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Questões de Trovadorismo e Humanismo

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Simulado 10 questões
(IFSudMinas)
a
b
c
d
e
Questão 1
Leia os textos, a seguir, e responda à questão:
 
TEXTO III
Pero Garcia Burgalês
 
Ai eu coitad! E por que vi 
a dona que por meu mal vi! 
Ca Deus lo sabe, poila vi, 
nunca já mais prazer ar vi; 
ca de quantas donas eu vi, 
tam bõa dona nunca vi.
 
Tam comprida de todo bem, 
per boa fé, esto sei bem, 
se Nostro Senhor me dê bem 
dela! Que eu quero gram bem, 
per boa fé, nom por meu bem! 
Ca pero que lh’eu quero bem, 
non sabe ca lhe quero bem.
 
Ca lho nego pola veer, 
pero nona posso veer!
 
Mais Deus, que mi a fezo veer, 
rogu’eu que mi a faça veer; 
e se mi a non fazer veer. 
sei bem que non posso veer 
prazer nunca sem a veer.
 
Ca lhe quero melhor ca mim, 
pero non o sabe per mim, 
a que eu vi por mal de mi[m].
 
Nem outre já, mentr’ eu o sem 
houver; mais s perder o sem, 
dire[i]-o com mingua de sem;
 
Ca vedes que ouço dizer 
que mingua de sem faz dizer 
a home o que non quer dizer!
BURGALÊS, Pero Garcia. In: CORREA, Natália. Cantares dos
trovadores galego-portugueses. Lisboa: Estampa, 1978.
 
Vocabulário:
ca: pois, porque, que; 
poila vi: pois a vi; 
ar: de novo, também; 
u: onde, quando; 
gram: grande; 
pero: mas, contudo, embora;
rogu’ eu: rogo eu; 
per mim: por mim; 
outre: outrem, outra pessoa; 
mentr’eu: enquanto eu; 
sen: senso, juízo; 
mingua: falta.
 
TEXTO IV
 
Beatriz
Chico Buarque
 
Olha 
Será que ela é moça 
Será que ela é triste 
Será que é o contrário 
Será que é pintura 
O rosto da atriz
 
Se ela dança no sétimo céu 
Se ela acredita que é outro país 
E se ela só decora o seu papel 
E se eu pudesse entrar na sua vida
 
Olha 
Será que ela é de louça 
Será que é de éter 
Será que é loucura 
Será que é cenário 
A casa da atriz 
Se ela mora num arranha-céu 
E se as paredes são feitas de giz
 
E se ela chora num quarto de hotel 
E se eu pudesse entrar na sua vida
 
Sim, me leva pra sempre, Beatriz 
Me ensina a não andar com os pés no chão 
Para sempre é sempre por um triz 
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão 
Diz se é perigoso a gente ser feliz
 
Olha 
Será que é uma estrela 
Será que é mentira 
Será que é comédia 
Será que é divina 
A vida da atriz 
Se ela um dia despencar do céu 
E se os pagantes exigirem bis 
E se o arcanjo passar o chapéu 
E se eu pudesse entrar na sua vida
Disponível em: <http://letras.terra.com.br/chico-
buarque/45115/ >. Acesso em 30 mar., 2012.
 
É possível estabelecermos um paralelo entre a cantiga
trovadoresca medieval (texto III) e a letra da canção
“Beatriz” (texto IV), de Chico Buarque, EXCETO na
alternativa:
As cantigas de amor são caracterizadas por terem um
eu lírico masculino, assim como em “Beatriz” de Chico
Buarque. 
Tanto no texto III quanto no texto IV, o eu lírico declara
o seu amor por uma mulher que é superior a ele. No
texto III, cujo contexto é o do período medieval, marcado
pelo feudalismo, a posição do eu lírico assemelha-se à de
um vassalo diante de sua senhora, enquanto que no texto
IV essa superioridade se expressa na forma como o eu
lírico elogia a figura feminina, como nos versos: Será que é
uma estrela / Será que é divina. 
A figura feminina em ambos os textos é linda, pura,
divina e, portanto, idealizada. No entanto, a
concretização do amor é possível no texto IV, devido ao
fato de a dama pertencer ao povo, assim como o trovador
que entoava a canção. 
O texto III é poético e podia ser entoado ao som de um
instrumento musical, o que se assemelha ao texto
“Beatriz”, também poético e musicado. 
No texto III, nota-se o sofrimento do eu lírico masculino
por não poder tornar real o seu amor com a amada, por
isso ele usa o termo “coitad”(coitado). Em “Beatriz”,
Destaca-se o sofrimento do eu lírico e a inatingibilidade do
amor no verso: “E se eu pudesse entrar na sua vida”.
(UCS)
a
b
c
d
e
TEXTO BASE 1
INSTRUÇÃO: A questão baseia-se no texto abaixo.
 
A Salamanca do Jarau
 
[1]    No tempo dos padres jesuítas, existia um moço
sacristão no Povo de Santo Tomé, na Argentina, do outro
lado do rio
Uruguai. Ele morava numa cela de pedra nos fundos da
própria igreja, na praça principal da aldeia.
  Ora, num verão mui forte, com um sol de rachar, ele não
conseguiu dormir a sesta. Vai então, levantou-se,
assoleado
e foi até a beira da lagoa refrescar-se. Levava consigo uma
guampa, que usava como copo.
[5]    Coisa estranha: a lagoa toda fervia e largava um
vapor sufocante e qual não é a surpresa do sacristão ao
ver sair
d'água a própria Teiniaguá, na forma de uma lagartixa com
a cabeça de fogo, colorada como um carbúnculo. Ele,
homem
religioso, sabia que a Teiniaguá – os padres diziam isso –
tinha partes com o Diabo Vermelho, o Anhangá-Pitã, que
tentava
os homens e arrastava todos para o inferno. Mas sabia
também que a Teiniaguá era mulher, uma princesa moura
encantada jamais tocada por homem. Aquele pelo qual se
apaixonasse seria feliz para sempre.
[10]   Assim, num gesto rápido, aprisionou a Teiniaguá na
guampa e voltou correndo para a igreja, sem se importar
com o
calor. Passou o dia inteiro metido na cela, inquieto, louco
que chegasse a noite. Quando as sombras finalmente
desceram
sobre a aldeia, ele não se sofreu: destampou a guampa
para ver a Teiniaguá. Aí, o milagre: a Teiniaguá se
transformou na
princesa moura, que sorriu para ele e pediu vinho, com os
lábios vermelhos. Ora, vinho só o da Santa Missa. Louco de
amor, ele não pensou duas vezes: roubou o vinho sagrado
e assim, bebendo e amando, eles passaram a noite.
[15]    No outro dia, o sacristão não prestava para nada.
Mas, quando chegou a noite, tudo se repetiu. E assim foi
até que os
padres finalmente desconfiaram e numa madrugada
invadiram a cela do sacristão. A princesa moura
transformou-se em
Teiniaguá e fugiu para as barrancas do rio Uruguai, mas o
moço, embriagado pelo vinho e de amor, foi preso e
acorrentado.
  Como o crime era horrível – contra Deus e a Igreja – foi
condenado a morrer no garrote vil, na praça, diante da
igreja
[20] que ele tinha profanado.
  No dia da execução, todo o povo se reuniu diante da
igreja de São Tomé. Então, lá das barrancas do rio Uruguai
a
Teiniaguá sentiu que seu amado corria perigo. Aí, com todo
o poder de sua magia, começou a procurar o sacristão
abrindo
rombos na terra, uns valos enormes, rasgando tudo. Por
um desses valos ela finalmente chegou à igreja bem na
hora em
que o carrasco ia garrotear o sacristão. O que se viu foi um
estouro muito grande; nessa hora, parecia que o mundo
inteiro
[25] vinha abaixo: houve fogo, fumaça e enxofre e tudo
afundou e tudo desapareceu de vista. E quando as coisas
clarearam, a
Teiniaguá tinha libertado o sacristão e voltado com ele
para as barrancas do rio Uruguai.
  Vai daí, atravessou o rio para o lado de cá e ficou uns três
dias em São Francisco de Borja, procurando um lugar
afastado onde os dois apaixonados pudessem viver em
paz. Assim, foram parar no Cerro do Jarau, no Quaraí, onde
descobriram uma caverna muito funda e comprida. E lá
foram morar, os dois.
[30]    Essa caverna, no alto do Cerro, ficou encantada.
Virou Salamanca, que quer dizer "gruta mágica", a
Salamanca do
Jarau. Quem tivesse coragem de entrar lá, passasse 7
provas e conseguisse sair, ficava com o corpo fechado e
com sorte
no amor e no dinheiro para o resto da vida.
  Na Salamanca do Jarau a Teiniaguá e o sacristão se
tornaram os pais dos primeiros gaúchos do Rio Grande do
Sul.
Ah, ali vive também a Mãe do Ouro, na forma de uma
enorme bola de fogo. Às vezes, nas tardes ameaçando
chuva, dá
[35] um grande estouro numa das cabeças do Cerro e pula
uma elevação para outra. Muita gente viu.
(http://www.paginadogaucho.com.br/lend/sala.htm
publicado por Roberto Cohen em 18 de dezembro de 2003.
Fonte: Livro "Mitos e Lendas do Rio Grande do Sul" de
Antonio Augusto Fagundes. Martins Livreiro Editor. 1996.
Baseado na obra de João Simões LopesNeto. Acesso em:
12 abril 2013. Adaptado.)
Questão 2
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 1
A expressão sorte no amor e no dinheiro (linhas 31 e
32) pode ser interpretada como
a influência marxista nas primeiras obras da literatura
brasileira.
a transição do feudalismo indígena para o capitalismo
europeu no século XVI.
o lema do modelo político do século XX que
estabeleceu as fronteiras da região sul do Brasil.
uma síntese do ideal romântico que caracteriza a
primeira fase do Romantismo.
uma previsão do sucesso comercial que a transgenia
induzida pelo homem terá no século XIX.
(CESUPA)
a
b
c
d
(UnB)
a
b
(UNICID)
c
a
b
d
e
Questão 3
Leia o texto para responder à questão
Amor
 
Poema mais ou menos de amor
Eu queria, senhora,
ser o seu armário
e guardar seus tesouros
como um corsário.
Que coisa louca:
ser seu guarda-roupa!
Alguma coisa sólida,
circunspecta e pesada
nessa sua vida tão estabanada.
Um amigo da lei
(de que madeira não sei).
Um sentinela no seu leito
- com todo o respeito
Ah, ter gavetinhas
para suas argolinhas
Ter um vão
Para o seu camisolão
e sentir o seu cheiro,
senhora,
o dia inteiro.
.................................................
Veríssimo, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. (Adaptado)
Veríssimo, escritor contemporâneo, incorpora no seu
poema Amor características comuns às cantigas de amor
medieval, uma vez que o eu lírico
fingindo-se de peça de toucador, pretende descobrir os
segredos de sua dama, de forma a poder conquistá-la.
transformado em guarda-roupa, presta serviço à
amada, protegendo-a de malfeitores, para tê-la só para
si.
transmutado em armário, deseja servir sua senhora de
forma a estar mais próximo a ela, ser o seu sentinela.
semelhante ao trovador, presta vassalagem a sua
senhor, amando-a e sendo correspondido por ela.
TEXTO BASE 2
[1]   O Sétimo Selo (1956), de Ingmar Bergman, trata da
volta ao castelo de origem de um cavaleiro e de seu
escudeiro que haviam participado do movimento das
[4] Cruzadas. O cavaleiro é abordado pela morte
(personificada
em um homem todo vestido de preto) e, antes que ele seja
por ela levado, eles disputam uma partida de xadrez.
Como
[7] o cavaleiro vence, são-lhe permitidos mais alguns dias
de
vida até uma nova disputa. (...)
  De Mario Monicelli, O Incrível Exército de
[10] Brancaleone é, em tom de sátira, narrativa da crise
do
feudalismo europeu, em que, com o aumento do número
de
servos desocupados e nobres sem terra, os valores
[13] cavalheirescos se tornam, nessas circunstâncias,
anacrônicos
e cômicos. (...)
  De Jean Jacques Annaud, O Nome da Rosa,
[16] embasado no livro de Umberto Eco, ao focalizar a vida
dentro de um mosteiro, revela correntes de pensamento
da
Igreja medieval e práticas da Inquisição, cenário em que
um
[19] monge franciscano representa o intelectual
renascentista,
humanista e racional.
José Jobson Arruda. Nova história moderna e
contemporânea. Bauru: EDUSC; São Paulo: Bandeirantes
Gráfica, 2004, p. 20 (com adaptações).
 
Tendo esses fragmentos de texto como referência, julgue
o item a seguir.
Questão 4
PARA RESPONDER À QUESTÃO, LEIA O TEXTO BASE 2
Na Europa medieval, o teatro foi utilizado como importante
veículo de divulgação dos dogmas da Igreja. Nessa época,
a música religiosa desenvolveu-se, principalmente, nos
mosteiros da Igreja Católica, tendo a palavra cantada
definido o ritmo melódico, como se verifica no canto
gregoriano.
CERTO
ERRADO
Questão 5
A variedade da produção literária renascentista é muito
grande. Os gêneros utilizados pelos literatos geralmente
remetiam aos gêneros da antiguidade clássica, como é
fácil de supor. Tínhamos assim o poema épico, a poesia
lírica, o drama pastoral, as narrativas satíricas, a tragédia
e a comédia, dentre outros.
(Nicolau Sevcenko. O Renascimento, 1985.)
 
Também caracteriza a literatura do Renascimento
a defesa dos rigores morais da Inquisição católica.
a denúncia da intolerância religiosa contra os cristãos.
o emprego do ateísmo como mecanismo de combate à
Igreja Católica.
as cantigas de amigo e de maldizer.
a construção e a utilização das línguas nacionais.
(PUC-RS)
a
b
c
d
e
(FACASPER)
a
b
c
d
e
(UNEMAT)
a
b
c
d
e
(FMJ)
a
b
c
d
e
Questão 6
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o poema
“Soneto da Separação”, de Vinícius de Moraes, e as
afirmativas.
 
De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
 
De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama.
 
De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente
 
Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente
 
I. O poema tematiza um efêmero processo de
transformação amorosa no qual a união dos amantes se
converte em separação e desamparo.
II. O amante traduz o drama da finitude de uma paixão por
intermédio da boca, das mãos, dos olhos.
III. Elementos da natureza, como bruma, espuma, chama,
vento, são utilizados como figuras de ênfase para
representar o irremediável instante da desunião amorosa.
 
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são
I, apenas. 
III, apenas. 
I e II, apenas. 
II e III, apenas. 
I, II e III.
Questão 7
Sobre Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, é correto
afirmar que:
A figura dramática do Parvo serve para tornar mais
clara a baixeza das outras personagens que aparecem
no cais, já que ele, o único provido de juízo, é capaz de
reconhecer que o que elas fizeram em vida não lhes dá
direito de embarcar para a Glória. 
A peça procura endossar algumas crenças bastante
comuns na época, apontando, por exemplo, que ouvir
missas ou pedir para que estas fossem rezadas garantiam,
às vezes, a salvação daqueles que se esquecessem de
viver de acordo com os preceitos cristãos.
Ao representar tipos humanos considerados baixos, a
peça parece querer alertar para a necessidade urgente
de se corrigirem os costumes de acordo com a tradição
cristã. Para tanto, nada melhor do que representar os
vícios em sua forma mais vil, através da ridicularização
das personagens que o cometeram. 
A disputa que se dá entre as personagens e os
representantes das barcas revela a necessidade de se
conhecer a compaixão, e esta se torna urgente para os
espectadores que ainda têm a possibilidade de entrar na
barca do Anjo, se tiverem uma vida correta, sem pecados. 
Através do riso, propiciado pela falta de decoro e pela
ridicularização da cegueira dos personagens, que
admitem que seus atos sejam considerados dignos de
censura, o espectador é levado a reconhecer quais ações
impedirão que seja aceito na barca do Anjo. 
Questão 8
Sobre a obra literária portuguesa, o Auto da Barca  do
Inferno, obra satírica de Gil Vicente (1465 –  1537), é
incorreto afirmar.
A obra dramática voltou-se criticamente  para o seu
tempo, a época dos descobrimentos em Portugal.
A época da obra compreende o período de  ebulição
com a chegada das riquezas  provenientes das
navegações, fato que colocava Lisboa como a Corte mais
rica da Europa.
A obra satiriza o afastamento da população  rural do
trabalho e dos meios de produção,  que se transfere
para a Corte, passando a viver no luxo excessivo, deixando
o trabalho pesado para os escravos capturados na África e
na Ásia
A sátira de Gil Vicente pune com humor, o  sapateiro
ladrão, a esposa adúltera, as  alcoviteiras, o escudeiro
malandro, o frade enamorado, etc.
O teatro de Gil Vicente não foi popular na  forma e no
conteúdo. Suas raízes se fundam  nos princípios do
dogmatismo da Santa Inquisição, daí a obra ter como título
Auto da Barca do Inferno.
Questão 9
Texto I
 
Trecho de cantiga de Nuno Fernandez
Torneol (séculoXIII) 
 
Quando mi-agora for’e mi alongar
de vós, senhor, e non poder veer
esse vosso fremoso parecer,
quero-vos ora por Deus preguntar:
Senhor fremosa, que farei enton?
Dized’ai! coita do meu coraçon!
 
(Segismundo Spina, A lírica trovadoresca)
 
Vocabulário
mi alongar = me distanciar
fremoso = formoso
parecer = rosto
coita = dor, aflição
 
Texto II
 
Trecho da canção de Adoniran Barbosa: Chega
(século XX) 
 
Agora eu vivo só e tão desolado
Por meu amor ter me abandonado
Sem ter razão feriu meu coração
Por isso eu sou julgado como um vagabundo
Não descanso um momento
Ninguém tem pena de mim neste mundo
 
(http://letras.terra.com.br. Acesso em 18.08.2010)
O texto I foi produzido no contexto do(a)
Iluminismo, quando a mulher era idealizada como
alguém inatingível pelo homem. 
Renascimento, período em que homens e mulheres já
têm direitos iguais. 
Segunda Guerra Mundial, momento em que o amor era
o principal tema da literatura. 
Revolução Industrial, por meio da qual a mulher passa
a ser o centro da arte literária. 
Feudalismo, época em que era comum a vassalagem
amorosa na literatura. 
(UEFS)
a
b
c
d
e
Questão 10
A Literatura apresenta, de imediato, uma novidade, que é
a utilização das novas línguas nacionais, derivadas do
latim: o espanhol, o português, o italiano, o francês. Tendo
como tema central o Homem, os escritores, com profundo
senso crítico, buscaram elaborar um novo conceito de vida
e de homem. A época medieval foi profundamente
satirizada em seus valores essenciais: a cavalaria, a Igreja,
a nobreza. (FARIA et al, 1993, p. 51). 
 
As características da literatura renascentista, descritas no
texto, estão associadas a um contexto histórico no qual se
destacava
o poder da nobreza feudal, responsável pelo governo
das cidades e pela cobrança dos impostos das terras
reais.
a desagregação da economia da Baixa Idade Média,
como resultado da atuação das Cruzadas no contato
com o Oriente.
a permanência do escravismo, paralelamente ao
trabalho dos servos, como base da produção da riqueza
na economia da Baixa Idade Média.
o processo de urbanização, de ascensão da burguesia e
da revolução comercial, que marcou a Baixa Idade
Média e o início da Idade Moderna.
a formação do Sacro Império Romano Germânico e do
Império Italiano, forças políticas controladoras da
Europa na Idade Moderna.
1- C 
2- D 
3- C 
4- A 
5- E 
6- E 
7- C 
8- E 
9- E 
10- D

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