Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE INTERNACIONAL DA PARAÍBA ESCOLA DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS E EXATAS CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA NETO A INCIDÊNCIA DO ESTRESSE EM PROGRAMADORES E A RELAÇÃO COM A PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL JOÃO PESSOA/PB 2021 JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA NETO A INCIDÊNCIA DO ESTRESSE EM PROGRAMADORES E A RELAÇÃO COM A PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL Artigo Científico apresentado ao Curso de Ciência da Computação da Faculdade Internacional da Paraíba como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências da Computação. Orientador: Hugo Nathan Soares Diniz JOÃO PESSOA/PB 2021 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (Biblioteca da Faculdade Internacional da Paraíba) Trabalho de Conclusão de Curso - Artigo Científico – A Incidência do Estresse em Programadores e a Relação com a Pandemia da COVID-19 no Brasil – Revisão Bibliográfica, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Ciências da Computação na Faculdade Internacional da Paraíba - Escola de Engenharias e Tecnologias e Exatas APROVADO EM _______/______/______ BANCA EXAMINADORA: ________________________________________ Prof. Hugo Nathan Soares Diniz Orientador ____________________________________ , . ____________________________________ AGRADECIMENTOS Meus agradecimentos e todo o meu amor são todos voltados aos meus pilares na vida: minha mãe, meu pai, minhas avós, meu avô Emir (in memoriam), irmãos e namorada. Todos foram, e são, símbolos de suporte e força não só na parte acadêmica, mas em todos os aspectos da minha vida. A incidência do estresse em programadores e a relação com a pandemia da COVID-19 no Brasil1 José Carlos de Almeida Neto1 E-mail: neto_almeida@live.com Hugo Nathan Soares Diniz 2 E-mail: hugo.diniz@fpb.edu.br 1 Faculdade Internacional da Paraíba, Curso de Ciências da Computação, João Pessoa, Paraíba, Brasil 2 Faculdade Internacional da Paraíba, Curso de Ciências da Computação, João Pessoa, Paraíba, Brasil RESUMO Diante da importância do profissional de Programação na área da tecnologia na atualidade, nos processos de trabalho informatizado, e o contexto atual da Pandemia da Covid-19, tendo como causa principal o estresse ocupacional, este estudo teve como objetivo analisar a incidência do estresse em Programadores tendo associação com a questão da Pandemia da Covid-19 no Brasil. Esse estudo é caracterizado como uma pesquisa quantitativa e descritiva. Como método, foi utilizado um formulário disposto de forma online com mentoria de uma Psicóloga Clínica atuante dispondo de 17 perguntas onde apresentou em formas de percentuais os fatores estressores que podem ser intrínsecos ao trabalho. Sendo os itens que mais apresentaram alta resposta foram os itens referidos a exaustão, mudanças tecnológicas, prática do Home office, inserção ao Home office com o distanciamento social, pressão no trabalho e estresse no contexto da pandemia. Conclui-se, portanto, que o estresse foi comprovado nesta pesquisa direcionada a programadores no contexto atual. Deste modo, acredita-se que os resultados obtidos venham a contribuir de forma significativa tanto para o público alvo desta pesquisa ao abarcar um conhecimento sobre o estresse em programadores, bem como para sociedade como um todo. Palavras-Chave: Programadores. Estresse. Pandemia. Covid-19. 1 Artigo Científico ou Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Ciência da Computação da Faculdade Internacional da Paraíba como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação. mailto:neto_almeida@live.com mailto:hugo.diniz@fpb.edu.br ABSTRACT In view of the importance of Programming professionals in the area of technology today, in computerized work processes, and the current context of the Covid-19 Pandemic, with occupational stress as the main cause, this study aimed to analyze the incidence of stress in Programmers having an association with the Covid-19 Pandemic issue in Brazil. This study is characterized as quantitative and descriptive research. As a method, an online form was used with mentoring by an active Clinical Psychologist with 17 questions where she presented in percentage forms the stressors that can be intrinsic to the work. The items with the highest response were the items referred to exhaustion, technological changes, practice of the Home office, insertion into the Home office with social distance, pressure at work and stress in the context of the pandemic. It is concluded, therefore, that stress was proven in this research aimed at programmers in the current context. Thus, it is believed that the results obtained will contribute significantly to both the target audience of this research by encompassing knowledge about stress in programmers, as well as to society as a whole. Keywords: Programmers. Stress. Pandemic. Covid-19. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Percentual de profissionais com exaustão ............................................................... 20 Gráfico 2: Nervosismo com mudanças tecnológicas ................................................................ 22 Gráfico 3: Profissionais que trabalham em Home Office .......................................................... 23 Gráfico 4: Profissionais que passaram a trabalhar em Home Office após a Pandemia ............. 23 Gráfico 5: Profissionais com aumento ou diminuição de pressão no ambiente de trabalho ..... 25 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CRP Conselho Regional de Psicologia FIA Fundação Instituto de Administração OMS Organização Mundial da Saúde SOFTEX Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro TI Tecnologia da Informação SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9 2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 13 2.1 A relação entre tecnologia ......................................................................................... 13 2.2 O estresse na carreira do programador .................................................................... 15 2.3 Pandemia da COVID – 19 .......................................................................................... 17 3. MÉTODO DE PESQUISA ........................................................................................ 18 3.1 Método ........................................................................................................................ 18 3.2 Procedimentos ............................................................................................................ 18 3.3 Instrumentos da coleta de dados ............................................................................... 18 3.4 Procedimento da coleta de dados .............................................................................. 19 3.5 Tipo de dados, descrição da amostra e técnica da análise de dados ....................... 19 4. DISCUSSÃO E RESULTADOS DA PESQUISA .................................................... 19 4.1 Exaustão ......................................................................................................................20 4.1 Mudanças tecnológicas .............................................................................................. 21 4.3 Home Office ................................................................................................................ 22 4.4 Pressão no trabalho e estresse .................................................................................... 24 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 26 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27 9 1. INTRODUÇÃO De acordo com a Softex (2009), organização da sociedade civil de interesse público, responsável pela gestão do programa prioritário do governo para promoção da excelência do software brasileiro, o número de empresas pertencentes à indústria brasileira de software e serviços de tecnologia da informação (TI) vem crescendo, desde 2003, a uma taxa média anual de 4,8%, tendo, no ano de 2009, atingido 67.851 empresas de TI, com crescimento médio anual do número de pessoas ocupadas no setor de 12,6%, totalizando cerca de 540.000 profissionais empregados. Profissionais de TI são os profissionais responsáveis por dar sustentação à complexa infraestrutura tecnológica e de sistemas de informação num mundo conectado em redes. Dentro da organização, o profissional de TI geralmente trabalha em um centro de tecnologia, que emprega desenvolvedores para a internet, programadores de computadores, analistas de sistemas, operadores de computadores, especialistas em redes e segurança da informação. (STAIR, 2007). De 1980 a 2010, por três décadas consecutivas, a proliferação de computadores e sistemas de informação dentro das organizações tem gerado alta demanda por profissionais de TI e, no mesmo período, o estresse entre esses profissionais tem sido objeto de estudo em vários países, objetivando não apenas compreender o fenômeno, mas também combater seus malefícios. O tema do estudo evoluiu significativamente na academia desde os anos 1980, apontando para diversos fatores estressores – como sobrecarga de trabalho, ambiguidade e conflitos de papeis, falta de equidade de recompensas, falhas de comunicação, desenvolvimento de carreira, pressão do tempo, quantidade de mudanças e relações pessoais – entre esses profissionais (IVANCEVICH, NAPIER, WETHERBE, 1983; KALUZNIACKY, 1998; LIM, TEO, 1999; LI, SHANI, 1991; MOORE, 2000; RAJESWARI, ANANTHARAMAN, 2003; REGGIANI, 2006; ROCHA, RIBEIRO, 2001). De acordo com Lim e Teo (1999), Kaluzniacky (1998) e Li e Shani (1991), o principal fator gerador de estresse entre profissionais de TI seria a sobrecarga de trabalho, o que foi corroborado por Mc-Gee, Khirallah e Lodge (2000). Esse último estudo acrescentou que, além dos altos níveis de estresse, esses profissionais quase não possuem vida social e são propensos a desenvolver hábitos com riscos à saúde, como por exemplo, o alcoolismo (KRISHNAMURTHY, 2007). 10 De acordo com Rangé (2001), os aspectos ambientais estressantes no âmbito do trabalho (eventos estressores), estariam por exemplo, na chefia intransigente e autoritária, nas condições físicas inadequadas de trabalho, colegas de trabalho pouco colaborativos ou excessivamente competitivos, carga horária excessiva, entre outras situações. No que se refere ao estresse ocupacional, é muito comum que a empresa enquanto instituição, também se encontre estressada. Uma pessoa que se estressa no trabalho pode dissipar esse sentimento para todos os colegas e, aos poucos, todos os funcionários passam a estar estressados. O estresse ocupacional deriva de várias fontes que podem estar relacionadas às condições e ambiente de trabalho ou decorrentes do próprio indivíduo, como características pessoais e interpretações que o indivíduo faz acerca das situações. Grande parte dos estudos que enfoca estressores organizacionais tem se apoiado nas teorias de papeis e dois fatores principais constituem esta categoria de estressores. O primeiro refere-se ao conflito entre papéis, o qual ocorre quando informações advindas de um membro ou contexto do trabalho entra em conflito com as informações de outro membro ou contexto. Segundo que esta informação, outro estressor associado aos papéis refere-se à ambiguidade do papel. Neste caso, as informações associadas ao papel que o empregado deve desempenhar são pouco claras e inconsistentes (JEX, 1998). Os estressores podem ser fatores intrínsecos ao trabalho, referem-se aos aspectos ligados à repetição de tarefas, pressões de tempo e sobrecarga. Dentre eles, a sobrecarga de trabalho tem recebido considerável atenção dos pesquisadores. Tal estressor pode ser dividido em dois níveis: quantitativo e qualitativo. A sobrecarga quantitativa diz respeito ao número excessivo de tarefas a serem realizadas; isto é, a quantidade de tarefas encontra-se além da disponibilidade do trabalhador. A sobrecarga qualitativa refere-se à dificuldade do trabalho, ou seja, o indivíduo depara-se com demandas que estão além de suas habilidades ou aptidões (GLOWINKOWSKI, COOPER, 1987; JEX, 1998). Outra categoria de estressores refere-se ao relacionamento interpessoal no trabalho. A grande maioria das ocupações envolvem interações entre pessoas, seja entre colegas de mesmo nível hierárquico, superiores e/ou subordinados, como também entre empregados e clientes. Quando essas interações resultam em conflitos, observa-se outro aspecto como fonte de estresse (GLOWINKOWSKI, COOPER, 1987; JEX, 1998). Rocha (2005) aponta que inicialmente é necessário entender a definição de estresse, uma vez que o termo é comumente utilizado para descrever uma gama variada de situações e sensações. O estresse vem sendo estudado há muitos anos, seu conceito surgiu através de Hans Selye, quando em 1936 afirmou que ― o estresse é um processo vital e fundamental onde pode 11 ser dividido em dois tipos, ou seja, quando passamos por mudanças boas, temos o estresse positivo e quando atravessamos alguma fase negativa, estamos vivenciando o estresse negativo. Martins (2011), afirma que Selye foi um dos primeiros estudiosos que buscou entender as reações que cada organismo apresentava ao ser exposto a diferentes situações danosas. Os resultados mostraram que os organismos reagem de forma semelhante dividindo-se em três estágios: Reação breve de alarme mediante apresentação aguda do agente danoso, período de resistência a partir da permanência do agente danoso e exaustão do organismo, que ocorre após a apresentação crônica do agente, podendo levar o organismo à morte. Com relação ao estresse e a questão laboral, o que se observa a partir dessas alterações no meio organizacional, é que o indivíduo passa a perceber seu ambiente de trabalho como uma ameaça às suas realizações profissionais e/ou pessoais, podendo comprometer a sua saúde física e mental, acarretando prejuízos na interação do mesmo em seu ambiente de trabalho. Desta forma, à medida que essa relação indivíduo-ambiente é lesada, este não possui recursos adequados para enfrentá- la, o dando início às tensões psicológicas que futuramente desenvolverão um stress proveniente de manifestações como ansiedade, depressão e baixa autoestima (ROSSI, 2007). Em decorrência da adoção de medidas para contenção do avanço acelerado da pandemia de COVID-19 (em especial, às de distanciamento social) em 2020, uma massiva quantidade de organizações instituiu -de maneira não planejada- a modalidade do trabalho em home office2 para seus empregados, que passaram a realizar suas atividades a partir de suas residências. Dentre os diversos levantamentos realizados, uma pesquisa conduzida pela Fundação Instituto de Administração, FIA (2020) indica que no Brasil 46% das empresas adotaramessa modalidade em tempo parcial ou integral, abrangendo cerca de 41% da força de trabalho dessas organizações. Com a adoção do distanciamento social, muitos países determinaram o fechamento de alguns setores da economia a fim de possibilitar aos indivíduos ficarem em suas casas com maior segurança. Devido a isso, alguns desses setores, adotaram como estratégia o tele trabalho3, o que comumente tem sido chamado de home office. Devido a falta de um planejamento prévio, surgiram dificuldades voltadas à organização dessa modalidade de trabalho em meio a um contexto psicoemocional atípico, devido ao receio pela propagação do vírus e, 2 Home Office: O termo home office vem da língua inglesa e significa trabalho feito em casa. O sentido dele pode até englobar uma perspectiva mais ampla, como sendo o trabalho realizado de forma remota e que pode ser executado em qualquer lugar. 3Tele trabalho: realização do expediente laboral de qualquer natureza, desde que realizado à distância, em local diverso ao do local da empresa, utilizando-se as ferramentas da telemática. 12 sobretudo, no que se refere aos trabalhadores em geral que não receberam uma estrutura adequada para trabalhar em casa. Góes, Martins e Nascimento (2020), em nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea), demonstram que, no Brasil, apenas 22,7% dos trabalhadores têm condições de realizar tele trabalho em casa, sobretudo parcelas dos seguintes grupos: 65% do total dos cientistas e intelectuais; 61% dos administradores e gerentes; 41% dos técnicos de apoio administrativo; e 30% dos técnicos e profissionais de nível médio. Abílio et. al. (2020) aponta que durante a pandemia houve um aumento da jornada de trabalho de 38,2% para 43,3% com relação aos trabalhadores com jornada diária de 8h e de 54,1% para 56,7% entre os trabalhadores com carga horária diária superior a 9h. Diante desse aumento, a falta de equiparação salarial refletiu em 58,9% dos sujeitos da pesquisa com declínio nos rendimentos. Para agravar a situação, a pesquisa confirma que a maioria dos trabalhadores tiveram que arcar com os custos dos equipamentos de proteção individual (EPIs), uma vez que as empresas têm se limitado a dar orientações gerais sobre a prevenção da Covid-19. Nesse aspecto, podemos destacar que parte desses fatores estressores podem vir a prejudicar a saúde dos profissionais envolvidos. Em decorrência do isolamento social provocado pelo home office, pessoas que trabalham nesta modalidade compreendem que diversos efeitos negativos se mostram presentes, como a redução dos contatos pessoais e encontros presenciais, muitas vezes informais, em que as pessoas podem tanto testar e validar ideias e comportamentos (MANN, VAREY, BUTTON, 2000) quanto ter acesso a informações que não foram veiculadas pelos canais formais de comunicação da organização (BARROS, SILVA, 2010). Com relação ao especto individual, pontua-se a necessidade da integração do trabalhador em situação de home office, pois ele tende a estar isolado do resto da organização, mantendo contato apenas de modo remoto e menos frequente do que quando presente de modo físico na organização (ADERALDO et al., 2013; COSTA, 2005). O isolamento social e seus impactos negativos são abordados por Tose (2005), no que se refere às necessidades individuais de socialização que podem variar de uma pessoa para outra, significando que a impossibilidade de atendimento às necessidades de interação pessoal pode impactar tanto no desempenho e nos resultados do trabalho feito em casa, quanto na saúde da pessoa. Com relação à COVID-19, devido ao rápido avanço da doença e o excesso de informações disponíveis, por vezes discordantes, se torna um âmbito favorável para alterações comportamentais impulsionadoras ao adoecimento psicológico que podem gerar consequências severas à saúde mental do indivíduo (LIMA et. al., 2020). 13 Dentro do contexto abordado, a Saúde Mental é um componente essencial para saúde do indivíduo. Assim, cabe parafrasear a definição de Saúde Mental tal dada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como “um estado de bem estar no qual um indivíduo realiza suas próprias habilidades, podendo lidar com o estresse normal da vida e trabalhar produtivamente, sendo capaz de contribuir com sua comunidade (WHO, 2018; GALDERISI et. al., 2015). Who (2018), destaca a saúde mental como primordial para nossa habilidade coletiva e individual, pois as pessoas pensam, se emocionam, interagem entre si, ganham e desfrutam a vida. Deste modo, a promoção, proteção e restauração da mesma, são consideradas vitais aos indivíduos, comunidades e sociedades ao redor do mundo. Diante do que fora exposto, o presente estudo tem como objetivo avaliar como a incidência do estresse implica na vida dos Programadores de redes tendo associações a questões da pandemia do Covid-19 no Brasil. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 A relação entre tecnologia, trabalho e estresse A evolução tecnológica que envolve o mundo, as organizações e as pessoas atingem praticamente todas as atividades e favorece amplo acesso à veiculação de informações por diferentes meios, principalmente a internet. A rapidez de evolução nessa área ocorreu segundo (SCHREIBER et. al., 2002), pela necessidade de tecnologias padronizadas e eficientes na melhoria da qualidade dos processos e de modelos práticos e ágeis. O mundo do trabalho e das organizações é caracterizado por mudanças profundas devido às inovações tecnológicas. Tais mudanças afetam de uma forma ou de outra, a saúde psicossocial dos trabalhadores (SALANOVA, CIFRE, MARTIN, 1999). Como fator positivo, podemos destacar problemas de cunho técnico, que, para engenheiros, há uma resolutividade mais àgil. Em contrapartida, os aspectos ligados às questões sociais e as suas problemáticas, carecem de maiores debates e estudos, tendo em vista que as suas consequências afetam todos os indivíduos e organizações envolvidas (SALANOVA, CIFRE, MARTIN, 1999). Diante das inovações tecnológicas que a princípio prometem otimizar o dia a dia de trabalho e reduzir a carga de tarefas a realizar, os indivíduos também podem se deparar com uma realidade totalmente diferente, onde a intensificação do trabalho se faz presente (CAVAZOTTE, 2014). 14 As mudanças tecnológicas vêm rearranjando as antigas corporações e orientando as novas empresas que nascem na era da informação, com o intuito de manter o longo exercício, em que essa nova constituição está configurada, de tal maneira que se propõe a adequar-se às rápidas mudanças e a encarar de forma positiva fenômenos como globalização, mudanças políticas, sociais, econômicas e tecnológicas. A sociedade atual funciona em conceitos de cunho tecnológico (FERREIRA, 2016). O trabalho conserva um lugar importante na sociedade e compreende uma atividade remunerada que apresenta um valor agregado, permitindo uma maior capacitação ao indivíduo e resulta m na contribuição para a sociedade. Portanto, o trabalho também é uma atividade programada – com início e término, horários e rotinas diárias, bem como a estruturação do tempo: dias, semanas, meses e até anos da vida profissional (MORIN, 2001). É dessa maneira que para Bendassoli (2012), uma atividade que estrutura e permite organizar a vida diária e, por extensão, a história pessoal, representa um tipo de interação dependente do reconhecimento, que consiste no julgamento de outras pessoas sobre a contribuição do indivíduo. O reconhecimento do indivíduo é resultante do seu trabalho, esforço e suas competências, o que está diretamente ligado à qualidade das suas relações e a forma como eles se comunicam nas empresas e no trabalho. Com isso, são possibilitados ao crescimento, transformações, reconhecimento e independência pessoal e profissional (BENDASSOLI, 2012). Nesse sentido, nãoexiste trabalho sem sofrimento, especialmente porque os valores de saúde e doença foram anteriormente construídos na empresa, sob o foco da produtividade. A erosão da vida mental individual dos trabalhadores é útil para a implantação de um comportamento condicionado favorável à produção. O sofrimento mental aparece como intermediário necessário à submissão do corpo (DEJOURS, 1998). Assim, se o trabalho se converteu em uma área central na vida das pessoas, o estresse passou a ser parte inerente aos trabalhadores e da rotina organizacional, sendo também apontado como fonte de adoecimento do indivíduo (PEREIRA, 2017). Segundo Borges e Brendassolli (2015), no ambiente de trabalho se faz relevante considerar que estímulos potencialmente indutores de estresse desencadeiam diferentes respostas em diferentes indivíduos, a depender das avaliações cognitivas das circunstâncias e dos recursos pessoais. Cumpre observar o estresse como transação entre a pessoa e o seu entorno – um fenômeno que resulta da interpretação e do quanto os acontecimentos ou as circunstâncias são significativas para o trabalhador ou grupo de trabalho. 15 Os estressores no contexto laboral estão no âmbito dos riscos psicossociais. A resposta de estresse só irá ocorrer se o trabalhador ou grupo interpretar que o risco ou ameaça terá efeitos penosos caso não sejam modificados. Ou seja, a concepção de estresse abarca a noção de estratégia de enfrentamento, que podem ser utilizadas pela pessoa ou grupo para controlar o risco e os efeitos individuais e, nas situações de trabalho, os efeitos organizacionais (BORGES, BENDASSOLLI, 2015). Vivências de estresse danoso provocam respostas fisiológicas cognitivo-afetivas e comportamentais. Quanto mais prolongadas, ocasionam maiores dificuldades de adaptação ou enfermidades, aqui consideradas as perdas de saúde física, psicológica e social. Para o sistema organizacional, repercute em ritmos e sequências previsíveis, como aumento do absenteísmo, e, às vezes, funestas como a vulnerabilidade a acidentes. (BORGES, BENDASSOLLI, 2015). 2.2 O estresse na carreira de programador A tecnologia da informação (TI), que é gerada e explicitada devido ao conhecimento das pessoas, tem sido, ao longo do tempo, cada vez mais intensamente empregada como instrumento para os mais diversos fins. Também é utilizada por indivíduos e organizações para acompanhar a velocidade com que as transformações vêm ocorrendo no mundo; para aumentar a produção, melhorar a qualidade dos produtos; como suporte à análise de mercados; para tornar ágil e eficaz a interação com mercados, com clientes e até com competidores (ROSSETTI, TCHOLAKIAN, 2007). A Tecnologia de informação (TI) é usada como ferramenta de comunicação e gestão empresarial, de modo que organizações e pessoas se mantenham operantes e competitivas nos mercados em que atuam. Em face disso, além de sua rápida evolução, é cada vez mais intensa a percepção de que a tecnologia de informação e comunicação não pode ser dissociada de qualquer atividade, como importante instrumento de apoio à incorporação do 23º conhecimento como o principal agregador de valor aos produtos, processos e serviços entregues pelas organizações aos seus clientes (ROSSETTI, CHOLAKIAN, 2007). Em relação a esses profissionais, observa-se que eles estão constantemente sob pressão, visto que precisam se atualizar, se qualificar e se manter sempre informados (JOSEPH, ANG, 2001). Ao contrário do que é acreditado em muitas esferas, o profissional de TI enfrenta desafios e pressões severas pela obtenção de resultados, e depara-se com desafios de ordem diversificada e jornadas de trabalho incessantes com intenso estresse. Como parte da estratégia tecnológica de uma organização, é essencial em sua estratégia competitiva geral. O ambiente de acirrada 16 competitividade exige dos profissionais de TI uma constante atualização, para que possam manter suas empresas atuantes no mercado e posicioná-las à frente de seus concorrentes. Dessa forma, a pressão é iminente e o ambiente de trabalho repercute em suas vidas no âmbito familiar e social, podendo ocasionar estresse (MOSER, 2008). Para isto passam horas e horas trabalhando com máquinas, resolvendo problemas, traçando estratégias, coletando, processando e analisando informações (JOSEPH, ANG, 2001). As evoluções tecnológicas que poderiam liberar o homem do trabalho, parecem, ao contrário, colocá-lo sob pressão. Aliviam a fadiga física, mas aumentam a pressão psíquica (GAULEJAC, 2007). Com o surgimento de novas tecnologias surge também a obsolescência de outras. Em um mercado dinâmico espera-se dinamismo, espírito empreendedor, inovação dos profissionais de TI que precisam aprender novas tecnologias enquanto estão amadurecendo os conhecimentos da tecnologia que agora está obsoleta (JOSEPH, ANG, 2001). O nível de estresse no ambiente de trabalho está relacionado com a pressão sofrida pelos trabalhadores. Daí uma pressão pelo tempo, pelos resultados, mas também pelo medo, que tem consequências terríveis. Ele gera comportamentos de adição, estresse cultural, sentimento de invasão, contra o qual é difícil de se defender, e sofrimento que o indivíduo esconde; do contrário, se fossem expressos, ele ficaria visado (GAULEJAC, 2007). A ameaça de demissão, portanto, é um risco sempre presente, disseminando o medo no ambiente empresarial. O medo pode imobilizar o indivíduo uma vez que o deixa de analisar adequadamente o contexto ao seu redor para discernir e melhor compreender a realidade. Além disso, o perfil profissional exige que os trabalhadores sejam capazes de se relacionar com facilidade e que tenha uma boa adaptabilidade aos diferentes ambientes (ROHM, LOPES, 2015). Gerenciar a si mesmo para atingir alto desempenho é uma demonstração de autonomia recompensada pela promessa de sucesso, felicidade e realização pessoal (MORAES, 2012). Uma boa gestão de si mesmo é o fator chave de sucesso, tanto do indivíduo como da empresa (GAULEJAC, 2007). Essa suposição provém de uma espécie que obscurece a impossibilidade de sermos todos excelentes. Luta-se pelos lugares como se todos pudessem ser o número um. Esquece-se que a própria etimologia da palavra excelência comporta intrinsecamente a exclusão daqueles que não atingem determinados requisitos (MORAES, 2012). O culto da qualidade enquanto excelência estimula, portanto, a competição generalizada e o individualismo (GAULEJAC, 2007). 17 2.3 Pandemia da COVID-19 A princípio, é de suma importância, explicar o que é de fato uma pandemia e quais são as características da mesma, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, Pandemia é o termo que se usa para doenças que se espalham rapidamente por diversas partes de inúmeras regiões, tanto no âmbito continental como mundial, por meio de uma contaminação sustentada. Vale destacar aqui, o que conta para ser chamada de pandemia ou não, é o poder de contagio de proliferação geográfica, e não sua gravidade. (WAIZBORT, 2020). Tratando da origem do Coronavírus4, causado pelo vírus Sars-CoV-2, os primeiros casos foram noticiados no mercado de frutos do mar da cidade de Wuhan – China, tendo suas primeiras ocorrências noticiadas no final de dezembro de 2019, aumentando de maneira exponencial nas primeiras semanas de 2020 (GRUBER, 2020). Os cientistas enfatizam que o vírus Sars-Cov-2 se hospede em determinadas espécies de morcegos e de pangolin, animais que são consumidos em algumas régios chinesas. O período de incubação deste vírus varia de 4 a 14 dias, sendo transmitidos tantos por indivíduos assintomáticos como pelos sintomáticos. Tendo a taxa de transmissão de 2.75, ou seja, uma pessoa infectada, transmite em média para outros 3 indivíduos. (WAIZBORT, 2020). Diante destes fatores, e tendo em mente os impactos do COVID-195 na Saúde Mental,a Organização Mundial da Saúde (OMS) confeccionou diversas mensagens de apoio ao bem- estar mental e psicossocial, encaminhadas a vários grupos que compõe a sociedade. Recomenda-se que a população busque se informar sobre a COVID-19 em fontes confiáveis, pesquisas histórias de pessoas que conseguiram se recuperar da doença e mantenham uma rotina saudável com a prática de exercícios físicos e uma alimentação regrada (MS-ARGENTINA, 2020). No Brasil, o panorama é incerto e as estimativas válidas e confiáveis do número de casos e óbitos por COVID-19 esbarram na ausência de dados confiáveis, seja dos casos ou da implantação efetiva das medidas de supressão, frente às recomendações contraditórias das autoridades em cada nível de governo. Entre as regiões do país, trabalhos preliminares baseados em dados de mobilidade interurbana apontam os caminhos potenciais da difusão da epidemia 4 Coronavírus: Família de vírus (Cov) que provoca variadas doenças em animais e pessoas, especialmente infecções respiratórias, sendo a sua manifestação mais severa conhecida como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-Cov); 5 COVID-19: Novo tipo de vírus pertencente à família dos Coronavírus que, conhecido como SARS-CoV-2, causa uma síndrome respiratória aguda, grave e altamente contagiosa, chamada Covid-19. 18 como instrumento de distribuição dos recursos necessários à adequada assistência, já escassos (COELHO, et. al., 2020). 3. MÉTODO DE PESQUISA 3.1 Método Esse estudo caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa e descritiva. De acordo com Pita Fernández, Pértegas e Díaz (2002), a pesquisa quantitativa é aquela em que se coletam e analisam dados quantitativos sobre variáveis. Dessa forma, este tipo de pesquisa é capaz de identificar a natureza profunda das realidades, seu sistema de relações, sua estrutura dinâmica. Ela também pode determinar a força de associação ou correlação entre variáveis, a generalização e objetivação dos resultados através de uma mostra que faz inferência a uma população. Além do estudo da associação ou correlação, a pesquisa quantitativa também pode, ao seu tempo, fazer inferências causais que explicam por que as coisas acontecem ou não de uma forma determinada. A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987). Minayo (2000) diz que a pesquisa é um caminho sistemático que busca indagar e entender o tema de estudo, desvendando os problemas da vida cotidiana, através da relação da teoria com a prática. 3.2 Procedimentos Optou-se por elaborar um questionário com questões fechadas, disposto de forma online para acessar participantes de diferentes regiões do território nacional, possibilitando maior abrangência do estudo, com mentoria de uma Psicóloga Clínica atuante (IVANA LIÉGE BARROS GOMES – CRP 13/9420), obtendo 72 participações de programadores, sendo 48% com faixa etária de 18 a 24 anos. A pesquisa foi elaborada com questões diretas e de fácil entendimento, tornando seus resultados claros e objetivos. 3.3 Instrumento da coleta de dados Foi utilizado um questionário disposto de forma online de autoria própria usando o Google Formulários, proporciando de todas as ferramentas de forma gratuíta para a elaboração 19 da pesquisa e elaboração de todos os gráficos, com mentoria de uma Psicóloga (IVANA LIÉGE BARROS GOMES – CRP 13/9420), um questionário de 17 perguntas onde apresentam os estressores a serem analisados que podem ser fatores intrínsecos ao trabalho, tais itens prevaleceram: quantidade de trabalho devido a Pandemia da Covid-19, atualizações quanto as mudanças tecnológicas, homeoffice e pressão imposta pela empresa no cenário apresentado. 3.4 Procedimento da coleta de dados Inicialmente, foi contatado uma Psicóloga atuante para haver uma mentoria a respeito do conteúdo abordado para o questionário disposto de forma online, tendo embasamento teórico sobre os aspectos estressores no ambiente de trabalho, a partir do aval, foi disponibilizado o questionário atingindo o público alvo da pesquisa, que são programadores, profissionais da área de tecnologia da informação que atuam desenvolvendo softwares, tendo amostras coletadas por meios de fóruns e Redes Sociais. Conforme Wachelke e Andrade (2009), a coleta de dados online possibilita maior viabilidade no recrutamento de participantes, além de permitir que pesquisadores com acesso limitado a recursos financeiros possam produzir e contribuir cientificamente. 3.5 Tipo de dados, descrição da amostra e técnicas da análise de dados Porcentagem e Gráficos de Pizza de acordo com as respostas geradas e descrição da amostra, pois corrobora com a característica da pesquisa descritiva abarcando procurar "determinar natureza e grau de condições existentes" (LEHMAN, MEHRENS, 1971). Com relação a quantitativa, tanto na coleta quanto no tratamento das informações, utilizando-se técnicas estatísticas, objetivando resultados que evitem possíveis distorções de análise e interpretação, possibilitando uma maior margem de segurança (DIEHL, 2004). 4. DISCUSSÃO E RESULTADOS DA PESQUISA Tendo como base que o objetivo dessa pesquisa é analisar a incidência do estresse em Programadores tendo associação com a questão da Pandemia da Covid-19 no Brasil, segue abaixo os gráficos, percentuais e discussão das respostas geradas pelo questionário onde aborda tais questões da pesquisa. 20 4.1 Exaustão No gráfico 1 demonstrou que 65,3% da amostra dessa pesquisa mostrou-se exausto com a relação do trabalho no contexto da pandemia da Covid 19 no Brasil: Gráfico 1 – Percentual de Profissionais com Exaustão Referência: Autoria Própria (2021) Como podemos observar no gráfico 01, demonstrando o percentual de 65,3%, a exaustão refere-se à sensação de que os recursos emocionais se esgotaram, sendo assim considerada como o componente estressante. O estresse no trabalho pode ser definido como “um processo em que o indivíduo percebe demandas do trabalho como estressores, os quais, ao exceder sua capacidade de enfrentamento, provocam no sujeito reações negativas” (PASCHOAL, TAMAYO, 2004). Os elementos que estressam, ou estressores, são as variáveis principais como geradores do estresse no trabalho e a exaustão é uma potencial reação negativa decorrente do processo que faz parte de demandas estressoras, percepções e reações do trabalhador. A exaustão no trabalho pode gerar consequências negativas para o colaborador como também para a empresa e com os colegas de trabalho. “A perda na qualidade do trabalho executado, constantes ausências, atitudes negativas para com os que o cercam atingem também os que dependem do serviço deste profissional” (COELHO, 2014). A manifestação da exaustão pelo trabalhador pode ser percebida por meio de diversos sintomas, tais como, fadiga persistente, falta de energia, adoção de condutas de distanciamento afetivo, insensibilidade, 21 indiferença ou irritabilidade relacionada ao trabalho, além de sentimentos de ineficiência e baixa realização pessoal (VIEIRA, 2010). Além do esgotamento emocional reduzir os níveis de satisfação dos colaboradores, devido às decisões dos gestores, os colaboradores podem apresentar um menor comprometimento organizacional, mesmo que o nível de remuneração ou responsabilidades equivalentes seja considerado aceitável (JESUS, ROWE, 2015). 4.2 Mudanças tecnológicas No quesito relacionado ao nervosismo pelas atualizações nas mudanças tecnológicas, a amostra do gráfico 02 demonstrou percentual de 62,5%: Gráfico 2 – Nervosismo com Mudanças Tecnológicas Referência: Autoria Própria, 2021. Em relação ao gráfico 02 que demonstra o item sobre mudanças tecnológicas62,5%, tendo em vista o cenário brasileiro onde as empresas tendem a adaptar-se rapidamente para conseguirem atender os requisitos mínimos dos seus respectivos negócios, surge a necessidade de tecnologias que possam auxiliar no desempenho e avanço de suas atividades, fator que contribui para que mudanças tecnológicas estejam sempre em crescimento (TACY, 2016). No que se refere ao estresse associado às tecnologias, as consequências desse tipo de estressor mostram o aumento do absenteísmo, a diminuição da produtividade, o aumento do número de acidentes de trabalho, o pagamento de indenizações e o aumento dos erros de produção, a falta de motivação e insatisfação no trabalho, as falhas de comunicação, os erros de decisão e a deterioração das relações interpessoais (TACY, 2016). 22 Tecnologia da Informação é todo tipo de tecnologia que envolve o processamento de dados, informações e comunicação integrada, utilizando-se de recursos e equipamentos eletrônicos (TORRES, 1996). É composta pelos recursos tecnológicos e computacionais para geração, processamento, gerenciamento, armazenamento e uso de dados e informações. Fundamenta-se basicamente nos seguintes componentes: hardware6 e seus dispositivos e periféricos; software e seus recursos e aplicativos; sistemas de telecomunicações7, e pessoal associado (CHILD, 1987; DAVEN-PORT et al., 1990; LAUDON, 2004). A implantação e o uso da TI consistem, por si só, em mudanças tecnológicas capazes de gerar impacto em partes ou no conjunto das organizações (mudanças estruturais, estratégicas, culturais, tecnológicas e humanas). Ao se avaliar mudanças organizacionais provocadas pela TI, deve-se considerar os diferentes aspectos da mudança, pois estes acarretam alteração da tecnologia, da especialização de funções e processos produtivos, bem como da forma de utilizar os recursos materiais e intelectuais, entre outros (MOTTA, 1998; VENKATRAMAN, 1994; WOOD, 1995). A adoção da TI possibilita a redefinição das fronteiras organizacionais e das relações Inter organizacionais, possibilitando a integração das empresas com seus clientes e fornecedores, levando à constituição de redes de cooperação e ao desenvolvimento da capacidade de resposta das organizações às mudanças do ambiente. As novas Tecnologias de Informação oferecem a infraestrutura necessária à integração de interesses e à cooperação entre clientes, empresas e fornecedores, gerando redução de custos e o uso coletivo de conhecimentos, tecnologia, meios produtivos e comerciais (BACHMANN, 1999). 4.3 Home office Referindo-se às questões do Home office, 86% da amostra não utilizavam dessa prática, é o que o gráfico 03 demonstra: 6 Hardware: São as partes físicas de equipamentos; 7 Telecomunicações: Designação genérica das comunicações a longa distância que abrange a transmissão, emissão ou recepção de sinais, sons ou mensagens por fio, rádio, eletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético. 23 Gráfico 3 – Profissionais que Trabalham em Home Office Referência: Autoria Própria, 2021. Gráfico 4 – Profissionais que passaram a trabalhar em Home Office após a Pandemia Referência: Autoria Própria, 2021. Observamos que 91,7% que é exibido no gráfico 04 referenciando a amostra apresentada pela pesquisa passaram a trabalhar em Home office por causa da pandemia da Covid 19. Em contrapartida, o gráfico 03 demonstra que 83,1% das pessoas não trabalhavam nesta prática do Home office. 24 Para Mendonça (2010), a nomenclatura do home office é exclusividade do uso do local residencial, mesmo que partilhado por outros moradores. Explicita, também, que as atividades possuem horários estabelecidos de forma mais ou menos flexível e são de cunho profissional, sejam elas de empresários/autônomos ou ligadas a uma organização privada, como, por exemplo, de prestação de serviços. Para fins de definição deste estudo, trabalhar em home office se caracteriza por desempenhar as atividades profissionais no mesmo ambiente em que se reside. A literatura aborda que o trabalho em home office e o tele trabalho, em geral, têm se disseminado como meios de trabalho eficientes e viáveis. São considerados modelos adaptados aos avanços tecnológicos e equivalentes quanto aos ganhos e às perdas de empregados e empregadores; um modo de trabalho a ser amplamente realizado ‘no futuro’ (RASMUSSEN, CORBETT, 2008; WARD, SHABBA, 2001). Segundo Pyöriä (2011), entretanto, essa difusão do novo modelo de trabalho tem acontecido em um processo mais lento do que o esperado, devido, principalmente, à falta de cultura empresarial para gerenciamentos à distância. Sardeshmukh, Sharma e Golden (2012), em pesquisa com 417 tele trabalhadores e home officers, observaram que os principais efeitos positivos deste modelo de trabalho são a redução da pressão, a diminuição do conflito entre papéis de trabalho e a maior autonomia. Em contrapartida, foram identificados efeitos negativos como o aumento da ambiguidade profissional e a redução do suporte e do feedback. Foram obtidos, também, dados indicativos de que sentimentos de solidão, irritabilidade, preocupação, culpa e estresse estavam associados aos impactos negativos do trabalho em home office (GOLDEN, VEIGA, DINO, 2008; MANN, HOLDSWORTH, 2003; PRATT, 1984; WARD, SHABBA, 2001). 4.4 Pressão no trabalho e estresse No gráfico 05, são apresentados os dados da porcentagem referida a questão da pressão advinda pela empresa no programador em decorrência da pandemia que foi de 91,7% 25 Gráfico 5 – Profissionais com aumento ou diminuição de pressão no ambiente de trabalhoReferência: Autoria Própria, 2021. Observamos que a amostra de 91,7% demonstrada pelo gráfico 05 acontece em relação a pressão no programador no contexto da pandemia foi comprovada nesta pesquisa, fatores estressantes advém desse fator. Para a identificação das características consideradas como fontes geradoras de estresse, são necessários conceitos que auxiliem a análise da natureza psicossocial do trabalho. Esses conceitos têm sido operacionalizados principalmente com métodos padronizados das ciências sociais e do comportamento, tais como a observação participante, entrevistas estruturadas e questionários padronizados. Do ponto de vista metodológico, são necessárias medidas que avaliem o estresse no trabalho de forma confiável, sensível a mudanças e válida (MARMOT et. al., 1999). A escassez de investigações nessa área específica do ambiente psicossocial diminui a possibilidade de estabelecimento de nexos de determinação e, por conseguinte, a possibilidade de regulação e intervenção neste ambiente específico. Outro aspecto a dificultar a investigação dessas relações é que, por não considerarem a ideia dos subsistemas complexos dentro de um sistema maior e ainda mais complexo, tendem a focalizar nas características individuais, as supostas fontes geradoras do estresse. Desse modo, em termos práticos, quando o indivíduo adoece em decorrência de exposição ao estresse no ambiente de trabalho, responsabilizam a vítima (ou a pessoa que adoece) e esvaziam qualquer iniciativa política de modificar situações advindas desse ambiente específico (KARASEK, THEORELL, 1990; KRISTENSEN, 1999). Segundo Karasek e Theorell (1990), pessoas expostas a trabalhos com alta demanda e baixo controle, considerados de alto desgaste, apresentam as reações mais adversas de desgaste psicológico (tais como fadiga, ansiedade, depressão e enfermidade física) quando estão expostas de maneira contínua a um estado, que é biologicamente necessário para garantir uma resposta física e psicológica imediata para evitar danos, diante de algo ameaçador, mas que em 26 princípio, deve ser transitório. O desgaste psicológico ocorre quando o indivíduosubmetido a um estresse, não se sente em condições de responder ao estímulo adequadamente, por ter pouco controle sobre as circunstâncias ambientais. Se o tempo da exposição é curto, o organismo prontamente se recupera. Se, ao contrário, é longo, o desgaste se acumula. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo permitiu traçar um retrato da incidência do estresse em Programadores e a relação com a pandemia da Covid-19 no Brasil, de acordo com dados obtidos avaliou-se que houve a comprovação do estresse nesta categoria. Constata-se que essa pesquisa possui limitações, pois há carência na literatura nos estudos mais recentes sobre temas ligados a alguns itens pertinentes a pesquisa, como a atualização nas mudanças tecnológicas nesta área. Bezerra e Neves (2010) elucidam que pesquisas que forneçam evidências quanto ao campo de saúde do trabalhador têm potencial efetivo sobre as políticas e ações de saúde, mobilizando transformação das relações saúde-ambiente-trabalho no sentido de constituir segurança aos trabalhadores. Diante dessa premissa, torna-se considerável aludir que o trabalho compreende um papel crucial na vida das pessoas e é um fator notável na formação da identidade e na inserção social desses indivíduos à vista disso, considera-se que o bem-estar adquirido pelo equilíbrio entre as expectativas, em relação à atividade profissional e à sua concretização é um dos fatores que constituem a qualidade de vida (ABREU et al., 2002). Deste modo, acredita-se que os resultados obtidos nessa pesquisa venham a contribuir de forma significativa tanto para o público alvo desta pesquisa ao abarcar um conhecimento sobre o estresse em Programadores, bem como para sociedade como um todo. 27 REFERÊNCIAS ABÍLIO, L. C. [et al.]. Condições de trabalho de entregadores via plataforma digital durante a COVID-19. Revista Jurídica Trabalho e Desenvolvimento Humano, v. 3, p. 1- 21, 2020. ADERALDO, I. L.; ADERALDO, C. V. L.; LIMA, A. C. Aspectos críticos do tele trabalho em uma companhia multinacional. Cadernos EBAPE.BR, v.15, p. 511-533, 2017. ABREU, K. L. [et al.]. Estresse ocupacional e Síndrome de Burnout no exercício profissional da Psicologia. Ciência e Profissão, v. 22, n. 2, p. 22-29, 2002. BARROS, A. M.; SILVA, J. R. G. Percepções dos indivíduos sobre as consequências do tele trabalho na configuração home-office: estudo de caso na Shell Brasil. Cadernos EBAPE.BR, v. 8, p. 71-91, 2010. BACHMANN, R. T. Power and control in trans-organizational relations. Escr. Centre for Business Research, University of Cambrige. Working Paper. n.129, 1999. BENDASSOLLI, P. F. Reconhecimento no Trabalho: Perspectivas e Questões Contemporâneas. Psicologia em Estudo, v.17, n.1, p. 37-46, 2012. https://www.scielo.br/pdf/pe/v17n1/v17n1a04.pdf. BEZERRA, M. L. S.; NEVES, E. B. Perfil da produção científica em saúde do trabalhador. Saúde e Sociedade, v. 19, n. 2, p. 384-394, 2010. BORGES, J. E. de A.; BENDASSOLLI, P. F. Dicionário de Psicologia do Trabalho e das Organizações. São Paulo: Casa do Psicólogo Livraria e Editora Ltda., p. 333-41, 2015. CAVAZOTTE, F. S. C. N.; LEMOS, A. H. C.; BROLLO, M. S. Trabalhando Melhor Ou Trabalhando Mais? Um Estudo Sobre Usuários de Smartphones Corporativos. o&s - Salvador, v.21, n.68, p. 769-788, 2014. https://www.revistaoes.ufba.br. CHILD, J. Information technology, organization, and response to strategic challenges. california Management review. California, Vol. XXX, n. 1, p.33-50, 1987. COELHO, O. Esgotamento profissional em trabalhadores da atenção básica, 2014. COELHO, F. C.; LANA, R. M.; CRUZ, O. G.; CODECO, C. T.; VILLELA, D.; BASTOS, L. S. Assessing the potential impact of COVID-19 in Brazil: mobility, morbidity and the burden on the health care system. medRxiv 2020. https://www. medrxiv.org/content/10.1101/2020.03.19.200 39131v2. DAVENPORT, T.H.; SHORT, J.E.; ERNEST, YOUNG. The new industrial engineering information technology and business process design. sloan Management review. Cambridge, v. 31, n.4, p.11-27, Summer 1990. DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de Psicopatologia do Trabalho. São Paulo: Cortez Editora, p. 96, 1998. http://www.scielo.br/pdf/pe/v17n1/v17n1a04.pdf https://www.revistaoes.ufba.br/ http://www/ 28 DIEHL, Astor Antonio. Pesquisa em ciências sociais aplicadas: métodos e técnicas. São Paulo: Prentice Hall, 2004. FERREIRA, J. E. R. O que vem pela frente? Ocorrência do techno-stress entre profissionais da sociedade da informação. Ciência (In) Cena Bahia, n.2, p. 104-120, 2016. http://periodicos.estacio.br/index.php/cienciaincenabahia/article/viewFile/2376/1167. FUNDAÇÃO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO. Pesquisa de Gestão de Pessoas na Crise de Covid-19. São Paulo: Autores, 2020. GALDERISI, S.; HEINZ, A.; KASTRUP, M.; BEEZHOLD, J.; SARTORIUS, N. Toward a new definition of mental health. In World Psychiatry, v. 14, n. 2, 2015. https://doi.org/10.1002/wps.20231 GAULEJAC, V. de. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Tradução de Ivo Storniolo. Aparecida, SP: Idéias & Letras, Coleção Management, 4, p. 217 e 245, 2007. GOES, G. S.; MARTINS, F. S.; NASCIMENTO, J. A. S. Nota Técnica: potencial de teletrabalho na pandemia: um retrato no Brasil e no mundo. Carta de Conjuntura, n. 47, 2020. https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/200608_nt_cc47_teletrabal ho.PDF. GOLDEN, D.; VEIGA, J. F.; DINO, R. N. The impact of professional isolation on teleworker job performance and turnover intentions: Does time spent teleworking, interacting face-to-face, or having access to communication-enhancing technology matter? Journal of Applied Psychology, v. 93, n. 6, p. 1412-1421, 2008. doi:10.1037/a0012722 GLOWINKOWSKi, S. P.; COOPER, C. L. Managers and professionals in business/industrial settings: the research evidence. In J. M. Ivancevich & D. C. Gangster (Orgs.), Job stress: from theory to suggestion. Nova York: Haworth, 1987. GRUBER, A. Covid-19: o que se sabe sobre a origem da doença, 2020. https://jornal.usp.br/artigos/covid2-o-que-se-sabe-sobre-a-origem-da-doenca/. IVANCEVICH, M.; NAPIER, A.; WETHRBE. Occupational stress, attitudes, and health problems in the information systems professional. Communications of the ACM, v. 26, n. 10, p. 800-806, 1983. JEX, S. M. Stress and job performance. Londres: Sage, 1998. JOSEPH, D. Ang, Soon. The Threat-Rigidity Model of Professional Obsolescence and its Impact on Occupational Mobility Behaviors of IT Professionals. XXII International Conference on Information Systems, 2001. https://aisel.aisnet.org/icis2001/73. KALUZNIACKY, E. An assessment of stress factors among information systems professionals in Manitoba. In ACM (Org.), Proceedings of the 1998 ACM SIGCPR Conference on Computer Personnel Research. Boston. ACM.p. 254 -257, 1998. http://periodicos.estacio.br/index.php/cienciaincenabahia/article/viewFile/2376/1167 http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/200608_nt_cc47_teletrabalho http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/200608_nt_cc47_teletrabalho http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/200608_nt_cc47_teletrabalho 29 KARASEK, R.; THEORELL, T. Healthy Work: Stress, Productivity and the Reconstruction of Working Life. Basic Books, Inc., Publishers. New York. p. 381, 1990. KRISTENSEN, T. S. Challenges for research andprevention in relation to work and cardiovascular diseases. Scand J Work Environ Health, v. 25, n. 6, p. 550 – 557, 1999. KRISHNAMURTHY, G. Information Technology workers having more alcohol problems. The Economic Times, 2007. LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais. São Paulo, Prentice Hall, 2004. LEHMAN, J. F.; MEHRENS,W. A. Educational research; readings in focus. New York, Holt, Rineart & Winston, 1971. LI, Y.; SHANI, B. Stress dynamics of information systems managers: acontingency model. Journal of Management Information Systems, v. 7, n. 4, p. 107-130, 1998. LIM, V.; TEO, S. Occupational stress and IT personnel in Singapore: factorial organizational role stress and mental health. Psychological Reports, v. 62, p.1007-1009, 1999. LIMA, C. K. T.; CARVALHO, P. M. M.; LIMA, I. A. A. S.; NUNES, J. V. A. O.; SARAIVA, J. S.; SOUZA, R. I..; SILVA, C. G. L.; NETO, M. L. R. (2020). The emotional impact of Coronavirus 2019-nCoV (new Coronavirus disease). In Psychiatry Research, v. 287, n. 1, p. 1 – 2, 2020. https://doi.org/10.1016/j.psychres.2020.112915 MANN, S.; VAREY, R.; BUTTON, W. An exploration of the emotional impact of tele‐ working via computer‐mediated communication. Journal of Managerial Psychology, v. 15, n. 7, p. 668 – 690, 2000. MARMOT, M. G.; SIEGRIST, J.; THEORELL, T.; FENNEY, A. Health and the Psychosocial Environment at Work. In: Marmot M, Wilkinson RG; editores. Social Determinants of Health. New York: Oxford University Press, p. 105 –31, 1999. MARTINS, L. F. Estresse ocupacional e esgotamento profissional entre profissionais da atenção primária à saúde. Dissertação (Mestrado em Psicologia) —Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2011. MENDONÇA, M. A inclusão dos “home-offi - cers” no setor residencial no município de São Paulo (Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, SP, Brasil), 2010. MINAYO, M. C. de S. Ciência, Técnica e Arte: o desafio da pesquisa social. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 8ª edição. Petrópolis: Vozes, 1998. MORAES, M. R. C. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Rev. bras. saúde ocup. São Paulo, v. 37, n. 126, p. 287-289, 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S0303-76572012000200010. MORIN, E. M. Os Sentidos do Trabalho. RAE - Revista de Administração de Empresas/FGV/EAESP, 2001. http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n3/v41n3a02.pdf. http://dx.doi.org/10.1590/S0303-76572012000200010 http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n3/v41n3a02.pdf 30 MOSER, P. C. Estresse ocupacional em profissionais de tecnologia da informação e sua relação com a prática de mentoria: um estudo em Pernambuco. Recife: O Autor, 2008. http://imagens.devrybrasil.edu.br/wpcontent/uploads/sites/88/2015/01/17155726/PATRCIA- CRISTINA-MOSER.pdf MOTTA, P. R. Transformação organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998. MS ARGENTINA, Ministerio de Salud Argentino. COVID-19 Recomendaciones para la asistencia y continuidad de la atención ambulatoria en salud mental durante la pandemia, 2020. https://www.msal.gob.ar/images/stories/bes/graficos/0000001885cnt- covid- 19_recomendaciones-asistencia-atencion-ambulatoria-salud-mental.pdf PASCHOAL, T.; TAMAYO, A. Validação da escala de estresse no trabalho. Estudos de Psicologia, v. 9, n. 1, 2004. PEREIRA, M. D’A. (2017) Qualidade de vida dos profissionais de TI e as condições de trabalho. Tese de Mestrado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, Brasil,2017.https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/20048/2/Max%20D_angelo%20Pereira. pdf.. PIT, F. S.; PÉRTEGAS, D. S. Investigación cuantitativa y cualitativa. Cad Aten Primaria, v. 9, p. 76-8, 2002. http://fisterra.com/mbe/investiga/cuanti_cuali/cuanti_cuali2.pdf. PYÖRIÄ, P. Managing telework: Risks, fears and rules. Management Research Review, v. 34, n. 4, p. 386-399, 2011. doi:10.1108/01409171111117843 RANGÉ, B. L. M. N.; MALAGRIS, L. N. Psicoterapia comportamental e cognitiva: Pesquisa, prática, aplicações e problemas. Manejo do estresse. São Paulo: Livro Pleno, p. 280- 291, 2001. RASMUSSEN, E.; CORBETT, G. ‘Why isn’t teleworking working?’ New Zealand Journal of Employment Relations, v. 33, n. 2, 20-32, 2008. ROSSI, A. M.; PERREWÉ, P. L.; SAUTER, S. L. Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas, 2007. ROSSETTI, A. G.; TCHOLAKIAN MORALES, A. B. O papel da tecnologia da informação na gestão do conhecimento. Ciência da Informação, v. 36, n. 1, 2007. ISSN 1518- 8353. http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/1191/1362. ROHM, R. H. D.; LOPES, N. F. O novo sentido do trabalho para o sujeito pós- moderno: uma abordagem crítica. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 332-45, 2015. http://dx.doi.org/10.1590/1679-395117179. SALANOVA, M.; LLORENS, S.; CIFRE, E. The dark side of tecnologies: Technostress among users of information and communication. Tecnologies. International Journal of Psychology, v. 48, n. 3, p. 422-36, 2012. http://dx.doi.org/10.1080/00207594.2012.680460. http://imagens.devrybrasil.edu.br/wpcontent/uploads/sites/88/2015/01/17155726/PATRCIA https://www.msal.gob.ar/images/stories/bes/graficos/0000001885cnt-covid-19_recomendaciones-asistencia-atencion-ambulatoria-salud-mental.pdf https://www.msal.gob.ar/images/stories/bes/graficos/0000001885cnt-covid-19_recomendaciones-asistencia-atencion-ambulatoria-salud-mental.pdf https://www.msal.gob.ar/images/stories/bes/graficos/0000001885cnt-covid-19_recomendaciones-asistencia-atencion-ambulatoria-salud-mental.pdf http://fisterra.com/mbe/investiga/cuanti_cuali/cuanti_cuali2.pdf http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/1191/1362 http://dx.doi.org/10.1590/1679-395117179 http://dx.doi.org/10.1080/00207594.2012.680460 31 SARDESHMUKH, S. R.; SHARMA, D.; GOLDEN, T. D. Impact of telework on exhaustion and job engagement: A job demands and job resources model. New Technology, Work and Employment, v. 27, n.3, p. 193-207, 2012. doi:10.1111/ j.1468-005X.2012.00284. SOFTEX. A indústria brasileira em perspectiva, 2010. http://publicacao.observatorio.softex.br/_publicacoes/arquivos/completa/Software_e_Servic os_de_TI_2009.pdf . STAIR, M.; REYNOLDS, W. Principles of information systems: a managerial approach. Boston: Cengage Learning, 2007. SCHREIBER, G. [et al]. Knowledge engnineering and management: the Common KADS methodology. Cambridge/Massachussets: MIT Press, p. 932, 2002. TACY, J. Technostress: a concept analysis. Online Journal of Nursing Informatics,v. 20, n. 2, 2006. http://www.himss.org/ojni> TOSE, M. G. L. Teletrabalho: a prática do trabalho e a organização subjetiva dos seus agentes. Tese de doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2005. TORRES, N. tecnologia da informação e competitividade empresarial. São Paulo: Makron Books, 1996. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. VENKATRAMAN, N. IT-enabled business transformation: from automation to business scope redefinition. sloan Management review. Winter, 1994. WACHELKE, J. F. R.; ANDRADE, A. L. Influência do recrutamento de participantes em sítios temáticos e comunidades virtuais nos resultados de medidas psicológicas aplicadas pela Internet. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 25, n. 3, p. 357-367, 2009. doi:10.1590/S0102- 37722009000300009. WAIZBORT, R. A pandemia de Covid-19: história, política e biologia, 2020. http://coc.fiocruz.br/index.php/pt/todas-as-noticias/1784-a-pandemia-de-covid-19-historia- politica-e-biologia.html#.XxbzDJ5KjIU. WARD, N.; SHABBA, G. Teleworking: An assessement of socio-psychological factors. Facilities, v. 19, v. 1/2, p. 61-70, 2001. WHO, W.; HEALTH ORGANIZATION. (2018c). Mental health: strengthening our response., 2008. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental- health- strengthening-our-response. WOOD, J. T. Mudança organizacional. São Paulo: Atlas, 1995. http://publicacao.observatorio.softex.br/_publicacoes/arquivos/completa/Software_e_Servic http://publicacao.observatorio.softex.br/_publicacoes/arquivos/completa/Software_e_Servicos_de_TI_2009.pdfhttp://publicacao.observatorio.softex.br/_publicacoes/arquivos/completa/Software_e_Servicos_de_TI_2009.pdf http://www.himss.org/ojni http://coc.fiocruz.br/index.php/pt/todas-as-noticias/1784-a-pandemia-de-covid-19-historia- https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-strengthening-our-response https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-strengthening-our-response https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-strengthening-our-response
Compartilhar