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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Avaliação a Distância (AD2) 2021.1 Disciplina: GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO 1 Coordenadora(o): EDUARDO PIMENTEL MENEZES Aluno(a): Matrícula: Polo: 1 – A partir dos estudos sobre a construção da noção de espaço na criança, responda: a) Como se desenvolve o processo de construção da noção de espaço na criança? (2,5) Piaget define o período de 0 a 18 meses como estágio sensório-motor, onde os bebês elaboram as primeiras aquisições espaciais. Segundo Tomoko Paganelli, a criança percebe o espaço através do engatinhar e andar. O espaço que ela transita denomina-se de espaço perceptivo, onde ela percebe e no qual se reconhece. Por volta dos dois anos, a criança utiliza o seu corpo como referencial e por ser acentuadamente egocêntrica ainda não consegue separar o seu eu do restante do mundo. A transição do egocentrismo (centralização) para a descentração é feita de forma lenta e gradual, sendo concluída entre os seis e sete anos. A Educação Infantil e as Séries Iniciais do Ensino Fundamental são de extrema relevância para o desenvolvimento das habilidades espaciais. Esta fase que compreende dos dois anos aos seis/sete anos é denominada por Piaget como estágio pré-operatório. A partir dos seis ou sete anos quando conseguiu atingir a descentração, a criança conseguirá coordenar suas ações, falando, desenhando e escrevendo sobre elas. Alçando desta forma o estágio pré operatório, a criança conseguirá representar o espaço a partir do momento que o percebe e internaliza-o, registrando aquilo que ficou gravado em sua mente através de ações concretas realizadas. Esse é o espaço intuitivo. Percebe-se assim que a construção das noções de espaço, percorrem um trajeto que inicia-se ao nascer onde tem uma visão perceptiva, passando para a representação, a princípio de forma intuitiva e posteriormente de forma mais consciente (operatória). b) Apresente atividades que possam estimular o desenvolvimento da noção de espaço na criança (2,5) 1ª Atividade: Dentro e fora utilizando o corpo No pátio, o professor colocará no chão bambolês e metade das crianças entrarão nos círculos ao comando do professor, a outra metade ficará fora. Quando iniciar a brincadeira o professor pedirá que os alunos troquem de lugar com quem está fora, sempre usando os termos: dentro e fora. 2ª Atividade: Pular elástico Duas crianças são escaladas para segurar o elástico. Elas ficam aproximadamente 2 metros de distância uma da outra, com o elástico na altura do tornozelo e com as pernas afastadas. A criança que fica no centro do elástico deve fazer todos os movimentos combinados com os colegas antes de iniciar a brincadeira. A música mais conhecida é “Dentro, fora, dentro, pisa, fora, cruza”, quando a criança canta “dentro”, ela pula pra dentro do retângulo formado com o elástico, quando canta “fora”, pula pra fora. É importante fazer esses movimentos sem enroscar no elástico. 2 – Sobre a construção das relações espaciais: a) O que são e qual sua importância na aprendizagem geográfica da criança? (2,5) Através da interação com o mundo a criança adquire as noções de espaço e tempo, espaço que vai sendo experimentado e construído aos poucos, como aprendemos nos estágios apresentados por Piaget. Ampliar o conhecimento do pequeno mundo das crianças é indispensável para a construção de cidadania e do projeto de autonomia, pois ela entenderá que não só é só um número, mas que pode e deve fazer diferença buscando sempre compreendê-lo e transformá-lo. b) Diferencia os tipos de relações espaciais. (2,5) Topológicas – A relação topológica é essencialmente prática e se dá a partir da própria criança, que não consegue se dissociar do espaço onde vive e com o qual estabelece as primeiras relações na tentativa de se comunicar. Projetivas – São relações flexíveis, construídas dos 7 aos 12 anos, onde a criança consegue relacionar objetos entre si, colocando-se em uma posição de observadora. As crianças utilizam noções de esquerda e direita ou em cima, embaixo, à frente, atrás, e que podem ser alteradas de acordo com a ótica de quem está observando. Euclidianas – Essa relações são estabelecidas somente entre os 9 e 10 anos da criança, quando ela começa a se abstrair. A criança já aponta a posição dos objetos independente da sua presença ao dominar a noção de descentração, ela já consegue, por exemplo, se orientar através dos pontos cardeais (norte, sul, leste, oeste). Referência: MOREIRA, Constança Maria da Rocha. Geografia na educação 1. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2013.
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