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Abandono Afetivo
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Naturalmente, temos como base das relações sociais as famílias, sejam elas, hodiernamente, dos mais diversos tipos, no entanto, como em todas as áreas da vida, o círculo familiar muitas vezes é ignorado, principalmente pelos pais, que além de abandonar o lar, abandona os filhos, em pesquisa realizada pelo IBGE, ficou demonstrado que em 2018, 5,74% dos registros de nascimento ficaram com o campo do nome do pai em branco e, em 2019, 6,15% das crianças nasceram sem ao menos o sobrenome paterno. Isso mostra uma das principais lacunas geradas nas relações socioafetivas, fato que gera diversos problemas na sociedade em geral e principalmente nas crianças abandonadas.
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Primeiramente é importante compreendermos a diferença entre abandono afetivo e alienação parental, para tanto, pode-se considerar que o abandono afetivo se dá quando o um dos genitores, por livre ou espontânea vontade abandona o filho, deixando de ser uma pessoa presenta na vida do menor, em contrapartida, a alienação parental ocorre quando o genitor é impedido pelo pai ou mãe da criança de vê-lo e participar de seu desenvolvimento.
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Infelizmente, no nosso ordenamento jurídico não tem muitos artigos que tratam do assunto, no entanto, podemos extrair da Constituição Federal de 1988 o art. 227, que diz:
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. ”
Tal dispositivo combina com o art. 4º do Eca, que dispõe: 
“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. ”
Nesse sentido, é possível compreender que até mesmo para a legislação, a convivência entre genitor e prole é fundamental, principalmente para o desenvolvimento de caráter e personalidade do menor. 
 Como resposta para tais condutas, a jurisprudência designa ao menor o direito de danos morais, bem como o direito de retirar o sobrenome do genitor que o abandonou de seu nome. 
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Tristemente, as condutas desses genitores que deixam seus filhos causam grande impacto a vida dos menores, tanto na vida pessoal quanto ensejar problemas de cunho psicológico, pedagógico, entre outros. Em busca de uma resolução para tal problema, foi apresentado em 2007 o projeto nº 700/2007, a fim de que seja imputado aos genitores que abandonam seus filhos responsabilidade civil e criminal, de modo que tais condutas sejam desestimuladas. Outro projeto é o 4.294/2008, tratando, além do abandono afetivo, o abandono afetivo inverso, priorizando a dignidade da pessoa humana.
Destarte, a Justiça busca formas de prevenir tais condutas dos genitores, a fim de que as relações entre pais e filhos sejam fomentadas e acrescidas de carinho, mesmo que demore para que os pais reparem que a vida depende de amor e afeto.
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Bibliografia: 
https://www.aurum.com.br/blog/abandono-afetivo/
http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/51067/consequencias-psicologicas-e-juridicas-do-abandono-afetivo
https://www.metropoles.com/brasil/dia-dos-pais-pra-quem-com-80-mil-criancas-sem-pai-abandono-afetivo-cresce#:~:text=N%C3%A3o%20%C3%A9%20de%20hoje%20que,ao%20menos%20o%20sobrenome%20parteno.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm

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