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DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA MECANIZADO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA CULTURA DO FEIJÃO (Phaseolus vulgaris)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIA
Departamento de Engenharia Rural
ENG05209 - Mecanização Agrícola
TAYNA POPPE BOURGUIGNON
DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA MECANIZADO PARA IMPLEMENTAÇÃO
DA CULTURA DO FEIJÃO (Phaseolus vulgaris)
ALEGRE - ES
2021
TAYNA POPPE BOURGUIGNON
DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA MECANIZADO PARA IMPLEMENTAÇÃO
DA CULTURA DO FEIJÃO (Phaseolus vulgaris)
Trabalho apresentado à disciplina de
Mecanização Agrícola, da Universidade
Federal do Espírito Santo, Campus Alegre,
como requisito para a avaliação.
Prof. Dr. Samuel de Assis Silva
ALEGRE - ES
2021
1. INTRODUÇÃO
A mecanização agrícola é considerada um grande fator de produção devido
ao seu potencial em relação a redução de custos. Com isso, o conjunto de
equipamentos, máquinas, implementos e o planejamento do sistema mecanizado
podem ser considerados um ponto estratégico para se atuar na redução dos custos,
pois representa, dependendo da cultura, de 20 a 40% dos custos de produção.
Assim, para que haja a redução dos custos são necessários a ampliação,
modernização e planejamento da gestão dos sistemas mecanizados (MILAN, 2013).
O planejamento de um sistema mecanizado envolve conhecimentos de
várias áreas, como biologia, engenharia e economia. Devem atender as
necessidades de implantação, condução e retirada da cultura, estando sujeito à
influência de fatores externos como o solo e o clima. O planejamento e a seleção
podem ser realizados de diversas formas, devendo abranger o dimensionamento e
a seleção dos equipamentos, máquinas e implementos e a previsão dos custos que
o sistema representará para a atividade agrícola. Além disso, devem buscar,
qualidade de operações agrícolas, motivação, segurança e saúde dos funcionários,
preservação do meio ambiente e alinhamento estratégico (MILAN, 2004).
Diante disso, a cultura do feijão vem sendo beneficiada pela a utilização de
máquinas e implementos agrícolas, que realizam os procedimentos de tratos do
cultivo, desde o preparo do solo até a fase da colheita, além de uma vez que o
Brasil é um grande produtor de feijão, apresentando uma produção total de 1.082,0
mil toneladas, representando um aumento de 9,4% na produção nacional em
relação ao mesmo período da temporada anterior (CONAB, 2020).
No entanto, o correto dimensionamento dos sistemas mecanizados para a
cultura do feijão é de suma importância para o sucesso da produção, pois maximiza
a produtividade e reduz significativamente os custos operacionais, ambientais e
sociais.
2. LEVANTAMENTO DE DADOS
● Área da propriedade: (2+0+1+8+2+0+6+9+3+3)*70 = 2.380 hectares
● Textura do solo: Franco Argilosa
● Cultura: Feijão (Phaseolus vulgaris)
3. CULTURA DO FEIJÃO
Segundo a EMBRAPA o Brasil é o maior produtor de feijão comum
(Phaseolus vulgaris) do mundo. Sendo os estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia
os principais produtores, o que corresponde a quase 50% da produção nacional.
Tendo em 2019/20 uma safra que totalizou 257,7 milhões de toneladas de grãos e
que tem previsão de aumentar em 4,2% para o ano agrícola 2020/21 (CONAB,
2020).
Nos últimos 40 anos, no Brasil, houve uma redução de 30% da área
plantada de feijão, mas a produção no mesmo período aumentou em 35%
(EMBRAPA, 2017). Esse ganho está associado à introdução de tecnologias no
sistema de produção.
O feijão é um típico prato brasileiro e é utilizado como base para vários
pratos como a feijoada e a combinação tradicional do arroz com feijão. E para que
esteja presente na mesa do brasileiro, o mesmo deve apresentar bom padrão de
qualidade. Logo, as recomendações ao produtor são a adoção do uso das boas
práticas culturais, pois, na época de colheita do feijão, que vai de janeiro até março,
é necessário garantir a qualidade desse grão em todas as etapas do processo
produtivo, desde o plantio até o armazenamento.
Logo, são necessárias boas práticas de manejo para que ocorra o sucesso
e a qualidade da colheita, para isso, deve-se conhecer a cultura para que se possa
saber os melhores métodos para o manejo correto do solo, o tipo de máquinas que
deverá usar e colher.
4. ASPECTOS AGRONÔMICOS DA CULTURA
4.1. CLIMA
Segundo a EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO o rendimento do feijoeiro é
afetado na época da floração quando a temperatura do ar apresenta valores
superiores a 35ºC, assim como, temperaturas inferiores a 12ºC podem provocar
abortamento de flores. Áreas que apresentam umidade relativa e temperatura do ar
acima de 70% e 35ºC, podem provocar a ocorrência de várias doenças.
Para que o feijoeiro possa obter um bom rendimento potencial, é necessário
que a temperatura do ar apresenta valores mínimos de 12ºC, ótimo de 21ºC e
máximo de 29ºC. Regiões que apresentam valores de temperaturas do ar noturnas
altas provocam maiores prejuízos ao rendimento do feijoeiro. E em relação a
germinação, valores em torno de 28ºC são considerados ótimos.
4.2. MANEJO DO SOLO
O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris) possui o sistema radicular
superficial, em que o maior volume concentra-se nos primeiros 20 cm de
profundidade. Podem ser cultivados tanto em várzeas quanto em terras altas, desde
que sejam em locais com solos soltos, friáveis e não sujeitos a encharcamento. A
cultura se estabelece bem em semeadura convencional, cultivo mínimo e
semeadura direta, desde que se tomem os devidos cuidados inerentes a cada
sistema de manejo. Podem ser cultivados no sistema solteiro ou consorciado com
outras culturas, como milho, café, mamona, mandioca, palma, entre outras. Na
Região Nordeste o consórcio com milho, mandioca e mamona é bastante utilizado,
portanto, todos os procedimentos utilizados na lavoura, desde o manejo do solo,
têm de levar em consideração esta prática (EMBRAPA, 2013).
4.3. SEMEADURA DIRETA
Na cultura do feijoeiro o revolvimento do solo ocorre apenas na faixa de
semeadura, pois a cultura antecedente, por promover maior ou menor quantidade
de cobertura, influencia diretamente na população de plantas daninhas e nas
condições de semeadura, por isso, exige cuidados especiais nesta operação e na
dessecação (EMBRAPA, 2013)
4.3.1.OPERAÇÃO DE SEMEADURA EM ÁREA DE PLANTIO DIRETO
Pode ser realizada com máquinas tracionadas por animal ou trator, que
sejam apropriadas e com regulagens que possibilitem romper a cobertura morta,
touceiras e distribuir as sementes de forma que a germinação e emergência das
plantas ocorram com rapidez e uniformidade, sendo importantes para isto a
profundidade para deposição da semente no sulco e a sua cobertura. A condição da
área de plantio é um fator que influencia diretamente, entre outros, a regulagem da
máquina e a necessidade de descompactação do solo. Dependendo da cobertura
vegetal e da umidade do solo, quando é utilizado máquinas tracionadas por trator,
deve-se ajustar a pressão das molas dos discos de corte, ou mesmo abaixar a
semeadora por meio do pistão de sua regulagem de altura além, às vezes, de ter
que utilizar máquinas mais pesadas para possibilitar o corte da palhada e a
colocação das sementes a uma profundidade adequada (EMBRAPA, 2013).
4.4. OPERAÇÃO DE SEMEADURA EM ÁREA DE PLANTIO
CONVENCIONAL
Deve saber os antecedentes da área, pois também podem influenciar
nesse sistema, exigindo maior ou menor número de operações. O teor de umidade
no momento do preparo é de grande importância, pois deve ser trabalhado com sua
consistência friável. Em solos de textura mediana (franco-argilosa), pode-se passar
uma grade com o intuito de destruir restos de vegetação remanescente e, logo
após, uma aração com arado de aivecas ou escarificador. Se for utilizar
equipamento de tração animal, recomenda-se escarificações cruzadas com enxadas
simples (EMBRAPA, 2013).
Segundo a EMBRAPA deve ser considerado no preparo convencional do
solo são as práticas conservacionistas, as quais devem ser feitas de acordo com as
propriedades físicas do solo e as condições topográficas do terreno. O feijoeiro é
uma planta que não oferece boa proteção vegetal ao solo e por isso, o
estabelecimento da cultura deve ocorrer, preferencialmente,em terrenos planos ou
quase planos, onde a erosão possa ser controlada pelo plantio em contorno. Em
terrenos com declividade de até 5%, devem ser construídos terraços de base larga.
Em terrenos com declividade de 5 a 12%, recomenda-se construção de terraços de
base estreita. Em todos os casos, deve-se preparar o solo e semear em nível. A
rotação com outras culturas constitui uma boa prática, tanto conservacionista como
fitossanitária. Deve-se evitar o cultivo do feijoeiro em um mesmo solo por mais de
dois anos consecutivos.
4.5. SEMEADURA
No cultivo solteiro, semeia-se o feijão em fileiras espaçadas de 50 cm, com
14 a 15 sementes por metro. Se o espaçamento for mais estreito, 40 cm entre
linhas, deve-se usar 10 a 12 sementes por metro. Para a semeadura em covas, usar
2 a 3 sementes/covas no espaçamento de 40 x 40 cm entre as covas. Dessa forma,
assegura-se a população ideal, que é de 200.000 a 240.000 plantas por hectare de
feijão solteiro. Quando o feijão e o milho são semeados na mesma época,
recomenda-se plantar milho com espaçamento de 1 metro entre fileiras, com 4
plantas por metro. O feijão é semeado nas linhas do milho com 10 a 12 plantas por
metro. Nesse consórcio, obtém-se uma população de 40.000 plantas de milho/ha e
120.000 plantas de feijão/ha. 230.000 e 250.000 plantas por hectare é a população
ideal para o feijoeiro (EMATER-MG, 2000).
4.6. ADUBAÇÃO E CALAGEM
O feijoeiro é muito sensível à acidez do solo. O calcário deve ser
esparramado no solo, pelo menos de dois a três meses antes do plantio. O ideal é
aplicar em duas vezes: a metade antes da aração e a outra metade antes da
gradagem. Com o calcário no solo, as plantas aproveitam mais o adubo, crescem e
produzem mais.
Já a adubação de plantio deve ser feita de acordo com os resultados da
análise do solo. Na sua falta, deverão ser usados 300 quilos de adubo por hectare
da fórmula 4-30-16. Adubação em cobertura de 25-30 dias depois da germinação,
usando-se, 150 quilos de Sulfato de Amônio por hectare (EMATER-MG, 2000).
4.7. TRATAMENTO DAS SEMENTES
A utilização de semente constitui um fator fundamental na obtenção de uma
boa lavoura, pois produz plantas vigorosas e contribui para a obtenção de uma
população ideal, gerando um bom rendimento. Mesmo assim, é importante que
sejam tratadas com fungicidas e inseticidas. Os produtos aplicados às sementes
têm a função de protegê-las, antes da sua germinação, do ataque de patógenos e
insetos, além da proteção às plantas durante a fase inicial de seu ciclo. Mesmo com
todos esses cuidados deve se dar atenção especial na aquisição de sementes de
boa qualidade genética, sanitária e fisiológica (EMBRAPA, 2013).
4.8. MANEJO DE PLANTAS DANINHAS
As plantas daninhas causam danos à cultura do feijoeiro por concorrer por
água, nutrientes, luz, por ter espécies hospedeiras de doenças e por dificultar a
colheita. Portanto, é fundamental que a cultura seja mantida no limpo durante todo
seu ciclo, mas o período em que ela é mais prejudicada pela competição com as
plantas daninhas vai dos 15 aos 30 dias após a emergência das plantas de feijão.
Os métodos de controle podem ser cultural e preventivo, mecânico e químico
(EMBRAPA, 2013).
4.9. IRRIGAÇÃO
Durante o ciclo do feijoeiro normalmente são gastos 300 a 400 mm de água.
Os períodos críticos são nas fases de germinação, florescimento e formação de
vagens. O momento de irrigar pode ser determinado pelo método do tensiômetro ou
pelo método do Tanque Classe A, e a quantidade de água a ser aplicada, pelo
método da curva de retenção (EMBRAPA, 2013).
4.10. COLHEITA
Antecedendo-se à colheita pode-se fazer a dessecação da lavoura. Esta
operação é recomendada para facilitar a atividade, quando a lavoura apresentar alta
infestação de plantas daninhas, maturação desuniforme ou o preço do feijão estiver
atrativo e a antecipação da colheita seja vantajosa. A pulverização do herbicida
diquate na dose de 1,5 - 2,0 l p.c. ha-1 é a mais utilizada para esse fim e, deve ser
realizada após a lavoura atingir o estádio fenológico R9, ou seja, a maturidade
fisiológica, sendo a alteração da cor das vagens e a coloração definitiva de grãos
um indicativo desse momento (EMBRAPA, 2013).
4.10.1. COLHEITA SEMI-MECANIZADA
As plantas devem ser manualmente arrancadas enleiradas, para
completarem a secagem até chegarem ao teor de água ideal para serem trilhadas.
A trilha pode ser feita utilizando trilhadora estacionária, recolhedora-trilhadora
acoplada a trator ou por colhedoras automotrizes adaptadas com recolhedores de
plantas. Essas máquinas devem ser adequadamente reguladas para evitar perdas
de grãos junto com a palha, e não causar danos aos grãos ou sementes quando for
o caso (EMBRAPA, 2013).
4.10.2. COLHEITA MECANIZADA
Pode ser realizada em uma ou duas operações, todas mecanizadas. Em
uma única operação, ou colheita mecânica direta, sendo as cultivares eretas mais
adaptadas a esse tipo de operação, exige-se que a cultivar utilizada possua plantas
eretas, já estejam totalmente desfolhadas e com umidade do grão em torno de 15%.
Neste caso utiliza-se a colhedora automotriz. Nesse caso, a barra de corte deve ser
‘flutuante’ ou com barras flexíveis adaptáveis, evitando assim menores perdas na
operação. O ajuste da altura de corte é importante, para evitar o recolhimento de
terra junto com as plantas e manter a qualidade dos grãos colhidos. No segundo
caso, se utiliza na primeira operação a plataforma ceifadora-enleiradora. Esta etapa
deve ser feita com as plantas, ainda com folhas, logo após atingirem a maturidade
fisiológica, e somente deve ser utilizada em terrenos bem nivelados e com o
deslocamento da máquina, preferencialmente, no sentido contrário ao que se
constatar a predominância das plantas acamadas, tendo como resultado leiras de
plantas colhidas. Dependendo do teor de água das plantas é necessário virar as
leiras de plantas com equipamentos próprios, para que elas completem a secagem
e facilite o recolhimento. A segunda operação desta fase é semelhante à descrita
anteriormente utilizando recolhedoras-trilhadoras. Em qualquer dos métodos de
colheita é importante que se determinem as perdas de grãos, o que pode ser feito
basicamente por três métodos: o visual, o de quantificação e o do copo medidor. O
visual, embora bastante utilizado, não reflete as perdas com precisão; o de
quantificação é feito por pesagens, demanda uso de balança e exige muito trabalho
e tempo para avaliação; enquanto que o método de avaliação pelo copo medidor é
simples, preciso e pode ser realizado com rapidez. Por este método coletam-se os
grãos soltos e os de vagens desprendidas das plantas, depositando-os no copo
medidor para verificar as perdas em sacos ha-1. A perda deve ser avaliada em pelo
menos três áreas de 2 m². A produtividade, em sacos ha-1, é avaliada em áreas
também de 2 m2, adotando-se o procedimento de depositar os grãos colhidos no
copo medidor (EMBRAPA, 2013).
4.11. ARMAZENAMENTO
O feijão pode ser armazenado a granel, em sacos de aniagem, de
polipropileno ou de plástico, e em silos especialmente construídos para este fim.
Quando o armazenamento destina-se a curtos períodos, não superior a 20 dias, o
teor de umidade de 15% garante a boa qualidade do produto. Caso haja
necessidade de estocagem mais prolongada, recomenda-se reduzir a umidade para
12%. Se os grãos forem armazenados em sacos plásticos ou recipientes vedados, a
umidade deve ser inferior a 10%. No caso de armazenamento em recipientes
vedados, os grãos devem ser previamente expurgados visando o controle de
carunchos. Quando o produto for armazenado em sacos (aniagem ou polipropileno),
recomenda-se que as pilhas sejam dispostas de forma a permitir expurgos
periódicos e a maior circulação possível do ar entre elas, pois isto reduzirá a perda
da qualidade do produto (EMBRAPA, 2013).
4.12. DOENÇAS
O feijoeiro comum é hospedeiro de vários patógenos causadores de
doenças de origem fúngica, bacteriana, virótica e aquelas incitadas por nematóides.
As doenças estão entre os fatores que mais reduzem a produtividadee a produção
da cultura, e ocorrem de acordo com a distribuição de temperaturas e umidade mais
favoráveis aos diferentes patógenos. Estas condições ambientais, aliadas à
patogenicidade dos agentes causais e à suscetibilidade das cultivares, têm
favorecido a ocorrência de doenças na cultura do feijão comum na região Nordeste
do Brasil, ocasionando perdas elevadas, o que justifica a adoção de medidas
apropriadas e econômicas de controle das mesmas. Outro fato importante está no
uso de sementes de baixa qualidade, na maioria das vezes oriundas da produção
do ano anterior, ou seja, quando ocorre o plantio de grãos que favorecem a
ocorrência de doenças. Dentre as medidas de controle, a utilização de cultivares
resistentes é, sem dúvida, a forma mais eficaz e econômica para o produtor. Porém,
as cultivares disponíveis para o agricultor não apresentam resistência a todas as
doenças. O uso da resistência genética deve ser utilizado junto com outras medidas
de controle preventivas, como as práticas culturais (sementes de boa qualidade
fitossanitária, rotação de culturas, eliminação de hospedeiros secundários, época de
semeadura adequada, etc.) e o controle químico (tratamento de sementes e
pulverização foliar). O conjunto destas medidas compõem o manejo integrado de
doenças que deve fazer parte de qualquer sistema de produção de feijão comum no
Brasil. As principais doenças que ocorrem na cultura do feijão comum e seus
agentes causais, na Região Nordeste, podem ser observadas na Tabela 25.
Trata-se de regiões de grande extensão territorial e de grande variação climática,
com regime pluviométrico variando de menos de 500 mm no Sertão do Nordeste a
mais de 2.000 mm na Amazônia (EMBRAPA, 2013).
5. PREPARO DO SOLO NO PROJETO MECANIZADO
Para implementar um sistema mecanizado deve-se reunir informações
gerais da área e assim adquirir o trator e os demais implementos. Deve-se atentar
que a constante mecanização no solo, resulta na destruição da estrutura,
surgimento de compactação tanto superficial quanto subsuperficial. Por isso, a
escolha das máquinas e implementos viáveis é de suma importância para que não
haja a danificação do solo.
A escolha do trator deve ser baseada na capacidade que o mesmo possui
para realizar o serviço. Os parâmetros para analisar essa capacidade, estão
relacionados a textura do solo, peso dos implementos e a largura de corte
necessária para completar o serviço em um tempo hábil. Dessa forma, saberá a
potência mínima que será exigida para realizar a atividade. Além disso, fatores
relacionados à disponibilidade de manutenção e proteção do tratorista devem ser
analisados.
5.1. ARADO
Segundo o EMATER-MG, para o preparo do solo para a implantação da
cultura do feijoeiro recomenda-se aração, cujo objetivo principal é o aumento da
porosidade do solo e deve ser feita a uma profundidade de 25 a 30 cm, utilizando-se
preferencialmente, os arados reversíveis. A aração é a atividade que mais exigirá
potência do trator. No entanto, os cálculos de escolha de arado servirão como base
para recomendar o trator capaz de suprir a necessidade do trabalho.
As condições estabelecidas impõem que o tempo para realizar a aração é
de no máximo 20 dias, com uma jornada de trabalho de 8 horas diárias com uma
velocidade de trabalho igual a 5,5 km/h e uma eficiência de 76,8%, há uma
profundidade de aração de 30 cm. Sendo assim deve-se obter a capacidade
operacional para se conhecer o valor mínimo em ha/h para que o trabalho seja
realizado em tempo hábil.
A capacidade operacional (CO) é determinada pela seguinte fórmula:
CO = = = 14,875 ha/hÁ𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙𝑑𝑖𝑎𝑠*ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
2.380
20*8
Com a obtenção desses dados, deve ser feito o cálculo da largura de corte
com a seguinte fórmula:
CE = = * 0,786 = 14,875 = 34,41 m𝐿 (𝑚) * 𝑉 (𝑘𝑚/ℎ)10 * 𝑁𝑃
𝐿 *5,5
10 * 1
Onde: L - Largura de corte em metros;
V - Velocidade de trabalho;
Np - Número de passadas;
Ec - Eficiência.
5.1.1. SELEÇÃO DO ARADO
O Arado escolhido foi o Arado Reversível TATU MARCHESAN e possui uma
estrutura leve que se destaca pela versatilidade e uma resistência superior. O
sistema de reversão é bastante simples, prático e eficiente no travamento do
conjunto de discos. As regulagens acessíveis simplificam as operações com o arado
em qualquer tipo de solo. O AR apresenta um excelente rendimento no preparo do
solo, efetuando a aração em nível, ou na construção dos terraços comuns ou de
base estreita. A roda guia possui regulagem de pressão e de ângulo, conforme o
tipo de solo, proporcionando total estabilidade ao conjunto. Os cubos dos discos e
roda guia são montados com rolamentos de rolos cônicos. Os discos, produzidos
com padrões rigorosos, são de alta resistência ao desgaste e aos impactos. Os
limpadores reguláveis são fornecidos normalmente.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS Discos
Modelo
Nº de
discos
Largura de
corte (mm)
Peso
(kg)
Profundidade de
corte (cm)
Potência no
motor (CV) Dimensões Espaçamento
AR-PR 5 1200 - 1400 1005 150 - 300 120 - 140
28'' x
6,00mm 550
O orçamento deste implemento foi feito pelo vendedor José Eduardo
Paganini, via telefone, pelo número (32) 9959-6067, que entrou em contato
após o pedido feito no site da TATU MARCHESAN. O preço unitário do arado
está saindo por volta de R$91.000,00.
5.1.2. DIMENSIONAMENTO DO ARADO
Para sugerir a quantidade de arados a serem adquiridos, baseou-se na largura
de corte do mesmo. Para obter o número de arado a serem adquiridos basta dividir
a largura de corte total pela largura de corte do arado:
nº de arados = = 24,578 => 25 arados34,141,4 
Com os dados de arados a serem adquiridos e a largura de corte dos mesmos,
fez-se relevante redimensionar, para garantir que a aração fosse realizada no tempo
estabelecido, levando em consideração a jornada de 8 horas de trabalho diária.
Ce = = 14,784*8 = 118,272 ha/dia25*1,4*5,5*0,76810*1
Com esse valor foi possível definir em quantos dias a operação seria realizada,
levando em consideração o tamanho total da propriedade que é de 2380 ha.
Dias = = 20,1231 dias => 20 dias2380118,272
Observa-se que os arados selecionados conseguirão realizar a atividade
dentro do tempo estipulado.
A aração é a atividade que mais exige potência do trator, no entanto será
baseado nessa informação para que a escolha do mesmo seja realizada. Para isso,
primeiramente deve-se calcular a força requerida pelo arado pela seguinte fórmula:
F = (a+b*V^2) * A
Onde: a e b - São valores tabelados relacionados à textura do solo. O solo em
questão é franco-argiloso, no entanto o valor utilizado será o representante do limite
superior da textura;
V - É a velocidade em km/h;
A - É a área em metros, onde utiliza-se o valor da largura de corte do arado e a
profundidade em metros.
F = (5,2+0,039*5,5^2)*140*30 = 26794,95N => 2732,3245Kgf
Com o valor exigido pelo arado, calcula-se a potência que deve ser disponível
na barra de tração do trator para tracionar o arado:
fbt = = 55,658cv2732,3245*5,5270
Com o valor obtido, é possível calcular a potência nominal para que a mesma
seja utilizada como referência na aquisição do trator. No entanto, a fórmula para que
se chegue a essa possibilidade é a seguinte:
𝑃η = 𝑃𝑏𝑡η
Onde: Pn - Potência nominal;
Pbt - Potência na barra de tração;
nt - Rendimento de tração, que é um valor tabelado correspondente a textura
do solo franco-argiloso cujo valor é 60%.
Pn = = 92,764cv55,6580,6
Diante disso, o trator a ser selecionado será o de 100 cv, pois trata-se do valor
mais próximo encontrado comercialmente.
5.2. GRADE
A cultura do feijão requer preparo de solo adequado para rápida emergência,
uniformidade e desenvolvimento. Em geral, são necessárias duas gradagens,
intercaladas por uma aração.
As condições estabelecidas impõem que o tempo para realizar a aração é
de no máximo 10 dias, com uma jornada de trabalho de 8 horas diárias com uma
velocidade de trabalho igual a 7,0 km/h e uma eficiência de 75%. Sendo assim
deve-se obter a capacidade operacional para se conhecer o valor mínimo em ha/h
para que o trabalho seja realizadoem tempo hábil.
Então, foi calculada a capacidade operacional para realizar o trabalho em 10
dias e uma jornada de 8 horas diárias.
Co = = = 29,75 ha/há𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙𝑑𝑖𝑎𝑠*ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
2380
10*8
A largura de trabalho foi encontrada com uma velocidade de 7 km/h, eficiência
de 75% e número de passadas igual a 2.
Ce = *0,75 =29,75 => 113,33 m = L𝐿*710*2
O trator selecionado nesse sistema mecanizado é de 100 cv, no entanto,
deve-se considerar uma eficiência de 95% como margem de segurança (100x0,95=
95cv). Com potência de 95 cv deve-se obter a máxima massa que a grade deve
possuir. A princípio foi calculado a nova potência da barra de tração adotando os 95
cv e com o ղt 60%.
Pbt = 95*0,6 = 57cv
Com esse valor foi possível calcular a força requerida pela grade.
Pbt = => 57 = = 2198,5715kgf = 21985,71N𝑓*𝑣270
𝑓*7
270
Com a força obtida, pode-se calcular a massa máxima da grade que pode ser
tracionada,utilizando a seguinte fórmula:
Ft = M*C
Onde: Ft - É a força obtida;
M - É a massa em kg;
C - É uma constante tabelada característica de solos franco-argiloso (11,7).
21985,71 = M*11,7 = 1879,120913Kg
Diante da massa máxima da grade, tem-se a possibilidade de calcular o
número de disco da seção de ataque levando em consideração a eficiência de 75%
através da seguinte fórmula:
Ef = = 75= = 25,0549 = 26 discos𝑀𝑛º𝑑𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠
1879,1209213
𝑛º
5.2.1. SELEÇÃO DA GRADE
A grade niveladora leve (GNL) da TATU MARCHESAN opera no arrasto e
pode ser transportada pelos três pontos do trator. Efetua o destorroamento e
nivelamento do solo, a incorporação de herbicidas e a destruição de sementeiras
em pré-plantio. Com menor espaçamento entre discos, grande altura do chassi ao
solo e a estrutura mais leve, a GNL se destaca pelo rendimento e qualidade do
serviço que executa em qualquer tipo de solo. Discos recortados e lisos, produzidos
com padrões rigorosos, oferecem superior resistência ao desgaste e aos impactos.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS Discos
Modelo
Nº de
discos
Largura de corte
(mm)
Peso
(kg)
Potência no motor
(CV) Dimensões Espaçamento
GNL 28 2200 628 70-75 20''x3,5mm 170mm
O orçamento deste implemento também foi feito pelo vendedor José
Eduardo Paganini, via telefone, pelo número (32) 9959-6067, que entrou em
contato após o pedido feito no site da TATU MARCHESAN. O preço unitário da
grade está saindo por volta de R $24.600,00.
5.2.2. DIMENSIONAMENTO DA GRADE
Com 28 discos de ataque com espaçamento de 20 cm entre eles, foi calculado
a largura útil de trabalho através da seguinte fórmula:
L = (26-1)*0,2 = 5m
O número de grades a serem utilizadas foi calculado dividindo a largura de
corte total para realizar o trabalho pela largura proporcionada pelo implemento.
= 22,666 => 23 grades113,335
Então para verificar se o número de grades obtidas era suficiente para a
realização do trabalho, calculou-se:
Ce = *8 = 241,5 ha/dia23*5*7*0,7520
O próximo passo foi verificar se nessa condição o trabalho seria realizado
antes dos 10 dias inicialmente estabelecido.
= 9,855 dias => 10 dias2380241,5
Assim, conclui-se que a grade selecionada atende o prazo requisitado.
6. PLANTIO DO PROJETO MECANIZADO
Segundo a EMBRAPA, a utilização de semeadoras mecânicas têm a
vantagem de, simultaneamente, abrir os sulcos, distribuir as sementes e cobrir os
sulcos com grande eficiência. Gasta-se de 2 a 3 kg de sementes por hectare.
A eficiência das semeadoras-adubadoras é avaliada pela qualidade e
quantidade de trabalho que exercem. A quantidade é obtida pela capacidade
operacional e os fatores que interferem diretamente são a largura de trabalho e a
velocidade de deslocamento. A qualidade da semeadura requer a obtenção de uma
população de plantas com densidade pré-estabelecida, obtida pela combinação de
fatores, dentre eles, qualidade das sementes, adequado preparo do sulco de
semeadura, cobertura das sementes e contato com o solo e água, localização das
sementes no solo tanto em profundidade como em posição na linha de semeadura,
espaçamento entre plantas, manutenção da cobertura do solo e uniformidade de
emergência de plântulas (Amado et al, 2005).
6.1. SEMEADORA
Para a cultura do feijoeiro é recomendado que a semeadura seja realizada
em três períodos, o chamado das águas, nos meses de setembro a novembro; o da
seca, ou safrinha, de janeiro a março; e o de outono-inverno, ou terceira época, nos
meses de maio a julho. No plantio de outono-inverno, ou terceira época, que só
pode ser conduzido em regiões onde o inverno é ameno, sem ocorrência de
geadas, como em algumas áreas de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Goiás,
Espírito Santo e Distrito Federal, há necessidade de se irrigar a lavoura. Na época
da seca, nem sempre as chuvas são suficientes durante todo o ciclo da cultura,
sendo conveniente, nesse caso, suplementar com irrigação. A profundidade de
semeadura pode variar conforme o "tipo" de solo. Em geral, recomendam-se 3-4 cm
para solos argilosos e 5-6 cm para solos arenosos. A semeadora adubadora deve
estar equipada com mecanismos sulcadores apropriados para realizar o corte da
palhada, a adubação e a semeadura nas profundidades corretas. Geralmente o
sulcador adubador de haste penetra mais no solo e adubam mais profundamente, o
que muitas vezes traz benefícios ao feijoeiro. As semeadoras de feijão de disco
horizontal ou de disco pneumático para distribuição de sementes, geralmente
produzem resultados similares quando reguladas e operadas de forma adequada,
principalmente com velocidade inferior a 6 km/h. A densidade, ou o número de
plantas por unidade de área, é resultado da combinação de espaçamento entre
fileiras de plantas e número de plantas por metro. Espaçamentos de 0,40 a 0,60 m
entre fileiras e com 10 a 15 plantas por metro, proporcionam os melhores
rendimentos (FONTE: EMBRAPA).
O prazo para a realização da atividade foi de 8 dias, trabalhando com uma
velocidade de 6 km/h e com uma eficiência de 85%.
O primeiro passo é determinar a capacidade operacional, para saber o valor
mínimo de ha/h deve ser trabalhado.
CO = = 37,187ha/h23808*8
Com o valor encontrado, deve-se determinar a largura de trabalho das
semeadoras.
Ce = * Ec => 37,187 = = 61,979m𝐿*𝑉10*𝑁𝑃
𝐿*6
10*1
Determinado isso, o próximo passo é escolher a semeadora que mais se
adeque às exigências acima.
6.1.1. SELEÇÃO DA SEMEADORA
A semeadora escolhida foi uma semeadora pantográficas da COP TRIO 650
da TATU MARCHESAN que possui a maior articulação do mercado. Do ponto mais
alto ao mais baixo, as linhas de semente articulam 650mm. Além de contar com
sistema auto-lubrificante, eliminando todos os pontos de graxeira da linha. Possui o
controle de ondulação permanente nas linhas de adubo que proporcionam maior
regularidade na profundidade de deposição do fertilizante. Com um chassi robusto e
articulado a COP TRIO 650 encara qualquer tipo de terreno, superando topografias
irreguláveis, áreas com grandes declividades, plantio sobre terraços e curvas de
nível. Oferece a opção de caixa de semente central, que confere à semeadora uma
maior autonomia de distribuição de sementes com 1200l de capacidade. Corote de
25l com saboneteira e caixa de ferramentas inclusas. Possui sistema de controle da
profundidade, que é responsável pela uniformidade da emergência do plantio. A
TATU oferece a maior linha de controles de profundidade do mercado.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Capacidade volumétrica
(litros)
Modelo Chassi
Nº de
linhas
Espaçamento
(mm)
Comprimento
(mm)
Peso
(kg) Sementes Adubos
COP-TRIO
650 5750 7 900 6515 4390 350 1680
O orçamento deste implemento também foi feito pelo vendedor José
Eduardo Paganini, via telefone, pelo número (32) 9959-6067, que entrou em
contato após o pedido feito no site da TATU MARCHESAN. O preço da
semeadora está saindo por volta de R$610.000,00.
6.1.2. DIMENSIONAMENTO DA SEMEADORA
Determinado a medida da largura e a escolha da semeadora, sendo um dos
parâmetros para a escolha de um modelo que atendesse o espaçamento entre
linhas de 0,4 a 0,6 m exigido pela cultura do feijão. Sendo assim, foi determinadoo
número de semeadoras que seriam necessárias para realizar o trabalho em tempo
hábil, dividindo a largura de trabalho pela largura de trabalho da semeadora
comercializada.
= 11,82 => 12 semeadoras72,91566,15
Para confirmação se o implemento realizaria o trabalho nos 8 dias, foi
inicialmente feito o seguinte cálculo.
Ce = *0,85*8 = 301,104 ha/dia12*6,15*610
Então foi feito o cálculo para saber em quantos dias o trabalho seria
realizado.
= 7,9 => 8 dias2380301,104
7. PULVERIZAÇÃO DO PROJETO MECANIZADO
Grande parte dos produtos fitossanitários utilizados na agricultura brasileira
são aplicados por meio de pulverizadores de barra. Uma das limitações dessa
técnica consiste na redução da produtividade pelo amassamento da cultura. A perda
com amassamento na pulverização terrestre é uma desvantagem do sistema
quando comparada à aplicação aérea. Porém, quando são feitas várias aplicações
na cultura, os danos mecânicos às plantas se diluem durante o processo, uma vez
que a máquina passa sempre no mesmo lugar e causa perdas apenas na primeira
aplicação. Assim, a pulverização terrestre apresenta menor custo e menor risco de
deriva em comparação com a aérea (MATTHEWS, 2000; RAMOS & PIO, 2003).
7.1. PULVERIZADOR
De acordo com o estudo realizado por Justino et al, 2006 a técnica de
aplicação por pulverizador em barra no sentido longitudinal às linhas de semeadura
causou perdas na população de plantas devido ao amassamento provocado pelos
pneus do trator durante as pulverizações, porém houve rebrotamento das mesmas.
Quando as pulverizações foram realizadas no sentido transversal às linhas de
semeadura, houve amassamento pelos pneus de até seis plantas por linha, as quais
não se recuperaram e evidenciaram a formação de espaços vazios ao longo do
percurso. Na técnica “tramlines”, deixou-se de semear 8,3% da quantidade de
sementes, em decorrência da supressão de duas linhas de semeadura a cada 10,8
m (largura da barra do pulverizador) que poderiam sofrer danos mecânicos pelos
pneus do trator. Em contrapartida, houve economia de sementes e não
sobreposição das faixas de pulverização pela facilidade de visualização dos
espaços para a passagem dos pneus do trator. E então concluiu-se que na cultura
do feijoeiro, a pulverização no sentido longitudinal apresentou maior produtividade.
Foi determinado que a pulverização deve ser realizada em até 12 dias com
uma velocidade de 8 km/h e com uma eficiência de 80%. No entanto, o primeiro
passo foi determinar a capacidade operacional.
Co = = 24,7916 ha/h238012*8
Posteriormente foi calculada a largura de trabalho total.
Ce = *Ec => 24,7916 = *0,8 = 38,7369m𝐿*𝑉12*8
𝐿*8
10
Foi pesquisado no mercado pulverizadores que atendem a demanda do
serviço, foi escolhido inicialmente o pulverizador Jacto devido a marca ser bastante
conhecida no ramo de pulverizações, com 21 metros. No entanto, para satisfazer a
determinação precisaria de mais um pulverizador de 18 metros para que desse um
total 38,73 metros. Diante disso foi mais vantajoso adquirir 2 tipos de
pulverizadores.
7.1.1. SELEÇÃO DO PULVERIZADOR
O primeiro pulverizador escolhido foi Columbia Cross da JACTO com tanque
de 2000l e barras de 18 metros semi-hidráulicas. A bitola Cross 9,5 X 24: 1,55 a
1,95m. As bombas Jacto possuem camisa de cerâmica com alta resistência ao
desgaste, que juntamente com o robusto sistema mecânico da bomba,
proporcionam uma alta confiabilidade e baixa manutenção. Incorpora o defensivo à
água do tanque, produzindo a calda de forma prática e segura, reduzindo o risco ao
meio ambiente e ao operador. Possui porta-bicos monojet, bijet com mangueira e
bijet com tubo de aço. O sistema de filtragem do circuito hidráulico de pulverização é
composto por um filtro de sucção, FVS 100, com malha de aço inox e fecho rápido;
filtros de linha (opcional), um para cada segmento das barras de pulverização; filtros
em todos os bicos, proporcionando uma excelente qualidade de aplicação.
Apresentam uma melhor qualidade de aplicação. Comando com molas duplas para
maior sensibilidade de regulagem e válvula de alívio rápido, que evita sobrecarga no
circuito. O comando hidráulico permite ao operador abrir, fechar e movimentar as
barras com facilidade. Mantém constante o volume de pulverização, mesmo com
alterações de velocidade numa mesma marcha (limite de 20% para mais ou para
menos). Além disso, mantém a pressão de aplicação constante quando um ou mais
segmentos são fechados, garantindo um arremate com maior qualidade. Mais
comodidade ao operador. Os painéis JEC permitem a abertura, fechamento e
regulagem da altura das barras hidráulicas, bem como o controle da abertura e
fechamento da pulverização. Além disso, mantém a pressão de aplicação constante
quando um ou mais segmentos são fechados, garantindo um arremate com maior
qualidade. Controle total da pulverização e mantém constante o volume de
pulverização (L/ha), mesmo com variações na velocidade do trator. Informa o tempo
de trabalho,a distância percorrida, os litros aplicados por minuto, a área total e
parcial tratadas e o volume total e parcial aplicados. Permite abrir e fechar os bicos
de pulverização.
O segundo Pulverizador escolhido foi o Advance 3000 AM21 da Jacto com
barras de 21 metros, divididas em quatro segmentos de pulverização e com
movimentação totalmente hidráulica (abertura, fechamento e regulagem de altura).
Equipadas com porta-bicos Bijet ou Quadrijet (opcional) espaçados em 0,35 ou
0,50m. A altura pode ser regulada de 0,54 a 1,78m, permitindo trabalhar em várias
etapas do ciclo da cultura. Ramal dos bicos em aço inox resistente a corrosão e com
dreno para facilitar a limpeza. TANQUE DE 3000 LITROS em polietileno de alta
resistência. Acabamento polido das superfícies interna e externa para facilitar a
limpeza. Resiste aos impactos e corrosões. Tampa com rosca. Possui agitador
mecânico de 3 pás para manter a calda sempre homogênea.
O orçamento deste implemento foi feito pelo vendedor Márcio J Azevedo,
via telefone, pelo número (27) 99924-4777, que entrou em contato após meu
pedido feito via telefone (14) 98144-1403 para a JACTO. O preço do
pulverizador Columbia Cross é R$132.650,00 e da Advance 3000 R$224.850,00.
Ambos pagamento à vista com prazo de entrega de 120 dias.
7.1.2. DIMENSIONAMENTO DO PULVERIZADOR
Então calculou-se a capacidade efetiva dos pulverizadores selecionados.
Ce = *0,8*8 = 199,68 ha/dia39*810
Por fim, calculou se os pulverizadores completariam o serviço dentro do
prazo determinado.
= 7,9 => 8 dias2380301,104
8. SELEÇÃO DO TRATOR
Para a escolha dO trator, diversos aspectos foram analisados, o primeiro foi
observar se os requisitos do mesmo se encaixavam nas características de trabalho
exigidas, por exemplo, a potência exigida para o trabalho com o arado, já que o
mesmo é o implemento que exige maior força do trator. Então, se o trator consegue
realizar o trabalho com este implemento, consequentemente conseguirá realizar
com os demais.
Além disso, para priorizar a saúde do operador contra as possíveis derivas na
aplicação de defensivos agrícolas e tombamentos, os modelos da linha 6100J
possuem cabine, o que resguarda a integridade do tratorista.
A John Deere é uma das principais marcas relacionadas a mecanização
agrícola, possui polos espalhados em praticamente todo território brasileiro, e com
isso supre com eficiência a necessidade do agricultor em caso de problemas
mecânicos. O trator em questão, possui transmissão SyncroPlus que oferece uma
excelente relação custo benefício, com desempenho superior em relação aos
sistemas de seus concorrentes comumente utilizados nesta categoria.
Modelo Potência(cv) Cilindros Veloc. Nominal Rot. max de torque Reserva de torque
6100J 100 4 2300 rpm 1400 rpm 28%
O orçamento desse trator foi feito via o próprio site da John Deere e o
preço unitário está saindo por volta de R$224.850,00.
9. ANÁLISE DE CUSTOS OPERACIONAIS
Equipamento Preço unitário (R$) Unidade Total (R$) Anos Total/ano
Arado R$ 91.000,00 25 R$ 2.275.000,00 5 R$ 455.000,00
Grade R$ 24.600,0023 R$ 565.800,00 5 R$ 113.160,00
Semeadora R$ 610.000,00 12 R$ 7.320.000,00 5 R$ 1.464.000,00
Pulverizador 1 R$ 132.650,00 1 R$ 132.650,00 5 R$ 26.530,00
Pulverizador 2 R$ 224.850,00 1 R$ 224.850,00 5 R$ 44.970,00
Trator R$ 224.850,00 25 R$ 5.621.250,00 10 R$ 562.125,00
Total - - R$ 16.139.550,00 - R$ 2.665.785,00
9.1. HORAS GASTAS PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
Processo Horas Quantidades de tratores Total (horas)
Aração 160 25 4000
Gradagem 78,84 23 1813,32
Plantio 63,2 12 758,4
Pulverização 95,84 2 191,68
6763,4
10. CUSTOS OPERACIONAIS
10.1. CUSTOS FIXOS
10.1.1 DEPRECIAÇÃO
É a parcela que deve incidir no custo da máquina, considerando a perda de
valor da mesma considerando sua vida útil, onde os tratores possuem vida útil (Vu)
de 10 anos e os demais implementos 5 anos.
Para realização do cálculo, foi utilizado o método de linha reta, que consiste
na amortização do capital investido na aquisição da máquina, em parcelas iguais,
durante a sua vida útil.
D = * Unidades compradas𝑉𝑖−𝑉𝑠𝑉𝑢
Onde: D - Depreciação da máquina, R$ por ano;
Vi - Valor inicial da máquina, R$;
Vs - Valor final ou sucata, que representa 10% do valor inicial R$;
Vu - Vida útil em anos.
Equipamento Vi (R$) Vs 10% (R$) Vu (anos) Unidades Depreciação R$/ano
Trator 224.850,00 22.485,00 10 25 505.912,50
Arado 91.000,00 9.100,00 5 25 409.500,00
Grade 24.600,00 2.460,00 5 23 101.844,00
Semeadora 610.000,00 61.000,00 5 12 1.317.600,00
Pulverizador 1 224.850 22.485 5 1 40.473,00
Pulverizador 2 132.650 13.265,00 5 1 23.877,00
Total - - - - 2.399.206,50
10.1.2. JUROS SOB CAPITAL
J = *TJ*unidades compradas𝑝+0,1*𝑃2
Onde: J - Juros;
p - Preço de aquisição;
(0,1*P) - Preço da sucata;
TJ - Taxa de juros de 10% ao ano.
Equipamento P(R$) P(%)(R$) TJ(10%) Unidade Divisor Juros R$/ano
Trator 224.850,00 22.485,00 10% 25 2 R$ 309.168,75
Arado 91.000,00 9.100,00 10% 25 2 R$ 125.125,00
Grade 24.600,00 2.460,00 10% 23 2 R$ 31.119,00
Semeadora 610.000,00 61.000,00 10% 12 2 R$ 402.600,00
Pulverizador 1 224.850 22.485 10% 1 2 R$ 12.366,75
Pulverizador 2 132.650 13.265,00 10% 1 2 R$ 7.295,75
Total R$ 887.675,25
10.1.3. ALOJAMENTO E SEGURO
Esses custos são difíceis de serem contabilizados pois depende muito das
características de armazenamento. Além disso, os produtores comumente não
fazem seguros das máquinas agrícolas. No entanto, esse custo está na base de 2 %
do preço de aquisição do equipamento ao ano, então:
As = 0,02*Vi
Equipamento Vi (R$) 2% Unidades Alojamento e seguro R$/ano
Trator 224.850,00 0,02 25 R$ 112.425,00
Arado 91.000,00 0,02 25 R$ 45.500,00
Grade 24.600,00 0,02 23 R$ 11.316,00
Semeadora 610.000,00 0,02 12 R$ 146.400,00
Pulverizador 1 224.850 0,02 1 R$ 4.497,00
Pulverizador 2 132.650 0,02 1 R$ 2.653,00
Total R$ 322.791,00
10.1.4. CUSTOS FIXOS TOTAIS
CFT = D+J+AS
CFT = 2399206+887675,25+322791 = R$3609672,25 por ano
= R$1516,669/ha3609672,252380
= R$533,706/h3609672,256763,4
10.2. CUSTOS VARIÁVEIS
10.2.1. CUSTOS COM COMBUSTÍVEIS
O preço médio do litro do diesel comum subiu 9,80% na região. Com isso, ficou em
R$ 4,51. 9 de abr. de 2021 (FONTE: ESTADÃO).
Consumo = 0,151 x (100 * 0,85) = 12,835 𝑙/ℎ* 4,51 = R$57,88/h
Os tratores trabalharão um total de 6763,4 horas. Então multiplica-se o total
gasto em combustível em uma hora pelo total de horas totais de trabalho.
57,88*6763,4 = R$391.465,592/
10.2.2. CUSTO COM LUBRIFICANTE
Preço médio óleo lubrificante de 17 R$/L
Consumo= 0,00059 * Pnom + 0,02169
Consumo= 0,00059 * 100 + 0,02169
Consumo= 0,08069*25 = R$2,01725/h
Os tratores trabalharão um total de 6763,4h. Então multiplica-se o total gasto
em lubrificante em uma hora pelo total de horas totais de trabalho.
6763,4*2,017 = R$13.641,77
Usa-se 1 kg de graxa a cada 20 horas, com custo de 10 R$ por kg, então:
*10 = R$ 3381,76763,420
10.2.3. CUSTOS TOTAIS COM LUBRIFICANTES
13.641,77+3381,7 = R$17.023,47/h
10.2.4. CUSTOS COM MANUTENÇÃO
Inclui a manutenção preventiva e corretiva, além da mão-de-obra necessária
para realizá-la.
CM = *Vi*unidades de equipamentos1𝑉𝑢
Equipamento Vi (R$) Vs 10% (R$) Vu (anos) Unidades Manutenção R$/ano
Trator 224.850,00 22.485,00 10 25 R$ 562.125,00
Arado 91.000,00 9.100,00 5 25 R$ 455.000,00
Grade 24.600,00 2.460,00 5 23 R$ 113.160,00
Semeadora 610.000,00 61.000,00 5 12 R$ 1.464.000,00
Pulverizador 1 224.850 22.485 5 1 R$ 44.970,00
Pulverizador 2 132.650 13.265,00 5 1 R$ 26.530,00
Total - - - - R$ 2.665.785,00
10.2.5. CUSTOS COM MÃO DE OBRA
Salário mínimo R$1045,00.
Custo de mão de obra por horas trabalhadas no mês, 22 dias, ou seja 176
horas.
CMo = = R$𝟏𝟎,𝟎𝟗𝟑/h*8h= R$80,74 dia* 22 dias1,7*1045176
= R$1776,368 por mês * 12 meses =
R$21.316,416/ano
Com isso, pega-se o valor a ser pago por hora e multiplica-se com o total de horas
que serão trabalhadas:
6763,4*10,093=R$68.262,99/h
10.3. CUSTOS VARIÁVEIS TOTAIS
𝐶𝑉𝑇 = 𝐶𝑐 + 𝐶𝑙 + 𝐶𝑚 + 𝐶𝑚o
CVT = 391.465,592 + 17.023,47 + 2.665.785 + 68.262,99 = R$3.142.537,052/ano
CVT = = R$1320,39/ha3.142.537,0522380
CVT = = R$464,63/hora3.142.537,0526763,4
11. CUSTOS OPERACIONAIS TOTAIS
COT= CFT + CVT
COT = 3.609.672,25 + 3.142.537,052 = R$6.752.209,302/ano
COT = = R$998,34/h6.752.209,3026763,4
COT = =R$ 2837,062/ha6.752.209,3022380
Para facilitar a visualização de dados, segue a tabela.
Custos
Ope.
Custos
fixos
Ano Hora Total Hora Ano
Depreciação R$ 2.399.206,50 R$ 354,73
Total R$ 533,69 R$ 3.609.672,75Juros R$ 887.675,25 R$ 131,24
Alojamento e seguro R$ 322.791,00 R$ 47,72
Custos
Variáveis
Combustível - R$391.465,592
Total R$ 415.746,20 R$ 2.687.101,42
Lubrificante Liq. - R$13.641,77
Graxa - R$ 3381,7
Manutenção R$ 2.665.785,00 R$ 394,15
Custo mão de obra R$ 21.316,42 R$ 68.262,99
R$6.752.209,3026
11.1. CUSTO DE AQUISIÇÃO MAIS CUSTOS OPERACIONAIS TOTAIS
16.139.550,00 + 6.752.209,302 = R$22.891.759,3/ano
Esse valor acima é levando em consideração o valor total dos tratores e
implementos. Abaixo segue o valor total dos implementos e tratores dividido pelo
ano de vida útil de cada um.
2.665.785,00 + 6.752.209,302 = R$9.417.994,302/ano
= R$3957,14/ha9.417.994,3022380
12. ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA
A análise da viabilidade da implantação do feijão é de suma importância para
se ter uma estimativa se é relevante ou não implantar a cultura. Dessa forma,
pode-se ter noção se a cultura vai trazer prejuízos ou benefícios financeiros.
Abaixo segue a tabela disponibilizada pela Embrapa com o levantamento
referente a safra de 2016 para o feijão mais cultivado no Mato Grosso do sul, na
época de seca.
Tabela com descritivos dos gastos para o plantio de um hectare de feijão no Mato Grosso do Sull.
Fonte: Embrapa. Acesso: 07 mai. de 2021.
Diante do custo total obtido para produzir 1 ha de feijão (R$ 1.947,02), foi estimado
o gasto médio total para implementação da cultura na área total, ou seja, 2380ha.
1.947,02*2380 = R$4.633.907,6
Com isso, podemos fazer um comparativo dos custos. Tendo em vista que, a tabela
da EMBRAPA é de 2016 e os valores dos implementos aumentaram, logo o custo
calculado também aumentará. Essa tabela é apenas comparativa. O nosso valor de
custo foi de:
R$9.417.994,302 calculado
12.1. ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO
Segundo a EMBRAPA a média nacional da cultura do feijão é de 30 sacas de feijão
por hectare. Tendo como base esse valor:
2380*30 = 71.400 sacas de feijão
Para verificar esse valor foi feita uma pesquisa em um site de cotações
agrícolas no qual disponibiliza o preço que a saca de feijão está custando. Como há
diferentes tipos de feijão optamos por escolher o feijão comum que está R$281,70.
Então, para saber quanto haverá de faturamento do feijão, multiplicou-se o
valor da saca pelo total obtido.
71.400*281,70 = R$20.113.380,00
12.2. LUCRO
Para se ter a estimativa do lucro previsto, basta pegar o valor que obterá na
produção das sacas e subtraí-lo dos gastos.
20.113.380,00 - 9.417.994,302 = R$10.695.385,7/ano
= R$4493,85/ha10.695.385,72380
= R$1581,36/h10.695.385,76763,4
13. CONCLUSÃO
Diante do valor obtido de lucratividade,pode-se afirmar que haverá
rentabilidade na implantação da cultura do feijão. Além disso, devido ao ciclo da
cultura a lucratividade pode ser triplicada em um ano.
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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