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RESUMO FONTES DO DIREITO CAROL

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→ Na ausência de súmulas, editadas pelo tribunal, 
determinar a jurisprudência dominante em uma corte é 
sempre tarefa problemática. 
→ Ainda falta uma métrica segura para aferição da 
maioria dos julgados em um dado sentido. Além disso: 
será que o critério deve ser exclusivamente numérico ou 
se a proeminência dos integrantes do órgão julgador 
deve contar na localização de uma posição dominante? 
De qualquer forma, a jurisprudência serve como uma 
excelente técnica persuasiva de fundamentação de 
um julgado. 
→ A “jurisprudência” de uma corte ajuda o julgador a 
motivar suas opções de sentido em relação a uma 
norma específica ou à consequência jurídica de uma 
situação de fato. 
Convenções Internacionais 
→ Os Acordos, Convenções e Tratados internacionais 
são atos celebrados por escrito entre os Estados que 
possuem caráter vinculante para o país que o assinou. 
PODE SER INTERNALIZADO AO ORDENAMENTO 
JURÍDICO BRASILEIRO DE DUAS FORMAS: 
a) aprovado pelo Congresso Nacional com quórum de 
emenda, caso em que o acordo tem status constitucional 
(art. 5º, §3º, CF/88)  
b) aprovado pelo Congresso Nacional com quórum 
simples, figurando, então, com o status de norma 
infraconstitucional, porém supralegal (art. 5º, § 2º, CF/88). 
Os tratados, convenções e regras de direito internacional 
sobre os mais diversos ramos do Direito devem ser 
encaradas como fonte formal. 
Por exemplo: Declaração Universal dos Direitos Humanos 
(DUDH). 
 
 
 
 
 
 
Espécies de fontes formais não estatais 
(fonte subsidiária) 
Costume Jurídico 
• O COSTUME é a prática reiterada de determinados 
comportamentos por certos povos em uma determinada 
época. Ela não é escrita e é a mais antiga fonte do direito. 
• São procedimentos constantes e uniformes adotados 
por um grupo social e tidos por este mesmo grupo 
como obrigatórios. 
• É a prática REITERADA e CONSTANTE de 
determinados atos que acaba por gerar a mentalização 
de que tais atos sejam essenciais para o bem da 
coletividade  Os costumes se estabelecem no meio 
social em face da observância repetida e pacifista de 
certos usos. 
• Inicialmente nós temos o hábito que é o modo 
individualizado de agir, depois temos o uso que é o modo 
de agir de diversos membros da sociedade. No momento 
em que o hábito se transforma em uso surge a 
consciência de que a prática desses atos é necessária a 
toda sociedade. 
*Práticas que as pessoas adotam em um determinado 
grupo social que não está previsto na legislação muitas 
vezes. (Às vezes está expressamente indicado na norma) 
*Praeter Legem antecipando a lei. 
 
Costumes 
• Chama-se de direito consuetudinário o sistema jurídico 
que adota os costumes como sua principal fonte jurídica. 
Requisito: USO -> uniforme + constante + público + geral. 
⤿ Por quanto tempo o uso deve se manter a ponto de 
virar um costume? 
Ordenações Filipinas: comportamento “longamente usado 
e tal que se devesse guardar” 
 Lei da Boa Razão: (1769) comportamento 
conforme a boa razão que se repete há, pelo 
menos, 100 anos 
*Acordos e Tratados – celebrados entre Estados. 
 Bilateral. 
• Uma convenção não internalizada orienta 
conduta, mas não obrigações. 
Multilateral. 
Completude da norma. 
como fonte aos casos concretos
Desafios do uso da jurisprudência 
o Hoje a doutrina e os juristas delimitam o prazo 
como “suficiente” para o costume. 
→ CHEQUE PRÉ-DATADO 
↠ Enunciado nº 370 da súmula de jurisprudência do 
Superior Tribunal de Justiça: 
“Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de 
cheque pré-datado” 
↠ A lei nº 7.357 (“Lei do Cheque”) diz no art. 32 que o 
cheque é pagável à vista. Nesse caso o costume 
descaracterizou o cheque como ordem de pagamento à 
vista, e o Poder Judiciário não pode deixar de conhecer 
deste fenômeno imposto pela grande maioria das 
pessoas em seus atos de comércio. 
▪ Hoje a jurisprudência dos tribunais (incluindo o 
STJ) reconhece a possibilidade de se apresentar 
cheque pré-datado. 
▪ CHEQUE- pela lei ele é à vista. 
→ Ausência de uma cláusula que permite a pré-
datação. 
→ Súmula se sobrepôs à lei. 
 
Doutrina 
• Decorre da atividade científico-jurídica, ou seja, 
dos ESTUDOS CIENTÍFICOS REALIZADOS 
PELOS JURISTAS: 
• na análise e sistematização das normas 
jurídicas; 
• na elaboração das definições dos 
conceitos jurídicos; 
• na interpretação das leis, facilitando e 
orientando a tarefa de aplicar o direito, e; 
• na apreciação da justiça ou conveniência 
dos dispositivos legais, adequando-os aos 
fins que o direito deve perseguir, 
emitindo juízos de valor sobre o 
conteúdo da ordem jurídica, apontando 
as necessidades e oportunidades das 
reformas jurídicas. 
Histórico: 
• O trabalho doutrinário surgiu em Roma com a 
interpretatio prudentium (os jurisconsultos 
romanos encarregavam-se de preencher as 
lacunas das leis) e a responsa prudentium (os 
jurisconsultos tinham a tarefa de responder as 
consultas que lhes eram formuladas, quer forem 
escritas ou orais).  
• A doutrina como fonte jurídica só surgiu no 
século XIX, com o advento do fenômeno da 
positivação do direito, que dá lugar à 
preponderância da lei como fonte de direito, à 
concepção da ordem jurídica como sistema e ao 
controle da legalidade das decisões judiciais. 
Controvérsia: doutrina é fonte ou não? 
→ NÃO: alguns autores entendem que o discurso 
descritivo não altera a natureza prescritiva do 
direito, visto que apenas ajuda a compreendê-lo 
sem, entretanto, modificar a ordem jurídica 
vigente. 
→ SIM: outros vislumbram a doutrina como fonte 
material, quer para o juiz, quando procura aplicar 
corretamente o direito, quer para o legislador, 
quando se inspira no trabalho dos juristas ao 
elaborar as leis. (usar como inspiração) 
→ Fonte indireta/subsidiária: alguns entendem que a 
obra doutrinária não pode ser obrigatoriamente 
adotada pelos órgãos de aplicação da lei e pelo 
legislador, por ser produzida por quem não 
possui poder normativo conferido pelo Estado. 
Logo, não seria uma autêntica fonte jurídica, 
podendo ser apenas uma opinião acatada pelo 
juiz ao sentenciar e pelo legislador, ao compor lei 
ou emendá-la. 
• INFLUÊNCIA NA: CRIAÇÃO DA NORMA 
 
+ DECISÃO JUDICIAL 
 
 
 
 
 
 
↠ DOUTRINA PRAETER LEGEM: quando a doutrina 
pode anteceder a criação do Direito. 
• nesse caso, o jurista partindo de 
determinados fatos sociais desenvolve 
conceitos e teorias para a solução de 
casos concretos, orientando a atividade 
judicial. 
 ↠ DOUTRINA SECUNDUM LEGEM: quando a doutrina 
pode decorrer da lei; interpretando-a e explicando-a; 
Entre as fontes 
não há hierarquia. 
Quando uma doutrina esta contida dentro de 
uma decisão judicial, de uma certa forma, ela cria 
uma norma individual intrapartes. Se houver uma 
série de decisões iguais podemos dizer que a 
doutrina influenciou a criação de uma 
jurisprudência. 
DOUTRINA CONTRA LEGEM: quando a doutrina pode 
contrariar a lei, ou por apontar suas falhas ou criar teorias 
contrárias ao sistema legal vigente. (pedindo pra 
modificar.) 
⤿ Por exemplo, o questionamento acerca da união 
homoafetiva, pq a norma vigente proibia. Forma de 
reinterpretar as determinações da lei pq o sistema legal 
demorou para se adaptar aos novos valores sociais, 
doutrina provocou e serviu como parâmetro o judiciário 
dar essa contribuição. 
Negócios Jurídicos 
→ O negócio jurídico é norma jurídica individual, cuja 
principal espécie de negócio é o CONTRATO. 
⤿ Nele as partes contratantes acordam que se devem 
conduzir de determinada maneira, uma em face da outra. 
⤿ O contrato apresenta força geradora de normas 
jurídicas particulares e individualizadas que só vinculam os 
participantes da relação jurídica. 
→ Trata-se das normas contratuais que resultam do fato 
de a própria ordem jurídica reconhecer à pessoa, 
enquanto sujeito de direitos e deveres, o poder de 
estipular negócios paraa realização de fins lícitos, 
mediante um acordo de vontades. 
→ As partes contratantes, quer sejam pessoas físicas ou 
jurídicas, podem criar normas contratuais, exercendo um 
PODER LIMITADO LEGALMENTE, que as vincula à 
prática dos direitos e deveres compactuados. 
* Negócio jurídico é a possibilidade de criar uma norma 
jurídica individual, cujo instrumento primordial é o 
contrato. 
 ⤿ Gera efeito vinculante às partes envolvidas. 
Analogia 
⤿ É termo de semelhança entre coisas diferentes. 
⤿ É similitude e não igualdade 
➜ Analogia implica em existir uma semelhança entre 
uma hipótese tomada como padrão e a hipótese a ser 
resolvida 
A analogia pode ser definida como a utilização de 
uma norma “X”, que apresente pontos de 
semelhança para a solução de um caso concreto, 
que, a princípio, não encontre no Ordenamento 
Jurídico regras específicas. 
→ Para que possa ser utilizada a analogia, entre o 
caso concreto e a lei a ser utilizada, deve existir 
semelhanças essenciais e fundamentais e 
apresentarem os mesmos motivos. 
na prática o juiz pesquisa a vontade da lei, para 
transportá-la aos casos que a letra do texto não havia 
compreendido. para que tenha cabimento, portanto, é 
necessária uma omissão no ordenamento. 
→ não é considerada fonte do direito para muitos 
autores, mas sim como forma de interpretação 
do Direito. 
Princ. Gerais do Direito (PGD) 
→ São orientações/ postulados que servem de 
suporte à compreensão de todo o direito. 
→ São considerados a essencialidade do 
direito -> são dos PGD que são retirados 
postulados que servirão de suporte à 
regulamentação da sociedade sob o aspecto 
jurídico, fixando os padrões e orientando os 
preceitos que serão traduzidos pela legislação. 
→ É importante observar que muitos dos PGD não 
estão formulados materialmente, não constam de 
nenhum texto legal. Outros estão implícitos em 
diversos textos legais. 
 
Os PGD são os fundamentadores, informadores e norteadores 
do direito positivo. 
 
→ PGD são aqueles princípios em que se orienta a 
legislação positiva e embora, por vezes, não se 
achem formulados em lugar nenhum, formam o 
pressuposto lógico e necessário das várias 
normas dessa legislação. 
→ PGD são enunciações normativas de valor 
genérico que condicionam e orientam a 
compreensão do ordenamento jurídico, quer 
para sua aplicação e integração, quer para 
elaboração de novas normas. 
Exemplos: 
⤿ Na área constitucional: 
 → Todos devem ser tratados como iguais perante a 
lei, sem distinção de qualquer natureza; (princípio da 
igualdade) 
 → Todos são inocentes até prova em contrário 
(quem prova isso é o MP); (princípio da presunção de 
inocência) 
→ Ninguém deverá ser obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei; (princípio da 
legalidade) 
→ Nenhuma pena deverá passar da pessoa do 
condenado; 
→ Aos acusados em geral devem ser assegurados o 
contraditório e a ampla defesa; (princípio do devido 
processo legal e ampla defesa) 
→ A propriedade deve cumprir sua função social; 
Em Direito Penal: princípio do in dubio pro reo. 
 
→ Os princípios são considerados normas que 
possuem um grau de abstração (sem 
especificidade) maior que as regras. 
→ Em um período histórico chamado de 
“positivismo”, os princípios, pelo fato de terem 
esse alto grau de abstração, não eram nem 
considerados como normas jurídicas 
→ pós-positivismo: uma das características do pós-
positivismo é o reconhecimento da normatividade 
primária dos princípios constitucionais. -> ou seja: 
atualmente, os princípios são considerados 
normas jurídicas, ao lado das regras, e podem 
ser invocados para controlar a juridicidade da 
atuação do Estado. 
→ Com base na força normativa dos princípios 
constitucionais, o Poder Judiciário, nos últimos 
anos, condenou o Poder Público a implementar 
uma série de medidas destinadas a assegurar 
direitos que estavam sendo desrespeitados.

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