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Sinais e Sintomas do Aparelho Digestório

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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
Sinais e Sintomas do Aparelho Digestório
Boca
❖ Os sintomas predominantes são: dor de dente, dor de articulação temporomandibular, lesões (tipo
gengivite), úlceras, aftas, halitose (cheiro ruim);
➔ Alterações da Gustação
❖ Ageusia: perda total da gustação;
❖ Hipogeusia: diminuição da gustação;
❖ Parageusia: perversão/distorção da gustação. Ex.: tabagismo, glossites, medicamentos, tonsilites,
faringites, radioterapias, alterações neurológicas e psiquiátricas;
❖ Disgeusia: gosto doce, salgado, amargo, ácido ou metálico persistente na ausência de estímulo,
sensação de queimação na boca.
➔ Alteração da Saliva
❖ Xerostomia: boca seca. Ex.: pode ser devido a tabagismo, radioterapia, respiração bucal, aplasia da
glândula salivar, medicamentos (ex.: anti-histamínicos, descongestionantes, anticolinérgicos,
antidepressivos, estatinas);
❖ Sialorréia: salivação excessiva. Ex.: envenenamento (agonistas colinérgicos), pacientes com déficit
neurológico, cirurgias de ressecção de mandíbula;
Esôfago:
❖ Disfagia: dificuldade para engolir. Pode ser esofágica/baixa/transferência ou bucofaríngea/alta
transição/orofaringeana;
❖ Disfagia Bucofaríngea/alta/transição/orofaringeana:
➢ Dificuldade de engolir no início da deglutição;
➢ Pode ser por alterações de atividade neuromuscular da musculatura da boca, faringe ou do
esfíncter esofágico superior;
➢ O alimento permanece na boca toda ou em parte da cavidade bucal após a tentativa de engolir;
➢ Pode haver aspiração, tosse e/ou regurgitação nasal;
➢ Queixas de impactação do alimento na garganta, refluxo do alimento pelo nariz, tosse durante a
deglutição;
➢ Deixe o paciente na posição ereta, afasta o ombro para trás e eleva o queixo para facilitar a
deglutição do alimento;
➢ Associada a doenças neurológicas e musculares. Ex.: AVC, neuropatia, diabetes;
❖ Disfagia Esofágica/baixa/transferência/esofagiana:
➢ Dificuldade para engolir após ter iniciado a deglutição;
➢ Paciente informa que o alimento “para” no esôfago após a deglutição;
➢ Ocorre por alterações estruturais ou neuromusculares do esôfago ou no esfíncter esofagiano
inferior;
➢ Há dificuldade no transporte do alimento através do esôfago;
➢ A origem de obstrução pode ser de natureza orgânica/obstrutiva (por algum obstáculo. Ex.: tumor,
aneurisma da aorta) ou por alterações motoras (neuromusculares);
➢ Exemplos de doenças que diminuem o canal do órgão intrinsecamente: estenose, esofagite (evolui
para fibrose), carcinoma (ocorre disfagia progressivamente rápida de sólidos para líquidos).
➢ Exemplos de doenças que diminuem o canal do órgão extrinsecamente: linfadenomegalia do
mediastino e aneurisma da aorta torácica;
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
➢ Exemplos de doenças que alteram a atividade peristáltica do corpo do esôfago e/ou função do
esfíncter esofágico inferior por lesão nervosa ou motora;
● Acalásia: ocorre hipertonia e/ou defeito no relaxamento do esfíncter esofágico inferior (ele
fica em constante contração) associado a perda da atividade peristáltica do órgão. A
disfagia é progressiva de sólidos para líquidos. Pode haver regurgitação noturna
repetidamente e, consequentemente, aspiração.
● Esclerodermia: é o endurecimento da pele ocasionado por fibrose do tecido. Ocorre na
hipotonia do esfíncter esofagiano inferior e provoca diminuição da atividade peristáltica. Ex.:
esôfago de barrett;
● Espasmo esofagiano difuso: ocorrem espasmos intermitentes e difusos associados a dor
torácica que confunde com angina pectoris e o alimento fica pressionado/acumulado ali.
Ex.: esôfago em saca-rolhas, contas de rosário, esôfago em quebra-nozes, hipertonia
isolada do esfíncter esofagiano inferior.
2
Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ Globus: é a sensação de obstrução na garganta mas que não interfere na deglutição;
❖ Pseudodisfagia: é a sensação exagerada da deglutição, é muito sensível (sente o alimento descendo);
❖ Afagia: é a obstrução esofágica completa (nada passa), que, em geral, se deve a impactação do bolo
alimentar e representa uma emergência médica;
❖ Fagofobia: é o medo de deglutir que pode ocorrer em casos de histeria, tétano, raiva e paralisia faríngea.
Geralmente é desencadeado por medo de aspiração de alimentos ou comprimidos.
❖ Pirose: dor em queimação na região retroesternal, podendo irradiar-se para o abdômen superior, garganta
e região ântero-lateral do tórax. O paciente espalma a mão em movimento entre o esterno e o manúbrio.
Ocorre geralmente após as refeições e alivia com leite e antiácidos;
❖ Odinofagia: dor para deglutir. Ocorre somente na deglutição, diferentemente da pirose. Essa dor é
resultado do contato do bolo alimentar com a lesão na mucosa esofagiana;
❖ Dor Torácica: comum no espasmo esofagiano por inervação comum entre o esôfago e o coração.
Características:
➢ Resposta atípica com o exercício (não sente dor);
➢ Duração prolongada da dor (angina dura 5 minutos, infarto dura mais tempo);
➢ Dor retroesternal constritiva;
➢ Pode haver irradiação para região ântero laterais do tórax (ombros) , mandíbula e membros
superiores;
➢ Dor associada às refeições;
➢ Dor aliviada por medicamentos antiácidos ou antisecretores;
➢ História de outros sintomas como regurgitação, pirose, disfagia esofágica.
❖ Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE): muitas vezes acompanha a hérnia de hiato esofagiano.
Refluxo é quando o conteúdo ácido do estômago volta para o esôfago, causando esofagite (inflamação do
esôfago);
❖ Regurgitação: é o retorno do conteúdo gástrico/esofágico à cavidade oral. Não acompanhado de
náuseas, vômitos ou contração abdominal. Pode ser conteúdo amargo (bilioso), ácido (estômago) ou
putrefeito (acalasia);
Estômago e Duodeno
❖ Dispepsia: envolve os sintomas de dor (crônica ou recorrente) e/ou desconforto na região epigástrica;
➢ Desconforto é definido como sentimento negativo subjetivo e indolor, que pode ser definido como
peso epigástrico pós-prandial, e/ou saciedade precoce, e/ou náuseas, e/ou plenitude gástrica, e/ou
distensão abdominal, persistente ou recorrente.
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ Epigastralgia/dor epigástrica: é consequência ao estômago vazio e elevada acidez. “Dói, come, passa”,
está intimamente relacionada com a alimentação;
➢ Causa mais comum é a úlcera péptica (gastroduodenal) não complicada;
➢ É uma dor visceral;
➢ Pode ser de intensidade discreta, raramente é intensa;
➢ Tipo: em queimação. Pode ser descrita como “dor de fome”, “roedura”, “vazio no estômago”,
“queimadura”, “manhosa”;
➢ Localização: região epigástrica (mais comum), bem localizada, raramente difusa e interescapular,
mais dificilmente difusa no epigástrio, região interescapular, tórax inferior e periumbilical;
➢ Ritmicidade: tem um horário correto para surgir - madrugada (entre 01h e 03h), manhã (10h) e
tarde (entre 15h e 17h) - “hora gástrica/clocking”;
➢ Periodicidade: dias a meses de dor seguido de período de acalmia por período entre dias a meses;
❖ Náuseas: é a sensação desagradável de desejo iminente de vomitar referida no epigástrio ou garganta.
➢ É resultante de atividade motora desordenada do trato digestivo superior e anti peristalse do
duodeno;
➢ Pode estar associada a distúrbio da atividade autonômica (síndrome vasovagal) como salivação
excessiva, palidez, sudorese, hipotensão e bradicardia.
❖ Vômitos: é a expulsão violenta dos conteúdos gástricos com contratura abdominal.
➢ Geralmente são precedidos de náuseas;
➢ Não associados à doenças gastroduodenais: vômitos em jato (repentino, não precedidos de
náuseas) ocorre quando há hipertensão intracraniana e vômitos fecalóide (com conteúdo de fezes)
ocorre quando há obstrução intestinal.
❖ Saciedade precoce: é a redução da sensação do apetite e da fome logo após iniciar a refeição;
❖ Flatulência: caracterizada por sintoma de distensão, plenitude, timpanismo, borborigmos e eliminação de
gases;
❖ Desconforto abdominal: é a sensação subjetiva, não dolorosa, de peso epigástrico pós-prandial e/ou
saciedade precoce, e/ou náuseas, e/ou vômitos, e/ou flatulência;❖ Peso pós-prandial: é a sensação desagradável de enchimento excessivo do abdome superior após as
refeições - “comeu e ficou com a barriga cheia e pesada”;
❖ Regurgitação Ácida: sensação de queimação retroesternal e retorno do alimento previamente deglutido a
boca, associado ao suco gástrico, para dentro do esôfago. Pode evoluir para dor torácica (irradiar-se para
pescoço e membro superior). Geralmente está associada a dispepsia e outros sintomas gástricos. Ex.:
DRGE, doenças do estômago e duodeno;
❖ Pirose: dor retroesternal em queimação devido ao refluxo gastroesofágico. A pirose geralmente
acompanha a regurgitação ácida.
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
Intestino Delgado
❖ É o órgão destinado a absorção - duodeno, jejuno e íleo;
❖ Diarréia:
➢ volumosas, amolecidas, líquidas ou semilíquidas;
➢ frequência aumentada (menos frequente que do intestino grosso);
➢ evacuações noturnas são maiores em comparação ao intestino grosso;
➢ fezes são claras, brilhantes, leves e espumosas;
➢ odor desagradável, pútrido;
➢ eliminação de muitos gases conferindo característica explosiva;
➢ pode ser precedida de cólica na região;
➢ raramente com sangue, pus e muco;
➢ pode conter restos alimentares que são digeríveis, como batata, carne, ovo e arroz;
➢ presença de gotas de gordura por má absorção nas síndromes de má absorção intestinal
(esteatorréia);
❖ Má absorção intestinal: é a dificuldade ou ausência de absorção de nutrientes pelo intestino delgado.
Pode ser seletiva, global, hipoabsorção e hiperabsorção;
➢ Seletiva: apenas um nutriente é mal absorvido. Ex.: deficiência de vitamina B12 por doença ou
ressecção cirúrgica de íleo;
➢ Global: diversos nutrientes são inadequadamente absorvidos;
➢ Hipoabsorção: é mais comum;
➢ Hiperabsorção: ocorre, por exemplo, na hemocromatose
❖ Esteatorréia: diarréia com alto teor de gordura, volumosa, brilhante, lustrosa, clara, flutua no vaso
sanitário por grande conteúdo de gases, odor desagradável ou pútrido, eliminação de gotas de óleo e
substância branca. É relatada como fezes “pegajosas”, “espumosas”, “cheiro de manteiga rançosa”;
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ Distensão abdominal e flatulência: sensação desagradável de repleção, saciedade, acompanhada de
aumento do volume abdominal e distensão de suas paredes. Geralmente ocorre em consequência ao
aumento do conteúdo gasoso. Pode haver dor tipo cólica, ruídos abdominais, eliminação de gases (flatos).
Ex.: deficiência de lactase;
❖ Outros sintomas relacionados à má absorção intestinal: emagrecimento, febre, anemia, edema e carências
nutricionais específicas;
❖ Dor:
➢ Tipo cólica: pela distensão intestinal; alivia com posição antálgica ou aplicação de calor; presença
de ruídos hidroaéreos e reação vagal com bradicardia e sudorese;
➢ Tipo peso: por processos inflamatórios, isquêmicos ou congestivos;
➢ Tipo queimação ou pontada: relacionada a processos inflamatórios que atingem o peritônio
visceral;
➢ Imprecisa/região periumbilical: relacionadas ao jejuno e ao íleo;
➢ Abaixo da cicatriz umbilical: relacionadas ao íleo distal;
➢ Fossa ilíaca direita: relacionada ao íleo terminal.
Intestino Grosso e Ânus
❖ Diarreia Baixa: maior frequência em comparação ao intestino delgado.
➢ Menor volume;
➢ Presença de muco, pus e sangue. Ex.: Doença de Crohn;
➢ Acompanhada de tenesmo - dor localizada no períneo ou reto com desejo imperioso de evacuar;
➢ Urgência evacuatória;
➢ Fezes líquidas/semi líquidas/pastosas: desde aspecto de água até coloração pardacenta ou
amarelada;
➢ Pode estar associada à diarréia do intestino delgado. Ex.: Doença de Crohn.
❖ Obstipação/Constipação: é a prisão de ventre. Critérios na tabela abaixo;
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ Alterações das fezes:
➢ Ressecadas: fecalitos são fezes ressecadas, que já chegam ao reto partidas, com vários pedaços
pequenos. As fezes fragmentadas são partidas no ato defecatório por dor;
➢ Líquidas/Semi Líquidas/Pastosas;
➢ Em fitas: muito finas, cilíndricas ou achatadas por estreitamento ou espasmo muscular na sua
passagem;
❖ Dor anal: ocorre abaixo da linha pectínea pois há receptores de dor. Pode ou não ter relação com o ato de
defecar.
➢ Queimação: secreções ácidas como muco, pus, suor e fezes. Ex.: fissuras anais e hemorroidas;
➢ Latejante: por distensão dos tecidos perianais por acúmulo de secreção purulenta, muco e sangue.
Ex.: trombose hemorroidária, abscesso anal;
➢ Fisgadas: são pequenas contrações ou sensação de repuxamento anal. Ex.: abscessos, fístulas,
cicatrização de cirurgias.
➢ Puxo: é a contração anal dolorosa ou não, involuntária, por reflexo cérebro-espinal, geralmente
ocorre após evacuação dolorosa. Ex.: fístulas, hemorróidas e fissuras;
➢ Tenesmo: são contraturas anais autônomas, dolorosas, de natureza autônoma na musculatura lisa,
sensação de vontade de evacuar em decorrência a estímulos vagais, diferentemente do puxo. Ex.:
infecções intestinais.
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ Secreções Anômalas na matéria fecal:
➢ Muco: é secretado permanentemente nas fezes, quando está presente significa excesso de
produção. Ex.: colites, retocolite ulcerativa;
➢ Pus: é sempre anormal. Ex.: retocolite ulcerativa e amebíase;
➢ Restos Alimentares (vem do intestino delgado): celulose, fibras, aceleração intestinal, má absorção
intestinal podem provocar isso;
➢ Parasitos;
➢ Pólipos: são massas vermelhas tipo cogumelos, geralmente com sangue. São arrancadas da
parede intestinal pelo atrito das fezes.
❖ Incontinência: incapacidade do indivíduo de controlar, com facilidade, a passagem de gases e fezes pelo
canal anal;
❖ Hemorragia Digestiva Alta:
➢ Acima do ângulo duodenojejunal/Treitz;
➢ Características semiológicas do sangue:
● Melena: evacuação com fezes escuras, negras, fétidas, devido ao sangue digerido por
aproximadamente 8 horas. Ex.: úlcera estomacal, varizes esofagianas;
● Hematêmese: vômito de sangue vermelho, podendo ser vermelho-escuro;
● Sangue oculto nas fezes: quando o sangramento é menor que 60ml ele não altera a cor das
fezes.
❖ Hemorragia Digestiva Baixa:
➢ Abaixo do ângulo duodenojejunal/Treitz;
➢ Características semiológicas do sangue:
● Hematoquezia/Sangramento Anal: eliminação de sangue vermelho vivo pelas fezes;
● Enterorragia: sangramento que sai pelo ânus sem relação com as fezes;
● Sangue oculto nas fezes: quando o sangramento é menor que 60ml ele não altera a cor das
fezes.
❖ Presença de sangue vivo na matéria fecal: coagulado, semi coagulado, vermelho em estrias, em gotas,
em jato, esborrifado;
➢ Em gotas: ao sentar no vaso sanitário, antes da passagem das fezes, sugere lesão anorretal. Ex.:
hemorróidas, fissuras e pós-operatório;
➢ Esborrifado: salpica o vaso ao invés de sujar as fezes ou gotejar. Ex.: hemorróidas;
➢ Em jato: sob forma de jato apenas por sentar no vaso sanitário. Ex.: hemorróidas (quando
entremeado nas fezes) e câncer;
➢ Coagulado: coágulos pretos com odor fétido sugere sangramento colônico mais alto. Ex.:
diverticulite, retocolite ulcerativa, doença de crohn, câncer;
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
➢ Semi coagulado: vermelho e sem odor fétido. Ex.: retocolite, câncer e diverticulite;
➢ Vermelho em estrias: estrias de sangue por fora das fezes sugere que elas traumatizaram a lesão
fazendo-as sangrar. Se houver dor a localização será abaixo da linha pectínea. Ex.: pólipos retais,
pequenos tumores retais, hemorróidas internas;
❖ Sangramento: pode ser concomitante ou após a passagem das fezes. Pode ser sem dor (lesão acima da
linha pectínea que necessita de traumatismo para sangrar) ou com dor (abaixo da linha pectínea);
Pâncreas
❖ Dor da pancreatite:
➢ Aguda:
● Muito intensa, às vezes excruciante e de intensidade variável;
● Frequência: contínua;
● Localização: epigástrica com irradiação em faixa (ou em barra) para hipocôndrios, flancos,
dorso e lombar (faixa pancreática), como uma cinta dolorosa;
● Agravada por alimentação e decúbito dorsal;
● Acompanhada de náuseas e vômitos.
➢ Crônica:
● Dor tipoinsidiosa e vaga pode ocorrer nas neoplasias e inflamações crônicas;
● Posição antálgica característica de casos crônicos: posição fetal de cócoras em decúbito
lateral ou genupeitoral;
❖ Emagrecimento: nos casos de carcinomas é precoce e frequente (⅔ dos casos) além de rápido e
progressivo (2kg/mês). Nos casos de pancreatite crônica pelo agravamento da dor com a alimentação;
❖ Icterícia: nas obstruções da ampola duodenal, frequente nos tumores de cabeça do pâncreas;
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ Alterações mentais: ansiedade, depressão, manifestações por alcoolismo, que é causa comum de
pancreatite;
❖ Náuseas e vômitos;
❖ Astenia: fraqueza pela dificuldade em alimentar-se, pelo alcoolismo, por câncer;
❖ Massa ou abaulamento abdominal: região epigástrica consequente a cistos volumosos, pode haver
ascite em casos de carcinomatose peritoneal.
Fígado e Vias Biliares
❖ Icterícia: cor amarela da pele, mucosa e dos líquidos corporais pelo aumento da bilirrubina sérica -
evidente quando os níveis ultrapassam 2 a 3 mg/dl;
❖ Dor:
➢ Tipo cólica biliar: é localizada no hipocôndrio direito, no epigástrio, na base do hemitórax direito, na
escápula e na região subclavicular direita. Ex.: colestase, litíase biliar, obstrução do ducto cístico ou
colédoco;
➢ Tipo surda e moderada: é localizada no hipocôndrio direito e sugere distensão da cápsula hepática.
Ex.: hepatite, insuficiência cardíaca e tumor;
❖ Colúria: cor da urina escura pelo aumento de bilirrubina direta na urina;
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ Acolia Fecal: fezes brancas por ausência do pigmento da bilirrubina direta (não chega bilirrubina no
intestino). Ex.: colestase;
❖ Hipertensão Sistema Porta: qualquer obstáculo à drenagem da veia porta vai causar estase e aumento
do volume sanguíneo/elevação da pressão venosa nas veias que drenam o sangue oriundo da parte distal
do esôfago, estômago, pâncreas, baço, intestino delgado, cólon, vesícula biliar, provocando varizes;
❖ Varizes esofagianas e estômago: consequência da hipertensão porta. Pode ter hemorragia digestiva alta
se manifestando por hematêmese e melena;
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Ana Júlia Ornelas Piedade - MED 104
❖ Circulação Colateral: ela parte do umbigo para fora. É consequência da hipertensão porta também;
❖ Ascite: aumento de líquido na cavidade abdominal. Ocorre em pacientes cirróticos por aumento da
pressão hidrostática, redução da pressão coloidosmótica e retenção de sódio e água;
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