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TECIDO CONJUNTIVO

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Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
TECIDO CONJUNTIVO 
JUNQUEIRA E CARNEIRO – cap 5 
 
Papel mecânico de estabelecimento e manutenção 
da forma do corpo. É determinado por um conjunto 
de moléculas (matriz extracelular) que conecta as 
células e os órgão dando suporte; 
Principal componente = matriz extracelular; 
A MEC é composta por proteínas fibrosas e 
substância fundamental (macromoléculas hidrofílicas 
e adesivas); 
As fibras (compostas principalmente por colágeno) 
constituem os tendões, aponeuroses, cápsulas de 
órgãos, membranas que envolvem o SNC (meninges), 
paredes e trabéculas; 
Formam o estroma, componente mais resistente, 
tecido de sustentação dos órgãos; 
A substancia fundamental se liga a proteínas 
receptoras = integrinas, encontradas na superfície de 
células; 
O tecido conjuntivo tem função de reserva para 
muitos fatores de crescimento que controlam a 
proliferação e diferenciação celular; 
A variedade dos tipos de tecido conjuntivo se deve 
a composição e proporção de células, fibras e 
substancia; 
O tecido conjuntivo se origina do mesênquima, 
que se origina do mesoderma. 
Diversos tipos de células com diferentes origens e 
funções; 
Células como os fibroblastos se originam de uma 
célula mesenquimal e permanecem toda sua vida no 
tecido conjuntivo; 
Células como mastócitos, macrófagos e plasmócitos 
se originam de uma célula-tronco hemocitopoética 
da medula óssea, circulam no sangue e se movem 
para o tecido conjuntivo onde executam suas 
funções; 
Leucócitos também se originam na medula óssea e 
migram para o conjuntivo onde residem poucos dias. 
 
FIBROBLASTOS 
Fibroblastos sintetizam as proteínas colágeno e 
elastina, além de glicoproteínas, proteoglicanos e 
glicosaminoglicanos; 
Também produzem fatores de crescimento que 
controlam a proliferação e diferenciação celular; 
São as células mais comuns do conjuntivo; 
Capazes de modular sua capacidade metabólica, 
consequentemente sua morfologia; 
Fibroblastos: células com intensa atividade de 
síntese. Possuem citoplasma abundante com 
muitos prolongamentos, núcleo ovoide e nucléolo 
proeminente, rico em RER e com CG desenvolvido; 
Fibrócitos: células (fibroblasto) metabolicamente 
em repouso. São menores e delgados, aspecto 
fusiforme, poucos prolongamentos citoplasmáticos 
e o núcleo é menor, mais escuro e alongado, pouco 
RER; 
 
Os fibroblastos raramente se dividem em adultos, 
exceto quando o organismo requer fibroblastos 
adicionais – cicatrização. 
 
MACRÓFAGOS E O SISTEMA FAGOCITÁRIO MONONUCLEAR 
Capacidade de fagocitose, sua morfologia 
depende do seu estado de atividade e tecido; 
Tem superfícies irregulares com protrusões e 
reentrâncias características da grande atividade de 
pinocitose e fagocitose; 
CG desenvolvido, muitos lisossomos e RER 
proeminente; 
Derivam de células precursoras da medula óssea; 
 
INTRODUÇÃO 
CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO 
Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
Produzem monócitos que circulam o sangue, 
cruzam paredes das vênulas periciticas e capilares, 
penetrando no conjuntivo, onde amadurecem e 
adquirem características morfológicas e funcionais 
de um macrófago; 
Macrófagos de tecidos podem proliferar localmente 
produzindo novas células. Tem vida longa; 
Macrófagos constituem o sistema fagocitário 
mononuclear; 
Recebem nomes diferentes em algumas regiões: 
células de Kupffer no fígado, micróglia no SNC, 
células de Langerhans na pele e osteoclastos no 
tecido ósseo; 
A transformação de monócito-macrófago resulta 
em aumento no tamanho da célula e na síntese de 
proteína, aumenta o CG, o nª de lisossomos, 
microtúbulos e microfilamentos. 
Os macrófagos atuam como elementos de defesa, 
fagocitam restos celulares, fragmentos das fibras da 
MEC, células neoplásicas (cancerosas) e bactérias; 
Também são células secretoras de substâncias 
que participam da defesa e reparo dos tecidos; 
Os macrófagos participam dos processos de defesa 
imunológica contra infecções, tumores, na produção 
extra-hepática de bile, metabolismo de gordura e Fe 
e na destruição de hemácias envelhecidas. 
 
MASTÓCITOS 
Abundantes na derme e nos tratos digestivo e 
respiratório; 
O mastócito maduro é uma célula globosa, grande 
com citoplasma repleto de grânulos. O núcleo é 
pequeno, esférico e central, coberto pelos grânulos; 
A principal função do mastócito é estocar 
mediadores químicos da resposta inflamatória 
(histamina e heparina) em seus grânulos secretores; 
Colaboram com as reações imunes, inflamações, 
reações alérgicas e infestações parasitárias; 
Os grânulos são metacromáticos pela grande 
quantidade de radicais ácidos; 
Metacromasia: propriedade de certas moléculas 
mudar a cor de alguns corantes básicos; 
Os mastócitos podem produzir substancias que 
atuam como secreção parácrina. 
• Mastócito do tecido conjuntivo: encontrado 
na pele e cavidade peritoneal, cujos grânulos 
contém uma substancia anticoagulante: 
heparina; 
• Mastócitos da pele: encontrado na mucosa 
intestinal e pulmões, seus grânulos contem 
sulfato de condroitina em vez de heparina; 
Se originam de células precursoras hematopoiéticas 
situadas na medula óssea; 
Os mastócitos imaturos circulam no sangue, 
cruzam a parede de vênulas e capilares e penetram 
nos tecidos onde proliferam e diferenciam; 
Se origina de células-tronco diferentes das dos 
leucócitos basófilos; 
A superfície dos mastócitos contem receptores de 
imunoglobulina E, produzida pelos plasmócitos; 
A liberação de mediadores químicos armazenados 
nos mastócitos promove reações alérgicas chamadas 
hipersensibilidade imediata, ocorre poucos 
minutos após a penetração de um antígeno em 
indivíduos previamente sensibilizados pelo mesmo 
antígeno. há muitos exemplos dessa hipersensi. o 
choque anafilático é o mais drástico e fatal; 
Anafilaxia: reação alérgica. 
 
PLASMÓCITOS 
Os plasmócitos são células grandes, ovoides com 
citoplasma basófilo rico em RER. Os centríolos e o 
CG se localizam em uma região próxima do núcleo, 
o núcleo é esférico e excêntrico; 
São pouco numerosos no tec. conjuntivo, exceto 
nos locais de penetração de bactérias e proteínas 
estranhas, como a mucosa intestinal; 
Abundantes em inflamações crônicas; 
São células derivadas dos linfócitos B, 
responsáveis pela síntese de anticorpos; 
Anticorpos são glicoproteínas da família das 
imunoglobulinas. Cada anticorpo é formado 
especialmente para o antígeno que o provocou. 
 
LEUCÓCITOS 
Migram através da parede de capilares e vênulas 
pós-capilares, do sangue para os tec. Conjuntivos 
por um processo chamado diapedese; 
Esse processo aumenta durante invasões locais 
de microrganismos uma vez que são célula de 
defesa; 
Inflamação é a reação celular e vascular contra 
substancias estranhas. Sintomas: vermelhidão, 
edema, calor e dor; 
A inflamação inicia com a liberação local de 
mediadores químicos da inflamação que induzem 
eventos característicos de inflamação: aumento do 
fluxo sanguíneo: edema, permeabilidade vascular 
pela liberação de histamina, quimiotaxia: migração 
de células para a região inflamada e fagocitose. 
Os leucócitos não retornam ao sangue depois de 
terem residido no tec. conjuntivo, com exceção dos 
linfócitos. 
CÉLULAS ADIPOSAS 
Especializadas no armazenamento de energia em 
forma de triglicerídeos (gorduras neutras). 
Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
São formadas por proteínas que se polimerizam e 
formam estruturas muito alongadas; 
Os 3 tipos principais de fibras do tec. conjuntivo 
são: colágenas, reticulares e elásticas; 
Fibras colágeno e reticulares são formadas por 
colágeno e as elásticas por elastina; 
Há 2 sistemas de fibras: sistema colágeno formado 
por fibras colágenas e reticulares e sistema elástico 
formado por fibras elásticas,elaunínicas e 
oxitalâmicas. 
FIBRAS COLÁGENAS 
Variáveis graus de rigidez, elasticidade e força de 
tensão. Essas proteínas são conhecidas por 
colágeno; 
Encontrados na pele, ossos, cartilagem, musculo 
liso e lâmina basal; 
Colágeno é a proteína mais abundante no 
organismo, 30% do peso seco 
Os tipos de colágeno se diferem com base na 
função e estrutura: 
 
• Colágenos que formam longas fibrilas: moléculas 
de colágeno do tipo I, II, III, V ou XI. O colágeno 
do tipo I é mais abundante e amplamente 
distribuído no organismo, ele ocorre como 
estruturas chamadas fibrilas de colágeno e 
forma ossos, dentina, tendões, capsulas órgãos, 
derme... 
• Colágenos associados a fibrilas: são estruturas 
curtas que ligam as fibrilas de colágeno umas as 
outras e a outros componentes da MEC. 
Pertencem a esses grupos os colágenos IX, XII e 
XIV; 
• Colágeno que forma rede: colágeno cujas 
moléculas se associam para formar uma rede. 
Colágeno do tipo IV, um dos principais 
componentes estruturais das lâminas basais, 
com papel de aderência e filtração; 
• Colágeno de ancoragem: é do tipo VII, encontrado 
nas fibrilas que ancoram as fibras de colágeno 
tipo I a lâmina basal. 
 
A síntese de colágeno ocorre em várias células 
como: fibroblastos, condroblastos, osteoblastos... 
Os principais aminoácidos que compõem o 
colágeno são: Glicina 33,5%; Prolina 12%; 
Hidroxiprolina 10%; 
As fibrilas são formadas por tropocolágeno, que 
tem 3 subunidades arranjadas em tríplice hélice; 
A sequencia de todos os colágenos é conhecida por 
conter a glicina repetida a cada terceira posição; 
Nos colágenos tipo I, II e III, as moléculas de 
tropocolágeno se agregam em subunidades 
(microfibrilas) e formam fibrilas; 
Nos colágenos I e III essas fibrilas se associam e 
formam fibras; 
O colágeno tipo II, observado na cartilagem forma 
fibrilas, mas não forma fibras; 
O colágeno tipo IV, encontrado nas lâminas basais 
não forma fibras nem fibrilas. 
 
BIOSSÍNTESE DO COLÁGENO TIPO I 
São mais abundantes e distribuída; 
A biossíntese do colágeno tipo I tem várias etapas, 
e o fato de haver um grande numero de passos 
envolvidos na sua biossíntese aumenta a chance 
de defeitos durante o processo; 
A renovação do colágeno é muito lenta, exceto no 
ligamento periodontal; 
Para ser renovado, antes o colágeno precisa ser 
degradado. Essa degradação é iniciada por enzimas 
chamadas colagenases e proteases (enzimas que 
degradam proteínas). 
 
FIBRAS DE COLÁGENO TIPO I 
Fibras colágena feitas de colágeno tipo I são as 
mais numerosas do tecido conjuntivo; 
No estado fresco tem cor branca, dando essa cor 
aos tecidos em que predominam: aponeuroses e 
tendões; 
São fibras birrefringentes, pois são constituídas 
de moléculas alongadas arranjadas paralelamente 
umas às outras; 
Em alguns locais do organismo as fibras de colá-
geno se organizam paralelamente umas as outras 
formando feixes de colágeno; 
Ao microscópio de luz, as fibras colágenas são 
acidófilas e se coram em rosa pela eosina. 
 
FIBRAS RETICULARES 
Fibras reticulares são formadas predominante-
mente por colágeno tipo III; 
São extremamente finas e formam uma rede ex-
tensa em determinados órgãos; 
Não são visíveis quando corados por HE, apenas 
na cor preta por impregnação de sais de prata, por 
essa afinidade a prata são chamadas argirófilas; 
Formadas por finas fibrilas frouxamente arran-
jadas, unidas por pontes compostas de proteogli-
canos e glicoproteínas; 
São parcialmente abundantes no musculo liso, 
endoneuro e em órgãos hematopoiéticos como baço, 
nódulos linfáticos e medula óssea vermelha; 
 
FIBRAS 
Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
As finas fibras reticulares constituem uma 
delicada rede ao redor de células de órgãos paren-
quimatosos (nos que predominam as células), como 
as glândulas endócrinas; 
O pequeno diâmetro e a disposição frouxa das 
fibras reticulares criam uma rede flexível em órgãos 
sujeitos a mudanças fisiológicas de forma ou volu-
me, como artérias, baço, fígado, útero e camadas 
musculares do intestino. 
 
SISTEMA ELÁSTICO 
O sistema elástico é composto por três tipos de 
fibras: oxitalânica, elaunínica e elástica; 
A estrutura do sistema de fibras se desenvolve por 
três estágios sucessivos: 
 
1- As fibras oxitalânicas consistem em feixes de 
microfibrilas compostas de glicoproteínas, entre 
elas a fibrilina, uma molécula grande; 
As fibrilina formam o arcabouço necessario pra 
deposiçao de elastina. Fibrilinas defeituosas re-
sultam na formaçao de fibras elasticas frag-
mentadas; 
As fibras oxitalânicas podem ser encontradas 
nas fibras da zonula do olho e locais da derme, 
conectando o sistema elastico e a lamina basal; 
 
2- Ocorre deposiçao irregular de proteina elastina 
entre as microfibrilas oxitalanicas, formando 
as fibras elauninicas, que são encontradas ao 
redor das glândulas sudoriparas e na derme; 
 
3- A elastina continua se acumulando até ocupar 
todo o centro do feixe de microfibrilas, as quais 
permanecem livres apenas na região periférica; 
Essas são as fibras elásticas, componente mais 
numeroso do sistema elastico; 
 
As fibras oxitalânicas não tem elasticidade, mas 
são resistentes a forças de traçao. As fibras elasticas 
são ricas em proteina elastina e se distendem facil-
mente quando tracionadas; 
As principais células produtoras de elastina são os 
fibroblastos e o musculo liso dos vasos sanguíneos; 
Antes da elastina madura, se forma a proelastina; 
A elastina é rica em glicina e prolina e contem des-
mosina e isodesmosina; 
As moléculas de elastina são unidas por pontes 
cruzadas, que parecem ser o que confere elasticida-
de a elastina. 
A substância fundamental é uma mistura hidra-
tada de moléculas aniônicas (glicosaminoglicanos e 
proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas; 
É incolor e transparente, preenche os espaços 
entre as células e fibras do tecido conjuntivo e por 
ser viscosa também atua como lubrificante e bar-
reira a penetração de microrganismos invasores; 
Na análise histológica se precipita como material 
granular; 
Devido a abundancia dos grupos hidroxila, carbo-
xila e sulfato nas cadeias de carboidratos dos 
glicosaminoglicanos e proteoglicanos, suas molécu-
las são intensamente hidrofílicas; 
Desse modo podem se ligar a muitos cátions (Na); 
Os grupos ácidos dos proteoglicanos fazem com que 
essas moléculas se liguem a resíduos de aminoáci-
dos básicos encontrados no colágeno; 
Além de atuar como componentes estruturais da 
MEC e de ancorar células a matriz, os proteoglicanos 
de superfície também se ligam a fatores de cresci-
mento; 
A síntese de proteoglicanos inicia com a síntese do 
eixo proteico do RE granuloso e completada no CG. 
 
GLICOPROTEÍNAS MULTIADESIVAS 
São compostos de proteínas ligadas a cadeias de 
glicídios composto por uma estrutura muito ramifi-
cada; 
Desempenham papel na interação entre células 
adjacentes em tecidos adultos e embrionários e aju-
dam as células a aderirem sobre seus substratos; 
A fibronectina é uma glicoproteína sintetizada por 
fibroblastos e algumas células epiteliais. Possui sí-
tios de ligação que ajudam a intermediar e manter 
normais as migrações e adesões celulares; 
 
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL 
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Histologia – P1 
A laminina é outra glicoproteína que participa na 
adesão de células epiteliais a sua lâmina basal, que 
é uma estrutura rica em laminina; 
 
Além da substancia fundamental, nos tecidos con-
juntivos há uma pequena quantidade de fluido 
tissular (semelhante ao plasma sanguíneo); 
Cerca de 1/3 das proteínas plasmáticas estão es-
tocadas na MEC do tecido conjuntivo; 
O sangue leva ate o tecido conjuntivo os nutrientes 
necessários para suas células e leva de volta para 
órgãos de desintoxicação e excreção os produtos de 
refugo do metabolismo celular; 
Duas forças atuam na água contida nos capilares:a pressão hidrostática do sangue pelo bombea-
mento do coração, a qual a força agua passa através 
da parede dos vasos; e a outra força, que tem sem-
tido contrário, é a pressão osmótica do plasma 
sanguíneo, que atrai a agua de volta aos capilares; 
Na metade arterial dos capilares, passa água des-
ses para o conjuntivo. Na metade venosa dos capila-
res, a água passa do conjuntivo para os capilares, 
voltando para o sangue. Por esse mecanismo os 
metabolitos circulam no tecido conjuntivo alimen-
tando as células; 
A quantidade de água que volta para o sangue é 
menor que a que saiu dos capilares. Essa água que 
permanece no tecido conjuntivo retorna ao sangue 
pelos vasos linfáticos; 
Os menores vasos linfáticos são os capilares 
linfáticos, que drenam para vasos sanguíneos situa-
dos na base do pescoço; 
Há pouca água livre no tecido. Caso haja acumulo 
de água nas regiões intercelulares, há formação de 
um ed ema; 
TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO 
Há duas classes desse tecido: 
 
TECIDO CONJUNTIVO FROUXO 
O tecido conjuntivo frouxo suporta estruturas su-
jeitas a pressão e atritos pequenos; 
É um tecido comum que preenche os espaços entre 
grupos de células musculares, suporta células epi-
teliais e forma camadas em torno dos vasos sangue-
neos; 
É encontrado nas papilas da derme, na hipoderme, 
nas membranas serosas que revestem as cavidades 
peritoneais e pleurais e nas glândulas; 
Não há predominância de qualquer componente; 
As células mais numerosas são fibroblastos e ma-
crófagos; 
Tem uma consistência delicada, é flexível, bem 
vascularizado e não muito resistente a trações. 
 
TECIDO CONJUNTIVO DENSO 
É adaptado para oferecer resistência e proteção 
aos tecidos; 
É formado pelos mesmos componentes do frouxo, 
porem há menos células e predominância de fibras 
colágenas; 
O tecido conjuntivo denso é menos flexível e mais 
resistente a tensão que o frouxo; 
Há dois tipos: 
• Tecido conjuntivo denso não modelado: as 
fibras colágenas são organizadas em feixes sem 
uma orientação definida. As fibras oferecem cer-
ta resistência a trações exercidas em qualquer 
direção. Encontrado na derme profunda da pele; 
• Tecido conjuntivo denso modelado: apresen-
ta feixes de colágeno paralelos uns aos outros e 
alinhados com os fibroblastos. É um tecido que 
formou suas fibras colágenas em resposta a for-
ças de tração exercidas em um determinado sen-
tido. Os fibroblastos orientam as fibras que pro-
duzem para oferecer o máximo de resistência a 
essas forças. Ex.: tendões. 
 
Os tendões são estruturas cilíndricas e alongadas 
que conectam os músculos estriados aos ossos; 
Pela riqueza em fibras colágenas, são brancos e 
inextensíveis. São formados por feixes densos e para-
lelos de colágeno separados por pouca quantidade 
de substancia fundamental; 
Os feixes de colágeno do tendão (feixes primários) 
se agregam em feixes maiores (feixes secundários). 
É envolvido por uma bainha de conjuntivo denso, 
dividida em: uma camada presa ao tendão e outra a 
estruturas adjacentes. Entre elas há uma cavidade 
revestida de um liquido viscoso semelhante ao líqui- 
TIPOS DE TECIDOS CONJUNTIVOS 
Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
do sinovial das articulações, que lubrifica e facilita 
o deslizamento do tendão no interior da bainha. 
 
TECIDO ELÁSTICO 
O tecido elástico é composto por feixes espessos e 
paralelos de fibras elásticas e o espaço entre as 
fibras é ocupado por fibras delgadas de colágeno e 
fibróticos; 
Tem cor amarela típica e grande elasticidade; 
Não é muito frequente no organismo e está presen-
te nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no 
ligamento suspensor do pênis. 
 
TECIDO RETICULAR 
O tecido reticular é muito delicado e forma uma 
rede tridimensional que suporta as células de al-
guns órgãos; 
É constituído por fibras reticulares intimamente 
associadas a fibroblastos especializados chamados 
células reticulares; 
Cria um ambiente especial para órgãos linfoides e 
hematopoiéticos (medula óssea, linfonodos, nódulos 
linfáticos e baço); 
As células reticulares estão dispersas ao longo da 
MEC e cobrem parcialmente, com seus prolonga-
mentos citoplasmáticos, as fibras reticulares e a 
substancia fundamental; 
Esse arranjo forma uma estrutura semelhante a 
uma esponja, dentro da qual as células e fluidos se 
movem livremente; 
Ao lado das células reticulares há células do 
sistema fagocitário mononuclear dispersas estra-
tégicamente ao longo das trabéculas, que funcio-
nam monitorando o fluxo de minerais que passa 
lentamente pelos espaços, removendo organismos 
invasores por fagocitose. 
 
TECIDO MUCOSO 
O tecido mucoso tem consistência gelatinosa pela 
preponderância de matriz fundamental composta 
de ácido hialurônico com poucas fibras; 
As principais células desse tecido são os fibroblas-
tos; 
O tecido mucoso é o principal componente do 
cordão umbilical, onde é chamado geleia de Whar-
ton. Encontra-se também na polpa jovem dos den-
tes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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