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ARTIGO - LOGÍSTICA UM ELEMENTO DE DIFERENCIAÇÃO - DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

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II Encontro UBTECH BUSINESS de Atividades Integradoras 
Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ 
01 de Junho de 2015 
 
LOGÍSTICA UM ELEMENTO DE DIFERENCIAÇÃO: DESAFIOS E OPORTUNIDADES DE 
NEGÓCIOS. 
 
 
Luana Maria Araújo da Silva. Juliete Maria Belém de Souza. Orientador Docente: Vinicius de 
Oliveira Araújo. Professora: Helcia Macedo de Carvalho Diniz e Silva 
 
 
RESUMO 
 
O objetivo dessa pesquisa é verificar em que consiste a área da logística para a administração e 
identificar os setores que a compõem, sobretudo em uma fábrica que confecciona sandálias 
personalizadas. Com a finalidade de atingir o objetivo proposto neste estudo, utilizou-se a pesquisa 
exploratória. Dessa forma, pode-se verificar os diversos conceitos sobre a logística abrangente no que 
diz respeito à administração, pois envolve muitas atividades, as quais foram identificadas neste 
trabalho como atividades primárias e de apoio, sendo elas: Fornecedores, Estoque/Armazenamento, 
Linha de produção (Etapas), Envio da Mercadoria e Feedback. Notamos que essas atividades estão 
relacionadas com o propósito de se alcançar as metas logísticas, que é prover produtos aos clientes, 
como, quando e onde desejarem, bem como otimizações e melhorias para a organização. 
 
Palavras Chaves: Empreendimento; Tecnologia; Inovação. 
 
 
LOGISTICS, A DIFFERENTIATING ELEMENT: CHALLENGES AND BUSINESS 
OPPORTUNITIES. 
 
 
ABSTRACT 
 
The purpose of this research is to verify what is the area of logistics for the administration and 
identify sectors that comprise it, especially in a factory that manufactures custom sandals. In order to 
achieve the goal proposed in this study, we used the exploratory research. This way, it can be seen on 
the various concepts comprehensive logistics in respect to the administration, as it involves many 
activities which were identified in this study as primary activities and support, they being; Suppliers, 
Inventory/Storage, Production Line ( Steps), Shipping Merchandise and Feedback. We also note that 
these activities are interrelated for the purpose of achieving the logistical goals, which is to provide 
products to customers, how, when and where they want, as well as optimizations and improvements 
to the organization. 
 
KEYWORDS: Enterprise; Technology; Innovation. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
As empresas obtêm sucesso e perenidade caso possuam, em relação aos seus concorrentes, 
algum diferencial que venha a ser percebido pelo cliente e que contribua para a sua tomada de 
decisão. Observamos, quanto a isso, que muitas são as formas para conseguir diferenciar-se no 
 II Encontro UBTECH BUSINESS de Atividades Integradoras 
Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ 
01 de Junho de 2015 
 
mercado, e o histórico da administração moderna permite que percebamos as etapas da evolução do 
processo de diferenciação. 
A diferenciação passou a acontecer na produção relacionada com velocidade, qualidade e 
padronização. A relação da qualidade com o produto específico caracterizou esta fase; o marketing e 
a propaganda passaram a ser os mecanismos usados pelas empresas para competir no mercado. 
Assim, o atendimento ao cliente tornou-se algo de extrema importância. Contudo, podemos 
confirmar que a logística resultou em um elemento de diferenciação, conforme pontuado abaixo: 
 
“Processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, a movimentação e 
a armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de 
informações correlatas) através das organizações e dos seus canais de 
marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presentes e 
futuras, por meio do atendimento dos pedidos a baixo custo.” 
(CHRISTOPHER, 1997, p.02). 
 
Segundo o fragmento acima de Christopher (1997), a logística tem se apresentado como algo 
paradoxal, pois ela é uma das atividades econômicas mais antigas e um dos conceitos gerenciais mais 
modernos. Ou seja, resumidamente, a função logística é responsável por comprar, armazenar e 
distribuir materiais e produtos acabados por toda linha de produção e pela cadeia produtiva, ao menor 
custo possível e no prazo necessário, incluindo também todas as formas de movimento de produtos e 
informações. Nesse sentido, o CSCMP conceitua: 
 
“Processo de planejamento, implantação e controle eficiente e eficaz e 
da armazenagem de mercadorias, serviços e informações relacionadas 
desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de 
atender às necessidades do cliente.” (Council of Supply Chain 
Management Professionals – CSCMP, 1995). 
 
 Conforme o CSCMP, percebemos que é a logística que interliga e dita o ritmo, afinal seu 
campo de atuação é a sincronização entre recebimento, armazenagem, transporte e distribuição de 
materiais e produtos, além do controle dessas operações. 
Para que a logística atue da melhor forma, é fundamental que o fluxo de informações aconteça 
livremente no que diz respeito às necessidades de materiais, prazos e entregas, quantidades, 
lançamentos de novos produtos, ampliação de mercados, entre outras. Além disso, pode impactar, 
positiva ou negativamente, a satisfação do cliente, a imagem da empresa e do produto e/ou serviço. 
Portanto, o artigo irá desenvolver-se na composição da logística dentro de uma empresa que 
confecciona Sandálias Personalizadas para eventos, a Sandálias Soft. Identificaremos as dificuldades 
desse setor na organização e o conjunto e métodos que são usados para proporcionar uma integração 
e uma gestão satisfatória de todos os parâmetros, nos quais se encontram em dinâmica, por 
intermédio do empreendedorismo, tecnologia e inovação. Trabalharemos uma estratégia de 
armazenagem, elaboração e distribuição do material, de forma eficaz e eficiente, fazendo com que o 
resultado final seja a satisfação do cliente, e, sobretudo, para a organização, na qualidade e redução 
de custos. 
Para que as metas do presente artigo sejam atingidas com a necessária eficácia, em uma 
cadeia listaremos, basicamente, os seguintes grupos participantes: Fornecedores; Estoque; Linha de 
Produção; Cadeia de Distribuição; Transporte; e Consumidor. 
 
 
 
 II Encontro UBTECH BUSINESS de Atividades Integradoras 
Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ 
01 de Junho de 2015 
 
 
 
2 METODOLOGIA 
 
Usando uma pesquisa aprofundada com base nas analises assíduas no funcionamento da Sandálias 
Soft, obtivemos resultados sobre as formas como serão executados os meios de produção da empresa. 
Acompanhando de perto, com ajuda dos colaboradores, tratamos de especificar os detalhes da 
logística que a organização utiliza, desde o momento em que é efetuado o contato com o fornecedor 
da matéria-prima até a entrega do produto final ao consumidor. 
 
2.1 CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
 
Atualmente, a logística está sendo o mecanismo que várias organizações utilizam como 
diferencial competitivo, pois o que percebemos é que a fidelização dos clientes está diretamente 
ligada ao cumprimento e ao atendimento das suas necessidades, especialmente no momento atual, 
que é de intensa concorrência. 
Embora a logística só possa vir a ser considerada um diferencial quando as empresas 
envolvidas perceberem a importância do trabalho logístico integrado, tanto internamente quanto em 
relação à sua cadeia produtiva, é a integração, em pleno desenvolvimento e harmonia, que possibilita 
às empresas que compõem tal cadeia o ganho de mercado, por meio do aumento da competitividade e 
da eficiência, portanto, a consequência melhora nos resultados. 
Desse modo, podemos considerar a logística componente imprescindível e com presença 
marcante em uma cadeia de suprimentos ou, mais especificamente, peça fundamental para o seu bom 
funcionamento, isso porque o sucesso não depende apenas da eficiência da principal empresa de uma 
cadeia, mas da ação conjunta de todos os seus componentes. Por conseguinte, é a boa comunicaçãoe 
o relacionamento entre os membros de uma mesma cadeia que estarão ou não presentes no mercado 
de forma competitiva e vencedora. 
A cadeia de suprimentos é o processo dentro do qual um número qualquer de entidades de 
negócios forma uma cadeia, conforme mostra a figura a seguir, com o objetivo de adquirir matérias-
primas, convertê-las em determinados produtos e, posteriormente, disponibilizar os produtos 
acabados ao cliente final. 
 
 
Figura 1.1 - Participantes da cadeia de suprimentos 
 
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01 de Junho de 2015 
 
 
A coordenação e a gestão de uma cadeia de suprimentos, em um processo integrado, são, 
fundamentalmente, o relacionamento entre clientes e fornecedores. Portanto, uma cadeia de 
suprimentos é a atividade diferenciada e necessária para que o produto tenha valor agregado e seja 
diferenciado no mercado. 
 
 
2.2 EMPRESA PRINCIPAL 
 
 A empresa Sandálias Soft encontra-se no mercado há um ano, levando um diferencial aos 
consumidores com produtos personalizados para seus eventos, sobretudo, as sandálias 
personalizadas. Atualmente, a organização conta com dez colaboradores, desde as funções 
administrativas até operacionais. 
 A Sandálias Soft possui um sistema de vendas online, com servidor próprio e sem loja física. 
Seu contato é feito de forma direta com os clientes e exclusivamente via E-mail; atendendo uma 
demanda média de 30 mil pares mensais. 
Utiliza-se de redes sociais para o marketing e propaganda do produto, bem como, beneficia-se 
por meio de um parceiro de canal de vendas coletivas na internet, voltado para casamentos, 
formaturas e aniversários. 
 
 
 2.3 FORNECEDORES 
 
Os fornecedores são aqueles de quem são adquiridas as matérias-primas e/ou insumos, o fluxo 
de materiais, que serão utilizados pela indústria de transformação para chegar ao produto final. 
 
“As operações logísticas têm início com a expedição inicial de 
materiais ou componentes por um fornecedor, e terminam 
quando um produto fabricado ou processado é entregue a um 
cliente” (FLEURY, P. F. 2000, p.27). 
 
 
Assim, o fluxo de materiais pode ser definido como sendo a movimentação física de matérias-
primas, insumos e, até mesmo, produtos acabados e semiacabados, no sentido do fornecedor para o 
cliente, passando pela indústria transformadora, isto é, a Sandálias Soft. 
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Nesse caso, tem-se como exemplo a placa microporosa “borracha”, para a confecção das 
sandálias, as correias/tiras e as tintas usadas na serigrafia, considerando estes os produtos principais 
utilizados até chegar à condição final pronta para o consumo. 
São encontradas dificuldades na Empresa Sandálias Soft acerca disso, visto que a mesma 
apresenta parceria apenas com um fornecedor, entretanto, caso esse não esteja disponível no 
momento em que por ventura for preciso, ou até mesmo se houver atraso e descumprimento da 
entrega dos materiais essenciais para a confecção do produto final, a atividade de todos os outros 
componentes pode ficar comprometida, e, por consequência, os clientes tenderão a consumir 
produtos de concorrentes. 
 Logo, a solução prática e de baixo custo seria manter um bom relacionamento com outros 
parceiros, pois as alianças empresariais dentro da cadeia produtiva estão se tornando cada vez mais 
relevantes para o sucesso empresarial. 
 
 
 
2.3 CANAL DE DISTRIBUIÇÃO 
 
Podemos definir canal de distribuição como sendo as formas usadas por uma empresa para 
escoar seus produtos até outras empresas e/ou clientes finais. Existem, basicamente, duas formas de 
distribuição: Direta e Indireta. 
A Sandálias Soft utiliza-se da distribuição direta, essa acontece quando a empresa que está 
ofertando o produto e/ou serviço e atua diretamente com os seus clientes finais. Observamos, na 
figura 1.2, a estruturação da distribuição direta: 
 
 
Figura 1.2 – Canal de distribuição direta 
 
 
 
2.5 TRANSPORTE 
 
O transporte está ligado com as demais atividades, auxiliando na distribuição de produtos, e 
isto representa grande parte dos custos e precisam ser estudados com cautela. Do transporte depende 
uma parte importante da qualidade percebida pelo cliente, isto é, o que ele sente ao comparar sua 
satisfação com suas expectativas. 
 
“No processo de escolha das modalidades de transporte, 
devemos levar em conta vários fatores, em especial os custos, a 
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velocidade de locomoção e a confiabilidade de fornecimento.” 
(IMAM. 2005, p.10). 
 
Embora o transporte seja tratado por alguns como apenas uma função de produção que gera 
custos, para as Sandálias Soft, observamos que é uma possibilidade de ganhos, não somente 
financeiro como também de participação em um mercado cada vez mais exigente e competitivo, pois, 
além de contar com os serviços de coleta dos correios, oferecendo um envio de médio prazo para a 
entrega como “PAC’, e de curto prazo de entrega sendo realizado via “E-SEDEX”, a vantagem nesse 
segmento é que a organização conta com uma parceria da Transportadora TNT, que tem o custo 
inferior se comparado com outras do mesmo ramo. Além disso, dispõe de um envio Terrestre por 
intermédio rodoviário, e por postagem Aérea, para casos emergenciais ou por opção do consumidor. 
Dessa forma, a confiabilidade de entrega é fruto do recebimento da mercadoria no prazo 
correto, com embalagem correta, sem danos causados pelo transporte e erros no faturamento, e com o 
suporte de um serviço de atendimento ao cliente que resolva seus problemas com presteza, levando 
os produtos certos aos lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo 
menor custo possível. 
 
3 CADEIA PRODUTIVA 
 
Uma cadeia produtiva pode ser definida como sendo um conjunto de atividades das diversas 
etapas de transformação de matérias-primas básicas em produtos finais acabados. Ela pode também 
ser entendida como a ampliação da cadeia de suprimentos, portanto, nesse tipo de cadeia envolvem-
se outros setores não apresentados na de suprimentos. 
Logo, vemos que a cadeia produtiva pode ser descrita como um conjunto de etapas 
consecutivas, necessárias para o bem e/ou o serviço possa ser disponibilizado no mercado. 
 
 
3.1 CONTROLE E MANUTENÇÃO DE ESTOQUE 
 
A influência da logística faz-se presente também no controle e na manutenção de estoques, 
em razão da natural ligação que estes têm com os mais variados processos produtivos. Assim como 
cada processo produtivo possui características peculiares, o gestor da logística deve manter-se 
vinculado com a sistemática de disponibilidade dos estoques. 
Uma adequada administração de estoque deve estar, de maneira geral, atenta para a qualidade 
do serviço de entrega do material, dentro de parâmetros pré-estabelecidos, como: 
 
 
• Produto certo: material que atenda às especificações feitas; 
• Local certo: entregar na localização correta em função das necessidades dos processos; 
• Tempo certo: no momento adequado, nem antes, nem depois do necessário; 
• Custo certo: com valores adequados dentro dos orçamentos; 
• Estado certo: na forma adequada de acondicionamento, mantendo-se assim as características 
físico-químicas do item. 
 
Observando os conceitos citados acima, para que a Empresa Sandálias Soft consiga uma 
eficiente administração do estoque, deve planejar a armazenagem da matéria-prima e acesso, 
softwares atualizados e pertinentes a cada realidade, alternativas de movimentação e suprimentos. 
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Devido ao fato de que a Sandálias Soft confecciona produtospersonalizados, manter o estoque “cheio 
e parado” é sinônimo de prejuízo, pois, sua produção é feita baseada na demanda dos pedidos e 
encomendas solicitadas com antecedência, de forma considerada satisfatória e com “folga” para a 
produção. Nesse contexto: 
 
“As metas da logística são as de disponibilizar o produto certo, 
na quantidade certa, no local certo, no momento certo, nas 
condições adequadas para o cliente certo ao preço justo.” 
(FERRAES, N. KUEHNE, J. 2004, p.39). 
 
Sendo assim, uma boa alternativa para que se mantenha a estocagem necessária sem que haja 
insumos perdidos, é que o método utilizado atualmente deverá ser substituído pelo Just in Time, em 
razão de que, as diretrizes desse sistema buscam alcançar propostas na redução de estoque e custos 
decorrentes, eliminando desperdícios e visando o melhoramento contínuo dos processos de produção. 
3.2 FERRAMENTAS LOGÍSTICAS 
 
As ferramentas logísticas são formas de melhor controlar o processo logístico como um todo. 
Para tal, as organizações devem valer-se de instrumentais de qualidade que possibilitem alcançar, da 
melhor forma possível, os objetivos pretendidos. 
 A Organização Sandálias Soft apresenta-se deficitária nessa questão. Embora ainda seja uma 
empresa considerada de pequeno a médio porte, faz-se fundamental uma mínima estrutura e suporte 
de ferramentas simples e de qualidade voltada às questões logísticas, para que se possa manter o 
controle e um sistema de dados sobre estoque, armazenagem, transporte e entrega de mercadoria, 
uma vez que, essas podem ser operacionalizadas com base em programas de computador, a fim de 
facilitar e apressurar o processo, além de fornecerem informações de forma mais rápida e eficaz. 
 
3.3 PROCESSO DE CONFECÇÃO DAS SANDÁLIAS PERSONALIZADAS 
 
A diversificação dos sistemas produtivos influencia o entendimento nos mais variados níveis 
de complexidade que são necessários para a execução do planejamento e do controle das atividades 
produtivas: 
 
“O grau de padronização dos produtos, o tipo de operações necessárias 
e a natureza dos produtos são fatores determinantes para a definição das 
atividades do PCP.” (TUBINO, D. F. 2000, P.31). 
 
 Nesse processo, a Sandálias Soft, deve considerar a natureza de suas atividades, levando em 
conta as variações refletidas junto à demanda e os impactos produzidos sobre o produto final, bem 
como os recursos transformadores, nesse caso, as máquinas, equipamentos, instalações, etc. Além 
disso, há também a necessidade de administrar adequadamente tanto os estoques internos quantos os 
externos, considerando a cadeia de suprimento em questão. 
 Para manter a empresa competitiva no mercado, os gerentes de produção têm a 
responsabilidade de melhorar cada vez mais o desempenho de suas operações, conforme citação 
abaixo: 
 
“Deixa de adotar melhorias, de forma a acompanhar pelo menos os 
concorrentes (em organização que visa lucro), ou deixar de adotá-las, 
segundo um ritmo que atenda às expectativas crescentes dos 
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consumidores (em todas as organizações), é condenar a função 
produção a manter-se sempre distante das expectativas da organização.” 
(SLACK, N. 2002, P.55). 
 
 Muitas organizações têm se manifestado sempre em prol dos clientes, ou seja, o atendimento 
está adequado e até mesmo supera, muitas vezes, as expectativas. Vale a pena lembrar que, caso a 
Sandálias Soft não coloque como meta principal o lucro e, preferencialmente, o lucro máximo, está 
destinada ao fracasso. 
 Assim, para que o resultado final seja o esperado pela empresa, o Departamento de 
Planejamento e Controle da Produção, considerado como um importante dispositivo no 
desenvolvimento empresarial, deve trabalhar de modo a aperfeiçoar cada vez mais os processos 
produtivos. 
 
 
 3.3.1. Corte da placa de borracha microporosa – solado 
 
Recebe-se do departamento comercial os contratos a serem produzidos. Com esses contratos 
em mãos é feito uma seleção dando a prioridade por data dos eventos e por localidade, isto é, quanto 
mais longe o destinatário se apresenta, é dada a preferência de ser o primeiro a confeccionar. 
Logo, uma vez selecionado esse pedido, dar-se a produção das sandálias da seguinte forma; 
seleciona as placas de acordo com a cor escolhida pelo cliente e cortam-se as quantidades de pares 
nas distribuições das numerações conforme o desejo do consumidor que é informado no formulário, 
ou seja, no contrato. 
Como o pedido é passado por todo o processo de produção até ser, de fato, despachado, corta-
se contrato a contrato, portanto, é feito um pedido de cada vez. Sendo assim, após os pares já estando 
devidamente separados, segue o produto inacabado para a próxima etapa. 
 
 3.3.2. Escareamento do solado 
 
 Dando andamento, a segunda etapa consiste no Escareamento. Esse processo pode ser 
descrito como perfurar os orifícios no solado, ou seja, fazer as “bolinas” para que as alças sejam 
encaixadas, após a secagem do produto. 
Novamente é feito pedido a pedido, seguindo a regra dos pares maiores para os menores; 
desde o corte é confeccionado nesse contexto, posteriormente explicaremos o porquê dessa forma. 
Concluído o Escareamento, inicia-se a limpeza das sandálias. 
 
 3.3.3. Limpeza do solado 
 
O procedimento da limpeza é entendido como a passagem de álcool nos pares escareados, 
visto que é preciso retirar a gordura ou o próprio pó que ficou da etapa passada, com o intuito de 
prepará-lo para a impressão, pois, se deixar esse solado gorduroso ou com alguma sujeira, afetará na 
próxima fase. 
 
 3.3.4. Impressão do solado 
 
Na mesa de impressão é colocado prime nos pares, esse é um promotor de aderência para que 
a tinta fixe no solado, caso o contrário, a pintura sairá facilmente quando for utilizada pelo 
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consumidor final. Posterior à passagem do prime são esperados 5 minutos. Entretanto, o ideal para 
que após usar o produto já finalizado não se “destaque” a tinta, é deixar o solado secar naturalmente 
por cerca de, no mínimo, 4 horas, e, no máximo 24h. Contudo, visto que a demanda da empresa 
ultrapassa esse limite permito pelo promotor de aderência, depois dos 5 minutos já é feito a 
impressão. 
Todavia, observamos que esse procedimento falho não é cometido apenas pela empresa 
Sandálias Soft, pois a confecção desse produto é realizada em grande quantidade e fica inevitável, 
acerca de tempo, esperar que a secagem do prime ocorra por completa. Para tanto, uma solução 
básica e de custo reduzido, seria cumprir esse tempo mínimo deixando o solado secar, ao natural, de 
um dia para o outro, aumentando o número de funcionários e equipamento no processo de 
Escareamento, que é a parte do ciclo de confecção mais deficitário do processo, investindo, assim, na 
qualidade do produto acabado. 
 A Impressão é realizada, primordialmente, pelos pares maiores até os menores, por isso que 
desde o corte prioriza-se dessa forma, pois, normalmente há uma tela que preenche toda a sandália 
maior e à medida que vai diminuindo os tamanhos, retoca-se essa tela fechando a área que não terá o 
solado, uma vez que, caso não seja executado dessa maneira, irá “vazar” e, assim, passar a tinta para 
a lateral desse solado. Isso mostra que fica inviável a prática da impressão dos pares menores até os 
pares maiores, sendo assim, evitando cometer falhas e possíveis pinturas indesejáveis. 
 
 3.3.5. Secagem da impressão 
 
O processo de secagem da impressão leva em média 1 hora para ser feito pela empresa 
Sandálias Soft, entretanto, para que esse método seja concluído de forma correta, o ideal seria colocar 
a correia após 4 horas de descansodesse solado. Para isso, a solução necessária é que a organização 
invista em uma estufa, a fim de que aperfeiçoe o tempo e o espaço dessa fase, e, acima de tudo, para 
a qualidade do produto final, pois, permitindo falha nesse setor de produção, agrava ainda mais o fato 
de que a tinta seja retirada do solado facilmente após pouco tempo de uso pelo consumidor final. 
 
 3.3.6. Assentar as correias 
 
Com o contrato, isto é, o formulário em mãos, o encarregado de colocar as alças retira do 
almoxarifado todas as alças necessárias para o pedido determinado, separando as numerações e a cor 
correta. Utilizando o "bico-de-pato", que é uma ferramenta para assentar as correias, é finalizado esse 
estágio. 
 
 3.3.7. Etiquetar as sandálias 
 
O processo de Etiquetagem é simples, separam-se os pares de acordo com as numerações e 
coloca-se uma etiqueta, onde tem o marketing e propaganda da empresa além do “número” referente 
à sandália, ou seja, par 35/36, 37/38 e assim sucessivamente, usando um fio de nylon, que é passado 
pelas correias da sandália e prendendo com uma pequena trava. 
Seguindo o mesmo raciocínio das etapas anteriores, faz-se isso dos pares maiores para os 
menores, assim, liberando os maiores pares para o processo de embalagem primeiro. 
 
 3.3.8. Embalagem 
 
Esse processo nada mais é do que encaixotar as sandálias concluídas, normalmente em caixas 
aonde os pares maiores vão para o fundo, dando uma base e organização melhor, deixando os pares 
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menores por cima. Dessa forma, a embalagem é toda preenchida pelo produto. Logo após as 
sandálias serem encaixotadas, emprega-se o endereço do destinatário e efetua-se a NFe (Nota Fiscal 
eletrônica), à vista disso, é realizada a postagem do produto finalizado. 
 
 
 4 LOGÍSTICA REVERSA 
 
Mais recentemente, as empresas passaram a ter maior preocupação e atenção em relação ao 
fluxo reverso, já que ele é capaz de gerar receita para a empresa, pois a logística pode também 
caracterizar-se como uma área não apenas geradora de custos, mas de lucros. Outro grande benefício 
da logística reversa é o bem-estar social e ambiental da comunidade em que a empresa está inserida. 
Portanto, considerado um diferencial competitivo, os aspectos referentes à reciclagem, ao 
reaproveitamento de materiais e ao tratamento de resíduos estão sendo cada vez mais valorizados 
pelos consumidores no momento da escolha da empresa em que irão comprar os produtos e/ou 
serviços que utilizarão. 
 
“A logística reversa deve ser concebida como um dos instrumentos de 
uma proposta de produção e de consumo sustentáveis. Se o setor 
responsável desenvolver critérios de avaliação fica mais fácil recuperar 
peças, componentes, materiais e embalagens reutilizáveis e recicla-los. 
Essa etapa denomina-se de logística reversa para a sustentabilidade.” 
(DORNIER, P.P. 2000, p.39). 
 
Observamos, contudo, que a Sandálias Soft deixa de contribuir nessa questão, em virtude de 
não possuir um planejamento adequado de logística reversa para as sobras de materiais. Diante disso, 
é possível encontrarmos postos de reciclagem, bem como, utilizar-se desses substratos, sobretudo da 
borracha, para realizar a confecção de novos produtos, tais como chaveiros personalizados, além de 
que os mesmos agregariam valor ao marketing e à propaganda do produto, juntamente com a 
empresa, uma vez que eles se tornariam brindes para os consumidores finais e aos parceiros 
empresariais da organização. 
 Por isso, em consequência à crescente competitividade e à necessidade de preservação 
ambiental, a organização Sandálias Soft precisa e deve estar cada vez mais preocupada e atenta ao 
fluxo reverso. 
 
 
5 CONSUMIDOR FINAL 
 
 Para que a empresa esteja bem preparada para concorrer nesse mercado competitivo, faz-se 
necessário conhecer algumas das suas características, pois no mercado estão presentes os 
consumidores e os futuros consumidores: 
 
• Consumidores: como, quando, onde, por que e quando comprar. Há também a 
necessidade de se conhecer a quantidade de consumidores, região, classe social e 
econômica, estilo de vida entre outros; 
 
• Futuros consumidores: identificar quais as características daqueles que são clientes em 
potencial, isto é, aqueles que ainda não consomem o produto, mas que poderão 
consumi-lo. 
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01 de Junho de 2015 
 
 
 O valor que o cliente dá para determinado produto é o que o faz decidir adquirir ou não o 
bem. Por “valor” é entendido a diferença entre a satisfação que o cliente ganha com o produto e o 
montante financeiro que pagou por ele. Maiores valores são atribuídos às empresas que oferecem 
algo além do básico, como status, confiabilidade e agilidade. 
 A satisfação de um cliente está relacionada com o desempenho que ele possa perceber a 
respeito do produto que está utilizando. Assim, quando as expectativas que os consumidores têm em 
relação ao produto não são atingidas, geram insatisfação. Ao contrário, se são atingidas, geram 
satisfação e, quando superadas, fazem com que os clientes fiquem surpreendidos. 
 Dessa forma, para atender melhor os seus clientes, a Sandálias Soft conta com um canal de 
atendimento ao cliente sempre pronto para atendê-los e solucionar as possíveis dúvidas e 
contratempos, utilizando também do feedback com a finalidade de melhorar, cada vez mais, o seu 
produto. 
Portanto, a organização procura, por intermédio de um suporte preparado, sobretudo com a 
qualidade do produto e entrega no prazo estabelecido, superar as expectativas dos consumidores, 
visto que conquistá-los e fidelizá-los é primordial, pois, assim, ganha um diferencial competitivo 
muito importante que a faz se destacar positivamente no mercado. 
 
 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
No mundo dos negócios muitas empresas nascem e em pouco tempo elas já não existem mais, 
algumas por falta de planejamento, outras por aplicação equivocada dos recursos, em especial os 
financeiros, e há ainda aquelas que não sabem qual direção seguir. 
 As organizações enfrentam desafios gigantescos reforçados pelo processo de globalização, em 
que a concorrência tem ocupado lugar de destaque, justamente pela capacidade de competição de 
alguns desses atores do cenário mundial. Porém, existem aquelas que, apesar dessas dificuldades e 
obstáculos de natureza estrutural ou ainda conjuntural, sobressaem-se no mercado. Como afirma 
Borges (2005): 
 
“Como o mundo dos negócios muda - e cada vez mais rapidamente -, 
torna-se necessário acompanhar essas mudanças. Se possível no mesmo 
ritmo em que elas acontecem.” (BORGES, E. 2005, p.36) 
 
 Desse modo, colocar a logística como uma ferramenta para transformar dificuldades em 
resultados financeiros positivos, pode ser uma excelente maneira de adaptar-se às necessidades 
demonstradas pelo mercado, visto o alto nível de exigência dos atuais consumidores, aliado ao fato 
de que gerenciar adequadamente a cadeia de suprimentos tem minimizado problemas de atendimento. 
 Em síntese, a empresa Sandálias Soft, deve auto avaliar-se de maneira sistemática, atentando 
para seus custos de maior relevância, assim como os possíveis benefícios que advirão dessa atitude, 
que compreende: redução do prazo de entrega, maior disponibilidade de produtos, entrega com 
qualidade, maior cumprimento dos prazos e maior facilidade de colocação de pedidos. 
Portanto, a Sandálias Soft deve levar em conta a importância da logística, de maneira geral e 
integrada, pois ela é a responsável pelo processo que faz com que o produto final chegue ao 
consumidor na hora certa, no lugar certo, da forma correta, ao menor custo possível e mantendo os 
padrões de qualidade exigidos pelocliente. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 II Encontro UBTECH BUSINESS de Atividades Integradoras 
Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ 
01 de Junho de 2015 
 
 
BALLOU, R. H. Logística empresarial; transportes, administração de materiais e distribuição física. 
São Paulo: Atlas, 1993. 
BORGES, E. Um setor à beira do colapso. Conjuntura econômica – FGV Rio de Janeiro: 2005. 
CHIAVENATO. Empreendedorismo: dando asas ao espirito empreendedor. São Paulo: 2004. 
CHING. H, Y Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. São Paulo: 2001. 
CHOPRA, S. MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: 2003. 
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para a redução 
de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: 1997. 
CORRÊA, H. L. Administração de produção e de operações: manufatura e serviços: uma abordagem 
estratégica. São Paulo: 2005. 
COUNCIL OF SUPPY CHAIN MANAGEMENT PROFESSIONALS - CSCMP. Disponível em 
<www.cscmp.org.> 2006. 
DORNIER, P.P. Logística e operações globais. São Paulo: 2000. 
FERRAES, N. KUEHNE, J. M. Logística empresarial. Curitiba: 2004. 
FLEURY, P. F. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 2000. 
IMAM. Como proteger a sua cadeia de abastecimento global. São Paulo: 2005. 
IMAM Gerenciamento da logística e cadeia de abastecimento. São Paulo: 2000. 
SLACK, N. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2002. 
TUBINO, D. F. Manual de planejamento e controle da produção. São Paulo: Atlas, 2000. 
http://www.cscmp.org/

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