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RESE OSVALDO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DA … VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG 
 
Processo-Crime nº…
OSVALDO, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, movida pelo Ministério Público Estadual, vem por meio de seu advogado que esta subscreve, perante Vossa Excelência, tempestivamente, interpor o presente
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
com fundamento no Artigo 581, inciso IV do Código de Processo Penal, em face da decisão de pronuncia de fls…
Caso Vossa Excelência entenda por manter a decisão de pronúncia, requer o recebimento e processamento do presente recurso a ser remetido ao Egrégio Tribunal de Justiça, com as inclusas razões.
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
Belo Horizonte, 17 de novembro de 2020
 
ADVOGADO
OAB n° xxxx – MG
 
 
 
 
 
 
 RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Recorrente: Osvaldo
Recorrido: Ministério Público
Processo-Crime nº: xxxxx
Tribunal do Júri da … Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
DOUTOS DESEMBARGADORES
Em que pese o ilibado saber jurídico do Juízo “a quo”, não merece prosperar a referida decisão, sendo imperiosa a reforma por este Tribunal “ad quem”, pelas razões a seguir expostas:
I –DOS FATOS
O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia em desfavor do Recorrente, protestando, naquela ocasião, pela condenação desse pela prática de homicídio qualificado por motivo torpe (art. 121, § 2º, I, CP).
Segundo consta no inquérito, Amaral foi encontrado morto, a golpe de faca, na porta de sua residência, no dia 14 de março de 2014. Em uma linha de investigação, o crime seria uma forma de realização da justiça privada e a suspeita recaía sobre os familiares e pessoas ligadas à Janaína, filha do recorrente que fora estuprada por Amaral, embora este tenha sido absolvido antes do óbito 
Contudo, nada foi encontrado que pudesse fazer a investigação avançar, anos se passaram e após ligação anônima na qual um cidadão afirmava ter ouvido dizer que o autor do crime era Osvaldo, pai de Janaína. O delegado determinou a imediata condução de Osvaldo à Delegacia para nova oitiva e após recebimento da denúncia, regular instrução criminal e finda fase probatória, o juiz pronunciou o recorrente pelo crime apontado na exordial. No entanto, não merece respaldo a decisão de pronúncia proferida pelas razões de mérito a seguir.
II – DA PRELIMINAR
DA NULIDADE DA PROVA OBTIDA
Inicialmente, de acordo com a Constituição Federal de 1988, no art. 5º, inc. LVI, não são admitidas provas de obtenção ilícita. No mesmo entendimento é pacifica a jurisprudência sobre as provas decorrentes do acesso a mensagens do WhatsApp sem autorização judicial serem ilegais, devendo ser reconhecida a nulidade do oferecimento da denúncia.
Neste lanço, o recorrente teve seu celular vasculhado, sem o seu consentimento, por um dos policiais civis, durante uma diligencia investigativa, sendo violada a privacidade da sua conta de WhatsApp. Ao checar o aplicativo, verificaram uma mensagem enviada pelo recorrente que, revoltado com a forma como o seu celular foi devassado pela polícia, com toda razão, confirmou a autoria e esclareceu que, nela, ele se referia à realização da justiça divina. 
Por fim, evidentemente a intimidade é garantia fundamental e a ilicitude do acesso ao conteúdo do Whatsapp obtida pelos policiais, devem ser nulas, em razão do direito à privacidade do ora recorrente. 
III – DO DIREITO
DA AUSÊNCIA DE PROVAS
Antes de mais, no presente feito que as provas aduzidas pela acusação não se sustentam, como será a seguir demonstrado.
Conforme consta nos autos, na primeira diligencia não havia testemunhas presenciais e, tão pouco, câmeras de vigilância no local do crime ou em suas proximidades. 
O laudo necroscópico foi juntado aos autos do inquérito, confirmou que a causa da morte foi a lesão provocada por instrumento perfuro-cortante, todavia, não foi encontrado o material usado para a prática do crime. Realizado as novas diligencias, não houvesse qualquer inovação probatória em relação ao inquérito ou que indicasse o recorrente como o autor do fato delituoso.
Ora Excelência, nota-se que não há provas produzidas com a instrução que pudessem emitir de um veredicto condenatório. Pertinente é a legislação que aduz:
Art. 413 - O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.
[...]§ 1º A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena.
Em suma, estando nítido a precariedade de provas e fundamentos, devendo que nova decisão de pronúncia seja proferida
V – DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer a Vossa Excelência o recebimento e provimento do presente recurso, a fim de que, seja reformado a decisão combatida, por ser medida de inteira justiça.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Belo Horizonte, 17 de novembro de 2020 
ADVOGADO
OAB n°xxxx – MG

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