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Catharine Menezes Anatomia ECTOMIA: retirada COLES: via biliar Colecistectomia: retirada da vesícula A anatomia é o inicio do compreendimento, por exemplo, um paciente que chega ao pronto socorro com dor abdominal em hipocôndrio direito. Do fígado vamos ter dois ductos intra- hepáticos principais, esses ductos saem do fígado e aqui existe a vesícula, a vesícula se une ao ducto principal e forma outro ducto. Então vamos ter o ducto a direita do fígado, chamado de ducto hepático direito o qual se une ao ducto hepático esquerdo e formam o ducto hepático comum ou ducto hepático próprio A vesícula biliar que vai armazenar a bile e vai desembocar no ducto cístico, este se une ao ducto hepático comum e forma o ducto colédoco D k g j O ducto colédoco vai ter 4 porções, mas devemos focar apenas na porção que vai desembocar no duodeno, que é a 2º porção, ( fez um desenho), o duodeno o qual tem 4 porções termina no ângulo de Treitz, na 2º porção do duodeno teremos o pâncreas, no pâncreas ele terá um ducto principal, chamado de ducto Wirsung, pancreático principal ou ducto de este ducto tem vários ductos acessórios que coletam o suco pancreático, chamado de ductos de Santorini, o ducto pancreático principal se une na região do colédoco intramural, ou seja, ela entra no pâncreas e eles se unem numa saída única na 2º porção do duodeno, eles tem algumas anomalias mas a grande maioria se une ao ducto pancreático principal, o colédoco se une ao principal e eles desemborcam na 2º porção do duodeno através de um controle esfincteriano muscular chamado de esfíncter de Oddi. Como a cobertura desse esfíncter é uma papila, uma mucosa, a qual o nome é papila de Vatter. A bile de um modo geral é estéril, se tiver alguma estase, parada na eliminação da bile, isso favorece a formação de cálculos, Cirúrgia de Vesícula Biliar Catharine Menezes o qual é a doença mais comum da via biliar. O cálculo formou por problemas de 3 elementos, sendo eles: sais biliares, água e colesterol.. Quando existe o desequilíbrio destes 3, há o desenvolvimento de cálculos, e pra isso a gente chama a bile de litogênica, porque calculo é litos, então, bile litogênica, a bile estéril, produzida no fígado, quando estimulada para ser liberada atrás do hormônio CCK, quando existe a estimulação hormonal, a bile sai do ducto hepático comum e cai no ducto colédoco, porém, existe bile também armazenada na vesícula biliar que é estéril, então a vesícula armazena tudo e quem produz é o fígado, quando come um alimento gorduroso e ele chega na 1º ou 2º porção do duodeno, existe uma estimulação hormonal para que o hormônio CCK contraia a vesícula e a vesícula também jogue bile na 2ª porção do duodeno, então o liquido é gastro pancreático bilioso, o qual é estimulado pela ingesta de alimento gorduroso. Epidemiologia Acomete homens, mulheres, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Podendo ser visto mais em mulheres acima de 40 anos, obesas, multíparas e baixa estatura (questão hormonal), são os pacientes que tem mais pretensão a ter o cálculo de vesícula biliar. Levar em consideração que se tem cálculo e uma estase na bile, vai ocorrer uma proliferação bacteriana, e o crescimento destas acomete um quadro infeccioso, e quando leva em consideração este quadro deve-se ter cuidado principalmente em pacientes diabéticos independente da idade, pois são pacientes que tem risco iminente de perfuração na vesícula. Pacientes diabéticos operar urgentemente. Quadro Clínico Um paciente que tem cálculo na vesícula, geralmente relata histórico de alimento gorduroso, ou seja, perguntar ao paciente se ao ingerir aumenta estes alimentos a dor piora. Perguntar se está acompanhado de náuseas e vômitos. Paciente com dor em abdome superior, localizada no hipocôndrio direito podendo irradiar do epigástrio para o hipocôndrio, às vezes sendo narrada como dor em barra, dor que vai para o dorso ou para escápula direita. Na estase biliar os sintomas comuns são: icterícia, acolia fecal, colúria, sendo estes sintomas de obstrução biliar. Caso este cálculo fique preso na 2º porção do duodeno, vai ocorrer uma obstrução biliar e quadro característico de Catharine Menezes dor em barra, que é a dor da pancreatite aguda, sendo sua principal causa o cálculo de vesicular biliar, ou seja, cálculo que migrou da vesícula pelo colédoco e obstruiu a ampola de Vatter, o esfíncter de Oddi, esses micro cálculos podem também cair no duodeno e serem eliminado nas fezes, ou, pode ocorrer uma inflamação, chamada de papilite ( inflamação da papila de Vatter). Paciente ictérico, raciocínio: doença hepática ou obstrução biliar, devendo se investigar. Caso 1: paciente com dor abdominal, intolerância a alimentos gordurosos, náuseas e vômitos, provavelmente será um cálculo na vesícula que inflamou. Caso 2: paciente com dor abdominal, intolerância a alimentos gordurosos, náuseas e vômitos, ictérico: possivelmente é vigência de um quadro obstrutivo agudo, sendo cálculo na vesícula e obstrução da via biliar. Caso 3: paciente com dor abdominal, intolerância a alimentos gordurosos, náuseas e vômitos ficou ictérico, com cólicas e passou, possivelmente é uma paciente que tem cálculo na vesícula e teve a obstrução biliar, mas passou, ou seja, um micro cálculo foi ao duodeno, inflamou a papila de Vatter e se curou sozinha, a bile continua sendo drenado ao duodeno, porém o cálculo continua na vesícula, sendo necessária a cirúrgia do mesmo jeito, pois pode ocorrer novamente a obstrução biliar. Diagnóstico Exame físico: palpação do abdome, sinal de Murphy. Somatoscopia: icterícia ou não. Exame de imagem: ultrassonografia de abdome total conforme a clinica da doença. Hemograma, PCR, TAP, coagulograma, ureia, creatinina, glicemia. Bilirrubina total, direta, indireta, gama gt, fosfatase alcalina ( para obstrução biliar) TGO e TGP ( mostra a avaliação da função hepática). Amilase e Lipase para eliminar pancreatite. Eletrólitos, casos de vômitos recorrentes. Cálculo no colédoco deve- se fazer ressonância. Para saber se há necrose pancreática: tomografia. Patologias Litíase Biliar ou colelitiase: caso clínico: dor no estômago que se repete sem piora ao comer alimentos gordurosos, na ultrassom há cálculo na vesícula com paredes finas, paciente assintomática, sendo o diagnóstico de litíase biliar ou colelitiase, a qual é um achado ocasional, tendo indicação para operar. Catharine Menezes Colecistite aguda é a inflamação da vesícula aguda inflamatória sendo biliar ou litiasica. Caso clínico: quando o paciente começa a sentir dor como, náuseas, vômitos, cólicas. Colecistite aguda alitiasica: dor em hipocôndrio direito, piora ao comer alimentos gordurosos, na ultrassonografia não apresenta cálculos na vesícula, o indicado foi comer gordura durante a ultrassonografia e assim vê a vesícula contraindo ferozmente causando dor no paciente. (ultrassonografia de abdome total com prova terapêutica gordurosa). Aguda: parede da vesícula fina, com poucas crises durante a vida. Crônica: parede da vesícula espessada, geralmente em colecistite crônica litiasica, com crises há muito tempo. Colecistite crônica agudizada ou colecistite crônica calculosa: paciente relata muitas crises de vesícula, com dor, feito o exame foi encontrado cálculos e relata ter sentido dor no dia anterior, tornando a doença agudizada. Rotina radiológica: raio x de abdome em pé e deitado, raio x de tórax ap e pf. Vesícula biliar em porcelana: obstrui o ducto cístico, parede da vesícula colorida de cálculos, com predominânciade cálcio e não colesterol (o que geralmente é). Doença rara e pré-maligna. Câncer de vesícula biliar: é uma doença que não tem relação com cálculos a não ser que seja vesícula biliar em porcelana. Empiema de vesícula biliar: pus dentro da vesícula, ocasionado por uma estase da bile pelo cálculo. Vesícula biliar enfisematosa ou colecistite aguda litiasica enfisematosa: quando as bactérias são produtoras de gás (anaeróbicas), urgência para cirúrgia. Colangite aguda: pûs na árvore biliar principal, tríade de Charcot: dor, febre e icterícia, com sintomas de choque séptico, hipotensão e confusão mental, grau de morte alto. Pancreatite aguda: principal causa é a vesícula biliar Íleo biliar: vesícula entra em contato com o duodeno, perfurando o duodeno, chamado de fistole, ocasionando no deslocamento do cálculo para o duodeno. Síndrome de mirizzi; consiste na obstrução seja do ducto hepático comum ou do colédoco, secundária à compressão extrínseca devido à impactação de cálculos no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula. Catharine Menezes Técnica cirúrgica Vídeo laparoscopia: padrão-ouro Deve- se identificar a artéria cística, ductos e descolar a vesícula do fígado. Técnica retrógada: como se tivesse vindo de trás pra frente, mexe primeiro na artéria, ducto e depois descola a vesícula, opera do infundíbulo pro fundo. Sendo mais usada na vídeo-laparoscopia. Técnica anterógrada: mexe se inicialmente no fundo da vesícula, descola e depois identifica as artérias para fazer a ligadura. Técnica mista: mais segura e indicada, pois não corre o risco do cálculo sair da vesícula e cair em outro órgão, isola o ducto cístico, realiza a ligadura, na artéria liga e secciona, vai ao fundo da vesícula descola e encontra o fio tracionando o ducto cístico. Laparotomia: mais complexa, campo reduzido e fundo, precisando de um auxiliar, sendo difícil encontrar o ducto cístico podendo ocorrer erros e ser feito a ligadura no colédoco. Técnica de Torek: a parede posterior da vesícula é deixada na superfície hepática, e a mucosa remanescente, cauterizada. Tendo como complicação: a passagem da bile pelos forames de luschka e causar um Bilioma no pós-operatório, para se evitar: cauteriza o leito da vesícula biliar com bisturi elétrico. Questões possíveis: Bilioma, migração do cálculo, complicação de cada técnica, Torek: bilioma, retrógada: ligadura invertida do colédoco, anterógrada: cálculo migrando ao colédoco.
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