Envenenamento por Chumbinho ( CARBAMATO): Como socorrer

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ENVENENAMENTO POR CARBAMATO (Chumbinho): Como socorrer
Existem classes de substâncias químicas toxicantes como: inseticidas organofosforados, piretróides, carbamatos, organoclorados, raticidas e herbicidas. Uma destas classes de compostos trata-se do “Carbamato Aldicarb” (o popular Chumbinho). O exercício a seguir, responderá algumas perguntas como:
01) nome do composto
02) fórmula estrutural
03) aplicação (para que é usado)
04) qual é a via de absorção pelo organismo humano
05) onde é metabolizado
06) qual é a dose letal desta substância em adultos humanos
07) através de qual técnica química se analisa sua presença no organismo
08) sintomas de intoxicação 
09) qual é o tratamento 
CLASSE DOS CABARMATOS- CARBAMOILOXÍMICOS
01) nome do composto: Carbamato Aldicarb (Chumbinho) 
Nome comercial :Temik.
02) Fórmula estrutural: C7H14N2O2S
03) Aplicação (para que é usado) 
O Aldicarb, puro ou misturado com outros carbamatos e/ou organofosforados é comercializado ilegalmente como raticida, com o nome popular de Chumbinho (CALDAS,2000). 
04) Qual é a via de absorção pelo organismo humano
O Aldicarb é absorvido pela pele, trato respiratório, trato gastrointestinal e de forma rápida se espalha pelo organismo. Seus produtos de biotransformação são excretados principalmente na urina (80%) dentro de 24 horas, não ocorrendo armazenamento nos tecidos (AZEREDO et al,2005).
05) Onde é metabolizado?
No fígado - (OLIVEIRA, SILVA e SOUZA, 2014)
06) Qual é a dose letal desta substância em adultos humanos?
A dose letal em adultos é de 8mg/Kg (OLIVEIRA, SILVA e SOUZA, 2014)
 07)Através de qual técnica química se analisa sua presença no organismo?
 
São usadas técnicas de reação químicas específicas e cromatografia em camada delgada (CCD) é usada com eficácia, até mesmo em amostras que ficaram congeladas por até seis meses, em caso de animais que morrem pela intoxicação (XAVIER,2019).
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07) Sintomas de intoxicação 
 	A intensidade dos sintomas depende da dose, da toxidade e metabolização do carbamato. Entre os sintomas estão: Cianose, tonturas, aumento da secreção brônquica, edema pulmonar, falta de apetite, cólicas abdominais, náuseas, salivação, lacrimejamento, pupilas contraídas, dor de cabeça, fraqueza, incontinência fecal, suor excessivo (OLIVEIRA, SILVA, SOUZA, 2014).
08) Sintomas de intoxicação
O animal ou pessoa envenenado por Aldicarb Chumbinho, apresentará: salivação, lacrimejamento, urina, diarreia, vômitos, broncorreia, broncospasmo, bradicardia, miose) contrações e fraqueza muscular dentre outros.
09) Qual é o tratamento
Não há contraveneno para o carbamato, contudo, utiliza-se atropina em doses satisfatórias para controle dos efeitos muscarínicos e procede-se ao esvaziamento gástrico até 4 horas após a ingestão, através de lavagem com soro. Pode ser administrado Diazepam para controle das convulsões e carvão ativado por via oral, para neutralizar a ação do tóxico e apressar sua excreção por meio das fezes e urina. A fluidoterapia venosa e furosemida estimula a diurese e excreção renal e reduz o edema de pulmão. O gluconato de cálcio pode ser empregado para estabilizar a membrana, (CALAZANS e PORTO,2015).
REFERÊNCIAS
CALAZANS, Simone da Motta; PORTO, Mirna Ribeiro. Intoxicação por Aldicarb (Chumbinho) em um cão. Publicação da Faculdade Promove de Brasília- Curso de medicina veterinária, Brasília, 2015. 
CALDAS, Luiz Querino de Araújo. Intoxicações Exógenas Agudas por Carbamatos, Organofosforados, Compostos Bipiridílicos e Piretróides. Publicado pelo Centro de Controle de Intoxicação, Niterói -RJ,2000. Disponível em: < http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/intoxicacoes%20agudas%20-%20carbamatos%20e%20organoclorados.pdf> Acesso em 04 de junho de 2021
OLIVEIRA, Welisson Nóbrega de; SILVA, Erick Xavier da; SOUZA, Janaina Ribeiro de. Envenenamento por Carbamato: Relato de caso. Publicado em 01 de abril de 2014.
 XAVIER, F. G; RIGHI, D.A.; FLÓRIO, J.C. SPINOSA H. S. Cromatografia em camada delgada para o diagnóstico da intoxicação por aldicarb ("chumbinho") em cães e gatos. Medicina Veterinária • Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. 59 (5) • Outubro 2007. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/abmvz/a/FqPZxgFZsvd73mNWSkmbvVb/?lang=pt> Acesso em 04 de junho de 2021.