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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA PRÓ-REITORIA DE ENSINO COORDENAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: HISTÓRIA PÓS-MODERNA E CONTEMPORÂNEA DA ARQUITETURA E URBANISMO PROFESSORA: M. ª NEUZA BRITO DE A. L. MELO ALUNO (A): Valéria Grace Teles De Sousa Santos. Ricardo Bofill Levi “A arquitetura não pode ser traduzida de um lugar para outro” Ricardo Bofill Levi, Nasceu no dia 5 de dezembro de 1939 em Barcelona. Seu pai Emilio Bofill era arquiteto e sua mãe María Leví, era judia de origem veneziana. Estudou no Liceu Francês quando mais novo, na universidade de Barcelona onde começou a cursar arquitetura contudo foi expulso por suas opiniões políticas voltadas ao governo de Francisco Franco e então graduou-se na Escola de belas artes de Genebra, Suíça, onde redescobriu o estilo vernáculo catalão e a arquitetura minimalista do Norte da África. Em uma entrevista a Albert Moya na série de documentário In Residence ele diz: “Eu era muito jovem e queria muito mudar o mundo e me expulsaram da universidade então decidi viajar e construir, tornei-me um nômade.” Autointitulado nômade, o mesmo carrega referencias dos locais ao qual visitou como afirma em Visions of Architeture quando fala: “Sou mesmo uma pessoa mediterrânea (me considero mediterrâneo) com influências da Itália, mas também de todo o Mediterrâneo, até do Egito, e do Norte de África. Sou um nômade, com referências e algumas das mais importantes estão no Mediterrâneo, em Barcelona, e também especificamente em La Fábrica.” Seu primeiro trabalho foi uma pequena casa de férias em Ibiza, em 1960, uma casa muito orgânica, com espessas paredes curvas e pequenas janelas que capturava o genius loci. Com bastante influência de Frank Lloyd Wrigth e Alvar Aalto ele tinha em mente algo que se tornasse parte integrante da paisagem, sem romper com a tradição arquitetônica particular da local. Com isso ele expor os primeiros traços de seu trabalho que seriam, posteriormente projetos relacionados a cada local individualmente ressaltando sempre que, a diferença de cada projeto está relacionada ao lugar. Inicialmente com algumas características da arquitetura vernacular e inspirado na arquitetura do Mediterrâneo, depois com o Classicismo Moderno que o consagrou e atualmente com uma pegada hightech, Ricardo Bofill prova que cumpre o que fala, ao dizer que “Cada projeto deve ter seu próprio método.” e que “É importante ter motores dentro de si para provocar a mudança e provocar a evolução. Para ser insatisfeito e crítico do seu próprio trabalho é muito importante manter este motor interno constantemente em execução”. Faz questão de fazer cada projeto diferente um do outro. Atuou e continua a atuar em diversas áreas da profissão. “Os primeiros trabalhos de Bofill são caracterizados por formas simples, modestamente articuladas em linhas e cantos, inspiradas em aldeias à beira do Deserto do Saara. Esses complexos de pequenas casas pareciam majestosos e elevados como uma fortaleza, para então serem internamente organizados como espaços comunitários reconfortantes, conectados por escadas e pátios. Esta forma de organizar a vida e a habitação desempenhou um papel importante na formulação do regionalismo crítico que permeou as primeiras encomendas residenciais do Taller de Arquitectura.” Uma de suas obras marcantes é La Murata Roja, projetada em 1973. As formas do edifício, que evocam uma estética construtivista, fazem uma referência clara à arquitetura popular do Mediterrâneo Árabe, e particularmente às torres de adobe do Norte da África. É como uma fortaleza marcada por uma silhueta vertical e que segue os contornos da falésia rochosa. E outra é La Fabrica, lar do Taller de Arquitectura (RBTA), escritório e casa do arquiteto. Nessa obra ele mostra o seu lado versátil não só em relação aos seus projetos, mas também como ser social pois foi onde ele montou a sua equipe de sociólogos, filósofos, matemáticos, pintores e escritores. A obra realizada em 1975 e ainda não concluída segundo ele mesmo, tem como base uma antiga fábrica de cimento construída no final do século XIX em Barcelona. “Queria comprar todo o terreno para poder ocupar e trabalhar na fábrica e criar minha própria equipe de sociólogos, filósofos, matemáticos, pintores e escritores. A casa é uma ruína que foi restruturada e refeita na qual os espaços são uteis para tudo.” [...] “Este é um lugar em que não se concebe o tradicional.”- In residence ep 15: “Ricardo Bofill” by Albert Moya. Referencias: BELOGOLOVSKY, Vladimir. "Ricardo Bofill: “Por que as cidades históricas são mais bonitas que as modernas?". ArchDaily Brasil. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/804433/ricardo-bofill-por-que-as-cidades historicas-sao- mais-bonitas-que-as-modernas>. Acesso em: 29 Nov 2020. CASA Unifamiliar Ibiza. Ricardo Bofill Architects. Disponível em: <https://ricardobofill.com/projects/single-family-house in-ibiza/>. Acesso em: 02 Nov 2020. CROOK, Josh. 1 vídeo (3:35 min). Ricardo Bofill – Visions of Architecture. Publicado pelo canal gestatlen. 5 mar 2019. Disponível: <https://www.youtube.com/watch?v=YgsssADcylo&ab_channel=gestalten>. Acesso em: 29 Nov 2020. MOYA, Albert. 1 vídeo (5:48 min). In Residence Ep 15: “Ricardo Bofill”. Publicado pelo canal Nowness, 29 Set 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=SIQlWkYijLM&ab_channel=NOWNESS>. Acesso em: 29 Nov 2020. RICARDO Bofill Levi. Ricardo Bofill Architects. Disponível em: <https://ricardobofill.com/team/ricardo-bofill-levi/>. Acesso em: 30 Nov 2020.
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