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Psicopatologia → Conforme o DSM-5: Um transtorno da personalidade é um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo (APA, 2014, p. 645). → São os seguintes transtornos de personalidade listados no DSM-5: • Transtorno da personalidade paranoide é um padrão de desconfiança e de suspeita tamanhas que as motivações dos outros são interpretadas como maldosas. • Transtorno da personalidade esquizoide é um padrão de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão emocional. • Transtorno da personalidade esquizotípica é um padrão de desconforto agudo nas relações íntimas, distorções cognitivas ou perceptivas e excentricidades do comportamento. • Transtorno da personalidade antissocial é um padrão de desrespeito e violação dos direitos dos outros. • Transtorno da personalidade borderline é um padrão de instabilidade nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos, com impulsividade acentuada. • Transtorno da personalidade histriônica é um padrão de emocionalidade e busca de atenção em excesso. • Transtorno da personalidade narcisista é um padrão de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia. • Transtorno da personalidade evitativa é um padrão de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa. • Transtorno da personalidade dependente é um padrão de comportamento submisso e apegado relacionado a uma necessidade excessiva de ser cuidado. • Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva é um padrão de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle. • Mudança de personalidade devido a outra condição médica é uma perturbação persistente da personalidade entendida como decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica (p. ex., lesão no lobo frontal). • Outro transtorno da personalidade especificado e transtorno da personalidade não especificado são categorias utilizadas para duas situações: 1) o padrão da personalidade do indivíduo atende aos critérios gerais para um transtorno da personalidade, estando presentes traços de vários transtornos da personalidade distintos, mas os critérios para qualquer um desses transtornos específicos não são preenchidos; ou 2) o padrão da personalidade do indivíduo atende aos critérios gerais para um transtorno da personalidade, mas considera-se que ele tenha um transtorno da personalidade que não faz parte da classificação do DSM-5 (p. ex., transtorno da personalidade passivo- agressiva). → O DSM-5 divide os 10 tipos de transtornos de personalidade em três grupos (A, B, e C), com base em características semelhantes. → O grupo A é caracterizado por parecer estranho ou excêntrico. Paranoide: desconfiança e suspeita Esquizoide: desinteresse em outras pessoas Esquizotípico: ideias e comportamentos excêntricos Jéssica Alves https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-paranoide-tpp https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-esquizoide-tpe https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-esquizot%C3%ADpica-tpe → O grupo B é caracterizado por parecer dramático, emocional ou errático. Antissocial: irresponsabilidade social, desrespeito por outros, falsidade e manipulação dos outros para ganho pessoal. Bordeline: intolerância de estar sozinho e desregulação emocional Histriônico: busca atenção Narcisista: autoestima desregulada e frágil subjacente e grandiosidade aparente → O grupo C é caracterizado por parecer ansioso ou medrosos. Esquivo: evitar contato interpessoal por causa de sensibilidade à rejeição Dependente: submissão e necessidade de ser cuidado Obsessivo-compulsivo: perfeccionismo, rigidez, e obstinação. **Esse sistema de agrupamento apresenta sérias limitações e não foi consistentemente validado. → O padrão persistente se manifesta em duas (ou mais) das seguintes áreas: Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos). Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional). Funcionamento interpessoal Controle de impulsos → O padrão persistente é inflexível e engloba uma faixa ampla de situações pessoais e sociais. → O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou ouras áreas importantes da vida do indivíduo. → O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a partir da adolescência ou do início da fase adulta. → O padrão persistente não é mais bem explicado como uma manifestação ou consequência de outro transtorno mental. → O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. → Os traços de personalidade constituem transtornos da personalidade somente quando são inflexíveis e mal-adaptativos e causam prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo significativos (APA, 2014). → Deve-se avaliar a continuidade dos traços de personalidade ao longo do tempo e em diversas situações. → Na avaliação, é frequentemente necessário realizar mais de uma entrevista e espaçá-las ao longo do tempo. → Em alguns casos, a avaliação pode ser complicada, pois as características que definem um transtorno da personalidade podem não ser consideradas problemáticas pelo indivíduo. → Informações suplementares oferecidas por outros informantes podem ser úteis para se completar uma avaliação. → Os traços de um transtorno da personalidade que aparecem na infância com frequência não permanecem sem mudanças na vida adulta. → Indivíduo com menos de 18 anos de idade precisam ter apresentado características de algum transtorno da personalidade presentes por pelo menos um ano, para que seja de fato diagnosticado. ***Obs.: o transtorno da personalidade antissocial não pode ser diagnosticado em indivíduos com menos de 18 anos. → Uma mudança na personalidade no meio da vida adulta ou mais tarde requer uma avaliação completa para identificar a possível mudança de personalidade https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-antissocial-tpas https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-borderline-tpb https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-histri%C3%B4nica-tph https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-narcisista-tpn https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-da-personalidade-esquiva-tpe https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-dependente-tpd https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-obsessivo-compulsiva-tpoc devido a outra condição médica ou a um transtorno por uso de substância não reconhecido. → Um transtorno da personalidade deve ser diagnosticado apenas quando as características definidoras tenham surgido antes do começo da vida adulta, sejam típicas do funcionamento de longo prazo do indivíduoe não ocorram exclusivamente durante um episódio de outro transtorno mental (APA, 2014). → Diante do exposto, deve-se diferenciar de outros transtornos como: Transtornos psicóticos; Transtornos de ansiedade e depressivo; Transtornos de estresse pós-traumático; Transtornos por uso de substâncias; Mudança de personalidade devido a outra condição médica. Referência American Psychiatric Association. (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ( 5 ª ed . ). Porto Alegre: Artmed
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