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Orientações: 1. Leia atentamente as questões antes de resolvê-las. A interpretação das questões faz parte da avaliação. 2. Escreva a resposta completa de cada questão de forma clara e objetiva. Não serão aceitas respostas sem o desenvolvimento e com rasuras. 3. Questões objetivas e discursivas que envolvam operações algébricas devem possuir a memória de cálculo na folha de respostas. 4. As questões devem ser respondidas somente à caneta azul ou preta. 5. Não utilizar calculadora do celular, smartphone, tablete e qualquer outro tipo de equipamento eletrônico portáteis, borracha e/ou corretivo. Apenas, calculadoras científicas ou financeiras poderão ser utilizadas e será proibido emprestá-los ao(s) colega(s). 6. É proibido consultar materiais de qualquer natureza durante a realização da prova 7. Sobre a cadeira, deverão estar os instrumentos para realizar a prova, os outros deverão ficar sob a cadeira ou dentro das bolsas. 8. Celular, smartphone e qualquer outro tipo de equipamento eletrônico portáteis deverão permanecer desligados e dentro das bolsas durante a realização da prova. 9. Será observada uma tolerância máxima de 30 minutos para a entrada dos alunos após o início da prova. Nesse período, nenhum aluno poderá deixar a sala. Terminada a prova, o aluno deverá entregar ao professor a folha de questões e a folha de respostas, devidamente identificadas. Boa prova! TODAS AS QUESTÕES VALEM 1,0 PONTO. 01 - Observando as regras do Art. 107 do Código Penal, se verifica que a morte é tratada como sendo uma das causas extintivas de punibilidade. Desta forma, caso comprovado o falecimento do agente, deve o Juíz reconhecer a extinção de punibilidade, esvaziando por completa a pretensão punitiva do Estado. De acordo com as informações acima, para a declaração de extinção de punibilidade, faz necessário a comprovação do evento morte pelo juízo criminal, sendo que este deverá ser comprovado através de: a) Depoimento de Testemunhas. b) Perícia do corpo do autor do crime. c) Documento de Certidão de Óbito. d) Documento de Declaração de Óbito. e) Não existe necessidade de apresentação de documentação ou testemunha, bastando tão somente o julgador reconhecer a morte do agente. Curso: DIREITO Disciplina: Teoria da Pena Período: 3 Turma: 1001 Professor: Data da Aplicação: 16.06.2021 Avaliação AV2 Nota: Visto do Professor (a): Nome: 02-Tício, querendo dinheiro para pagar o ingresso no estádio de futebol, subtrai de sua namorada, uma semana antes do casamento a quantia de R$ 100,00, dinheiro que seria parte do pagamento do cerimonial. Após o casamento ocorreu a descoberta do fato criminoso, ou seja, crime de furto (art. 155, CP). O padrinho de casamento de Tício, que é advogado, o orientou a ficar tranquilo, pois existe no Código Penal um benefício chamado escusa absolutória, que não faz nascer para o Estado o direito de punir, quando a vítima da infração penal é o cônjuge do autor do delito. Nesta hipótese é CORRETO afirmar que: a) Tício realmente não responderá pelo crime de furto, pois quando ocorreu a descoberta do crime estava na constância da sociedade conjugal. b) Tício responderá pelo crime de furto, uma vez que a escusa absolutória somente se aplica quando o crime é praticado mediante violência ou grave ameaça à pessoa. c) Tício não responderá pelo crime de furto, tendo em vista que na constância do casamento não existe possibilidade de crime entre marido e mulher. d) Tício responderá pelo crime de furto, uma vez que sua conduta foi anterior ao casamento, logo não estava, no momento do fato criminoso, na constância da sociedade conjugal. e) Tício não responderá pelo crime de furto, pois sua conduta não é típica. 03 - O direito de punir pertence exclusivamente ao Estado, todavia temos situações em que o Estado perde o seu direito de punir, de acordo com situações previstas em nosso código penal. Sendo assim, sobre a extinção da punibilidade, nos termos preconizados pelo Código Penal, é correto afirmar: a) A prescrição da pena de multa ocorrerá no prazo de 2 anos quando ela for cumulativamente cominada com a pena privativa de liberdade. b) Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. c) A sentença que conceder o perdão judicial será considerada para fins de reincidência. d) São reduzidos pela metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos ou, na data da sentença, maior de 60 (sessenta) anos. e) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação, regula-se pela pena aplicada, e poderá ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa. 04 - "Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime" Considerando o contido no Art. 59 do CP, o qual se estabelece na doutrina como sendo as "CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS", podemos afirmar que estas são observadas dentro do Critério Trifásico de Aplicação de Pena quando da análise da: a) Terceira Fase - Pena Definitiva. b) Segunda Fase - Pena Intermediária, c) Primeira Fase - Pena Base. d) Não existe a possibilidade de utilização do Art. 59 do CP no Critério Trifásico. e) É apenas uma mera faculdade do juízo a utilização do Art. 59 do CP, dentro do Critério Trifásico de Aplicação de Pena. 05 - Mévio pratica a conduta prevista no art. 155, caput, CP (furto na modalidade simples). O advogado de Mévio, em sua defesa, argui a insanidade mental de seu cliente. Através de laudo pericial ficou constatado que Mévio era ao tempo da ação, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, logo, inimputável. Sendo assim, o juiz absolve o acusado Mévio e impõe medida de segurança de internação em hospital de custódia. Nesta hipótese é CORRETO afirmar que: a) Como o Código Penal não prevê o prazo mínimo para internação deve o acusado ficar internado somente pelo prazo de 6 meses. b) O prazo mínimo de internação é de 4 anos, respeitando a pena máxima do crime de furto simples. c) O Código Penal não determina o prazo máximo de internação, podendo durar por tempo indeterminado, ou seja, enquanto perdurar a periculosidade do agente. Porém, prevalece o entendimento jurisprudencial que o tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado. d) A medida de segurança deve observar as penas previstas no preceito secundário de cada tipo penal. e) O Código Penal não prevê sanção penal de internação, somente tratamento ambulatorial. 06 - Em relação as espécies de sanções penais em nosso ordenamento jurídico penal, temos a possibilidade de aplicação de pena ou de medida de segurança. Entre as espécies de penas tipificadas no artigo 32, do Código penal, existe a possibilidade da substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direito. Quais das espécies abaixo sâo de penas restritivas de direitos a) a prisão administrativa e limitação de fim de semana. b) a multa e prestação de serviço à comunidade. c) o regime aberto e remição. d) a prestação pecuniária e interdição temporária de direitos. e) o livramento condicional e comutação. 07 - Clodoaldo foi denunciado e condenado como incurso na conduta de receptação, descrita no art. 180, caput, do Código Penal, à pena privativa de liberdade de 1 (um) ano e 2 (dois) meses de reclusão, em regime inicial aberto e 11 (onze) dias- multa, à razão de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos. Mediante provas colhidas em juízo restou demonstrado que Clodoaldo ostentava 20 anos à época dos fatos. Irresignado com a condenaçãointerpôs recurso com vistas revisão da dosimetria da pena que lhe foi imposta, sob o fundamento de que não foi considerada a atenuante genérica da menoridade relativa e consequente redimensionamento da pena definitiva para 01 (um) ano de reclusão. A partir da premissa de que houve a procedência do pedido de redimensionamento da dosimetria de pena, avalie as afirmações a seguir. É correto o que se afirma em: I. Demonstrado que, na data dos fatos Clodoaldo, era menor de 21 (vinte e um) anos, deve ser reconhecida a atenuante prevista no art. 65, I, do CP a ser aplicada na segunda fase de dosimetria de pena. II. A pena de multa deve guardar proporção com a pena privativa de liberdade, impondo-se a sua redução para atender aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. III. A incidência da atenuante genérica da menoridade relativa pode reduzir a pena aquém da pena abstrata cominada conforme entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça. IV. Nos casos em que a pena privativa de liberdade definitiva cominada não ultrapasse um ano, o crime não tenha sido cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, o réu seja primário e, por fim, as circunstâncias judiciais forem favoráveis é cabível a sua substituição por apenas uma pena restritiva de direito. a) Apenas a assertiva IV está correta. b) As assertivas I, II e III estão corretas. c) As assertivas III e IV estão corretas. d) Apenas a assertiva II está correta. e) As assertivas I, II e IV estão corretas. 08- Em uma noite de terça-feira, MARIA, estudante de direito, arrombou a porta de um determinado shopping center e subtraiu para si diversos livros jurídicos e materiais de escritório de três lojas distintas, pertencentes a proprietários diversos. Contudo, ao sair do shopping, MARIA foi surpreendida por policiais militares, que a detiveram e conduziram para a Delegacia de Polícia mais próxima para a lavratura de Autor de Prisão em Flagrante com relação à prática do crime de furto, conduta descrita no art. 155 do Código Penal ("subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel"). Diante dos fatos narrados sobre as condutas praticadas por MARIA, é CORRETO afirmar que: a) MARIA deve responder pelo crime de furto em concurso material de crimes. b) MARIA deve responder pelo crime de furto em concurso material benéfico. c) MARIA deve responder pelo crime de furto em concurso formal de crimes. d) MARIA deve responder pelo crime de furto como crime continuado. e) MARIA deve responder pelo crime de furto sem reconhecimento de concurso de crimes. 09 - Manuel adora uma festa. Certo dia, comparece com três amigos numa boate em Jurerê Internacional, dirigindo seu Porsche. Durante a festa, Manuel e seus amigos ingerem significativa quantidade de bebida alcoólica. Na saída, Manuel, visivelmente embriagado, resolve voltar dirigindo. Após conseguir deixar seus amigos em casa, Manuel opta por acelerar seu Porsche na SC-401 a uma velocidade aproximada de 180Km/h, não percebendo que seus faróis estavam desligados e acaba atropelando e causando a morte de quatro pessoas. Manuel foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio doloso, por quatro vezes, em concurso material. Apenas com base nos estudos sobre concurso de crimes, o que o advogado de defesa de Manuel poderia alegar para melhorar a situação do seu cliente? Responda de forma fundamentada. Levando-se em consideração que o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, prevê como crime de trânsito apenas a modalidade culposa previsto em seu artigo 302, o homicídio culposo na direção de veículo automotor. E que a embriaguez alcoólica que conduz à responsabilização a título doloso é apenas a preordenada, comprovando-se que o agente se embebedou para praticar o ilícito ou assumir o risco de produzi-lo, logo prevalece o homicídio culposo em razão do homicídio doloso. Verificamos também que o réu praticou apenas uma conduta, provocando assim 4 resultados, configurando concurso de crime formal tipificado no Art. 70 CP que diz: Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. 10 - No concurso de infrações executar-se-á primeiramente a pena mais grave. Porém, no que se refere a prescrição, as penas mais levem prescrevem com as mais graves? Justifique sua resposta. Sim, conforme Art. 76 CP que diz: No concurso de infrações, executar-se-á primeiramente a pena mais grave. E o Art. 118 do CP As penas mais leves prescrevem com as mais graves.
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