Buscar

Balantidium coli

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

C L A S S I F I C A Ç Ã O
1 ) F I LO : C i l i ophora ; 
2 ) ORDEM: t r i chos tomat ida ; 
3 ) FAMÍL IA : Ba lant id i i dae
4 ) Supergrupo Chromoa l veo la ta ;
5 ) Grupo A l v eo la ta ;
6 ) Subgrupo C i l i ophora 
O cisto é a forma de resistência do parasita, encontrado no
ambiente e liberado juntamente com as fezes formadas do
reservatório / hospedeiro. Sendo assim, é o responsável pela
contaminação da água e alimentos (bem como de objetos,
terra) e consequente transmissão para o ser o humano. Possui
o formato ovoide ou esférico, com 40 a 65 µm de diâmetro.
Sua parede é lisa, espessa e hialina. Apresentando coloração
amarelada ou esverdeada, com um macronúcleo no seu
citoplasma dentro de uma massa de material citoplasmático.
Essa forma não apresenta movimentação ativa, mas pode
apresentar alguma. Permanece mais tempo viável em
ambientes úmidos e protegidos da luz do sol direta. 
obs: na fase cística o parasito está dentro do porco 
CITÓSTOMA: BOCA CELULAR 
CITOPÍGIO: ANÚS CELULAR (DEFECAÇAO) 
DIGESTÃO-----VACÚLOS-----LISOSSOMOS 
DOIS NÚCLEOS: 
1)MICRONÚCLEO: RESPONSÁVEL PELA REPROUÇÃO
2)MACRONÚCLEO: RESPONSÁVEL PELA COORDENAÇÃO DA CÉLULA
VACÚLOS PULSÁTEIS: FUNÇÃO DE OSMORREGULAÇÃO 
POSSUI CILIO: PROTOZOÁRIO CILIADO 
B A L A N T I D I U M C O L I E B A L A N T I D Í A S E 
É O MA IOR PROTOZOÁRIO QUE PARASITA O HOMEM
E O ÚNICO CIL IADO A DESEMPENHAR DOENÇA
EM SEREM HUMANOS .
B A L A N T I D I U M C O L I
T R O F O Z O Í T O
C A R A C T E R I S T I C A S 
PROTOZOÁRIO COMENSAL NATURAL DE PORCOS;
REPRODUÇÃO: 
ASSEXUADA POR DIVISÃO BINÁRIA;
SEXUADA POR CONJUGAÇÃO;
DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL. MAIORIA DOS CASOS SÃO TRABALHADORES,
CRIADORES E ABATEDORES DE SUÍNOS.
 O BALANTIDIUM VIVE NO INTESTINO GROSSO HUMANO
M O R F O L O G I A
O Balantidium coli possui duas formas evolutivas: cística (ou
cisto) e trofozoítica (ou trofozoíto) – que são anaeróbias
facultativas.
C I S T O
@RITADECASSIASF_
O trofozoíto é a forma ativa do parasita, sendo o responsável
pela colonização do intestino grosso. Comparado a outras
formas trofozoíticas, é considerado grande, medindo de 30 a
300 µm de comprimento e de 30 a 100 µm de largura.
Apresenta formato ovoide, porém que pode ser variável
conforme fonte de nutriente ou sua abundância / escassez. Na
sua extremidade anterior (mais afilada), há uma depressão
afunilada, denominada perístoma – o qual significa “próximo à
boca”. Os cistos presentes nessa região são mais alongados
que os demais e produzem uma corrente que impulsiona o
alimento (partículas alimentares: amido, bactérias, outro
Balantidium..) até a boca do protozoário ou citóstoma – em
seguida, à citofaringe. Na sua extremidade posterior, se
encontra o citopígio – estrutura correspondente à abertura ou
poro anal. O citoplasma é envolto por uma fina película, que
garante a manutenção do formato do parasito. Essa, por sua
vez, é coberta por numerosos cílios que se estendem sobre a
fenda bucal. Esses cílios correspondem à estrutura de
locomoção do Balantidium coli, podendo realizar movimentos
rotatórios rápidos. No entanto, essa movimentação pode ser
alterada conforme a temperatura do ambiente. Caso esteja
reduzida, os movimentos são lentificados. Ademais, são
observados numerosos grânulos de polissacarídeos que podem
ser estocados ou agrupados em conjunto nos vacúolos
alimentares (locais onde será processada a digestão
alimentar). O trofozoíto possui 2 núcleos, que
comparativamente são denominados de macronúcleo (formato
de “salsicha”, “feijão”, “rim”; com cromatina densa e corpos
esféricos eletrodensos, distribuídos aleatoriamente) e
micronúcleo (pode ser esférico ou triangular ou em forma de
diamante; geralmente se localiza na concavidade do
macronúcleo). No ambiente cecal, essa forma se multiplica por
fissão binária transversal simples (bipartição ou
cissiparidade) – processo comum de reprodução assexuada
dos organismos unicelulares; 
B A L A N T I D I U M C O L I E B A L A N T I D Í A S E 
T R O F O Z O Í T O ou pode haver a conjugação – reprodução sexuada – onde dois
trofozoítas se unem pela região do citóstoma de forma
temporária e trocam informações genéticas. Em algumas
situações, o trofozoíta sofrerá o processo de encistamento,
sendo criado um invólucro resistente ao redor do seu
citoplasma – originando o cisto. A forma trofozoíta pode ser
liberada no ambiente juntamente com as fezes diarreicas do
hospedeiro.
@RITADECASSIASF_
C I C L O B I O L O G I C O
M O N O X Ê N I C O
O ciclo biológico do Balantidium coli se inicia com a liberação
da forma cística do parasita juntamente com as fezes formadas
do hospedeiro suíno ou humano. Em um ambiente úmido,
protegido da luz do sol direta e em temperaturas em torno de
22ºC, permanece viável durante semanas. Água e alimentos
contaminados com as fezes contendo o cisto do protozoário,
podem ser consumidos pelo homem. O cisto passa pelo ambiente
estomacal ileso, chegando até o ambiente colônico. Nessa
região, haverá o processo de desincistamento e a forma
trofozoítica será liberada. O trofozoíta se desenvovlerá e
colonizará o intestino grosso do hospedeiro – sobretudo no
cólon, ceco, por vezes, no apêndice. Se multiplicando por fissão
binária ou realizando conjugação, essa parasitose é auto-
limitada na maioria das vezes. 
B A L A N T I D I U M C O L I E B A L A N T I D Í A S E 
A infecção pelo parasito ocorre de maneira indireta, por meio
da ingestão de cistos presentes em águas e/ou alimentos, ou
pelo contato direto com mãos contaminadas. Desta forma, o
mecanismo de infecção deste parasito é passivo-oral.
No entanto, o trofozoíta pode produzir ulcerações no lúmen
intestinal a partir de lesões locais ou penetrando
mecanicamente os espaços entre as aberturas glandulares.
Dessa forma, podendo se estender e atingir vasos sanguíneos e
linfáticos, colonizando outros locais, extraintestinais. O ciclo
continua com a liberação dos cistos ou trofozoítos juntamente
com as fezes no ambiente – com as etapas recomeçando. 
D I V I S Ã O
Q U A D R O C L Í N I C O
A Balantidiose, na maioria dos casos, é assintomática. No
entanto, em algumas pessoas, pode causas sintomas
inespecíficos e comuns a outras parasitoses intestinais. Ou
ainda, sinais e sintomas mais agudos ou severos. Na sua forma
leve, se apresenta com: diarreia com variados episódios
diários (de 6 a 15 vezes), a qual pode se tornar crônica – de
caráter intermitente, alterando com períodos de constipação
– porém, sem muco, sangue ou cólica abdominal; estado febril
ou febre baixa; anorexia (que dependendo da intensidade,
pode levar à uma perda de peso); meteorismo.
@RITADECASSIASF_
Na sua forma mais aguda e severa, se apresenta de forma
semelhante à disenteria amebiana: diarreia liquefeita e
mucossanguinolenta – a qual, se for muito intensa – pode
gerar um quadro associado de letargia, devido à desidratação e
desnutrição relacionadas. Pode haver anemia decorrente dos
fenômenos hemorrágicos. Em quadros mais extensos, as
úlceras provocadas pela ação das hialuronidases do
protozoário sobre o lúmen intestinal – objetivando a
penetração mecânica – e as necroses geradas a partir delas,
podem provocar a formação de abscessos. Em situações mais
dramáticas, podem ocorrer perfurações intestinais causando
quadros severos e por vezes, fatais, de peritonite. Nesses
casos, a taxa de mortalidade em 3 a 5 dias, é de 30%. Sendo
essas situações mais comumente encontradas em indivíduos
imunocomprometidos. O intestino delgado raramente é
acometido. Entretanto, úlceras podem ser encontradas na sua
porção mais terminal (íleo). Alguns trofozoítas podem alcançar
a corrente sanguínea e/ou sistema linfático e colonizarem
órgãos extra-intestinais. Dessa forma, infecções pulmonares
ou no trato urogenital são possíveis.
T R A T A M E N T O
P R O F I L A X I A
Baseia-se em Medidas Gerais e Medidas Específicas.
As medidas gerais objetivam impedir a contaminaçãoda água e
alimentos por meio de medidas de saneamento, educação em
saúde, destino adequado dos dejetos humanos, identificação e
tratamento dos portadores (inclusive, suínos), conscientização
dos fazendeiros suinoculturistas. As medidas específicas
visam evitar a transmissão das formas evolutivas do
Balantidium coli (sobretudo cistos) por meio dos hábitos
individuais do ser humano, como: lavagem das mãos (após ida
ao banheiro ou manipulação de terra, antes e depois da
manipulação de alimentos), lavagem de frutas, verduras e
legumes com água potável e imersão em hipoclorito de sódio
2,5% por 30min, evitar e controlar hábitos de coprofagia e de
levar as mãos sujas diretamente à boca.
B A L A N T I D I U M C O L I E B A L A N T I D Í A S E 
D I A G N Ó S T I C O
Essencialmente clínico e epidemiológico - baseado nos
sinais/sintomas apresentados pelo paciente – associado ao
laboratório (Exame Parasitológico de Fezes ou EPF: MIF, no caso
de fezes formadas, técnica de centrifugação que visa detectar
formas císticas; Exame de Faust, no caso de fezes diarreicas,
técnica de centrífugo-flutuação, que visa detectar formas
trofozoítas). Ademais, exames endoscópicos podem ser úteis
para visualização das úlceras e obtenção de amostra tecidual.
Raramente se requer intervenções maiores nos casos de
Balantidiose. Por vezes, somente a orientação de uma dieta
pobre em amido (principal alimento do protozoário) é o
suficiente.
 Ou, dependendo da frequência dos episódios diarreicos, se
torna necessária a prescrição da ingestão de Soluções de
Reidratação Oral (SRO) após cada evacuação. Em quadros mais
intensos, se utiliza a antibioticoterapia. As ciclinas são
consideradas como 1ª escolha farmacológica: Tetraciclina,
500mg, VO, 6/6h, por 10 dias. Como 2ª opções, os derivados
azólicos: Metronidazol, 750mg, VO, 8/8h, por 5 dias; Tinidazol,
2g, VO, 1 vez por dia, 3 dias. Todavia, intervenções mais
assertivas podem ser realizadas em casos mais graves, como
no abscesso e na perfuração intestinal. 
@RITADECASSIASF_

Continue navegando

Outros materiais