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Esquema de estudo para prova de Cirurgia 1 e 2 da Faculdade de Odontologia da UFMG

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Esquema de estudo para prova de Cirurgia 1 e 2 da Faculdade de Odontologia da UFMG
Júlia Andrade
1) Descreva a profilaxia antibiótica.
A profilaxia antibiótica é uma prática que visa diminuir as chances de infecção ao se realizar uma cirurgia odontológica. Ela é recomendada em casos onde o paciente possui alguma alteração sistêmica (diabetes não controlada em situação emergencial ou comprometimento hepático, por exemplo); pacientes desnutridos; com HIV; alterações cardíacas, como prótese cardíaca, indivíduos com histórico de endocardite bacteriana e transplantados, por exemplo. a profilaxia também é indicada para casos onde a cirurgia tem previsão de demora de mais de 3 horas.
2) O que é a endocardite bacteriana?
Endocardite bacteriana é uma doença infecciosa que afeta o endotélio e as válvulas cardíacas do coração.
3) Cite ao menos 4 tipos de comprometimento cardiovascular.
Arritmia cardíaca, hipertensão arterial, bradicardia, angina de peito, infarto do miocárdio etc.
4) Qual a posologia dos antibióticos em casos de profilaxia e terapia?
Em caso de profilaxia, a concentração é 4x maior que a prescrita no caso de terapia.
· Antibiótico de primeira escolha: 2g amoxicilina 1 h antes do procedimento (profilaxia) e 500mg de amoxicilina de 8/8 h após o procedimento (terapia).
· Antibiótico de segunda escolha (pacientes alérgicos à penicilina): clindamicina 600mg 1 h antes do procedimento. 150mg após o procedimento.
5) Protocolo para a realização de cirurgia em indivíduos com HA.
Diminuir o estresse, a ansiedade e optar por consultas mais rápidas. Sempre pedir um parecer médico.
6) Cite os sinais de normalidade dos padrões do paciente.
1. P.A: menor ou igual à 120/80 mmHg;
2. Frequência respiratória (FR): 12-20 por minuto;
3. Batimentos por minuto (bpm): 60-100 por minuto;
4. Saturação de oxigênio: acima de 90%;
5. Temperatura corporal: 36,4 – 37,4 graus celsius;
6. Dor: escala de 0 à 10. Dor leve, moderada ou forte;
7. Concentração plasmática de glicose 70 e 110mg/dL.
6) Quais os mecanismos de ação dos antibióticos.
Os antibióticos podem agir na síntese de proteínas, na parede celular ou na síntese de ácidos nucléicos.
8) O que é o exame de RNI?
O exame de RNI avalia a capacidade do organismo do paciente em coagular o sangue. É uma escala que varia de 0 a 5. Em indivíduos saudáveis, o exame deve estar entre 0,8 e 1,0. Isso indica que se caso houver um sangramento, o mesmo irá ser estancado rapidamente. Em pacientes que fazem uso de medicamentos anticoagulantes, o exame deve estar entre 2 e 3. Acima desse valor, o procedimento deve ser repensado.
9) O que pode causar alteração nos parâmetros do exame acima?
Fatores que alteram a coagulação: falta ou excesso de vitamina K; uso de hormônios (estrogênio) como anticoncepcional; distúrbios de coagulação, como a hemofilia; medicamentos anticoagulantes e doenças no fígado.
10) Cite dois medicamentos anticoagulantes.
Varfarina e aspirina.
11) Quais os riscos do exame de RNI apresentar baixos números?
Baixos níveis no exame podem indicar risco à infarto e AVC, pois a probabilidade de se formarem coágulos sanguíneos é maior.
13) Cite, em ordem crescente, as regiões da mandíbula onde mais ocorrem fraturas.
Côndilo, sínfise, ângulo, corpo, processo alveolar, ramo e processo coronóide.
13) Quais são os tipos de fraturas ósseas?
Fratura simples, galho verde, cominutiva (várias partes) e composta (comunicação com o meio externo).
14) Cite os tipos de fraturas na maxila.
Le fort I, Le fort II e Le fort III.
Le fort I: separação da maxila da abertura piriforme do nariz até a sutura pterigomaxilar.
Le fort II: separação da maxila e do complexo nasal da base do crânio do rebordo zigomático orbital até a sutura pterigomaxilar.
Le fort III: separação completa do terço médio da face no nível do complexo naso-órbito-etmoidal e da área de sutura pterigomaxilar.
15) Quais são os fórcepses utilizados nas exodontias e para quais dentes são indicados?
Dentes superiores: 150 (inc, caninos e pré superiores), 18R (molares lado direito) e 18L (molares lado esquerdo).
Dentes inferiores: 151 (inc, cani e pré inferiores), 17 (molares inferiores) e 16 (molares com extensa destruição coronária).
69: restos radiculares, em geral.
16) Qual a conduta a ser tomada em relação aos pacientes diabéticos?
Devemos optar por consultas mais rápidas e após as refeições; diminuir o estresse e ansiedade do paciente. Verificar a P.A, pulsação e glicemia antes, durante e após o procedimento. Orientar sobre a alimentação e higiene oral.
17) Qual a classificação ASA dada em relação aos pacientes diabéticos controlados?
ASA II
18) Quais são os tipos de diabetes?
Diabetes tipo I e tipo II.
19) Quais os riscos que os pacientes tratados com insulina podem apresentar dentro do consultório? E os que fazem uso de hipoglicemiantes?
Tratados com insulina: podem apresentar hiperglicemia e hipoglicemiantes PODEM APRESENTAR INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM DROGAS PRESCRITAS PELO DENTISTA.
20) Quais os medicamentos analgésicos mais prescritos aos pacientes diabéticos? E por quê?
AAS (ácido acetil salicílico) NÃO DEVE SER PRESCRITO POIS PODEM LEVAR A UM QUADRO DE HIPOGLICEMIA. BENZIDAMIDA E DICLOFENACO DEVEM SER PRESCRITOS (antiinflamatórios não esteróides). DEXAMETASONA DEVE SER PRESCRITO PARA CASOS MAIS INVASIVOS.
21) O que é hiperglicemia e hipoglicemia? Quais os valores devemos levar em consideração?
Hiperglicemia: alta concentração de açúcar no sangue. Hipoglicemia: baixa concentração de açúcar no sangue.
hiperglicemia: valores acima de 110mg/dl e valores acima de 180mg/dl para pacientes diabéticos.
Hipoglicemia: valores abaixo de 70mg/dl a 110mg/dl.
22) Quais os parâmetros para os pacientes diabéticos?
Pacientes diabéticos: glicemia em jejum: valor igual ou maior que 110, mas menor que 126 mg/dl.
Glicemia de 2 horas após sobrecarga de 75g de glicose: maior ou igual que 140, mas menor que 200 mg/dl.
23) O que é a classificação de Pell & Gregory? E Winter? O que elas levam em consideração?
A classificação de Pell & Gregory leva em consideração a posição do terceiro molar em relação ao plano oclusal do segundo molar, e também a posição do terceiro molar de acordo com a borda anterior da mandíbula. Ela pode ser dividida em:
· Posição A: quando o terceiro molar está no mesmo plano oclusal que o segundo;
· Posição B: quando o terceiro molar está entre o plano oclusal e a margem cervical do segundo;
· Posição C: quando o terceiro molar está abaixo da borda cervical do segundo.
Ou:
· Classe I: terceiro molar tem espaço suficiente ântero-posterior para erupcionar;
· Classe II: aproximadamente metade está coberta pela porção ântero-posterior da mandíbula;
· Classe III: terceiro molar impactado está completamente submerso no osso do ramo da mandíbula.
A classificação de Winter diz se o terceiro molar está:
1. vertical;
2. mesioangular (mesializado) angulado para a mesial;
3. distoangular (distalizado) angulado para a distal;
4. horizontal;
5. vestíbulo-angular;
6. linguo-angular;
7. invertido.
24) Quais os sintomas de hipoglicemia?
Sudorese, vista turva, perda de consciência
25) Em quais casos devemos prescrever dipirona? Quais são suas contraindicações? Qual sua posologia?
Dipirona deve ser prescrita em casos de dor pós-cirúrgicas ou antes de procedimentos que serão mais invasivos (associados à antiinflamatório). Suas contraindicações são: pacientes alérgicos, três primeiros meses e últimas três semanas de gestação, pacientes com histórico de leucemia e leucopenia e pressão sistólica menor que 100.
Posologia: 500 mg ou 1g de 6/6h.
26) Em quais casos devemos prescrever o paracetamol? Quais são suas contraindicações? Qual sua posologia e dose máxima diária?
Paracetamol deve ser prescrito em casos de dor. É indicado para gestantes e lactantes. Pode causar danos ao fígado e é contraindicado para uso junto a varfarina (pode aumentar a anticoagulação), eritromicina e álcool. Dose máxima diária: 3,25g. Posologia: 500 ou 700mg de 6/6h.
27) Quais são os princípios do diagnóstico radiográfico?
1. Qualidade da imagem;
2. Conhecimento datécnica utilizada;
3. Equipamentos adequados;
4. Informações clínicas.
Passo a passo:
1. Localização da lesão (epicentro);
2. Localizada ou generalizada;
3. Unilateral ou bilateral.
Tipos de bordas:
1. Bem definida;
2. Mal definida;
3. Festonada;
4. Circular.
Análise da estrutura interna:
1. Radiolúcida;
2. Radiopaca;
3. Mista.
Efeito sobre as estruturas vizinhas:
1. Estruturas dentais;
2. Estruturas ósseas;
3. Densidade e padrão trabecular.
Patologia
1) Descreva sobre o cisto dentígero.
O cisto dentigero é um tumor de origem odontogênica (mais especificamente do remanescente do epitélio reduzido do esmalte). Maior acometimento na região de terceiro molar inferior incluso ou semi-incluso. Pode acometer, mesmo que em menores índices, outras regiões, e raramente dentes decíduos. É assintomático e de crescimento lento. Pode levar à expansão da cortical óssea, reabsorção óssea e deslocamento de dentes adjacentes. No exame radiográfico, o cisto se apresenta como uma imagem radiolúcida, unilocular, associada à coroa de um dente não erupcionado e de bordas bem delimitadas. Tratamento: cirúrgico.
2) Descreva sobre ameloblastoma.
O ameloblastoma é uma lesão benigna, assintomática e de crescimento lento. Ao raio x, apresenta-se com aspecto radiolúcido e com limites bem definidos. A lesão pode se mostra, na maioria das vezes, multilocular (aspecto de ‘'bolhas de sabão’’ ou ‘’favos de mel’’). Acomete mais a região de terceiro molar inferior e pode ou não estar associada à dentes inclusos. Possui limites bem definidos e pode levar ao deslocamento de dentes e reabsorção dentária. Causa expansão da cortical óssea.
Pode também estar localizado em maxila (região de túber). Apresenta comportamento AGRESSIVO (pode haver recorrência, transformação maligna ou metástase à distância.
3) Descreva sobre o ceratocisto.
Lesão assintomática, pouco frequente e mais comum na região de terceiro molar inferior (mas pode ocorrer em qualquer outra). Ao rx se apresenta como áreas de lise óssea radiolúcidas arredondadas ou ovoides, contornos nítidos (margem esclerosada radiopaca), expansão da cortical e perfuração óssea. pode estar, ou não, associada a um dente incluso. Possui tamanho exacerbado e o tratamento é cirúrgico (marsupialização e descompressão), osteotomia, solução de carnoy ou crioterapia.
4) Descreva sobre o cisto periodontal lateral e cisto gengival do adulto.
O cisto periodontal lateral é uma lesão assintomática. No rx se mostra como radiolúcida, +- 1cm bordas bem definidas, circulares ou ovóides e mais localizadas entre a região de pré-molares e incisivos inferiores, seguindo pela região anterior de mandíbula. Encontram-se entre o ápice e a margem cervical do dente. Pode assemelhar-se ao ceratocisto (OLHAR BEM A LOCALIZAÇÃO).
O cisto gengival do adulto é uma variação do cisto periodontal lateral. É uma lesão extra-óssea, que no exame radiográfico, não possui muitas alterações.