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Introdução ao Sistema Nervoso Central

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Kérolin Nadur Unifenas- Alfenas Medicina-XLII 
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Introdução ao 
Sistema Nervoso 
Central 
 Conceitos importantes: 
• Irritabilidade: devolver agressão externa 
com agressão 
• Contratilidade: defesa frente um ataque 
• Condutibilidade: fuga 
 
Evolução: 
 
 
 
Embriologia: 
3° semana: gastrulação- formação do tecido 
trilaminar (mesoderma, endoderma e ectoderma) 
15° dia: formação da notocorda. Mesoderma 
começa a se desenvolver, crescer e a notocorda, que 
é um feixe neuroenterico que comunica o endoderma 
com o ectoderma, começa a se fechar. 
A notocorda começa a crescer e se desenvolver ao 
longo do embrião e à medida que ela for crescendo, 
vai guiando a formação do sistema nervoso 
central. 
Entre 14°-18° dia: fechamento da notocorda, e se 
inicia a formação do tubo neural a partir da 
invaginação da crista neural. 
Forma a placa neural -> sulco neural -> gruta 
neural->, a invaginação vai fechando até formar 
duas estruturas: o tubo neural e as células da 
crista neural (formação do sistema nervoso 
periférico) 
Crista neural: Se forma com resquícios do tubo 
neural após seu fechamento. Vai formar os 
gânglios espinhais e os nervos periféricos. 
Acompanha os somitos durante seu 
desenvolvimento e faz inervação dos segmentos, 
por isso os nervos são todos segmentados. Os 
somitos se subdividem em duas estruturas, que são 
os dermátomos e os miótonos. 
 
 
Importância clinica da formação do tubo 
neural: 
O sistema nervoso tem como característica estar 
protegido por um tecido mesodérmico ósseo ( crânio 
e vertebras) essas estruturas são desenvolvidas 
através dos somitos, o mesoderma tem esses 
somitos que vão crescer em volta do tubo neural e 
ele desenvolve todo o sistema nervoso central, por 
isso que ele é inteiro tubular. 
Quando o tubo neural fecha, ele vai se dividir em 
duas porções: a placa alar e a placa basal. 
O sistema nervoso central tem origem ectodérmica, 
por isso, muitos medicamentos para ele dão alergia 
na pele e algumas doenças do snc também se 
manifestam na pele por serem formados do mesmo 
tecido. 
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• Placa alar: dorsal -posteriormente mais 
próxima da superfície, com função sensitiva 
• Entre: sulco limitante 
• Placa basal: ventral- mais perto do 
mesoderma (forma músculos e ossos) 
função motora. 
Portanto, quando se tem lesão na parte posterior 
da coluna se perde a sensibilidade, e quando a 
lesão é na parte anterior perde-se a motricidade. 
25° dia: após o fechamento do tubo neural, começa 
a formação das vesículas cerebrais. 
As 3 vesículas primarias são: 
Prosencefalo-> telencéfalo (cérebro) e diencéfalo 
Mesencéfalo-> mesencéfalo 
Rombencéfalo:-> metencéfalo (ponte e cerebelo) e 
miencefalo (bulbo) 
 
 
Pode haver falha no fechamento do tubo neural, 
assim não consegue envolver os somitos de forma 
adequada e alfo fica faltando, então, o osso não 
se forma de forma adequada e pode ocorrer: 
• Mielomeningocele: a cele possui medula e 
meninge, então tem tecido nervoso junto, 
portanto o erro ocorreu antes do 27° dia 
• Meningocele: só tem meninge 
• Espinha bífida oculta: fechou tudo, mas 
não fechou o osso. 
• Encefalocele: crânio- meninge 
• Encefalomeningocele: crânio- meninge e 
medula. 
Por que ocorre? O sistema nervoso central é 
formado muito cedo, em uma época que a mulher 
geralmente não sabe da gravidez, então pode haver 
consumo de álcool, drogas, remédios e ainda não 
há reposição de ácido fólico. 
 
 
 
 
 
Formação óssea: origem mesodérmica. 
Formam-se dois tipos de crânios inicialmente 
diferentes: 
• Neurocranio: responsável por formar os 
ossos que envolvem o cérebro. 
➔ Condocranio: frágeis, de origem 
cartilaginosa. Ossos da base do crânio 
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(permitir a passagem de estruturas, 
formares) esfenoide, temporal, etmoidal. 
➔ Dermatocranio: não tem origem 
cartilaginosa, são longos, muito 
vascularizados, são duros e não tem 
forames. 
• Viscerocranio: responsável por formar os 
ossos que não vão envolver o sistema 
nervoso central, como os ossos da face 
(mandíbula e maxila) 
 
Existem 28 ossos principais do crânio: os 
principais são: frontal, temporal, esfenoidal, 
parietal e occipital 
 
Osso occipital: é dermatocranial e composto por 
dois ossos porque a primeira vertebra embriológica 
está fundida nele. Na 23° semana de gestação, o 
osso occipital se funde com a primeira vertebra 
formando a proeminência occipital externa. Assim, 
o individuo tem 8 niveis cervicais porem só possui 
7 vertebras. 
 
Células do Sistema Nervoso: 
• Células da glia: são células de 
sustentação. 
➔ -Astrocito: é a principal célula e a 
mais comum. É uma espécie de 
‘’faz tudo’’: regula canais voltagem 
dependentes, armazena glicose, faz 
fagocitose, ajuda na cicatrização 
neuronal, proteção da barreira 
hematocefalica. (envolve os vasos 
do sistema nervoso central) 
➔ Microgliocito: Realiza fagocitose. 
➔ Oligodentrocito: envolvem o 
neurônio formando a bainha de 
mielina do sistema nervoso central. 
➔ Ependimócitos: são células dos 
ventrículos, fazem parte dos plexos 
coroides que ajuda na produção do 
liquor. Elas filtram o sangue que 
passa pelo plexo coroide, portanto, 
ajudam na manutenção e limpeza do 
cérebro 
➔ Célilas de Schwann: formam a 
bainha de mielina do sistema 
nervoso periférico 
• Neurônio: é a parte funcional. Fica na fase 
g0, então, não se replica. Pode ter 
crescimento neuronal ate o 3° ou 4° ano 
de vida. 
 
Corpo celular: local em que ficam as principais 
organelas. Tem uma grande despensa de 
neurotransmissor portanto tem bastante síntese 
proteica e é rico em lisossomos. 
Axônio: é o prolongamento do corpo celular, varia 
muito de tamanho podendo ter de micrometros a 
metros. é importante na condução elétrica da 
sinapse, portanto rico em canais voltagem 
dependente (de sódio e potássio). O neurônio que 
vai da medula até a ponta do dedo é um só, o que 
mostra o tamanho de um axônio. 
Dendritos: são muitos e ricos em microtúbulos por 
conta das diversas ramificações, é o local no qual 
ocorre a entrada da informação no corpo celular. 
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Alguns neurônios são unidirecionais, outros são 
bidimensionais e outros só levam a informação 
não trazendo-a. 
Cada neurônio pode ter de 30 a 60 mil conexões 
com outros neurônios, quanto mais conexões, mais 
a inteligência. 
 
Sinapses: são as comunicações entre os 
neurônios. 
• Sinapses elétricas: comunicação 
bidirecional. Serve para trafegar informação 
dentro do mesmo neurônio, dificilmente 
passa de um para o outro. 
• Sinapses químicas: são as mais comuns e 
são dependentes de neurotransmissores ( 
excitatórios e inibitórios) 
Um neurônio excitatório é capaz de propagar a 
condução da sinapse e um inibitório é capaz de 
hiperpolarizar o outro neurônio. Mas isso não 
significa que a ação final vai ser inibitório ou 
excitatória, por exemplo, um neurônio que é inibido 
não necessariamente inibe uma via, as vezes precisa 
da inibição para fazer que a via funcione. 
Como ocorre? Por meio da mudança de potencial 
de membrana. Para a inibição, aumenta o fluxo de 
cloro, assim não consegue despolarizar porque 
aumenta o potencial de membrana. Para estimular, 
aumenta a entrada de sódio para ocorrer 
despolarização, normalmente o neurônio é negativo. 
Etapas: 
➔ Geralmente o neurônio está em -70mV, 
recebe muito sódio e potássio e, assim, vai 
começar a despolarizar o neurônio. Quando 
despolariza, entrou muito sódio e isso vai 
alterar o potencial de membrana, esse novo 
potencial permite a entrada de cálcio 
➔ O cálcio entra e se liga as vesículas que 
contém os neurotransmissores, puxando 
essa vesícula para a fenda sináptica. Com 
isso, a vesícula se funde a membrana do 
neurônio e isso gera a liberação dos 
neurotransmissores na fenda sináptica, que 
vão inibir ou estimular o próximo neurônio. 
➔ Sai todo o sódio para repolarizare o 
neurônio fica muito negativo, 
hiperpolarizado por um tempo. Pouco sódio 
e pouco potássio entram novamente para o 
potencial voltar a ser -70mV.

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