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Direito Penal (Parte Geral) (1)

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Direito Penal – parte Geral 
(Anotações das aulas dos Rogério Sanches e Masson + material do CP iuris + 
Ciclos + Ênfase [Ana Paula] + Emagis) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Última Atualização: 29/03/2021 
Sumário 
NOÇÕES GERAIS DE DIREITO PENAL ______________________________________________________ 14 
1. Conceito de Direito Penal ________________________________________________________________14 
2. Princípio da intervenção mínima __________________________________________________________15 
3. Criminologia e política criminal____________________________________________________________15 
4. Missão do Direito Penal _________________________________________________________________15 
4.1. Missão Mediata: ___________________________________________________________________________ 16 
4.2. Missão Imediata: __________________________________________________________________________ 16 
5. Função do direito penal __________________________________________________________________16 
6. Classificações do direito penal ____________________________________________________________19 
6.1. Direito penal substantivo e direito penal adjetivo ________________________________________________ 19 
6.2. Direito penal objetivo e direito penal subjetivo __________________________________________________ 19 
7. Limites Do Direito De Punir Estatal: ________________________________________________________20 
8. Direito penal de emergência e direito penal simbólico _________________________________________21 
9. CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIA X CRIMINALIZAÇÃO SECUNDÁRIA__________________________________21 
10. Direito Penal Promocional/Político/Demagogo _____________________________________________22 
11. Direito penal de intervenção ____________________________________________________________22 
12. Direito penal como proteção de contextos da vida em sociedade ______________________________22 
13. Direito penal garantista ________________________________________________________________23 
14. Direito Penal Secularizado ______________________________________________________________24 
15. Direito Penal Subterrâneo e Direito Penal Paralelo __________________________________________24 
16. Direito Penal Quântico ________________________________________________________________25 
17. Privatização do direito penal ____________________________________________________________25 
18. Velocidades do direito penal ____________________________________________________________26 
19. Espiritualização, dinamização ou desmaterialização do bem jurídico: ___________________________27 
20. Garantismo hiperbólico monocular: ______________________________________________________27 
21. Ecocídio ____________________________________________________________________________28 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA ________________________________________________________________ 29 
1. Período da Vingança ____________________________________________________________________29 
2. Período Iluminista ______________________________________________________________________29 
3. Período das Escolas Penais _______________________________________________________________29 
4. Direito penal brasileiro __________________________________________________________________30 
FONTES DO DIREITO PENAL ____________________________________________________________ 31 
1. Doutrina clássica _______________________________________________________________________31 
2. Doutrina moderna ______________________________________________________________________31 
2.1. Costume _________________________________________________________________________________ 32 
3. Características da lei penal _______________________________________________________________33 
4. Classificação da lei penal _________________________________________________________________33 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL _________________________________________________________ 34 
1. Quanto à ORIGEM (ou ao sujeito que interpreta): _____________________________________________34 
2. Quanto ao MODO/MEIOS ou MÉTODOS: ____________________________________________________34 
3. Quanto ao RESULTADO: _________________________________________________________________34 
4. Formas de interpretar a lei penal __________________________________________________________36 
4.1. Interpretação extensiva _____________________________________________________________________ 36 
4.2. Interpretação analógica _____________________________________________________________________ 36 
4.3. Analogia _________________________________________________________________________________ 36 
TEORIA GERAL DA NORMA PENAL _______________________________________________________ 39 
1. Princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos _____________________________________________39 
2. Princípio da intervenção mínima __________________________________________________________40 
3. Princípio da insignificância (ou criminalidade da bagatela): _____________________________________41 
4. Princípio da adequação social: ____________________________________________________________45 
5. Princípio da exteriorização ou da materialização do fato: _______________________________________45 
6. Princípio da legalidade: __________________________________________________________________46 
7. Princípio da ofensividade ou lesividade _____________________________________________________48 
7.1. Princípio da ALTERIDADE_______________________________________________________________________ 49 
8. Princípio da responsabilidade pessoal ______________________________________________________49 
9. Princípio da responsabilidade subjetiva _____________________________________________________49 
10. Princípio da culpabilidade ______________________________________________________________50 
11. Princípio da presunção de inocência (não culpabilidade) ______________________________________50 
12. Princípio da pessoalidade ______________________________________________________________50 
13. Princípio da vedação do bis in idem _______________________________________________________50 
14. Princípio da confiança _________________________________________________________________51 
EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO ______________________________________________________ 57 
1. Introdução ____________________________________________________________________________57 
2. Tempo do crime ________________________________________________________________________58 
3. Sucessão de leis penais __________________________________________________________________58 
3.1. Novatio legis incriminadora: _________________________________________________________________ 59 
3.2. Novatio legis in pejus: ______________________________________________________________________ 59 
3.3. Abolitio criminis: __________________________________________________________________________ 59 
3.4. Novatio legis in mellius ou lex mitior: __________________________________________________________ 60 
3.5. Lei penal benéfica em período de vacatio legis: __________________________________________________ 61 
3.6. Combinação de leis penais (lex tertia): _________________________________________________________ 61 
3.7. Continuidade típico-normativa: _______________________________________________________________ 61 
4. Leis temporárias e excepcionais: __________________________________________________________62 
5. Retroatividade da jurisprudência: _________________________________________________________63 
6. Retroatividade da lei penal no caso de norma penal em branco: _________________________________63 
7. Lei intermediária mais benéfica ___________________________________________________________64 
LEI PENAL NO ESPAÇO ________________________________________________________________ 65 
1. Introdução e princípios __________________________________________________________________65 
2. Teorias da lei penal no espaço: ____________________________________________________________653. Território nacional: ______________________________________________________________________65 
3.1. Embaixadas: ______________________________________________________________________________ 66 
3.2. Passagem inocente: ________________________________________________________________________ 66 
4. Lugar do crime: _________________________________________________________________________66 
4.1. Extraterritorialidade: _______________________________________________________________________ 67 
4.1.1. Extraterritorialidade INCONDICIONADA: ___________________________________________________ 67 
4.1.2. Extraterritorialidade condicionada: _______________________________________________________ 68 
4.1.3. Extraterritorialidade hipercondicionada: ___________________________________________________ 68 
4.1.4. Competência para extraterritorialidade: ___________________________________________________ 68 
5. Pena cumprida no estrangeiro: ____________________________________________________________69 
EFICÁCIA DA LEI PENAL EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS __________________________________________ 70 
1. Imunidade diplomática __________________________________________________________________70 
2. Agente consular ________________________________________________________________________70 
3. Imunidades parlamentares: ______________________________________________________________70 
DISPOSIÇÕES GERAIS __________________________________________________________________ 75 
1. Eficácia da sentença estrangeira: __________________________________________________________75 
2. Contagem de prazo: _____________________________________________________________________75 
2.1. Frações não computáveis da pena: ____________________________________________________________ 75 
3. Conflito aparente de normas: _____________________________________________________________75 
TEORIA GERAL DO CRIME: INTRODUÇÃO __________________________________________________ 79 
1. Conceito de infração penal: _______________________________________________________________79 
2. Diferença entre crime e contravenção: _____________________________________________________79 
3. Sujeito ativo do crime: ___________________________________________________________________80 
3.1. Responsabilização penal da pessoa jurídica: _____________________________________________________ 81 
3.1.1. Responsabilização penal da pessoa jurídica dissolvida: ________________________________________ 81 
3.1.2. Responsabilização penal da pessoa jurídica de direito público: _________________________________ 82 
3.2. Crime comum, crime próprio e crime de mão própria _____________________________________________ 83 
4. Sujeito passivo do crime: _________________________________________________________________84 
4.1. Espécies de sujeito passivo: __________________________________________________________________ 84 
4.2. Classificação do sujeito passivo: _______________________________________________________________ 84 
4.3. Crime contra o morto: _______________________________________________________________________ 85 
5. Simultaneidade de sujeição ativa e passiva: _________________________________________________85 
6. Objeto jurídico do crime e objeto material: __________________________________________________85 
7. Classificação dos crimes: _________________________________________________________________86 
7.1. Classificação quanto ao resultado: ____________________________________________________________ 86 
7.2. Classificação quanto ao sujeito: _______________________________________________________________ 87 
7.3. Classificação quanto ao ânimo do agente: ______________________________________________________ 87 
7.4. Classificação quanto ao momento de consumação: _______________________________________________ 87 
7.5. Crime consumado ou tentado: ________________________________________________________________ 88 
7.6. Crime de dano ou crime de perigo: ____________________________________________________________ 88 
7.7. Crime simples, complexo, qualificado e privilegiado:_______________________________________________ 88 
7.8. Crime plurissubjetivo, unissubjetivo ou eventualmente coletivo: ____________________________________ 89 
7.9. Crime omissivo ou comissivo: ________________________________________________________________ 89 
7.10. Crime unissubsistente ou plurissubsistente: _____________________________________________________ 90 
8. Crime habitual: ________________________________________________________________________91 
9. Crime exaurido: ________________________________________________________________________91 
10. Crime de ação única ou crime de ação múltipla: ____________________________________________91 
11. Crime falho e quase-crime: _____________________________________________________________92 
12. Crime de atentado ____________________________________________________________________92 
13. Crime de resultado cortado e crime mutilado de dois atos ____________________________________92 
14. Delito de tendência interna transcendente: ________________________________________________92 
15. Crime de acumulação: _________________________________________________________________93 
16. Crime de rua ou crime de colarinho azul: __________________________________________________93 
17. Crime de olvido: ______________________________________________________________________93 
18. Quanto à existência autônoma do crime: __________________________________________________93 
19. Quanto à necessidade de exame de corpo de delito como prova:________________________________93 
20. Quanto ao vínculo existente entre os crimes: ______________________________________________94 
21. Quanto à liberdade para iniciar a ação penal: ______________________________________________94 
22. Outras classificações: __________________________________________________________________94 
23. Substratos do crime: ___________________________________________________________________97 
TEORIA GERAL DO CRIME: FATO TÍPICO _________________________________________________ 100 
1. Conceito e elementos do fato típico ______________________________________________________ 101 
2. Conduta ____________________________________________________________________________ 102 
2.1. Teorias da conduta: _______________________________________________________________________ 102 
2.1.1. Teoria causalista / Causal-naturalista/ Clássica / Mecanicista / Naturalística (natural): _______________ 102 
2.1.2. Teoria Neokantista / Causal-Valorativa / Normativista (Neoclássica): ___________________________ 104 
2.1.3. Teoria Finalista, Final ou Ôntico-Fenomenológico: __________________________________________ 105 
2.1.3.1. Teoria cibernética: __________________________________________________________________ 106 
2.1.4. Teoria social da ação: _________________________________________________________________ 107 
2.1.5. Teorias funcionalistas: _________________________________________________________________ 107 
2.1.5.1. Funcionalismo Moderado / dualista / Da política criminal / Valorativo (teleológico): _____________ 107 
2.1.5.2. Funcionalismo Radical / Monista (Sistêmico): _____________________________________________ 108 
2.1.6. Teoria da ação significativa _____________________________________________________________ 109 
2.2. Elementos da conduta: _____________________________________________________________________ 110 
2.3. Causas de exclusão da conduta: ______________________________________________________________ 110 
2.4. Formas de conduta: _______________________________________________________________________ 110 
2.4.1. Conduta dolosa ______________________________________________________________________ 111 
2.4.2. Conduta Culposa: _____________________________________________________________________ 115 
2.4.3. Conduta preterdolosa:_________________________________________________________________ 120 
2.5. Erros de tipo: ____________________________________________________________________________120 
2.5.1. diferença entre erro de tipo e erro de proibição: ____________________________________________ 121 
2.5.2. Erro de tipo essencial: _________________________________________________________________ 122 
2.5.3. Erro de tipo acidental: _________________________________________________________________ 122 
2.5.3.1. Erro sobre o objeto (error in objecto): __________________________________________________ 123 
2.5.3.2. Erro quanto a pessoa (error in persona): ________________________________________________ 123 
2.5.3.3. Erro na execução (aberratio ictus): _____________________________________________________ 124 
2.5.3.4. Resultado diverso do pretendido (aberratio criminis ou aberratio delicti): _____________________ 125 
2.5.3.5. Erro sobre o nexo causal: ____________________________________________________________ 126 
2.5.4. Diferença Erro de Tipo Essencial e Delito Putativo por Erro De Tipo (delito de alucinação): __________ 127 
2.5.5. Competência do Erro de Tipo: ___________________________________________________________ 127 
2.6. Erro de Subsunção e Erro de Proibição: ________________________________________________________ 127 
2.7. Erro Provocado por Terceiro: ________________________________________________________________ 128 
2.8. Classificação dos crimes quanto ao modo de execução: ___________________________________________ 128 
3. Resultado: __________________________________________________________________________ 130 
4. Nexo causal ou Relação de causalidade:____________________________________________________ 132 
4.1. conceito e teorias: ________________________________________________________________________ 132 
4.2. Concausas: _______________________________________________________________________________ 133 
4.2.1. Concausas absolutamente independentes: ________________________________________________ 133 
4.2.2. Concausas relativamente independentes: _________________________________________________ 134 
4.3. Da causalidade adequada para a teoria da imputação objetiva. ____________________________________ 138 
5. Teoria da imputação objetiva: __________________________________________________________ 138 
5.1. criação ou incremento de um risco juridicamente proibido: _______________________________________ 138 
5.2. realização do risco proibido no resultado: _____________________________________________________ 139 
5.3. resultado dentro do alcance do tipo __________________________________________________________ 139 
5.1. Teoria dos papeis._________________________________________________________________________ 145 
6. Causalidade nos Crimes Omissivos: ______________________________________________________ 146 
7. Tipicidade penal ______________________________________________________________________ 146 
TEORIA GERAL DO CRIME: ILICITUDE ____________________________________________________ 161 
1. Conceito: ___________________________________________________________________________ 161 
2. Teorias que explicam a relação entre fato típico e ilicitude:____________________________________ 161 
3. Causas Excludentes da Ilicitude (descriminantes): ___________________________________________ 163 
3.1. Estado de necessidade: _____________________________________________________________________ 165 
3.1.1. Conceito ____________________________________________________________________________ 165 
3.1.2. Requisitos do estado de necessidade: ____________________________________________________ 165 
3.1.3. Estado de necessidade em crime habitual e em crime permanente: ____________________________ 166 
3.1.4. Estado de necessidade contra estado de necessidade: _______________________________________ 167 
3.1.5. Estado de necessidade e erro na execução: ________________________________________________ 167 
3.2. Legítima defesa: __________________________________________________________________________ 167 
3.2.1. Conceito – art. 25, CP __________________________________________________________________ 167 
3.2.2. Requisitos da legítima defesa: __________________________________________________________ 167 
3.2.3. Legítima defesa e erro na execução: ______________________________________________________ 170 
3.2.4. Legítima defesa recíproca: _____________________________________________________________ 170 
3.2.5. Legítima defesa sucessiva: _____________________________________________________________ 170 
3.2.6. Legítima defesa real contra legítima defesa putativa (ato injusto): _____________________________ 170 
3.2.7. Legítima defesa putativa recíproca _______________________________________________________ 170 
3.2.8. Estado de necessidade vs. Legítima defesa: ________________________________________________ 171 
3.3. Estrito cumprimento do dever legal: __________________________________________________________ 172 
3.3.1. Conceito ____________________________________________________________________________ 172 
3.3.2. Requisitos___________________________________________________________________________ 172 
3.3.3. Destinatários da excludente:____________________________________________________________ 172 
3.3.4. Limites da excludente: _________________________________________________________________ 172 
3.3.5. Incompatibilidade com os crimes culposos: ________________________________________________ 173 
3.3.6. Comunicabilidade da excludente: ________________________________________________________ 173 
3.4. Exercício regular de um direito: ______________________________________________________________ 173 
3.4.1. Conceito ____________________________________________________________________________ 173 
3.4.2. Requisitos___________________________________________________________________________ 173 
3.4.3. Distinções entre estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito: ________________ 174 
4. Ofendículos ou ofensáculas_____________________________________________________________ 174 
4.1. Conceito ________________________________________________________________________________ 174 
4.2. Natureza jurídica _________________________________________________________________________ 175 
5. Causas supralegais de exclusão da ilicitude _________________________________________________ 175 
5.1. Requisitos do consentimento como causa excludente da ilicitude: __________________________________ 175 
6. Excesso na justificante _________________________________________________________________ 176 
7. Descriminante putativa ________________________________________________________________ 177 
8. Erro quanto à existência da descriminante ________________________________________________ 177 
8.1. Erro quanto aos pressupostos fáticos (descriminante putativa por erro de tipo) _______________________ 178 
TEORIA GERAL DO CRIME: CULPABILIDADE _______________________________________________ 186 
1. Conceito ____________________________________________________________________________ 186 
2. Teorias da culpabilidade: _______________________________________________________________ 187 
1.1. Teoria psicológica da culpabilidade, sistema causal-naturalista ou clássico (Franz Von Liszt e Ernest Von Beling, 
final do século XIX): ______________________________________________________________________________ 188 
1.2. Teoria psicológica-normativa, normativa, sistema neoclássico ou neokantista (Reinhard Frank – 1907): ____ 188 
1.3. Teoria normativa pura, estrita ou extremada (Hans Welzel – 1930): __________________________________ 189 
1.5. TEORIA FUNCIONAL DA CULPABILIDADE _______________________________________________________ 194 
1.6. TIPO POSITIVO E NEGATIVO DE CULPABILIDADE ________________________________________________ 194 
1.7. CULPABILIDADE FORMAL E MATERIAL ________________________________________________________ 199 
2. Coculpabilidade ______________________________________________________________________ 200 
2.1. Coculpabilidade às avessas: _________________________________________________________________ 201 
2.2. A VULNERABILIDADE(CULPABILIDADE PELA VULNERABILIDADE): __________________________________ 201 
3. Culpabilidade do autor ou culpabilidade do fato: ____________________________________________ 202 
3.1. Elementos da culpabilidade:_________________________________________________________________ 202 
3.1.1. Imputabilidade, atribuibilidade ou Capacidade de culpabilidade: ______________________________ 202 
3.1.1.1. Conceito e elementos de imputabilidade ________________________________________________ 202 
3.1.1.2. Critérios da imputabilidade __________________________________________________________ 202 
3.1.1.3. Inimputabilidade em razão da capacidade mental do agente: _______________________________ 203 
3.1.1.4. Inimputabilidade em razão da idade ___________________________________________________ 203 
3.1.1.5. Inimputabilidade em razão da embriaguez: ______________________________________________ 204 
3.1.1.6. Embriaguez não acidental ____________________________________________________________ 204 
3.1.1.7. Embriaguez acidental: _______________________________________________________________ 204 
3.1.1.8. Imputabilidade do índio não integrado _________________________________________________ 207 
3.1.1.9. Emoção e paixão ___________________________________________________________________ 207 
3.1.2. Potencial consciência da ilicitude: ________________________________________________________ 207 
3.1.2.1. Conceito __________________________________________________________________________ 208 
3.1.2.2. Erro de proibição ___________________________________________________________________ 209 
3.1.2.3. Espécies de erro de proibição _________________________________________________________ 210 
3.1.3. Exigibilidade de conduta diversa:_________________________________________________________ 212 
3.1.3.1. Conceito __________________________________________________________________________ 212 
3.1.3.2. Coação moral irresistível _____________________________________________________________ 212 
3.1.3.3. Obediência hierárquica ______________________________________________________________ 212 
4. Dirimentes supralegais ________________________________________________________________ 213 
TEORIA GERAL DO CRIME: PUNIBILIDADE ________________________________________________ 222 
1. Conceito ____________________________________________________________________________ 222 
2. Causas extintivas da punibilidade ________________________________________________________ 223 
2.1. Morte do agente: _________________________________________________________________________ 225 
2.2. Anistia, graça e indulto: ____________________________________________________________________ 226 
2.2.1. Anistia _____________________________________________________________________________ 226 
2.2.2. Graça e indulto _______________________________________________________________________ 226 
2.2.3. Anistia, graça e indulto e os crimes hediondos ______________________________________________ 228 
2.3. Abolitio criminis __________________________________________________________________________ 228 
2.4. Decadência ______________________________________________________________________________ 229 
2.5. Perempção: ______________________________________________________________________________ 229 
3. Prescrição ___________________________________________________________________________ 230 
3.1. Diferença entre decadência e prescrição _______________________________________________________ 230 
3.2. Hipóteses de imprescritibilidade _____________________________________________________________ 231 
3.3. Espécies de prescrição _____________________________________________________________________ 231 
3.3.1. Prescrição da pretensão punitiva em abstrato (propriamente dita) _____________________________ 232 
3.3.1.1. Lapso Temporal Da Prescrição ________________________________________________________ 232 
3.3.1.2. Causas de aumento e de diminuição, qualificadoras, agravantes e atenuantes para fins de prescrição
 233 
3.3.1.3. Começo do Prazo Prescricional ________________________________________________________ 233 
3.3.1.4. Causas Suspensivas da Prescrição______________________________________________________ 234 
3.3.1.5. Causas Interruptivas da Prescrição _____________________________________________________ 236 
3.3.2. Prescrição da Pretensão Punitiva Superveniente, Subsequente ou Intercorrente __________________ 241 
3.3.3. Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa _______________________________________________ 242 
3.3.4. Prescrição da Pretensão Punitiva Virtual (Antecipada ou em Perspectiva ou Prognose) _____________ 242 
3.3.5. Prescrição da Pretensão Executória ______________________________________________________ 242 
3.3.5.1. Termo Inicial da Prescrição da Pretensão Executória _______________________________________ 243 
3.3.5.2. Causas de Suspensão da Prescrição da Pretensão Executória _________________________________ 243 
3.3.5.3. Causas de Interrupção da Prescrição da Pretensão Executória segundo o art. 117, o curso da prescrição é 
interrompido: ______________________________________________________________________________ 243 
3.4. Prescrição para atos infracionais _____________________________________________________________ 244 
3.5. Prescrição da pena de multa ________________________________________________________________ 244 
3.6. Redução dos prazos prescricionais ____________________________________________________________ 244 
3.7. Prescrição e medida de segurança ____________________________________________________________ 245 
4. Renúncia ao direito de agir _____________________________________________________________ 245 
5. Perdão do ofendido ___________________________________________________________________ 245 
6. Retratação do agressor ________________________________________________________________ 246 
7. Perdão judicial _______________________________________________________________________ 246 
TEORIA GERAL DO CRIME: ITER CRIMINIS ________________________________________________ 247 
1. CONCEITO ___________________________________________________________________________ 247 
2. FASES ______________________________________________________________________________ 247 
3. Teorias que tratam do momento em que o ato preparatório passa a ser ato executório _____________ 249 
4. CONSUMAÇÃO _______________________________________________________________________ 250 
4.1. QUANTO À CONSUMAÇÃO, DEVEMOS RELEMBRAR ALGUMAS CLASSIFICAÇÕES DOUTRINÁRIAS JÁ ESTUDADAS 
OUTRORA: _____________________________________________________________________________________ 251 
5. TENTATIVA __________________________________________________________________________ 252 
5.1. Conceito ________________________________________________________________________________ 252 
5.2. Punição da tentativa _______________________________________________________________________ 252 
5.3. Critério para punição ______________________________________________________________________ 253 
5.4. Elementos da tentativa ____________________________________________________________________ 253 
5.5. Espécies de tentativa ______________________________________________________________________ 253 
5.6. Infrações penais que não admitem tentativa ___________________________________________________ 254 
6. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ _____________________________________ 255 
6.1. Conceito ________________________________________________________________________________ 255 
6.2. Natureza jurídica _________________________________________________________________________ 255 
6.3. Análise dos institutos ______________________________________________________________________ 255 
7. Arrependimento posterior _____________________________________________________________ 256 
8. Crime impossível _____________________________________________________________________ 259 
TEORIA GERAL DO CRIME: CONCURSO DE PESSOAS ________________________________________268 
1. CONCEITO ___________________________________________________________________________ 268 
2. Requisitos ___________________________________________________________________________ 269 
3. Teorias: _____________________________________________________________________________ 270 
4. Formas de praticar o crime quanto ao sujeito: ______________________________________________ 271 
4.1. Autoria (animus auctoris) ___________________________________________________________________ 271 
4.1.1. Autoria mediata: _____________________________________________________________________ 275 
4.1.2. Autoria colateral (imprópria ou paralela): __________________________________________________ 275 
4.1.2.1. Autoria Colateral Complementar ______________________________________________________ 276 
4.1.3. Multidão delinquente:_________________________________________________________________ 276 
4.1.4. Coautoria: __________________________________________________________________________ 277 
4.1.5. Autoria de Determinação ______________________________________________________________ 277 
4.1.6. Autoria Ignorada _____________________________________________________________________ 277 
4.1.7. Autoria de Reserva ___________________________________________________________________ 278 
4.1.11. Coautoria Alternativa _________________________________________________________________ 278 
4.1.12. Atuação em Nome de Outrem __________________________________________________________ 278 
4.1.13. Autoria por Convicção _________________________________________________________________ 279 
4.2. Participação (animus socci): _________________________________________________________________ 279 
4.2.1. Espécies de partícipe: __________________________________________________________________ 279 
4.2.2. Teorias da punição do partícipe: _________________________________________________________ 279 
4.2.3. Participação em cadeia e participação sucessiva: ____________________________________________ 279 
5. Concurso de pessoas em crimes culposos: _________________________________________________ 280 
6. Concurso de pessoas em crimes omissivos_________________________________________________ 280 
7. Participação de menor importância:______________________________________________________ 280 
8. Participação dolosamente distinta: ______________________________________________________ 281 
9. Comunicabilidade das circunstâncias, condições e elementares: _______________________________ 281 
10. Participação impunível: ______________________________________________________________ 282 
11. Alias Facturus ______________________________________________________________________ 282 
12. Participação Negativa (Conivência)_____________________________________________________ 282 
13. Participação em Ação Alheia __________________________________________________________ 282 
TEORIA GERAL DA PENA: CONCEITOS E FUNDAMENTOS ____________________________________ 287 
1. Conceitos e fundamentos ______________________________________________________________ 287 
a. VIAS DO DIREITO PENAL ______________________________________________________________________ 287 
2. Finalidades (ou funções) da pena: ________________________________________________________ 287 
3. Teorias da pena: ______________________________________________________________________ 288 
3.1. Teoria negativa ou agnóstica (Zaffaroni): _________________________________________________________ 288 
3.2. Teoria dialética da pena (Zaffaroni): ___________________________________________________________ 290 
3.3. Teoria retributiva - absoluta (Kant e Hegel): _______________________________________________________ 290 
3.4. Teorias Preventivas __________________________________________________________________________ 292 
3.4.1. Teoria preventiva geral intimidatória (negativa): ________________________________________________ 292 
3.4.2. Teoria preventiva geral integradora (positiva): _________________________________________________ 292 
3.4.3. Teoria preventiva especial ressocializadora (positiva): ___________________________________________ 292 
3.4.4. Teoria preventiva especial inocuizadora (negativa): _____________________________________________ 293 
4. Finalidade da pena no Brasil: ___________________________________________________________ 293 
5. Justiça restaurativa: ___________________________________________________________________ 294 
6. TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS: BROKEN WINDOWS THEORY ______________________________ 294 
7. TEORIA DOS TESTÍCULOS DESPEDAÇADOS: BREAKING BALLS THEORY ___________________________ 295 
8. ABOLICIONISMO PENAL _________________________________________________________________ 295 
9. DIREITO PENAL SUBTERRÂNEO __________________________________________________________ 296 
10. Princípios informadores da pena _______________________________________________________ 296 
11. Penas proibidas no Brasil _____________________________________________________________ 298 
12. Penas permitidas no Brasil ____________________________________________________________ 299 
TEORIA GERAL DA PENA: APLICAÇÃO DA PENA ___________________________________________ 301 
1. Fixação da pena privativa de liberdade ____________________________________________________ 301 
1.1. Conceito ________________________________________________________________________________ 301 
1.2. PRESSUPOSTO____________________________________________________________________________ 301 
1.3. SISTEMAS OU CRITÉRIOS ___________________________________________________________________ 301 
1.3.1. SISTEMA BIFÁSICO ____________________________________________________________________ 301 
1.3.2. SISTEMA TRIFÁSICO (Sistema Nélson Hungria) ______________________________________________ 301 
2. Primeira fase: circunstâncias judiciais: ____________________________________________________ 302 
3. Segunda fase: agravantes e atenuantes: ___________________________________________________ 305 
4. Terceira fase: causas de aumento e de diminuição da pena ____________________________________ 315 
4.1. Concurso (homogêneo) entre causas de aumento ________________________________________________ 315 
4.1.1. Concurso entre causas de aumento previstas na parte geral ___________________________________ 315 
4.1.2. Concurso entre causas de aumento previstas na parte especial _________________________________ 315 
4.2. Concurso (homogêneo) entre causas de diminuição ______________________________________________ 316 
4.2.1. Concurso entre causas de diminuição previsto na parte geral ___________________________________ 316 
4.2.2. Concurso entre causas de diminuição previstas na parte especial _______________________________ 316 
4.2.3. Concurso entre causas de diminuição previstas na parte geral e na parte especial __________________ 316 
4.2.4. Concurso entre causas de aumento e de diminuição _________________________________________ 316 
5. Regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade _________________________________ 316 
6. Espécies de pena privativa de liberdade ___________________________________________________ 320 
7. Fixação do regime inicial de cumprimento de pena e detração _________________________________ 322 
8. Penas e medidas alternativas à prisão_____________________________________________________ 323 
9. Suspensão condicional da pena: _________________________________________________________ 332 
9.1. Conceito: ________________________________________________________________________________ 332 
9.2. Sistemas do sursis: ________________________________________________________________________ 333 
9.3. Espécies, requisitos e condições: _____________________________________________________________ 334 
9.4. Sursis simples e sursis especial ______________________________________________________________ 334 
9.4.1. Sursis simples: _______________________________________________________________________ 334 
9.4.2. Sursis especial: _______________________________________________________________________336 
9.4.3. Sursis etário: ________________________________________________________________________ 337 
9.4.4. Sursis humanitário ____________________________________________________________________ 337 
9.4.5. Sursis nas Lei de Crimes Ambientais: _____________________________________________________ 338 
10. Revogação do sursis: ________________________________________________________________ 338 
10.1. Revogação obrigatória: _____________________________________________________________________ 338 
10.2. Revogação facultativa: _____________________________________________________________________ 338 
11. Livramento condicional: _____________________________________________________________ 342 
11.1. Conceito: ________________________________________________________________________________ 342 
11.2. Requisitos _______________________________________________________________________________ 342 
11.2.1. Requisitos objetivos: __________________________________________________________________ 342 
11.2.2. Requisitos subjetivos: _________________________________________________________________ 343 
12. Condições para o livramento condicional ________________________________________________ 344 
12.1. Concessão e execução do livramento condicional ________________________________________________ 344 
12.2. Revogação do livramento condicional _________________________________________________________ 344 
12.2.1. Revogação obrigatória _________________________________________________________________ 344 
12.2.2. Revogação facultativa _________________________________________________________________ 345 
12.3. Prorrogação do livramento condicional ________________________________________________________ 345 
13. Extinção da pena ___________________________________________________________________ 346 
TEORIA GERAL DA PENA: CONCURSO DE CRIMES __________________________________________ 352 
1. Introdução __________________________________________________________________________ 352 
1.1. Conceito ________________________________________________________________________________ 352 
1.2. Sistemas de aplicação da pena ______________________________________________________________ 352 
2. Concurso material ou real: _____________________________________________________________ 353 
2.1. Conceito ________________________________________________________________________________ 353 
2.2. Requisitos _______________________________________________________________________________ 353 
2.3. Condenação a pena de reclusão e de detenção _________________________________________________ 353 
2.4. Condenação a pena privativa de liberdade e restritiva de direitos __________________________________ 353 
2.5. Concurso material e penas restritivas de direitos ________________________________________________ 354 
2.6. Espécies de concurso material _______________________________________________________________ 354 
2.7. Regras de fixação de pena no concurso material _________________________________________________ 354 
2.8. Concurso material e concessão de fiança depois da Lei 12.403/2011 __________________________________ 354 
2.9. Concurso material e suspensão condicional do processo __________________________________________ 354 
2.10. Concurso material e prescrição ______________________________________________________________ 354 
3. Concurso formal (ou ideal) de crimes _____________________________________________________ 355 
3.1. Conceito ________________________________________________________________________________ 355 
3.2. Requisitos do concurso formal _______________________________________________________________ 355 
3.3. Espécies de concurso formal: ________________________________________________________________ 355 
3.4. Regras de fixação da pena __________________________________________________________________ 356 
3.4.1. Concurso formal próprio _______________________________________________________________ 356 
3.4.2. Concurso formal impróprio (imperfeito) __________________________________________________ 356 
4. Crime continuado ou continuidade delitiva ________________________________________________ 359 
4.1. Conceito ________________________________________________________________________________ 359 
4.2. Espécies de crime continuado _______________________________________________________________ 360 
4.2.1. Crime continuado genérico _____________________________________________________________ 360 
4.2.2. Crime continuado específico ____________________________________________________________ 361 
4.3. Súmula 711 do STF ________________________________________________________________________ 362 
4.4. Súmula 723 do STF ________________________________________________________________________ 362 
4.5. Aplicação cumulativa de concurso formal e continuidade delitiva ___________________________________ 362 
4.6. Continuidade delitiva e homicídio doloso ______________________________________________________ 362 
4.7. Crime continuado e multa __________________________________________________________________ 362 
5. Questões complementares _____________________________________________________________ 363 
1. TEORIA GERAL DA PENA: MEDIDAS DE SEGURANÇA ____________________________________ 371 
TEORIA GERAL DA PENA: EFEITOS DA CONDENAÇÃO _______________________________________ 376 
1. Introdução __________________________________________________________________________ 376 
2. Efeitos extrapenais____________________________________________________________________ 378 
2.1. Efeitos extrapenais genéricos _______________________________________________________________ 378 
2.2. Efeitos extrapenais específicos ______________________________________________________________ 378 
2.2.1. Perda de cargo, função pública ou mandato eletivo _________________________________________ 382 
2.2.2. Incapacidade para o exercício do poder familiar, tutela ou curatela ____________________________ 383 
2.2.3. Inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso ________ 384 
3. Efeitos da condenação na legislação extravagante ___________________________________________ 384 
TEORIA GERAL DA PENA: REABILITAÇÃO _________________________________________________ 386 
1. Conceito ____________________________________________________________________________ 386 
2. Efeitos______________________________________________________________________________ 386 
3. Requisitos da reabilitação ______________________________________________________________ 386 
4. Revogação da reabilitação ______________________________________________________________ 387 
5. Competência ________________________________________________________________________ 387 
6. Recurso _____________________________________________________________________________ 387 
7. Pluralidade de condenações ____________________________________________________________ 387 
8. Reabilitação x reincidência _____________________________________________________________ 387 
AÇÃO PENAL _______________________________________________________________________ 388 
1. Conceito ____________________________________________________________________________ 388 
2. Características________________________________________________________________________ 388 
3. Condições da ação ____________________________________________________________________ 388 
4. Classificação da ação penal _____________________________________________________________ 389 
4.1. Ação penal pública incondicionada ___________________________________________________________ 389 
4.2. Ação penal pública condicionada _____________________________________________________________ 390 
4.2.1. Representação do ofendido _____________________________________________________________ 390 
4.2.2. Requisição do Ministro da Justiça ________________________________________________________ 391 
4.3. Ação penal de iniciativa privada ______________________________________________________________391 
4.3.1. Ação penal exclusivamente privada ______________________________________________________ 391 
4.3.2. Ação penal privada personalíssima _______________________________________________________ 393 
4.3.3. Ação penal privada subsidiária da pública: _________________________________________________ 393 
4.3.4. Institutos que ensejam a extinção da punibilidade nos crimes perseguidos mediante ação penal privada 393 
4.4. Ação penal nos crimes contra a honra _________________________________________________________ 394 
 
 
 
 
NOÇÕES GERAIS DE DIREITO PENAL 
24% - Magistratura 18% - Delegado 
 
1. Conceito de Direito Penal 
Rogério Sanches diz que direito penal possui três aspectos: 
Sob o ASPECTO FORMAL (ESTÁTICO), o direito penal é um conjunto de normas jurídicas que 
qualificam certos comportamentos humanos (ações ou omissões) como infrações penais. São normas que 
definem essas condutas, definem quem as pratica (os agentes dessas ações) e fixam as sanções que serão 
cominadas a estes agentes. 
Sob o ASPECTO MATERIAL, direito penal se refere a comportamentos considerados reprováveis, 
condutas que violam bens jurídicos tutelados pelo ordenamento jurídico, considerados indispensáveis ao 
organismo social. Afetam bens jurídicos indispensáveis à conservação e progresso do próprio organismo 
social. 
Sob o ASPECTO SOCIOLÓGICO (OU DINÂMICO), o direito penal é instrumento de controle social, 
visando assegurar a necessária disciplina para a harmônica convivência dos membros da sociedade. 
 
CONCEITO DE DIREITO PENAL 
Aspecto Formal/ 
Estático 
Direito Penal é o conjunto de normas que qualifica certos comportamentos humanos 
como infrações penais, define os seus agentes e fixa sanções a serem-lhes aplicadas. 
 
Aspecto 
Material 
 
O Direito Penal refere-se a comportamentos considerados altamente reprováveis ou 
danosos ao organismo social, afetando bens jurídicos indispensáveis à própria 
conservação e progresso da sociedade. 
 
 
 
 
Aspecto 
Sociológico/ 
Dinâmico 
 
O Direito Penal é mais um instrumento de controle social, visando assegurar a 
necessária disciplina para a harmônica convivência dos membros da sociedade. 
Aprofundando o enfoque sociológico 
-A manutenção da paz social demanda a existência de normas destinadas a 
estabelecer diretrizes. 
-Quando violadas as regras de conduta, surge para o Estado o dever de aplicar sanções 
(civis ou penais). 
ATENÇÃO: Nessa tarefa de controle social atuam vários ramos do direito, como o 
Direito Civil, Direito Administrativo, etc. O Direito Penal é apenas um dos ramos do 
controle social. 
-Quando a conduta atenta contra bens jurídicos especialmente tutelados, merece 
reação mais severa por parte do Estado, valendo-se do Direito Penal. 
 
IMPORTANTE: O que diferencia a norma penal das demais é a espécie de 
consequência jurídica, ou seja, pena privativa de liberdade (PPL). 
-O Direito Penal é norteado pelo princípio da intervenção mínima, só atuando quando 
os outros ramos do direito falham. 
 
2. Princípio da intervenção mínima 
 
No Direito Penal, vigora entre os princípios, o princípio da intervenção mínima. Quer dizer que 
somente estará legitimada a utilização do Direito Penal diante do fracasso de outras formas de controle 
jurídicas. Este princípio estabelece que se outro mecanismo de controle social se revelar suficiente par a 
tutela de um bem, criminalizar este comportamento seria inadequado. Este é o pensamento de Paulo 
Queiroz. 
O direito penal é a ULTIMA RATIO. Dessa forma, o Direito Penal assume um caráter fragmentário, 
tutelando os bens jurídicos mais importantes. 
 
3. Criminologia e política criminal 
 
Na ciência penal, podemos estudar as chamadas criminologia e política criminal. Importante 
diferenciar Direito Penal, Criminologia e Política Criminal. 
A ciência penal, diferentemente do direito penal (crime enquanto norma), estuda a delinquência 
como um fato natural da sociedade. Portanto, a partir desta constatação se desenvolve duas ideias: 
 
 Criminologia: que é uma ciência empírica, a qual estuda o crime, a vítima, o criminoso e o controle social. 
As constatações se dão a partir da observação daquilo que acontece na realidade social, na experiência. 
Ocupa-se do crime enquanto fato, como, por exemplo: quais fatores contribuem para violência doméstica 
e familiar. 
 
 Política criminal: é aquilo que se propõe. Possui uma finalidade, trabalhando com estratégias e 
mecanismo de controle social da criminalidade. Trabalha com a ideia de orientar o legislador na 
elaboração das leis. A nossa política criminal deve ser um “guia” ao legislador, para saber qual conduta 
deve ou não ser tipificada. É uma ciência que trabalha com fins a partir do momento em que se adota uma 
lei. Possui a característica de vanguarda, pois orienta a forma de como o legislador deve atuar e positivar 
certas matérias. Orienta a reforma das leis. Ocupa-se do crime enquanto valor, como, por exemplo como 
diminuir a violência doméstica e familiar. 
 
Direito Penal Criminologia (Ciência Penal) Política Criminal (Ciência Política) 
Analisa os fatos humanos 
indesejados, define quais 
devem ser rotulados como 
crime ou contravenção, 
anunciando as penas. 
Ciência empírica que estuda o 
crime, o criminoso, a vítima e o 
comportamento da sociedade. 
 
Trabalha as estratégias e os meios 
de controle social da 
criminalidade. 
 
Ocupa-se do crime enquanto 
norma. 
Ocupa-se do crime enquanto fato 
social. 
Ocupa-se do crime enquanto 
valor. 
 
ex.: define como crime lesão no 
ambiente doméstico e familiar. 
ex.: quais fatores contribuem para a 
violência doméstica e familiar 
ex.: estuda como diminuir a 
violência doméstica e familiar. 
 
4. Missão do Direito Penal 
 
Na atualidade, a doutrina divide a missão do Direito Penal em: missão mediata e missão imediata. 
Nessa esteira, questiona-se: qual a missão mediata do direito penal e a missão imediata? 
 
4.1. Missão Mediata: 
 
Como função mediata o direito penal busca o controle social e limitação ao Poder de Punir do 
Estado. Serve para controlar comportamentos humanos, e por outro lado, limitar o próprio Poder do 
Estado. 
Assim, “se de um lado o Estado controla o cidadão impondo-lhe limites, de outro lado, é necessário 
também limitar o seu próprio poder de controle, evitando excessos (hipertrofia da punição)”. Em síntese: 
Missão mediata do Direito Penal 
Controle Social Limitação do poder de punir. 
 
4.2. Missão Imediata: 
 
No tocante a missão imediata a doutrina diverge. 
1ª Corrente: a missão imediata do direito penal é proteger bens jurídicos mais importantes para a 
convivência em sociedade (Roxin – Funcionalismo Teleológico). 
Corroborando ao exposto, Cleber Masson: 
O Direito Penal tem como função a proteção de bens jurídicos, isto é, valores ou interesses 
reconhecidos pelo Direito e imprescindíveis à satisfação do indivíduo ou da sociedade. Apenas os interesses 
mais relevantes são erigidos à categoria de bens jurídicos penais, em face do caráter fragmentário e da 
subsidiariedade do Direito Penal. O legislador seleciona, em um Estado Democrático de Direito, os bens 
especialmente relevantes para a vida social e, por isso mesmo, merecedores da tutela penal. 
É a corrente que prevalece!!! 
2ª Corrente: a missão imediata do direito penal é assegurar o Ordenamento Jurídico, a vigência da 
norma (Jakobs – Funcionalismo sistêmico). 
Dessa forma, temos que para uma corrente a missão é proteger bens jurídicos, já para outra, é 
assegurar o ordenamento jurídico, ou seja, a vigência das normas. 
 
5. Função do direito penal 
 
Para grande parte da doutrina a grande função do direito penal é a proteção de bens jurídicos, cujo 
conceito se estudará mais à frente. Importante assimilar que o direito penal tem por função proteger essas 
realidades ou fins, que são os bens jurídicos. 
Tal posição não é pacífica, embora amplamentemajoritária, principalmente no Brasil. Na Alemanha, 
Jakobs, um dos maiores penalistas da atualidade, sustenta que a missão do Direito Penal é a prevenção 
geral positiva, ou seja, buscar a estabilidade do reconhecimento social acerca da validade da norma, sendo 
o doutrinador um verdadeiro crítico do conceito de bem jurídico. 
No direito penal se faz a seguinte pergunta: qual é a função do direito penal? Qual é a finalidade do 
direito penal? 
Para responder a esta pergunta, é necessário vislumbrar o movimento do funcionalismo penal. Este 
movimento busca a real função do direito penal, havendo duas correntes que se destacam: 
 Funcionalismo teleológico (moderado/dualista/da política criminal/valorativo); 
 Funcionalismo sistêmico (radical/monista). 
 
O funcionalismo teleológico (moderado) tem como expoente Claus Roxin (escola de Munique), o 
qual preceitua que a finalidade do direito penal é assegurar bens jurídicos, de modo que, não havendo 
bem jurídico a ser protegido, não haverá por que falar em direito penal. É teleológico porque busca a 
finalidade do direito penal. 
#APROFUNDANDO 
BEM JURÍDICO – Prof. Ana Paula 
 
Luís Greco dispõe que bens jurídicos são dados fundamentais para a realização pessoal dos indivíduos 
ou para a subsistência do sistema social, compatíveis com a ordem constitucional. Roxin, por sua vez, 
define bens jurídicos como realidades ou fins que são necessários para uma vida social livre e segura, 
que garanta os direitos fundamentais dos indivíduos, ou para o funcionamento do sistema estatal 
erigido para a consecução de tal fim. 
 
Os dois conceitos não são antagônicos, na verdade dizem a mesma coisa de forma diferente. Os bens 
jurídicos são realidades ou finalidades que teriam como objetivo, de um lado, permitir a realização 
pessoal dos indivíduos, a exemplo da honra, vida, patrimônio, incolumidade física, sem causar danos a 
terceiros. De outro lado, também realidades ou fins que estejam relacionados a um sistema estatal que 
tem por objetivo garantir essa realização pessoal, a exemplo bem jurídico da Administração Pública, pois 
faz parte desse aparato estatal que protege direitos e garantias individuais, imprescindíveis para 
realização pessoal dos indivíduos. 
 
Portanto, há bens jurídicos relacionados à realização pessoal dos indivíduos. De outro lado, bens jurídicos 
relacionados a esse sistema estatal e social que garante essa realização pessoal, a exemplo da 
Administração Pública, fé pública, sendo esses bens jurídicos instrumentais em relação aos primeiros: 
vida, incolumidade física, patrimônio, etc., que estão mais diretamente relacionados com a realização 
pessoal dos indivíduos. 
 
Observa-se que o conceito trazido por Luís Greco, quando menciona subsistência do sistema social, é 
mais amplo que o de Roxin, pois não só estatal, mas social, com essa ideia de instrumentalidade, pois o 
fim último será sempre o indivíduo. 
 
Não se pode confundir bem jurídico, que é um conceito abstrato, com objeto material do crime, pois isso 
fica muito claro nos crimes contra o patrimônio. Nesses, o bem jurídico é o patrimônio, a exemplo da 
subtração de um apagador, momento em que o bem jurídico é o patrimônio de uma pessoa, mas o objeto 
material do crime, aquele objeto físico sobre o qual recai a conduta criminosa, é o apagador. A ideia de 
bem jurídico é abstrata e o objeto material é ideia concreta, não devendo ser confundidos. Ainda por 
consequência, há a impossibilidade de se punir um modo de ser, faceta interessante. O direito penal 
moderno é um direito penal do fato, que é aquele que pune condutas lesivas a bens jurídicos. A própria 
necessidade de lesar o bem jurídico está ligada a uma conduta prévia, momento em que se percebe o 
quanto tais assuntos estão intrincados. 
 
Caso exija a lesão de um bem jurídico em perigo, isso somente é possível por meio de uma conduta, o 
que está relacionado ao direito penal do fato, que pune tais condutas, descritas em lei como proibidas 
para que haja punição. 
 
A essa ideia do direito penal do fato se opõe o chamado direito penal do autor, que seria aquele que 
pune não condutas, mas formas de ser ou personalidades. Isso não existe em sua pureza, mas encontra-
se dispositivos que são característicos do direito penal do autor. 
 
O funcionalismo sistêmico (monista ou radical), por sua vez, é de criação de Günther Jakobs (escola 
de Bonn). Ele vai dizer que a função do direito penal é assegurar a vigência do sistema, protegendo o império 
da norma. Para ele, quando o sujeito é punido por cometer um crime, o bem jurídico não está protegido, 
pois ele já foi violado. O sujeito é punido apenas para demonstrar que o sistema continua em vigor, a norma 
deve ser obedecida e quem desrespeitá-la será punido. É um funcionalismo sistêmico, que se da em relação 
ao sistema. É um funcionalismo radical, porque a cada descumprimento, uma punição. A função do direito 
penal é, portanto, assegurar a aplicação da norma. 
Para GÜNTHER JAKOBS, se o sujeito deliberadamente se desvia da norma, quem faz isto não dá 
qualquer garantia de que não mais fará isso, passando a se comportar como um cidadão. Diante disso, o 
indivíduo que reiteradamente e deliberadamente se comporta como um violador contumaz da lei penal, 
não deve ser tratado como um cidadão, devendo, sim, ser visto como um inimigo da sociedade, devendo 
ser tratado como um inimigo. O DIREITO PENAL DO INIMIGO nasce da ideia de que o direito penal deve 
tratar de maneira diferenciada aquele que se mostra infiel ao sistema. E, portanto, é preciso que haja uma 
repressão mais forte àqueles que perderam o status de cidadão, eis que decidiram reiteradamente 
desobedecer a norma e o sistema imposto. 
TEORIAS FUNCIONALISTAS 
Funcionalismo Teleológico/ Dualista / Moderado 
/ Da Política Criminal / Valorativo 
Funcionalismo Sistêmico / Monista / Radical 
 
ROXIN (ESCOLA DE MUNIQUE) 
 
CRIME: fato típico (conduta), ilícito e 
REPROVÁVEL (imputabilidade, potencial 
consciência da ilicitude, exigibilidade de conduta 
diversa e necessidade da pena). 
 
OBS: Roxin busca a reconstrução do Direito Penal 
com base em critérios político-criminais. 
 
Missão do Direito Penal: proteção de bens 
jurídicos. Proteger os valores essenciais à 
convivência social harmônica. 
 
Conduta: Comportamento humano voluntário 
causador de relevante e intolerável lesão ou 
perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. 
JAKOBS (ESCOLA DE BONN) 
 
CRIME: fato típico (conduta), ilícito e culpável 
(imputabilidade, potencial consciência da ilicitude 
e exigibilidade de conduta diversa) 
 
OBS: Para Jakobs, o Direito Penal deve visar 
primordialmente à reafirmação da norma violada 
e ao fortalecimento das expectativas de seus 
destinatários. 
 
Missão do Direito Penal: Assegurar a vigência do 
sistema. Está relativamente vinculada à noção de 
sistemas sociais (Niklas Luhmann). 
 
Conduta: Comportamento humano voluntário 
causador de um resultado violador do sistema, 
frustrando as expectativas normativas. 
 
OBS: Ação é produção de resultado evitável pelo 
indivíduo (teoria da evitabilidade individual). 
 
 
 
6. Classificações do direito penal 
 
São várias as classificações do direito penal. 
 
6.1. Direito penal substantivo e direito penal adjetivo 
 
 Direito penal substantivo: é o direito penal material, propriamente dito, que consta do código 
penal. É o direito penal material, que define crime e anuncia pena; 
 
 Direito penal adjetivo: é o direito processual penal, previsto no código de processo penal. 
Trabalha o processo e o procedimento. Esta classificação perdeu a importância em virtude de o direito 
processual ter ganhado uma esfera autônoma, e não mais como um braço do direito penal. 
 
6.2. Direito penal objetivo e direito penal subjetivo 
 
 Direito penal objetivo: é o conjunto de leis penais em vigor no país. Constitui-se das normas 
penais incriminadorase não incriminadoras; 
 Direito penal subjetivo: é o direito de punir que pertence a um sujeito, qual seja, o Estado ( 
ius puniendi). O direito punitivo estatal não é ilimitado, pois estas limitações estão asseguradas 
constitucionalmente. Quanto ao modo, o direito penal precisa respeitar os direitos e garantias 
fundamentais. Quanto ao espaço, o direito penal objetivo será aplicado apenas aos fatos praticados no 
território nacional, via de regra. Quanto ao tempo, o direito penal só poderá exercer o seu direito de punir 
por um certo momento. Após, perderá esse direito (prescrição, que é causa extintiva da punibilidade). O 
direito de punir possui três momentos: ameaça da pena, aplicação da pena e execução da pena. 
 
7. Limites Do Direito De Punir Estatal: 
 
1. Quanto ao MODO: o direito de punir estatal deve respeitar direitos e garantias fundamentais. 
Como bem explica Canotilho, mesmo nos casos em que o legislador se encontre constitucionalmente 
autorizado a editar normas restritivas, permanecerá vinculado à salvaguarda do núcleo essencial dos 
direitos, liberdades e garantias do homem e do cidadão. 
 
2. Quanto ao ESPAÇO: em regra, aplica-se a lei penal aos fatos praticados no território nacional, 
trata-se do princípio da territorialidade. 
Nesse sentido, dispõe o art. 5º, C.P. - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados 
e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
 
3. Quanto ao TEMPO: o direito de punir não é eterno, em virtude disto é que existe a prescrição 
(limite temporal ao direito de punir ou executar a pena pelo Estado). 
O direito de punir é monopólio do ESTADO, ficando proibida a Justiça Privada, ou seja, a justiça 
realizada pelas próprias mãos, que poderá, inclusive, caracterizar o crime de exercício arbitrário das 
próprias razões. 
“Paulo César Busato bem lembra que o Estado não é absolutamente livre para fazer uso desse poder 
de castigar através de emprego da lei. Sua tarefa legislativa, e de aplicação da legislação, encontram-se 
limitadas por uma série de balizas normativas formadas por postulados, princípios e regras, tais como a 
legalidade, a necessidade, a imputação subjetiva, a culpabilidade, a humanidade, a intervenção mínima, e 
todos os demais direitos e garantias fundamentais como a dignidade da pessoa humana e a necessidade de 
castigo”. 
 
ATENÇÃO: O direito de punir é monopólio do Estado, ficando proibida a justiça privada, sob pena de 
configurar o crime de exercício arbitrário das próprias razões. 
 
O anúncio do monopólio é seguido da criação de um crime, qual seja o delito de exercício arbitrário 
das próprias razões (art. 345, CP). 
CP: Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo 
quando a lei o permite. 
Há um caso que o Estado tolera a punição privada paralela à punição estatal: ESTATUTO DO ÍNDIO 
(art. 57 da Lei nº 6001/73). 
Art. 57. Será tolerada a aplicação, pelos grupos tribais, de acordo com as instituições próprias, de 
sanções penais ou disciplinares contra os seus membros, desde que não revistam caráter cruel ou 
infamante, proibida em qualquer caso a pena de morte. 
Nesse caso, o Estado tolera a punição privada, que será executada paralelamente a do Estado. 
#TPI – Tribunal Penal Internacional seria exceção ao monopólio do direito de punir do 
Estado? 
“Estatuto de Roma - Artigo 1º - O Tribunal - É criado, pelo presente instrumento, um Tribunal 
Penal Internacional ("o Tribunal"). O Tribunal será uma instituição permanente, com jurisdição sobre 
as pessoas responsáveis pelos crimes de maior gravidade com alcance internacional, de acordo com 
o presente Estatuto, e será complementar às jurisdições penais nacionais. A competência e o 
funcionamento do Tribunal reger-se-ão pelo presente Estatuto.” 
Referido dispositivo consagrou o PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIEDADE, segundo o qual, o 
TPI será chamado a intervir somente se e quando a Justiça repressiva interna falhar, se tornar 
omissa ou insuficiente. 
Assim, o TPI é COMPLEMENTAR, NÃO SUBSTITUINDO A JURISDIÇÃO NACIONAL, de modo 
que não representa exceção à exclusividade do Direito de Punir do Estado. 
 
8. Direito penal de emergência e direito penal simbólico 
 
 Direito penal de emergência: é o direito penal criado a partir de uma situação atípica. O legislador cria 
normas de repressão, pois a opinião pública naquele momento exige isso, existe uma pressão social feita 
pela sociedade, para dar a esta uma sensação de tranquilidade. A criação de uma norma que recrudesce 
uma norma já existente é uma legislação de emergência. O direito penal de emergência é um campo fértil 
para nascer um direito penal meramente simbólico. Tem por finalidade devolver o sentimento de 
tranquilidade para a sociedade. 
 Direito penal SIMBÓLICO: é o direito penal que vai ao encontro aos anseios populares, pois o legislador 
atua pensando na opinião pública para devolver à sociedade uma ilusória sensação de tranquilidade. Não 
se tem, em verdade, a pena cumprindo sua função, razão pela qual o direito penal será apenas simbólico. 
Se a criação da lei penal não afeta a realidade, o Direito Penal acaba cumprindo apenas uma função 
simbólica, nasce sem qualquer eficácia jurídica ou social. 
 
9. CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIA X CRIMINALIZAÇÃO SECUNDÁRIA 
 
Candidato, o que significa criminalização primária e criminalização secundária? 
Criminalização primária diz respeito ao poder de criar a lei penal e introduzir no ordenamento 
jurídico a tipificação criminal de determinada conduta. 
Noutra banda, criminalização secundária atrela-se ao poder estatal para fazer aplicar a sanção penal 
introduzida no ordenamento jurídico, com a finalidade de coibir determinados comportamentos 
antissociais. 
Criminalização primária Criminalização secundária 
A criminalização primária diz respeito ao poder de 
criar a lei penal e introduzir no ordenamento 
jurídico a tipificação criminal de determinada 
conduta. 
A criminalização secundária, por sua vez, atrela-se 
ao poder estatal para aplicar a lei penal 
introduzida no ordenamento com a finalidade de 
coibir determinados comportamentos antissociais. 
 
10. Direito Penal Promocional/Político/Demagogo 
 
O direito penal promocional é uma distorção do direito penal. É um direito penal político, eis que 
visa a promoção do próprio Estado. Acaba sendo um direito penal demagogo, tendo em vista que engana 
e cria a ideia de que o direito penal pode promover a alteração da sociedade. 
Utiliza o Direito penal como instrumento de transformação social. Na verdade, as políticas públicas 
tem que ser instrumento para transformação social. O Estado, visando a consecução dos seus objetivos 
políticos, emprega leis penais desconsiderando o princípio da intervenção mínima. Tem por finalidade usar 
o direito penal para a transformação social. Exemplo: criando contravenção penal de mendicância 
(revogada) para acabar com os mendigos ao invés de melhorar políticos públicas. 
Até 2009, a mendicância era uma contravenção penal. E não era a “criminalização” do fato de o 
indivíduo ser mendigo que faria com que ele deixasse a sua condição. Afora isso, havia uma discussão sobre 
a configuração de um direito penal do autor, que pune o indivíduo pelo que ele é, não pelo que ele fez. 
 
#APROFUNDAMENTO. Vejamos algumas teorias que foram cobradas na prova do MPMG – 2017 e ficaram 
famosas: 
 Grease the wheels theory (teoria da graxa sobre rodas): A referida teoria se contrapõe à “sand the wheels 
theory”, pois preconiza que alguns atos de corrupção devem ser tolerados, tendo em vista que por meio 
deles seria possível contornar a burocracia estatal, conferindo maior liberdade ao setor privado, a fim 
de gerar crescimento econômico. 
 A “Sand the wheels theory” defende que a permissão para a prática de atos de corrupção cria um 
ambiente institucional ruim, gerando insegurança, e, porconseguinte, inibindo o crescimento econômico. 
 Por fim, o Estado Vampiro é consequência da transformação de um Estado Democrático de Direito, para 
um Estado onde existe tão somente uma aparente legalidade, sendo governado, na prática, por corruptos. 
 
11. Direito penal de intervenção 
 
Windfried Hassemer trata sobre o direito de intervenção. O autor vai dizer que o direito penal não 
deve ser alargado, devendo se preocupar apenas com os bens jurídicos individuais, tais como a vida, 
patrimônio, propriedade, etc., bem como de infrações penais que causem perigo concreto. 
E se a infração penal visa proteger bem jurídico difuso, coletivo ou de natureza abstrata, ela não 
deveria ser considerada uma infração penal, razão pela qual deveria ser tutelada pela administração 
pública, sem risco de privação da liberdade do infrator. Este seria o direito de intervenção. 
O direito de intervenção (ou interventivo) estaria acima do direito administrativo, do ponto de vista 
de resposta estatal, mas abaixo do direito penal. 
A crítica que se faz é que não se sabe como seria a legitimidade e como atuaria o direito de 
intervenção e como se separaria o direito de intervenção do direito penal e do direito administrativo. 
 
12. Direito penal como proteção de contextos da vida em sociedade 
 
Trata-se de uma ideia oposta à de Hassemer. 
Segundo Günter Stratenwerth, na verdade, a proteção de bens estritamente individuais deve ter 
um foco secundário no direito penal. Isso porque, para ele, o direito penal deve enfocar nos interesses 
difusos e da coletividade, eis que estes são os mais importantes para a sociedade, como, por exemplo, 
quando há a tipificação de crimes ambientais. 
O Direito Penal deve focar nos interesses difusos e da coletividade, havendo aqui a substituição do 
bem jurídico pela tutela direta de relações ou contextos de vida. E por isso o nome “direito penal como 
proteção de contextos da vida em sociedade”. 
Consistiria, como se vê, em um direito de gestão punitiva dos riscos gerais. A preocupação é 
diferente do que Hassemer enfatizou. 
 
13. Direito penal garantista 
 
O direito penal garantista tem como expoente Luigi Ferrajoli. 
A Constituição traz garantias fundamentais, as quais se subdividem em duas categorias: 
 Garantias primárias: a Constituição traz os limites impostos aos exercícios de qualquer poder. 
Diz: “não será feito”. 
 Garantias secundárias: se o limite estabelecido pela garantia primária não for observado, haverá 
de levantar a garantia secundária, a qual é uma forma de reparação subsequente a essa violação da garantia 
primária. Diz: “se o que era para não ser feito for feito, então pode acionar esse instrumento de proteção”. 
Por exemplo, é garantia primária de que não haverá penas de caráter perpétuo. Essa garantia não 
é observada pelo legislador, o qual cria o crime e comina a pena com pena privativa de liberdade de caráter 
perpétuo. Neste caso, há uma garantia secundária na própria Constituição, a qual se dará por meio do 
controle de constitucionalidade, julgando o ato nulo. 
 
Ferrajoli terá como base da sua teoria garantista penal os 10 axiomas ou implicações deônticas: 
 
 Nulla poena sine crimine (Não há pena sem crime): não pode alguém ser penalizado se não cometeu 
crime. É o princípio da retributividade ou da consequencialidade da pena em relação ao delito. 
 Nullum crimen sine lege (Não há crime sem lei): não há crime sem que haja lei, refletindo o princípio 
da legalidade, no sentido lato ou no sentido estrito. 
 Nulla lex (poenalis) sine necessitate (Não há lei penal sem necessidade): é reflexo do princípio da 
necessidade ou da economia do direito penal, ambos decorrentes do princípio da intervenção mínima. 
 Nulla necessitas sine injuria (Não há necessidade sem ofensa a bem jurídico): decorre do princípio da 
lesividade ou ofensividade do evento. Significa dizer que os tipos penais devem descrever condutas 
que ofendam bens jurídicos de terceiros. 
 Nulla injuria sine actione (Não há ofensa ao bem jurídico sem ação): não há materialidade, sendo 
necessário que seja exteriorizada a ação. É o princípio da materialidade ou da exterioridade da ação. 
 Nulla actio sine culpa (Não há ação sem culpa): o indivíduo deve ter cometido uma ação, mas com 
dolo ou culpa. Trata-se de corolário do princípio da culpabilidade ou da responsabilidade pessoal. 
 Nulla culpa sine judicio (Não há culpa sem processo): o indivíduo deve ser submetido a um processo, 
não podendo ser considerado culpado sem processo. É decorrência do princípio da jurisdicionalidade 
no sentido lato ou estrito. 
 Nulla judicium sine accustone (Não há processo sem acusação): para se instaurar um processo, é 
necessidade que alguém instaure o processo. Trata-se de uma garantia, fruto do princípio acusatório 
ou da separação ente o juiz e a acusação. 
 Nulla accusatio sine probatione (Não há acusação sem prova): o ônus da prova é de quem acusa. É 
aplicação do princípio do ônus da prova ou da verificação. 
 Nulla probatio sine defensione (Não há prova sem defesa): a prova não existe sem que a defesa tenha 
tido a oportunidade de se manifestar sobre ela. Trata-se do princípio da defesa ou da falseabilidade. 
 
Percebe-se, então, que os axiomas de Ferrajoli estão todos ligados: não há pena sem crime e não 
há crime sem lei; não há lei sem necessidade e não há necessidade se não houver ofensa, de modo que não 
há ofensa se não houver ação. Ação é a exteriorização, eu não puno o pensamento, preciso que haja uma 
ação. E não há ação sem culpa, a responsabilidade penal é subjetiva e não se considerar alguém culpado 
sem o devido processo legal. O processo legal só existe se houver uma acusação (princípio acusatório) e 
ninguém pode acusar sem provas, de modo que não há que se falar em provas se a defesa não pode se 
manifestar a respeito daquilo. 
Por isso que na fase pré-processual se fala em elementos informativos que vão se confirmar ou não 
em sede processual. 
 
14. Direito Penal Secularizado 
 
A ideia do Direito Penal secularizado é separar o direito penal da Igreja. 
O direito penal secularizado, de acordo com Luigi Ferrajoli, é a ideia de que inexiste uma conexão 
entre o direito e a moral. O direito penal não tem a missão de reproduzir os elementos da moral ou de 
outro sistema metajurídico de valores éticos-políticos, como os dogmas religiosos. Essa secularização 
(laicização) é a ruptura entre a cultura eclesiástica e as doutrinas filosóficas, especialmente entre a moral 
do clero e a forma de produção da ciência. Por isso, o Estado não deve se imiscuir coercitivamente na vida 
moral dos cidadãos e nem tampouco promover coativamente sua moralidade, mas apenas tutelar sua 
segurança, impedindo que se lesem uns aos outros. Com o princípio da secularização busca-se preservar a 
pessoa numa esfera em que é ilícito proibir, julgar e punir a esfera do pensamento, das ideias. Ex.: 
Ordenações Afonsinas, fundada nos dogmas religiosos. 
 
15. Direito Penal Subterrâneo e Direito Penal Paralelo 
 
Na verdade, essa classificação de Zaffaroni se refere aos sistemas penais paralelos e subterrâneos. 
 Direito penal paralelo: tenho um direito penal que é paralelo ao direito penal oficial. Ao lado da 
atuação do Estado, por não ser essa atuação suficiente, surgem outros mecanismos de direito penal. É como 
se no âmbito particular surgisse um direito penal paralelo extraestatal. O sistema penal formal do Estado 
não exerce grande parte do poder punitivo, de forma que outras agências acabam se apropriando desse 
espaço e passam a exercer o poder punitivo paralelamente ao Estado. Ex.: médicos aprisionando doentes 
mentais. 
 Direito penal subterrâneo: é um direito penal do “andar de baixo”. Dentro da própria estrutura 
do Estado, mas no “andar de baixo”, é construída uma estrutura de direito penal. Diante da constatação do 
sistema que esta positivado (o sistema que é visto, que está “no térreo,

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