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Karolina Cabral Machado - P2 2020.1 TUTORIA 2 - UC 6 fonte: Cap.7,13 - Robbins/ Cap. 2, 4 - Abbas https://consultaremedios.com.br/paracetamol/bula https://consultaremedios.com.br/dipirona-monoidratada/bula https://hilab.com.br/exame/pcr/ https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-1099.html http://nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/documentos/artigos/ 844c84423cfcd7e05d2720770d2ee271.pdf https://www.hepato.com/2001/05/as-transaminases-ast-ou-tgo-e-alt-ou-tgp/ file:///C:/Users/karol/Downloads/SISTEMACOMPLEMENTO-200220-225118-1583175939.p df https://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n4/v50n4a08.pdf PROTEÍNA CD28(SEGUNDO SINAL) TEMA CENTRAL: “RESPOSTA IMUNOLÓGICA” TERMOS DESCONHECIDOS: 1- Antipirético: Medicamento antifebril. 2- PCR: Exame da dosagem da proteína C reativa, produzida pelo fígado. Avaliação genética para saber se há presença de RNA viral, indicativo de infecção viral e processos inflamatórios. HIPÓTESES: 1- IgG e IgM são imunoglobulinas(anticorpos) 2- O estresse leva ao aumento do cortisol, diminui a imunidade inata e induz ao aparecimento de doenças oportunistas 3- Citocininas são substâncias responsáveis por respostas imunológicas. 4- As citocininas impedem ou induzem a hematopoiese?AMBOS, DEPENDE DE QUAL CITOCINA FOI LIBERADA. 5- Hematopoiese é o processo de renovação das células do sangue, que ocorre na M.O (Ocorre na medula óssea, mas células como os linfócitos T são maturadas em órgãos como o timo). 6- As doenças oportunistas são aquelas que se aproveitam do corpo no momento de imunidade baixa. Ex.: pneumonia, tuberculose, herpes. (O vírus do HIV causa pancitopenia - diminuição do número de células sanguíneas -, o que possibilita o aparecimento de doenças oportunistas). 7- Imunidade inata é um tipo de imunidade na qual nasce com o indivíduo. É a primeira linha de defesa e é inespecífica. 8- Componentes da imunidade inata: barreiras físicas (pele), celulares e não celulares, anticorpos(leite materno, saliva - IgA). 9- Linfócitos, mastócitos, eosinófilos, monócitos e macrófagos são células da imunidade inata? Os componentes celulares do sistema imune inato incluem as barreiras epiteliais e os leucócitos (neutrófilos, macrófagos, células NK, linfócitos com receptores antigênicos invariáveis e mastócitos) - Os epitélios de barreira contêm https://consultaremedios.com.br/paracetamol/bula https://consultaremedios.com.br/dipirona-monoidratada/bula https://hilab.com.br/exame/pcr/ https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-1099.html http://nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/documentos/artigos/844c84423cfcd7e05d2720770d2ee271.pdf http://nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/documentos/artigos/844c84423cfcd7e05d2720770d2ee271.pdf https://www.hepato.com/2001/05/as-transaminases-ast-ou-tgo-e-alt-ou-tgp/ https://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n4/v50n4a08.pdf certos tipos de linfócitos, incluindo linfócitos T intraepiteliais, que reconhecem e respondem aos microrganismos comumente encontrados. 10- A imunidade adquirida (adaptativa) é específica. 11- A imunidade adquirida inclui células? SIM, OS LINFÓCITOS, NATURAL KILLER E ANTICORPOS. 11- Anticorpos fazem parte da imunização inata, da adquirida ou de ambas? APENAS DA ADQUIRIDA. 12- Quais as células que produzem anticorpos? LINFÓCITOS B E T 13- Os linfócitos produzem anticorpos? SIM, APENAS OS LINFÓCITOS B 14- Leucopenia e linfocitose são indicadores de infecção viral. 15- AST e ALT são transaminases que indicam dano hepático por ação do paracetamol. (As transaminases podem indicar dano hepático, mas isso não é regra, visto que elas estão presentes também em outros tecidos do corpo, ex. músculo). 16- O TAP avalia a tendência de coagulação sanguínea. 17- Os exames buscam uma imunodeficiência, uma baixa na produção de células imunes. 18- A imunoglobulina IgM confere uma imunização recente e a IgG uma imunização de longa data. 19- O sistema complemento faz parte da imunidade inata e da adquirida. OBJETIVOS: 1- Analisar o mecanismo de hematopoiese, diferenciando como os tipos de respostas imune (celular e humoral) agem nesse processo e quais as citocinas; O sistema hematopoiético responsável pela produção de células, têm sido dividido em tecidos mieloides, que incluem a medula óssea e as respectivas células derivadas (p. ex., hemácias, plaquetas, granulócitos e monócitos), bem como os tecidos linfóides, consistentes em timo, linfonodos e baço. Embora a medula óssea contenha relativamente poucos linfócitos, é a fonte de todas as células progenitoras linfóides e o abrigo de plasmócitos de vida longa e linfócitos de memória. Os elementos figurados do sangue — hemácias, granulócitos, monócitos, plaquetas e linfócitos — têm origem nas células-tronco hematopoiéticas definitivas, células pluripotentes que se situam no topo da hierarquia dos progenitores da medula óssea. As células-tronco hematopoiéticas definitivas apresentam duas propriedades essenciais que são necessárias à manutenção da hematopoiese: pluripotência e capacidade de autorrenovação. A pluripotência refere-se à capacidade de uma única célula-tronco hematopoiética gera todas as células hematopoiéticas maduras. Quando uma célula-tronco hematopoiética se divide, ao menos uma célula-filha deve autorrenovar-se para evitar a depleção de células-tronco. Divisões de autorrenovação ocorrem no interior de um nicho especializado da medula, na qual as células do estroma e os fatores secretados nutrem e mantêm as células-tronco hematopoiéticas definitivas. A proliferação e maturação de células precursoras na medula óssea são estimuladas por citocinas. Muitas dessas citocinas são chamadas fatores estimuladores de colônia, por terem sido inicialmente avaliados por sua capacidade de estimular o crescimento e o desenvolvimento de várias colônias leucocitárias ou eritróides a partir da medula óssea. As citocinas hematopoiéticas são produzidas por células estromais e macrófagos na medula óssea, fornecendo assim o ambiente local para a hematopoiese. Também são produzidas por linfócitos T antígeno-estimulados e macrófagos ativados por citocina ou microrganismo, fornecendo um mecanismo para reposição dos leucócitos que podem vir a ser consumidos durante as reações imunes e inflamatórias. O baço é um órgão altamente vascularizado, cujas principais funções são remover da circulação as células sanguíneas envelhecidas e danificadas, bem como as partículas (como imunocomplexos e microrganismos opsonizados), e iniciar respostas imunes adaptativas a antígenos transportados pelo sangue. Os indivíduos sem baço são suscetíveis a infecções disseminadas por bactérias encapsuladas, como os pneumococos e meningococos. Isso pode ser devido principalmente ao fato de esses microrganismos normalmente serem depurados por opsonização (depositar opsoninas na membrana do patógeno - facilita a fagocitose) e fagocitose, e essa função ser defeituosa na ausência do baço. CÉLULAS DO SISTEMA HEMATOPOIETICO: LINHAGEM MIELOIDE: ● Neutrófilos: são células características de defesa bacteriana, mas também pode estar em número maior em situações de estresse celular. Os neutrófilos, leucócitos mais abundantes no sangue, contendo núcleo segmentado multilobulado e grânulos lisossomaiscitoplasmáticos abundantes, são rapidamente recrutados aos sítios de infecção e lesão tecidual, onde exercem funções fagocíticas. Citocina → GCFC ● Basófilos: são células que possuem basicamente as mesmas funções dos neutrófilos, porém estão em baixa quantidade no sangue. Se houver um hemograma com basofilia, é provável que haja alguma disfunção da hematopoiese. Citocina → GCFC ● Eosinófilos: são células que quando em grande quantidade pressupõe uma reação alérgica, asma ou infecção por parasitas helmintos. Citocina → EoCFC ● Monócitos: são células precursoras de macrófagos, que estão presentes no sangue e, também, possuem função fagocitária. Quando presentes em hemogramas são indicativos de infecções crônicas. Citocina → MCFC LINHAGEM LINFOIDE → ILC =CÉLULAS LINFÓIDES INATAS: As células linfoides inatas (ILCs) são células produtoras de citocina do sistema imune inato, com morfologia semelhante a do linfócito. Exercem funções similares às das células T efetoras CD4+ e CD8+. As ILCs, as quais incluem células NK, não expressam receptores antigênicos altamente diversos e clonalmente distribuídos. ● NATURAL KILLER (NK): ● ILC1 tendem a ser importantes para a defesa contra microrganismos intracelulares. ● ILC2 são importantes na defesa contra parasitas helmintos e também contribuem para as doenças alérgicas. ● ILC3 são encontradas em sítios de mucosa e participam na defesa contra fungos e bactérias extracelulares, bem como na manutenção da integridade das barreiras epiteliais. ● Linfócitos B e T: expressam receptores antigênicos altamente diversificados e específicos, e são as células responsáveis pela especificidade e memória das respostas imunes adaptativas. Ambos os linfócitos surgem a partir de um precursor comum na medula óssea. O desenvolvimento da célula B se dá na medula óssea, enquanto os precursores da célula T migram e amadurecem no timo. Após a maturação, as células B e T deixam a medula óssea ou o timo, entram na circulação e povoam os órgãos linfoides periféricos. Citocina IL-7 → linfócitos T Citocina → linfócitos B CÉLULAS TECIDUAIS: ● Macrófagos (fontes de citocinas): São monócitos amadurecidos com função de fagocitose, presentes nos tecidos. Os macrófagos incluem as células sentinela residentes nos tecidos, bem como as células derivadas de monócitos circulantes recrutados em resposta à infecção. Todos os macrófagos são células fagocíticas que ingerem e matam microrganismos e células mortas do hospedeiro, e secretam citocinas e quimiocinas promotoras de recrutamento de leucócitos a partir do sangue, além de iniciarem o reparo dos tecidos danificados. ● Mastócitos: mesma função dos eosinófilos, estão presentes apenas nos tecidos. ● Células dendríticas: são células com múltiplos processos citoplasmáticos estendidos, presentes na maioria dos tecidos do corpo, que atuam como células sentinela inatas e também como células apresentadoras de antígenos (APCs), exclusivamente capazes de ativar linfócitos T naive. 2-Compreender os tipos de imunidade (inata e adquirida), seus mecanismos e seus componentes celulares + o sistema de complemento; INATA: A imunidade inata baseia-se em um número limitado de receptores e proteínas secretadas que são codificadas na linhagem germinativa e que reconhecem características comuns a muitos patógenos. A imunidade inata (também chamada de imunidade natural ou nativa) refere-se aos mecanismos que estão prontos para reagir contra as infecções mesmo antes que elas ocorram e que se desenvolveram especificamente para reconhecer e combater microrganismos. Os principais componentes da imunidade inata são as barreiras epiteliais, que impedem a entrada de microrganismos, células fagocitárias (fagócitos) - principalmente neutrófilos e macrófagos -, células dendríticas, células natural killer (NK) e diversas proteínas plasmáticas, incluindo as proteínas do sistema complemento. Os microrganismos que normalmente habitam o intestino saudável, a microbiota comensal, são a primeira linha de defesa contra os microrganismos invasores do intestino, pois competem com os patógenos por nutrientes e sítios de ligação ao epitélio . CÉLULAS da imunidade INATA: ● EPITÉLIOS (pele e das mucosas gastro/respiratórias): são barreiras mecânicas à entrada dos microrganismos provenientes do ambiente externo. As células epiteliais também produzem moléculas antimicrobianas, como as defensinas, e os linfócitos localizados nos epitélios combatem microrganismos nesses locais.Duas famílias estruturalmente distintas de peptídeos antimicrobianos são as defensinas e as catelicidinas. Algumas enzimas anti-bacterianas incluem a lisozima e a fosfolipase A2 secretora, que são secretadas nas lágrimas e na saliva e pelos fagócitos. Três importantes classes de peptídeos antimicrobianos dos mamíferos são as defensinas, as catelicidinas e as histatinas. As defensinas atuam dentro de minutos, rompendo a membrana celular de bactérias, fungos e a membrana do envelope de alguns vírus . As catelicidinas são produzidas constitutivamente pelos neutrófilos, pelos macrófagos, pelos queratinócitos da pele e pelas células epiteliais dos pulmões e intestinos, em resposta a uma infecção. As histatinas constituem outra classe de peptídeos antimicrobianos, e são constitutivamente produzidas pelas glândulas paratireoide, sublingual e submandibular da cavidade oral. ● CÉLULAS DENDRÍTICAS: presente nos epitélios, órgãos linfóides e na maior parte dos tecidos. Elas fagocitam antígenos proteicos e apresentam peptídeos que serão reconhecidos por linfócitos T. Além da função de apresentar os antígenos, as células dendríticas são dotadas de uma rica coleção de receptores que detectam microrganismos e o dano celular e estimulam a secreção de citocinas, mediadores que desempenham funções importantes na inflamação e defesa contra os vírus. Dessa forma, as células dendríticas estão envolvidas na iniciação das respostas imunes inatas. Apresentação via: - MHC de classe I: ativa linfócitos TCD8+ - MHC de classe II: ativa linfócitos TCD4+ ● NEUTRÓFILOS/MONÓCITOS: são fagócitos do sangue que podem ser rapidamente recrutados para qualquer local de infecção; os monócitos que entram nos tecidos e amadurecem são chamados de macrófagos. São responsáveis por ingestão (fagocitose) desses invasores e os destroem. ● MASTÓCITOS: são importantes células produtoras de mediadores da inflamação. ● CÉLULAS NATURAL KILLER (NK): são responsáveis por destruir células de defesa que foram contaminadas pelo patógeno. obs.:O engajamento dos receptores ativadores estimula a atividade de killing das células NK, resultando na destruição das células estressadas ou infectadas. Em contraste, o engajamento dos receptores inibidores “desliga” a atividade da célula NK e previne a destruição das células sadias. Devido à natureza estocástica (ao acaso) de sua expressão, existe uma significativa diversidade no conjunto de receptores de ativação e de inibição expressos por células NK distintas em um mesmo indivíduo. O resultado disso é que as célulasNK individuais, mesmo quando em uma mesma pessoa, podem responder a diferentes tipos de microrganismos ou células infectadas. ● SISTEMA COMPLEMENTO: diversas proteínas solúveis desempenham funções na imunidade inata. Outra atividade da imunidade inata é proporcionada por proteínas bactericidas que são proteínas ligadoras de carboidratos, ou lectinas. As lectinas tipo C requerem o cálcio para o desempenho de sua atividade de ligação e possuem como caracterísTica um domínio de reconhecimento de carboidratos. REAÇÕES da imunidade inata: - Inflamação: citocinas e produtos da ativação do complemento, bem como outros mediadores, são produzidos durante reações imunológicas inatas e estimulam os componentes vascular e celular da inflamação. Os leucócitos recrutados destroem microrganismos e ingerem e eliminam as células lesadas. - Defesa antiviral: os interferons tipo I produzidos em resposta aos vírus agem nas células infectadas e não infectadas e ativam enzimas que degradam ácidos nucleicos virais e inibem a replicação viral, induzindo o chamado estado antiviral. A imunidade inata, diferentemente da imunidade adaptativa, não possui memória ou uma boa especificidade antigênica. Estima-se que a imunidade inata utilize cerca de 100 receptores diferentes para reconhecer 1.000 padrões moleculares. RECONHECIMENTO DE ANTÍGENOS: RECEPTORES DE PAMPs E DAMPs: ● PAMPs (padrões moleculares associados a patógenos) → são estruturas presentes nas membranas, citoplasmas dos patógenos, ou seja, são moléculas produzidas pelos microorganismo que estimulam o funcionamento inato. Detectam as células por MHC. ● DAMPs (padrões moleculares associados aos danos) → O sistema imune inato também reconhece moléculas endógenas que são produzidas ou liberadas por células danificadas ou que estão morrendo. Em alguns casos moléculas endógenas produzidas por células sadias são liberadas quando ocorre dano celular, são as alarminas - um subconjunto de DAMPs, são importantes sinalizadores que indicam que está acontecendo morte celular. RECEPTORES DE MEMBRANA: ● Os receptores do tipo Toll (TLRs, do inglês, Toll-like receptors) constituem uma família evolutivamente conservada de receptores de reconhecimento de padrão expressos em muitos tipos celulares, que reconhecem produtos de uma ampla gama de microrganismos, bem como moléculas expressas ou liberadas por células estressadas e em processo de morte. Os TLRs também estão envolvidos nas respostas a moléculas endógenas cuja expressão ou localização indica dano celular. Essas repetições contribuem para a habilidade de alguns TLRs de se ligar a moléculas hidrofóbicas, como o LPS bacteriano. O reconhecimento de ligantes microbianos pelo TLR resulta na ativação de diversas vias de sinalização e, por fim, de fatores de transcrição, induzindo a expressão de genes cujos produtos são importantes para as respostas inflamatória e antiviral. RECEPTORES DE CITOSOL: ● Os receptores do tipo NOD (NLRs, do inglês, NOD-like receptors) constituem uma família de mais de 20 proteínas citosólicas diferentes, algumas das quais reconhecem PAMPs e DAMPs, além de recrutarem outras proteínas para formar complexos de sinalização promotores de inflamação. Os NLRs são encontrados em uma ampla variedade de tipos celulares, embora alguns tenham expressão celular restrita. Alguns dos NLRs mais bem estudados são encontrados em células imunes e inflamatórias, bem como em células de barreira epitelial. - NOD1 reconhece um tripeptídeo glicosilado chamado DAP (ácido diaminopimélico) derivado principalmente de peptidoglicana de bactérias Gram-negativas. - NOD2 reconhece uma molécula distinta chamada MDP (muramil dipeptídeo) derivada de peptidoglicanas de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. ● Os sensores de DNA citosólico (CDSs) são moléculas que detectam DNA de fita dupla (dsDNA) microbiano no citosol e ativam vias de sinalização que iniciam respostas antimicrobianas, incluindo a produção de interferon do tipo I e autofagia. DNA pode ser liberado no citosol a partir de vários microrganismos intracelulares. obs.:A habilidade do sistema imune inato de distinguir e reagir ao DNA microbiano e não ao DNA do hospedeiro está parcialmente relacionada à localização da maioria dos sensores de DNA no citosol, onde pode haver DNA microbiano e não DNA de mamífero. A via STING é um mecanismo de reconhecimento do DNA citosólico microbiano que ativa a enzima cGAS (sintase de GMP-AMP cíclico) e isso gera uma molécula de sinalização chamada cGAMP (GMP-AMP cíclico). STING é uma proteína adaptadora transmembrana localizada no retículo endoplasmático que se liga ao cGAMP e ativa a TBK1 quinase, que fosforila e ativa o fator de transcrição IRF3, levando à expressão do gene de IFN do tipo I. STING estimula a autofagia, um mecanismo pelo qual as células degradam suas próprias organelas, como as mitocôndrias, sequestrando-as em vesículas ligadas à membrana e fundindo essas vesículas aos lisossomos. ● Os receptores do tipo RIG (RLRs, do inglês, RIG-like receptors) são sensores citosólicos de RNA viral que respondem induzindo a produção de interferons do tipo I antivirais. RIG-I e MDA5 reconhecem diferentes conjuntos de RNAs virais que são característicos de vírus distintos e atípicos do RNA de mamíferos.Os RLRs são expressos em uma ampla variedade de tipos celulares, incluindo leucócitos derivados da medula óssea e várias células teciduais. Portanto, esses receptores permitem que os numerosos tipos celulares suscetíveis à infecção por vírus de RNA montem respostas imunes inatas a esses vírus. MDA5 e RIG-I não somente induzem a produção de IFN do tipo I, como também inibem diretamente a replicação viral ao inibirem as interações proteína-RNA viral. ● Os inflamassomos são complexos multiproteicos que se formam no citosol em resposta aos PAMPs e DAMPs citosólicos, cuja função é gerar formas ativas das citocinas inflamatórias IL-1β e IL-18. A ativação do inflamassomo é induzida por uma ampla gama de estímulos citoplasmáticos frequentemente associados a infecções e estresse celular, incluindo produtos microbianos, cristais ambiental ou endogenamente derivados, e diminuição das concentrações citosólicas de íon potássio (K+). SISTEMA COMPLEMENTO: Quando um patógeno rompe a barreira epitelial e as primeiras defesas antimicrobianas do hospedeiro, ele encontra o principal componente da imunidade inata, conhecido como sistema do complemento, ou complemento. O complemento é um conjunto de proteínas solúveis presentes no sangue e em outros líquidos corporais. É responsável por aumentar a opsonização (“marcação do patógeno”) e a morte das bactérias, essa atividade “complementa” a ação dos anticorpos. A opsonização refere-se ao revestimento do patógeno por anticorpos e/ou proteínas do complemento, de modo que ele se torne mais facilmente capturado e destruído pelas células fagocíticas. O sistema do complemento é composto por mais de 30 diferentes proteínas plasmáticas , as quais são produzidas principalmente pelo fígado. Na ausência de infecção, essas proteínas circulam na forma inativa. Além de atuar na imunidade inata, o complemento também influencia na imunidade adaptativa. A opsonização dos patógenos pelo complemento facilita sua captura por células apresentadoras de antígenos fagocíticos que expressam os receptores do complemento. Estimulação das respostas inflamatórias pelas anafilotoxinas: esse estímulo ocorre por meio daquelas frações a - C3a, C4a e C5a - que saíram da cascata, levando à atração principalmente de leucócitos e monócitos para o local de ativação do complemento. Eliminação de complexos imunes:complexos imunes são aqueles formados pelo anticorpo circulante e o antígeno. Esse complexo é capaz de ativar o sistema complemento. Como a via de ativação do complemento desencadeada por anticorpos foi a primeira a ser descoberta, ela se tornou conhecida como a via clássica de ativação do complemento. A seguinte a ser descoberta foi denominada via alternativa, a qual pode ser ativada somente pela presença do patógeno , a via alternativa pode ser iniciada pela hidrólise espontânea e pela ativação do componente do complemento C3, que pode, então, ligar-se diretamente às superfícies microbianas. As vias do complemento são desencadeadas por proteínas que atuam como receptores de reconhecimento de PAMPs. A detecção do patógeno ativa um zimógeno inicial, desencadeando uma cascata de proteólise na qual os zimógenos do complemento são ativados em sequência, tornando-se, cada um, uma protease ativa que cliva e ativa várias moléculas do próximo zimógeno da via. Essa cascata proteolítica, por fim, produz os componentes efetores do complemento que auxiliam na remoção do patógeno . Os tipos denominados C1, C2, C3, C4, C5, …, são proteínas nativas que participam da cascata de funcionamento do sistema complementar, pertencentes à via clássica (presença de anticorpos) e a numeração se deve a sua ordem de descobrimento. O componente central do complemento é uma proteína plasmática chamada C3, que é clivada pelo C3-convertase, formando C3a (atua como um fator quimiotático) e C3b. O componente central do complemento é uma proteína plasmática chamada C3, que é clivada pelo C3-convertase, formando C3a (atua como um fator quimiotático) e C3b (opsoniza os fagócitos – facilita a fagocitose dos microrganismos). Outro fator importante é a formação da C5-convertase, que é montada após a geração prévia de C3b, e que cliva C5 em C5a e C5b. Em que, essa convertase contribui para a inflamação e para a formação de poros nas membranas dos alvos microbianos.Quando não há um processo infeccioso em curso, o C3b é rapidamente degradado porque ele não reconhece microrganismos, não tem a quem se ligar. Com isso, ele fica solúvel e é hidrolisado As vias que causam potentes efeitos inflamatórios e destrutivos – e que têm uma série de passos de amplificação – são potencialmente perigosas e devem ser reguladas de maneira rigorosa. Uma importante proteção é que a chave de ativação dos componentes do complemento é rapidamente inativada, a menos que se una à superfície do patógeno, onde sua ativação foi iniciada. O sistema do complemento é um dos principais mecanismos pelo qual o reconhecimento do antígeno é convertido em uma defesa efetiva contra uma infecção inicial. As proteínas do sistema complemento, são proteínas plasmáticas que serão ativadas por microrganismos na resposta imunológica inata através das vias alternativa e da lectina; na imunidade adaptativa (humoral), elas serão ativadas por anticorpos pela via clássica. - a VIA DA LECTINA, há o reconhecimento dos microrganismos através da manose presente na sua parede celular; - a VIA ALTERNATIVA, há o reconhecimento da parede celular do microorganismo; - a VIA CLÁSSICA, ativada por anticorpos ligados à superfície dos patógenos ; (C1 deve se ligar a duas ou mais porções Fc para iniciar a cascata do complemento IgG possui apenas uma região Fc, enquanto IgM pode se ligar a duas moléculas de C1q. Essa é uma das razões que explicam por que a IgM é um anticorpo mais eficaz para a ligação ao complemento.) obs.: As porções “a”, C3a, C4a e C5a possuem potencial para induzir inflamação através do recrutamento de neutrófilos, macrófagos e mastócitos, e também de ativação dessas células, por isso, elas podem também ser chamadas de anafilotoxinas. Vale ressaltar que C5a é o mais potente indutor de inflamação dentre as proteínas do complemento. ADAPTATIVA: Em contraste, a imunidade adaptativa utiliza um processo de rearranjo gênico nas células somáticas para produzir um enorme repertório de receptores de antígenos que são capazes de distinguir perfeitamente entre moléculas muito relacionadas. A resposta imune adaptativa inicia sua ação em resposta à apresentação de antígenos do patógeno nos tecidos linfoides locais pelas células dendríticas. A resposta imune adaptativa difere da resposta inata por sua capacidade de se direcionar contra características específicas do patógeno , e normalmente eliminará a infecção e protegerá o hospedeiro contra reinfecções pelo mesmo patógeno pela produção de células efetoras, anticorpos e pelo estabelecimento de uma memória imune contra o patógeno. A ativação de linfócitos requer dois sinais distintos, o primeiro dos quais é o antígeno (sinal 1 = MHC +TCR) e o segundo, as moléculas produzidas durante as respostas imunes inatas aos microrganismos ou células lesadas, essa é a hipótese dos dois sinais. A presença do sinal 2 (estímulo inato), desencadeado pelo microrganismo, assegura que a resposta imunológica adaptativa seja induzida por microrganismos e não por substâncias inofensivas. obs.:alguns medicamentos como o abatacepte impedem a ação dos linfócitos T, inibindo a ação de proteínas como CTLA-4 (CD152) e PD-1, responsáveis pelo sinal 2, o que diminui a agressão de doenças autoimunes como artrite reumatoide, linfomas, entre outras. Os linfócitos maduros que não encontraram os antígenos para os quais são específicos são chamados naive (virgem ou imunologicamente inexperientes). Depois de serem ativados pelo reconhecimento de antígenos e outros sinais que serão descritos adiante, os linfócitos diferenciam-se em células efetoras, que desempenham a função de eliminar microrganismos. Além dos linfócitos tipo células de memória, que vivem em um estado elevado de consciência e são capazes de responder de forma rápida e vigorosa para combater o microrganismo caso ele retorne. A diversidade dos receptores de antígenos é gerada pela recombinação somática dos genes que codificam as proteínas dos receptores. ● ADAPTATIVA HUMORAL: Há dois tipos de imunidade adaptativa: a imunidade HUMORAL, que protege contra microrganismos extracelulares e suas toxinas, mediada por linfócitos B (derivados da medula óssea) e seus produtos, os anticorpos. Linfócitos B: Têm função de: - neutralização do microorganismo - fagocitose - ativação do complemento. Os linfócitos B são as únicas células do corpo capazes de produzir moléculas de anticorpos, os mediadores da imunidade humoral.Os linfócitos B desenvolvem-se a partir de precursores na medula óssea. As células B maduras constituem 10% a 20% da população de linfócitos periféricos circulantes e também estão presentes nos tecidos linfóides periféricos, como os linfonodos, o baço e os tecidos linfóides associados à mucosa. Após a estimulação pelo antígeno e outros sinais, as células B transformam-se em plasmócitos, verdadeiras fábricas de proteína para anticorpos. As células secretoras de anticorpos também são detectadas no sangue periférico humano; essas são chamadas de plasmablastos. As células T auxiliares também estimulam a produção de anticorpos com grande afinidade pelo antígeno. Esse processo, chamado maturação da afinidade, melhora a qualidade da resposta imunológica humoral. Receptores: TRE (ativam a resposta linfocitária) ● ADAPTATIVA CELULAR: A imunidade mediada por células (ou CELULAR), que é responsável pela defesa contra microrganismos intracelulares é mediada pelos linfócitos T (maturados do timo). Linfócitos T: Têm funções variadas como: - ativação de macrofágos e inflamação (T auxiliar) → TCD4+ - morte da célula infectada (T citotóxico) → TCD8+ - supressão de resposta imunológica (T regulador) → TCD25+ Os linfócitos T desenvolvem-se no timo a partir de precursores que se originam de células-tronco hematopoiéticas. Células T maduras são encontradas no sangue, onde constituem 60% a 70% dos linfócitos, e nas zonas de células T dos órgãos linfoides periféricos. Além disso, os linfócitos T são responsáveis por ajudar os linfócitos B na produção de anticorpos. Após a estimulação pelo antígeno e outros sinais, as células B transformam-se em plasmócitos, verdadeiras fábricas de proteína para anticorpos. A maioria das células T CD4+ funciona como células auxiliares secretoras de citocina, as quais auxiliam os macrófagos e linfócitos B a combater infecções. A maioria das células CD8+ funciona como linfócitos T (CTLs) citotóxicos (killer) destruindo as células hospedeiras que abrigam os microrganismos. Os mecanismos de destruição da célula podem ser: ativação de nucleases que destroem o genoma viral ou aumento da secreção de IFN-gama, o que ativa a ação dos macrófagos. (Receptores TCR=receptor de célula T CD4+) CÉLULAS da imunidade ADAPTATIVA: ● CÉLULAS DENDRÍTICAS: as apresentadoras de antígeno mais importantes para iniciar as respostas das células T contra os antígenos proteicos. Essas células têm numerosos processos citoplasmáticos finos que expressam muitos receptores para capturar e responder a microrganismos. Podem ser de linhagem mieloide ou linfoide. ● MACRÓFAGOS : responsáveis pela fagocitose. ● CÉLULAS NATURAL KILLER (NK): A função das células NK é destruir células irreversivelmente lesadas e células anormais, bem como as células infectadas por vírus e células tumorais. As células NK constituem aproximadamente 5% a 10% dos linfócitos do sangue periférico. A atividade funcional das células NK é regulada por um equilíbrio entre sinais de receptores ativadores e inibitórios. Além disso, também pode funcionar se ligando à célula contaminada e funcionando como um receptor inibitório dessa. CÉLULAS LINFOIDES INATAS (ILCs): Populações de linfócitos que carecem de TCRs(o que possibilita a ligação com o antígeno-específico), mas que produzem citocinas semelhantes às que são produzidas pelas células T. As células NK são consideradas as primeiras células linfóides inatas definidas. As funções que foram atribuídas às células linfoides inatas incluem: • Defesa precoce contra infecções. • Reconhecimento e eliminação de células estressadas (a chamada vigilância do estresse). • Forma a resposta imunológica adaptativa tardia, fornecendo citocinas que influenciam na diferenciação dos linfócitos T. O interesse nessas células tem sido estimulado pela hipótese de que elas são participantes iniciais em doenças inflamatórias, principalmente como uma fonte de citocinas. 3- Conhecer os tipos e funções das citocinas e substâncias quimiotáticas; CITOCINAS: A indução e regulação de respostas imunológicas envolvem múltiplas interações entre linfócitos, células dendríticas, macrófagos, outras células inflamatórias (p. ex., neutrófilos) e células endoteliais. Algumas dessas interações dependem do contato de célula com célula; entretanto, muitas interações celulares e funções dos leucócitos são mediadas por proteínas secretadas chamadas citocinas. As interleucinas medeiam a comunicação entre leucócitos. A maioria dessas citocinas age sobre as células que as produzem (ação autócrina) ou em células vizinhas (parácrina) e raramente a distância (endócrina). O conhecimento adquirido sobre as citocinas têm numerosas aplicações terapêuticas práticas. A inibição da produção ou das ações das citocinas é uma abordagem para controlar os efeitos nocivos da inflamação e das reações imunológicas que danificam os tecidos. Além disso, podem servir para estimular reações necessárias que não sendo desempenhadas como deveriam pelo organismo. Nas respostas INATAS as citocinas são produzidas rapidamente após o encontro com microrganismos e outros estímulos e funcionam induzindo a inflamação e inibindo a replicação viral. Suas principais fontes são os macrófagos, células dendríticas e células NK, mas as células endoteliais e epiteliais também podem produzi-las. Nas respostas imunológicas ADAPTATIVAS, as citocinas são produzidas principalmente por linfócitos T CD4+ ativados pelo antígeno e outros sinais e funcionam promovendo proliferação e diferenciação linfocitárias e ativando células efetoras. Algumas dessas citocinas servem principalmente para limitar e concluir respostas imunológicas; obs.: Algumas citocinas estimulam a hematopoiese e são chamadas de fatores estimuladores de colônias porque são apreciadas por sua capacidade de estimular a formação de colônias de células do sangue a partir de progenitores da medula óssea. Suas funções são aumentar o número de leucócitos durante respostas imunológicas e inflamatórias e substituir os leucócitos que são consumidos durante tais respostas. Elas são produzidas por células estromais da medula, linfócitos T, macrófagos e outras células. IL=INTERLEUCINAS: Medeiam comunicação entre leucócitos ● IL-1:Produzidas e liberadas quando de infecções (pró-inflamatória). Produzem nos centros cerebrais regulatórios febres, tremores, calafrios e mal-estar; promovem a inflamação, estimulam os linfócitos T. A sua ação é responsável por estes sintomas comuns na maioria das doenças. No cérebro há liberação de prostaglandina E2, que estimula o centro da temperatura, aumentando a sua configuração. A aspirina inibe a formação da prostaglandina (bloqueia a enzima que a produz) e é por isso que diminui a febre e mal estar nas afecções virais. obs.: Age nas células endoteliais → ativação (inflamação, coagulação). Age no hipotálamo → febre. Age no fígado → síntese de proteínas de fase aguda. Age nas células T → diferenciação de Th17. ● IL-2:Estimula a multiplicação dos linfócitos T e B. Antes chamada de Fator de proliferação de Linfócitos.obs.:Devido a isso, uma das primeiras etapas da produção de anticorpos após a ligação linfócitos T naive + antígeno específico é a secreção da citocina IL-2 pelos linfócitos T CD4+. ● IL-3:Estimula o crescimento e a secreção de histamina. ● IL-4:Estimula multiplicação dos linfócitos B; produção de anticorpos, resposta do tipo TH2 estimulando diferenciação em IgE; ● IL-5:Estimula multiplicação e diferenciação de linfócitos B; produção de IgA e IgE, resposta a alergias e helmintos; Ativação dos eosinófilos; ● IL-6:Estimula a secreção de anticorpos. obs.: Age no fígado → síntese de proteínas de fase aguda. Age nas células B → proliferação de células produtoras de anticorpo. Age nas células T → diferenciação de Th17. ● IL-7:Induz a diferenciação em células B e T progenitoras. ● IL-8:Quimiocina; induz a adesão ao endotélio vascular e o extravasamento aos tecidos. (tem sido detectada em grandes quantidades em pacientes com condições inflamatórias persistentes, ex. artrite reumatoide). ● IL-10: Inibe a produção de várias citocinas inflamatórias por macrófagos e células dendríticas (DCs) ativadas, incluindo IL-1, TNF e IL-12. Por ser produzida por macrófagos e DCs e também inibir as funções dessas células, a IL-10 é um excelente exemplo de regulador por feedback negativo. INTERFERONS: ● IFN-alfa e beta (interferons):Ativa as células em estado de "alerta viral". Produção diminuída de proteínas, aumento de enzimas antivirais (como as que digerem a dupla hélice de RNA típica dos vírus) e aumentam também a apresentação de péptidos internos nos MHC I aos linfócitos. Estimula os linfócitos NK e TCD8+. obs.: os calafrios são gerados pela liberação de interferons, ou seja, são consequência da maior ativação de células NK. ● IFN-gama: Ativa os macrófagos, tornando-os mais eficientes e agressivos; promove a inflamação, e estimula a resposta TH1, inibindo a TH2. FATORES DE NECROSE TUMORAL: ● TNF-alfa: Induz a secreção da citocina e é responsável pela perda extensiva de peso associada com inflamação crônica. ● TNF-beta (fator de necrose tumoral): Ativa os fagocitos. Estimula a resposta citotóxica (TH1) obs.:Age nas células endoteliais → ativação (inflamação, coagulação). Age nos neutrófilos → ativação. Age no hipotálamo → febre. Age no músculo, tecido adiposo → catabolismo (caquexia). Age nos muitos tipos celulares → apoptose. SUBSTÂNCIAS QUIMIOTÁTICAS: Substância quimiotáticas (quimiocinas) constituem uma grande família de citocinas estruturalmente homólogas, responsáveis pela movimentação dos leucócitos, inclusive sua migração para locais de inflamação tecidual a partir do sangue. As quimiocinas podem ser constitutivas ou induzidas. As constitutivas são normalmente produzidas em vários tecidos e recrutam leucócitos, principalmente linfócitos, na ausência de inflamação. As quimiocinas induzidas (ou inflamatórias) são produzidas por várias células em resposta a estímulos inflamatórios e recrutam leucócitos para locais de inflamação. As quimiocinas desempenham papel crucial na movimentação das células mononucleares pelo corpo e sua migração para os tecidos, contribuindo para a resposta imune adaptativa e/ou patogênese de várias doenças. Alguns receptores, entre eles o CCR5, são os principais correceptores para certas cepas do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Também desempenhem papel importante na hematopoiese, no crescimento de células tumorais e no desenvolvimento de metástases tumorais. 4- Associar os tipos de imunoglobulinas a suas funções; Imunoglobulinas são estruturas proteicas, produzidos pelos linfócitos B com auxílio dos linfócitos T auxiliares durante as respostas imunes adaptativas. Grande parte se comporta como anticorpo, mas nem todos o são. ● IgD: monômero, apenas serve como receptor em células B. Não é um anticorpo circulante (encontrado no sangue) e não possui função específica. ● IgA: monômero que circula no sangue, dímero em mucosas e secreções serosas (leite materno). Protege o organismo da invasão viral ou bacteriana através das mucosas. ● IgG: monômero, produzido pelos plasmócitos e células de memória, é o mais prevalente; atravessa a placenta. Meia-vida de 23 dias. ● IgE: envolvido em reações alérgicas (hipersensibilidade tipo I) e infecções parasitárias. Baixa concentração. Está nas superfícies dos mastócitos, eosinófilos e basófilos (por isso vai estar em alta em parasitoses e alergia). ● IgM: cinco monômeros (pentâmero), produzido em grandes quantidades nas fases iniciais das doenças, então IgM é fase aguda, quando se está com a doença ativa, depois que cura ela fica negativa e o IgG permanece positivo. Meia-vida de 5 dias. obs.: - Sempre que estiver pego uma doença, o IgG estará positivo porque já teve mas não significa que você está tendo no momento, isso por causa da memória. - Quando tem uma resposta imune de primeira vez, depois da exposição, os anticorpos específicos só começam a ser produzidos depois de 10-12 dias. - O IgM é o primeiro a ser produzido. No pico de produção de IgM começa a ser produzido IgG. - Quando a infecção é resolvida, o IgM cai e o IgG permanece no sangue, para o caso de se a bactéria/vírus voltar a infectar, a resposta ser mais rápida. - Na segunda exposição, a produção de IgM e IgG já se inicia nos primeiros 3 dias (resposta anamnética), então a doença não será expressa no corpo. Correlações clínicas: A dosagem da IgG e IgM é fundamental para saber se a pessoa já teve a doença ou se ela tem. 5- Interpretar os exames pontuados no texto e sua importância; ● Leucócitos totais + percentual de linfócitos: São importantes para detecção de infecções no organismo que podem gerar aumento de leucócitos (leucocitose) - em casos bacterianos, ou diminuição de leucócitos (leucopenia) - em casos virais. O percentual de linfócitos é importante para detecção de um aumento de atividade de imunidade adaptativa, por exemplo. Em infecções virais é comum que o paciente apresente aumento de linfócitos (linfocitose), devido a uma tentativa do corpo combater a infecção e começar a produção de anticorpos. O grau de uma leucocitose de uma leucemia é muito mais alto que a leucocitose de uma infecção, pois pode chegar até causar maior viscosidade da sangue. ● PMN (contagem de leucócitos polimorfonucleares): O exame de PMN pode indicar a destruição granulócitos (neutrófilos, basófilos, eosinófilos) o que pode ser resultado de uma deficiência na produção dessas células pela medula óssea. Pode identificar um desvio à esquerda (desvio à linhagem mielóide), ou seja, provavelmente não está dando tempo para que haja a maturação dessas células. Indicativo de infecção bacteriana. ● Plaquetograma: O exame de plaquetograma evidencia a quantidade de plaquetas, células importantes na manutenção da coagulação sanguínea. A plaquetopenia (valor abaixo do esperado) pode indicar um processo de hemorragia ou de infecção viral severa (dengue hemorrágica). Fator IIb e IIIa são os responsáveis por possibilitar a agregação entre de plaquetas. ● PCR (proteína C reativa): A Proteína C Reativa (PCR) é uma proteína produzida pelo fígado, normalmentepresente em concentrações muito baixas no sangue de pessoas saudáveis. No entanto, sua concentração aumenta em decorrência de processos infecciosos e inflamatórios. Infecções bacterianas estão associadas à elevação do PCR, portanto quanto mais alto o valor de PCR, maior é a probabilidade de infecção bacteriana e mais grave é a infecção. Indicada em casos de infecções urinárias e monitoramento de infecções em geral. ● AST/ALT: AST ou TOG normalmente é encontrado em uma diversidade de tecidos inclusive o fígado, coração, músculos, rim, e cérebro. É liberado no sangue quando qualquer um destes tecidos estiver estragado. Por exemplo, seu nível no sangue sobe com ataques de coração e com desordens nos músculos. Detectada primeiro em casos de lesão celular. ALT ou TGP é encontrado em grande parte no fígado. Este não é produzido exclusivamente pelo fígado, porém é onde se encontra mais concentrado. É liberado na circulação sangüínea como o resultado de dano hepático. Quando há lesão no fígado, o ALT vaza mais para o fígado. Devem ser avaliadas em processos inflamatórios, pois é no fígado que há a produção das enzimas do sistema complemento. ALT/AST > 1 (Indicativo que a lesão é no fígado) ● TAP (tempo de ação da protrombina): Se estiver acima do valor de referência é provável que haja alguma deficiência na cascata de coagulação. A trombina promove a quebra de fibrinogênio em fibrina e ligase a receptores que levam à produção de mediadores da inflamação como quimiocinas e óxido nítrico. ● FAN (fator antinúcleo) - presença de autoanticorpos anti-mitocondrial, anticorpo antimúsculo liso, e anticorpo anti LK1: É importante para detecção de autoanticorpos, ou seja, detectar se o organismo está produzindo anticorpos para os próprios tecidos (DNA), o que pode ser indicativo de doença autoimune. Artrite reumatoide. ● Níveis de albumina: A albumina é a proteína de maior quantidade no organismo e sua função é fazer o controle de extravasamento de líquido nos tecidos intersticiais. Ela é produzida pelo fígado e serve para avaliar o seu funcionamento. ● Testes rápidos (IgM e IgG): Avaliar a sorologia de anticorpos e identificar se já houve contato de alguma forma com antígenos das doenças testadas. A avaliação da presença de IgM sugere uma infecção na fase aguda, ou seja produção de anticorpos recentes, um primeiro contato com o agente infeccioso. No caso da imunoglobulinas IgG é importante para saber se a pessoa já teve contato com o agente infeccioso, pois, por isso, já possui IgG que são característicos de resposta a longo prazo. Assim, no início de uma infecção que nunca foi tida antes é comum que o IgM esteja alto e, após cerca de 10-12 dias, há o aumento da produção de IgG devido ao processamento de uma resposta imune adaptativa. ● Avaliação do fígado e baço: É importante avaliar se há aumento do baço pois pode ser um indicativo de aumento da função fisiológica do fígado (hiperesplenismo), ou seja, a hemocaterese. Já o tamanho do fígado é importante devido à hepatomegalia, gerada por infecções virais, como a dengue. ● Quantificação de complemento total (C3, C4, C5): É importante para identificar o funcionamento do sistema imune, visto que em situações de inflamação a cascata do sistema de complemento é acionada. - C3a e C5a estimulam liberação de histamina; - C3b atua como opsonina (enrola o patógeno e facilita fagocitose); - C5a tem ação quimiotática para fagócitos; 6- Entender como o estresse influencia no mecanismo imunológico; Agentes estressores patológicos são aqueles relacionados à microrganismos, sejam eles bactérias, fungos, vírus ou parasitas. Eles induzem a liberação de proteínas reguladoras (citocinas) pelo sistema imune, gerando um processo inflamatório onde há ativação do sistema imune, ativação do sistema endócrino e liberação de hormônios relacionados ao estresse. Os glicocorticóides, assim como outras classes de hormônios, são essenciais e sua ação é indispensável à vida. Eles agem no citoplasma das células, associando-se à proteínas receptoras, são transportados para o núcleo, onde servem de estímulos para transcrição de genes que codificam enzimas específicas, envolvidas na gliconeogênese. O cortisol é um glicocorticóide importante para a manutenção da homeostasia corpórea. Ele atua aumentando o catabolismo proteico no músculo, reduzindo a síntese de proteínas, levando aminoácidos ao fígado para a gliconeogênese, aumentando a lipólise, fornecendo glicerol ao fígado, e reduzindo o uso da glicose pelos tecidos e a sensibilidade à insulina. Esse hormônio é necessário durante períodos em jejum, pois induz a utilização das reservas energéticas do organismo. Além de produzir efeitos catabólicos, o cortisol ainda tem efeito anti-inflamatório, pois induz a síntese de lipocortina, que inibe fosfolipase A2 - enzimas necessária para quebrar o ácido araquidônico - e, por fim, diminui a liberação de mediadores das inflamações, como leucotrienos e prostaglandinas. Além de inibir a produção de interleucina-2 (IL-2), diminuindo assim a produção de linfócitos T, histaminas e serotonina. Como consequência, há supressão da resposta imune. Em situação de estresse contínuo, uma maior quantidade de catecolaminas, glicocorticóides e, principalmente, de cortisol são liberados. Dessa forma, acontece uma perturbação fisiológica, saindo do estado natural do corpo, de modo que o estresse torna-se patológico. 7- Explicar o mecanismo de ação dos medicamentos do problema; ● DIPIRONA: A dipirona é um analgésico e antitérmico. Seu mecanismo de ação é a inibição de síntese de prostaglandinas preferencialmente no sistema nervoso central, dessensibilizando a ação da enzima COX, responsável reação de ácido araquidônico em mediadores da inflamação como a prostaglandina. Contra-indicação (muito raro): Paciente com problema na hematopoiese, pois pode causar, em situações raras, a pancitopenia (diminuição de células sanguíneas) ou agranulocitose (neutropenia). ● PARACETAMOL: O paracetamol é um analgésico e antipirético. Seu mecanismo de ação supostamente inclui inibição da ação da COX, enzima responsável pela quebra do ácido araquidônico, o que causa inibição da produção e liberação de prostaglandina que é o mediador responsável por sintomas como dor e febre ocasionados por uma inflamação. Contra-indicação: Paciente com hepatopatias, pois pode causar hepatotoxicidade, visto que a metabolização do paracetamol acontece no fígado.
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