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Aula 00 - Direito Tributário (pontodosconcursos)

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Direito Tributário – Pacote Teoria e Exercícios AFRF (ESAF)
Prof. Alberto Macedo
Aula 00 – Competência Tributária
 
Professor Alberto Macedo www.pontodosconcursos.com.br 
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Caro(a) concursando(a),
É um imenso prazer ministrar este Curso de Teoria e Exercícios de Direito
Tributário para AFRF (ESAF) para você!!
Deixe-me fazer uma breve apresentação.
Meu primeiro concurso público foi quando tinha 14 anos de idade, quando
passei para o Colégio Naval (antigo 2º grau, hoje nível médio). Servi, então, à
Marinha do Brasil (onde me graduei em Ciências Navais, ênfase em Mecânica,
na Escola Naval, como Oficial), por 13 anos.
Sou Auditor-Fiscal Tributário do Município de São Paulo há 15 anos.
Atualmente sou o Presidente do Conselho Municipal de Tributos de São Paulo
(CMT), Instância máxima do julgamento administrativo municipal tributário,
onde estou lotado desde a sua fundação.
Bacharel, Mestre e Doutor em Direito Tributário pela Faculdade de Direito da
Universidade de São Paulo (USP), Especialista em Direito Tributário pelo
Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), também sou Professor de
Especialização em Direito Tributário na Faculdade de Direito da USP, na
Fundação Getúlio Vargas – SP (GVlaw – Programa de Educação Executiva da
DIREITO GV), no Insper (antigo IBMEC-SP) e no IBET.
Vamos ao que interessa. Como será o curso? Nesse curso, ensinarei a TEORIA
de Direito Tributário passando por todo o programa do último edital de AFRF
(2012) (não incluso o Direito Previdenciário – itens 26 a 29 do edital), estando
essa teoria recheada de questões dos concursos de AFRF, bem como de boa
parte dos demais concursos principalmente da banca ESAF, realizados nos
últimos 15 anos.
Na correção dessas questões, será feita a análise das suas alternativas, de
forma que ao final do Curso vocês terão passado por toda a teoria do
programa de AFRF, e praticado em mais de 650 questões (eu disse “questões”,
e não “alternativas de questões”!).
Selecionei as questões conforme o ponto do edital numa ordem que considero
mais didática para o seu estudo.
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Serei objetivo, não sendo muito extenso, porém procurando enfatizar todos os
aspectos do ponto que entendo ser importantes para que você, na hora da
prova, saiba marcar a alternativa certa em uma questão sobre o mesmo tema.
Direito Tributário é uma disciplina que o candidato tem que ir para o concurso
de Auditor-Fiscal pensando em gabaritar! O índice de acertos é alto! E por isso
mesmo, um aspecto que não vou esquecer no meu curso é considerar a
jurisprudência mais importante (e somente a mais importante), em Direito
Tributário, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), pois a ESAF, já faz tempo, tem nos brindado com questões a
respeito dessa jurisprudência.
Apesar de dar total preferência para a resolução de questões da ESAF relativas
ao concurso de AFRF, normalmente enriquecerei as aulas com questões da
ESAF de outros concursos.
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Segue o conteúdo programático do curso, conforme o edital do concurso de
AFRF, de 2012 (não incluso o Direito Previdenciário – itens 26 a 29 do edital).
Aula Conteúdo
00 Competência Tributária
01
(17/06/13)
Conceito e Classificação de Tributos
02
(24/06/13)
Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
Imunidades
Princípios Constitucionais Tributários
03
(01/07/13)
Tributos de Competência da União
04
(08/07/13)
Contribuições Sociais
05
(15/07/13)
Tributos Estaduais
Tributos Municipais
Simples Nacional
06
(22/07/13)
Legislação Tributária
07
(29/07/13)
Vigência da Legislação Tributária
Aplicação da Legislação Tributária
Interpretação e Integração da Legislação Tributária
08
(05/08/13)
Obrigação Tributária Principal e Acessória
Fato Gerador da Obrigação Tributária
Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade
Tributária
Domicílio Tributário
09
(12/08/13)
Responsabilidade Tributária
10
(19/08/13)
Crédito Tributário e Lançamento Tributário
Suspensão, Extinção e Exclusão do Crédito Tributário
11
(26/08/13)
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
Administração Tributária. Fiscalização. Dívida Ativa.
Certidões Negativas
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(02/09/13)
Questões Objetivas Mescladas sobre todo o programa
As dúvidas serão sanadas por meio do fórum do curso, a que todos os
matriculados terão acesso.
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Minha missão nesse curso, para o candidato que está começando, é encurtar
seu caminho de forma a conseguir fazer frente com seus concorrentes que já
estão na estrada há algum tempo; e para o candidato que não é marinheiro de
primeira viagem, dotá-lo de um material ao mesmo tempo enxuto e completo,
para uma rápida revisão, abordando todos os pontos que já caíram nos
concursos para AFRB e principalmente da ESAF dos últimos 15 anos.
As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para:
alberto@pontodosconcursos.com.br
Finalmente, não posso deixar de lembrá-lo de que você, concursando, deve
lutar e acreditar no seu objetivo, por isso, será fundamental sua perseverança,
foco nos estudos e dedicação!
Mãos à obra!!
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Conteúdo
1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA . 6
2. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - DEFINIÇÃO........................................ 6
3. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ......................... 6
3.1. Facultatividade............................................................................... 6
3.2. Indelegabilidade............................................................................. 7
4. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ≠ CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA .. 10
5. TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ........................................... 16
5.1. Privativa ......................................................................................16
5.2. Comum........................................................................................19
5.3. Residual ou Remanescente .............................................................20
5.4. Cumulativa...................................................................................23
5.5. Concorrente..................................................................................30
5.6. Supletiva ou Suplementar ..............................................................31
5.7. Extraordinária...............................................................................33
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Atenção: a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei Complementar 101/2000,
diz que se o ente político não instituir e efetivamente arrecadar todos os
tributos de sua competência, são vedadas transferências voluntárias para
este ente.
A ideia é simples: se o ente não institui e cobra os tributos de sua
competência, como quer receber recursos da União por transferências
voluntárias?
Mas a LRF fala de transferências voluntárias, e não de repartição
constitucional de receitas. Se os Estados, Distrito Federal ou os Municípios não
instituírem e efetivamente cobrarem algum tributo de sua competência, apesar
de não poderem receber transferências voluntárias, continuam participando da
repartição constitucional de receitas, recebendo parte do produto da
arrecadação de alguns impostos e da CIDE-Combustíveis. [A repartição
constitucionalde receitas será abordada quando falarmos de Impostos, dentro
do ponto “Classificação de Tributos”, na Aula 01] [CIDE = Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico, é uma espécie de tributo, que veremos na
também na Aula 01].
Transferências Voluntárias ≠ Repartição Constitucional de Receitas
Vamos distinguir então “transferências voluntárias” de “repartição
constitucional de receitas”.
Transferências Voluntárias – é a “entrega de recursos correntes ou de
capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência
financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os
destinados ao Sistema Único de Saúde” (art.25, LRF).
Repartição Constitucional de Receitas – é a previsão, na Constituição, de
repartição de parte do produto da arrecadação de alguns impostos federais e
estaduais (arts.153, §5º, 157, 158 e 159, I e II, CF/88) e da CIDE-
Combustíveis (art.159, III, CF/88).
3.2. Indelegabilidade
Prevêem os arts.8º e 7º, CTN:
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Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a 
pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição 
a tenha atribuído. 
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, 
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, [...]. 
Um ente federado não pode delegar a sua competência tributária a outro ente,
mesmo que por lei. Por exemplo, não pode a União, caso não esteja mais
interessada em instituir leis sobre o Imposto sobre a propriedade territorial
rural (ITR), delegar essa competência tributária aos Municípios.
Atenção: em relação ao ITR, a Emenda à Constituição (EC) nº 42/2003 não
extrapolou a regra da indelegabilidade da competência tributária ao incluir o
inciso III do §4º do art.153, CF88, que diz:
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na 
forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer 
outra forma de renúncia fiscal. 
Como se vê, a possibilidade é de os Municípios fiscalizarem e cobrarem, e
não de legislarem sobre o ITR.
01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – Tecnologia da
Informação 2005 ESAF) Competência tributária é o poder que a Constituição
Federal atribui a determinado ente político para que este institua um tributo,
descrevendo-lhe a hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a
base de cálculo e a alíquota. Sobre a competência tributária, avalie o asserto
das afirmações adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas;
em seguida, marque a opção correta.
( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de
direito público a outra.
( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política
autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da
isonomia.
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( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o
imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo
conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais.
(A) F, V, F
(B) F, F, V
(C) F, V, V
(D) V, F, V
(E) V, V, V
Resolução
Analisemos as afirmações:
1ª afirmação (VERDADEIRA) A competência tributária é indelegável, salvo
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis,
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por
uma pessoa jurídica de direito público a outra. É A PRÓPRIA LETRA DO ART.7º,
CTN.
2ª afirmação (FALSA) O não-exercício da competência tributária por
determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com
base no princípio da isonomia. O NÃO EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA
TRIBUTÁRIA PELA PESSOA POLÍTICA COMPETENTE NÃO CONFERE A
QUALQUER OUTRA PESSOA POLÍTICA ESSA COMPETÊNCIA. É O QUE DISPÕE O
ART.8º, CTN.
O PRINCÍPIO DA ISONOMIA, QUE VEREMOS NA AULA 02, NÃO TEM A VER COM
A DISTRIBUIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS, MAS SIM COM A
PROIBIÇÃO DE U, E, DF, M INSTITUÍREM TRATAMENTO DESIGUAL ENTRE 
CONTRIBUINTES QUE SE ENCONTREM EM SITUAÇÃO EQUIVALENTE, PROIBIDA 
QUALQUER DISTINÇÃO EM RAZÃO DE OCUPAÇÃO PROFISSIONAL OU FUNÇÃO 
POR ELES EXERCIDA, INDEPENDENTEMENTE DA DENOMINAÇÃO JURÍDICA 
DOS RENDIMENTOS, TÍTULOS OU DIREITOS (ART.150, II, CF88).
3ª afirmação (VERDADEIRA) A pessoa política que detém a competência
tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo,
diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais
e legais. COMO VIMOS, COMO A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É UMA
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA, A PESSOA POLÍTICA PODE TANTO
INSTITUIR OS TRIBUTOS DE SUA COMPETÊNCIA, COMO TAMBÉM AUMENTAR,
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DIMINUIR OU DAR ISENÇÕES, DESDE QUE OBEDECIDOS OS LIMITES
CONSTITUCIONAIS E LEGAIS. ENTRE ESSES LIMITES, VEREMOS, NA AULA 02,
AS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR, PREVISTAS NOS
ARTS.150 A 152, CF88.
GABARITO: D
4. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ≠ CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA
De novo, o art.7º, CTN:
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das 
funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, 
serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, 
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, [...]. 
 
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais 
que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. 
 
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato 
unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha 
conferido. 
 
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas 
de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. 
 
Aquele “salvo” do art.7º, CTN, na verdade, não é uma exceção à
indelegabilidade da competência tributária, mas se refere sim à capacidade
tributária ativa.
Capacidade tributária ativa – é ter as funções de arrecadar ou fiscalizar
tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em
matéria tributária.
Essa capacidade tributária ativa pode se manter no ente que detém a
competência tributária, ou pode ele delegá-la a outra pessoa jurídica de direito
público.
Competência Tributária INDELEGÁVEL LEGISLAR
≠
Capacidade Tributária ativa DELEGÁVEL FISCALIZAR, ARRECADAR E EXECUTAR
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Assim, sobre o “Atenção” acima, em relação ao ITR, o que Emenda à
Constituição (EC) nº 42/2003 fez, ao incluir inciso o III do §4º do art.153,
CF88, foi dar a possibilidade aos Municípios de assumirem, nos termos de lei
(federal), a capacidade tributária ativa do ITR.
Segue, novamente, o dispositivo:
Art.153, §4º, III – [O ITR] será fiscalizado e cobrado pelos Municípios 
que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do 
imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 
Como se vê, a possibilidade é de os Municípios fiscalizarem e cobrarem, e não
de legislarem sobre o ITR.
02- (ANALISTA-TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL 2012 ESAF) Analise
as proposições a seguir e assinale a opção correta.
I. Se a Constituição atribuir à União a competência para instituir certa taxa e
determinarque 100% de sua arrecadação pertencerá aos Estados ou ao
Distrito Federal, caberá, segundo as regras de competência previstas no
Código Tributário Nacional, a essas unidades federativas a competência para
regular a arrecadação do tributo.
II. Embora seja indelegável a competência tributária, uma pessoa jurídica de
direito público pode atribuir a outra as funções de arrecadar e fiscalizar
tributos.
III. É permitido, sem que tal seja considerado delegação de competência,
cometer a uma sociedade anônima privada o encargo de arrecadar impostos.
(A) As duas primeiras afirmações são corretas, e errada a outra.
(B) A primeira é correta, sendo erradas as demais.
(C) As três são corretas.
(D) A primeira é errada, sendo corretas as demais.
(E) As três são erradas.
Resolução
I. ERRADO. Se a Constituição atribuir à União a competência para instituir
certa taxa e determinar que 100% de sua arrecadação pertencerá aos Estados
ou ao Distrito Federal, caberá, segundo as regras de competência previstas no
Código Tributário Nacional, a essas unidades federativas a competência para
regular a arrecadação do ARRECADAR O tributo. REGULAR A ARRECADAÇÃO É
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LEGISLAR SOBRE O TRIBUTO, O QUE NÃO É PERMITIDO ÀQUELE QUE NÃO
TEM COMPETÊNCIA PARA INSTITUÍ-LO (COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA), MAS
APENAS ARRECADÁ-LO (CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA).
II. CORRETA. (ART.7º, CAPUT, CTN).
III. CORRETA. É O QUE ACONTECE COM O BANCOS QUE RECEBEM O
PAGAMENTO DE TRIBUTOS (ART.7º, §3º, CTN).
GABARITO: D
03- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF)
Assinale a opção correta.
(A) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes
políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua
soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma
pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária.
(B) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os
requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí-los,
sempre por meio de lei.
(C) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis,
ainda que por meio de lei.
(D) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por
meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável.
(E) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que
dispõe da competência tributária ocorre sempre de forma discricionária, de
acordo com o interesse das pessoas envolvidas.
Resolução
(A) CORRETA. A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem
os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a
sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a
uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária.
CABE RESSALTAR QUE NUMA RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA HÁ DOIS
POLOS: POLO ATIVO, ONDE ESTÁ O CREDOR DA RELAÇÃO, QUE TEM DIREITO
A RECEBER O TRIBUTO EM DINHEIRO; E POLO PASSIVO, ONDE ESTÁ O
DEVEDOR, AQUELE OBRIGADO A PAGAR O TRIBUTO.
(B) ERRADA. A competência tributária CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA é a
aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a
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capacidade tributária ativa COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é a aptidão para
instituí-los, sempre por meio de lei.
É justamente o contrário. A capacidade tributária ativa é a aptidão para
arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais. A competência tributária é
a aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei.
(C) ERRADA. A competência tributária e a capacidade tributária ativa são
indelegáveis É INDELEGÁVEL, ainda que por meio de lei. DAS DUAS SÓ A
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL.
(D) ERRADA. A competência tributária é, em determinadas situações,
delegável, por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável.
NÃO HÁ SITUAÇÕES EM QUE A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA SEJA DELEGÁVEL.
A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA É DELEGÁVEL.
(E) ERRADA. A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente
daquela que dispõe da competência tributária ocorre sempre de forma
discricionária, de acordo com o interesse das pessoas envolvidas DA PESSOA
QUE POSSUI A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.
ATO DISCRICIONÁRIO É AQUELE LIVRE DE CONDIÇÕES POR PARTE DO
REALIZADOR DO ATO. ELE O FAZ QUANDO QUER E PORQUE QUER. ASSIM, A
PARTE FINAL DA ASSERTIVA ESTÁ ERRADA PORQUE A DISCRICIONARIEDADE
PARA ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA, BEM COMO SUA
REVOGAÇÃO, É SÓ DAQUELE QUE A ATRIBUI, E NÃO DAQUELE QUE RECEBE A
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA.
GABARITO: A
04- (ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO SEFAZ-CE 2006 ESAF) A
competência tributária, a teor do que dispõe o Código Tributário Nacional, é
indelegável. Isso significa que um ente tributante não pode instituir tributo que
seja da competência tributária de outro. Não constitui, porém, violação a essa
regra
(A) a possibilidade de a União cobrar tributo da competência estadual, na
hipótese de Estado que não tenha exercitado ainda essa competência.
(B) a instituição de lei estadual sobre tributo da competência de seus
Municípios, que contenha apenas normas gerais sobre o mesmo tributo.
(C) a delegação, por um ente tributante, a outro, das funções de arrecadar ou
fiscalizar tributos.
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(D) a instituição de imposto extraordinário de guerra, por qualquer dos entes
tributantes, na hipótese de a União não tê-lo feito tempestivamente em estado
de guerra iminente.
(E) a renúncia em caráter irretratável feita por um ente tributante em favor de
outro.
Resolução
(A) ERRADO. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DOS ESTADOS É INDELEGÁVEL.
LOGO, NÃO PODE A UNIÃO COBRAR TRIBUTOS ESTADUAIS SÓ PORQUE OS
ESTADOS NÃO EXERCERAM SUA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.
(B) ERRADO. OS ESTADOS NÃO TÊM COMPETÊNCIA PARA ESTABELECER
NORMAS GERAIS SOBRE TRIBUTO DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS. A
TEOR DO §3º DO ART.24, CF88, OS ESTADOS PODERÃO ESTABELECER
NORMAS GERAIS SOBRE OS IMPOSTOS DE SUA COMPETÊNCIA (ESTADUAIS),
NA FALTA DE LEI FEDERAL SOBRE NORMAS GERAIS.
(C) CORRETO. ESSA ASSERTIVA TRAZ A POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO DA
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA, E NÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA,
COMO VIMOS ACIMA.
(D) ERRADO. A COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA SÓ PODE SER EXERCIDA
PELA UNIÃO, CONFORME DISPÕE O ART.154, II, CF88.
(E) ERRADO. NÃO INTERESSA O CARÁTER DA RENÚNCIA, ELA NÃO É
POSSÍVEL EM MATÉRIA DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.
GABARITO: C.
05- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE – PE 2003 ESAF)
Avalie as formulações seguintes, observadas as disposições pertinentes ao
tema "competência tributária", constantes do Código Tributário Nacional, e, ao
final, assinale a opção que corresponde à resposta correta.
I. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o
cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de
arrecadar tributos.
II. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras
pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa
daquela a que tenham sido atribuídos.
III. A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por
uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer
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tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha
conferido.
IV. A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões
administrativas em matériatributária, conferida por uma pessoa jurídica de
direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais
que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.
(A) Apenas as formulações I, II e III são corretas.
(B) Apenas as formulações II, III e IV são corretas.
(C) Apenas as formulações I, III e IV são corretas.
(D) Apenas as formulações II e IV são corretas.
(E) Todas as formulações são corretas.
Resolução
I. ERRADA. NÃO É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da
função de arrecadar tributos.
DISPÕE O ART.7º, §3º, CTN, QUE NÃO CONSTITUI DELEGAÇÃO DE 
COMPETÊNCIA O COMETIMENTO, A PESSOAS DE DIREITO PRIVADO, DO 
ENCARGO OU DA FUNÇÃO DE ARRECADAR TRIBUTOS. PORTANTO, POIS NÃO
É VEDADO ESSE COMETIMENTO.
II. CORRETA. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a
outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa
daquela a que tenham sido atribuídos.
A DISTRIBUIÇÃO DE RECEITA TRIBUTÁRIA A OUTRA PESSOA JURÍDICA DE
DIREITO PÚBLICO – COMO, POR EXEMPLO, NAS REPARTIÇÕES
CONSTITUCIONAIS PREVISTAS (ARTS.153, §5º, 157, 158 E 159, I E II, CF/88)
E DA CIDE-COMBUSTÍVEIS (ART.159, III, CF/88) – NÃO QUER DIZER QUE A
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA LEGISLATIVA TENHA SIDO TAMBÉM DISTRIBUÍDA.
ESTA ÚLTIMA É INDELEGÁVEL. ENTÃO ELES CONTINUAM PERTENCENDO À
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DAQUELA A QUE TENHAM SIDO ATRIBUÍDOS
PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
III. CORRETA. A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos,
conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser
revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito
público que a tenha conferido.
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É A LETRA DO ART.7º, §2º, CTN: ART. 7º. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É 
INDELEGÁVEL, SALVO ATRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES DE ARRECADAR OU 
FISCALIZAR TRIBUTOS, OU DE EXECUTAR LEIS, SERVIÇOS, ATOS OU 
DECISÕES ADMINISTRATIVAS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA, CONFERIDA POR 
UMA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO A OUTRA, [...]. §2º. A 
ATRIBUIÇÃO PODE SER REVOGADA, A QUALQUER TEMPO, POR ATO 
UNILATERAL DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO QUE A 
TENHA CONFERIDO. 
IV. CORRETA. A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou
decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa
jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios
processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.
É A LETRA DO ART.7º, §1º, CTN: ART. 7º. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É 
INDELEGÁVEL, SALVO ATRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES DE ARRECADAR OU 
FISCALIZAR TRIBUTOS, OU DE EXECUTAR LEIS, SERVIÇOS, ATOS OU 
DECISÕES ADMINISTRATIVAS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA, CONFERIDA 
POR UMA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO A OUTRA, [...]. § 1º A 
ATRIBUIÇÃO COMPREENDE AS GARANTIAS E OS PRIVILÉGIOS 
PROCESSUAIS QUE COMPETEM À PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO 
QUE A CONFERIR.
GABARITO: B.
Os tributos elencados abaixo ainda vão ser objeto de estudo mais aprofundado
nas Aulas 01, 03, 04 e 05.
5. TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
5.1. Privativa
Quando aquele tributo só pode ser instituído por uma pessoa política.
5.1.1. União
- Impostos federais (art.153, CF88):
- II - Imposto de Importação de produtos estrangeiros
- IE - Imposto de Exportação, para o exterior, de produtos
nacionais ou nacionalizados
- IR - Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza
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- Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou
Econômicas – CRM, CREA, CRC, CREFITO, OAB
5.1.2. Estados e Distrito Federal
- Impostos Estaduais (art.155, CF88):
- ITCMD - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de
quaisquer bens ou direitos
- ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual
e Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no exterior
- IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores
- Contribuições para Previdência Social de Seus Servidores (art.149,
§1º, CF88)
5.1.3. Municípios
- Impostos municipais (art.156, CF88):
- IPTU - Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana
- ITBI - Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título,
por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição
- ISS - Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não
compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar
- Contribuições para Previdência Social de Seus Servidores (art.149,
§1º, CF88)
- Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública
(art.149-A, CF88)
06- (AGENTE DE FAZENDA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010)
De acordo com a Constituição Federal, compete aos municípios instituir
tributos sobre:
(A) a propriedade de veículos automotores licenciados em seu território.
(B) a transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens imóveis ou
direitos a eles relativos, situados em seu território.
(C) operações relativas a prestações de serviços de transporte intermunicipal.
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- Contribuições de Melhoria – o ente que realizar a obra pública da qual
decorra valorização imobiliária é competente para instituir a respectiva
contribuição de melhoria.
Isso é límpido com a leitura do art.81, CTN, que diz “contribuição de melhoria
cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios,
no âmbito de suas respectivas atribuições”.
5.3. Residual ou Remanescente
Além dos tributos já previstos na CF88, esta confere poder à União de,
atendidas determinadas condições, criar novos impostos e novas contribuições
para a seguridade social.
5.3.1. União:
- Novos Impostos (art.154, I, CF/88), desde que:
- por Lei complementar
- sejam não-cumulativos
- não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já
previstos na CF/88
- Novas Contribuições para a Seguridade Social (art.195, §4º, CF/88),
desde que:
- por Lei complementar
- sejam não-cumulativos
- não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios das contribuições
sociais já previstas na CF/88
5.3.2. Estados:
Veja o art.25, §1º, CF/88:
Art.25, § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes 
sejam vedadas por esta Constituição. 
Como os Estados possuem competência residual na divisão das competências
para realizar obras e serviços (os serviços cuja competência não foi
expressamente conferida à União, ao Distrito Federal ou aos Municípios), então
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podemos dizer que a competência deles, quanto à instituição de taxas e
contribuições de melhoria também é residual. [ESAF Fiscal PA 2002]
ATENÇÃO: ESSE RACIOCÍNIO SÓ VALE PARA A ESAF, CONFORME CONCURSO
FISCAL DO PARÁ 2002. PARA A FCC, ESTADOS NÃO POSSUEM COMPETÊNCIA
RESIDUAL, CONFORME CONCURSO AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS TCE PB
2006 FCC!!
07- (ANALISTA TÉCNICO DA SUSEP – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
2010 ESAF) A Constituição Federal, em seu art. 154, inciso I, prevê a criação
de impostos que não os previstos no art. 153 (que enumera aqueles de
competência da União). Sobre esta competência, usualmente denominada na
doutrina “competência residual”, é incorreto afirmar-se que:
(A) o exercício da competência residual é reservado ao legislador ordinário, e
não aoconstituinte derivado.
(B) consoante entendimento firmado no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
a não-cumulatividade e o não bis-in-idem não precisam ser observados quando
da criação de um novo imposto por meio de emenda constitucional.
(C) a exigência de lei complementar é inafastável e, diferentemente do que
ocorre para os impostos discriminados, que têm apenas os seus fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes previstos em lei complementar, no
caso da instituição de novo imposto pela União, no exercício de sua
competência residual, exige-se que também a alíquota seja prevista em lei
complementar.
(D) admite-se, excepcionalmente, a instituição de novos impostos, no exercício
da competência residual, por meio de medida provisória.
(E) a criação de novo imposto, no exercício da competência residual, fica
sujeita ao princípio da anterioridade.
Resolução
(A) CORRETO. O exercício da competência residual é reservado ao legislador
ordinário, e não ao constituinte derivado. ATENÇÃO: É COMUM A DOUTRINA
FALAR EM “LEGISLADOR COMPLEMENTAR” QUANDO A MATÉRIA TEM DE SER
INSTITUÍDA POR LEI COMPLEMENTAR, E “LEGISLADOR ORDINÁRIO” QUANDO
A MATÉRIA REQUER LEI ORDINÁRIA. MAS AQUI, NA ALTERNATIVA, A
EXPRESSÃO “LEGISLADOR ORDINÁRIO” NÃO VEIO COM O SENTIDO EXPOSTO
ACIMA, MAS SIM “LEGISLADOR ORDINÁRIO” COMO O CONGRESSO
NACIONAL, COMPETENTE PARA APROVAR LEIS, E NÃO PARA APROVAR
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EMENDAS CONSTITUCIONAIS. ASSIM ESTÁ, POR EXEMPLO, NO JULGAMENTO
DA ADI 939 (DA IPMF), NO VOTO DO MINISTRO CELSO DE MELLO: “(...) a
proibição inscrita no art.154 da Constituição dirige-se ao legislador ordinário e
não ao constituinte derivado.”
(B) CORRETO. Consoante entendimento firmado no âmbito do Supremo
Tribunal Federal, a não-cumulatividade e o não bis-in-idem não precisam ser
observados quando da criação de um novo imposto por meio de emenda
constitucional. A NÃO CUMULATIVIDADE E O NÃO BIS IN IDEM SÃO
VOLTADOS PARA A COMPETÊNCIA RESIDUAL, POR LEI COMPLEMENTAR
(ART.154, I, CF88), E NÃO PARA A CRIAÇÃO DE TRIBUTO POR EMENDA
CONSTITUCIONAL (ADI 939).
(C) CORRETO. A exigência de lei complementar é inafastável e, diferentemente
do que ocorre para os impostos discriminados, que têm apenas os seus fatos
geradores, bases de cálculo e contribuintes previstos em lei complementar, no
caso da instituição de novo imposto pela União, no exercício de sua
competência residual, exige-se que também a alíquota seja prevista em lei
complementar. A LEI COMPLEMENTAR, SE É PARA INSTITUIÇÃO DE TRIBUTO,
COMO NO CASO DA COMPETÊNCIA RESIDUAL (ART.154, I, CF88), É PARA
INSTITUIÇÃO DE TODOS OS SEUS ELEMENTOS ESSENCIAIS: FATO GERADOR,
CONTRIBUINTE, BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA. DIFERENTEMENTE DA LEI
COMPLEMENTAR SOBRE NORMAS GERAIS DO ART.146, III, ‘A’, CF88. NESSE
SENTIDO, O VOTO DO MINISTRO JOAQUIM BARBOSA, NO RE-AgRg 351.322
SP, EM QUE AFIRMA: “Não é possível no plano jurisprudencial e doutrinário
ignorar a diferenciação entre lei complementar de normas gerais e lei
complementar para instituição de tributo”. VEREMOS ISSO COM MAIS
DETALHE NA AULA 06.
(D) ERRADO. NÃO SE ADMITE Admite se, excepcionalmente, a instituição de
novos impostos, no exercício da competência residual, por meio de medida
provisória. É QUE O ART.62, §1º, III, CF88, REZA QUE “É VEDADA A EDIÇÃO
DE MEDIDAS PROVISÓRIAS SOBRE MATÉRIA RESERVADA A LEI
COMPLEMENTAR”. VEREMOS ISSO COM MAIS DETALHE NA AULA 06.
(E) CORRETO. A criação de novo imposto, no exercício da competência
residual, fica sujeita ao princípio da anterioridade. CONFORME ART.150, III, ‘b’
E ‘c’, CF88. VEREMOS ISSO COM MAIS DETALHE NA AULA 02.
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GABARITO: D
08- (ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL 2009
ESAF) O art. 154, inciso I, da Constituição Federal, outorga à União o que se
costuma chamar de competência tributária residual, permitindo que institua
outros impostos que não os previstos no art. 153. Sobre estes impostos, é
incorreto afirmar que:
(A) Estados e Municípios não possuem competência tributária residual.
(B) Terão de ser, necessariamente, não-cumulativos.
(C) Não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprios dos impostos já
discriminados na Constituição Federal.
(D) Caso sejam instituídos por meio de medida provisória, esta deverá ser
convertida em lei até o último dia útil do exercício financeiro anterior ao de
início de sua cobrança.
(E) Para a instituição de tais impostos, há que se respeitar o princípio da
anterioridade.
Resolução
(A) CORRETO. Estados e Municípios não possuem competência tributária
residual. ESSA COMPETÊNCIA É SÓ DA UNIÃO (ART.154, I, CF88).
(B) CORRETO. Terão de ser, necessariamente, não-cumulativos. (ART.154, I,
CF88).
(C) CORRETO. Não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprios dos
impostos já discriminados na Constituição Federal. (ART.154, I, CF88).
(D) INCORRETO. ELES NÃO PODEM SER INSTITUÍDOS POR MEIO DE MEDIDA
PROVISÓRIA. É QUE O ART.62, §1º, III, CF88, REZA QUE “É VEDADA A
EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS SOBRE MATÉRIA RESERVADA A LEI
COMPLEMENTAR.”
(E) CORRETO. Para a instituição de tais impostos, há que se respeitar o
princípio da anterioridade. (ART.150, III, ‘b’ e ‘c’, CF88).
GABARITO: D
5.4. Cumulativa
5.4.1. União
- Em Território Federal (art.147, CF/88)
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- Impostos Estaduais – ITCMD, ICMS, IPVA
- Impostos Municipais, se o Território não for dividido em Municípios –
Além dos impostos estaduais, IPTU, ITBI, ISS
5.4.2. Distrito Federal
- Impostos Estaduais e Municipais (art.32, c/c arts.155 e 156, CF/88)
09- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL 2002.2 ESAF) Verifique os quadros
abaixo e relacione cada uma das alíneas do primeiro quadro com uma das
alternativas do segundo e assinale a opção correta.
V. Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou
direitos.
W. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores nos Territórios
Federais.
X. Imposto não previsto no art. 153 da Constituição Federal, criado por Lei
Complementar.
Y. Taxa em razão do exercício do poder de polícia.
Z. Imposto sobre transmissão inter-vivos, por ato oneroso, de bens imóveis.
1. Tributo da competência privativa da União.
2. Tributo da competência privativa dos Municípios.
3. Tributo da competência comum.
4. Tributo da competência residual da União.
5. Tributo da competência privativa dos Estados e do Distrito Federal.
(A) V1 W3 X5 Y2 Z4
(B) V5 W1 X4 Y3 Z2
(C) V2 W4 X3 Y1 Z5
(D) V3 W5 X2 Y4 Z1
(E) V4 W2 X1 Y5 Z3
Resolução
V. ITCMD 5. Privativa dos Estados e do Distrito
Federal
W. IPVA nos Territórios Federais 1. Privativa da União
X. Imposto não previsto no art. 153
da Constituição Federal, criado por Lei
Complementar
4. Tributo da competência residual da
União
Y. Taxa em razão do exercício do
poder de polícia
3. Tributo da competência comum
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Z. Imposto sobre transmissão inter-
vivos, por ato oneroso, de bens
imóveis
2. Tributo da competência privativa
dos Municípios
Quanto ao IPVA nos Territórios Federais, apesar de normalmente ser
classificada como competência cumulativa, não chega a ser errado dizer que é
privativa, desde que seja expressa que é nos Territórios Federais.
GABARITO: B.
10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Sobre a
competência residual tributária, prevista na Constituição Federal no art.154,
inciso I, é certo afirmar que:
(A) Pode ser exercida pelos Estados para instituir tributos desde que mediante
leicomplementar estadual
(B) Refere-se também as taxas e contribuições de melhoria desde que não
tenham fato gerador ou base de cálculo próprio dos discriminados na
Constituição Federal
(C) Restringe-se a espécie imposto, é privativa da União e exige o respeito ao
princípio da não-cumulatividade
(D) Mediante emenda à Constituição Estadual, os Estados podem instituir
competência tributária residual a ser exercida mediante lei complementar
estadual
(E) Requer lei complementar federal que o imposto seja cumulativo e não fato
gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados na
Constituição
Resolução
Com o conhecimento dado na questão anterior, vamos à resolução desta.
(A) ERRADA. QUANDO A QUESTÃO FALA DE LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL,
JÁ DESCONFIE, PORQUE O CONCURSO É DE AUDITOR-FISCAL FEDERAL, NÃO
SENDO OBJETO DO PROGRAMA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL. ALÉM DISSO,
A EXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL VAI DEPENDER DA
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE CADA ESTADO.
DE QUALQUER FORMA, QUANDO A QUESTÃO FALA DA PREVISTA NO ART.154,
I, CF88 (TEM QUE CHEGAR UM PONTO DE SEUS ESTUDOS EM QUE VOCÊ JÁ
TENHA MEMORIZADO QUE O ART.154, I, CF88 TRATA DA COMPETÊNCIA
TRIBUTÁRIA RESIDUAL DA UNIÃO), É SOBRE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
RESIDUAL DA UNIÃO.
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(B) ERRADA. O ART.154, I, CF88, REFERE-SE A NOVOS IMPOSTOS, E NÃO A
TAXAS OU CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. A EXPRESSÃO “DESDE QUE NÃO
TENHAM FATO GERADOR OU BASE DE CÁLCULO PRÓPRIO DOS
DISCRIMINADOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL” ASSEMELHA-SE AO QUE
DISPÕE O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART.77, CTN, QUE DE FATO IMPEDE QUE AS
TAXAS TENHAM FATO GERADOR OU BASE DE CÁLCULO AOS DE IMPOSTOS.
APROFUNDAREMOS ESSE TEMA NA AULA 01.
(C) CERTA. SE A QUESTÃO NÃO PUSESSE A EXPRESSÃO “PREVISTA NA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL NO ART.154, INCISO I”, PODERIA SER
CONSIDERADA ERRADA, POIS, COMO VIMOS, HÁ UMA COMPETÊNCIA
RESIDUAL DE TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA PARA ESTADOS E
DISTRITO FEDERAL.
(D) ERRADA. MESMA JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA “A”.
(E) ERRADA. DOS REQUISITOS PRESENTES NA ALTERNATIVA, ESTÁ ERRADO
IMPOSTO SER CUMULATIVO.
GABARITO: C
11- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Considerados os
temas competência tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a
assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção
correspondente.
( ) A competência tributária é delegável.
( ) A capacidade tributária ativa é indelegável.
( ) A União é quem detém a competência tributária no que toca às
contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social.
( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurídica de direito
público a competência tributária.
(A) V, F, V, V
(B) F, V, F, V
(C) F, F, V, F
(D) V, V, V, F
(E) F, V, F, F
Resolução
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(FALSA) A competência tributária é delegável INDELEGÁVEL. Competência
tributária é indelegável, como já visto acima.
(FALSA) A capacidade tributária ativa é indelegável DELEGÁVEL.
(VERDADEIRA) A União é quem detém a competência tributária no que toca
às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social.
A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PARA INSTITUIR AS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL (ART.195, CF88) É
PRIVATIVA DA UNIÃO. NÃO CONFUNDIR COM A COMPETÊNCIA, TAMBÉM
PRIVATIVA, DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS
MUNICÍPIOS DE INSTITUIR CONTRIBUIÇÃO PARA A SEGURIDADE SOCIAL DE
SEUS RESPECTIVOS SERVIDORES. A CONTRIBUIÇÃO DE QUE TRATA A
ASSERTIVA É AQUELA QUE VISA SER FONTE DESTINADA A GARANTIR A
MANUTENÇÃO OU EXPANSÃO DA SEGURIDADE SOCIAL, NAS SUAS TRÊS
VERTENTES: SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL.
(FALSA) Lei complementar NÃO pode delegar a qualquer pessoa jurídica de
direito público a competência tributária.
COMO JÁ DITO, A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É SEMPRE INDELEGÁVEL, NÃO
HAVENDO QUALQUER VEÍCULO NORMATIVO PELO QUAL SEJA POSSÍVEL SUA
DELEGAÇÃO.
GABARITO: C
12- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF) A
União poderá instituir impostos não previstos na Constituição Federal, desde
que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprios dos nela discriminados, mediante:
(A) emenda constitucional
(B) lei complementar
(C) lei ordinária
(D) lei delegada
(E) resolução do Senado Federal
Resolução
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A questão trata da competência tributária residual da União, regulada
pelo art.154, I, CF88. Para que ela possa ser exercida, três requisitos têm de
ser cumpridos:
- por Lei complementar
- sejam não-cumulativos
- não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já
previstos na CF/88
Portanto:
GABARITO: B
13- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE FORTALEZA CE 2003 ESAF)
A respeito do tema competência para instituir impostos, é correto afirmar:
(A) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos
que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade de
veículos automotores e o imposto sobre transmissão inter vivos de bens
imóveis situados em seus territórios.
(B) o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competência
do Município em que se iniciarem as prestações dos serviços.
(C) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a
varejo de combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios.
(D) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos
Municípios, sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe
assegura para instituir outros impostos expressamente indicados.
(E) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a
competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural foi
transferida da União para os Estados e o Distrito Federal.
Resolução
(A) ERRADA. aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros
impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade
de veículos automotores e o imposto sobre transmissão inter vivos de bens
imóveis situados em seus territórios.
O IPVA É DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DOS ESTADOS E AO DISTRITO
FEDERAL (ART.155, III, CF88), MAS O ITBI É DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA
DOS MUNICÍPIOS (ART.156, II, CF88).
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(B) ERRADA. o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de
competência do Município DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL em que se
iniciarem as prestações dos serviços.
SE É SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL (ENTRE MUNICÍPIOS
DISTINTOS), A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA NÃO É DOS MUNICÍPIOS, MAS SIM
DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL, A QUEM COMPETE TRIBUTAR O ICMS
– IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL
E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO, AINDA QUE AS OPERAÇÕES E AS
PRESTAÇÕES SE INICIEM NO EXTERIOR (ART.155, II, CF88).
(C) ERRADA. os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre
vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos
Municípios.
O IPTU É DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS (ART.156, I, CF88). O IMPOSTO
SOBRE VENDAS A VAREJO DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GASOSOS (IVVC)
ERA DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS ATÉ 1993, QUANDO ADVEIO A EC
3/1993 E O SUPRIMIU DO ORDENAMENTO. ENTÃO, É ERRADO DIZER QUE, EM
2003, O IVVC ERA DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS. ELE NÃO EXISTIA
MAIS.
(D) CORRETA. AO DISTRITO FEDERAL COMPETE INSTITUIR OS IMPOSTOS
QUE CABEM AOS MUNICÍPIOS (ART.147, IN FINE, CF88), SEM PREJUÍZODA
COMPETÊNCIA QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL LHE ASSEGURA PARA
INSTITUIR OUTROS IMPOSTOS EXPRESSAMENTE INDICADOS, QUE SÃO OS
ESTADUAIS (ART.155, CF88). [IN FINE = NA PARTE FINAL DO DISPOSITIVO].
(E) ERRADA. NÃO EXISTE EMENDA CONSTITUCIONAL PROMULGADA QUE
TENHA TRANSFERIDO A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR O ITR DA UNIÃO
PARA OS ESTADOS E O DISTRITO FEDERAL.
GABARITO: D
Será de grande ajuda, para abordarmos o tema a seguir, a transcrição do
art.24 e parágrafos, art.30, II, e art.146, III, todos da CF88, nas partes que
nos interessam:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
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I - direito tributário, [...]; 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não 
exclui a competência suplementar dos Estados. 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais 
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
Art. 30. Compete aos Municípios: [...] 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;[...] 
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem 
como aplicar suas rendas,[...]; 
Art. 146. Cabe à lei complementar: [...] 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes 
especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, 
das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição 
a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003) [...] 
Então, continuemos com os tipos de competência tributária:
5.5. Concorrente
A União deve legislar sobre direito tributário concorrentemente com os
Estados, O Distrito Federal e os Municípios (art.24, I, c/c art.30, III, CF/88),
limitando-se a União estabelecer normas gerais (art.24, §1º). [c/c =
combinado com]
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ATENÇÃO: O caput do art.24, CF88, não é expresso quanto aos Municípios
também terem essa competência concorrente. Mas assim se interpreta pelos
diversos dispositivos constitucionais em matéria tributária. Entre eles o inciso
III do art.30, CF88, que diz que compete aos Municípios instituir e arrecadar os
tributos de sua competência. Ora, se eles podem fazer isso, obviamente
legislam sobre direito tributário.
E ESSE É O POSICIONAMENTO DA ESAF!
As normas gerais em matéria tributária são aquelas previstas no art.146, III,
CF/88, as quais regulam:
- Definição de tributos e suas espécies
- Definição de fato gerador, base de cálculo e contribuintes dos impostos
previstos na CF/88
- Normas de obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência
tributários
- Adequado tratamento ao ato cooperativo das sociedades cooperativas
- Definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e
empresas de pequeno porte
[ESGOTAREMOS O TEMA QUANDO FALARMOS SOBRE LEI COMPLEMENTAR
TRIBUTÁRIA – AULA 06]
5.6. Supletiva ou Suplementar
A competência tributária supletiva encontra-se basicamente nos parágrafos do
art.24.
Se a União deixar de legislar, total ou parcialmente, sobre normas gerais em
matéria de tributária, os Estados e o Distrito Federal podem exercer sua
competência suplementar, para atender a suas peculiaridades. (§§2º e 3º do
art.24, CF88)
Se sobrevier lei complementar federal posterior, ela suspende a eficácia da lei
estadual no que esta for contrário. (§4º do art.24, CF88)
Um exemplo de exercício da competência suplementar se deu com o IPVA, de
competência dos Estados. Inserido somente na Constituição de 1988, nunca
veio lei complementar para definir fato gerador, base de cálculo e contribuinte
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do IPVA, como prevê o art.146, III, ‘a’, CF88, definindo as normas gerais a
respeito.
Os Estados e o Distrito Federal instituíram suas leis de IPVA fundamentando-se
justamente na sua competência suplementar. Inclusive, o STF deu ganho de
causa aos Estados nesse tema em vários julgados, entre eles o mais recente
RE-AgRg 262.643-MG, de 06.04.2010. [RE-AgRg = Agravo regimento em
Recurso Extraordinário. É uma espécie de recurso ao STF]
ATENÇÃO: Competência Suplementar TAMBÉM para os Municípios: Os
parágrafos não prevêem que os Municípios possuem competência suplementar
sobre normas gerais, mas, à luz do art.30, II, CF88, e considerando que a
jurisprudência já admite o exercício da competência legislativa plena também
para os Municípios, nada mais natural que admitir que estes também possuem
a competência legislativa suplementar.
O STF já decidiu nesse sentido no AI-AgR 167.777, que apesar de tratar do
IPVA, fez menção expressa à possibilidade de os Municípios também
exercerem sua competência legislativa plena, em caso de ausência de lei
complementar estabelecendo norma geral:
AI-AgR 167.777 SP: 
“IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES – 
DISCIPLINA. Mostra-se constitucional a disciplina do Imposto sobre 
Propriedade De Veículos Automotores mediante norma local. Deixando 
a União de editar normas gerais, exerce a unidade da federação a 
competência legislativa plena - §3º do artigo 24, do corpo 
permanente da Carta de 1988 -, sendo que, com a entrada em vigor do 
sistema tributário nacional, abriu-se à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, a via da edição de leis necessárias à 
respectiva aplicação - §3º do artigo 34 do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias da Carta de 1988.” 
14- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Assinale a
assertiva incorreta.
(A) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á
a estabelecer normas gerais.
(B) A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
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(C) Não existindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
(D) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da
lei estadual, no que lhe for contrário.
(E) A Constituição não prevê as normas de direito tributário como pertencendo
ao âmbito da legislação concorrente.
Resolução
Atente que a questão pede a incorreta:
(A) CORRETA. Letra do §1º do art.24, CF88.
(B) CORRETA. Letra do §2º do art.24, CF88.
(C) CORRETA. Letra do §3º do art.24, CF88.
(D) CORRETA. Letra do §4º do art.24, CF88.
(E) ERRADA. Basta a leitura do caput do art.24 e seu inciso I, CF88. [caput =
cabeça do artigo. É a primeira parte do artigo, o que não é parágrafo, inciso,
alínea ou item]
GABARITO: E
5.7. Extraordinária
Prevista no art.154, II, CF88, se houver (i) iminência de guerra externa; ou
(ii) guerra externa, pode ser instituído imposto extraordinário, mesmo que
com fato geradoridêntico ao de imposto estadual ou municipal.
É isso mesmo! E basta lei ordinária. Assim, nessas situações, pode existir,
por exemplo, um ISS municipal e um imposto extraordinário cujo fato gerador
seja a prestação de serviço de qualquer natureza.
Cessada a causa de sua criação (guerra externa ou sua iminência), o imposto
extraordinário será suprimido gradativamente.
15- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2012 ESAF) Sobre
competência concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
assinale a opção incorreta.
(A) A competência, privativa ou concorrente, para legislar sobre determinada
matéria, não implica automaticamente a competência para a instituição de
tributos.
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(B) Os entes federativos somente podem instituir os impostos e as
contribuições que lhes foram expressamente outorgados pela Constituição.
(C) Os Estados-membros podem instituir apenas contribuição que tenha por
finalidade o custeio do regime de previdência de seus servidores.
(D) Norma que pretendesse fixar alíquota mínima igual à da contribuição dos
servidores titulares de cargos efetivos na União, para a contribuição a ser
cobrada pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário, seria
inconstitucional por contrariar o pacto federativo.
(E) A expressão "regime previdenciário" de seus servidores, a ensejar a
instituição de contribuição pelos Estados-membros, não abrange a prestação
de serviços médicos, hospitalares, odontológicos e farmacêuticos.
Resolução
POR ESSA QUESTÃO, VÊ-SE A IMPORTÂNCIA QUE A BANCA DÁ AOS
JULGADOS, PRINCIPALMENTE DO STF, EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA. AS
ALTERNATIVAS ‘A’, ‘B’, ‘C’ e ‘E’ SÃO CÓPIAS DE TRECHOS DA EMENTA DO
JULGADO DO RE 573.540 MG, DE 2010.
NESSE JULGADO, O STF NEGOU RECURSO AO ESTADO DE MG, QUE COBRAVA
CONTRIBUIÇÃO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE SEUS SERVIDORES, QUANDO O
ART.149, §1º, CF88, SÓ PERMITE AOS ESTADOS COBRAREM CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA DE SEUS SERVIDORES.
(A) CORRETO. AS COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS, POR EXEMPLO, DA UNIÃO
PARA LEGISLAR SOBRE DETERMINADA MATÉRIA ESTÃO NO ART.22, CF88.
NÃO É PORQUE CABE À UNIÃO LEGISLAR PRIVATIVAMENTE SOBRE
TELECOMUNICAÇÕES (ART.22, IV, CF88) QUE À UNIÃO COMPETE INSTITUIR O
ICMS (ELE É DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL –
ART.155, II, CF88). NO CASO ESPECÍFICO DE ONDE A QUESTÃO SE
ORIGINOU (DECORREU DO RE 573.540 MG), NÃO É SÓ PORQUE OS ESTADOS
POSSUEM COMPETÊNCIA CONCORRENTE COM A UNIÃO PARA LEGISLAR
SOBRE PROTEÇÃO E DEFESA DA SAÚDE (ART.24, XII, CF88) QUE PODEM
CRIAR CONTRIBUIÇÃO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE SEUS SERVIDORES.
(B) CORRETO. A OUTORGA DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DEVE SER
EXPRESSA. ISSO NÃO AFASTA A POSSIBILIDADE DA COMPETÊNCIA RESIDUAL
DA UNIÃO (ART.154, I, CF88). NO CASO ESPECÍFICO DE ONDE A QUESTÃO SE
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ORIGINOU (DECORREU DO RE 573.540 MG), A CF88 SÓ OUTORGOU
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA AOS ESTADOS SOBRE CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA DE SEUS SERVIDORES, E NÃO SOBRE CONTRIBUIÇÃO DE
ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE SEUS SERVIDORES.
(C) CORRETO. (ART.149, §1º, CF88).
(D) INCORRETA. Norma que pretendesse fixar alíquota mínima igual INFERIOR
à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos na União, para a
contribuição a ser cobrada pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário, seria inconstitucional por contrariar o pacto federativo.
(ART.149, §1º, CF88).
(E) CORRETA. A CONTRIBUIÇÃO QUE É PERMITIDO AOS ESTADOS COBRAREM
É A PREVIDENCIÁRIA, PREVISTA NO ART.149, §1º, CF88, O QUE NÃO
ABRANGE ASSISTÊNCIA À SAÚDE (ART.149, §1º, CF88, E RE 573.540).
GABARITO: D
16- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) Segundo a
Constituição da República, a competência da União para legislar sobre direito
tributário é
(A) privativa, isto é, dessa competência estão privados quaisquer outras
pessoas políticas
(B) exclusiva quanto às normas gerais, não podendo os Estados ou os
Municípios legislar suplementarmente
(C) inexistente, quanto às normas gerais, tendo em vista a autonomia
constitucional dos Estados e Municípios
(D) concorrente com os Estados e os Municípios
(E) supletiva da legislação dos Estados e Municípios
Resolução
A questão, quando traz a expressão “para legislar sobre direito tributário” já dá
a entender que se trata da competência concorrente de que fala o art.24, I,
CF88. De qualquer forma temos que conferir alternativa a alternativa, pois
numa questão mal feita pode ocorrer de ser correta alternativa que leve à
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seguinte resposta: “a competência da União para legislar sobre direito
tributário é privativa quanto aos impostos federais”, apesar de ser mais
comum dizer, nesse caso, ser uma competência tributária privativa, e não
uma competência para legislar sobre direito tributário privativa.
(A) ERRADA. NÃO SÓ UNIÃO LEGISLA SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO. TAMBÉM
ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS CRIAM LEIS SOBRE
FISCALIZAÇÃO, ARRECADAÇÃO E COBRANÇA DE SEUS TRIBUTOS. POR ISSO
A COMPETÊNCIA É CONCORRENTE, SENDO A COMPETÊNCIA DA UNIÃO
LIMITADA A ESTABELECER NORMAS GERAIS.
(B) ERRADA. A COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO
TRIBUTÁRIO TAMBÉM NÃO É EXCLUSIVA, POIS OS ESTADOS, O DISTRITO
FEDERAL E OS MUNICÍPIOS TAMBÉM PODEM SUPLEMENTARMENTE.
(C) ERRADA. A AUTONOMIA CONSTITUCIONAL DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS
EXISTE, MAS NÃO AFASTA A COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE
DIREITO TRIBUTÁRIO.
(D) CORRETA. ART.24, I, CF88. PELA LITERALIDADE DO ART.24, CF88,
PODERÍAMOS DIZER QUE OS MUNICÍPIOS NÃO PARTICIPAM DA
COMPETÊNCIA CONCORRENTE PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO,
MAS, PELOS DISPOSITIVOS SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO NA CONSTITUIÇÃO,
VÊ-SE QUE ELES TAMBÉM PODEM LEGISLAR SOBRE A MATÉRIA, ASSIM COMO
A UNIÃO, OS ESTADOS E O DISTRITO FEDERAL, ESTES EXPRESSOS NO CAPUT
DO ART.24, CF88.
(E) ERRADA. PELO CONTRÁRIO, A COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E
MUNICÍPIOS É QUE É SUPLETIVA EM RELAÇÃO À COMPETÊNCIA DA UNIÃO
PARA LEGISLAR SOBRE NORMAS GERAIS.
GABARITO: D
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17- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Observe os
quadros abaixo e procure relacionar cada uma das alíneas do primeiro quadro
com as do segundo. Atente para a possibilidade de haver mais de uma
vinculação possível, isto é, mais de uma alínea pode estar vinculada a um
mesmo ente tributante ou vice-versa.
(1º quadro)
Estas competências...
v) instituir taxas, em razão do exercício do poder
de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
w) dispor sobre conflitos de competência, em
matéria tributária, entre as pessoas políticas;
x) estabelecer normas gerais em matéria de
legislação tributária, especialmente sobre
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e
decadência tributários;
y) legislar sobre impostos municipais;
z) instituir contribuições de seguridade social,
mas apenas para seus servidores, destinadas o
custeio, em benefício destes, de sistemas de
previdência e assistência social.
(2º quadro)
... a Constituição atribuiu aos seguintes entes:
1 - à União.
2 - aos Municípios e ao Distrito Federal ou,
excepcionalmente, à União.
3 - aos Municípios, aos Estados, ao Distrito
Federal e à União.
4 - ao Distrito Federal e aos Estados.
5 - aos Estados, ao DistritoFederal e aos
Municípios.
É (são) errada(s) a(s) seguinte(s) vinculação(ções):
(A) v1, v2 e v4
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(B) w1
(C) x1
(D) z5
(E) y3
Resolução
Para responder a essa questão, além do já exposto acima, temos que
acrescentar as duas outras funções da lei complementar tributária do art.146,
CF88, presentes em seus incisos I e II:
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, 
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; [...] 
A questão pede as vinculações erradas.
(A) v1, v2 e v4 – v1 está CERTA POIS O ITEM 1 NÃO FALA SER
EXCLUSIVAMENTE DA UNIÃO A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR TAXA; V2
ESTÁ ERRADA SOMENTE PORQUE DIZ QUE A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR
TAXAS SÓ É DADA EXCEPCIONALMENTE À UNIÃO; V4 ESTÁ CERTA POIS O
ITEM 4 NÃO FALA SER EXCLUSIVAMENTE DO DISTRITO FEDERAL E DOS
ESTADOS A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR TAXA. NEM TODAS AS
VINCULAÇÕES ESTÃO ERRADAS, PORTANTO NÃO É ESTA A ALTERNATIVA.
(B) w1 – está CORRETA. É EXATAMENTE A LETRA DO ART.146, I, CF88.
(C) x1 – está CORRETA. É EXATAMENTE A LETRA DO ART.146, III, ‘B’, CF88.
(D) z5 – está CORRETA. À ÉPOCA DA PROVA (2002), ESSA VINCULAÇÃO
ESTAVA CORRETA, POIS ERA EXATAMENTE A REDAÇÃO ORIGINAL DO §1º DO
ART.195, CF88. COM A EC 41/2003, PASSOU A SER ERRADA A VINCULAÇÃO.
ANTES A CONTRIBUIÇÃO ERA PARA CUSTEIO DE SISTEMAS DE PREVIDÊNCIA
E ASSISTÊNCIA SOCIAL; AGORA, É PARA CUSTEIO DE REGIME
PREVIDENCIÁRIO DE QUE TRATA O ART.40, CF88.
(E) y3 – está totalmente ERRADA. NA ASSERTIVA, ESTADOS E UNIÃO ESTÃO
SOBRANDO, POIS ELES NÃO LEGISLAM SOBRE IMPOSTOS MUNICIPAIS. SE
FOSSE A VINCULAÇÃO Y2, PODERIA SER CONSIDERADA CORRETA, POIS
MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL LEGISLAM NORMALMENTE SOBRE
IMPOSTOS MUNICIPAIS, E UNIÃO, SÓ EXCEPCIONALMENTE, QUE É O CASO
DE TERRITÓRIOS FEDERAIS NÃO DIVIDIDOS EM MUNICÍPIOS.
GABARITO (em 2002): E
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18- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Se no
cabeçalho dos quadros da questão anterior estivesse o advérbio
“exclusivamente” (“Estas competências a Constituição atribuiu exclusivamente
aos seguintes entes”), estaria certa a seguinte vinculação:
(A) v2
(B) w3
(C) x1
(D) y5
(E) z3
Repitamos os quadros da questão anterior para facilitar:
(1º quadro)
Estas competências...
v) instituir taxas, em razão do exercício do poder
de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,
de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
w) dispor sobre conflitos de competência, em
matéria tributária, entre as pessoas políticas;
x) estabelecer normas gerais em matéria de
legislação tributária, especialmente sobre
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e
decadência tributários;
y) legislar sobre impostos municipais;
z) instituir contribuições de seguridade social,
mas apenas para seus servidores, destinadas o
custeio, em benefício destes, de sistemas de
previdência e assistência social.
(2º quadro)
... a Constituição atribuiu aos seguintes entes:
1 - à União.
2 - aos Municípios e ao Distrito Federal ou,
excepcionalmente, à União.
3 - aos Municípios, aos Estados, ao Distrito
Federal e à União.
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4 - ao Distrito Federal e aos Estados.
5 - aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios.
Resolução
(A) v2 - v2 está ERRADA somente porque diz que a competência para instituir
taxas só é dada excepcionalmente à União. Instituição de taxas não foi
atribuída exclusivamente a nenhuma pessoa política.
(B) w3 – a vinculação está ERRADA. Conflito de competência em matéria
tributária não é de competência de U, E, DF, M, mas sim da lei complementar
tributária (União) (art.146, I, CF88).
(C) x1 – foi considerada a CORRETA pela banca. Mas, a rigor, as normas gerais
em matéria de legislação tributária não foram atribuídas exclusivamente à
União. Os Estados, Distrito Federal e Municípios podem legislar sobre essas
normas gerais suplementarmente.
Basta a leitura do art.24, §3º, CF88, e do art.30, II, CF88, para chegar a essa
conclusão:
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
[...] 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não 
exclui a competência suplementar dos Estados. 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a 
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
[...] 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;[...]
(D) y5 – está ERRADA. Legislar sobre impostos municipais só cabe aos
Municípios e ao Distrito Federal, e excepcionalmente à União, no caso de
Territórios Federais não divididos em Municípios.
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(E) z3 – está ERRADA. E, DF, M podem instituir contribuições de seguridade
social, apenas para seus servidores, destinadas ao custeio – até 2002, em
benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social; a partir de
2002, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40,
CF88. Mas a União pode instituir contribuições de seguridade social não apenas
para seus servidores, mas também para trabalhadores da iniciativa privada.
GABARITO: C
19- (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 2002 ESAF) Em
relação ao tema competência tributária, é correto afirmar que:
(A) a Constituição atribui à União competência residual para instituir impostos,
contribuições para a seguridade social e taxas.
(B) a instituição de empréstimos compulsórios requer lei complementar da
União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme competência que a
Constituição confere a cada um desses entes da Federação.
(C) para instituir impostos com fundamento na competência residual, é
imprescindível, além da competência tributária, veiculação da matéria por lei
complementar e observância dos princípios constitucionais da não-
cumulatividade e da identidade plena com outros impostos discriminados na
Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo.
(D) somente a União tem competência residual para instituir impostos.
(E) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência para
instituir impostos, taxas, contribuição de melhoria e contribuição de
intervenção no domínio econômico, que a Constituição lhes reserva.
Resolução
(A) ERRADA. A Constituição atribui à União competência residual para instituir
novos impostos (art.154, I) e novas contribuições para a seguridade social
(art.195, §4º), mas não taxas, cuja competência é comum, ou seja, de todos
os entes federativos (U, E, DF, M), conforme a competência que a Constituição
confere a cada um para prestar os serviços que dêem ensejo à cobrança da
taxa.
(B) ERRADA. A competência para instituir empréstimos compulsórios é
privativa da União, a qual, de fato, deve se dar por lei complementar. Não
há que se falar de lei complementar dos Estados ou do Distrito Federal, pois
eles não têm competência para instituir empréstimos compulsórios.
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(C) ERRADA. De fato, os dois primeiros requisitos para instituir impostos com
fundamento na competência residual são, além da competência tributária: (i)
veiculação da matéria por lei complementar; (ii) observância do princípio
constitucional da não-cumulatividade. O terceiro requisito não é, como propõe
a alternativa o princípio da identidade plena com outros impostos
discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de
cálculo. Considerando-o como princípio, seria o da não identidade plena com
outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador
e base de cálculo.
(D) CORRETA. Para instituir impostos, somente a União tem competência
residual (art.154, I, CF88).
(E) ERRADA. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência
para instituir impostos, taxas e contribuição de melhoria, mas não
contribuição de intervenção no domínio econômico, pois esta é de
competência privativa da União.
GABARITO: D.
20- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) A
Constituição Federal atribui a denominada competência residual ou
remanescente, quanto aos impostos __________¹__________, e, no que se
refere às taxas e às contribuições de melhoria, __________²__________.
(A) ¹ aos Estados-membros, ² à União
(B) ¹ à União, ² aos Municípios
(C) ¹ ao Distrito Federal, ² aos Estados-membros
(D) ¹ à União, ² aos Estados-membros
(E) ¹ aos Estados-membros, ² aos Municípios
Resolução
Essa questão confirma que a ESAF entende que os Estados possuem a
competência tributária residual no tocante às taxas e às contribuições de
melhoria, isso por conta do art.25, CF88, em que as competências que podem
ensejar a cobrança de taxa e contribuição de melhoria são residuais, conforme
prescreve o §1º do art.25:
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Art.25, § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não 
lhes sejam vedadas por esta Constituição. 
GABARITO: D
21- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF)
Relativamente às normas gerais de direito tributário, é correto afirmar que:
(A) são de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios.
(B) o exercício, pela União, da competência para legislar sobre tais normas
exclui a competência, ainda que suplementar, dos Estados e do Distrito
Federal.
(C) apenas os Municípios não dispõem de competência para estabelecê-las.
(D) em nenhuma hipótese os Estados e o Distrito Federal exercerão
competência legislativa plena.
(E) no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, prevalecem as respectivas leis
sobre as leis federais.
Resolução
(A) ERRADA. A competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios é para legislar sobre direito tributário. Sobre
normas gerais de direito tributário, a competência é da União, e
suplementar dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
(B) ERRADA. O exercício, pela União, da competência para legislar sobre tais
normas não exclui a competência suplementar dos Estados e do Distrito
Federal. (§2º do art.24, CF88)
(C) CORRETA. Os Municípios dispõem apenas de competência concorrente e
suplementar para legislar sobre direito tributário. Isso não está expresso no
art.24, mas é interpretado assim a partir da leitura dos diversos dispositivos
constitucionais em matéria tributária.
(D) ERRADA. Há hipótese sim em que Estados e Distrito Federal exercerão
competência legislativa plena. É quando inexistir lei federal sobre
normas gerais. (§3º do art.24, CF88)
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(E) ERRADA. As leis dos Estados e do Distrito Federal só prevalecem sobre as
leis federais quando não forem contrárias a essas leis federais (§4º do art.24,
CF88).
GABARITO: C
22- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) Em tema de
competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a
afirmação de que:
(A) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas
gerais de Direito Tributário.
(B) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito
Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência legislativa.
(C) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica
mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, mesmo no
que lhe for contrário.
(D) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito
Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais.
(E) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos Municípios,
em virtude de estes não terem competência para legislar sobre Direito
Tributário.
Resolução
(A) CORRETA. Os Estados têm competência para legislar suplementarmente
sobre normas gerais de Direito Tributário. (ART.24, §2º, CF88).
(B) ERRADA. NA AUSÊNCIA DE LEI FEDERAL SOBRE NORMAS GERAIS DE
DIREITO TRIBUTÁRIO, OS ESTADOS PODERÃO EXERCER A COMPETÊNCIA
LEGISLATIVA PLENA, PARA ATENDER A SUAS PECULIARIDADES (art.24, §3º,
CF88).
(C) ERRADA. A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito
Tributário fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma
natureza, EXCETO no que lhe for contrário, quando prevalece a lei federal.
(D) ERRADA. No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito
Tributário A UNIÃO (e não os Estados) só pode legislar sobre normas
gerais.
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(E) ERRADA. A legislação tributária dos Estados NÃO é aplicada nos
respectivos Municípios. Os Municípios possuem competência concorrente para
legislar sobre Direito Tributário.
GABARITO: A
23- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE NATAL RN 2001 ESAF) Em
matéria de competência para a instituição de impostos, é correto afirmar-se
que:
(A) os Municípios dos Territórios Federais são competentes para instituir seus
próprios impostos, tal como nos Estados.
(B) nos Territórios Federais compete aos Estados dos quais foram
desmembrados a instituição dos impostos estaduais.
(C) compete aos Territórios Federais a instituição de seus impostos, tanto
estaduais quanto municipais.
(D) os Estados podem instituir impostos extraordinários e temporários, com
arrecadação vinculada a fins específicos.
(E) os Municípios podem instituir novos impostos, além daqueles
expressamente previstos na Constituição Federal.
Resolução
(A) CORRETA. SÓ SE O TERRITÓRIO NÃO FOR DIVIDIDO EM MUNICÍPIOS É
QUE COMPETE À UNIÃO OS IMPOSTOS MUNICIPAIS (ART.147, CF88).
(B) ERRADA. NOS TERRITÓRIOS FEDERAIS, A INSTITUIÇÃO DOS
IMPOSTOS ESTADUAIS NÃO COMPETE AOS ESTADOS DOS QUAIS OS
TERRITÓRIOS FEDERAIS FORAM DESMEMBRADOS, MAS COMPETE SIM À
UNIÃO (art.147, CF88).
(C) ERRADA. OS TERRITÓRIOS FEDERAIS NÃO POSSUEM COMPETÊNCIA
TRIBUTÁRIA. A INSTITUIÇÃO DOS IMPOSTOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS NO
TERRITÓRIO FEDERAL É DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO (art.147, CF88).
(D) ERRADA. A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR IMPOSTOS
EXTRAORDINÁRIOS NÃO É DOS ESTADOS, MAS SIM DA UNIÃO. ESSES
IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS SÃO TEMPORÁRIOS, POIS O ART.154, II,
CF88, DIZ QUE ELES SERÃO SUPRIMIDOS, GRADATIVAMENTE, CESSADAS AS
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CAUSAS DE SUA CRIAÇÃO. NÃO HÁ VINCULAÇÃO DE SUA ARRECADAÇÃO A
FINS ESPECÍFICOS.
(E) ERRADA. OS MUNICÍPIOS NÃO PODEM INSTITUIR NOVOS IMPOSTOS,
ALÉM DAQUELES EXPRESSAMENTE PREVISTOS NO ART.156 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A COMPETÊNCIA RESIDUAL DE IMPOSTOS SÓ SE
APLICA À UNIÃO.
GABARITO: A
24- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL

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