais quanto a cor e tamanho. (foto 1). 1. 2. @fungonaoeplanta 12 | P á g i n a 3. Quanto ao cálice (sépalas): • Cálice Dialissépalo = quando as sépalas são separadas, livres (foto 2). • Cálice Gamossépalo = quando as sépalas se apresentam mais juntas, fundidas (foto 1). 4. Quanto a corola (pétalas): • Corola Dialissépalo = pétalas livres, que permite a observação das estruturas femininas e masculinas (foto 2). • Corola Gamossépalo = pétalas unidas, tanto que as estruturas femininas e masculinas ficam “para dentro” (foto 1). 5. Quanto a Simetria • Actinomorfa = mais de um plano de divisão/simetria. • Zigomorfa = um único plano de divisão. • Assimétrica = sem plano de simetria. Reprodução das Flores Os verticilos reprodutores são: • Androceu = estrutura masculina composta pelos estames • Gineceu = estrutura feminina formada pelos carpelos Classificando as flores quanto a estrutura reprodutiva, podemos observar as Monóclinas ou Hermafroditas, quando tiverem ambas as estruturas de androceu e gineceu, e Díclinas, quando obtém apenas uma das estruturas. 1. 2. 1. 2. @fungonaoeplanta 13 | P á g i n a Morfologia do Androceu • Androceu = conjunto de estames • Estames = conjunto de filete e antera • Filete = parte delegada a sustentação da antera • Antera = parte do estame onde se forma e armazena o pólen Morfologia do Gineceu • Gineceu = conjunto dos carpelos • Capelos = conjunto de ovário, estilete e estigma (pode ter mais que uma dependendo da espécie) • Ovário = parte inferior do capelo, onde se formam os óvulos (se desenvolvida, dará origem ao fruto). • Estigma = extremidade do cabelo em que se fixa e germina o pólen • Óvulo = corpo dentro do ovário que contém as células reprodutoras femininas (após a fecundação, gerará a semente) • Estilete = parte entre o ovário e o estigma Resumindo: @fungonaoeplanta 14 | P á g i n a Morfologia do Gineceu 1. Quanto ao número de carpelos: • Simples = flor com apenas um carpelo • Apocárpico = vários carpelos livres entre si • Sincárpico = vários carpelos unidos entre si 2. Quanto ao número de lóculos: • Unicarpelar e Unilocular = quando tiver um carpelo e um lóculo • Pluricarpelar e Unilocular = mais de um carpelo e um único lóculo • Pluricarpelar e Plurilocular = mais de um carpelo e mais de um lóculo ▪ Inflorescência A inflorescência é um conjunto de flores reunidas em uma estrutura única, e que dá origem a uma infrutescência. São alguns exemplos de inflorescência: • Espiga = flores sésseis que crescem em toda a extensão do eixo principal (foto 1) • Umbela = flores que partem do mesmo eixo e possuem a mesma altura (foto 2) • Corimbo = flores que partem de eixos diferentes, mas atingem a mesma altura (foto 3) • Racemo ou Cacho = flores que se distribuem aleatoriamente no ramo principal Lóculo Cavidades geradas por divisórias dentro do ovário, espaços. 1. 3. 2. 4. @fungonaoeplanta 15 | P á g i n a Classificação das Inflorescências Conjunto de flores ou qualquer sistema de ramificação que termine em flores, se caracteriza pela presença do pedúnculo. São tipos de inflorescências: • Corimb0 = é um tipo especial de racemo da qual as flores são inseridas em diferentes alturas no eixo principal (foto 1). • Panícula = é um racemo composto de um eixo racemoso principal que sustenta dois ou mais cachos/eixos que recaem para baixo (foto 2). • Ciático = flores unissexuais dispostas em conjuntos que são protegidos por brácteas (foto 3 – a parte roxa da flor primavera corresponde a bráctea, enquanto a flor real, branca, se encontra protegida dentro) • Espádice = inflorescência que possui eixo espessado, e contém flores apendunculadas (sem pedúnculo. ▪ Polinização A polinização é o processo de transferência do pólen de uma planta para a outra, então ocorre transferências de células reprodutivas masculinas (núcleos espermáticos) através dosgrãos de pólen (espermatozoides das plantas) que estão localizados nas anteras de uma flor, para o receptor feminino (estigma) de outra flor (da mesma espécie), ou para o seu próprio estigma.Os tipos de polinização são classificados quanto ao meio, então temos: • Vento (anemofilia) • Água (hidrofilia) • Insetos (entomofilia) • Homem (antropofilia) Brácteas Estruturas foliáceas associadas às inflorescências das Angiospermas. Têm origem foliar e a função original de proteger a inflorescência ou as flores em desenvolvimento. @fungonaoeplanta 16 | P á g i n a Tipos de Polinização: Processo de transporte do pólen produzido nas anteras de uma for masculina ao estigma de uma flor feminina. 1. Polinização Direta ou Autopolinização • Transferência do pólen da antera para o estigma da mesma flor • Plantas monoicas = pois no mesmo indivíduo há ambos os órgãos femininos e masculinos. • Pouco Recorrente = não ocorre tanto devido aos meios de evitar a polinização desenvolvidos pelas próprias flores • Ausência de Variabilidade Genética = pois haverá apenas os genes da própria planta 2. Polinização Indireta ou Cruzada • Transporte de pólen entre flores diferentes • Plantas de Mesma Espécie = ocorre com flores diferentes, porém da mesma espécie • Plantas Monoicas e Dioicas = é possível ocorrem em ambos os tipos de flor • Maior Variabilidade Genética = devido aos genes seres de flores diferente Meios de Evitar a Autopolinização 1. Tempo de Maturação Consiste em fazer com que o estigma e a antera tenham tempos diferentes de maturação, assim, os órgãos reprodutivos não estarão preparados para se polinizar ao mesmo tempo. Por Exemplo: em uma flor monoica em que o gineceu estiver preparado/maturado para receber pólen, o androceu ainda estará produzindo-o. Assim, a flor estará preparada para receber o material de plantas diferentes (polinização cruzada), e não será p0ossível a autopolinização. 2. Diferença de Tamanho Quando a antera e o estigma estiverem em alturas distantes a ponto de dificultar a autopolinização. 3. Incompatibilidade Genética Recurso desenvolvido por certas flores em que, apesar de os materiais terem sidos produzidos pela mesma planta, ocorre a incompatibilidade dos genes, tornando impossível a autopolinização. @fungonaoeplanta 17 | P á g i n a ▪ Frutos e Sementes O fruto é a estrutura carnosa das plantas angiospermas que se desenvolve a partir da parede do ovário. Já a semente é o resultado da fecundação do óvulo (por um pólen). • Partenocárpico= frutos que não têm semente, pois apesar da parede do ovário se desenvolver, o óvulo não é fecundado. Por exemplo: a banana Morfologia do Fruto • Pericarpo = paredes do ovário da flor • Endocarpo = camada mais interna e fina das células epiteliais, rodeia o lóculo e onde se localiza a semente • Mesocarpo = camada intermédia e carnosa, resulta do tecido fundamental das paredes do ovário (parênquimas) e é rico em substâncias nutritivas e saborosas • Epicarpo = formam a casca do fruto, é camada mais externa que resulta das células epidérmicas que envolvem o ovário e o carpelo Classificação dos Frutos 1. Número de ovários • Frutos Simples = derivados de um único ovário e única flor. Exemplo: cereja, tomate etc. • Frutos Agregados = derivados de muitos ovários (apocárpicos), porém uma única flor Exemplo: fruta-do-conde, magnólia etc. • Frutos Múltiplos = resultado do amadurecimento de muitos ovários, e de muitas flores (inflorescência). Quando fecundados geram uma unidade de frutos fundidos, denominado infrutescência Exemplo: abacaxi, jaca, amora, figo etc. 2. Modo de Abertura: deiscência ou indeiscência • Frutos Deiscentes = frutos simples que abrem- se espontaneamente para liberar as sementes. Geralmente possuem o pericarpo maduro e contém pouca quantidade de água. • Folículo = derivado de uma única flor e apresenta uma única linha de deiscência longitudinal Exemplo: chichá • Legume = derivado de uma única flor e se abre através de duas linhas longitudinais Exemplo: feijão • Frutos Indeiscentes = frutos que não se abem espontaneamente quando estão maduros • Sâmara = fruto alado, com estrutura do pericarpo que lembram asas (ajuda com a dispersão das sementes) Exemplo: tipuana Pseudofrutos Os pseudofrutos são estruturas comestíveis que não são provenientes do desenvolvimento do ovário, mas sim o receptáculo ou o pedúnculo da flor. Exemplo: caju, maça etc. @fungonaoeplanta 18 | P á g i n a • Cariopse ou Grão = frutos típicos da família Poaceae, originado de um ovário unicarpelar em que a única semente que ele apresenta está unida totalmente às paredes do fruto. Exemplo: milho e arroz • Aquênio = frutos não alados, no qual a semente se une a parede do fruto, porém por apenas um ponto. Exemplo: girassol e margarida Classificação dos Frutos Carnosos Frutos carnosos são aqueles em que a parede do ovário aumenta em espessura após a polinização e a fecundação. Neles, os pericarpos são bem desenvolvidos e pelo menos em parte parenquimatosos e suculentos. 1. Drupa • Oriundo de ovário unicarpelar • Monospérmico (única semente) • Exemplo: azeitona, manga etc. 2. Baga • Fruto de ovário pluricarpelar • Polispérmico • Raramente pode apresentar apenas uma semente como a uva • Hesperídio = tipos de baga cujos frutos forma-se uma baga especial, com epicarpo coriáceo e endocarpo membranáceo dividido em gomos (glândulas oleíferas = glândulas dos vegetais que produzem gorduras). Exemplo: laranja Pepônio = tipos de bagas em que o pericarpo é carnoso e as placentas crescem preenchendo totalmente o lóculo do ovário em desenvolvimento, e as sementes são embebidas nesta polpa sucosa. Exemplo: melancia • Pomo = plantas cuja parte carnosa, comestível e que envolve os carpelos é chamada de hipanto (corresponde ao mesocarpo). Apresenta ovário ínfero (nos receptáculos florais), e mais de um carpelo. Exemplo: maça, pera. @fungonaoeplanta 19 | P á g i n a Classificação das Sementes • Oleaginoso = sementes que apresentam substâncias lipídicas. Exemplo: girassol, algodão etc. • Córneo = sementes de parede muito espessadas e endurecidas devido ao acúmulo de reservas de carboidratos (principalmente celulose). Exemplo: café, tâmara etc. • Gelatinosas = sementes que quando entram em contato com a água liberam amido e se gelificam. Exemplo: arroz Dispersão das Sementes A dispersão das sementes é o processo de transferir ou espalhar as sementes de uma planta para um local diferente, longe de seus progenitores, para que germine uma nova. Esse processo ocorre através de mecanismos da própria planta ou por agentes externos como o vento, água e outros animais. • Barocoria = quando o peso gravitacional derruba os diásporos, e são dispersos secundariamente por animais ou água. • Autocoria = quando a própria planta (frutos secos ou bagas secas), dispersa suas sementes através de seus mecanismos e movimentos. • Agentes Dispersores = zoocoria – animais, hidrocoria – água, anemocoria – vento. ▪ Evolução e Formação O grupo das Fanerógamas compõe seres predominantemente terrestres, eucariontes, pluricelulares e autótrofos (fotossintetizantes). Suas células possuem parede celular, cloroplasto e estômatos, além de possuírem amido como produto de reserva na planta. Transição: Meio Aquático – Meio Terrestre Acredita-se que as fanerógamas evoluíram a partir de um grupo de algas pluricelulares que não possuíam raiz, caule, folhas ou vasos condutores de seiva, pois no meio aquático elas absorviam as substâncias por toda a superfície do talo permeável. Então, a transição desse meio aquático à superfície terrestre envolveu uma adaptação estrutural quesubstituiu a constante presença de água, por uma quantidade que fosse possível sobreviverem (meio aquático = água constante -> meio terrestre menor constância de água). Essa passagem influenciou na reprodução das plantas, visto que antes os gametas se locomoviam na água através de seus flagelos, e depois se adaptaram ao ambiente terrestre. Adaptações Morfológicas • Raiz = eficiente mecanismo de absorção da água do solo • Mecanismo rápido de condução e armazenamento de água e nutrientes até células mais distantes dos centros de absorção. (exemplo: impermeabilização da folha, que ajuda a planta a manter a água nos tecidos) @fungonaoeplanta 20 | P á g i n a • Estômatos = importante estrutura que possibilita as trocas gasosas (entrada de gás carbônico e a saída do O2), facilitando o processo de respiração e fotossíntese. • Sustentação = tecidos rígidos que permitem maior sustentação para se manter em casos de ventos ou chuvas fortes (colênquima e esclerênquima). • Reprodução = se torna mais complexa (principalmente nas angiospermas) e os gametas adquirem diversas formas. • Evolução dos processos sexuados. • Ciclo de vida = haplonte-diplonte • Geração gametofítica = a formação dos gametas, antes da fecundação é haploide (n), pois sofre meiose • Geração esporofítica = depois do encontro dos gametas (fecundação) é diploide (2n) • Nas gimnospermas e angiospermas a oosfera corresponde ao gametófito feminino, e não o óvulo, que na verdade serve como estrutura que a abriga. • Gametófito masculino = pólen • Nas fanerógamas, ocorre a redução da fase gametofítica e o maior desenvolvimento da fase esporofítica. Observe abaixo: a fase esporofítica (em azul) e fase gametofítica (em amarelo) ▪ Características das Fanerógamas • Plantas Vasculares • Não dependem de água para que ocorra a fecundação • Gameta masculino sem flagelo e é transportado dentro do grão de pólen • União dos gametas forma o embrião dentro de uma semente = estrutura de reserva nutritiva e proteção (desidratação, patógenos etc.) • As fanerógamas são divididas em dois grupos = gimnospermas e angiospermas Criptógamas Fanerógamas @fungonaoeplanta 21 | P á g i n a • Gimnospermas = grupo das fanerógamas que possui raiz, caule, folha, estróbilos e sementes • Estrutura Reprodutora = Estróbilo = produz os gametas masculinos e femininos. Não possui pétalas, ovários, frutos ou elementos atrativos, e são polinizados pelo vento • Fecundação dos gametas femininos = semente • Não possuem ovários, logo, não produzem frutos, apenas sementes (nuas) • Angiospermas = grupo das fanerógamas que possui raízes, caule, folhas, flores, frutos e semente. • Estrutura Reprodutora = Flor = produz os gametas masculinos e femininos. Possui pétalas, ovários, frutos e elementos atrativos • Produz néctar = solução açucarada que atua como elemento atrativo para animais polinizadores (pássaros, borboletas, morcegos, abelhas etc.) • Fecundação dos gametas = semente • Fecundação do ovário = fruto @fungonaoeplanta 22 | P á g i n a ▪ Divisões das Gimnospermas 1. Progimnospermas • Grupo de Progimnospermas mais antigos • Grupo entre criptógamas e fanerógamas (transição evolutiva) • Surgiu da linhagem que levaria às espermatófitas • Extintos • Não produziram sementes, e liberavam esporos como as samambaias • Gêneros: Archaeopteris e Callixylon 2. Cycadophyta • Divisão de plantas de regiões tropicais e subtropicais, em que a maioria são plantas grandes • Alguns casos de caule subterrâneo, e folhas para fora • Apareceram a cerca de 320milhões de anos (coabitaram a terra com dinossauros) • Plantas dioicas 3. Ginkgophyta • Divisão de folhas labeladas, crescimento lento e podendo atingir mais de 30m de altura • Decídua • Comuns na China e Japão • Resistentes a poluição (bioindicadores) • Plantas dioicas • Único representante vivo: Ginkgo biloba 4. Coniferophyta • Divisão mais numerosos e de distribuição mais amplas • Conhecido como coníferas (possuem cones) • Já eram comuns nos períodos Permiano e no Triássico • Pertencem a divisão das plantas mais altas do mundo (sequoias), atingindo 117m de altura e 11m de diâmetro • Incluem pinheiros e abetos • Folhas das coníferas atuais: xeromorfas (adaptadas a viver em climas secos) Figura 1. Progimnospermas Figura 2. Cycadophyta Figura 3. Ginkgophyta Figura 4. Coniferophyta @fungonaoeplanta 23 | P á g i n a 5. Gnetophyta • Divisão que se encontra nas famílias Welwitschiaceae, Ephedraceae, Gnetaceae que apresentam características diferentes • Gnetum: estróbilos agrupados que formam anéis, formando uma espécie de espiga, porém não se configuram flores • Ephedra: arbustos com folhas pequenas e caules aparentemente articulados • Welwitschia: maior parte da planta enterrada no solo, produz apenas duas folhas de crescimento contínuo (vive em desertos da África). Figura 7. Welwitschia • Hipótese das Antophyta = ideia que sustenta o parentesco das Gnetophytas e Angiospermas, pois a divisão Gnetophyta possuem brácteas organizadas como um involucro, e seus microsporângios ficam sustentados no ápice do eixo, se assemelhando a estruturas de flores. Mas, apesar de validada, estudos moleculares recentes determinaram que essas estruturas não passam de estróbilos, e não flores. ▪ Estróbilo Estrutura reprodutiva das gimnospermas. Pode ser: • Microestróbilo = estrutura masculina (pólen) possui o gameta masculino ou microsporófilo (núcleo espermático) • Megaestrobilo = estrutura feminina (óvulo) possui o gameta feminino ou megasprorófilo (oosfera) Ciclo de Vida (reprodução) 1. Esporogênese e Gametogênese = gametas sofrem meiose em suas respectivas estruturas. Então o núcleo espermático (= pólen), e a oosfera (= óvulo). Tornando-se haploides (n) 2. Polinização = O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, e o núcleo espermático é introduzido 3. Fertilização = O núcleo espermático fecunda a oosfera. Ao mesmo tempo, no interior do óvulo um grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que futuramente será a semente. 4. Embriogenia = com a fecundação forma-se o zigoto protegido pela semente. Figura 5. Gnetum Figura 6. Ephedra @fungonaoeplanta 24 | P á g i n a ▪ Importância Econômica e Ecológica • As gimnospermas muito utilizadas na extração de madeira, papel, gomas e resinas que são usadas como substâncias antissépticas. • Manutenção das florestas é a proteção que elas representam para as bacias hidrográficas ▪ Hipóteses de Origem das Angiospermas Hipótese Pseudantial = teoria adotada pela escola de Engler, e diz que as Gnetales formariam o grupo irmão das angiospermas e as Chloranthaceae (grupo chave na origem das angiospermas), corroborado pelo registro fóssil Crane et al. 1989. De acordo com os estudos, as flores primitivas das angiospermas seriam: • Flores pequenas • Flores simples • Monóicas • Simetria bilateral • Carpelo com um ou poucos óvulos • Polinizadas pelo vento @fungonaoeplanta 25 | P á g i n a Hipótese Antostrobilar ou Euantial = criada por Delphino e Bessey (apesar de desenvolvida por Takhtajan e Cronquist). Essa teoria se baseia na hipótese de homologia entre as flores de angiospermas e os estróbilos bissexuados encontrados nas Bennettiales. Assim, as flores seriam: • Grandes e radialmente simétricas • Estruturas reprodutivas e vegetativas numerosas • Livres e dispostas espiraladamente • Estames laminares • Carpelos com muitos óvulos • Polinizada por besouros • Flores vistosas ▪ Evolução das Angiospermas Primitivas Magnoliidaes (Cronquist, 1988) Nas Magnoliidaes são encontradasas maiorias das características primitivas das angiospermas. O botânico John Cronquist estudou e deixou explicito que se forma um grupo parafilético de onde teriam evoluídos as demais subclasses. Características que se desenvolveram ao longo da evolução que formaram as Angiospermas • Tendência a fixação do número floral em 3,4 e 5 • Desenvolveu-se um padrão verticilado das peças facilitando a formação de gineceus sincárpicos. • Estames passaram a ter maior quantidade de tecidos ao redor dos sacos polínicos • Tornou-se mais difícil a diferenciação entre anteras e filetes Classificação – Posição do Ovário • Hipógina = (ovário súpero) flor que o ovário se coloca no receptáculo em um ponto que fica acima do plano em que as outras peças se fixam • Perígina = (ovário médio) flor em que as demais peças estão em um plano que “corta” o ovário. • Epígina = (ovário ínfero) flor em que o ovário é envolvido pelo receptáculo, ficando abaixo do plano das outras peças florais. @fungonaoeplanta 26 | P á g i n a • Estames laminares eram supostamente primitivos, mas como as plantas desse grupo são frequentemente polinizadas por besouros, reversões para esse estado poderiam ser justificadas na tentativa de maior proteção dos sacos polínicos • Angiospermas passaram a produzir toxinas mais específicas (diferente das gimnospermas que possuía um investimento maciço em lignina e taninos para maior proteção e repelência) • A produção de compostos mais específicos surgiu com a redução da cadeia metabólica envolvida na produção de lignina e taninos • A diminuição lignina permitiu a diversificação de uma série de compostos químicos como alcaloides e terpenoides (atua na atração de polinizadores pelo odor) ▪ Monocotiledôneas e Dicotiledôneas O cotilédone é a primeira ou cada uma das primeiras folhas de um embrião, sua função é (na maioria das vezes) o armazenamento de reservas que serão utilizadas na germinação. Além disso, os cotilédones as características principais que dividem o grupo das Angiospermas, formando dois grupos: monocotiledôneas e dicotiledôneas. Distribuição dos Vasos no Caule • Sifonostelo = tipo de estelo em que o sistema vascular se dispõe em torno do tecido parenquimatoso central. • Atactostelo = tipo de estelo em que os feixes vasculares se encontram dispostos irregularmente no tecido fundamental. @fungonaoeplanta 27 | P á g i n a ▪ Ciclo de Vida 1. Esporogênese = processo de formação de esporos (grãos de pólen) em órgãos sexuais masculinos de uma planta. 2. Desenvolvimento dos Gametófitos e Gametogênese = o processo de formação de gametas, tornando-os haploides (n) 3. Polinização = transferência do pólen à estrutura reprodutiva feminina (óvulo) 4. Fertilização = união dos gametas reprodutivos (fecundação) que gera o embrião 5. Embriogenia e Desenvolvimento da Semente e do Fruto = desenvolvimento do embrião, da semente (proteção do embrião) e do fruto (desenvolvimento do ovário) ▪ Fecundação Dupla Processo que ocorre na fertilização das angiospermas é resultado de uma fecundação dupla, que consiste na formação do embrião e do tecido de reserva (que irá nutrir o embrião). • Saco Embrionário = é uma massa no centro do óvulo das angiospérmicas que contém a oosfera e os núcleos polares • Núcleos Polares ou Secundários = são núcleos celulares (n) presentes na célula central do saco embrionário (n). (Ao lado, imagem do óvulo das angiospermas) No momento da fecundação, o núcleo espermático ao invés de fecundar apenas 1 oosfera (como nas gimnospermas), irá fecundar a oosfera e o dois núcleos polares (ambos haploides), formando não só o embrião, mas a endosperma (tecido de reserva).
Compartilhar