Buscar

Mito da Caverna e Filosofia Moderna

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ
 
CRISTINA AZARIAS SILVA TAVARES
 
 
PROJETO INTEGRADOR
 
MACEIÓ- AL
2020
 CRISTINA AZARIAS SILVA TAVARES
PROJETO INTEGRADOR
SUBTÍTULO 
Trabalho apresentado na disciplina de Projeto Integrador do curso de Serviço Social do Centro Universitário Cesmac.
Orientador. Prof. Dr. Albani de barros
MACEIÓ-AL
2020
INTRODUÇÃO
O Mito da Caverna - ou a Alegoria da Caverna - é um texto escrito pelo antigo filósofo grego Platão.
Essa é uma metáfora de caráter filosófico-pedagógico que exibe um diálogo entre o pensador e mestre de Platão, Sócrates, e a personagem Glauco, um jovem aprendiz.
A partir de um conto cheio de simbologias, Platão nos apresenta conceitos e situações que versam sobre a busca pelo conhecimento, em contraste com a ignorância e a manipulação.
PARTE 1
Análise sobre o “Mito da caverna” de Platão e o papel da filosofia.
Inserir a própria e análise e também adicionar uma análise já produzida por autores outros.
· O conto nos apresenta alguns ensinamentos através da simbologia. Dessa forma, a caverna pode representar nosso mundo interior, nossas limitações e "zona de conforto". Já os prisioneiros são todos os indivíduos, que na realidade vivem em um tipo de "escravidão inconsciente".As projeções, ou sombras, são alegorias que simbolizam as ilusões a que os seres humanos estão presos. Essas ilusões são, para Platão, o mundo material, pois na antiguidade valorizava-se muito mais o que é eterno. Podemos também interpretá-las como as ideias ignorantes e preconceituosas que nutrimos ao logo da vida.A fogueira, que fornece a luminosidade capaz de fazer com que as silhuetas sejam exibidas na parede, é vista como uma espécie de "fogo dos desejos". Assim, esse elemento entra no mito para caracterizar a vontade do ser humano de consumir coisas materiais e experiências superficiais.
· Os amos da caverna são as pessoas que manipulam os prisioneiros, ou seja, são as pessoas que, pensando que obterão benefícios, controlam e alienam o povo.
· Diferente dos prisioneiros, eles não estão acorrentados e conseguem enxergar a saída da caverna, mas assim como eles, também estão enclausurados, pois temem que no mundo externo não tenham os mesmos privilégios que adquirem por meio da "cegueira" da população que dominam.
· O último símbolo que aparece no mito é a luz do sol, que significa a "ideia do Bem", conceito trazido por Platão que nos diz sobre a luz da sabedoria, do conhecimento e da verdade.
· Nesse sentido, a luminosidade natural é a consciência que nos direciona a um posicionamento benéfico no mundo, nos colocando de forma a servir ao bem e não tirar proveito próprio das pessoas e situações.
· Como relacionar a Alegoria da Caverna com o mundo atual?
· Esse diálogo proposto por Platão é realmente muito antigo, escrito cerca de 400 anos antes do nascimento de Cristo. Ainda assim, nos traz conceitos valiosos para entender o comportamento e anseios dos seres humanos até hoje.
· Podemos traçar um paralelo com essa alegoria e a realidade atual no que diz respeito, por exemplo, à ânsia de adquirir bens de consumo, acreditando que assim será possível o preenchimento de um vazio existencial.
· Os amos da caverna podem hoje simbolizar os políticos e grandes empresários, donos de verdadeiras fortunas que conquistam com a manipulação das pessoas e a venda de produtos e mais produtos. Seguindo esse raciocínio, é possível relacionar a publicidade e os modismos às sombras projetadas na caverna.
· A busca pelo conhecimento, continua sendo, portanto, essencial para que um dia os seres humanos consigam alcançar a verdade e a libertação.
· Parte superior do formulário
· PARTE 2
· Filosofia Moderna – resumo do texto Entre Luzes e Sombras.
· Inserir a própria e análise e também adicionar texto ou vídeo sobre os principais elementos da filosofia marxiana.
· A educação moral, quando cotejada, é uma parte de qualquer teoria mais 
· ampla a respeito da educação. É uma subparte que guarda conexão com a losoa 
· da educação e com a losoa moral, assim como com a psicologia e a sociologia 
· da educação, para não falar historicamente da teologia moral. Nesse sentido, 
· a investigação em torno dos princípios que formar iam e moldariam o caráter
· virtuoso, que deveriam estar presentes em qualquer prática educativa,, como 
· sendo o escopo da educação moral, desde há muito já se encontra presente na 
· cultura ocidental.
· Dessa feita, a noção de que a virtude e o caráter moral, como excelência 
· moral, de vem ser cultivados nas crianças, formalmente pela via da educação, são 
· encontrados na Ética a Nicômaco, de Aristóteles. Nessa obra, Aristóteles tem 
· como ponto de partida a tese de que toda ação e toda escolha possuem um m 
· próprio, compreendido como um bem, e esse bem é naturalidade de todas as ações. 
· E, no caso aso do homem, o bem supremo consiste em realizar-se naquilo que lhe é 
· específico, isto é, na vida segundo a razão. Aristóteles considerava central para sua 
· visão de educação moral a perspectiva de que a virtude mor al pode ser adquirida 
· pelo hábito. Assim, entende que a virtude deve ser exercitada, guiando-se, lenta 
· e gradualmente, para a ação vir tuosa. A vitude, como uma disposição de caráter, 
· encontrar-se-ia, dessa for ma, não nos excessos e nas faltas, mas no meio-termo, n o 
· equilíbrio, isto é, no justo meio, de modo que a virtude é uma espécie de mediania 
· (Aristóteles, 1992, 1106b).
· Além disso, como aponta Menezes (2000), a educação moral é o âmbito 
· no qual grande parte dos pensadores do esclarecimento vai centrar seus esforços 
· de conduzir os homens para a maioridade, preservando a si mesmos dos tutores 
· externos e conduzindo, por consequência, a humanidade para o progresso coletivo
· Educar moralmente é, pois, desenvolver no indivíduo os sentimentos e as 
· disposições que convenham à virtude (Menezes, 2000, p. 113-117). Claramente,o 
· que está em pauta é o ideal iluminista de uma educação para a autonomia, que 
· mais clara e lucidamente se manifesta em Kant: “Sapere aude! Tem a coragem de 
· te ser vires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do Iluminismo” 
· (Kant, 1990, p. 11). 
· A educação moral é, dessa maneira a, um tema de envergadura ao longo do 
· pensamento ocidental. O objetivo no presente texto é apresentar as versões de Durkheim e de Rawls a respeito dessa temática. Para tanto, o texto será estruturado 
· obedecendo a seguinte ordem: em primeiro lugar, discorrer-se-á sobre a educação 
· moral de Durkheim, externalizando os elementos básicos da moralidade para escolas 
· públicas de uma sociedade democrática e laica, como era a França do final do 
· século XIX, evidentemente relacionando-a à sua teoria moral; em segundo 
· lugar, apresentar-se-á a educação moral como Rawls a concebe, no contexto da 
· formação e desenvolvimento do senso de justiça, por meio dos três estágios correspondentes
· como descritos em Uma teoria da justiça;1 em terceiro lugar,, 
· contrastar-se-á as duas teorias, acenando para convergências, assim como possíveis 
· divergências, indicando que os autores, apesar de críticos, mutatismutandis, demonstram certa simpatia em relação a Kant, de modo que adotam algumas de suas ideias.
· A EDUCAÇÃO MORAL EM DURKHEIM
· Durkheim escreveu variados textos destinados à investigação da moralidade,, muito embora sua versão mais completa da temática infelizmente não tenha 
· sido formulada, já que foi interrompida por conta de sua morte precoce, em 1917. 
· Apesar disso, escreveu artihos de importância reconhecida, como determinada.
· A teoria moral de Durkheim é especialmente original, sendo caracterizada 
· tanto pela rejeição de preceitosmorais a prioridade quanto de raciocínios lógicos e abs-
· tratos para a construção de sistemas éticos. Contrariamente, partindo da ideia de 
· que a sociedade é um conjunto das interações e representações sociais elaboradas 
· histórica e socialmente, arma que a origem da moralidade, os fenômenos e os 
· fatos relacionados à mor al são fundamentalmente situados na própria sociedade, 
· de modo que é nela mesma que se devem encontrar as categorias fundamentais 
· à análise sociológica da moral ( Weiss, 2005, p. 71-81). Nas próprias palavras 
· de Durkheim, 
· S abe-se que a norma para a referência em citação obedece ao padrão: Autor, data da 
· publicação utilizada, página; entretanto, para Rawls, utilizar-se-á: Autor, data da publicação
· utilizada, parágrafo da obra, página. A razão disso é para facilitar o leitor em sua Busca.
· É a sociedade que institui a moral, pois é ela que a ensina. Mesmo que suponha ser possível demonstrar a verdade moral f ora do tempo e do espa-
· ço, para que tal verdade moral chegue a se tornar uma realidade, será preciso 
· que existam sociedades que possam adequar-se a ela, que a sancionem e que a 
· tornem realidade. Para que exista a justiç a que pedimos, é mister que existam 
· legisladores que a façam penetrar nas leis. A moral não é uma coisa de livros; 
· brota das mesmas fontes da vida e chega a ser um fator real da vida dos homens. 
· Não existe senão na sociedade e pela sociedade. (Durkheim, 2007b, p. 67)
· Dessa forma, Durkheim um sistema, são profunda-
· mente distintas dos demais conjuntos morais de outras sociedades. Isso quer diz er 
· que cada sociedade, tomada individualmente, é a gênese de seus princípios morais. 
· Além disso, de acordo com a teoria de Durkheim, para analisar os fenômenos 
· morais, o teórico moral, como sociólogo da moral, de levar em consideração a 
· historicidade da moral.
· Assim considerada, a moral é par ticular a cada sociedade. Mas isso não 
· implica um niilismo moral, posto que as regras morais estão enraizadas na própria 
· base de cada realidade social, já que são únicas em seu gênero. No horizonte desse 
· entendimento, há o reconhecimento de que a moral é um fato social e, assim sendo, 
· pode ser estudada sociologicamente, já que o objeto da sociologia é o fato social. 
· Vale lembrar que, para Durkheim
· fato social pode ser definido como
· [...] toda maneira de fazer,ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo 
· uma coerção exterior; ou ainda, toda maneira de fazer que é geral na extensão de 
· uma sociedade dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, inde-
· pendente de suas manifestações individuais. 
· Além disso, o fato social, na relação do indivíduo com sua sociedade, tem 
· três características fundamentais, a saber: a exter nalidade, que é entendida como 
· a propriedade do fato social relacionar-se a padrões culturais e morais que são 
· exteriores e independentes da consciência dos indivíduos; a coercitividade, que é 
· relativa ao poder de coerção com a qual os padrões culturais de uma determinada 
· sociedade são impostos aos indivíduos que pertencem a ela, de modo que possa 
· obrigar a obediência o indivíduo; e a generalidade, que aponta para a qualidade 
· de que os fatos sociais são coletivos, no sentido de que pertencem à sociedade 
· ( Durkheim, 2007a, p. 1-13).
· No que se refere ao tratamento da mor al, Durkheim (2008a) rejeita o modo 
· como é considerada pelas teorias filosóficos, notadamente aquelas inspiradas no 
· utilitarismo e no kantismo, como uma expressão do deontologismo. Para Durkheim, 
· o utilitarismo tem duas falhas principais: de um lado, arma que o fundamento da 
· moral é exclusivamente o interesse, e de outro, como consequência por supervalorizar o interesse como força motriz da mor al, ela não se pode tornar obrigatória. 
· Já em relação ao kantismo, apesar de reconhecer a evidente inspiração.
· Durkheim rejeita tanto a fundamentação da moral em teorias morais Filosoficas quanto na análise psicológica, que se baseia nas leis psicológicas, que, 
· assim como as leis do mundo físico, são invariáveis. Propõe, diversamente, que, por 
· meio de uma meticulosa análise, levando em consideração o entendimento de que 
· o ideal moral é variável conforme as épocas e os lugares, a atitude daquele que se 
· interessa pelos cânones da ciência deva ser a de reconhecer os limites do próprio 
· conhecimento: nada se sabe a respeito do que faz do homem um ser moral, já que 
· a moral é uma complexa teia de regras, irredutíveis a ideias gerais. Nesse sentido, 
· Durkheim arma que a moral é sempre uma construção social, de modo que não 
· seja eterna, nem absoluta e inscrita em qualquer forma superior de razão, e cuja 
· origem é a sociedade. Essa é a tese central da ciência moral.
· PARTE 2
· Transformações sociais no mundo contemporâneo 
· Inserir a própria e análise e também adicionar texto ou vídeo sobre os principais elementos relacionados as mudanças ocorridas na sociedade nas últimas quatro décadas.
· Nas últimas pouco mais de três décadas a economia mundial apresentou um desempenho bastante volátil, entremeado por altas, médias e baixíssimas taxas de crescimento do PIB agregado total e per capita de todas as nações.
· Nesse período, cuja série se inicia em 1970 e vai até 2004, o mundo foi acometido por grandes crises econômicas — algumas com impactos globais, como a brusca elevação dos preços do petróleo e das taxas de juros nos mercados financeiros internacionais — e por diversas outras com efeitos mais localizados, mas que também influenciaram negativamente o desempenho de vastas regiões do mundo, afetando a dinâmica regional de crescimento, através do que se poderia denominar "efeito dominó".1 O panorama do mundo aqui brevemente resenhado corresponde a um período que sucedeu a dois outros anteriores, que receberam muito adequadamente as denominações de "Era da Catástrofe" (que durou de 1914 a 1945) e "Era Dourada" (com duração entre os anos do pós-guerra e o início da década de 1970), conforme a periodização histórica do clássico estudo de Eric Hobsbawn (Hobsbawn, 1995). Ainda segundo Hobsbawn, as décadas que se seguiram — de 1970 aos dias atuais — caracterizariam uma nova era de "decomposição, incertezas e crise" (idem: 6) e talvez a uma outra quase Era da Catástrofe, como também sugerido pelo autor citado, em virtude de alguns importantes e dramáticos acontecimentos: as inúmeras guerras civis em diversos países africanos, levando à morte, à invalidez e ao empobrecimento de dezenas de milhões de pessoas; a longa crise econômica, iniciada na entrada dos anos 1970, responsável por cerca de duas décadas perdidas de crescimento em grande parte do mundo em desenvolvimento; as guerras de limpeza étnica, no limiar do século XX, promovidas pelos sérvios nas várias nações que constituíam a antiga Iugoslávia; e os anos da penosa transição das nações da antiga União Soviética e dos países do Leste e do Centro europeus, do regime comunista para o de economias de mercado.
· PARTE 3
· O projeto ético político do Serviço Social
· Inserir a própria e análise e também adicionar texto, cartilha, resenha de outros autores ou mesmo vídeo sobre as principais características do projeto ético político do Serviço Social.
· O texto que apresentamos a seguir traz ao leitor um estudo sobre o projeto profissional do Serviço Social brasileiro. Para desenvolvê‐lo, dividimos a exposição teórica em três momentos que detêm unidade metodológica entre si. A subdivisão do texto se dá pela preocupação de tornar seu desenvolvimento mais compreensível, buscando torná‐lo mais didático.
· O leitor encontrará aqui os seguintes tópicos: 1) A natureza dos projetos como finalidades (teleologia) concebidas e voltadas para uma determinada atividade; 2) O projeto ético‐político como expressão das mediações existentes entre projetos societários e projetos profissionais; 3) O projeto ético‐político do Serviço Social brasileiro, sua constituição histórica,seu estado atual e seus desafios futuros.
· No primeiro tópico, discutiremos a natureza das projeções sócio‐humanas como pressuposto para se pensar as práticas sociais em suas diversas modalidades. No segundo tópico, estudaremos a própria noção de projeto ético‐político, abordando suas relações com os projetos societários. Por fim, apresentaremos o projeto profissional brasileiro, conhecido entre nós por projeto ético‐político, a partir do seu surgimento e desenvolvimento histórico, seus aspectos atuais e os principais desafios postos a ele a partir da identificação das mais relevantes questões presentes na sociedade contemporânea.
· A natureza dos projetos societários, dos projetos coletivos e suas inter­relações
· Tanto os projetos societários quanto os projetos coletivos vinculam‐se a práticas e atividades variadas da sociedade. São as próprias práticas/atividades que determinam a constituição dos projetos em si.
· A primeira questão que se deve considerar quando pensamos em projetos (individuais ou coletivos) em uma sociedade de classes é o caráter político de toda e qualquer prática. Todas as formas de prática envolvem interesses sociais os mais diversos que se originam, através de múltiplas mediações, das contradições das classes sociais em conflito na sociedade. O que as movem na verdade são as necessidades sociais reais que lançam os homens em atividades humano‐criadoras percebidas no metabolismo social (trabalho – ato fundante das relações sociais).
· As necessidades humanas, constituídas e desenvolvidas ao longo do desenvolvimento sócio‐histórico do ser social, levam a humanidade a um processo interminável de busca de sua autorreprodução, estabelecendo, assim, um mundo prático‐material composto de várias atividades e práticas distintas. A constituição desse mundo prático‐material desencadeia um consequente e necessário mundo prático‐ideal, que reproduz o primeiro no campo das idéias.
· Neste universo sócio‐humano, que tem o trabalho como atividade fundante, um conjunto de práticas (ou atividades) são desencadeadas historicamente. Compõe‐se, então, um mundo cada vez mais complexo e mediado, formado por diversas modalidades de práticas/atividades que se originam tanto do mundo prático‐material quanto do mundo prático‐ideal. Isto significa dizer que quanto
· mais se desenvolve o ser social, mais as suas objetivações transcendem o espaço ligado diretamente ao trabalho. No ser social
· desenvolvido, verificamos a existência de esferas de objetivação que se autonomizaram das exigências imediatas do trabalho – a ciência, a filosofia, a arte etc. (NETTO; BRAZ, 2006, p. 43).
· Desta forma, temos diversas formas de prática: prática política, prática artística, prática produtiva e as diversas formas de prática profissional, todas elas relacionadas em última instância à prática produtiva (ao mundo prático‐material) na qual os homens, através do trabalho como “objetivação fundante e necessária do ser social” (Idem), transformam a natureza, obtendo dela os meios necessários a sua vida material. Essa transformação se opera no mundo da produção social a partir da qual os homens (re)produzem relações sociais mais ou menos complexas – a depender das condições históricas nas quais se desenvolvem – que se dão na esfera da reprodução social. Tais relações, calcadas no suprimento (na sua busca) de necessidades sociais concretas, envolvem o conjunto das práticas sócio‐humanas desencadeadas historicamente.
· Nessa incessante dinâmica da história, os homens vão tornando cada vez mais complexas suas relações e cada vez mais mediadas suas formas de vida social, o que equivale a dizer que eles vão criando, cada vez mais, formas de objetivação na realidade, as quais podemos chamar de práxis. No desenvolvimento histórico do ser social, conhecemos duas formas de práxis: aquelas “voltadas para o controle e a exploração da natureza e [aquelas] voltadas para influir no comportamento e na ação dos homens”, que é o que peculiariza a práxis profissional. Portanto,
· os produtos e obras resultantes da práxis podem objetivar‐se materialmente e/ou idealmente: no caso do trabalho, sua objetivação é necessariamente algo material; mas há objetivações (por exemplo, os valores éticos) que se realizam sem operar transformações numa estrutura material qualquer .
· Parte inferior do formulário

Continue navegando