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Biomecânica dos Membros Inferiores Profa. Me. Francieli Gimenez francieli.gimenez@uniandrade.edu.br Quadril A articulação do quadril é classificada como sinovial e também, dentre as sinoviais, como articulação esférica. As principais estruturas ósseas e articulares: • Cabeça do fêmur • Colo femural • Acetábulo • Lábio acetabular • Ligamento redondo da cabeça do fêmur • Ligamento transverso do acetábulo • Bursas da articulação coxo-femural Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL Pontos palpáveis do complexo do quadril: • Quando pensamos em palpação e biomecânica da coxo- femural, devemos nos reportar a palpação e a biomecânica da pelve, principalmente aos movimentos dos ilíacos em relação ao sacro, pois a biomecânica do quadril esta diretamente relacionada à biomecânica da pelve e também a biomecânica do joelho que será vista em seguida. • Dessa forma, para avaliação palpatória do quadril, alem de estruturas do quadril, devemos nos reportar a avaliação da pelve ou pelo menos de suas estruturas mais importantes na palpação: Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • Trocanter maior do fêmur • EIAS • EIAI • Sínfise púbica • Tuberosidade isquiática • EIPS • EIPI • Articulação sacro-ilíaca (braço < e braço >) • Crista ilíaca Angulação do Colo Femural Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • Em relação à biomecânica do quadril, existe um ângulo formado entre a diáfise do fêmur e a cabeça do fêmur que chamamos de ângulo do colo femural. Esse ângulo do colo femural tem fundamental importância na biomecânica do quadril, pois pode e vai interferir diretamente nos seus movimentos e nas forças que atuam na articulação. • A angulação ideal do colo do fêmur é de aproximadamente 125º. Nessa angulação, consideramos que a articulação esta em equilíbrio, dissipando as forças de reação do solo e a força do peso do corpo (gravidade) sem sobrecarga articular ou do colo femural. Angulação do Colo Femural Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL Angulação do Colo Femural Duas alterações estruturais podem ocorrer com frequência e determinar alterações funcionais importantes na biomecânica do quadril: Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • Aumento da angulação do colo do fêmur (coxa valga) • Diminuição da angulação do colo do fêmur (coxa vara) Aumento da Angulação do Colo do Fêmur Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • O aumento da angulação do colo femural (Â >125º) vai trazer uma alteração conhecida como coxa valga. Nesse caso, como o colo do fêmur se coloca mais próximo do plano paralelo em relação às forças de peso do corpo e reação do solo, esse colo femural estará mais protegido de fraturas ou traumas, porém, quanto maior for o ângulo, menor será a dissipação de forças que ocorre na articulação, podendo acarretar problemas sérios para a coluna lombar e para a própria articulação coxo-femural que sofrerá maior impactação e com isso maior desgaste. Esse paciente então passa a ter menor risco de fratura do colo do fêmur, porém maior predisposição a alterações na coluna vertebral (principalmente coluna lombar) e grande predisposição a desenvolver artrose coxo-femural precoce. Diminuição da Angulação do Colo do Fêmur Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • A diminuição da angulação do colo femural (Â < 125º) vai trazer uma alteração conhecida como coxa vara. Nesse caso, como o colo do fêmur se coloca mais distante do plano paralelo em relação às forças de peso do corpo e reação do solo (se coloca transversalmente), estará menos protegido de fraturas ou traumas, porém, quanto menor for o ângulo, maior será a dissipação de forças que ocorre na articulação, diminuindo a possibilidade de acarretar problemas sérios para a coluna lombar e para a própria articulação coxo-femural que sofrerá menor impactação e menor desgaste. Esse paciente então passa a ter maior risco de fratura do colo do fêmur, porém, menor predisposição a alterações na coluna vertebral (principalmente coluna lombar) e menor predisposição a desenvolver artrose coxo-femural precoce. ÂNGULO DE ANTEVERSÃO DA CABEÇA DO FÊMUR Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL Existe também um ângulo de grande importância para a biomecânica do quadril que é conhecido como ângulo de anteversão da cabeça do fêmur, formado pela cabeça do fêmur em relação aos côndilos femurais e tibiais. Esse ângulo deve ter aproximadamente de 12º à 14º para que a biomecânica do quadril e do joelho sejam normais e harmônicas. Podemos encontrar duas alterações típicas desse ângulo de anteversão da cabeça do fêmur, que são: Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • Aumento da angulação de anteversão da cabeça do fêmur • Diminuição da angulação de anteversão da cabeça do fêmur ÂNGULO DE ANTEVERSÃO DA CABEÇA DO FÊMUR Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • A cabeça femural vai se colocar mais anteriorizada, induzindo a coxo-femural a fazer uma rotação externa adaptativa, principalmente durante a marcha; • Nesse tipo de alteração, ocorre a predisposição do paciente a desenvolver instabilidade articular anterior da coxo-femural, podendo facilitar um processo de subluxação anterior do quadril, e gera aumento da tensão articular na articulação fêmuro-tibial, gerando grande tensionamento principalmente no menisco lateral e predispondo esse paciente a lesão de menisco lateral. Aumento da Angulação de Anteversão da Cabeça do Fêmur Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • A cabeça femural coloca-se mais posteriorizada, induzindo a coxo-femural a fazer uma rotação interna adaptativa, durante o desenvolvimento da marcha; • Nesse tipo de alteração, ocorre a predisposição do paciente a desenvolver instabilidade articular anterior da coxo-femural, podendo facilitar um processo de subluxação posterior do quadril, e gera aumento da tensão articular na articulação fêmuro-tibial, gerando grande tensionamento principalmente no menisco medial e predispondo esse paciente a lesão de menisco medial. Diminuição da Angulação de Anteversão da Cabeça do Fêmur Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL ÂNGULO DE ANTEVERSÃO DA CABEÇA DO FÊMUR Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • A articulação do quadril por ser classificada como articulação esférica, possui três amplitudes de movimento, ou seja, possui movimento em três planos através de três eixos diferentes. • Movimentos no plano sagital através do eixo transversal (FLEXÃO 140° / EXTENSÃO 15°). • Movimentos no plano frontal através do eixo sagital (ABDUÇÃO 30° /ADUÇÃO 25°) • Movimentos no plano transversal através do eixo longitudinal (RI 70° / RE 90°). Movimentos Osteocinemáticos do Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL Movimentos Osteocinemáticos do Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • O componente côncavo da articulação do quadril é o acetábulo, localizado na parte lateral da pelve, formado pela fusão do ilíaco, púbis e ísquio. Ele recebe um a anel de cartilagem, denominado lábio acetabular que aprofunda o encaixe. Movimentos Artrocinemáticos do Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL • A cápsula articular do quadril, em combinação com os componentes ósseos dessa articulação, funciona restringindo a translação entre cabeça do fêmur e o acetábulo. • Os ligamentos mais importantes e constantes são o iliofemoral e isquiofemoral. • O iliofemoral também conhecido como ligamento em Y de Bigelow restringe a extensão de quadril. • O ligamento isquiofemoral restringe a rotação medial bem como a adução quando o quadril é flexionado. Movimentos Artrocinemáticos do Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL FLEXÃO • A cabeça do fêmur desliza póstero-inferior e rola e gira ântero-superior em relação à face côncava do acetábulo; • Os ligamentos isquiosfemorais e pubofemorais encontram-se frouxos durante a flexão; • Os músculos agonistas: iliopsoas, retofemoral, tensor da fáscia lata, pectíneo e sartório. Movimentos Artrocinemáticosdo Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL EXTENSÃO • A cabeça do fêmur desliza súpero-anterior e rola e gira póstero-inferior em relação à face côncava do acetábulo; • Os ligamentos que limitam o movimento: ântero-lateralmente pelo iliofemoral, ínfero- medialmente pelo pubofemoral e posteriormente pelo isquiosfemorais; • Os músculos agonistas: glúteo máximo, cabeça longa do bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso. Movimentos Artrocinemáticos do Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL ABDUÇÃO • A cabeça do fêmur desliza látero-inferior e rola látero-superior em relação à face côncava do acetábulo; • Os ligamentos ísquiofemoral e íliofemoral encontram-se distendidos e o ligamento pubofemoral encontra-se tensionado; • Os músculos agonistas: tensor da fáscia lata, glúteo mínimo e glúteo médio. Movimentos Artrocinemáticos do Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL ADUÇÃO • A cabeça do fêmur desliza súpero-lateral e rola ínfero-medial em relação à face côncava do acetábulo; • Os ligamentos redondo e íliofemoral encontram-se tensionado; • Os músculos agonistas: pectíneo, adutor longo, adutor magno, adutor curto e grácil. Movimentos Artrocinemáticos do Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL ROTAÇÃO INTERNA • A cabeça do fêmur desliza póstero-lateral e rola ântero-medial em relação à face côncava do acetábulo e projeta o trocanter maior anteriormente; • Os ligamentos ísquiofemoral encontra-se tensionado; • Os músculos agonistas: glúteo mínimo, glúteo médio e tensor da fáscia lata. Movimentos Artrocinemáticos do Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL ROTAÇÃO EXTERNA • A cabeça do fêmur desliza ântero-medial e rola e gira póstero-lateral em relação à face côncava do acetábulo e projeta o trocanter maior posteriormente; • Os ligamentos ísquiofemoral encontra-se distendido; • Os músculos agonistas: piriforme, gêmeo superior, gêmeo inferior, quadrado femoral e obturador interno. • Importante ativação do glúteo máximo. Movimentos Artrocinemáticos do Complexo do Quadril Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL Biomecânica dos Membros Inferiores QUADRIL Joelho Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ESTRUTURAS ÓSSEAS FÊMUR • Dois côndilos convexos assimétricos separados pela fossa intercondiar; • Coberto pela cartilagem articular; • Se fundem anteriormente para forma a Fossa intercondilar (troclear) – (art. Patelofemoral) • Côndilo medial, maior que o côndilo lateral; • Epicôndilos: inserções ligamentares (Lig. Colaterais) Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ESTRUTURAS ÓSSEAS • Fíbula: não sustenta peso, ajuda a manter o alinhamento da tíbia; (Fixação do músculo bíceps femoral e LCL); • Tíbia: transferir o peso através dos joelhos para o tornozelo; -Platôs tibiais: medial é maior e levemente côncava; -Lateral é levemente convexa, com maior superfície articular, do lado medial; -Tuberosidade daTíbia: quadríceps Eminência intercondilar – separa os platôs medial e lateral e articula-se com a fossa intercondilar, serve como ponto de fixação dos meniscos, Lig. Cruzados e como pivô central durante os movimentos de rotação e flexão; Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ESTRUTURAS ÓSSEAS Patela • Osso sesamoide, de formato triangular, e apresenta duas faces articulares para os côndilos femorais, separadas por uma crista vertical; • Fixada superiormente pelo tendão do quadríceps e inferiormente pelo ligamento patelar; • Funções: Proteção anterior do joelho; Alinhamento do quadríceps-fornecer • Vantagem mecânica: Conversão de forças compressivas em forças de tensão através do ligamento patelar; Aumentar o braço de alavanca do músculo quadríceps femoral. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO PASSIVA CÁPSULA FIBROSA É fina e deficiente em algumas regiões. Ela fixa-se ao fêmur: • Superiormente: logo as margens articulares dos côndilos; • Posteriormente: nas fossas intercondiliares, • Inferiormente: na margem articular da tíbia, menos onde o tendão do músculo poplíteo cruza o osso. • Dividida em 5 regiões: cápsula anterior, posterior, lateral, medial e póstero-lateral; reforçadas por tecido conjuntivo e músculos. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO PASSIVA Cápsula anterior • Reforçada pelo quadríceps femoral e pelas fibras retinaculares da patela; Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO PASSIVA Cápsula lateral • LCL, retináculo lateral da patela e trato iliotibial; Cápsula Póstero-lateral • Ligamento Poplíteo arqueado, LCL e tendão do músculo poplíteo Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO PASSIVA Cápsula posterior • ligamentos Poplíteos oblíquo e arqueado, músculo poplíteo, gastrocnêmio e semimembranáceo. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO PASSIVA Cápsula Medial • LCM, retináculo medial da patela e tendões dos músculos semimembranáceo, sartório, grácil e semitendíneo. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA LIGAMENTAR LIGAMENTOS COLATERAIS LATERAIS • Reforçam a cápsula lateralmente e asseguram a estabilidade lateral do joelho em extensão; • Origem na parte posterior do côndilo externo e se insere na parte anterior da cabeça da fíbula. • Não possui contato com o menisco lateral, por onde passa o músculo poplíteo • Sua direção é obliqua para baixo e para trás • Estabiliza lateralmente o joelho e o impede o bocejo lateral. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA LIGAMENTAR LIGAMENTOS COLATERAIS MEDIAIS • É um ligamento largo e achatado que tem origem no epicôndilo femoral medial e se insere abaixo dos tendões da pata de ganso; • É aderido ao menisco medial; • Estabiliza medialmente o joelho e impede o bocejo medial. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA LIGAMENTAR LIGAMENTOS PATELAR • É o ligamento anterior da articulação do joelho; • É a parte distal do tendão do músculo quadríceps femoral, é uma faixa fibrosa forte e espessa, que passa do ápice e margens adjacentes da patela para a tuberosidade da tíbia; • Funde-se aos retináculos medial e lateral da patela, que são expansões aponeuróticas dos músculos vasto medial e lateral e da fáscia profunda suprajacente. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA LIGAMENTAR LIGAMENTOS POPLÍTEO ARQUEADO • Origina-se da face posterior da cabeça da fíbula, passa supero-medialmente sobre o tendão do músculo poplíteo e espalha-se sobre a face posterior da articulação do joelho na área intercondiar e côndilo póstero-lateral. LIGAMENTO POBLÍTEO OBLÍQUO: • Origem no tendão do músculo semimembranáceo e côndilo lateral; Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA LIGAMENTAR LIGAMENTOS CRUZADO ANTERIOR • É o mais fraco dos dois ligamentos cruzados; • Tem origem na região intercondilar anterior, entre o corno anterior do menisco interno e externo; • Dirige-se obliquamente para trás, para cima e externamente, até o côndilo externo, para fixar-se a parte posterior medial do côndilo lateral do fêmur; • Impede a gaveta anterior ou o deslizamento anterior da tíbia; • Tem uma irrigação sangUínea escassa; • E mais frouxo quando o joelho esta fletido e tenso quando está em extensão. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA LIGAMENTAR LIGAMENTOS CRUZADO POSTERIOR • E o mais forte dos dois ligamentos cruzados; • Tem origem na região intercondilar posterior, atrás dos tubérculos intercondilares; • Dirige-se obliquamente para trás, para cima e internamente, onde fixa-se na face lateral do côndilo medial do fêmur; • Impede a gaveta posterior ou o deslizamento posterior da tíbia. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA LIGAMENTAR LIGAMENTOS MENISCO FEMORAL • Insere-se no menisco medial, indo em direção ao côndilo femoral se inserindo sobre o LCP. LIGAMENTO TRANSVERSO DO JOELHO • Une os 2 cornos anteriores dos meniscospermitindo que se movam juntos durante os movimentos do joelho. LIGAMENTOS ALARES • Fixa a patela aos meniscos (ligamento transverso do joelho) Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO SISTEMA LIGAMENTAR Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO MENISCOS • Discos em forma semilunar e em cunhas, de tecido fibrocartilagíneo; • Compõem se corno anterior, corno posterior e segmento médio; • Os cornos prendem-se à eminência intercondilar da tíbia; • Os cornos anteriores se prendem ao ligamento transverso do joelho; • A margem periférica fixa-se a cápsula articular; • Pouco vascularizado e inervado (parte interna); Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO MENISCOS FUNÇÕES: • Absorver estresse de compressão; • Congruência articular; • Estabilização ao movimento; • Lubrificação da cartilagem articular; • Redução do atrito; • Condução da artrocinemática; Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO MENISCOS • Menisco Interno: tem a forma de um “C”. • Menisco Externo: tem a forma de um “O”. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO MENISCOS MENISCO MEDIAL (INTERNO) • maior, sua parte periférica liga-se a cápsula reforçada pelo lig. Colateral medial; MENISCO LATERAL (EXTERNO) • relação póstero-lateralmente(corno posterior) com o músculo poplíteo; • mais móvel (diferenças anatômico funcionais) Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO MENISCOS – Comportamento Mecânico • Por serem estruturas móveis, os meniscos se adaptam aos movimentos atrocinématicos dos côndilos femorais; • Sofre influência ativa da musculatura: - Quadríceps femoral; - Poplíteo; - Bíceps femoral; -Semi membranoso. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO MENISCOS – Comportamento Mecânico • A contração do quadríceps femoral tensiona o ligamento patelar, que por sua vez liga-se aos meniscos através dos ligamentos alares e ligamento transverso; • A contração do músculo semimembranoso (lig. Poplíteo obliquo) provoca o deslocamento dos meniscos para trás; • Flexão: deslocamento posterior de ambos meniscos, maior no menisco externo (rotação do côndilo femoral mais prolongada); Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO MENISCOS – Comportamento Mecânico • Extensão: deslocamento anterior dos meniscos (rolamento femoral), sendo menisco externo mais acentuado; • Rotação interna da tíbia: menisco interno desliza para frente e o menisco externo se desloca para trás; • Rotação externa da tíbia: o menisco externo desliza para frente; o menisco interno desliza para trás. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO OSTEOCINEMÁTICA • Possui dois graus de liberdade – Flexo / Extensão (plano sagital); • Movimentos rotacionais (plano horizontal) – aparece quando o joelho está fletido; Tíbia sobre o fêmur – C.C.A. Fêmur sobre a tíbia – C.C.F. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO OSTEOCINEMÁTICA – Lei do Côncavo / Convexo • Depende da direção em que ocorre o movimento, a área de superfície de um osso que é considerada estacionária ou em movimento. Se o osso com a convexidade for movido sobre o osso com a concavidade, então a estrutura convexa se moverá no sentido oposto ao segmento ósseo; Se o osso com a concavidade for movido sobre o osso com a convexidade, a estrutura côncava se moverá no mesmo sentido do segmento ósseo. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO OSTEOCINEMÁTICA FLEXÃO E EXTENSÃO • Eixo transversal (eixo migratório), plano sagital; • Amplitudes variam com a idade, sexo; • Flexão: 130 a 140 graus; • Extensão: 5 a 10 graus de hiperextensão; Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTROCINEMÁTICA - EXTENSÃO Extensão da tíbia sobre o fêmur: • Face articular da tíbia rola e desliza anteriormente sobre os côndilos femorais; • Meniscos são tracionados anteriormente pela contração do músculo quadríceps; Extensão do fêmur sobrea tíbia: • Os côndilos femorais rolam simultaneamente para frente e deslizam para trás sobre a face articular da tíbia; • No côndilo interno – rolamento nos primeiros 10 a 15 graus de flexão; • No côndilo externo – rolamento até os 20 graus de flexão (MARCHA). Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTROCINEMÁTICA - EXTENSÃO Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTROCINEMÁTICA - EXTENSÃO SISTEMA LIGAMENTAR: • Ligamentos colaterais atinge o máximo de tensão; • Maior tensão sobre o ligamento cruzado anterior; • Motores da extensão • Quadríceps (excêntrica - desacelera a flexão; concêntrica -acelera a tíbia ou o fêmur) Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTROCINEMÁTICA - EXTENSÃO • Produção de força reduzida no quadríceps: Atrofia por desuso (trauma, imobilização, nervo femoral lesado, hérnia de disco L3, L4, dor severa, edema. Fatores que levam a perda da extensão completa do joelho • Resistência dos tecidos conectivos: Tensão dos ísquiostibiais, rigidez em cápsula posterior, LCA, Lig. Colaterais, cicatriz fossa poplítea, edema. • Artrocinemática defeituosa: Falta do mecanismo “rotação em parafuso”, deslizamento anterior da tíbia, bloqueio do menisco, falta de deslizamento superior da patela. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTROCINEMÁTICA - FLEXÃO • Garante a mobilidade; • Direcionamento do pé em solos irregulares; • Maior instabilidade; • Entorses, luxações, lesões ligamentares e meniscos; • A flexão ativa alcança 140 graus, a passiva 160. • Quem limita a flexão passiva geralmente é a retração do quadríceps ou da cápsula. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTROCINEMÁTICA - FLEXÃO Movimento ocorre ao contrário da extensão • Flexão do fêmur sobre a tíbia • Flexão da tíbia sobre o fêmur Sistema ligamentar: • Maior tensão sobre o ligamento cruzado posterior; • A tensão sobre os lig. Colaterais diminui inicialmente, aumentando a partir dos 90 graus; • Para destravar o joelho em extensão, é necessário girar medialmente – músculo poplíteo. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTROCINEMÁTICA - ROTAÇÃO MEDIAL E ROTAÇÃO LATERAL • Eixo vertical, plano horizontal; • Diretamente proporcional a flexão do joelho; • Joelho a 90 graus: 40 a 50 graus de rotação; • A rotação lateral excede a medial por uma proporção de 2:1. • Em extensão não há rotação – (tensão nos ligamentos e aumento da congruência articular); Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTROCINEMÁTICA - ROTAÇÃO MEDIAL E ROTAÇÃO LATERAL Rotação Externa da tíbia: • O platô tibial externo recua e o platô tibial interno avança em relação aos côndilos femorais; • O menisco é puxado para frente do platô externo, enquanto o menisco interno se dirige para trás; • Diminuição da tensão da maior parte dos ligamentos; Rotação interna da tíbia: • O platô tibial externo avança e o platô tibial interno recua em relação aos côndilos femorais; • O menisco interno avança enquanto o externo recua; • Os ligamentos cruzados se enrolam; Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTROCINEMÁTICA - ROTAÇÃO MEDIAL E ROTAÇÃO LATERAL Músculos rotadores externos: • tensor da fáscia lata, bíceps femoral: a cabeça curta não depende do quadril, pois ele é monoarticular. Músculos rotadores internos: • sartório, semitendinoso, semimembranoso, vasto intermédio e o poplíteo, agem como freios da rotação externa com o joelho flexionado. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL ÂNGULO Q • Ângulo entre a linha do quadríceps (EIAS) até o ponto médio da patela) e a linha do tendão patelar (ponto médio da patela até a tuberosidade tibial). • 12 a 13 graus para homens • 15 a 18 graus para mulheres (pelve) • Mensuração ângulo Q dinâmico –postura funcional –(influência mecânica do pé). Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL CINÉTICA PATELOFEMORAL • (REILLY, 1972) As forças de compressão na art. Patelofemoral podem alcançar 3,3 vezes o peso do corpo enquanto subimos uma escada, e até 7,8 vezes o peso do corpo na realização de flexão profunda do joelho; • Angulo do joelho e carga são fatores primordiais pra forças na patela. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHOARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL CINÉTICA PATELOFEMORAL • Força Resultante de compressão patelofemoral: Quadríceps X Lig. Patelar; • Fatores que aumentam a compressão: 1.Aumento das demandas de força no músculo quadríceps; 2.Aumento da flexão do joelho. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL CINÉTICA PATELOFEMORAL • Força Resultante de compressão patelofemoral: Quadríceps X Lig. Patelar; • Fatores que aumentam a compressão: 1.Aumento das demandas de força no músculo quadríceps; 2.Aumento da flexão do joelho. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL Durante a Flexão: • Desliza no sentido distal, correndo na fossa intercondilar como um trilho; • Flexão completa, a patela desvia-se lateralmente; aderindo intimamente ao côndilo femoral interno. Durante a Extensão, ocorre o contrário: • Rotação externa da tíbia (Obliquidade do ligamento patelar); • Rotação interna da tíbia Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL TRAJETÓRIA PATELAR • 135º de flexão: abaixo do fossa intercondilar do fêmur, com contato no pólo superior nas margens laterais; • 90º de flexão: área de contato migra inferiormente • Entre 90º e 60º: a patela ocupa maior área de contato com o fêmur; • 20º de flexão: contado no pólo inferior; • Extensão: patela repousa acima da fossa intercondilar, contra o corpo adiposo suprapatelar; sem pressão. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL TRAJETÓRIA PATELAR Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL TRAJETÓRIA PATELAR Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ALINHAMENTO ANORMAL • Fisiológico – valgo 5 a 10 graus; • Posição ereta – distribuição do peso corporal entre as articulações do joelho; • Ao caminhar – fatores como a reação do solo, ativação muscular triplica o estresse de compressão! Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ALINHAMENTO ANORMAL JOELHO VARO • Choque do pé lateralmente provoca uma força de reação medialmente ao joelho; • Posicionamento do joelho em varo; • Desgaste excessivo medial – osteoartrite unicompartimental. Biomecânica dos Membros Inferiores JOELHO ALINHAMENTO ANORMAL JOELHO VALGO • Alinhamento anormal dos membros inferiores; • Ângulo colo-femoral • Pés pronados • Dimensão da pelve • Rotações ilíacas • Enfraquecimento do Ligamento colateral medial; Tornozelo e Pé Função primária: • Absorver o choque (maleável) e proporcionar impulso (rígido) para o corpo durante a caminhada; • MALEÁVEL X RÍGIDO (Adaptação a diversos tipos de solo); • Propriocepção; • Proteção e orientação para o membro inferior; • Captor podal (Sistema Tônico postural). Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Tornozelo: • A articulação talocrural ou simplesmente articulação do tornozelo, como é mais conhecida, é responsável por permitir a conexão da parte distal da tíbia e da fíbula com a parte superior do tálus, tibiofibular, sindesmose tibiofibular. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Pé: Pé Posterior (retropé): • Calcâneo e tálus (art. Talocalcânea) Pé Médio (médiopé): • navicular, cubóide e cuneiformes Pé Anterior (antepé): • Metatarsais e falanges Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Articulação talocrural (tornozelo) • Dobradiça ou gínglimo; • Articulação muito “fechada” (encaixada); • Pinça maleolar: porção inferior da tíbia e da fíbula e seus maléolos articula- se com o corpo do tálus; • Eixo de rotação (obliquo) – Passa através do corpo do tálus e através das pontas de ambos os maléolos; • Maléolo lateral é inferior e posterior ao maléolo medial; • Diverge do eixo médio-lateral Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Articulação Talocrural • Dorsiflexão: leve abdução e eversão; • Flexão plantar: leve adução e inversão. • Pronação e Supinação Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA DORSIFLEXÃO • “Aproxima o dorso do pé à face anterior da perna”; • 20 a 30 graus; • A face superior do tálus rola para frente, e desliza posteriormente em relação a perna; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA LIMITES DA DORSIFLEXÃO Fatores ósseos: • Choque da face superior do tálus contra a tíbia; • Risco de fratura do colo do tálus. Fatores capsulo-ligamentares: • Tensão sobre a cápsula posterior; • Tensão sobre os feixes posteriores dos lig. Laterais; (ligamento calcâneo fibular) Fator muscular: • Tensão sobre o tendão do calcâneo (Aquiles) Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA FLEXÃO PLANTAR • “Afasta o dorso do pé à face anterior da perna”; • 20 a 50 graus; • Maior amplitude graças a maior área articular posterior do tálus; • Face superior do Tálus rola para trás quando o osso desliza simultaneamente para frente; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA LIMITES DA FLEXÃO PLANTAR Fatores ósseos: • Choque dos tubérculos posteriores *(lateral) do tálus contra a margem posterior tibial; Fatores capsulo-ligamentares: • Tensão sobre a cápsula articular anterior; • Tensão sobre os feixes anteriores dos ligamentos laterais. Talofibular anterior; fibras tibionaviculares do Deltóide Fator muscular: • Músculos dorsiflexores Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA Estabilidade ântero-posterior • 1. Ação da gravidade; • 2. Margens ósseas anterior e posterior tibial; • 3. Ligamentos laterais – estabilização passiva; • 4. Músculos - estabilização ativa; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA Lesão das estruturas ao ultrapassar a barreira de movimentos fisiológicos Estabilidade transversal • Estreito encaixe entre a pinça bimaleolar e as porções laterais do tálus; • Integridade dos maléolos; • Integridade dos ligamentos tíbiofibulares inferiores; • Ligamentos mediais e laterais. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR • A tíbia e a fíbula se conectam pelas articulações tibiofibular superior e inferior, e pela membrana interóssea; • Superior: localiza-se póstero-lateralmente do platô tibial; Relações com a inserção do bíceps da coxa, ligamento colateral lateral (joelho); • Inferior: Sindesmose (ausência de cartilagem articular); • Não coloca os dois ossos em contato direto; separados por tecido adiposo. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR • A separação intermaleolar está relacionado com o posicionamento dos maléolos no tálus; • Mínimo na extensão; • Máximo na flexão; • O movimento de aproximação • Separação dos maléolos acompanha de um movimento de rotação axial do maléolo externo; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR Dorsiflexão do tornozelo • Rotação interna de 30º, estirando o ligamento tíbio-fibular posterior; • Maléolo externo se afasta do interno (posição anterior no tálus); • Fíbula sobe (movimentos verticais); • Membrana interóssea e ligamentos tibiofibulares tornam-se horizontais. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR Flexão Plantar do tornozelo • Aproximação dos maléolos (posição posterior no tálus); • Ativo pela contração do músculo tibial posterior -fecha a pinça bimaleolar; • Desce as fíbula, verticalizando as fibras ligamentares; • Leve rotação externa; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR Entorse de tornozelo em inversão! Biomecânica fibular da lesão: • Fíbula desce; • Anterioriza. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICAARTICULAÇÃO TALOCALCÂNEA • Formado pelas face posterior, média e anterior do calcâneo e o tálus; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA ARTICULAÇÃO TALOCALCÂNEA • Articulação influenciada pela sustentação do peso corporal; • Permite que o pé assuma posições que sejam independentes da orientação da perna e tornozelo; Articulação posterior: • 70% da área articular total; • Face posterior côncava do tálus; • Face posterior convexa do calcâneo; Articulação anterior / média: • Pequenas faces articulares planas. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA ARTICULAÇÃO TALOCALCÂNEA • Eixo de rotação: “atravessa o calcâneo lateral-posterior e segue através da articulação talo calcânea nas direções anterior, medial e superior.” Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA Calcâneo realiza pronação e supinação sobre o tálus e vice-versa (depende do apoio do pé no solo); Pronação: eversão e abdução • Lig. Talocalcâneo interósseo e fibras tibiocalcâneas do lig. Deltoide limitam o movimento; • Médiopé: instabilidade Supinação: inversão e adução • Maior amplitude articular • Ligamento cervical e lig. Calcâneofibular limimtam o movimento • Médiopé: estabilidade (ajuste articular); Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ CINEMÁTICA ARTICULAÇÃO TRANSVERSA DO TÁLUS Art. Transversa + Art. Talocalcânea Pronação e supinação do pé • Art. Média ou Art. de Chopart • Art. Talocalcaneonavicular • Cabeça convexa do tálus e a concavidade do navicular – espaço preenchido por partes moles e estabilizado pelo ligmento Calcâneonavicular plantar (lig. “mola”). Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ CINEMÁTICA ARTICULAÇÃO TRANSVERSA DO TÁLUS Art. Calcâneocubóidea • Forma o componente lateral da articulação transversa do tarso; • Pouco móvel – elemento de rigidez para a parte lateral; • Face distal do calcâneo e proximal do cubóide. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ CINEMÁTICA Movimentos ocorrem em dois eixos: 1- Longitudinal (ântero-posterior) – eversão e inversão; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA Movimentos ocorrem em dois eixos: 2 – Eixo oblíquo (medial-lateral e vertical) – abdução e dorsiflexão e adução e flexão plantar. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA Movimentos ocorrem em dois eixos: Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA Os movimentos dos dois eixos resultam: Pronação e supinação • Supinação: tibial posterior – abaixa a coluna lateral e eleva a coluna medial do pé; • Pronação: fibular longo – abaixa o lado medial e eleva o lado lateral. Abóbada plantar • A Arcada Plantar é a abóbada que forma a parte interna da planta do pé humano; • Formada por elementos ósteo-articulares, ligamentares e musculares que em equilíbrio promovem a forma e a função do pé; • Amortecedor; • Adaptação ao terreno; • Transmitir as forças (chão X peso); FLEXIBILIDADE • Suas alterações repercutem na corrida, marcha e equilíbrio. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA Abóbada plantar • Formado por dois arcos longitudinais (medial e lateral) e um arco transversal Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ OSTEOCINEMÁTICA “A margem externa é composta pelo arco longitudinal lateral, que se achata contra o solo e forma um apoio estático para suportar o peso” “A cúpula elevada dos arcos longitudinais mediais, que formam uma estrutura flexível semelhante a uma alavanca, que impele o corpo na locomoção” Arco longitudinal lateral do pé • É formado pelos ossos calcâneo, cubóide e pelos dois metatarsos laterais; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Arco longitudinal medial do pé: • Formado pelo calcâneo, tálus, navicular, os cuneiformes e os três metatarsais mediais; • Mantido e sustentado por: 1 - Força muscular ativa (pé com sobrecarga funcional) -Músculos extrínsecos e intrínsecos do pé. 2 – Força passiva (posição ereta) - Aponeurose plantar*, ligamento Calcaneonavicular, estabilidade das articulações Tarsometatarsais mediais, ligamentos Plantares. Funções: • Sustentação de peso e de absorção de choque no pé; • Força propulsora – (alavanca) Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ • O principal suporte ligamentar é fornecido pelos ligamentos plantares longo e curto e pela aponeurose plantar. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Aponeurose plantar • Tecido rico em colágeno e fornece o suporte primário do arco longitudinal medial Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ FORÇAS DE COMPRESSÃO PESO CORPORAL • Tálus abaixa; • Achatamento do arco longitudinal medial; • Aumenta a distância entre as cabeças dos metatarsos; • Aponeurose plantar tensionada; • Pé posterior – eversão e adução; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ DEFORMIDADES DO ARCO LONGITUDINAL Pé plano: • Arco longitudinal medial baixo ou caído; • Incapacidade de transferir cargas; • Pé flexível – muito móvel • Adaptação a mecanismos que produzem pronação excessiva do pé; • Aponeurose plantar estirada; • Ativação dos músculos intrínsecos e extrínsecos (tibial posterior); Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ DEFORMIDADES DO ARCO LONGITUDINAL Pé plano: • Calcâneo torna-se pronado, produzindo um retropé valgo; • “calcâneo posicionado em direção oposta a linha média”. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ DEFORMIDADES DO ARCO LONGITUDINAL • O antepé é abduzido, o tálus e o navicular são abaixados; • Pode estar associado a causas externas ao pé; – Joelho valgo, rotação externa do MI, encurtamento do tendão do calcâneo; – Fatores congênitos e lesões neurológicas; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ DEFORMIDADES DO ARCO LONGITUDINAL Pé Cavo: • Crescente elevação do arco longitudinal medial; • Descarga do peso sobre as cabeças dos metartarsos (calosidades); • Pés em garra – encurtamentos dos tendões e da aponeurose plantar; • Pé rígido; • Pode estar associado a distúrbios neurológicos; Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ DEFORMIDADES DO ARCO LONGITUDINAL O arco transverso • Vai da superfície inferior do cubóide e do navicular até as cabeças metatarsais; • Formado pelas articulações intercuneiformes e ligamentos cuneocubóideo; • Fornece estabilidade transversal para o médio pé; • O arco abaixa com o peso corporal, dividindo sobre as cabeças dos metatarsos. Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores TORNOZELO e PÉ Biomecânica dos Membros Inferiores REFERÊNCIAS • Kapandji, A. I. (Ibrahim Adalbert). Fisiologia articular, volume 3 : esquemas comentados de mecânica humana / A. I. Kapandji ; com desenhos originais do autor; [tradução da 5.ed. original de Editorial Médica Panamericana S.A.; revisão científica e supervisão por Soraya Pacheco da Costa]. - São Paulo: Panamericana; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000
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