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ÉTICA NA PROFISSÃO ODONTOLÓGICA ● Tipos de responsabilidades: ➢ Civil: responsabilidade civil é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. Em direito, a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa e em que medida está obrigada a repará-lo. ➢ Ética: ética pro�ssional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do pro�ssional e representam imperativos de sua conduta. Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que signi�ca “propriedade do caráter”. Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. ➢ Penal: responsabilidade penal é o dever jurídico de responder pela ação delituosa que recai sobre o agente imputável". Ao cometer um delito, um indivíduo considerado responsável será submetido a uma pena. ● CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - CDC - O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor (CDC) é, no ordenamento jurídico brasileiro, um conjunto de normas que visam a proteção aos direitos do consumidor, bem como disciplinar as relações e as responsabilidades entre o fornecedor (fabricante de produtos ou o prestador de serviços) com o consumidor �nal. - Instituído pela Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, durante o mandato do então presidente Fernando Collor. ● O erro odontológico: - Erro em odontologia é o resultado adverso ocorrido durante um ato odontológico e causado por imperícia, imprudência ou negligência do pro�ssional. - Incremento da necessidade de peritos junto aos tribunais devido a: ➔ aumento do número de pro�ssionais e consequentemente de erros. ➔ aumento do número de pacientes descontentes devido a pro�ssionais mal preparados. ➢ Tipos de erro: - Negligência - omissão: é a falta de diligência, implica desleixo, preguiça, ausência de re�exão necessária, caracterizando-se também pela inação, indolência, inércia e passividade. É a omissão aos deveres que as circunstâncias exigem. - Imprudência – falta de cautela: é um comportamento de precipitação, de falta de cuidados. - Imperícia – falta de formação técnica: é a incapacidade, a falta de habilidade especí�ca para a realização de uma atividade técnica ou cientí�ca, não levando o agente em consideração o que sabe ou deveria saber. - exemplo: caso de implantes - E quando o tratamento é estético? ➔ De acordo com o cdc, é dever do cd informar ao paciente possíveis insucessos. ➔ O CD deve possuir termo de consentimento livre e esclarecido assinado com todas as vantagens e limitações do tratamento em questão. - Obrigação de meio ou de resultado? ➔ Diz-se que a obrigação é de meio quando o cd promete empregar seus conhecimentos, meios técnicos para a obtenção de determinado resultado, sem, no entanto responsabilizar-se por ele. ➔ Porém será de resultado quando o pro�ssional assim se comprometer. - Implicações ➔ Punição civil – indenização pela extensão do dano. ➔ Punição por código penal. - Relação pro�ssional/paciente: ➔ Quando ocorre o erro, mas o mesmo é reconhecido e atendido pelo pro�ssional, as chances de tal questão chegar aos tribunais são menores. ➔ Nem sempre ocorre por falha técnica, mas por falhas de comunicação. ➔ Falta de informação sobre as tentativas de tratamento e taxa de sucesso. ➔ Falta de discussão sobre honorários odontológicos. - Documentação odontológica ➔ CEO – não de�ne tempo de conservação ➔ Prescrição de infrações éticas é de 5 anos, porém o CDC considera a �gura do “vício oculto”. Neste caso o prazo decadencial inicia no momento de evidenciado o defeito ➔ Parecer cfo/92 indica como de 10 anos após o último atendimento ➔ O vício oculto é aquele que não está acessível ao consumidor no uso ordinário ou que só aparece depois de algum ou muito tempo. Se o vício é aparente e de fácil constatação, o prazo começa a correr a partir da entrega efetiva do produto. - Prontuário Digital ➔ O Conselho Federal de Odontologia - CFO preconiza que o prontuário atenda aos documentos fundamentais e suplementares, sendo que os documentos fundamentais são constituídos por: �cha clínica, identi�cação do pro�ssional e do paciente, anamnese, exame clínico, plano de tratamento, evolução do tratamento e possíveis intercorrências. ➔ Os documentos suplementares correspondem a receitas, atestados, contrato de locação dos serviços odontológicos e exames complementares. ➔ O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) se juntaram para estabelecer normas, padrões e regulamentos para a utilização de prontuários eletrônicos pelos pro�ssionais da área de saúde. ➔ Desta união surgiu o Processo de Certi�cação de Sistemas de Registro Eletrônico de Saúde, estabelecendo os requisitos obrigatórios e acompanhando a legislação federal para que se utilize um prontuário digital. A regulamentação da obrigatoriedade da certi�cação digital foi publicada na Resolução CFM nº 1821/2007. ➔ Vantagem: padronização e segurança dos dados. ➔ No Brasil diversos programas odontológicos são comercializados e veiculam publicidade em jornais, revistas especializadas ou na internet. A maioria destes programas apresenta ferramentas essenciais para preenchimento de dados no prontuário digital odontológico, porém não tem certi�cação digital. ➔ Para um prontuário digital ser considerado seguro, ele deve apresentar mecanismos capazes de assegurar autenticidade, con�dencialidade e integridade dos documentos. O processo de certi�cação CFM/SBIS de�niu dois níveis de segurança denominados NGS1 e NGS2. O NGS1 de�ne a obrigatoriedade do controle da versão do software, controle de acesso e autenticação, disponibilidade, comunicação remota, auditoria e documentação. Para se atingir um nível de segurança NGS2, o software deve apresentar todas as características descritas no nível NGS1 e ainda estar certi�cado pela ICP Brasil para os processos de assinatura e autenticação. ➔ Para ser certi�cado pela SBIS/CFM o software de prontuário digital deve apresentar Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2), tornando assim o programa 100% digital, dispensando o uso do prontuário convencional de papel, sendo esta a mesma de�nição prevista para a Odontologia, visto tratar-se de igual acordo entre as entidades CFO e SBIS. ➔ Nenhum software comercial de Odontologia atualmente possui certi�cação digital.
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