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Laís Silva Gomes – 06/2021 @laissg1 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ANATOMIA FISIOLÓGICA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO Músculos compostos por inúmeras fibras com diâmetro entre 10 e 80 micrômeros. Na maioria dos músculos esqueléticos, cada fibra se prolonga por todo o comprimento do músculo. Exceto por 2% das fibras, cada uma, em geral, é inervada por apenas uma terminação nervosa, situada perto do meio da fibra. ------------------------------------------------------------- ---------- SARCOLEMA O sarcolema é a membrana delgada que reveste a fibra muscular esquelética; contém muitas fibras colágenas delgadas. Em cada extremidade da fibra muscular, essa camada superficial do sarcolema funde-se com uma fibra do tendão, que se agrupam em feixes para formar os tendões dos músculos que depois ligam os músculos aos ossos. ------------------------------------------------------------- ---------- MIOFIBRILA Composta por miosina (cerca de 1500 filamentos) e actina (cerca de 3000 filamentos). Filamentos mais espessos são miosina e os mais finos são actina. Filamentos de miosina e actina estão parcialmente interdigitados, fazendo com que a miofibrila alterne faixas escuras e claras. Faixas I → são as claras; de actina; isotrópicas à luz polarizada Faixas A → são as escuras; de miosina; são anisotrópicas à luz polarizada A interação entre os filamentos de actina e as pontes cruzadas causam as contrações. As extremidades dos filamentos de actina estão ligadas ao disco Z. Disco Z → composto por proteína filamentosa diferente dos filamentos de actina e miosina; conecta as miofibrilas umas às outras Sarcômero → segmento da miofibrila (ou de toda a fibra muscular) situado entre dois discos Z sucessivos Contração muscular → filamentos de actina se sobrepõem completamente aos filamentos de miosina, e as pontas dos filamentos de actina estão quase começando a se sobrepor ------------------------------------------------------------- ---------- TITINA Moléculas filamentosas de titina mantêm os filamentos de miosina em seus lugares → titina é uma proteína (a maior que existe no corpo) A titina é muito flexível, isso faz com que ela atue como arcabouço, mantendo os filamentos de miosina e actina em seus devidos lugares → assim, a maquinaria contrátil pode entrar em ação Tem uma extremidade elástica (fixada no disco Z – atua como mola, e varia o tamanho de acordo com contração e relaxamento do sarcômero) e outra parte que é ancorada nos filamentos grossos de miosina. Titina serve como molde para a formação inicial de partes dos filamentos contráteis do sarcômero. Laís Silva Gomes – 06/2021 @laissg1 ------------------------------------------------------------- ---------- SARCOPLASMA É o líquido intracelular entre as miofibrilas. Contém muito potássio, magnésio e fosfato, além de múltiplas enzimas proteicas. Muita mitocôndria também, que fornecem ATP para as miofibrilas (processo de contração). ------------------------------------------------------------- ---------- RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO É o R.E especializado do músculo esquelético. É um retículo extenso, que tem organização especial extremamente importante para regular o armazenamento, liberação e recaptação de cálcio, e, portanto, a contração muscular. ------------------------------------------------------------- ---------- MECANISMO GERAL DA CONTRAÇÃO MUSCULAR 1) Potenciais de ação cursam pelo nervo motor até suas terminações nas fibras musculares 2) Em cada terminação, o nervo secreta pequena quantidade da substância neurotransmissora acetilcolina 3) A acetilcolina age em área local da membrana da fibra muscular para abrir múltiplos canais de cátion, “regulados pela acetilcolina”, por meio de moléculas de proteína que flutuam na membrana 4) Difusão de grande quantidade de íons sódio para o lado interno da membrana das fibras musculares Despolarização, abertura dos canais de sódio dependentes de voltagem, potencial de ação 5) O potencial de ação se propaga por toda a membrana da fibra muscular 6) O potencial de ação despolariza a membrana muscular, e grande parte da eletricidade do potencial de ação flui pelo centro da fibra muscular. Aí, ela faz com que o retículo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons cálcio armazenados nesse retículo. 7) Os íons cálcio ativam as forças atrativas entre os filamentos de miosina e actina, fazendo com que deslizem ao lado um do outro, que é o processo contrátil 8) Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático pela bomba de Ca++ da membrana, onde permanecem armazenados até que novo potencial de ação muscular se inicie; essa remoção dos íons cálcio das miofibrilas faz com que a contração muscular cesse ------------------------------------------------------------- ---------- MECANISMO MOLECULAR DA CONTRAÇÃO MUSCULAR Ela ocorre por um mecanismo de deslizamento dos filamentos. Sarcômero relaxado → as extremidades dos filamentos de actina que se estendem de dois discos Z sucessivos mal se sobrepõem Sarcômero contraído → filamentos de actina são tracionados por entre os filamentos de miosina, de modo que suas extremidades se sobrepõem, umas às outras O que ocasiona os deslizamentos → potencial de ação passa pela fibra muscular ele faz com que o retículo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons cálcio, que rapidamente circulam pelas miofibrilas → íons de cálcio: ativam forças entre os filamentos de miosina e actina → é necessário que haja ATP para começar a contração. ------------------------------------------------------------- ---------- CARACTERÍSTICAS MOLECULARES DOS FILAMENTOS CONTRÁTEIS → Filamentos de miosina: múltiplas moléculas de miosina; elas são compostas de 6 cadeias polipeptídicas (2 pesadas e 4 leves) As duas cadeias pesadas se espiralam uma com a outra, para formar dupla hélice, chamada cauda ou haste da molécula de miosina. Uma ponta de cada uma dessas cadeias é dobrada para um dos lados, formando a estrutura polipeptídica globular chamada cabeça da miosina (tem 2 cabeças). As quatro cadeias leves também fazem parte da cabeça da miosina, duas para cada cabeça (ajudam a regular o funcionamento da cabeça durante a contração muscular). Laís Silva Gomes – 06/2021 @laissg1 O filamento de miosina é retorcido de forma que cada par sucessivo de pontes cruzadas é axialmente deslocado do par anterior por 120 graus. Essa torção assegura a extensão das pontes cruzadas em todas as direções em torno de um filamento. Atividade da Adenosina Trifosfatase da Cabeça de Miosina → Função: enzima adenosina trifosfatase (ATPase); essa propriedade permite que a cabeça clive o ATP e utilize a energia derivada das ligações de alta energia do fosfato do ATP para energizar o processo de contração Filamentos de actina → composição: actina, tropomiosina e troponina → filamento duplo e de duas moléculas de proteína F actina → se enroscam formando hélice → cada filamento em dupla hélice da actina F é composto por moléculas de actina G polimerizadas → ligada a cada molécula de actina G existe uma molécula de ADP Tropomiosina: espiraladas nos sulcos da dupla hélice da actina F; período de repouso, as moléculas de tropomiosina recobrem os locais ativos de filamento de actina, de forma a impedir que ocorra atração entre os filamentos de actina e de miosina para produzir contração Troponina: complexos de três subunidades proteicas frouxamente ligadas Uma das subunidades (troponina I) tem forte afinidade com a actina, outra (troponina T) com a tropomiosina e a terceira (troponina C) comos íons cálcio Responsável pela ligação da tropomiosina com a actina. A interação de um filamento de miosina com dois filamentos de actina e íons de cálcio causa contração TROPOMIOSINA: proteína longa e fina, constituída por duas cadeias polipeptídicas enroladas em forma de hélice, que se liga à actina durante o processo de contração muscular. TROPONINA: é um complexo de três proteínas que participam do processo de contração muscular no músculo esquelético e cardíaco, mas não no músculo liso. Músculo em repouso → tropomiosina está em contato com a actina; cobre a actina e impede contato com a miosina Músculo estimulado → o aumento da permeabilidade, induzido pelo estímulo na membrana celular, que se transmite ao REL libera Ca2+ no citosol → provoca deformação da troponina → separa tropomiosina e actina, que reagem com as cabeças da miosina e faz uma ponte entre esses filamentos → cabeça globular da miosina encurva e usa ATP, deslocando o filamento de actina, encurtando o sarcômero e provocando a contração muscular estriada ------------------------------------------------------------- ---------- A TEORIA DE “IR PARA DIANTE” (WALKALONG) DA CONTRAÇÃO Quando a cabeça se liga ao local ativo, essa ligação provoca, ao mesmo tempo, profundas alterações nas forças intramoleculares entre a cabeça e o braço dessas pontes cruzadas. O novo alinhamento de forças faz com que a cabeça se incline em direção ao braço e leve com ela o filamento de actina. Essa inclinação da cabeça é chamada força de deslocamento ou movimento de força (power stroke). Então, imediatamente após a inclinação, a cabeça de forma automática se separa do local ativo e, em seguida, retorna para sua direção estendida. Nessa posição, ela se combina com novo local ativo, situado mais adiante no filamento de actina; então a cabeça volta a se inclinar para efetuar novo movimento de força, e o filamento de actina move outro passo. Desse modo, as pontes cruzadas das cabeças se inclinam para frente e para trás, passo a passo, ao longo do filamento de actina, puxando as extremidades livres de dois filamentos sucessivos de actina em direção ao centro do filamento de miosina. ------------------------------------------------------------- ---------- ATP: FONTE DE ENERGIA PARA A CONTRAÇÃO Laís Silva Gomes – 06/2021 @laissg1 Quanto maior a quantidade de trabalho realizada pelo músculo, maior a quantidade de ATP degradada (efeito Fenn). Sequência: 1) Pontes cruzadas das cabeças se ligam ao ATP, que clivam em ADP e íon fosfato A cabeça se estende em direção ao filamento de actina 2) Complexo troponina-tropomiosina se liga ao cálcio Descobre os locais ativos no filamento de actina Cabeças de miosina se ligam a esses locais 3) Ligação entre a ponte cruzada e o local ativo gera alteração conformacional da cabeça Power stroke se inicia A energia que ativa esse movimento já está armazenada 4) Cabeça da ponte cruzada estando inclinada → há liberação do ADP e íon fosfato → onde foi liberado o ADP, nova molécula de ATP se liga → a ligação desse novo ATP causa o desligamento da cabeça pela actina 5) Após cabeça se desligar da actina, novo ATP é clivado para iniciar novo ciclo O processo ocorre, sucessivamente, até que os filamentos de actina puxem a membrana Z contra as extremidades dos filamentos de miosina, ou até que a carga sobre os músculos fique demasiadamente forte para que haja mais tração. O que determina a tensão que será desenvolvida pelo músculo que se contrai é o grau de superposição dos filamentos de actina. ------------------------------------------------------------- ---------- TRÊS FONTES DE ENERGIA PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR A maior parte da energia necessária para a contração é usada para ativar o mecanismo walk-along. ATP é clivado para formar ADP. ADP é rapidamente refosforilado e forma um novo ATP para permitir que o músculo continue a contrair. 1ª fonte de energia: fosfocreatina; molécula de creatina fosforilada que é um importante depósito de energia no músculo esquelético – transporta uma ligação fosfato de alta energia 2ª fonte de energia: glicólise do glicogênio previamente armazenado nas células musculares; resfosforilar ADP e reconstruir fosfocreatina; se mantém na ausência de O2; é rápido; tempo maior de energia, tempo maior de energia – mantém contração até 1 minuto; 3ª fonte de energia: metabolismo oxidativo (combinar o oxigênio com os produtos finais da glicogenólise e com vários outros nutrientes celulares, para liberar ATP); mais de 95% de toda a energia da contração muscular ------------------------------------------------------------- ---------- EFICIÊNCIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR É menor que 25%, com o restante se transformando em calor. A razão para essa baixa eficiência é que cerca da metade da energia dos nutrientes é perdida durante a formação do ATP, e mesmo assim somente 40% a 45% da energia do ATP podem ser posteriormente convertidos em trabalho. Eficiência máxima → só quando a contração muscular for em velocidade moderada Se o músculo se contrair lentamente ou sem qualquer movimento, pequenas quantidades do calor de manutenção são liberadas durante a contração, mesmo que pouco ou nenhum trabalho seja realizado, fazendo com que a eficiência da conversão diminua a zero. De modo inverso, se a contração for muito rápida, grande quantidade de energia é usada para superar a fricção viscosa no próprio músculo, o que também reduz a eficiência da contração. Geralmente ocorre eficiência máxima quando a velocidade da contração fica em torno de 30% da máxima. ------------------------------------------------------------- ---------- CARACTERÍSTICA DA CONTRAÇÃO DO MÚSCULO COMO UM TODO A contração muscular é dita isométrica quando o músculo não encurta durante contração, e isotônica quando encurta, mas sua tensão permanece constante por toda a contração. Sistema isométrico → Sistema isotônicos → ------------------------------------------------------------- ---------- FIBRAS MUSCULARES RÁPIDAS E LENTAS ▪ Fibras lentas → tipo 1; músculo vermelho o As fibras são menores que as fibras rápidas. o As fibras lentas são também inervadas por fibras nervosas menores. o Comparadas às fibras rápidas, as fibras lentas têm um sistema de vascularização mais extenso e mais capilares, para suprir quantidades extras de oxigênio. o As fibras lentas têm números muito elevados de mitocôndrias, também para Laís Silva Gomes – 06/2021 @laissg1 dar suporte aos altos níveis de metabolismo oxidativo. o As fibras lentas contêm grande quantidade de mioglobina, proteína que contém ferro, semelhante à hemoglobina nas hemácias. A mioglobina se combina com o oxigênio e o armazena até que ele seja necessário, o qual acelera também, notavelmente, o transporte de oxigênio para as mitocôndrias. A mioglobina dá ao músculo lento sua aparência avermelhada e o nome de músculo vermelho. ▪ Fibras rápidas → tipo 2; músculo branco o As fibras rápidas são grandes para obter uma grande força de contração. o Existe um retículo sarcoplasmático muito extenso, para a rápida liberação dos íons cálcio com o objetivo de desencadear a contração. o Estão presentes grandes quantidades de enzimas glicolíticas, para a rápida liberação de energia pelo processo glicolítico. o As fibras rápidas têm um suprimento de sangue menos extenso que as fibras lentas, porque o metabolismo oxidativo tem importância secundária. o As fibras rápidas têm menor número de mitocôndrias que as fibras lentas, também porque o metabolismo oxidativo é secundário. Ao déficit de mioglobina vermelha no músculo rápido damos o nome de músculo branco. ------------------------------------------------------------- ---------- MECÂNICA DA CONTRAÇÃO DO MÚSCULOESQUELÉTICO Todas as fibras musculares são inervadas por uma só fibra nervosa. Isso forma uma unidade motora (um neurônio motor e o grupo de fibras de músculo esquelético que inerva). → Quantidade de fibras motoras x fibras nevosas ▪ Músculos pequenos: reagem rápido; controle mais preciso; mais fibra nervosa que muscular ▪ Músculos grandes: reagem devagar; controle menos preciso; mais fibra muscular que nervosa ------------------------------------------------------------- ---------- SOMAÇÃO DE FORÇAS É quando há contrações musculares com forças diferentes. Soma de abalos individuais. Ocorre por: 1) Aumento do nº de unidades motoras que se contraem ao mesmo tempo: somação por fibras múltiplas SNC manda sinal fraco para músculo contrair → menores unidades musculares são estimuladas → força do sinal aumenta → unidades maiores são estimuladas Principio do tamanho: permite a gradação da força muscular durante uma contração fraca que ocorre em pequenas etapas. Diferentes unidades motoras são ativadas de forma assincrônica. A contração ocorre, alternadamente, entre as diferentes unidades motoras, uma após a outra → causa contração suave e regular. 2) Aumento da frequência de contração: somação por frequência (pode levar à tetanização) A contração ocorre, alternadamente, entre as diferentes unidades motoras, uma após a outra → frequência vai aumentando → cada nova contração ocorre antes que a anterior termine → a segunda contração é parcialmente somada à anterior → quando a frequência atinge um nível crítico, as contrações sucessivas, eventualmente, ficam tão rápidas que se fundem, e a contração total do músculo aparenta ser completamente uniforme e contínua (tetanização) ------------------------------------------------------------- ---------- EFEITO TREPPE (EFEITO DA ESCADA) A força da contração aumenta até atingir um platô, fenômeno conhecido por efeito da escada ou treppe. Causado pelo aumento de íons de cálcio no citosol, devido à liberação contínua de mais íons de cálcio pelo reticulo sarcoplasmático a cada potencial de ação do músculo e à falha do sarcoplasma de recaptar imediatamente esses íons. Laís Silva Gomes – 06/2021 @laissg1 ------------------------------------------------------------- ---------- TÔNUS DO MÚSCULO ESQUELÉTICO Tensão que o músculo apresenta quando está em repouso. Resulta inteiramente de baixa frequência de impulsos nervosos vindos da medula espinal. ------------------------------------------------------------- ---------- FADIGA MUSCULAR Contrações musculares fortes, perdurando por período prolongado, levam ao bem conhecido estado de fadiga muscular. Ela aumenta em proporção quase direta com a intensidade da depleção do glicogênio muscular. Surgem, em grande parte, da incapacidade contrátil e do processo metabólico das fibras musculares de continuar a manter a mesma quantidade de trabalho. A interrupção do fluxo sanguíneo, durante a contração do músculo, leva à fadiga muscular quase total em 1 a 2 minutos, devido à perda do suprimento de nutrientes, especialmente de oxigênio. ------------------------------------------------------------- ---------- SISTEMAS DE ALAVANCA DO CORPO Em resumo, a análise dos sistemas de alavancas do corpo depende do conhecimento (1) do ponto da inserção muscular; (2) da distância do fulcro da alavanca; (3) do comprimento do braço da alavanca; e (4) da posição da alavanca. O estudo dos diferentes tipos de músculos dos sistemas de alavanca e de seus movimentos é conhecido por cinesiologia, sendo um importante componente científico da fisioanatomia humana. ------------------------------------------------------------- ---------- COATIVAÇÃO DOS MÚSCULOS AGONISTAAS E ANTAGONISTAS Praticamente, todos os movimentos do corpo são causados por contrações simultâneas dos músculos agonistas e antagonistas nos lados opostos da articulação. Processo regulado pelos centros de controle motor do cérebro. ------------------------------------------------------------- ---------- REMODELAÇÃO DO MÚSCULO PARA SE AJUSTAR À SUA FUNÇÃO Remodelação → para ajustar às funções do corpo Dura poucas semanas ▪ Hipertrofia (aumento do número dos filamentos de actina e miosina em cada fibra muscular) e atrofia (massa muscular total diminui). A intensidade da síntese das proteínas contráteis no músculo é bem maior quando a hipertrofia está se desenvolvendo, gerando também aumento progressivo dos filamentos de actina e de miosina nas miofibrilas com frequência aumentando por até 50%. Quando um músculo fica sem uso por muitas semanas, a intensidade de degradação das proteínas contráteis é muito mais rápida do que a intensidade de sua reposição. ▪ Ajuste do comprimento dos músculos: se o estiramento for muito além do normal, novos sarcômeros são colocados na extremidade. Se o músculo permanece curto, sarcômeros são retirados da extremidade ▪ Hiperplasia das fibras musculares: é raro; quando ocorre, o mecanismo é a divisão linear das fibras previamente aumentadas. ▪ Desnervação muscular provoca uma rápida atrofia: quando o músculo para de receber estímulo nervoso; processo imediato de atrofia; após 2 meses → mudanças degenerativas Se suprimento voltar, reestabelecimento do musculo é em até 3 meses. No estágio final da atrofia de desnervação, a maioria das fibras musculares é destruída e substituída por tecido fibroso e gorduroso ------------------------------------------------------------- ---------- RECUPERAÇÃO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR NA POLIOMIELITE Fibras nervosas na maioria são destruídas. As restantes se ramificam para formar novos axônios, que então vão inervar muitas das fibras musculares paralisadas. Com isso há formação de unidades macromotoras (tem um tamanho grande) → tem 5 vezes o número normal de fibras musculares para cada motoneurônio Isso reduz a eficiência e a finura do controle que a pessoa tem sobre seus músculos ------------------------------------------------------------- ---------- RIGIDEZ CADAVÉRICA (RIGIS MORTIS) Laís Silva Gomes – 06/2021 @laissg1 Horas após a morte, os músculos se contraem e ficam rígidos mesmo sem potenciais de ação. Não tem ATP para separar as pontes cruzadas dos filamentos de actina. De 15 a 25 horas, as proteínas musculares degeneram e resulta na autólise das enzimas liberadas pelos lisossomos. ------------------------------------------------------------- ---------- DISTROFIA MUSCULAR Causam fraqueza e degeneração progressiva das fibras musculares, sendo substituídas por tecido graxo e colágeno. ------------------------------------------------------------- ---------- DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE (DMD) Afeta apenas homens. É transmitida como um traço recessivo ligado ao cromossomo X, sendo provocada pela mutação de um gene que codifica a proteína denominada distrofina. Distrofina → une as actinas às proteínas da membrana das células musculares A falta ou presença de formas mutadas da distrofina provoca desestabilização da membrana das células musculares, ativação de vários processos fisiopatológicos, incluindo uma manipulação alterada do cálcio intracelular e reparação alterada das membranas após um dano. Efeito importantes → aumento da permeabilidade ao cálcio da membrana, o que permite que os íons cálcio extracelulares entrem na fibra muscular e iniciem alterações nas enzimas intracelulares que, no final, conduz a proteólise e ruptura das fibras musculares. Sintoma principal → fraqueza muscular Forma mais leve → D.M de Becker → início tardio e índices de sobrevivência mais elevados
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