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PIODERMITES · Pio vêm do grego e significa pus; derma = pele. · São infecções originárias na pele. São infecções primárias na pele. · Nem sempre apresentam secreção purulenta. Em alguns casos, pode faltar o pus. · São infecções cutâneas primárias, causadas por bactérias piogênicas, com ou sem formação de pus. · Os agentes etiológicos são: Staphylococcus aureus e Streptococcus pyodermides. · Na pele (tanto S. aureus quanto S. pyogenes), temos: impetigo, ectima, erisipela e celulite. · Impetigo: causada tanto pelo S. aureus quanto pelo S. pyogenes. · Ectima e erisipela ocorrem mais pelo S. pyodermides, mas pode ter participação de S. aureus também. · A celulite geralmente ocorre mais pelo S. aureus. · Nos anexos (mais por conta do S. aureus), temos: foliculites e furúnculos, periporite e hidrosadenite. · O impetigo pega mais a epiderme. Quando abaixa um pouquinho e sai da epiderme, temos o ectima. · O impetigo é superficial. Não deixa cicatriz. · Quando entra em derme, já deixa cicatriz. · Na derme profunda, temos erisipela e celulite. · A erisipela é mais superficial. · A celulite é mais profunda, pegando inclusive a hipoderme. · Também temos abcessos e fleimão na derme profunda. · O abcesso tende a circunscrição, ou seja, é uma área circunscrita. · O fleimão não tem essa circunscrição. · Quando temos uma ostiofoliculite, temos uma infecção de pele a nível folicular. Essa foliculite pode ser só a nível ostial. Então, quando ela ocorre só na entrada, ou seja, na porção inicial do folículo piloso, temos uma ostiofoliculite. · Quando pega todo o folículo piloso, temos uma foliculite. · Se há destruição do conjunto piloso, temos a formação de um furúnculo. · Quando temos uma reunião de vários furúnculos na mesma área, temos um quadro grave, doloroso. Essa reunião de furúnculos é chamada de carbúnculo. · Ainda nos anexos, quando atinge as glândulas sudoríparas écrinas, temos um quadro de periporite com múltiplos abcessos. É mais comum em crianças, principalmente depois de uma catapora. · Quando essa piodermite atinge as glândulas sudoríparas apócrinas, temos um quadro de hidrosadenite ou hidroadenite. · Quando afeta unhas com tecido celular periungueal, temos o quadro de panarício. · Uma infecção generalizada de estafilococus caracteriza a Síndrome dos 4 S (SSSS – Staphylococcical Stiff Skin Syndrome). HISTOLOGIA DA PELE · A camada córnea é a mais rosada. · A epiderme está representada como a camada mais azulada. · Embaixo, mais rosinha, temos a derme, e embaixo de tudo temos a hipoderme, onde tem a camada gordurosa. · Até a epiderme, temos as lesões sem cicatriz. A partir do momento que pega o folículo piloso e vai até a derme ou a hipoderme, vamos ter a presença de cicatriz. · Importante lembrar do folículo pois quando falarmos de furúnculo, iremos ver a destruição do sistema pilo-sebáceo, que é a formação que tem o folículo da pele e a glândula sebácea. A bactéria penetra nesse conjunto e há uma destruição dele. IMPETIGO · É uma piodermite superficial, causada por estafilococos ou estreptococos. · É mais comum em crianças. Mas, pode acontecer em adultos. · Vemos a lesão infectada recoberta por crosta melicérica. · Quando incide sobre dermatose pré-existente: impetiginização. · São infecções piogênicas primárias da pele, contagiosas, que acometem principalmente a face e MMSS. · Apresenta duas formas: · Tipo bolhoso (estafilococos fago do grupo II, fago 71) – mesma etiologia da SSSS. Ocorre mesmo sem porta de entrada (mais em neonatos) · Tipo não bolhoso (estreptococos betas hemolíticos e S. aureus) - Nos países mais desenvolvidos, é mais por S. aureus e nos países em desenvolvimento, o quadro mais predominante é por estreptococos. 70% dos casos. · Patogenia: · É preciso que a bactéria esteja presente na pele e haja uma solução de continuidade (colonização + solução de continuidade). Então, é preciso ter a bactéria e uma porta de entrada. Caso contrário, a bactéria não se estabelece. · Pode haver colonização da mucosa nasal – 20 a 30% da população mundial alberga os estafilococos na mucosa nasal. Isso pode criar casos de furunculose e lesões repetitivas. A pessoa está sempre tratando e sempre tendo quadros de furúnculo. · Descuido da higiene – as vezes, não conseguimos fazer a higienização da pele sempre que machucamos. Com isso, temos a piodermite se instalando. · Inicia o quadro clínico com máculas eritematosas (manchinha vermelha), com evolução para vesículas e bolhas, com paredes finas, com formação de crostas espessas e com coloração melicérica. · Muitas vezes, a manchinha vermelha inicial se assemelha a uma picada de inseto. Mas, nem sempre a narração é típica assim. As vezes vemos uma lesão começando do lado de uma lesão mais antiga. · Essas bolhas se rompem e vão evoluindo para a formação de crostas de coloração amarelada (melicérica). É aquela crosta que nós deduzimos que tem pus. · Imagem 1: Olhamos e esse quadro e falamos que é impetigo. O diagnóstico é clínico. Geralmente as lesões são peri-orificiais. Predominam em crianças!!!!!! · A criança pode ter em qualquer parte do corpo, mas é muito comum na face, no bumbum e nos membros. · A criança pode espalhar essa infecção por todo o corpo, uma vez que ela coça, tira a casquinha etc. · Geralmente, a criança está muito bem. Isso pode atrasar sua ida ao médico, já que ela não sente nada. · O paciente pode relatar que já começa como uma bolinha d´água ou uma pústula. · As lesões podem ser coalescentes, formando uma espécie de borda circinada. · Quando tem uma dúvida se é impetigo, é indicado pedir uma cultura ao paciente. · Imagem 5: é um quadro com um tempo maior de evolução. É um quadro mais disseminado. · Por serem lesões mais superficiais, geralmente vemos a involução das lesões sem cicatriz. · Evoluem com lesões satélites (lesões menores em volta de lesões maiores). · Imagem 7: temos que pensar em eczema, impetigo e também em lesões bolhosas, porque o pênfigo pode surgir em crianças. Mas, a primeira hipótese é sempre a mais frequente. Se você inicia o tratamento para piodermite e o quadro não responde, pensamos em outro diagnóstico. · Imagem 8: Se isso não é uma piodermite, é uma impetiginização, que é aquele quadro de uma dermatose muito pruriginosa em que o paciente coça muito, o que acaba abrindo várias portas de entrada na pele. A bactéria, então, tem espaço para penetrar e começar sua reprodução e assim, temos condições perfeitas para começar um quadro de piodermite. · Diagnóstico: essencialmente clínico. · Tratamento: · Quando temos uma lesão pequena, localizada, podemos fazer o tratamento local. Se temos um paciente com um bom poder aquisitivo, podemos prescrever uma pomada de mupirocina ou um creme de ácido fusídico. · Se o quadro é repetitivo, temos que alertar os pais, porque aí temos que procurar um possível transmissor. · Quando o médico passa um antibiótico, como a neomicina, e o paciente não responde, temos que pensar em bactérias resistentes. · Não tem estafilococos resistentes ao ácido fusídico. · Higiene local – temos que ter cuidado ao falar com a mãe do paciente ou com o paciente que precisa higienizar o local para não dar a conotação de que não está tendo os cuidados adequados. Tem que dizer que a pessoa tem uma boa higiene, mas que no local ela tem que ter uma higiene mais cuidadosa. Também temos que falar que aquilo não ocorreu por conta da higienização. · Antibiótico tópico e/ou sistêmico. · Usamos o sistêmico quando as lesões são mais extensas ou são muito fortes na face, gerando um aspecto muito feio. · Tratamento dos focos nasais quando necessário – é necessário quando tem casos de repetição. · O impetigo estreptocócico é muito importante para quem vai fazer pediatria devido ao risco de GNDA (glomerulonefrite difusa aguda). As complicações renais se iniciam cerca de 15 a 20 dias depois do caso clínico. ÉCTIMA · Lesão inicial semelhante à do impetigo, podendo começar como tal. São lesões semelhantes, mas que se aprofundam mais. · É uma lesão mais profundae, portanto, involui com cicatriz. · São lesões com crostas muito espessas e mais aderidas, ocorrendo mais nos MMII. · A maior parte ocorre nos MMII, mas isso não exclui que pode ocorrer em outros locais. · Infecção estreptocócica (escolares e adultos). · É muito comum termos porta de entrada nas crianças que tem alergia a picada de inseto, que coça muito. · Um dos problemas que temos com adultos é que, em muitos casos, eles não conseguem utilizar bermudas, vestidos etc., porque não conseguem exibir a cicatriz. Então, é importante lembrar disso na hora de tratar uma criança, já que futuramente isso pode fazer uma diferença na vida dela. · O tratamento é feito da mesma forma: limpeza local e antibioticoterapia tópica ou sistêmica. · Quando é uma lesão só, fazemos a medicação tópica. · Nos casos de éctimas, as lesões podem se resolver, mas podem deixar cicatrizes, causando problemas futuros aos pacientes. É por isso que ele não gosta de esperar e geralmente entra com medicação sistêmica nos casos. · Nesses casos, pode fazer cultura também para confirmar o diagnóstico. · Em alguns casos, o éctima pode surgir de um impetigo que se aprofunda. · Imagem 2: lesão gravíssima, que vai deixar cicatrizes importantes. FOLICULITES · É quando a bactéria chega no folículo. Entramos em contato com a bactéria (estafilococos) e ela coloniza o folículo piloso. · PRESTAR ATENÇÃO QUE FOLICULITE É SÓ ESTAFILOCOS!!!!!!!!!! · São facilitadas por obstrução do folículo piloso. · Podem ser superficiais (ostiofoliculites) ou profundas (sicose e furúnculo). · Quando ocorre na porção inicial do folículo, temos uma ostiofoliculite. · A sicose é a foliculite de todos os folículos e quando há destruição, é o próprio furúnculo. · Foliculite superficial, ostiofoliculite ou foliculite de Bockhart. se caracteriza por pequenas pústulas centradas por pelos, com formação de crostas ou não. Não há comprometimento dos pelos. · Nem sempre conseguimos ver esse pelo central. · Pode ocorrer no couro cabeludo, MMSS, após oclusão (quando a pessoa usa roupas muito apertadas ou usa muito óleo para hidratar) ou iatrogenia. · Pode ser única ou múltiplas (principalmente quando o paciente usa muito óleo e em pacientes que ficam acamados muito tempo). · A obstrução do óstio folicular pelo óleo facilita a foliculite. · A foliculite da barba também é chamada de sifose da barba. Nesse caso, temos um diferencial. Tem uma diferença entre foliculite e pseudofoliculite. · A foliculite é causada por uma bactéria e a pseudofoliculite é o pelo encravado, ou seja, não tem como tratar. Quando o pelo encrava, o próprio corpo cria mecanismos de inflamação para tirar ele. Então, a aparência é semelhante, mas a patologia é diferente. · Em mulheres, quando começa a ocorrer a presença de pústulas ou pelos encravados com frequência após depilação, devemos indicar a depilação a laser. · Há casos de foliculite na barba que você trata e não resolve. Nesses casos, pede-se uma cultura de fungo, porque pode ser uma tinea da barba, ou seja, uma micose. O tratamento é com antimicótico. · Também temos a foliculite decalvante. Nessa foliculite, não temos o furúnculo, mas temos a destruição do folículo. Com isso, a pessoa vai ficando careca. O centro vai ficando cicatricial e a lesão vai crescendo de forma centrífuga, se difundindo para várias áreas. · Podem ser focos únicos ou vários focos. · Podem acometer qualquer parte do corpo. · É uma foliculite de difícil tratamento. Em alguns casos, quando não há resposta ao antibiótico, utiliza-se isotretinoína. · Também temos a foliculite queloidiana. As pústulas vão se tornando queloides e vão fazendo placas volumosas, que são muito feias. · Se retirar a placa, o queloide volta maior. Então, temos que tomar cuidado em relação aos tratamentos quando o paciente tem tendência a queloide. · Na foliculite queloidiana da nuca, acontece a foliculite e o organismo responde com uma cicatriz queloidiana. Temos um prejuízo estético muito grande nesses casos. · Diagnóstico: clínico. · Tratamento: limpeza local, uso de antibióticos tópicos e/ou sistêmicos. FURÚNCULOS · É um quadro que vem de forma aguda, com forte reação inflamatória. · Infecção estafilocócica na unidade pilo-sebácea. · Formação purulenta. · É um nódulo, que começa muito duro, eritematoso, com muita dor. Com cerca de dias, ocorre a necrose central. · Nesses casos, temos que drenar o que está dentro. Quando drena a lesão, tanto de forma cirúrgica quando espontânea, ocorre um alívio muito grande no paciente. · Quando o quadro ocorre, por exemplo, na genitália, na virilha, no rosto, na face etc. e o médico precisa intervir, ele NÃO PODE intervir precocemente. Ele precisa esperar a hora certa, que é quando a lesão tá madura, ou seja, a superfície tem o que chamamos de flutuação. É uma superfície dura e 2, 3 dias depois, com o paciente fazendo calor, a área de cima está mole. É nessa zona que o médico vai abrir e colocar um dreno. · Dor, adenopatia regional. · Pode evoluir de uma foliculite. · Ao tocar, o paciente sente muita dor. · Imagem 2: lesão quando o edema já está regredindo. Temos a descamação. A pele que morre vai descamar. · Furúnculo que não se resolve com 15 DIAS NÃO PODE SER FURÚNCULO!!! Um diagnóstico diferencial é a miíase furunculoide. · Se tem um furinho na lesão e de vez em quando vaza um líquido da lesão, devemos ficar de olho nesse furinho, porque vai ser possível ver a larva mexendo. · Imagem 4: é uma drenagem da lesão. · Diagnóstico: É clínico. · Tratamento: · Limpeza local. · Compressas quentes – principalmente nas fases iniciais. O calor faz com que a lesão amadureça mais rapidamente, consequentemente, ela se resolverá mais rapidamente. · Antibióticos tópicos e/ou sistêmicos – se é uma lesão só, pode tratar com antibiótico tópico. Se tem uma lesão e depois vai aparecendo outras, entra com sistêmico. · Se voltar a acontecer, tem que tratar todas as pessoas em casa. HORDÉOLO OU TERÇOL · Inflamação da glândula de Meibomius (ou glândulas ciliares de Zeiss e Moll). · É como se fosse um furúnculo no folículo ciliar. · Imagem 2: Quando essa lesão se cronifica e fica indo e voltando, temos o calázio. Nesses casos, precisamos de intervenção cirúrgica. · Geralmente quem trata calázio é oftalmologista. Mas, podemos passar compressa quente e um colírio com antibiótico. PERIPORITE E ABCESSOS SUDORÍPAROS · Essas lesões ele vai só abordar. Para ele, a parte que importa mais vai até o furúnculo. · Importante para pediatria. · Estafilococcias das glândulas écrinas. · Atinge mais os lactentes. · Facilitado pela hiperidrose e pela oclusão. · Múltiplos nódulos eritematosos, com tendência á evolução para abcessos múltiplos, predominando em couro cabeludo e região glútea. · Geralmente piora com os dias mais quentes. · A drenagem é um pus amarelinho muito cremoso. · Conseguimos resolver com compressas, cuidados locais e antibióticos. · Alguns precisam ser drenados mesmo. · Evolui em surtos, com evolução crônica. · Pode deixar cicatriz. · Tratamento: · Higiene local, afastar os possíveis fatores desencadeantes. · Drenagem cirúrgica (se necessário) e antibioticoterapia. HIDRADENITE · Infecção das glândulas sudoríparas apócrinas. · Mais frequente em mulheres. · Mais comum nas axilas. Também pode ocorrer na aréola mamaria, na região perineal e para genital. · Pápula eritematosa que evolui para nodulação profunda, dolorosa. · É um caso muito comum. Chama a atenção porque o paciente aparece com um furúnculo na axila que vai e volta. · Muitas vezes, vêm a lesão que inflama, dói muito e some. Isso não acontece com furúnculo. · Quando a lesão está a 15 dias ali, não é furúnculo. O furúnculo é uma lesão que vêm, faz o estrago e some. Então, quando a lesão fica muito arrastada, é indicativo de hidradenite. · Tendência a formar abscesso e estabelece um curso recorrente. · Estabelece fibrose cicatricial com tendência a à deformidade. · Várias lesões doloridas. Às vezes o paciente não consegue nem mobilizar o braço.· Quando aguda, você entra com o antibiótico e resolve. · Pede para a pessoa evitar ganhar peso e evitar o uso de desodorantes antitranspirantes. · Pode ficar crônica, com quadros de recidivas. É comum encontrar comedões abertos. · O quadro pode se repetir tantas vezes e a pele pode ficar dura, cicatricial, cheia de fístulas. · O tratamento nessa fase é muito difícil. · O diagnóstico e o tratamento na fase aguda são fáceis. Na fase crônica, é mais complicado. ERISIPELA · Infecção aguda na derme e no tecido celular subcutâneo. · Acompanhado de febre e sintomas gerais (queda do estado geral). Não é só um quadro dermatológico, é um quadro sistêmico. · É necessário a presença de estreptococos + porta de entrada (solução de continuidade). · Localização mais comum: MMII e face. · Na face, o quadro é mais grave e tem que ser tratado com rapidez. · Presença de eritema, edema, calor e dor numa área bem definida que vai aumentando progressivamente. · Lesões em placas eritemato-edematosas, dor, podendo exsudar e formar bolhas. Apresenta linfangite e adenopatia regional. · Quando tem a lesão, mas não tem a manifestação sistêmica, ela ainda não é erisipela. · A superfície tem brilho. · Crescimento centrífugo, progressivo. · Imagem 2: se tem bolha, tem estafilococos. · Pode ocorrer em qualquer idade. · O tratamento pode ser feito com a Cefalexina e acompanhamento do paciente. · Em crianças e adultos: observar fatores predisponentes como diabetes, imunodepressão e problemas circulatórios. · Em crianças: comum a localização perineal. · Isso porque, as vezes tem resíduo de fezes, uma assadura, que são portas de entrada. · Recorrências frequentes podem levar à hipercromia, linfedema (elefantíase mostra) que por si só, facilita a recorrência. · Imagem 7 e 8: elefantíase. É uma consequência. O edema não diminui, é duro. · Tratamento: · Repouso no leito, cuidados gerais, analgésicos, antibioticoterapia. · Penicilina procaína 400.00 UI de 12/12 horas durante 10 dias. · Penicilina benzatina 1.200.000 UI (de 21/21 dias para uso preventivo). É utilizado quando tem erisipela de repetição. Nesses casos, é importante encontrar a porta de entrada para entender por que o paciente está tendo erisipela de repetição. CELULITE · É uma infecção de pele, que tem o mesmo processo da erisipela, mas é mais profunda, atingindo a hipoderme. · Pode dar em face, principalmente em crianças alérgicas que coçam muito. · Não é bem delimitada. · O crescimento é violento e o eritema é mais suave. · O tratamento tem que ser muito rápido e efetivo, então, em criança, é necessário internação. · Tratamento: · Repouso no leito com elevação do membro afetado. · Oxacilina (100 a 150 mg/kg de peso, EV, de 4/4 horas). · Também pode-se usar ampicilina, cloranfenicol ou ceftriaxona. SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA – SSSS · Compromete crianças com eritema difuso, começando pelas dobras, evoluindo com bolhas flácidas que se destacam em grandes retalhos. · Não compromete as mucosas. · Causada pela toxina estafilocócica – esfoliatina “A ou B” que é liberada de uma infecção a distância (faringite, otite). · Pode se expandir para o corpo todo. · A criança precisa ser internada. · Quando acontece em adultos, a mortalidade pode ultrapassar 60%. Mas, no adulto é muito raro. · Geralmente começa pelas dobras. INTERTRIGO ESTREPTOCÓCICO · Intertrigo perianal, com eritema e dor ao defecar. · Ocorre principalmente em crianças. · Pode evoluir com erisipela e/ou celulite. · Presença de fissuras perianais e fezes sanguinolentas. · Envolvimento de genitálias.
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