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JOSE CARLOS DE ALMEIDA NETO VERSÃOF FINAL

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FACULDADE INTERNACIONAL DA PARAÍBA 
ESCOLA DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS E EXATAS 
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO 
 
JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA NETO 
 
 
A INCIDÊNCIA DO ESTRESSE EM PROGRAMADORES E A RELAÇÃO COM A 
PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA/PB 
 2021 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA NETO 
 
 
 
 
 
 
A INCIDÊNCIA DO ESTRESSE EM PROGRAMADORES E A RELAÇÃO COM A 
PANDEMIA DA COVID-19 NO BRASIL 
 
 
 
 
Artigo Científico apresentado ao Curso de Ciência da 
Computação da Faculdade Internacional da Paraíba 
como requisito parcial para obtenção do título de 
Bacharel em Ciências da Computação. 
 
Orientador: Hugo Nathan Soares Diniz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA/PB 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
(Biblioteca da Faculdade Internacional da Paraíba) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso - Artigo Científico – A 
Incidência do Estresse em Programadores e a Relação 
com a Pandemia da COVID-19 no Brasil – Revisão 
Bibliográfica, como parte dos requisitos para a obtenção 
do título de Bacharel em Ciências da Computação na 
Faculdade Internacional da Paraíba - Escola de 
Engenharias e Tecnologias e Exatas 
 
 
 
APROVADO EM _______/______/______ 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
 
________________________________________ 
Prof. Hugo Nathan Soares Diniz 
Orientador 
 
 
____________________________________ 
 
, . 
 
____________________________________ 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Meus agradecimentos e todo o meu amor são todos voltados aos meus pilares na vida: 
minha mãe, meu pai, minhas avós, meu avô Emir (in memoriam), irmãos e namorada. Todos 
foram, e são, símbolos de suporte e força não só na parte acadêmica, mas em todos os aspectos 
da minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A incidência do estresse em programadores e a relação com a pandemia da COVID-19 no 
Brasil1 
 
José Carlos de Almeida Neto1 
E-mail: neto_almeida@live.com 
Hugo Nathan Soares Diniz 2 
E-mail: hugo.diniz@fpb.edu.br 
 
1 Faculdade Internacional da Paraíba, Curso de Ciências da Computação, João Pessoa, Paraíba, Brasil 
2 Faculdade Internacional da Paraíba, Curso de Ciências da Computação, João Pessoa, Paraíba, Brasil 
 
RESUMO 
 
Diante da importância do profissional de Programação na área da tecnologia na atualidade, nos 
processos de trabalho informatizado, e o contexto atual da Pandemia da Covid-19, tendo como 
causa principal o estresse ocupacional, este estudo teve como objetivo analisar a incidência do 
estresse em Programadores tendo associação com a questão da Pandemia da Covid-19 no Brasil. 
Esse estudo é caracterizado como uma pesquisa quantitativa e descritiva. Como método, foi 
utilizado um formulário disposto de forma online com mentoria de uma Psicóloga Clínica 
atuante dispondo de 17 perguntas onde apresentou em formas de percentuais os fatores 
estressores que podem ser intrínsecos ao trabalho. Sendo os itens que mais apresentaram alta 
resposta foram os itens referidos a exaustão, mudanças tecnológicas, prática do Home office, 
inserção ao Home office com o distanciamento social, pressão no trabalho e estresse no contexto 
da pandemia. Conclui-se, portanto, que o estresse foi comprovado nesta pesquisa direcionada a 
programadores no contexto atual. Deste modo, acredita-se que os resultados obtidos venham a 
contribuir de forma significativa tanto para o público alvo desta pesquisa ao abarcar um 
conhecimento sobre o estresse em programadores, bem como para sociedade como um todo. 
 
Palavras-Chave: Programadores. Estresse. Pandemia. Covid-19. 
 
 
 
 
1 Artigo Científico ou Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Ciência da Computação da 
Faculdade Internacional da Paraíba como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciência da 
Computação. 
 
mailto:neto_almeida@live.com
mailto:hugo.diniz@fpb.edu.br
 
 
 
ABSTRACT 
 
In view of the importance of Programming professionals in the area of technology today, in 
computerized work processes, and the current context of the Covid-19 Pandemic, with 
occupational stress as the main cause, this study aimed to analyze the incidence of stress in 
Programmers having an association with the Covid-19 Pandemic issue in Brazil. This study is 
characterized as quantitative and descriptive research. As a method, an online form was used 
with mentoring by an active Clinical Psychologist with 17 questions where she presented in 
percentage forms the stressors that can be intrinsic to the work. The items with the highest 
response were the items referred to exhaustion, technological changes, practice of the Home 
office, insertion into the Home office with social distance, pressure at work and stress in the 
context of the pandemic. It is concluded, therefore, that stress was proven in this research aimed 
at programmers in the current context. Thus, it is believed that the results obtained will 
contribute significantly to both the target audience of this research by encompassing knowledge 
about stress in programmers, as well as to society as a whole. 
 
Keywords: Programmers. Stress. Pandemic. Covid-19. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1: Percentual de profissionais com exaustão ............................................................... 20 
Gráfico 2: Nervosismo com mudanças tecnológicas ................................................................ 22 
Gráfico 3: Profissionais que trabalham em Home Office .......................................................... 23 
Gráfico 4: Profissionais que passaram a trabalhar em Home Office após a Pandemia ............. 23 
Gráfico 5: Profissionais com aumento ou diminuição de pressão no ambiente de trabalho ..... 25 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
CRP Conselho Regional de Psicologia 
FIA Fundação Instituto de Administração 
OMS Organização Mundial da Saúde 
SOFTEX Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro 
TI Tecnologia da Informação 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9 
2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 13 
2.1 A relação entre tecnologia ......................................................................................... 13 
2.2 O estresse na carreira do programador .................................................................... 15 
2.3 Pandemia da COVID – 19 .......................................................................................... 17 
3. MÉTODO DE PESQUISA ........................................................................................ 18 
3.1 Método ........................................................................................................................ 18 
3.2 Procedimentos ............................................................................................................ 18 
3.3 Instrumentos da coleta de dados ............................................................................... 18 
3.4 Procedimento da coleta de dados .............................................................................. 19 
3.5 Tipo de dados, descrição da amostra e técnica da análise de dados ....................... 19 
4. DISCUSSÃO E RESULTADOS DA PESQUISA .................................................... 19 
4.1 Exaustão ......................................................................................................................20 
4.1 Mudanças tecnológicas .............................................................................................. 21 
4.3 Home Office ................................................................................................................ 22 
4.4 Pressão no trabalho e estresse .................................................................................... 24 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 26 
 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27 
 
 
9 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
De acordo com a Softex (2009), organização da sociedade civil de interesse público, 
responsável pela gestão do programa prioritário do governo para promoção da excelência do 
software brasileiro, o número de empresas pertencentes à indústria brasileira de software e 
serviços de tecnologia da informação (TI) vem crescendo, desde 2003, a uma taxa média anual 
de 4,8%, tendo, no ano de 2009, atingido 67.851 empresas de TI, com crescimento médio anual 
do número de pessoas ocupadas no setor de 12,6%, totalizando cerca de 540.000 profissionais 
empregados. 
Profissionais de TI são os profissionais responsáveis por dar sustentação à complexa 
infraestrutura tecnológica e de sistemas de informação num mundo conectado em redes. Dentro 
da organização, o profissional de TI geralmente trabalha em um centro de tecnologia, que 
emprega desenvolvedores para a internet, programadores de computadores, analistas de 
sistemas, operadores de computadores, especialistas em redes e segurança da informação. 
(STAIR, 2007). 
De 1980 a 2010, por três décadas consecutivas, a proliferação de computadores e 
sistemas de informação dentro das organizações tem gerado alta demanda por profissionais de 
TI e, no mesmo período, o estresse entre esses profissionais tem sido objeto de estudo em vários 
países, objetivando não apenas compreender o fenômeno, mas também combater seus 
malefícios. O tema do estudo evoluiu significativamente na academia desde os anos 1980, 
apontando para diversos fatores estressores – como sobrecarga de trabalho, ambiguidade e 
conflitos de papeis, falta de equidade de recompensas, falhas de comunicação, desenvolvimento 
de carreira, pressão do tempo, quantidade de mudanças e relações pessoais – entre esses 
profissionais (IVANCEVICH, NAPIER, WETHERBE, 1983; KALUZNIACKY, 1998; LIM, 
TEO, 1999; LI, SHANI, 1991; MOORE, 2000; RAJESWARI, ANANTHARAMAN, 2003; 
REGGIANI, 2006; ROCHA, RIBEIRO, 2001). 
De acordo com Lim e Teo (1999), Kaluzniacky (1998) e Li e Shani (1991), o principal 
fator gerador de estresse entre profissionais de TI seria a sobrecarga de trabalho, o que foi 
corroborado por Mc-Gee, Khirallah e Lodge (2000). Esse último estudo acrescentou que, além 
dos altos níveis de estresse, esses profissionais quase não possuem vida social e são propensos 
a desenvolver hábitos com riscos à saúde, como por exemplo, o alcoolismo 
(KRISHNAMURTHY, 2007). 
 
10 
 
 
 
De acordo com Rangé (2001), os aspectos ambientais estressantes no âmbito do trabalho 
(eventos estressores), estariam por exemplo, na chefia intransigente e autoritária, nas condições 
físicas inadequadas de trabalho, colegas de trabalho pouco colaborativos ou excessivamente 
competitivos, carga horária excessiva, entre outras situações. No que se refere ao estresse 
ocupacional, é muito comum que a empresa enquanto instituição, também se encontre 
estressada. Uma pessoa que se estressa no trabalho pode dissipar esse sentimento para todos os 
colegas e, aos poucos, todos os funcionários passam a estar estressados. O estresse ocupacional 
deriva de várias fontes que podem estar relacionadas às condições e ambiente de trabalho ou 
decorrentes do próprio indivíduo, como características pessoais e interpretações que o indivíduo 
faz acerca das situações. 
Grande parte dos estudos que enfoca estressores organizacionais tem se apoiado nas 
teorias de papeis e dois fatores principais constituem esta categoria de estressores. O primeiro 
refere-se ao conflito entre papéis, o qual ocorre quando informações advindas de um membro 
ou contexto do trabalho entra em conflito com as informações de outro membro ou contexto. 
Segundo que esta informação, outro estressor associado aos papéis refere-se à ambiguidade do 
papel. Neste caso, as informações associadas ao papel que o empregado deve desempenhar são 
pouco claras e inconsistentes (JEX, 1998). 
Os estressores podem ser fatores intrínsecos ao trabalho, referem-se aos aspectos ligados 
à repetição de tarefas, pressões de tempo e sobrecarga. Dentre eles, a sobrecarga de trabalho tem 
recebido considerável atenção dos pesquisadores. Tal estressor pode ser dividido em dois níveis: 
quantitativo e qualitativo. A sobrecarga quantitativa diz respeito ao número excessivo de tarefas 
a serem realizadas; isto é, a quantidade de tarefas encontra-se além da disponibilidade do 
trabalhador. A sobrecarga qualitativa refere-se à dificuldade do trabalho, ou seja, o indivíduo 
depara-se com demandas que estão além de suas habilidades ou aptidões (GLOWINKOWSKI, 
COOPER, 1987; JEX, 1998). 
Outra categoria de estressores refere-se ao relacionamento interpessoal no trabalho. A 
grande maioria das ocupações envolvem interações entre pessoas, seja entre colegas de mesmo 
nível hierárquico, superiores e/ou subordinados, como também entre empregados e clientes. 
Quando essas interações resultam em conflitos, observa-se outro aspecto como fonte de estresse 
(GLOWINKOWSKI, COOPER, 1987; JEX, 1998). 
Rocha (2005) aponta que inicialmente é necessário entender a definição de estresse, uma 
vez que o termo é comumente utilizado para descrever uma gama variada de situações e 
sensações. O estresse vem sendo estudado há muitos anos, seu conceito surgiu através de Hans 
Selye, quando em 1936 afirmou que ― o estresse é um processo vital e fundamental onde pode 
 
11 
 
 
 
ser dividido em dois tipos, ou seja, quando passamos por mudanças boas, temos o estresse 
positivo e quando atravessamos alguma fase negativa, estamos vivenciando o estresse negativo. 
Martins (2011), afirma que Selye foi um dos primeiros estudiosos que buscou entender 
as reações que cada organismo apresentava ao ser exposto a diferentes situações danosas. Os 
resultados mostraram que os organismos reagem de forma semelhante dividindo-se em três 
estágios: Reação breve de alarme mediante apresentação aguda do agente danoso, período de 
resistência a partir da permanência do agente danoso e exaustão do organismo, que ocorre após 
a apresentação crônica do agente, podendo levar o organismo à morte. 
Com relação ao estresse e a questão laboral, o que se observa a partir dessas alterações 
no meio organizacional, é que o indivíduo passa a perceber seu ambiente de trabalho como uma 
ameaça às suas realizações profissionais e/ou pessoais, podendo comprometer a sua saúde física 
e mental, acarretando prejuízos na interação do mesmo em seu ambiente de trabalho. Desta 
forma, à medida que essa relação indivíduo-ambiente é lesada, este não possui recursos 
adequados para enfrentá- la, o dando início às tensões psicológicas que futuramente 
desenvolverão um stress proveniente de manifestações como ansiedade, depressão e baixa 
autoestima (ROSSI, 2007). 
Em decorrência da adoção de medidas para contenção do avanço acelerado da pandemia 
de COVID-19 (em especial, às de distanciamento social) em 2020, uma massiva quantidade de 
organizações instituiu -de maneira não planejada- a modalidade do trabalho em home office2 
para seus empregados, que passaram a realizar suas atividades a partir de suas residências. 
Dentre os diversos levantamentos realizados, uma pesquisa conduzida pela Fundação Instituto 
de Administração, FIA (2020) indica que no Brasil 46% das empresas adotaramessa 
modalidade em tempo parcial ou integral, abrangendo cerca de 41% da força de trabalho dessas 
organizações. 
Com a adoção do distanciamento social, muitos países determinaram o fechamento de 
alguns setores da economia a fim de possibilitar aos indivíduos ficarem em suas casas com 
maior segurança. Devido a isso, alguns desses setores, adotaram como estratégia o tele 
trabalho3, o que comumente tem sido chamado de home office. Devido a falta de um 
planejamento prévio, surgiram dificuldades voltadas à organização dessa modalidade de trabalho 
em meio a um contexto psicoemocional atípico, devido ao receio pela propagação do vírus e, 
 
2 Home Office: O termo home office vem da língua inglesa e significa trabalho feito em casa. O sentido dele pode 
até englobar uma perspectiva mais ampla, como sendo o trabalho realizado de forma remota e que pode ser 
executado em qualquer lugar. 
3Tele trabalho: realização do expediente laboral de qualquer natureza, desde que realizado à distância, em local 
diverso ao do local da empresa, utilizando-se as ferramentas da telemática. 
 
12 
 
 
 
sobretudo, no que se refere aos trabalhadores em geral que não receberam uma estrutura adequada 
para trabalhar em casa. Góes, Martins e Nascimento (2020), em nota técnica do Instituto de 
Pesquisa Econômica Aplica (Ipea), demonstram que, no Brasil, apenas 22,7% dos trabalhadores 
têm condições de realizar tele trabalho em casa, sobretudo parcelas dos seguintes grupos: 65% 
do total dos cientistas e intelectuais; 61% dos administradores e gerentes; 41% dos técnicos de 
apoio administrativo; e 30% dos técnicos e profissionais de nível médio. 
Abílio et. al. (2020) aponta que durante a pandemia houve um aumento da jornada de 
trabalho de 38,2% para 43,3% com relação aos trabalhadores com jornada diária de 8h e de 
54,1% para 56,7% entre os trabalhadores com carga horária diária superior a 9h. Diante desse 
aumento, a falta de equiparação salarial refletiu em 58,9% dos sujeitos da pesquisa com declínio nos 
rendimentos. Para agravar a situação, a pesquisa confirma que a maioria dos trabalhadores 
tiveram que arcar com os custos dos equipamentos de proteção individual (EPIs), uma vez que 
as empresas têm se limitado a dar orientações gerais sobre a prevenção da Covid-19. Nesse 
aspecto, podemos destacar que parte desses fatores estressores podem vir a prejudicar a saúde 
dos profissionais envolvidos. 
Em decorrência do isolamento social provocado pelo home office, pessoas que 
trabalham nesta modalidade compreendem que diversos efeitos negativos se mostram 
presentes, como a redução dos contatos pessoais e encontros presenciais, muitas vezes 
informais, em que as pessoas podem tanto testar e validar ideias e comportamentos (MANN, 
VAREY, BUTTON, 2000) quanto ter acesso a informações que não foram veiculadas pelos 
canais formais de comunicação da organização (BARROS, SILVA, 2010). 
Com relação ao especto individual, pontua-se a necessidade da integração do 
trabalhador em situação de home office, pois ele tende a estar isolado do resto da organização, 
mantendo contato apenas de modo remoto e menos frequente do que quando presente de modo 
físico na organização (ADERALDO et al., 2013; COSTA, 2005). 
O isolamento social e seus impactos negativos são abordados por Tose (2005), no que 
se refere às necessidades individuais de socialização que podem variar de uma pessoa para 
outra, significando que a impossibilidade de atendimento às necessidades de interação pessoal 
pode impactar tanto no desempenho e nos resultados do trabalho feito em casa, quanto na saúde 
da pessoa. 
Com relação à COVID-19, devido ao rápido avanço da doença e o excesso de 
informações disponíveis, por vezes discordantes, se torna um âmbito favorável para alterações 
comportamentais impulsionadoras ao adoecimento psicológico que podem gerar 
consequências severas à saúde mental do indivíduo (LIMA et. al., 2020). 
 
13 
 
 
 
Dentro do contexto abordado, a Saúde Mental é um componente essencial para saúde 
do indivíduo. Assim, cabe parafrasear a definição de Saúde Mental tal dada pela OMS 
(Organização Mundial de Saúde) como “um estado de bem estar no qual um indivíduo realiza 
suas próprias habilidades, podendo lidar com o estresse normal da vida e trabalhar 
produtivamente, sendo capaz de contribuir com sua comunidade (WHO, 2018; GALDERISI et. 
al., 2015). 
Who (2018), destaca a saúde mental como primordial para nossa habilidade coletiva e 
individual, pois as pessoas pensam, se emocionam, interagem entre si, ganham e desfrutam a 
vida. Deste modo, a promoção, proteção e restauração da mesma, são consideradas vitais aos 
indivíduos, comunidades e sociedades ao redor do mundo. 
Diante do que fora exposto, o presente estudo tem como objetivo avaliar como a 
incidência do estresse implica na vida dos Programadores de redes tendo associações a questões 
da pandemia do Covid-19 no Brasil. 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 A relação entre tecnologia, trabalho e estresse 
 
A evolução tecnológica que envolve o mundo, as organizações e as pessoas atingem 
praticamente todas as atividades e favorece amplo acesso à veiculação de informações por 
diferentes meios, principalmente a internet. A rapidez de evolução nessa área ocorreu segundo 
(SCHREIBER et. al., 2002), pela necessidade de tecnologias padronizadas e eficientes na 
melhoria da qualidade dos processos e de modelos práticos e ágeis. 
O mundo do trabalho e das organizações é caracterizado por mudanças profundas 
devido às inovações tecnológicas. Tais mudanças afetam de uma forma ou de outra, a saúde 
psicossocial dos trabalhadores (SALANOVA, CIFRE, MARTIN, 1999). Como fator positivo, 
podemos destacar problemas de cunho técnico, que, para engenheiros, há uma resolutividade 
mais àgil. Em contrapartida, os aspectos ligados às questões sociais e as suas problemáticas, 
carecem de maiores debates e estudos, tendo em vista que as suas consequências afetam todos os 
indivíduos e organizações envolvidas (SALANOVA, CIFRE, MARTIN, 1999). 
Diante das inovações tecnológicas que a princípio prometem otimizar o dia a dia de 
trabalho e reduzir a carga de tarefas a realizar, os indivíduos também podem se deparar com 
uma realidade totalmente diferente, onde a intensificação do trabalho se faz presente 
(CAVAZOTTE, 2014). 
 
14 
 
 
 
As mudanças tecnológicas vêm rearranjando as antigas corporações e orientando as 
novas empresas que nascem na era da informação, com o intuito de manter o longo exercício, 
em que essa nova constituição está configurada, de tal maneira que se propõe a adequar-se às 
rápidas mudanças e a encarar de forma positiva fenômenos como globalização, mudanças 
políticas, sociais, econômicas e tecnológicas. A sociedade atual funciona em conceitos de cunho 
tecnológico (FERREIRA, 2016). 
O trabalho conserva um lugar importante na sociedade e compreende uma atividade 
remunerada que apresenta um valor agregado, permitindo uma maior capacitação ao indivíduo 
e resulta m na contribuição para a sociedade. Portanto, o trabalho também é uma atividade 
programada – com início e término, horários e rotinas diárias, bem como a estruturação do 
tempo: dias, semanas, meses e até anos da vida profissional (MORIN, 2001). É dessa maneira 
que para Bendassoli (2012), uma atividade que estrutura e permite organizar a vida diária e, por 
extensão, a história pessoal, representa um tipo de interação dependente do reconhecimento, 
que consiste no julgamento de outras pessoas sobre a contribuição do indivíduo. 
O reconhecimento do indivíduo é resultante do seu trabalho, esforço e suas 
competências, o que está diretamente ligado à qualidade das suas relações e a forma como eles 
se comunicam nas empresas e no trabalho. Com isso, são possibilitados ao crescimento, 
transformações, reconhecimento e independência pessoal e profissional (BENDASSOLI, 
2012). 
Nesse sentido, nãoexiste trabalho sem sofrimento, especialmente porque os valores de 
saúde e doença foram anteriormente construídos na empresa, sob o foco da produtividade. A 
erosão da vida mental individual dos trabalhadores é útil para a implantação de um 
comportamento condicionado favorável à produção. O sofrimento mental aparece como 
intermediário necessário à submissão do corpo (DEJOURS, 1998). Assim, se o trabalho se 
converteu em uma área central na vida das pessoas, o estresse passou a ser parte inerente aos 
trabalhadores e da rotina organizacional, sendo também apontado como fonte de adoecimento 
do indivíduo (PEREIRA, 2017). 
Segundo Borges e Brendassolli (2015), no ambiente de trabalho se faz relevante 
considerar que estímulos potencialmente indutores de estresse desencadeiam diferentes 
respostas em diferentes indivíduos, a depender das avaliações cognitivas das circunstâncias e 
dos recursos pessoais. Cumpre observar o estresse como transação entre a pessoa e o seu entorno 
– um fenômeno que resulta da interpretação e do quanto os acontecimentos ou as circunstâncias 
são significativas para o trabalhador ou grupo de trabalho. 
 
15 
 
 
 
Os estressores no contexto laboral estão no âmbito dos riscos psicossociais. A resposta 
de estresse só irá ocorrer se o trabalhador ou grupo interpretar que o risco ou ameaça terá efeitos 
penosos caso não sejam modificados. Ou seja, a concepção de estresse abarca a noção de 
estratégia de enfrentamento, que podem ser utilizadas pela pessoa ou grupo para controlar o 
risco e os efeitos individuais e, nas situações de trabalho, os efeitos organizacionais (BORGES, 
BENDASSOLLI, 2015). 
Vivências de estresse danoso provocam respostas fisiológicas cognitivo-afetivas e 
comportamentais. Quanto mais prolongadas, ocasionam maiores dificuldades de adaptação ou 
enfermidades, aqui consideradas as perdas de saúde física, psicológica e social. Para o sistema 
organizacional, repercute em ritmos e sequências previsíveis, como aumento do absenteísmo, 
e, às vezes, funestas como a vulnerabilidade a acidentes. (BORGES, BENDASSOLLI, 2015). 
 
2.2 O estresse na carreira de programador 
 
A tecnologia da informação (TI), que é gerada e explicitada devido ao conhecimento 
das pessoas, tem sido, ao longo do tempo, cada vez mais intensamente empregada como 
instrumento para os mais diversos fins. Também é utilizada por indivíduos e organizações para 
acompanhar a velocidade com que as transformações vêm ocorrendo no mundo; para aumentar 
a produção, melhorar a qualidade dos produtos; como suporte à análise de mercados; para tornar 
ágil e eficaz a interação com mercados, com clientes e até com competidores (ROSSETTI, 
TCHOLAKIAN, 2007). 
A Tecnologia de informação (TI) é usada como ferramenta de comunicação e gestão 
empresarial, de modo que organizações e pessoas se mantenham operantes e competitivas nos 
mercados em que atuam. Em face disso, além de sua rápida evolução, é cada vez mais intensa a 
percepção de que a tecnologia de informação e comunicação não pode ser dissociada de 
qualquer atividade, como importante instrumento de apoio à incorporação do 23º conhecimento 
como o principal agregador de valor aos produtos, processos e serviços entregues pelas 
organizações aos seus clientes (ROSSETTI, CHOLAKIAN, 2007). 
Em relação a esses profissionais, observa-se que eles estão constantemente sob pressão, 
visto que precisam se atualizar, se qualificar e se manter sempre informados (JOSEPH, ANG, 
2001). Ao contrário do que é acreditado em muitas esferas, o profissional de TI enfrenta desafios 
e pressões severas pela obtenção de resultados, e depara-se com desafios de ordem diversificada 
e jornadas de trabalho incessantes com intenso estresse. Como parte da estratégia tecnológica 
de uma organização, é essencial em sua estratégia competitiva geral. O ambiente de acirrada 
 
16 
 
 
 
competitividade exige dos profissionais de TI uma constante atualização, para que possam 
manter suas empresas atuantes no mercado e posicioná-las à frente de seus concorrentes. Dessa 
forma, a pressão é iminente e o ambiente de trabalho repercute em suas vidas no âmbito familiar 
e social, podendo ocasionar estresse (MOSER, 2008). Para isto passam horas e horas 
trabalhando com máquinas, resolvendo problemas, traçando estratégias, coletando, 
processando e analisando informações (JOSEPH, ANG, 2001). 
As evoluções tecnológicas que poderiam liberar o homem do trabalho, parecem, ao 
contrário, colocá-lo sob pressão. Aliviam a fadiga física, mas aumentam a pressão psíquica 
(GAULEJAC, 2007). Com o surgimento de novas tecnologias surge também a obsolescência 
de outras. Em um mercado dinâmico espera-se dinamismo, espírito empreendedor, inovação 
dos profissionais de TI que precisam aprender novas tecnologias enquanto estão amadurecendo 
os conhecimentos da tecnologia que agora está obsoleta (JOSEPH, ANG, 2001). 
O nível de estresse no ambiente de trabalho está relacionado com a pressão sofrida pelos 
trabalhadores. Daí uma pressão pelo tempo, pelos resultados, mas também pelo medo, que tem 
consequências terríveis. Ele gera comportamentos de adição, estresse cultural, sentimento de 
invasão, contra o qual é difícil de se defender, e sofrimento que o indivíduo esconde; do 
contrário, se fossem expressos, ele ficaria visado (GAULEJAC, 2007). A ameaça de demissão, 
portanto, é um risco sempre presente, disseminando o medo no ambiente empresarial. O medo 
pode imobilizar o indivíduo uma vez que o deixa de analisar adequadamente o contexto ao seu 
redor para discernir e melhor compreender a realidade. Além disso, o perfil profissional exige 
que os trabalhadores sejam capazes de se relacionar com facilidade e que tenha uma boa 
adaptabilidade aos diferentes ambientes (ROHM, LOPES, 2015). 
Gerenciar a si mesmo para atingir alto desempenho é uma demonstração de autonomia 
recompensada pela promessa de sucesso, felicidade e realização pessoal (MORAES, 2012). Uma 
boa gestão de si mesmo é o fator chave de sucesso, tanto do indivíduo como da empresa 
(GAULEJAC, 2007). Essa suposição provém de uma espécie que obscurece a impossibilidade 
de sermos todos excelentes. Luta-se pelos lugares como se todos pudessem ser o número um. 
Esquece-se que a própria etimologia da palavra excelência comporta intrinsecamente a exclusão 
daqueles que não atingem determinados requisitos (MORAES, 2012). O culto da qualidade 
enquanto excelência estimula, portanto, a competição generalizada e o individualismo 
(GAULEJAC, 2007). 
 
 
 
 
17 
 
 
 
2.3 Pandemia da COVID-19 
 
A princípio, é de suma importância, explicar o que é de fato uma pandemia e quais são 
as características da mesma, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, Pandemia é o 
termo que se usa para doenças que se espalham rapidamente por diversas partes de inúmeras 
regiões, tanto no âmbito continental como mundial, por meio de uma contaminação sustentada. 
Vale destacar aqui, o que conta para ser chamada de pandemia ou não, é o poder de contagio 
de proliferação geográfica, e não sua gravidade. (WAIZBORT, 2020). 
Tratando da origem do Coronavírus4, causado pelo vírus Sars-CoV-2, os primeiros casos 
foram noticiados no mercado de frutos do mar da cidade de Wuhan – China, tendo suas 
primeiras ocorrências noticiadas no final de dezembro de 2019, aumentando de maneira 
exponencial nas primeiras semanas de 2020 (GRUBER, 2020). Os cientistas enfatizam que o 
vírus Sars-Cov-2 se hospede em determinadas espécies de morcegos e de pangolin, animais que 
são consumidos em algumas régios chinesas. O período de incubação deste vírus varia de 4 a 
14 dias, sendo transmitidos tantos por indivíduos assintomáticos como pelos sintomáticos. 
Tendo a taxa de transmissão de 2.75, ou seja, uma pessoa infectada, transmite em média para 
outros 3 indivíduos. (WAIZBORT, 2020). 
Diante destes fatores, e tendo em mente os impactos do COVID-195 na Saúde Mental,a Organização Mundial da Saúde (OMS) confeccionou diversas mensagens de apoio ao bem- 
estar mental e psicossocial, encaminhadas a vários grupos que compõe a sociedade. 
Recomenda-se que a população busque se informar sobre a COVID-19 em fontes confiáveis, 
pesquisas histórias de pessoas que conseguiram se recuperar da doença e mantenham uma rotina 
saudável com a prática de exercícios físicos e uma alimentação regrada (MS-ARGENTINA, 
2020). 
No Brasil, o panorama é incerto e as estimativas válidas e confiáveis do número de casos 
e óbitos por COVID-19 esbarram na ausência de dados confiáveis, seja dos casos ou da 
implantação efetiva das medidas de supressão, frente às recomendações contraditórias das 
autoridades em cada nível de governo. Entre as regiões do país, trabalhos preliminares baseados 
em dados de mobilidade interurbana apontam os caminhos potenciais da difusão da epidemia 
 
4 Coronavírus: Família de vírus (Cov) que provoca variadas doenças em animais e pessoas, especialmente 
infecções respiratórias, sendo a sua manifestação mais severa conhecida como Síndrome Respiratória Aguda 
Grave (SARS-Cov); 
5 COVID-19: Novo tipo de vírus pertencente à família dos Coronavírus que, conhecido como SARS-CoV-2, causa 
uma síndrome respiratória aguda, grave e altamente contagiosa, chamada Covid-19. 
 
18 
 
 
 
como instrumento de distribuição dos recursos necessários à adequada assistência, já escassos 
(COELHO, et. al., 2020). 
 
3. MÉTODO DE PESQUISA 
 
3.1 Método 
 
Esse estudo caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa e descritiva. De acordo com 
Pita Fernández, Pértegas e Díaz (2002), a pesquisa quantitativa é aquela em que se coletam e 
analisam dados quantitativos sobre variáveis. Dessa forma, este tipo de pesquisa é capaz de 
identificar a natureza profunda das realidades, seu sistema de relações, sua estrutura dinâmica. 
Ela também pode determinar a força de associação ou correlação entre variáveis, a 
generalização e objetivação dos resultados através de uma mostra que faz inferência a uma 
população. Além do estudo da associação ou correlação, a pesquisa quantitativa também pode, 
ao seu tempo, fazer inferências causais que explicam por que as coisas acontecem ou não de 
uma forma determinada. A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de informações 
sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de 
determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987). Minayo (2000) diz que a pesquisa é um caminho 
sistemático que busca indagar e entender o tema de estudo, desvendando os problemas da vida 
cotidiana, através da relação da teoria com a prática. 
 
3.2 Procedimentos 
 
Optou-se por elaborar um questionário com questões fechadas, disposto de forma online 
para acessar participantes de diferentes regiões do território nacional, possibilitando maior 
abrangência do estudo, com mentoria de uma Psicóloga Clínica atuante (IVANA LIÉGE 
BARROS GOMES – CRP 13/9420), obtendo 72 participações de programadores, sendo 48% 
com faixa etária de 18 a 24 anos. A pesquisa foi elaborada com questões diretas e de fácil 
entendimento, tornando seus resultados claros e objetivos. 
 
3.3 Instrumento da coleta de dados 
 
Foi utilizado um questionário disposto de forma online de autoria própria usando o 
Google Formulários, proporciando de todas as ferramentas de forma gratuíta para a elaboração 
 
19 
 
 
 
da pesquisa e elaboração de todos os gráficos, com mentoria de uma Psicóloga (IVANA LIÉGE 
BARROS GOMES – CRP 13/9420), um questionário de 17 perguntas onde apresentam os 
estressores a serem analisados que podem ser fatores intrínsecos ao trabalho, tais itens 
prevaleceram: quantidade de trabalho devido a Pandemia da Covid-19, atualizações quanto as 
mudanças tecnológicas, homeoffice e pressão imposta pela empresa no cenário apresentado. 
 
3.4 Procedimento da coleta de dados 
 
Inicialmente, foi contatado uma Psicóloga atuante para haver uma mentoria a respeito 
do conteúdo abordado para o questionário disposto de forma online, tendo embasamento teórico 
sobre os aspectos estressores no ambiente de trabalho, a partir do aval, foi disponibilizado o 
questionário atingindo o público alvo da pesquisa, que são programadores, profissionais da área 
de tecnologia da informação que atuam desenvolvendo softwares, tendo amostras coletadas por 
meios de fóruns e Redes Sociais. Conforme Wachelke e Andrade (2009), a coleta de dados 
online possibilita maior viabilidade no recrutamento de participantes, além de permitir que 
pesquisadores com acesso limitado a recursos financeiros possam produzir e contribuir 
cientificamente. 
 
3.5 Tipo de dados, descrição da amostra e técnicas da análise de dados 
 
Porcentagem e Gráficos de Pizza de acordo com as respostas geradas e descrição da 
amostra, pois corrobora com a característica da pesquisa descritiva abarcando procurar 
"determinar natureza e grau de condições existentes" (LEHMAN, MEHRENS, 1971). Com 
relação a quantitativa, tanto na coleta quanto no tratamento das informações, utilizando-se 
técnicas estatísticas, objetivando resultados que evitem possíveis distorções de análise e 
interpretação, possibilitando uma maior margem de segurança (DIEHL, 2004). 
 
4. DISCUSSÃO E RESULTADOS DA PESQUISA 
 
Tendo como base que o objetivo dessa pesquisa é analisar a incidência do estresse em 
Programadores tendo associação com a questão da Pandemia da Covid-19 no Brasil, segue 
abaixo os gráficos, percentuais e discussão das respostas geradas pelo questionário onde aborda 
tais questões da pesquisa. 
 
 
20 
 
 
 
4.1 Exaustão 
 
No gráfico 1 demonstrou que 65,3% da amostra dessa pesquisa mostrou-se exausto com 
a relação do trabalho no contexto da pandemia da Covid 19 no Brasil: 
 
Gráfico 1 – Percentual de Profissionais com Exaustão 
 
Referência: Autoria Própria (2021) 
 
 
Como podemos observar no gráfico 01, demonstrando o percentual de 65,3%, a exaustão 
refere-se à sensação de que os recursos emocionais se esgotaram, sendo assim considerada 
como o componente estressante. O estresse no trabalho pode ser definido como “um processo 
em que o indivíduo percebe demandas do trabalho como estressores, os quais, ao exceder sua 
capacidade de enfrentamento, provocam no sujeito reações negativas” (PASCHOAL, 
TAMAYO, 2004). 
 Os elementos que estressam, ou estressores, são as variáveis principais como geradores 
do estresse no trabalho e a exaustão é uma potencial reação negativa decorrente do processo 
que faz parte de demandas estressoras, percepções e reações do trabalhador. 
A exaustão no trabalho pode gerar consequências negativas para o colaborador como 
também para a empresa e com os colegas de trabalho. “A perda na qualidade do trabalho 
executado, constantes ausências, atitudes negativas para com os que o cercam atingem também 
os que dependem do serviço deste profissional” (COELHO, 2014). A manifestação da exaustão 
pelo trabalhador pode ser percebida por meio de diversos sintomas, tais como, fadiga 
persistente, falta de energia, adoção de condutas de distanciamento afetivo, insensibilidade, 
 
21 
 
 
 
indiferença ou irritabilidade relacionada ao trabalho, além de sentimentos de ineficiência e 
baixa realização pessoal (VIEIRA, 2010). 
Além do esgotamento emocional reduzir os níveis de satisfação dos colaboradores, 
devido às decisões dos gestores, os colaboradores podem apresentar um menor 
comprometimento organizacional, mesmo que o nível de remuneração ou responsabilidades 
equivalentes seja considerado aceitável (JESUS, ROWE, 2015). 
 
4.2 Mudanças tecnológicas 
 
No quesito relacionado ao nervosismo pelas atualizações nas mudanças tecnológicas, a 
amostra do gráfico 02 demonstrou percentual de 62,5%: 
 
Gráfico 2 – Nervosismo com Mudanças Tecnológicas 
 
Referência: Autoria Própria, 2021. 
 
 
Em relação ao gráfico 02 que demonstra o item sobre mudanças tecnológicas62,5%, 
tendo em vista o cenário brasileiro onde as empresas tendem a adaptar-se rapidamente para 
conseguirem atender os requisitos mínimos dos seus respectivos negócios, surge a necessidade 
de tecnologias que possam auxiliar no desempenho e avanço de suas atividades, fator que 
contribui para que mudanças tecnológicas estejam sempre em crescimento (TACY, 2016). 
No que se refere ao estresse associado às tecnologias, as consequências desse tipo de 
estressor mostram o aumento do absenteísmo, a diminuição da produtividade, o aumento do 
número de acidentes de trabalho, o pagamento de indenizações e o aumento dos erros de 
produção, a falta de motivação e insatisfação no trabalho, as falhas de comunicação, os erros 
de decisão e a deterioração das relações interpessoais (TACY, 2016). 
 
22 
 
 
 
Tecnologia da Informação é todo tipo de tecnologia que envolve o processamento de 
dados, informações e comunicação integrada, utilizando-se de recursos e equipamentos 
eletrônicos (TORRES, 1996). É composta pelos recursos tecnológicos e computacionais para 
geração, processamento, gerenciamento, armazenamento e uso de dados e informações. 
Fundamenta-se basicamente nos seguintes componentes: hardware6 e seus dispositivos e 
periféricos; software e seus recursos e aplicativos; sistemas de telecomunicações7, e pessoal 
associado (CHILD, 1987; DAVEN-PORT et al., 1990; LAUDON, 2004). 
A implantação e o uso da TI consistem, por si só, em mudanças tecnológicas capazes de 
gerar impacto em partes ou no conjunto das organizações (mudanças estruturais, estratégicas, 
culturais, tecnológicas e humanas). Ao se avaliar mudanças organizacionais provocadas pela 
TI, deve-se considerar os diferentes aspectos da mudança, pois estes acarretam alteração da 
tecnologia, da especialização de funções e processos produtivos, bem como da forma de utilizar 
os recursos materiais e intelectuais, entre outros (MOTTA, 1998; VENKATRAMAN, 1994; 
WOOD, 1995). 
A adoção da TI possibilita a redefinição das fronteiras organizacionais e das relações 
Inter organizacionais, possibilitando a integração das empresas com seus clientes e 
fornecedores, levando à constituição de redes de cooperação e ao desenvolvimento da 
capacidade de resposta das organizações às mudanças do ambiente. As novas Tecnologias de 
Informação oferecem a infraestrutura necessária à integração de interesses e à cooperação entre 
clientes, empresas e fornecedores, gerando redução de custos e o uso coletivo de 
conhecimentos, tecnologia, meios produtivos e comerciais (BACHMANN, 1999). 
 
4.3 Home office 
 
Referindo-se às questões do Home office, 86% da amostra não utilizavam dessa prática, 
é o que o gráfico 03 demonstra: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Hardware: São as partes físicas de equipamentos; 
7 Telecomunicações: Designação genérica das comunicações a longa distância que abrange a transmissão, emissão 
ou recepção de sinais, sons ou mensagens por fio, rádio, eletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo 
eletromagnético. 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 3 – Profissionais que Trabalham em Home Office 
Referência: Autoria Própria, 2021. 
 
 
 
 
Gráfico 4 – Profissionais que passaram a trabalhar em Home Office após a Pandemia 
 
Referência: Autoria Própria, 2021. 
 
 
Observamos que 91,7% que é exibido no gráfico 04 referenciando a amostra apresentada 
pela pesquisa passaram a trabalhar em Home office por causa da pandemia da Covid 19. Em 
contrapartida, o gráfico 03 demonstra que 83,1% das pessoas não trabalhavam nesta prática do 
Home office. 
 
24 
 
 
 
Para Mendonça (2010), a nomenclatura do home office é exclusividade do uso do local 
residencial, mesmo que partilhado por outros moradores. Explicita, também, que as atividades 
possuem horários estabelecidos de forma mais ou menos flexível e são de cunho profissional, 
sejam elas de empresários/autônomos ou ligadas a uma organização privada, como, por 
exemplo, de prestação de serviços. Para fins de definição deste estudo, trabalhar em home office 
se caracteriza por desempenhar as atividades profissionais no mesmo ambiente em que se reside. 
A literatura aborda que o trabalho em home office e o tele trabalho, em geral, têm se 
disseminado como meios de trabalho eficientes e viáveis. São considerados modelos adaptados 
aos avanços tecnológicos e equivalentes quanto aos ganhos e às perdas de empregados e 
empregadores; um modo de trabalho a ser amplamente realizado ‘no futuro’ (RASMUSSEN, 
CORBETT, 2008; WARD, SHABBA, 2001). Segundo Pyöriä (2011), entretanto, essa difusão 
do novo modelo de trabalho tem acontecido em um processo mais lento do que o esperado, 
devido, principalmente, à falta de cultura empresarial para gerenciamentos à distância. 
Sardeshmukh, Sharma e Golden (2012), em pesquisa com 417 tele trabalhadores e home 
officers, observaram que os principais efeitos positivos deste modelo de trabalho são a redução 
da pressão, a diminuição do conflito entre papéis de trabalho e a maior autonomia. Em 
contrapartida, foram identificados efeitos negativos como o aumento da ambiguidade 
profissional e a redução do suporte e do feedback. Foram obtidos, também, dados indicativos 
de que sentimentos de solidão, irritabilidade, preocupação, culpa e estresse estavam associados 
aos impactos negativos do trabalho em home office (GOLDEN, VEIGA, DINO, 2008; MANN, 
HOLDSWORTH, 2003; PRATT, 1984; WARD, SHABBA, 2001). 
 
4.4 Pressão no trabalho e estresse 
 
No gráfico 05, são apresentados os dados da porcentagem referida a questão da pressão 
advinda pela empresa no programador em decorrência da pandemia que foi de 91,7% 
 
25 
 
 
 
Gráfico 5 – Profissionais com aumento ou diminuição de pressão no ambiente de trabalhoReferência: 
Autoria Própria, 2021. 
 
Observamos que a amostra de 91,7% demonstrada pelo gráfico 05 acontece em relação 
a pressão no programador no contexto da pandemia foi comprovada nesta pesquisa, fatores 
estressantes advém desse fator. Para a identificação das características consideradas como fontes 
geradoras de estresse, são necessários conceitos que auxiliem a análise da natureza psicossocial 
do trabalho. Esses conceitos têm sido operacionalizados principalmente com métodos 
padronizados das ciências sociais e do comportamento, tais como a observação participante, 
entrevistas estruturadas e questionários padronizados. Do ponto de vista metodológico, são 
necessárias medidas que avaliem o estresse no trabalho de forma confiável, sensível a mudanças 
e válida (MARMOT et. al., 1999). 
A escassez de investigações nessa área específica do ambiente psicossocial diminui a 
possibilidade de estabelecimento de nexos de determinação e, por conseguinte, a possibilidade de 
regulação e intervenção neste ambiente específico. Outro aspecto a dificultar a investigação 
dessas relações é que, por não considerarem a ideia dos subsistemas complexos dentro de um 
sistema maior e ainda mais complexo, tendem a focalizar nas características individuais, as 
supostas fontes geradoras do estresse. Desse modo, em termos práticos, quando o indivíduo 
adoece em decorrência de exposição ao estresse no ambiente de trabalho, responsabilizam a 
vítima (ou a pessoa que adoece) e esvaziam qualquer iniciativa política de modificar situações 
advindas desse ambiente específico (KARASEK, THEORELL, 1990; KRISTENSEN, 1999). 
Segundo Karasek e Theorell (1990), pessoas expostas a trabalhos com alta demanda e 
baixo controle, considerados de alto desgaste, apresentam as reações mais adversas de desgaste 
psicológico (tais como fadiga, ansiedade, depressão e enfermidade física) quando estão 
expostas de maneira contínua a um estado, que é biologicamente necessário para garantir uma 
resposta física e psicológica imediata para evitar danos, diante de algo ameaçador, mas que em 
 
26 
 
 
 
princípio, deve ser transitório. O desgaste psicológico ocorre quando o indivíduosubmetido a 
um estresse, não se sente em condições de responder ao estímulo adequadamente, por ter pouco 
controle sobre as circunstâncias ambientais. Se o tempo da exposição é curto, o organismo 
prontamente se recupera. Se, ao contrário, é longo, o desgaste se acumula. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este estudo permitiu traçar um retrato da incidência do estresse em Programadores e a 
relação com a pandemia da Covid-19 no Brasil, de acordo com dados obtidos avaliou-se que 
houve a comprovação do estresse nesta categoria. Constata-se que essa pesquisa possui 
limitações, pois há carência na literatura nos estudos mais recentes sobre temas ligados a alguns 
itens pertinentes a pesquisa, como a atualização nas mudanças tecnológicas nesta área. 
Bezerra e Neves (2010) elucidam que pesquisas que forneçam evidências quanto ao 
campo de saúde do trabalhador têm potencial efetivo sobre as políticas e ações de saúde, 
mobilizando transformação das relações saúde-ambiente-trabalho no sentido de constituir 
segurança aos trabalhadores. 
Diante dessa premissa, torna-se considerável aludir que o trabalho compreende um papel 
crucial na vida das pessoas e é um fator notável na formação da identidade e na inserção social 
desses indivíduos à vista disso, considera-se que o bem-estar adquirido pelo equilíbrio entre as 
expectativas, em relação à atividade profissional e à sua concretização é um dos fatores que 
constituem a qualidade de vida (ABREU et al., 2002). 
Deste modo, acredita-se que os resultados obtidos nessa pesquisa venham a contribuir 
de forma significativa tanto para o público alvo desta pesquisa ao abarcar um conhecimento 
sobre o estresse em Programadores, bem como para sociedade como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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