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Gustavo Porangaba Miranda Disfunção temporo-mandibular As disfunções podem ser: Muscular ou articular Bruxismo/ Briquismo/ Apertamento/ Neuralgia traumatica Atividade involuntária e habito parafuncional caracterizada pelo ato de apertar ou ranger os dentes, sendo manifestada no período diurno ou noturno. Bruxismo primário Não está relacionado a nenhuma alteração sistêmica: acontece devido ao estresse, tensão ou ansiedade do paciente. Bruxismo secundário Pode ser desencadeado por medicamentos como inibidores seletivos dos receptores de serotonina. Bruxismo diurno ou em vigília. Bruxismo noturno Características O paciente passa longos períodos do dia apertando ou encostando os dentes em momentos de: • Tensão • Estresse • Nervoso • Concentração • Ou pode ocorrer por efeito colateral de certos medicamentos Distúrbio noturno que ocorre enquanto o paciente dorme, caracterizado pelo ato de ranger ou só apertar os dentes Aparece normalmente na fase leve do sono (REM) Tratamento Tratamento psicológico + botox como coadjuvante e placa se precisar. Placa mio relaxante + Terapia se necessário Os dentes inferiores são mesialisados em relação aos superiores devido ao fato de os anteriores inferiores serem menores. Gustavo Porangaba Miranda Razões físicas e psicológicas • Ansiedade, estresse, raiva, frustação, ou tensão • Maloclusão (alinhamento anormal) • Problemas do sono, apneia do sono.... • Resposta a dor de ouvido ou dente (Principalmente em crianças) • Efeito colateral de medicações • Complicações de uma doença (Ex: Parkinson) Sinais e sintomas • Hipertrofia muscular • Dor na musculatura facial e de cabeça • Desgaste incisal • Faceta dentais polidas • Torus • Endentações no bordo lateral da língua (Língua crenada) Placa oclusal/ Placa miorelaxante/ Dispositivo interoclusal Aparelho rígido feito de acrílico, incolor, com espessura de 3mm, químico ou termicamente ativado, recobre todos os dentes somente na superfície oclusal e incisal em um dos arcos, criando contato oclusal adequado com os antagonistas e um melhor relacionamento disco e côndilo (Relação Centrica) É um tratamento não invasivo e reversível; reduz a sintomatologia em 70-90% dos casos; manutenção da placa após 3 anos. Promove a diminuição da atividade eletromiografica quando associado a guia anterior de canino a canino com estabilidade bilateral. Classificação Mecanismo de ação das placas 1. Promovem uma oclusão ideal ao paciente 2. Bloqueia a propriocepção do periodonto 3. Distenção dos músculos em sobrecarga funcional 4. Descompensação das estruturas intra-articulares 5. Elimina interferência oclusal 6. Contração do musculo sinergista 7. Resposta mandibular voluntaria, estável e funcional 8. Rapida eliminação de dor 9. A desprogramação continua “Buga” o SNC, diminuindo o apertamento e consequentemente a dor. (por isso aparelho ortodôntico estabiliza o bruxismo, pois o dente esta sempre em movimento desprogramando todos os dias a mandibula) 10. Conscientização 11. Placebo 12. Altera a posição condilar Objetivo de usar a placa o Neutralizar temporariamente e reversível as desarmonias oclusais que causam interferências ou desvio n aposição ou nos movimentos mandibulares o Proporcionar o contato oclusal ideal o Reduzir a hiperatividade muscular na parafunção e consequente desgaste dental o Reduzir sintomatologia dolorosa o Terapia muscular Quando usar a placa: Durante o sono Dias ou momentos de tensão Cobertura parcial • Anterior ou front Plateau (Finalidade de desocluir apenas) • Posterior ou Gelg Cobertura total • Aparelho tipo Michigan • Placa estabilizadora ou aparelho plano Qual é o contato oclusal ideal? • Contato bilateral simultâneo • Guia de lateralidade e protrusão • Relação Centrica Gustavo Porangaba Miranda Placa estabilizadora Por que pode ocorrer o alívio da parafunção durante o tratamento orotondotico? Porque durante a ortodontia os dentes estão sempre em posições diferentes, deixando sempre a MIH desprogramada, diminuindo a atividade muscular. Protocolo: 1. Jig – 30-40min 2. Moldar – Silicona de adição 3. Registro em RC 4. Montar em ASA – modelos em gesso especial e pedra para o antagonista 5. Confeccionar a placa 6. Ajuste interno 7. Adaptação da peça 8. Ajuste oclusal com a placa (Guia canina e protrusão) 9. Superfície da placa deve ser plana, lisa e polida Instruções ao paciente: Como inserir e remover a placa Ocorre um aumento de salivação nas primeiras horas Dificuldade na fonação nos primeiros dias OHO – Escovar placa com escova e detergente neutro Armazenar em ambiente com 100% de umidade relativa Preservação: Caso agudo: 7 Dias Casos crônicos: 2-7 dias Trocar placa a cada 2 semanas até estabilizar o caso Posterior ou de Gelb Apenas desoclui os anteriores Front plateo • Auxilia no diagnostico • Feita de canino a canino • Melhora dor muscular e articular Aparelho tipo Michigan Tem guia efetiva Devolve a oclusão ideal para o paciente Posterior ou de Gelb Aparelho plano Sem guia canina Indicações: • Proteger dentes e estruturas de suporte • Retrodicite secundaria • Evitar habito parafuncional • Sensibilidade nos músculos faciais, cabeça e pescoço • Sensibilidade na ATM • Limitações dos movimentos mandibulares • Barulhos articulares • Deformidades faciais Placa resiliente - pode aumentar o bruxismo Indicações: • Tratamento de emergência – Fase aguda • Fase de crescimento • Alívio durante a fase do tratamento ortodontico Características da placa: • Cobrir toda face oclusal dos dentes • Ponto de contato em 90° • Contato correto (deve ocluir em um ponto único) Gustavo Porangaba Miranda Placa miorelaxante confeccionada em RAAQ 1. Isolar o modelo 2. Manipular resina com mais liquido do que pó (p diminuir a porosidade) 3. Remover na fazer fibrilar e pressionar me duas placas de vidro com 3 mm de espessura 4. Levar no modelo e recortar no terço médio do dente 5. Deixar ASA em MIH 6. Levar me uma panela de pressão com 25 libras 7. Após pegar presa fazer ajustar oclusão 8. Levar em boa e ajustar novamente. Diagnóstico do bruxismo: Palpação • Palpar os dois lados ao mesmo tempo • Pressão de 1kg sobre o musculo • Apertar com o dedo na origem do musculo (Conforma se afasta da sua origem e vai em direção a sua inserção a dor diminui) Musculo Local da palpação Irradiação da dor Temporal Feixe anterior (Pede para o paciente morder para localiza-lo) Maxila, cabeça ou dentes Masseter Abaixo do processo zigomático Maxila, cabeça ou dentes Pterigoideo lateral Abaixo do processo zigomático (Pouco afrente da ATM) Maxila, cabeça ou dentes Trapézio Pinçar o trapézio Dor cervical pode refletir em cefaleia ou formigar o braço. Se o paciente sentir dor exagerada no musculo palpado ou a dor irradiar para algum lugar, é indicativo de ser um paciente com parafunção. Opções de tratamento: • Placa miorelaxante • RPG • Pilates Gustavo Porangaba Miranda Movimentos mandibulares O que é uma oclusão mutuamente protegida? No movimento de protrusão, os dentes posteriores não se tocam, bem como nos movimentos de lateralidade. Isto ocorre porque a estrutura dos tecidos de suporte de dente posterior não suporta cargas horizontais, de lateralidade. Da mesma maneira, os dentes anteriores não se tocam na oclusão, devido o fato de os posteriores terem a estrutura mais adequada para receberem forças verticais, de oclusão, diferente dos anteriores, que suportam melhor cargas horizontais. Movimentos mandibulares Características Protrusão Ideal ter a incisal de pelo menos dois inferiores tocandoe os posteriores em desoclusão Lateralidade Somente os caninos se tocam ou Canino-pré molar-molar tocam (Função/desoclusão em grupo) MIH Anteriores não podem tocar, somente posteriores. Como avaliar a intensidade do contato oclusal? • Com tira de celofane ou o próprio carbono, pedindo para o paciente morder e depois puxar. Onde houver resistência ou rasgar o carbono é o contato mais forte. • Palpando fora da boca os dentes do paciente enquanto ele oclui (Carbono pode não marcar contato pré maturo em dente com mobilidade, pois este pode se acomodar na hora de ocluir) Relação maxilomandibular RC = Relação Centrica É a posição onde o côndilo se encontra na posição mais superior e anterior não forçada na cavidade glenoide, com o disco articular interposto contra a eminencia articular. Esta posição é independente dos dentes, portanto é reproduzível e a única forma de referência horizontal da relação intermaxilar ORC = Oclusão em relação Centrica Quando a MIH coincide com a RC DVO = Dimensão Vertical de oclusão Com o paciente em oclusão (-3mm EFS): Altura do 1/3 inferior da face. Distância entre um ponto na Maxila e outro na mandíbula DVR = Dimensão Vertical de repouso Com o paciente em repouso (EFL): Altura do 1/3 inferior da face. Distância entre um ponto na Maxila e outro na mandíbula MIH = Máxima intercuspidação Habitual Quando todos os dentes ocluem habitualmente ESF = Espaço funcional livre Espaço que fica entre os dentes quando os músculos estabilizadores da mandíbula estão em repouso Contato pré-maturo – Contato que altera a posição da mandíbula e dos dentes Interferência oclusal – Qualquer contato que interfira no contato harmônico entre os arcos Ajuste Oclusal Modificação da anatomia dental com a intenção de equilibrar o contato oclusal entre os dentes (Desgaste ou acréscimo) Contraindicações: Pacientes m tratamento ortodôntico Irá realizar Cirurgia ortognatica De preferência as douradinhas, multilaminadas, F ou FF. Ponta de chama, periforme ou ou esférica Gustavo Porangaba Miranda Regras: Paciente deve estar sentado Manipula-lo em RC, fechar a boca dele até ele perceber que tocou, para, pede para ele morder devagar. Analisar se a mandíbula descola em direção ou contra a linha media. • Vertente triturante de uma cúspide de não contensão Centrica X V. Lisa da cúspide de contensão = Em direção a linha media • Vertente triturante de uma cúspide de contensão Centrica X Vertente triturante de uma cúspide de contensão Centrica= Contra a linha media Realizar o ajuste oclusal em RC ou MIH? Se for reestabelecer o contato oclusal de um único dente, como em uma restauração, realizar o ajuste em MIH, e em seguida conferir em RC se não há interferência deste dente. Posteriormente, mudar a cor do carbono e fazer protrusão e lateralidade, tentando manter os contatos obtidos em MIH. Realizar o ajuste em RC somente em caso de um tratamento oclusal Gustavo Porangaba Miranda Deslocamento mandibular Contato prematuro Regra de desgaste Desliza em direção a linha media Vertente triturante de uma cúspide de não contensão Centrica X V. Lisa da cúspide de contensão = em direção a linha media • Desgastar Vertente lisa da cúspide de contensão centrica até levar o contato na ponta de cúspide (Tripoidismo) • Desgastar vertente triturante da cúspide de não contensão centrica em platô ou até levar o contato na ponta de cúspide na fossa central (Tripoidismo) Desliza contra a linha media Vertente triturante de uma cúspide de contensão Centrica X Vertente triturante de uma cúspide de contensão Centrica= Contra a linha media • Desgastar vertente triturante da cúspide centrica na qual o contato esteja mais próximo da ponta de cúspide até levar o contato na ponta de cúspide na fossa central (Tripoidismo) • Desgastar ambas Vertente triturante de contensão até levar o contato na ponta de cúspide na fossa central (Tripoidismo) Desliza para anterior - Equalizer Vertente triturante ou aresta longitudinal mesial da cúspide superior X V. triturante ou aresta longitudinal distal da cúspide inferior • Desgastar ponto demarcado nas vertentes e arestas em ambos os dentes Para o movimento – Stoppers Vertente triturante ou aresta longitudinal distal da cúspide superior X V. triturante ou aresta longitudinal mesial da cúspide inferior • Verificar movimento de trabalho! • Se durante o movimento a cúspide de contenção tocar na vertente triturante e/ou na ponta de cúspide da de não contenção do dente antagônico desgastar na ponta de cúspide de contenção. • Se durante o movimento a cúspide de contenção não toca na cúspide de não contenção do dente antagônico, desgastar na fossa, faceta ou platô Lateralidade Manipular mandíbula para esquerda e direita Lado de trabalho Ponta de cúspide ou vertente lisa de uma cúspide funcional X Ponta de cúspide ou vertente triturante de uma cúspide não funcional Lado de não trabalho Ponta de cúspide ou vertente triturante de uma cúspide funcional X Ponta de cúspide ou vertente triturante da outra cúspide funcional antagonista Lado de trabalho a) Desgastar pontas de cúspides ou vertentes triturantes b) Deve-se evitar desgastar a ponta de cúspide funcional Lado de não trabalho Consultar o ORC a1) Se a cúspide vestibular inferior for mais estável (marcação pela fita de carbono em ORC), desgastase a lingual superior a2) Se a cúspide palatina for mais estável (marcação pela fita de carbono em ORC), desgasta-se a vestibular inferior b) Se ambas as cúspides funcionais apresentarem a mesma estabilidade, desgastar a palatina, pois a vestibular é mais importante no ciclo mastigatório Protrusão Situação I Na protrusão, somente 1 dente toca Situação II Todos tocam durante o movimento protrusivo, mas quando chega topo a topo todos os incisivos ficam nivelados Situação III Dentes topo a topo com os molares em oclusão Situação I Desgastar na incisal até que pelo menos 2 se toquem Situação II Desgastar no Cíngulo Situação III Desgaste ou acréscimo Desgastar sempre cúspide de não contenção no local marcado pela fita Fazer sulco na trajetória da linha marcada pelo carbono até eliminar o contato. Gustavo Porangaba Miranda
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