Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
- Nosso organismo sempre emite um sinal, recebido pela célula, e ela emite uma resposta de acordo com ele. - Alguns sinais que as células respondem: antígenos, glicoproteínas, luz, hormônios, neurotransmissores... - 4 Características do sistema de transdução de sinal: 1) Especificidade 2) Amplificação 3) Desenssibilização/Adaptação 4) Integração 1- Especificidade: - A molécula sinalizador se encaixa no sítio de ligação do seu receptor complementar, outros sinais não se encaixam 2- Amplificação: - Quando enzimas ativam enzimas (cascata enzimática), o número de moléculas afetadas aumenta geometricamente. Ex.: sinal ativa enzima 1, que ativa a enzima 2, depois a 2 ativa mais 3, e assim sucessivamente 3- Desenssibilização/Adaptação: - A ativação do receptor dispara o circuito de retroalimentação que desativa o receptor ou o remove da superfície celular. (Quando o sinal se liga ao seu receptor, a resposta dessa sinal já vai ter um mecanismo que desativa o receptor) 4- Integração: - Quando dois sinais tem efeitos opostos sobre uma característica metabólica tal como a concentração de um segundo mensageiro X ou sobre o potencial de membrana Vm, o resultado regulador é consequência da integração de ambos os receptores. Ex.: a glicose só entra na célula após a interação entre dois sinais - 6 tipos gerais de transdutores de sinal: 1) Receptor associado a proteína G: - Esse receptor quando seu ligante ligar na parte externa do receptor, vai ativar a proteína G, que ativará uma cascata enzimática, gerando um mensageiro X 2) Receptor tirosina-cinases: - A ligação do sinal vai fazer com que tenhamos uma ativação enzimática do próprio receptor, iniciando uma cascata de fosforilação (regulação da transcrição gênica e consequente síntese proteica) 3) Receptor guanillil-ciclase: - O ligante se liga e estimula a formação de um segundo mensageiro. Parecido com o da Prot. G 4) Canal iônico com portão: - O sinal se liga ao domínio extracelular (como todos os anteriores) e faz com que nosso canal iônico se abra ou feche como resposta à concentração desse sinal - Potencial elétrico transmembrana: Na+ vai querer entrar na célula enquanto o K+ vai querer sair (bomba de Na+K+) - Receptor de acetilcolina: canais ficam fechados sem a presença do sinal. Quando a acetilcolina se liga ao receptor, promove uma mudança estrutural dele e a leucina (aminoácido) é deslocada do centro do canal (aminoácidos polares vão pro centro e o canal se abre, permitindo a passagem dos íons) - Papel dos canais iônicos abertos por voltagem e por ligantes na transmissão neural: entrada de sódio e cálcio promove despolarização da célula do neurônio, e consequente abertura dos canais de sódio dependentes de voltagem, tendo-se mais sódio entrando na célula, gerando o potencial de ação. No neurônio pré- sináptico o potencial abre também os canais de cálcio, estimulando a secreção das vesículas de acetilcolina (começando novamente o processo dela, descrito na seta anterior) 4) Receptor de adesão: - Se liga a moléculas da matriz extracelular, e com isso consegue alterar a conformação e modificar a interação com o citoesqueleto 6) Receptor nucelar: - Dessa vez o sinal vai ter que entrar na célula, pois seu receptor encontra-se no núcleo celular. O sinal liga-se à seu receptor e atua como fator de transcrição (formação de RNAm e proteína naquele dado momento) - Biossinalização do receptor da insulina (cascata): - O receptor da insulina é uma proteína quaternária formada por 4 subunidades, 2 alfas e 2 betas. As alfas ficam voltadas para o domino extracelular, enquanto as betas são transmembrana e tem um domínio intracelular (onde haverá a função tirosina- quinase) - A insulina vai se ligar à subunidade alfa do seu receptor, ativando a atividade tirosina- quinase na porção beta, que vai acarretar na autofosforilação da porção beta. Essa tirosina fosforilada vai poder iniciar a cascata de fosforilação, fosforilando a proteína IRS1 (substrato do receptor de insulina) em primeiro lugar. IRS1 fosforilada se associa às proteínas GRB2, que se associam à SOS, que se associam à Ras, e a Ras estava ligada a um GDP, porém nesse novo complexo ela libera o GDP e se liga à um GTP - Ligada a um GTP, a Ras consegue se associar à Raf-1, onde a cascata de quinase vai começar (pois a Raf-1 é uma quinase, que quando está associada à Ras com o GTP, consegue fosforilar. Vai fosforilar a MEC) - A MEC também é uma quinase, que quando ativa por fosforilação consegue fosforilar a ERK, que entra no nosso núcleo, fosforilando os fatores de transcrição (ELK- 1). O ELK-1 fosforilado se associa à SRF, e agora eles vão regular os genes que serão transcritos, consequentemente agora há uma regulação das proteínas que são necessárias para gerar essa sinalização da insulina. - Atividade do glicogênio sintase pela insulina (a cascata ativa essa enzima): - Inicia-se na proteína IRS-1 (substrato do receptor de insulina), já fosforilado pelo receptor, que se associa à uma enzima quinase (fosfoinozitídeo-3-quinase). Essa enzima, quando associada a IRS-1, fica ativa. Por ser uma quinase, ela vai fosforilar: um fosfolipídeo da nossa membrana (fosfotidilinositol-bifosfato), e quando a P13K fosforilar ele, vai ser convertido agora em fosfotidilinositol- trifosfato, que vai se associar à enzima PKB (que é uma quinase) - Essa PKB quando está associada ao fosfotidilinositol-trifosfato vai ser fosforilada pela PBK-1. Quando a PKB fosforilou a GSK, ela ficou inativa, ou seja, não vai fosforilar a glicogêniosintase. - A glicogêniosintase desfosforilada (sem fosfato), está em sua conformação ativa, então agora vai ser capaz de sintetizar glicogênio - Para sintetizar glicogênio preciso de glicose - A mesma enzima PKB vai estimular o movimento do transportador de glicose (Glut 4) para a nossa membrana plasmática. Ou seja, a glicose vai entrar na nossa célula por transporte passivo a favor do gradiente de concentração. - Transdução do sinal da epinefrina (adrenalina): via receptores Beta- adrenérgica - É um exemplo de receptor acoplado à proteína G - O receptor de adrenalina também é chamado de receptor serpenteante - A adrenalina vai interagir com seu receptor, o qual está acoplado à proteína G (que possui 3 subunidades: alfa, beta e gama). A subunidade alfa está acoplada ao GDP, que vai sair e vai entrar o GTP, tornando a subunidade alfa ativa, que vai se deslocar pela membrana plasmática até que encontre a adenalatociclase (enzima que converte DP em AMPcílico = cAMP) tb chamda de adenilil ciclase - O cAMP é responsável pela ativação da proteína quinase-A, formada por 4 subunidades (2 regulatórias e 2 catalíticas), vai se ligar à subunidade regulatória (precisa então de 4 cAMPs p/ que a subunidade regulatória se desloque da subunidade catalítica) , deixando a PKA ativa. (4 moléculas de cAMP ativam 1 PKA) - A PKA vai fosforilar fosforilase quinase, que fosforila a glicogênio fosforilase (quebra o glicogênio em glicose e fosfato) - A glicose sai da célula e vai para nossa corrente sanguínea - 1 molécula de adrenalina envia 10.000 moléculas de glicose para a corrente sanguínea (reação de fuga)
Compartilhar