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Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Anestesia Geral:“Estado caracterizado por uma depressão global, porém reversível, da função do sistema nervoso central, resultando na perda da percepção e resposta a todos os estímulos externos”. Histórico • Até a metade do século XIX, a maioria dos procedimentos dolorosos era realizado sem anestesia. • Intoxicação por etanol, haxixe ou ópio; • Congelar, induzir isquemia ou inconsciência através de um golpe na cabeça; • 1844: Homphrey Davy - uso do óxido nitroso; • 1846: William Morton usa NO para extração de um dente nos EUA; • 1846 e 1847: introdução do éter e do clorofórmio. Características • Soma de diferentes alterações do comportamento e percepção: • Amnésia; • Imobilidade em resposta a um estímulo nocivo; • Atenuação da resposta autonômica a estímulos nocivos; • Analgesia; • Inconsciência. Classe de fármacos estruturalmente diversa que produz como objetivo final um estado comportamental de anestesia geral • Objetivo: Facilitação de cirurgias ou outros procedimentos invasivos. • Mecanismo da anestesia: Teoria inicial: teoria “unitária” – todos os anestésicos tem a mesma ação. Esta teoria era baseada na perturbação das propriedades físicas das membranas celulares por substâncias lipossolúveis. Esta teoria não explica todos os mecanismos dos anestésicos. • Mecanismos celulares da anestesia: Os anestésicos gerais hiperpolarizam os neurônios – diminuem a probabilidade da geração do potencial de ação. Alguns anestésicos, como os inalatórios, inibem sinapses excitatórias e excitam sinapses inibitórias. Alguns (isoflurano) inibem a liberação de NT porém não reduzem o potencial de ação com grande eficiência. Vários canais iônicos regulados por ligantes, receptores e proteínas de transdução de sinais podem ser moduladas por anestésicos gerais. Efeito direto nos receptores GABAA (canais de Cl-) e NMDA (canais de Ca++) e canais de potássio de dois poros (substâncias halogenadas). Receptor do GABA com o sítio do benzodiazepínico e o GABA. O benzodiazepínico é só um potencializador alostérico, não tem ativadade superior a ativade de GABA disponível, por isso não é utilizado como anestésico. O benzodiazepínico é usado como coadjuvante em anestesias. Receptor do Glutamato (NMDA). Leva a entrada de cálcio e sódio para célula. Em relação a anestésicos é necessário abrir o canal. FArmacos anesTESicos gerais Química Farmacêutica Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful LOCAIS ANATÔMICOS PARA AÇÃO ANESTÉSICA • Neurônios sensoriais periféricos; • Medula espinhal; • Tronco cerebral; • Córtex cerebral; • Todos os anestésicos gerais produzem uma diminuição do metabolismo e fluxo sanguíneo cerebral; • Supressão do metabolismo do tálamo. ANESTÉSICOS GERAIS PARENTERAIS • São moléculas pequenas e hidrofóbicas, aromáticas e heterocíclicas. • Após administração, concentram-se nos tecidos mais perfundidos e lipossolúveis do SNC. • Anestesia é visualizada após a primeira circulação. • O término da anestesia ocorre com a queda dos níveis SNC e redistribuição a outros tecidos. BARBITURICOS São substancias derivadas de amidas. Fármacos altamente lipossolúveis. Administrados na forma de sal sódico (pH 10-11), tem risco de precipitação em pH ácido. EAS – depressão respiratória. Ação receptor GABAa independente do GABA. (tiopental) (meto-hexital) Elevação do pH -> ionização -> 1ª dissociação -> formação da carga negativa -> rearranjo -: formação da hidroxila. PROPOFOL E FOSFOPROPOFOL Substancias dentre as mais comuns, ação no receptor GABAa independente de GABA, ligam-se a subunidade B3 do receptor GABA produzindo inibição da resposta ao estimula nocivo, ligam-se a subunidade B2 do receptor GABA produzindo sedação. O propofol é bastante lipossolúvel, para melhorar sua solubilidade mais hidrossolúvel o formato administrado é o fosfopropofol. Sobre o grupo fenólico é introduzido uma cadeia, comercializado em forma de sal. Depois no nosso organismo esse grupo inserido é retirado. O propofol terá um efeito sedativo em baixa concentração. Características físico químicas • P = 6.200 • Veiculado em emulsão oleosa em óleo de soja, lecitina ou glicerol • Uso de metabissulfito de Na e agentes quelantes para estabilidade do medicamento • 2,5 mg/kg produz hipnose em 30s, com 5 – 10 minutos de duração • 98 % de ligação às PP Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful • Rapidamente glicuronado no fígado. ETOMIDATO • Potente anestésico de ação rápida (>3 minutos) • Dose de 0,2 a 0,6 mg/kg • Liga-se a um sítio alternativo do GABAA • Não possui ação analgésica • Útil para indução de anestesia em pacientes hemodinamicamente instáveis (hipovolemia, hipotensão) • Induz dor e movimentos mioclônicos na administração • É um éster do imidazol carboxilado • P = 2000 • Base fraca (pka = 4,5) • Pouco solúvel em água: administrado em solução 35% em propilenoglicol • Disponível para administração retal • Meia-vida: 5 – 6 horas CETAMINA Norketamina é um metabolito ativo da ketamina. Protonação da base em meio ácido -> formação do cloridrato de ketamina. • Não tem efeitos significativos sobre o GABA • Agem nos receptores NMDA – canais de cátions mediados por glutamato • Liga-se sobre a proteína do receptor NMDA, inibindo a ativação central • Produz anestesia “dissociativa” – paciente parece estar acordado, com movimentos lentos dos olhos • Possui ação no receptor opioide (σ) • Não promove relaxamento muscular Características físico químicas • Administrada na forma de Cl- • Anestesia curta (10 – 25 min) • Meia-vida de eliminação: 2 – 3 h • Promove efeitos alucinógenos cerca de 24 h após a administração (potencial de abuso) • Pobre biodisponibilidade (> 16 % v.o.) • Rapidamente convertida em glicuronídeo • Desmetilado pela CYP2B6 produzindo norcetamina (metabólito ativo). ANESTÉSICOS GERAIS INALATÓRIOS • Estão entre os poucos fármacos administrados na forma de gás • Necessitam de dispositivos especializados para o controle da quantidade administrada • Possuem baixo índice terapêutico (entre 2 e 4) • Possuem como alvo os canais de K+ de dois poros, em receptores pré e pós-sinápticos Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful • Agem em membranas e suas proteínas relacionadas à liberação dos NT Concentração alveolar mínima (MAC/CAM) • Potência dos inalatórios é medida em unidades MAC – concentração mínima necessária para impedir o movimento em resposta à estimulação cirúrgica em 50 % dos indivíduos • É monitorada continuamente pela concentração expirada (EM, IV) • Correlaciona-se diretamente com a concentração livre do anestésico no SNC • O resultado da anestesia depende do equilíbrio do gás entre SNC/sangue/tecidos Propriedades físico químicas • Ligações à halogênios contribuem para: • Não inflamabilidade; • Potência; • Aumento da lipossubilidade; • Estabilidade química; • Volatilidade • Solubilidade plasmática intermediária; TOXICIDADE • Pouco observada nas doses terapêuticas e curto prazo. • Hepato e nefrotoxicidade (metabólitos tóxicos). • Hipertermia maligna (1:15.000).
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