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Nutrição Aplicada à Enfermagem 2

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- -1
NUTRIÇÃO APLICADA À ENFERMAGEM
COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS
- -2
Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Evidenciar a importância de uma alimentação variada na saúde humana;
2- Conhecer a composição nutricional dos alimentos;
3- Compreender a importância dos nutrientes no organismo humano;
4- Destacar a importância das fibras alimentares na saúde humana;
5- Ressaltar a importância da ingestão hídrica e do equilíbrio hídrico na homeostase corpórea;
6- Entender o balanço hídrico e as complicações do desequilíbrio hídrico.
Nesta aula abordaremos a composição nutricional dos alimentos, destacando os macro e micronutrientes, suas
funções no organismo humano e as principais fontes alimentares.
O estudo da biodisponibilidade dos nutrientes no organismo humano é importante para que possam ser
realizadas combinações adequadas entre os alimentos, maximizando a absorção dos nutrientes.
A parte final da aula contém informações sobre a importância da água no organismo humano, cálculo do balanço
hídrico e as complicações do desequilíbrio hídrico.
Boa aula!
Estudo dos macronutrientes
Carboidratos
(glicídios, hidratos de carbono ou açúcares)
Definição
Os carboidratos representam a maior fonte de energia na dieta de humanos, fornecendo o maior aporte calórico
total na dieta (50 a 55%).
São ingeridos na forma de moléculas complexas ou simples (exemplo: amido) e são transformados pela digestão
em monossacarídeos.
Estão disponíveis em abundância nos alimentos e são obtidos principalmente nos alimentos de origem vegetal.
Classificação
Quanto à estrutura química:
Carboidratos Simples
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Carboidratos simples são os açúcares cujas ligações são facilmente hidrolisadas e se dividem em
monossacarídeos e oligossacarídeos.
Carboidratos complexos
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Carboidratos complexos são os açúcares formados por várias cadeias de moléculas de açúcares simples. São os
polissacarídeos.
Funções
Fornecimento de energia: A energia (ATP), proveniente da utilização da glicose sanguínea e do glicogênio
muscular e hepático (fontes primárias de produção de energia), aciona os elementos contráteis do músculo e
outras formas de trabalho biológico.
Além disso, o Sistema Nervoso Central necessita dos CHO para seu funcionamento. Em condições normais, o
cérebro utiliza a glicose sanguínea quase exclusivamente como seu combustível.
Quando há a queda de glicose sanguínea (hipoglicemia), aparecem sintomas como sensação de fraqueza, fome e
tonteiras. Seu centro regulatório, o cérebro, não armazena glicose, e desta maneira, depende de um suprimento
contínuo de glicose sanguínea.
A síntese de glicogênio está relacionada aos CHO obtidos através da dieta. A ingestão diária de CHO deve ser
suficiente para manter ou repor as reservas de glicogênio, que são relativamente limitadas.
Por outro lado, uma vez alcançada a capacidade da célula para armazenar glicogênio, o excesso de CHO é
transformado em triacilglicerol e armazenado no tecido adiposo.
Preservação das proteínas
Limitar o consumo de proteínas endógenas como fonte de energia
As proteínas desempenham um papel vital na manutenção, no reparo e no crescimento (síntese – anabolismo)
dos tecidos e, em menor grau, como fonte de energia.
Quando ocorre uma redução nas reservas de glicogênio e na glicemia (jejum, dietas hipoglicídicas, exercício
extenuante), existem opções (vias) metabólicas (gliconeogênese hepática) que acionam a síntese de glicose a
partir dos aminoácidos (e também da porção glicerol dos triacilgliceróis), mantendo assim a glicemia.
- -5
Entretanto, ocorre uma significativa redução nas reservas corporais de proteína, particularmente da proteína
muscular.
Em condições extremas, ocorre perda significativa na massa de tecidos magros (músculo) e uma sobrecarga de
solutos para os rins, que deverão excretar os produtos da digestão proteica que contêm nitrogênio.
Ativação do metabolismo lipídico
Evitar a formação excessiva de corpos cetônicos e a acidose metabólica
“As gorduras queimam em uma chama de CHO” – Os CHO facilitam o desdobramento completo do lipídio nos
processos de liberação de energia, poupando ácidos graxos (AG) e impedindo que haja síntese de corpos
cetônicos que, ao serem utilizados pelo cérebro, trazem complicações por serem tóxicos:
O piruvato gera oxaloacetato durante o metabolismo da glicose (sob o controle da enzima piruvato carboxilase),
que acrescenta um grupo carboxila à molécula de piruvato. O metabolismo insuficiente dos CHO – seja através de
limitações no transporte de glicose para dentro da célula (diabetes), seja por depleção do glicogênio através de
uma dieta inadequada ou de um exercício extenuante – reduz a produção de piruvato.
Uma menor quantidade de piruvato induz níveis reduzidos dos intermediários do Ciclo de Krebs (oxaloacetato e
malato), o que torna mais lenta a atividade deste ciclo.
A degradação dos ácidos graxos no Ciclo de Krebs depende de uma disponibilidade suficiente de oxaloacetato
para combinar-se à Acetil-Coa (formada durante a β-oxidação) para formar Citrato.
O nível de oxaloacetato insuficiente leva a um fracionamento incompleto dos ácidos graxos e acúmulo de Acetil-
Coa, ocorrendo a formação de corpos cetônicos (acetona, acetoacetato e hidroxibutirato), que em excesso levam
à acidose (cetose) metabólica.
Estudo dos micronutrientes (vitaminas e minerais) e da água
Carboidratos (glicídios, hidratos de carbono ou açúcares)
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Estudo dos macronutrientes
Gorduras (lipídeos)
Definição
Lipos: palavra de origem grega que significa “gordura”.
• Correspondem a uma classe heterogênea de compostos orgânicos de origem vegetal ou animal, que 
incluem os óleos, as gorduras e as ceras;
• Possuem os mesmos elementos estruturais dos CHO (consistem em átomos de carbono, hidrogênio e 
Fique ligado
Cuidado com as calorias vazias!
As melhores fontes alimentares de CHO são as de origem vegetal:
Frutas, hortaliças, cereais – de preferência os integrais: arroz, trigo, aveia, milho, centeio,
cevada e os alimentos feitos com farinha (pão, biscoito, macarrão etc.);
Leguminosas - feijão, ervilha, lentilha, soja, grão-de-bico;
Raízes e tubérculos - batata, aipim, cará, cenoura, beterraba etc., devido à presença de
importantes micronutrientes (vitaminas e minerais) e fibras.
A maior parte dos carboidratos consumidos numa dieta vem de alimentos de origem vegetal,
com exceção do mel e da lactose (dissacarídeos), que vem do leite e seus derivados.
A dieta ocidental, rica em calorias vazias – só açúcar, como os alimentos refinados e doces
(balas, guloseimas e refrigerantes), isentos de nutrientes importantes –, tem contribuído para
o aumento nos casos de obesidade, diabetes, coronariopatias (cardiopatias), distúrbios
intestinais, deficiências nutricionais e cáries dentárias.
•
•
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incluem os óleos, as gorduras e as ceras;
• Possuem os mesmos elementos estruturais dos CHO (consistem em átomos de carbono, hidrogênio e 
oxigênio);
• São solúveis em solventes orgânicos e insolúveis (imiscíveis) em água;
• Os óleos tornam-se líquidos em temperatura ambiente, enquanto as gorduras permanecem sólidas;
• 98 a 99% das gorduras ingeridas: triglicerídeos (constituídos por 3 moléculas de ácidos graxos e 1 
molécula de glicerol - ésteres de ácidos graxos e glicerol);
• 2 a 1% são fosfolipídeos (lecitina de soja), colesterol, sitosterol e vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K).
Classificação
Lipídios derivados
•
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•
•
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Como os lipídios não podem ser transportados no sangue livremente, pois são moléculas apolares, há
necessidade de formação de um complexo molecular de lipídios com proteínas específicas (apolipoproteínas),
chamado lipoproteína.
São agregados de moléculas com forma esférica, constituídas de componentes altamente hidrofóbicos (apolares)
no seu interior, como colesterol estereficado, triacilgliceróis e de moléculas periféricas menos hidrofóbicas como
fosfolipídios, colesterol não esterificado e apolipoproteínas.
Diversos órgãos etecidos possuem receptores específicos para as lipoproteínas reconhecendo as
apolipoproteínas.
As lipoproteínas plasmáticas diferem quanto à origem (local de síntese), à proporção das frações lipídicas e
proteicas e quanto à densidade. As principais classes são:
Quilomícrons (QM);
• Very Low Density Lipoprotein (VLDL) – Lipoproteínas de muito baixa densidade;
• Low Density Lipoprotein (LDL) – Lipoproteínas de baixa densidade;
• High Density Lipoprotein (HDL) – Lipoproteínas de alta densidade.
•
•
•
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Esteróis (esteroides): diferentemente dos lipídios simples e complexos com cadeias abertas de hidrocarbono
(ácidos graxos), os lipídios derivados contêm anéis de hidrocarbono (estrutura cíclica de 4 anéis) e um grupo
alcoólico (OH).
Colesterol (esteroide animal)
Sua estrutura química difere dos outros lipídios por não conter ácidos graxos. Porém, compartilha algumas
características físicas e químicas, sendo considerado um lipídio do ponto de vista dietético. Está presente em
todas as membranas celulares, nas quais é importante para manutenção de sua fluidez, juntamente com os
ácidos graxos essenciais.
Também desempenha funções como: composição da mielina, síntese de hormônios sexuais (estrogênio,
progesterona, testosterona) corticosteroides, ácidos biliares e vitamina D, além de controlar a síntese de
fosfolipídios.
O colesterol possui uma característica anfipática, ou seja, o grupo OH (hidroxila), que é polar, localiza-se na
superfície, formando pontes de hidrogênio com o oxigênio da carbonila dos fosfolipídios, enquanto a cauda do
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hidrocarboneto localiza-se no centro apolar da bicamada. As principais fontes alimentares (exógenas) são: gema
de ovo, vísceras (fígado, rim), moluscos e laticínios. Os alimentos de origem vegetal não contêm colesterol.
Transporte e armazenamento:
Quase todos os lipídeos da dieta (exógenos) são absorvidos a partir da mucosa intestinal para o sistema linfático.
Apenas os triglicerídeos de cadeia curta (TCC) e média (TCM) são absorvidos diretamente para a circulação
portal, desviando do sistema linfático.
Como essas substâncias apresentam relativa insolubilidade em água, o metabolismo lipídico é extremamente
dependente de proteínas ligantes (apolipoproteínas) para se tornarem solúveis.
As apolipoproteínas possuem um papel muito importante no metabolismo das lipoproteínas, ligando-se a
receptores localizados em diversos órgãos e tecidos..
As lipoproteínas plasmáticas, por sua vez, exercem um papel central no metabolismo e no trânsito de lipídios
entre órgãos.
Dentre os órgãos e tecidos que participam do metabolismo lipídico, destacam-se o fígado, o intestino delgado e
os tecidos adiposo e muscular.
As lipoproteínas são sintetizadas no fígado e no intestino delgado. Saiba mais sobre os tipos de lipoproteínas.
Quilomícrons
São sintetizados no intestino delgado logo após uma refeição que contenha lipídios, por isso são conhecidos
como via exógena de transporte. Essa classe é formada por triglicerídios - TG (principalmente), colesterol,
fosfolipídeos da dieta e apolipoproteínas.
São conduzidos e removidos do sangue (12 horas) por ação da lipase lipoproteica (LPL), enzima localizada no
endotélio vascular dos tecidos adiposo e muscular. A lipase lipoproteica hidrolisa os TG dos quilomícrons em
ácidos graxos (AG) e glicerol para serem incorporados nas células adiposas (adipócitos) e posteriormente
reesterificados em TG para armazenamento.
Dentro de algumas horas após a alimentação, a maior parte dos quilomícrons foi removida por ação da LPL. Pós-
prandialmente (após uma refeição), a LPL do tecido adiposo é mais ativa ocorrendo, a incorporação de ácidos
graxos no referido tecido; durante o jejum, a atividade da LPL dos músculos aumenta.
Com a hidrólise dos TG, os quilomícrons vão se tornando partículas cada vez mais densas, e eventualmente
transferem fosfolipídios e apolipoproteínas para as HDL, tornando-se piores substratos para a LPL e mais
susceptíveis à captação hepática dependente de receptores, sendo conhecidas como quilomícrons
remanescentes (quando aproximadamente 90% do TG é hidrolisado).
Tais quilomícrons remanescentes são metabolizados pelo fígado, mas alguns enviam colesterol para a parede
das artérias, sendo considerados aterogênicos.
- -11
VLDL
Sintetizada no fígado e, assim como os quilomícrons, são partículas ricas em TG e substratos para LPL.
Transporta principalmente os TG endógenos (sintetizados principalmente a partir dos CHO da dieta).
Ou seja, os ácidos graxos utilizados no fígado para a síntese de TG das VLDL podem ser provenientes de diversas
fontes: ácidos graxos livres na circulação, provenientes da lipólise dos TG do tecido adiposo pela enzima lipase
hormônio sensível; ácidos graxos de cadeia média, absorvidos diretamente e através da síntese de novo nos
hepatócitos a partir dos CHO da dieta.
As VLDL são substratos para LPL, dependendo do estado hormonal. Ou seja, a ação da LPL sobre as VLDL é
semelhante à sua ação sobre os quilomícrons. Após uma refeição, a LPL do tecido adiposo é mais ativa; durante o
jejum, a atividade da LPL dos músculos aumenta. Com a ação da LPL, tais lipoproteínas tornam-se gradualmente
mais pobres em TG e mais susceptíveis à captação pelos hepatócitos.
LDL
Sintetizada no fígado a partir do catabolismo da VLDL. É a que contém mais colesterol (75%) e menos
apolipoproteínas. Em condições normais, 60% da LDL é reconhecida por receptores localizados no fígado,
adrenais e outros tecidos. O número e a atividade dos seus receptores são os principais determinantes dos níveis
de LDL no sangue.
A hipercolesterolemia genética é caracterizada por elevados níveis sanguíneos de LDL e ausência ou menor
número de receptores levando ao desenvolvimento da aterosclerose. Sem receptores, a LDL é metabolizada por
vias alternativas.
As dietas ricas em gordura saturada e colesterol elevam os níveis de LDL e reduzem a atividade dos receptores
de LDL no fígado. Com isso, menos LDL é retirada do plasma (hipercolesterolemia) e, devido a sua maior
afinidade pela parede arterial, pode se depositar no endotélio vascular e sofrer oxidação pelos radicais livres
(LDL oxidada), sendo então alvo de ação dos macrófagos na parede arterial. Assim, inicia o processo de
aterosclerose (processo degenerativo crônico, caracterizado por uma lesão e inflamação do endotélio vascular,
devido à formação da placa de ateroma).
De acordo com hábitos de vida e hereditariedade, a tendência é que esta placa aumente progressivamente,
diminuindo o calibre do vaso sanguíneo e o fluxo sanguíneo no seu interior. Devido a isso, é chamado
popularmente de colesterol ruim.
HDL
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Sintetizada no fígado e no intestino delgado. É a lipoproteína de mais alta densidade (mais pesada). Por conter
mais apolipoproteínas, está envolvida na remoção do colesterol tecidual e na prevenção de seu acúmulo na
parede arterial.
Devido a isso, é chamada popularmente de colesterol bom. Seu efeito protetor está relacionado ao transporte de
colesterol em excesso das membranas celulares para as lipoproteínas ricas em TG (quilomícrons e VLDL), as
quais serão removidas por receptores hepáticos.
Participa do transporte reverso de colesterol, ou seja, remove-o da parede arterial e transporta-o para o fígado,
sendo metabolizado e utilizado para outras funções, dentre as quais: síntese de ácidos biliares (5% eliminados
nas fezes ou reabsorvidos, 95% no intestino), hormônios sexuais e outras.
Funções
- -13
Dica
Outra função: melhora a palatabilidade dos alimentos (realça o sabor dos alimentos). Porém, cuidado: não
exagere!
Fontes alimentares
A gordura animal é a principal fonte de gordura na nossa dieta.
Frutas, vegetais e grãos de cereais são relativamente baixos em concentrações de gorduras.
Boas quantidades de lipídios são obtidas de concentrados de sementes de oleaginosas, como milho, algodão e
açafrão. O óleo de açafrão contém as maiores quantidades de ácido linoleico (C18:2 n-6).
Os óleostropicais (coco, palmeira e semente de palma), que são semissólidos à temperatura ambiente,
apresentam altos teores de AG saturados.
Recomendações nutricionais
25 – 30% do VET (valor energético total) – Necessidades energéticas diárias de lipídios;
Fique ligado
Nossa alimentação deve conter muito mais gordura insaturada do que saturada, mas
infelizmente não é isso que está acontecendo no nosso país atualmente. O consumo de gordura
saturada aumentou muito, coincidindo com o aumento de doenças cardiovasculares.
Este quadro leva os profissionais da saúde a sugerirem a substituição, pelo menos, de uma
porção de gordura saturada da dieta pela insaturada.
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10 – 15% de ácidos graxos monoinsaturados;
10% de ácidos graxos poli-insaturados.
5% de ácidos graxos saturados;
Proteínas
Definição
Palavra de origem grega que significa “de primordial importância”.
São compostos orgânicos nitrogenados, ou seja, as moléculas contêm átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e
nitrogênio (cerca de 16% de nitrogênio).
As proteínas foram as principais substâncias a serem reconhecidas como parte vital dos tecidos vivos, presentes
em todas as células de organismos vivos.
Tirando a água, a maior parte do corpo é feita de proteína, ela faz parte da construção da célula e do próprio
organismo.
A estrutura dos protídeos é semelhante à dos glicídios e dos lipídios, ou seja, também possuem em cada molécula
átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio.
A principal diferença é que os protídeos contêm nitrogênio (16% da molécula) juntamente com enxofre, fósforo
e ferro. A presença do nitrogênio faz com que as proteínas assumam as centenas de formas diferentes que
caracterizam a vida.
Classificação dos aminoácidos quanto à essencialidade
- -15
Aminoácidos essenciais: Dos 20 tipos diferentes de aminoácidos existentes, alguns precisam estar presentes na
alimentação diária, pois o organismo não os sintetiza. Esses aminoácidos são chamados de aminoácidos
essenciais.
São eles:
• Fenilalanina;
• Isoleucina;
• Leucina;
• Lisina;
• Metionina;
• Treonina;
• Triptofano;
• Valina.
São sintetizados no fígado a partir dos esqueletos de carbono dos aminoácidos essenciais e de outros compostos
existentes no organismo. São eles:
• Glicina;
• Alanina;
• Serina;
• Cisteína;
• Ácido aspártico;
• Glutamina;
• Asparagina;
• Tirosina;
• Prolina;
• Arginina.
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Fique ligado
Os lactentes (até um ano de idade) não conseguem sintetizar a histidina, e as crianças não
conseguem sintetizar adequadamente a arginina. Durante o crescimento, sua síntese é inferior
à necessidade do organismo, sendo considerados essenciais nesse período.
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Fique ligado
A alanina é um aminoácido glicogênico, ou seja, através da desaminação hepática (perda de
NH2), ocorre a formação de ácido pirúvico e de glicose, que é liberada para a corrente
sanguínea (manutenção da glicemia através do ciclo da alanina-glicose). É importante observar
que a alanina é formada a partir da transaminação do ácido pirúvico.
- -16
Dica
Quando, na alimentação, não há a presença ou é inadequada a quantidade de qualquer um dos aminoácidos
essenciais, ocorre prejuízo no crescimento e desenvolvimento nas crianças e o aparecimento de doenças. O
organismo não armazena grandes quantidades de aminoácidos, portanto, temos que ingerir alimentos ricos em
proteínas com frequência.
Classificação das proteínas de acordo com o valor biológico
• Proteínas completas ou de alto valor biológico;
• Proteínas incompletas ou de baixo valor biológico;
• Proteínas complementares.
Funções
Função estrutural
Está relacionada à parte vital de todas as células do corpo, como a proteína
muscular contrátil; além de compor a membrana celular e material celular interno.
F u n ç ã o d e
transporte
Transporte várias substâncias no sangue, como as lipoproteínas que participam no
transporte de triglicerídeos, colesterol, fosfolipídeos e vitaminas lipossolúveis.
Função enzimática
e hormonal
Produz e os hormônios do corpo, que regulam diversos processos fisiológicos.
Formação das
células sanguíneas
(hemoglonbina) globina é uma proteína.
F u n ç ã o
neurotransmissora
Forma os neurotransmissores que atuam no SNC (ex: serotonina)
F u n ç ã o
imunológica
Produz anticorpos do corpo, que combatem as infecções e as doenças.
Equilíbrio ácido-
básico
Por ser uma substância anfótera, funciona como neutralizador no sangue, mantenso
o PH sanguíneo em ótimo nível.
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Equilíbrio de
lipídios
Manutenção da homeostase dos líquidos corporais (pressão oncótica ou
coloidosmótica do plasma: albumina). Exerce uma pressão que mantém o balanço
de líquidos no corpo adequado, particularmente no sangue e impede a formação de
edema (transudação do plasma).
Anabolismo.
Síntese proteica Anabolismo.
Transmissão das
características
hereditárias
(Nucleoproteínas: purinas e primidinas)
Coagulação
sanguíneo
(trombinam, fibrina e fibrinogênio)
Contração
muscular
Actina e miosina (contração muscular)
Função energética Quando o consumo de carboidratos é fonte de energia insuficiente (1g – 4Kcal)
Recomendações nutricionais
Dieta normoproteica: 15 – 20% do VET (calor energético total) – necessidades diárias de proteínas.
São baseadas em estudos sobre o equilíbrio nitrogenado, determinando as exigências proteicas em adultos
jovens do sexo masculino, com proteína de alto valor biológico, como:
Ovo, carne, leite ou peixe = 0,61 g/kg de peso corpóreo por dia.
Após a adição de um fator de 25% (dois desvios-padrão), pela variabilidade entre indivíduos, uma
recomendação de 0,75 g/kg de peso corporal/dia foi estabelecida para homens e mulheres adultos.
As recomendações proteicas para idosos seguem às de adultos.
Recomenda-se um limite máximo para ingestão de proteína, não superior de 2 vezes as recomendações, pois
dietas hiperproteicas podem acelerar problemas renais e influenciar no desenvolvimento de osteoporose.
• 15 a 20 % do VET ou 0,83 g/kg de peso corporal (homens e mulheres)
• 2,0 a 4,0 g/kg do peso corporal de crianças e lactentes. Mais que 3 X não aumenta o anabolismo nem o 
rendimento.
Valor energético das proteínas: 1 grama de proteína fornece 4 kcal
•
•
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Estudo dos micronutrientes (vitaminas e minerais) e da água
Vitaminas
O controle eficaz dos processos metabólicos requer uma sutil mistura dos micronutrientes alimentares, logo, são
fundamentais para a manutenção da homeostase corporal.
Grupos vulneráveis à deficiência de micronutrientes:
• Lactentes;
• Crianças e adolescentes;
• Gestantes;
• Vegetarianos;
• Idosos.
Vitaminas lipossolúveis
• São solúveis em gorduras (lipídios) e armazenadas no fígado e no tecido adiposo, principalmente 
subcutâneo.
• As vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K) são encontradas nas gorduras dietéticas, ou seja, nos alimentos 
fontes de lipídios como as carnes (principalmente fígado), leite, queijos e gema de ovo. Logo, uma dieta 
hipolipídica propiciará o desenvolvimento mais rápido de uma deficiência vitamínica.
Vitaminas hidrossolúveis
São solúveis na água e transportadas por todo meio aquoso corporal. Não são armazenadas nos tecidos de forma
significativa, sendo normalmente eliminadas na urina.
As vitaminas hidrossolúveis são: vitamina C (ácido ascórbico) e as do complexo B:
• B1 (tiamina);
• B2 (riboflavina);
• B3 (niacina);
• B6 (piridoxina);
• B12 (cobalamina);
• Ácido pantotênico;
• Ácido fólico;
• Biotina.
Dica
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Fique ligado
Um adulto bem alimentado pode ter uma reserva razoável de vitamina D.
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Existem também as pró-vitaminas, que são substâncias precursoras de vitaminas, como é o caso do 13-caroteno,
um carotenoide, ou seja, um pigmento vegetal que dá cor amarela-alaranjada às frutas e aos vegetais, como
cenoura, abóbora, milho, batata doce, damasco, pêssego e mamão.
Importância das vitaminas no organismo
Participam do metabolismo como coenzimas (pequenas moléculas que ativam as enzimas), regulando as reações
químicas do organismo,como as de produção de energia na oxidação dos carboidratos, proteínas e lipídios.
Estudo dos macronutrientes
Minerais
Definição
O organismo é composto de ao menos 31 elementos químicos conhecidos, dos quais 24 são considerados
essenciais para a manutenção da vida. Temos os elementos químicos não metálicos e os metálicos.
96% da composição do organismo corresponde a elementos não metálicos, como oxigênio, carbono, hidrogênio e
nitrogênio.
Aproximadamente 4% da massa corporal são compostos por 22 elementos metálicos, chamados de minerais.
A maioria é encontrada no interior das células e também fazem parte da estrutura de vários hormônios, enzimas
e outras substâncias, que auxiliam na regulação das reações químicas intracelulares.
Apesar de a quantidade de minerais presentes no corpo ser praticamente pequena, cada um deles é fundamental
para o funcionamento adequado da célula. Eles ajudam a regular as funções orgânicas.
Os minerais estão presentes em todas as células e também fazem parte da estrutura de vários hormônios,
enzimas e outras substâncias, que auxiliam na regulação das reações químicas intracelulares.
- -20
Os minerais são encontrados livres na natureza, principalmente nas águas dos rios, lagos, oceanos e nas camadas
superficiais da Terra.
Classificação
Macrominerais
São necessários em quantidades superiores a 100 mg por dia:
• Cálcio;
• Fósforo;
• Magnésio;
• Enxofre;
• Sódio;
• Potássio;
• Cloro.
Microminerais (Oligominerais)
São necessários em quantidades inferiores a 100 mg por dia:
• Ferro;
• Zinco;
• Cobre;
• Selênio;
• Iodo;
• Flúor, Cromo, Manganês e Molibdênio)
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Fique ligado
Biodisponibilidade de nutrientes - Fatores antinutricionais
Mecanismo de Ação: Prejudicam a absorção de determinados minerais (Ferro, Cálcio e Zinco)
* Ácido Oxálico – tomate, espinafre, chocolate
* Ácido Fítico – cereais integrais, leguminosas
* Ácido Tânico – café, mate, chá preto
* Fosfatos – bebidas à base de cola
Saiba mais
DOVERA, Themis Maria Drech da Silveira. Biodisponibilidade dos nutrientes e visão global das
deficiências nutricionais. In: . 1. Ed. Rio deNutrição aplicada ao curso de Enfermagem
Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
Acesse o site: www.nutritotal.com.br
Adquira novas informações a respeito das fibras alimentares e sua importância na saúde
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O que vem na próxima aula
•Os tipos de nutrientes;
•As funções dos nutrientes no organismo humano;
•As fontes alimentares
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Os tipos de nutrientes;
• As funções dos nutrientes no organismo humano;
• As fontes alimentares.
Adquira novas informações a respeito das fibras alimentares e sua importância na saúde
humana. Utilize o bloco de notas para realizar anotações. Estas anotações não pressupõem a
entrega de um trabalho, porém são fundamentais para a fixação do conteúdo.
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