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TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 fonte: Manual de toxicologia (MS); http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7802.htm; Diretrizes Brasileiras para Diagnóstico e Tratamento de Intoxicações por Agrotóxicos (CONITEC) - cap. 3. TEMA: INTOXICAÇÕES EXÓGENAS (AGROTÓXICOS) E POLUIÇÃO AMBIENTAL 1-IDENTIFICAR OS PRINCIPAIS TIPOS DE AGROTÓXICOS E AS FORMAS DE CONTAMINAÇÃO DO LENÇOL FREÁTICO COM OS SEUS EFEITOS NOCIVOS À SAÚDE; Os organofosforados são os agrotóxicos mais utilizados no Brasil atualmente. Seus resíduos podem contaminar culturas, lençóis freáticos, águas costeiras, rios, alguns animais, pássaros, agredir inimigos naturais de pragas e levar a resistência de insetos. Para avaliarmos a contaminação ambiental, podemos utilizar biossensores enzimáticos altamente sensíveis para detecção de OF’s em meio aquoso. Tais produtos são usados em diversos tipos de plantações para combater pragas, nos domicílios contra moscas e mosquitos. A aplicação pela saúde pública, ou em plantações, são exemplos de exposição ocupacional. Esta diz respeito à contaminação pela presença do agente tóxico no local de trabalho, independentemente se a atividade desempenhada se relaciona com o uso da substância (trabalhadores rurais, operários em indústrias produtoras de OF’s, floricultores, trabalhadores de estufas, profissional da saúde – até aqueles envolvidos com necropsia, trabalhadores de escritórios onde haja contaminação de alguma forma, veterinários e outros). As vias dérmica e pulmonar são as mais comumente vistas na exposição ocupacional. A agricultura é a ocupação brasileira que mais utiliza essas substâncias químicas tóxicas, tais como, inseticidas, herbicidas, fungicidas, desfolhantes e preservantes de madeira e dessecantes. São também amplamente utilizados no ambiente doméstico para o controle de baratas, mosquitos, roedores e na jardinagem amadora. Quando nos referimos à exposição não ocupacional/ambiental, referimo-nos àquelas em que o local da exposição não tem relação com o trabalho desempenhado (pulverização aérea, uma exposição acidental, entre outros). A via oral é a mais comum em casos de envenenamento não ocupacional, como tentativas de suicídio. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7802.htm TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 Os agrotóxicos podem ser divididos em duas categorias: 1. Agrícolas: destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e nas florestas plantadas - cujos registros são concedidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. 2. Não-agrícolas: destinados ao uso na proteção de florestas nativas, outros ecossistemas ou de ambientes hídricos - cujos registros são concedidos pelo Ministério do Meio Ambiente/Ibama, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Saúde. Destinados ao uso em ambientes urbanos e industriais, domiciliares, públicos ou coletivos, ao tratamento de água e ao uso em campanhas de saúde pública, cujos registros são concedidos pelo Ministério da Saúde/Anvisa, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. → Classificação quanto ao organismo-alvo: • Inseticidas: agrotóxicos que têm ação letal em insetos. • Fungicidas: agrotóxicos com ação sobre fungos. • Herbicidas: ação de controle às plantas consideradas daninhas ou invasoras, em especial, na agropecuária. • Desfolhantes: agrotóxicos com efeito desfolhante, ou seja aquele que em contato com as plantas, induzem a queda prematura das folhas. • Fumigantes: agrotóxicos com ação sobre fauna e flora, que tem sua ação promovida por meio de gases. Utilizados geralmente no solo, no armazenamento de grãos, no seu transporte terrestre ou por navios. • Rodenticidas/raticidas: agrotóxicos com ação letal em roedores. • Moluscicidas: agrotóxicos com ação em moluscos terrestres ou aquáticos. • Nematicidas: agrotóxicos com ação em nematóides. • Acaricidas: agrotóxicos com ação em ácaros. • Algicidas: agrotóxicos com ação no controle de algas. → Classificação quanto ao componente químico de seu ingrediente ativo: - Inorgânicos: não possuem átomos de carbono em sua molécula química ativa. - Orgânicos: contêm carbono (biológicos e organossintéticos). Os fungicidas dicarboximidas são desreguladores do sistema endócrino que se ligam ao receptor de andrógeno em mamíferos. São tóxicos para testículos em animais experimentais e seres humanos. São cancerígenos em animais experimentais. Induzem malformações do trato reprodutivo de fetos machos expostos. O comportamento do agrotóxico no ambiente é bastante complexo. Quando utilizado um agrotóxico, independentemente do modo de aplicação, possui grande potencial de atingir o solo e as águas, principalmente devido aos ventos e à água das chuvas, que promovem a deriva, a lavagem das folhas tratadas, a lixiviação e a erosão. Além disso, qualquer que seja o caminho do agrotóxico no meio ambiente, invariavelmente o homem é seu potencial receptor. TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 2- DESCREVER A EPIDEMIOLOGIA, OS SINAIS E SINTOMAS (AGUDAS, INTERMEDIÁRIAS E CRÔNICAS) E MANEJO DA INTOXICAÇÃO; ● Epidemiologia: O Brasil é o maior consumidor de produtos agrotóxicos no mundo. - Números de intoxicações exógenas em AL: 2018 17 2019 32 2020 1.070 ● Sinais e sintomas: Os organofosforados e os carbamatos: São compostos inibidores da acetilcolinesterase, enzima responsável pela degradação da acetilcolina, presente nas fendas sinápticas do SNA, SNC e da junção neuromuscular. Esses compostos se ligam com a acetilcolinesterase de forma muito mais estável que a acetilcolina. A ligação do carbamato se desfaz em minutos a horas, de forma que a enzima é regenerada em 24-48h. Os carbamatos são derivados do ácido carbâmico. O uso doméstico é comum, como os inseticidas carbofuram e aldicarbe. Os carbamatos não se acumulam no organismo, e sua biotransformação se dá através de hidrólise, oxidação e conjugação. O chumbinho é um produto clandestino, irregularmente utilizado como raticida, o agrotóxico aldicarb (carbamato) geralmente é o componente encontrado nos ‘chumbinhos’, mas também podem conter organofosforados diversos. A ligação do OF permanece por dias a semanas, tornando a enzima indefinidamente, se não for usado composto que desfaça a ligação. Os organofosforados são derivados dos ácidos contendo fósforo em sua molécula (ácidos fosfóricos, tiofosfórico, e ditiofosfórico). Mais comumente utilizados como inseticidas e acaricidas agrícolas. Alguns exemplos são inseticidas à base de malation, clorpirifós, temefós, acefato, fenitrotion, paration, metamidofós. OF e carbamatos são absorvidos por qualquer via: oral, transdérmica, através de mucosas (TGI, genitourinária, conjuntiva) e parenteral. A via inalatória levaria a TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 menor período de latência, enquanto a transdérmica, a de maior período. O quadro clínico se instala de minutos até 12h. Os sinais e sintomas são decorrentes dos diversos sítios onde ocorrerá excesso de acetilcolina. - No caso dos inseticidas carbamatos, a inibição é reversível e a reativação da enzima é espontânea e rápida, geralmente acontece em menos de 24hrs; - Nas exposições a inseticidas organofosforados, a inibição é quimicamente mais estável e a recuperação da enzima pode ser mais lenta, podendo levar dias a semanas e até ser irreversível, onde a reativação dependerá da síntese de novas moléculas de acetilcolinesterase. - Bem absorvidos por ingestão, inalação e através da pele e mucosas; - Somente os OF travessam a BHE, devido à lipossolubilidade; - Presença de lesões cutâneas ou ambientes com altas temperaturas aumentam a absorção; - O acúmulo de acetilcolina nas sinapses colinérgicas leva ao aumento da resposta nos receptores pós-sinápticos, nicotínicos ou muscarínicos; Manifestação clínica:Síndrome colinérgica! As intoxicações por OF podem se apresentar em 3 formas clínicas: a intoxicação aguda, a síndrome intermediária e a neurotoxicidade tardia. *Alguns pacientes intoxicados com certos OF podem apresentar hálito de alho! As intoxicações por CARB manifestam-se exclusivamente de forma aguda, uma vez que esses compostos são rapidamente degradados no organismo. A intoxicação por carbamatos ocasiona uma síndrome colinérgica aguda semelhante à causada por OF, contudo, geralmente não apresenta sintomatologia tão exuberante ao nível do SNC, o que é um sinal de gravidade nesses tipos de intoxicações. → Agudas: - Muscarínicas (nos músculos lisos, fibras cardíacas e glândulas exócrinas): Sialorréia, sudorese, lacrimejamento, hipersecreção brônquica, bradicardia, miose, vômitos e diarreia; - Nicotínicas (músculos esqueléticos e gânglios autônomos): Taquicardia, hipertensão, midríase, fasciculações, fraqueza muscular e hiporreflexia, podendo evoluir para paralisia dos músculos respiratórios; - Centrais: Agitação, labilidade emocional, cefaléia, tontura, confusão mental, ataxia, convulsões e coma. → Intermediárias (presente nos OF): É resultado de alterações pré e pós-sinápticas da transmissão neuromuscular, por persistência da inibição da acetilcolinesterase ou de sua reativação parcial. - Manifesta-se em pacientes não intubados ou extubados precocemente, após sofrerem grande estimulação colinérgica da musculatura cervical, dos nervos cranianos motores e dos músculos da respiração. - Diarreia intensa com grande perda de potássio e água, agravando o quadro. TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 - Os efeitos colinérgicos podem desaparecer entre 40 e 72h, todavia, a total recuperação do paciente pode levar semanas. - Caracteriza-se por insuficiência respiratória de aparição súbita, por insuficiência dos músculos respiratórios, fraqueza muscular especialmente dos flexores do pescoço e musculatura proximal de membros superiores. → Tardias (presente nos OF): - As intoxicações graves por inseticidas inibidores das colinesterases habitualmente estão associadas a distúrbios ácido-básicos, metabólicos e hidroeletrolíticos; - Quadros clínicos neurológicos mais tardios (Polineuropatia Retardada ou de Neurotoxicidade Retardada Induzida por OF); - Os sintomas são resultados de uma neuropatia sensitivo-motora ascendente nas extremidades dos membros, o que inicialmente surge como uma sensação de formigamento ou queimação nos dedos e logo se espalha causando fraqueza nos membros superiores e marcha atáxica. - Pode se caracterizar por degeneração dos axônios de fibras longas em alguns nervos periféricos e envolvimento degenerativo do SNC. A neuropatia retardada ou polineuropatia tardia induzida por OF é relatada com metamidofós, clorpirifós, fention, triclorfon, merfós, mipafós, fenofosfon, malation, isofenfós, leptofós. Esse quadro desenvolve-se de 10 dias a três semanas (2-4 semanas) após a exposição e após a crise colinérgica. As manifestações clínicas são progressivas e irreversíveis: debilidade, ataxia, fraqueza muscular e paralisia, inicialmente distal (em pernas, progredindo para extremidades superiores), sensação de dor em queimação ou pontadas, cãibras dolorosas, parestesia, hiporreflexia, diminuição de sensibilidade ao tato, à dor e à temperatura, podendo haver atrofia de grupos musculares. As patologias relacionados à intoxicação crônica por agrotóxicos podem ser neoplasias, como mieloma múltiplo e leucemias; anemia aplástica; transtornos mentais, como alterações cognitivas e episódios depressivos; doenças do sistema nervoso como distúrbios do movimento, polineuropatias e encefalopatia tóxica; oculares, como neurite óptica e distúrbios da visão e ainda auditivas, circulatórias, respiratórias, digestivas e dermatológicas. Em pacientes que apresentem exposição cutânea, as medidas de descontaminação externa da pele, cabelos, olhos, e a retirada de vestimentas e calçados contaminados devem ser realizadas concomitantemente com as medidas de reanimação e a aplicação de antídotos. Indica-se lavar a pele com quantidades abundantes de água e utilizar sabão neutro. Os atendentes devem utilizar EPI para evitar contato com secreções e roupas contaminadas. Realizar lavagem gástrica precoce com SF 0,9% até 1 hora após ingestão. Administrar carvão ativado por SNG após realizar a lavagem gástrica. Se o paciente apresentou episódios de TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 vômitos espontaneamente a lavagem gástrica não é indicada, devendo-se realizar o tratamento sintomático (antieméticos) e administrar apenas o carvão ativado. No tratamento, o uso de atropina é essencial, por ser um antagonista competitivo da acetilcolina, tanto no SNC quanto no SNA. A dose inicial para adultos é de 1 a 2mg para intoxicações por carbamatos e de 2 a 4mg para intoxicações por OF, por via endovenosa ou intramuscular. Os sinais de atropinização incluem midríase (o mais precoce), taquicardia e ruborização cutânea (este é útil no ajuste de dose). A retirada é lenta e gradual, por pelo menos 24h, devendo ser restituída, se reaparecerem os sintomas. Nos casos de intoxicação por OF, deve-se fazer uso de oximas. A pralidoxima tem a capacidade de regenerar a colinesterase por ligar-se ao OF. A via de administração é endovenosa, devendo ser realizada em 30 min, na dose de 20 a 40mg/kg, diluídos em solução salina a 0,9%. A dose pode ser repetida em l a 2h, com dose máxima diária de 12g. Será suspensa somente quando forem abolidos todos os sintomas colinérgicos. Para se interromper o tratamento é a ausência de manifestações clínicas de intoxicação, já que a recuperação desses níveis de acetilcolinesterase pode ocorrer em meses. Diante da necessidade de esclarecer ou confirmar o diagnóstico de intoxicação por inibidores de colinesterase, pode-se realizar uma prova diagnóstica terapêutica com atropina; essa prova consiste em administrar sulfato de atropina em dose única de 1 mg em adultos (0,01 mg/kg em crianças), por via endovenosa, e observar. Se o paciente não estiver intoxicado por OF/CARB, desenvolverá em poucos minutos taquicardia, rubor facial, xerostomia e midríase. Nenhum desses sintomas surgirá se realmente se trata de intoxicação por OF/CARB. Organoclorados: - São hidrocarbonetos que se caracterizam por conter em sua estrutura um ou mais anéis aromáticos ou cíclicos saturados, com alto poder de persistência no meio ambiente como o DDT, BHC, Aldrin, Dieldrin. - Interferem com o fluxo normal de sódio e potássio na membrana axonal, causando hiperexcitação do SNC, resultando em perturbações dos processos mentais e convulsões; - Em exposição cutânea, as medidas de descontaminação externa da pele, cabelos, olhos e a retirada de vestimentas e calçados contaminados devem ser realizadas. Indica-se lavar a pele com quantidades abundantes de água e utilizar sabão neutro, principalmente em banho de chuveiro, se possível. - Realizar lavagem gástrica precoce com SF 0,9% até 1 hora após ingestão; - Administrar carvão ativado por SNG após realizar a lavagem gástrica; - Se o paciente apresentou episódios de vômitos espontaneamente a lavagem gástrica não é indicada, devendo-se realizar o tratamento sintomático (antieméticos) e administrar apenas o carvão ativado; - Logo após a ingestão podem ocorrer cefaléia, náuseas, vômitos, parestesias de língua, lábios e face, tremores, confusão mental, convulsões e coma; - São lipossolúveis e se acumulam em tecido adiposo e a duração da toxicidade poderá ser demorada. - MOVE + hidratação; - A colestiramina, resina de troca iônica, não absorvível, deve ser utilizada ao invés de carvão ativado. A dose indicada é de 4g, por VO, a cada 6h. TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 Herbicidas piretróides: São inseticidas sintéticos derivados das piretrinas naturais, que são extraídas das flores de crisântemo. São utilizados na agropecuária (controle de insetos em plantações, grãos armazenados, silos); na veterinária (controle deectoparasitas, principalmente carrapaticidas) em grandes ou pequenos animais; nas campanhas de saúde pública (controle de vetores) e em ambientes domésticos, na dedetização de residências. Classificados em tipo I, não possuem o grupo ciano, a maioria produz a síndrome T, caracterizada por tremores, e tipo II possuem um grupo ciano, o que aumenta muito a neurotoxicidade em animais e insetos. Agem retardando o fechamento dos canais de sódio durante a fase de recuperação do potencial de ação neuronal; o aumento do fluxo de sódio mantém despolarizadas as membranas causando descargas repetidas. Alguns piretróides também alteram a permeabilidade das membranas ao cloro, atuando sobre os receptores tipo A do GABA. - Atuam diretamente nos axônios prolongando a despolarização do canal de sódio, levando a uma hiperexcitação do sistema nervoso; - Em concentrações altas, os piretróides do tipo II ligam-se aos receptores do GABA bloqueando os canais de cloro e sua ativação o que também leva a uma hiperexcitabilidade do SNC; - Absorvido por via oral e inalatória; sendo observados efeitos sistêmicos após exposições maciças. Os piretróides não são compostos voláteis, e a toxicidade pulmonar é devido ao solvente utilizado como veículo; - Pouco absorvido pela pele; - São lipofílicos e portanto rapidamente distribuídos ao SNC; - Tontura, salivação, cefaléia, vômitos, irritabilidade, sintomas de sensibilização e fenômenos alérgicos semelhante a quadros de rinite ou asma, pneumonite e broncoespasmo; - Sintomas neurológicos são incomuns, porém existem relatos de convulsões e neuropatias complexas associadas à ingestão de doses elevadas; - Sensações de formigamento e queimação podem ocorrer em áreas da pele em contato direto com o inseticida; - Indica-se lavar a pele ou cabelos com quantidades abundantes de água e utilizar sabão neutro, se possível em banho de chuveiro; - Na ingestão de grande quantidade de piretróide tipo 2, realizar lavagem gástrica precoce com SF 0,9% e administrar dose única de carvão ativado; - MOVE + hidratação; - São biotransformados com bastante rapidez pelas esterases hepáticas e oxidases microssomais mediante mecanismos de conjugação e hidroxilação, resultando em metabólitos inativos (o que explicam menor toxicidade em humanos); TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 Herbicida paraquat: - Usado para controle de ervas daninhas e como desfolhante pré-colheita; - Um dos pesticidas mais tóxicos disponíveis, onde a ingestão de 10 a 20mL de produto a 20% (200 mg/mL) pode causar a morte; - Herbicida “mata-mato”; - Possui efeito corrosivo quando em contato com a pele e mucosas, pode causar lesões teciduais em pulmão, fígado e rins; - Não ocorre absorção pela pele íntegra e nem por via respiratória; - Rapidamente absorvido através do TGI, alcançando pico plasmático em 2h; - Administrar carvão ativado na dose de 1-2 g/kg, dissolvido em água, por via oral. Sua maior efetividade se dá nas duas primeiras horas após a ingestão. - Pode-se usar também Terra de Fuller (montmorilonita cálcica) a 15-30% em suspensão aquosa, ou ainda Bentonita (montmorilonita de sódio) a 7%, em doses de 100 gramas em adultos e 2 g/kg em crianças; no entanto essas substâncias adsorventes são facilmente disponíveis. - O efeito corrosivo do paraquate aumenta o risco de lesões durante o procedimento de lavagem gástrica. - Não há antídoto recomendado. - Observou-se que a exposição crônica ao paraquate provoca deterioração dos neurônios dopaminérgicos, relacionando com a doença de Parkinson. → Manifestações clínicas: - Inicial após ingestão (podem aparecer em até 24h): → Dor e edema da boca e da garganta e presença de ulcerações orais podem ocorrer; Náusea, vômitos, diarréia, disfagia, hematêmese. - Entre 24 e 48h da ingestão: → Colestase, necrose hepática, oligúria, insuficiência renal aguda (necrose tubular aguda), pancreatite, tosse, afonia, mediastinite. - Tardias após 1 ou 2 semanas: → Edema pulmonar, fibrose pulmonar, hipovolemia, choque, arritmias, coma, convulsões, edema cerebral. A assistência deve ser feita através de MVE (não dar oxigênio suplementar pois pode acelerar a toxicidade do paraquat devido à liberação de radicais livres e ao surgimento de fibrose pulmonar. A administração de oxigênio deve ser retardada enquanto possível, até que Po2 esteja abaixo de 50mmHg ou ocorra dispnéia progressiva). O esvaziamento gástrico deve ser realizado se os vômitos não ocorreram, seguido imediatamente da administração de carvão ativado. Tratar a dor e a lesão corrosiva com analgésicos e protetores de mucosa conforme necessidade. A toxicidade do Paraquat está no efeito cíclico de redução de óxido, com produção de compostos tóxicos de oxigênio. Os radicais livres formados reagem com lipídeos da membrana celular, proteínas estruturais e enzimas, além da molécula DNA. Os sintomas ocorreram na dependência da dose ingerida. Se a ingestão foi de até 20mg/kg, as lesões são poucas e a recuperação ocorre. Se entre 20 e 40mg/kg, há morte dentro de cinco dias, por acometimento gastrointestinal, renal e pulmonar. Se > 40 mg/kg, há falência de múltiplos órgãos e morte em um a três dias. Para determinar a presença de Paraquate na urina, existe uma prova qualitativa, simples e rápida, que consiste em adicionar a 5 ml de urina 0,1 g de bicarbonato de TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 sódio e 0,1 g de ditionito de sódio (hidrossulfito de sódio). O surgimento quase imediato de coloração azulada na amostra indica a presença de paraquate, tanto maior quanto for a intensidade da coloração. Em concentrações muito elevadas de paraquate, a coloração pode ser negra; repetir a dosagem com uma amostra de urina diluída. Glifosato N-fosfonometilglicina: - A absorção no TGI é limitada a 30-36%; pela via dérmica é de 5,5% ou menos. - Possui meia-vida de aproximadamente sete dias (168h). - Alcança pico plasmático em aproximadamente 6h. - Não é metabolizado em humanos e sua biotransformação é muito reduzida; - Se presume que o glifosato interfere com a fosforilação oxidativa, o que pode determinar cardiotoxicidade direta. - Sintomas locais por contato: dermatite irritativa e alterações da cor da pele. - O contato facial pode causar edema importante e parestesia local, pode causar irritação local, conjuntivite e edema periorbital, podendo levar a úlceras de córnea; - Sintomas sistêmicos: sintomas irritativos do TGI → ardência em orofaringe, sialorréia, dor epigástrica, náusea, vômitos e diarreia; - Em casos mais graves observam-se sialorréia, disfagia, vômitos, dor importante, hematêmese, estridor e lesões extensas em orofaringe. Esses casos podem evoluir com sonolência, hipotensão, choque cardiogênico, e como consequência da hipoperfusão, para insuficiência renal e hepática; - A ingestão > 85 ml das formulações líquidas é considerada potencialmente grave; - Não existe antídoto específico para a intoxicação por glifosato. Monitorizar o paciente. - Sintomas de injúria tecidual grave como dor abdominal intensa, distensão abdominal, colapso circulatório ou acidose lática podem indicar a presença de necrose ou perfuração visceral; - Para sintomas leves ou moderados, o tratamento é basicamente sintomático e suportivo, incluindo a diluição ou a irrigação mucosa oral com água, antieméticos e analgésicos; ● Manejo das intoxicações: Avaliar os sinais vitais e mantê-los em parâmetros adequados é o manejo básico, que deve ser dispensado a todo paciente em um atendimento de emergência. Isso pode ser feito de modo a manter os mecanismos fisiológicos ou auxiliando-os. O uso de xarope de ipeca ou de outro indutor de vômito não é medida terapêutica aceitável nos nossos dias, pelo potencial risco de dano aos tecidos, quando expostos à substância tóxica mais de uma vez, bem como pelo risco de aspiração, principalmente em casos de vias aéreas desprotegidas (coma ou convulsões). Com poucas exceções, todos os pacientes intoxicados devem ser submetidos à sondagem nasogástrica e lavagem do conteúdo gástrico.As contra-indicações são os casos de ingestão de corrosivos (pela possibilidade de haver perfuração esofagogástrica) ou de compostos hidrocarbonetos (pela possibilidade de pneumonite, se houver aspiração). O controle das convulsões e a proteção das vias aéreas, nos pacientes comatosos, são as precauções necessárias antes de se proceder à lavagem do conteúdo gástrico. TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 O carvão ativado também deve ser realizado em todos os intoxicados, sendo as exceções as mesmas para a lavagem gástrica. Seu efeito é melhor dentro da primeira hora após a intoxicação. Seu mecanismo de ação consiste na absorção de compostos, não somente os presentes na luz intestinal, mas, também aqueles já absorvidos, como no caso de bases fracas ou no caso de substâncias com circulação enterohepática. O tempo de utilização depende da gravidade da intoxicação e da evolução do paciente, mas, habitualmente, não ultrapassa 72h. O carvão ativado é inefetivo contra alguns compostos, entre eles: álcalis cáusticos, lítio, álcoois e sais de ferro. Tem pouca efetividade contra organoclorados e digoxina. Entre os laxativos, o principal utilizado é o manitol, em solução a 20%. Sua utilização tem importância em associação ao carvão ativado, nos casos de compostos de elevada toxicidade, diminuindo a chance de absorção por reduzir o tempo de contato com o TGI. TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 3- PONTUAR AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO AMBIENTAL (DA ÁGUA, DO SOLO, VISUAL, SONORA, ATMOSFÉRICA); A persistência de um agrotóxico no ambiente depende da eficiência dos processos físicos e biológicos (evaporação, absorção/degradação por organismos, lixiviação, erosão), características do ambiente (temperatura, conteúdo de matéria orgânica, acidez, umidade) e características do composto químico (como a taxa de degradação do agrotóxico). Com relação ao ar, pode-se considerar que a contaminação por deriva pode atingir os recursos hídricos, fauna e flora que não são alvo da utilização. A poluição e a contaminação dos recursos naturais são outros efeitos dos agrotóxicos no ambiente. Se uma área agrícola localizada em região de manancial ou próxima a nascentes do corpo de água responsável pelo abastecimento de água de um município, a utilização de agrotóxicos pode afetar a qualidade da água consumida, expondo não somente os trabalhadores rurais ou pessoas próximas a essa lavoura, mas toda a população que consome a água. Ao contaminar os corpos de água, os agrotóxicos alteram a biota, selecionando espécies mais resistentes, acumulando compostos químicos nocivos por toda a cadeia alimentar (biomagnificação). É uma contaminação que persiste por anos, mesmo quando a fonte de contaminação por agrotóxicos tenha sido eliminada. Com relação ao solo, pode-se afirmar que os agrotóxicos, componentes e afins, causam impactos negativos, podendo acarretar a seleção de organismos ampliando o desequilíbrio e resultando em maiores prejuízos ambientais. O uso de agrotóxicos também pode diminuir a variabilidade genética das espécies vegetais e animais que estão presentes no ambiente em que são utilizados. Os agrotóxicos atingem o solo pela incorporação direta, pelas sementes que são tratadas por fungicidas e inseticidas e por herbicidas no controle de plantas consideradas daninhas ou invasoras. No solo, a contaminação por praguicidas pode torná-lo frágil ou ainda prejudicar a vegetação que o cobre, em função da absorção desses compostos químicos nocivos. Uma vez no solo, os agrotóxicos podem infiltrar e atingir as águas subterrâneas e comprometer o abastecimento de água. Os agrotóxicos são lixiviados juntamente com parte do solo e da vegetação pelas águas das chuvas, atingindo os rios e lagos e, em consequência, os oceanos. O fracasso reprodutivo de espécies de animais à contaminação ambiental por agrotóxicos. Um dos mais estudados é o DDT, um organoclorado muito utilizado na época da 2ª Guerra Mundial. Por exemplo: redução da população de aves de rapina em consequência da deficiência na formação da casca dos ovos. 4- CARACTERIZAR A IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE DE TRABALHO, USO DE EPI’S, ÓRGÃOS FISCALIZADORES E REGULAMENTADORES, CONTROLE DA POLUIÇÃO E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR; É necessário o uso de equipamentos de proteção, tanto na hora da preparação da calda como na hora da aplicação. A necessidade do equipamento varia de acordo com a cor do rótulo: calças compridas, camisa com mangas compridas, luvas de borracha, sapatos ou botas impermeáveis (PVC), proteção impermeável para a cabeça. Os agrotóxicos devem ser guardados em um local próprio para isto. Não coloque esses produtos dentro de casa, embaixo de camas, junto com ração de animais ou alimentos. Venenos não podem ser carregados em carro fechado junto com pessoas TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 ou animais. Não coloque veneno em embalagem vazia de refrigerante. Deixe-o na sua embalagem original. Embalagens e vasilhames contaminados com agrotóxicos nunca devem ser queimados, enterrados, despejados no solo, jogados na água ou largados nas beiras de rios ou estradas. Esse cuidado evitará a contaminação do meio ambiente, animais e pessoas. As embalagens de agrotóxicos vazias devem ser lavadas três vezes, perfuradas e guardadas em local seguro, para serem levadas para o estabelecimento onde foi comprado, até serem coletadas para destinação final. O agricultor deve consultar o fabricante e o revendedor para saber quais os centros de recepção e coleta de embalagens vazias que existem na sua região. Dificuldades de preenchimento da ficha de notificação: informação precária e ineficiente, desconhecimento da ficha de notificação, falha na interpretação da ficha de notificação, desconhecimento da importância de preenchimento da ficha de notificação. *Surto é caracterizado por um evento no qual duas ou mais pessoas apresentem sinais/sintomas compatíveis com intoxicação por substâncias químicas (neste caso, por agrotóxicos), em um mesmo lugar ou zona geográfica, onde se comprove a exposição efetiva ao agente tóxico causal e identifiquem-se fatores de risco associados. Para evitar exposições acidentais no local de trabalho: • O trabalhador deverá ser sempre orientado quanto aos riscos envolvidos na manipulação do agrotóxico, e deverá ser esclarecido sobre os cuidados para evitar intoxicação. • Não há uso seguro com relação aos agrotóxicos. Para ele, para o alimento e para o meio ambiente; • Trabalhadores expostos a agrotóxicos devem ser submetidos à vigilância médica contínua; • Buscar orientação para o descarte de resíduos de agrotóxicos e suas embalagens; • Respeitar o período de carência entre a aplicação do agrotóxico e a colheita/consumo; • Treinar adequadamente os trabalhadores, para evitar acidentes; • Higienizar bem as mãos com água e sabão antes de comer ou beber; • Lavar a roupa do trabalho separadamente das demais e estimular uma boa higienização; • A melhor forma de prevenção é a eliminação ou a substituição do uso dos agrotóxicos por práticas tais como a agricultura orgânica ou agroecológica, substituição por produtos menos tóxicos, manejo integrado de “pragas” e controle biológico. 5- DETERMINAR OS ASPECTOS LEGAIS DO USO DE PESTICIDAS (FISCALIZAÇÃO, CONTROLE, FABRICAÇÃO, VENDA E USO); ● LEI Nº 7.802, DE 11 DE JULHO/89: Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 - Art. 3º Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com definição do art. 2º desta Lei, só poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão federal, de acordo com asdiretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura. § 1º Fica criado o registro especial temporário para agrotóxicos, seus componentes e afins, quando se destinarem à pesquisa e à experimentação. § 3º Entidades públicas e privadas de ensino, assistência técnica e pesquisa poderão realizar experimentação e pesquisas, e poderão fornecer laudos no campo da agronomia, toxicologia, resíduos, química e meio ambiente. § 4º Quando organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos e convênios, alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, caberá à autoridade competente tomar imediatas providências, sob pena de responsabilidade. § 5º O registro para novo produto agrotóxico, seus componentes e afins, será concedido se a sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que a daqueles já registrados, para o mesmo fim, segundo os parâmetros fixados na lei. § 6º Fica proibido o registro de agrotóxicos, seus componentes e afins: a) para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública; b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil; c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica; d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica; (…) f) cujas características causem danos ao meio ambiente. - Art. 4º As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, ou que os produzam, importem, exportem ou comercializem, ficam obrigadas a promover os seus registros nos órgãos competentes, do Estado ou do Município, atendidas as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis que atuam nas áreas da saúde, do meio ambiente e da agricultura. - Art. 6º As embalagens dos agrotóxicos e afins deverão atender, entre outros, aos seguintes requisitos: I - devem ser projetadas e fabricadas de forma a impedir qualquer vazamento, evaporação, perda ou alteração de seu conteúdo e de modo a TUTORIA 2 - UC 12 Karolina Cabral Machado - P4 2021.1 facilitar as operações de lavagem, classificação, reutilização e reciclagem; III - devem ser suficientemente resistentes em todas as suas partes, de forma a não sofrer enfraquecimento e a responder adequadamente às exigências de sua normal conservação; IV - devem ser providas de um lacre que seja irremediavelmente destruído ao ser aberto pela primeira vez; § 5º As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes. - Art. 7º Para serem vendidos ou expostos à venda em todo o território nacional, os agrotóxicos e afins são obrigados a exibir rótulos próprios e bulas, redigidos em português, que contenham, entre outros, os seguintes dados: I - indicações para a identificação do produto, compreendendo: a) o nome do produto; b) o nome e a percentagem de cada princípio ativo e a percentagem total dos ingredientes inertes que contém; c) a quantidade de agrotóxicos, componentes ou afins, que a embalagem contém, expressa em unidades de peso ou volume, conforme o caso; d) o nome e o endereço do fabricante e do importador; e) os números de registro do produto e do estabelecimento fabricante ou importador; f) o número do lote ou da partida; g) um resumo dos principais usos do produto; h) a classificação toxicológica do produto; II - instruções para utilização § 1º Os textos e símbolos impressos nos rótulos serão claramente visíveis e facilmente legíveis em condições normais e por pessoas comuns. - Art. 8º A propaganda comercial de agrotóxicos, componentes e afins, em qualquer meio de comunicação, conterá, obrigatoriamente, clara advertência sobre os riscos do produto à saúde dos homens, animais e ao meio ambiente. - Art. 19. O Poder Executivo desenvolverá ações de instrução, divulgação e esclarecimento, que estimulem o uso seguro e eficaz dos agrotóxicos, seus componentes e afins, com o objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais para os seres humanos e o meio ambiente e de prevenir acidentes decorrentes de sua utilização imprópria. As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, implementarão, em colaboração com o Poder Público, programas educativos e mecanismos de controle e estímulo à devolução das embalagens vazias por parte dos usuários.
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