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TEXTO: Capítulo I, Serviço Social: a ilusão de servir – o surgimento do Serviço Social (Livro Serviço Social: Identidade e alienação. Autora: Maria Lúcia Martinelli). ESTUDO DIRIGIDO Segundo aborda Martinelli, a classe burguesa tentava oprimir e controlar o movimento proletariado, impedindo a sua organização através da legislação coerciva, assim como, providenciando medidas de proteção ao capital, buscando a expansão do capitalismo e acúmulo de riqueza da classe hegemônica, tendo isso em vista, responda: 1. Quais as vertentes abordadas pela autora no capítulo? A primeira vertente: Werner Sombart – partindo de uma concepção idealista considera que o capitalismo, como forma econômica, é criação do “espírito capitalista”, o qual por sua vez constitui uma síntese de espírito empreendedor radical. A segunda vertente: Escola Clássica Alemã – Acentua o caráter de sistema comercial do capitalismo, situando-o como uma forma de organização da produção que se move entre o mercado e o lucro. A terceira vertente: Karl Marx – O capital é uma relação social e o capitalismo um determinado modo de produção, marcado não apenas pela troca monetária, mas essencialmente pela dominação do processo pelo capital. 2. Identifique e explique a vertente norteadora da abordagem realizada pela autora. A terceira vertente de Karl Marx. Porque o capitalismo como modo de produção passa a se assentar em relações sociais de produção capitalista, marcadas fundamentalmente pela compra e venda da força de trabalho, tornada mercadoria como qualquer outra, pois essa é a base desse sistema que traz como exigências subtendidas a existência de meios de produção sob a forma de mercadoria e o trabalho livre assalariado. 3. Explique o que foi o sistema Feudal. Modo de produção característico da era medieval, que une estreitamente autoridade e propriedade de terra e que se realiza mediante a condição de vassalagem, prestação de serviços e rendas. 4. Diante do que aborda Martinelli, o que foi capitalismo mercantil? O capitalismo mercantil começa a se desenvolver a partir da primeira metade do séc. XV, onde as relações de produção no campo são invadidas pela variável comercial, as trocas se tornam cada vez mais complexas, pois passam a ter como objetivo a acumulação de riqueza e o lucro. 5. Quais os acontecimentos que marcaram os séculos XVI, XVII, XVIII; de acordo com o texto? Século XVI: A transformação do produtor em comerciante/capitalista, Dinastia Tudor, Lei do Assentamento, Lei dos Pobres, recrutamento coercivo do trabalhador, início das grandes navegações (ouro, prata especiarias, matérias-primas desconhecidas), enriquecimento, acúmulo do capital, busca de lucro, uso da mão-de-obra assalariada, moeda substituindo sistema de trocas, relações bancárias. Século XVII: Unidades fabris de produção, Revolução Inglesa, mais evidência da divisão do trabalho. Século XVIII: Revolução industrial, surgimento do capitalismo industrial na Inglaterra, surgimento da máquina à vapor e o tear mecânico, Revolução Francesa. 6. A Revolução Industrial e Francesa foram acontecimentos do século XVIII, quais os fatores que diferenciam uma revolução da outra? Revolução Industrial (capital x trabalho) – Ascensão do capitalismo baseada na exploração da mão-de-obra; trabalhadores assalariados em um espaço específico – fábrica, indústria –, concentração de produção visando à expansão do capital. Revolução Francesa: (política e social) – Resultaram em transformações mundiais de grande significado político, social e econômico. 7. Qual a base do sistema capitalista industrial, conforme apresenta a autora, baseada na concepção Materialista Histórica? Transição da mão-de-obra para o trabalho assalariado e livre, surgimento das unidades fabris, introdução das máquinas automáticas no processo produtivo, compra e venda da força de trabalho. 8. Como aconteceram as manifestações operárias, segundo a autora? As primeiras formas de oposição dos trabalhadores a essa dura realidade expressaram-se na resistência, dirigindo-se não diretamente ao opressor, ao explorador, mas ao instrumento de exploração ao símbolo da exploração: a máquina. Trabalhando juntos na fábrica, sob rigoroso mando do dono do capital, vivendo nas mesmas localidades e sofrendo as mesmas agruras da vida operária, eles começaram a superar a heterogeneidade, aos poucos vão definindo e assumindo estratégias que configuram a sua forma de protesto, a sua recusa a serem destruídos pela máquina, devorados pelo capitalismo. Como as lutas dos operários não eram só em favor de uma melhor qualidade de trabalho, mas também para melhoria de vida das suas famílias, do lumpemproletariado, desejavam ter voz ativa na política, e foi quando consolidou consciência de classe e para obterem suas reinvindicações atendidas, precisavam que a sua classe proletária fosse reconhecida na política. 9. O que foi o “cartismo” e a “comuna de Paris” para o movimento operário? Cartismo – classe trabalhadora mais unida em torno de interesses comuns, movimento que lutava pela aprovação da Carta do Povo. Greve geral na Inglaterra que durou aproximadamente cinco anos, tendo como bandeira de luta a redução da jornada de trabalho, e também ocasionou o favorecimento de concessões sócio- políticas – lei da mineração, abolição de impostos de importações do trigo, redução da jornada de trabalho para dez horas. Comuna de Paris – Insurreição proletária de 1871. Tomada do poder e controle político por 60 dias, fechamento do ciclo do movimento trabalhista europeu, quando a consciência política dos trabalhadores estava em constituição e sua atuação era permeada de espontaneidade e impulsividade, e mesmo depois de derrotada, a Comuna de Paris demonstrava a força revolucionária do proletariado. 10. Como se processou a contramarcha da burguesia com relação às manifestações do movimento operário? A burguesia preocupada com o risco de ruptura da ordem decide rever suas formas de enfrentamento às manifestações dos trabalhadores, para garantir que o capitalismo fosse visto como um modo de produção justo e adequado. Faziam isto através das práticas sociais. Para manter a ordem social a burguesia, utilizava da prática social: pautada na repressão e benemerência. 11. Quais os fatores que influenciaram o surgimento do Serviço Social? Grande depressão do capitalismo, retração do comércio e da indústria, aumento dos salários reais, declínio das oportunidades de investimento, expansão do exército industrial de reserva, generalização da pobreza, desemprego e fome. 12. Quais as características abordadas por Martinelli que delinearam o Serviço Social na sua origem? Síntese das práticas sociais pré-capitalistas, repressoras, controladoras, com mecanismos e estratégias produzidos pela classe dominante para garantir a expansão e a consolidação definitiva do sistema capitalista. 13. Qual o local de origem do Serviço Social? Quando? Surgimento na Inglaterra da Sociedade de Organização da Caridade em Londres. Em 1869, final do século XIX. 14. Iamamoto e Carvalho (1990, p.31) abordam que: Capital não é uma coisa material, mas uma determinada relação social de produção, correspondente a uma determinada formação histórica da sociedade, que toma corpo em uma coisa material e lhe infunde um caráter social específico. O capital é a soma dos meios materiais de produção produzidos. É o conjuntos dos meios de produção convertidos em capital, que, em si, tem tão pouco de capital como ouro e a prata, como tais, de dinheiro, É o conjunto dos meios de produção. Baseado no trecho acima do Livro “Relações Sociais e Serviço Social no Brasil”, conceitue: Capitalismo, proletariado, burguesia, classe social, comunismo, modo de produção, relações sociais alienação, reificação, mais-valia, exército industrial de reserva, feitiche, hegemonia e questãosocial. Capitalismo: Modo de produção marcado não apenas pela troca monetária, mas essencialmente pela dominação do processo de produção pelo capital e a exploração da força de trabalho daqueles que não os detém. Proletariado: classe explorada que vende a sua força de trabalho para ter subsistência. Burguesia: classe dominante, constituída pelos donos dos meios de produção, que concentravam nas mãos tanto o poder econômico quanto o político. Classe social: algo inteiramente fundamental, referente às raízes que o grupo social possui em determinada sociedade, ou seja, a relação que o grupo como todo o mantém com o processo de produção e, portanto, com os outros setores da sociedade. Comunismo: partido político que visa ideologias (sociais, políticas e econômicas) de promover o estabelecimento de uma sociedade igualitária, sem classes sociais e sem pátria, baseada na propriedade comum e no controle dos meios de produção e da propriedade em geral, defende também a ausência do poder do Estado. Modo de produção: é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade. Relações sociais alienação: isolamento na execução de tarefas, perda de noção da produção total, condição de acessório da máquina. Reificação: relações entre pessoas (burgueses x proletários) que já não eram mais humanas, mas relações entre coisas (trabalhares vistos como mercadorias). Mais-valia: Horas trabalhadas não pagas, que gera lucro ao capitalista. Exército industrial de reserva: pessoas que moravam em vilas ao redor das fábricas, para substituir trabalhadores revoltosos, doentes ou quando a produção aumentava. Feitiche: Ilusão que o sistema capitalista criava para os trabalhadores, fazendo-os pensar que o seu trabalho estava sendo valorizado. Hegemonia: poder nas mãos somente da classe dominante. Questão social: Reivindicações do movimento operário que não são atendidas. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade http://pt.wikipedia.org/wiki/Igualitarismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_sem_classes_sociais http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_sem_classes_sociais http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_ap%C3%A1trida http://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade_comum http://pt.wikipedia.org/wiki/Meios_de_produ%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Meios_de_produ%C3%A7%C3%A3o
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