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AUTARQUIA EDUCACIONAL DO ARARIPE – AEDA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE ARARIPINA – FACISA CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO HENRIQUIELLA PEREIRA DE PAIVA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NA ABORDAGEM POLICIAL: um estudo da importância da capacitação do PM/PI como mediador. ARARIPINA-PE 2021 2 HENRIQUIELLA PEREIRA DE PAIVA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NA ABORDAGEM POLICIAL: Um estudo da importância da capacitação do PM/PI como mediador. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentada à Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Araripina (FACISA), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito, sob orientação do Prof. Leandro N. de Souza. ARARIPINA-PE 2021 3 HENRIQUIELLA PEREIRA DE PAIVA MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NA ABORDAGEM POLICIAL: um estudo da importância da capacitação do PM/PI como mediador. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentada à Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Araripina (FACISA) como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito. TCC aprovado em: ___/___/_____. BANCA EXAMINADORA ________________________________________________ Prof. Orientador Leandro N. de Souza Orientador - FACISA ________________________________________________ Examinador - FACISA _________________________________________________ Examinador - FACISA 4 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito que se fizerem necessários, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico e referencial conferido ao presente trabalho, isentando à Faculdade das Atividades Empresariais de Teresina – FAETE, à Coordenação do Curso de Direito, à Banca Examinadora e a Orientadora de todo e qualquer reflexo acerca da monografia. Estou ciente de que poderei responder administrativa, civil e criminalmente em caso de plágio comprovado do trabalho monográfico. Araripina, _____ de ________de 2020. ________________________________________ HENRIQUIELLA PEREIRA DE PAIVA 5 RESUMO O estudo tem o objetivo de analisar a mediação de conflitos na abordagem policial: um estudo da importância da capacitação do PM/PI como mediador. A temática levanta a questão do uso da força na abordagem policial a luz dos direitos e garantias fundamentais, procurando esclarecer uma nova concepção a ser criada entre o cidadão, a sociedade e o estado. De acordo com o apresentado, pergunta-se: qual a importância da mediação na abordagem policial como meio de diminuir o número de processos instaurados no âmbito da PM/PI? O estudo tem como objetivo geral analisar a mediação de conflitos na abordagem policial: um estudo da importância da capacitação do PM/PI e específicos identificar a mediação evidenciando os aspectos conceituais; analisar a abordagem policial através do uso das algemas, o uso progressivo da força, o uso da força pela polícia na abordagem, a abordagem sob fundada suspeita e a busca pessoal e busca domiciliar; demonstrar os instrumentos legais no uso da força durante a abordagem policial com base na responsabilidade pelo uso indevido da força na abordagem policial e identificar a análise dos processos instaurados na Corregedoria da Polícia Militar do Piauí na perspectiva da atividade policial. Palavras – Chave: Mediação. Conflito. Abordagem Policial. ABSTRACT The study aims to analyze conflict mediation in the police approach: a study of the importance of training PM / PI as a mediator. The theme raises the question of the use of force in the police approach in the light of fundamental rights and guarantees, seeking to clarify a new conception to be created between the citizen, society and the state. According to what was presented, the question is: what is the importance of mediation in the police approach as a means of reducing the number of cases initiated within the scope of the PM / PI? The general objective of the study is to analyze conflict mediation in the police approach: a study of the importance of PM / PI training and specifics to identify mediation showing the conceptual aspects; analyze the police approach through the use of handcuffs, the progressive use of force, the use of force by the police in the approach, the approach under well-founded suspicion and the personal search and home search; to demonstrate the legal instruments in the use of force during the police approach based on the responsibility for the improper use of force in the police approach and to identify the analysis of the processes initiated in the Corregedoria of the Military Police of Piauí in the perspective of the police activity. Key-words: Mediation. Conflict. Police approach. 6 1. INTRODUÇÃO O presente estudo tem como objetivo a análise da mediação de conflitos na abordagem policial: um estudo da importância da capacitação do PM/PI como mediador. A temática levanta a questão do uso da força na abordagem policial, a luz dos direitos e garantias fundamentais, procurando esclarecer uma nova concepção a ser criada entre o cidadão, a sociedade e o estado. O caminho a ser percorrido tem como objetivo identificar a mediação garantias fundamentais do cidadão, apontar os requisitos legais indispensáveis na realização da abordagem policial, além de aplicar a força coercitiva de forma proporcional e razoável sem fugir desses princípios. O cotidiano da atividade de preservação da ordem pública é muito variado. A fim de garantir a ordem pública, o estado e seus agentes, utiliza-se do poder de polícia. Porém, em muitas circunstancias o administrado não concorda com a atuação do estado, e impõe resistência a execução da atividade estatal, necessitando assim o uso da força por parte do agente público ora suscitado, nesta situação, o policial agindo sob a égide da constituição federal, para garantir a preservação da ordem, mesmo que diante da recusa do administrado, necessita empregar a força coercitivamente. O estudo tem como objetivo geral analisar a mediação de conflitos na abordagem policial: um estudo da importância da capacitação do PM/PI e específicos identificar a mediação evidenciando os aspectos conceituais; analisar a abordagem policial através do uso das algemas, o uso progressivo da força, o uso da força pela polícia na abordagem, a abordagem sob fundada suspeita e a busca pessoal e busca domiciliar; demonstrar os instrumentos legais no uso da força durante a abordagem policial com base na responsabilidade pelo uso indevido da força na abordagem policial e identificar a análise dos processos instaurados na Corregedoria da Polícia Militar do Piauí na perspectiva da atividade policial. O presente artigo foi estruturado em três temáticas: o primeiro aborda os aspectos conceituais da mediação; o segundo evidencia os instrumentos legais no uso da força durante a abordagem policial com base na responsabilidade pelo uso indevido da força na abordagem policial, o terceiro identifica os processos instaurados na corregedoria da Polícia Militar do Piauí na perspectiva da atividade policial. 7 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 ASPECTOS CONCEITUAIS DA MEDIAÇÃO A mediação é prática que se encontra arraigada nas sociedades desde as mais remotas eras. Verçosa (2014) notícias sobre a utilização da mediação em tempos antigos, em especial destaca a existência de referências bíblicas, de escritos da Grécia e da China. Pode-se entender por mediação o instrumento de natureza autocompositiva marcado pela atuação, ativa ou passiva,de um terceiro neutro e imparcial, denominado mediador, que auxilia as partes na prevenção ou solução de litígios, conflitos ou controvérsias. De acordo com Braga Neto; Sampaio (2014) a mediação é um dos vários métodos chamados de alternativos para a resolução de conflito e são considerados alternativos por se constituírem em opções ao sistema tradicional de justiça. Embora remontem a tempos antigos, após muitos estudos e pesquisas, que resultaram em uma nova formatação teórico-prática, foram adaptados à realidade das últimas décadas do século XX e ainda hoje continuam sendo constantemente aperfeiçoados. No Brasil tanto a mediação quanto a arbitragem e a conciliação constituem-se os exemplos mais conhecidos desses métodos. Entretanto, é preciso enfatizar que eles não se esgotam nos exemplos que aqui apresentados, pois há uma série de outros – como a mearb,a arb med, a facilitação e a avaliação neutra de terceiro-, não tratados neste livro, pois sua prática ainda é muito incipiente no país, embora estejam em avançado estágio de desenvolvimento, principalmente nos estados Unidos. Bacellar (2003) define a mediação como a: técnica latu sensu que se destina a aproximar pessoas interessadas na resolução de um conflito a induzi-las a encontrar, por meio de uma conversa, soluções criativas, com ganhos mútuos e que preservem o relacionamento entre elas. Percebe-se, no entanto, que a mediação de conflitos é um meio de resolução de impasses que se estabelece dentro de sistemas jurídicos preexistentes e a estes deve observância e coerência. Sem dúvida a mediação poderá fazer parte de quaisquer conflitos, considerando no entanto, que em determinadas controvérsias, estabelecidas pelo direito vigente, não poderá com exclusividade solucionar o impasse, visto que foge à sua competência. A Mediação, por outro lado, podendo solucionar o conflito de forma mais célere, até mesmo em poucas horas, consiste num meio eficiente de acesso à Justiça. Não obstante isso, ela propõe uma mudança de paradigma, posto que busca atender as expectativas de ambas as partes envolvidas, enquanto que nas ações, via de regra, apenas a parte vencedora sai satisfeita. Portanto, com o presente trabalho, buscar-se-á demonstrar que a Mediação se apresenta como meio de efetividade do acesso à Justiça, devendo, assim, a sua prática ser promovida. 8 2.2. A ABORDAGEM POLICIAL 2.2.1 USO DE ALGEMAS O uso de algemas e tratamento desumano degradante: STE – “no tocante a necessidade ou não do uso de algemas, aduziu-se que esta matéria não é tratada, específica e expressamente, nos códigos e de processo penal vigentes. Conforme Robaldo (2007, p.4): A palavra algema vem do árabe (aljamad: a pulseira), mas com o sentido de aprisionar, passa a ser comum, a partir do século XVI, transformando-se em um instrumento de força geralmente metálico (ferro), constituído basicamente por duas argolas interligadas, para prender alguém pelos pulsos, pelos tornozelos e mais recente pelos dedos. No atual Código de Processo Penal – CPP o uso de algema é um exceção admitida, como medida de força, tão-somente quando indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga; ou quando este meio for necessário para a defesa ou para vencer a resistência, conforme se depreende abaixo: Art. 234 – O emprego de força só é permitido quando indispensável, no caso de desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver resistência da parte de terceiros, poderão ser usados os meios necessários para vencê-la ou para defesa do executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do ofensor. Com efeito, o art. 199, da Lei de Execução Penal, determina que o emprego de algema seja regulamentado por decreto federal, o que ainda não ocorreu. No entanto, apesar da omissão legislativa, a utilização de algemas não pode ser arbitrária, pois o seu uso deve advim da interpretação dos princípios da proporcionalidade e o da razoabilidade. Como possibilidades do uso de algemas podem ser citadas algumas normas que prever hipóteses em que essa poderá ser usada (CPP, arts.284 e 292; CF, art.5º, incisos III, X; as regras jurídicas que tratam de prisioneiros adotados pela ONU, nº33; o Pacto de San José da Costa Rica, art. 5º,2). Entendeu-se, pois, que a prisão não é espetáculo e que o uso legítimo de algemas não é arbitrária, sendo de natureza excepcional e que deve ser adotado nos casos e com as finalidades seguintes: a) para impedir, prevenir ou dificultar a fuga ou reação indevida do preso, desde que haja fundada suspeita ou justificado receio de que tanto venha a ocorrer; b) para evitar agressão do preso contra os próprios policiais, contra terceiros ou contra si mesmo. Concluiu-se que, no caso, não haveria motivo para a utilizaçãode algemas, já que o paciente não demonstrara reação violenta ou inaceitação das providências policiais. Ordem concedida para determinar as autoridades tidas por coatoras que se abstenham de fazer uso de algemas no paciente, a não ser em caso de reação violenta que venha a ser por ele adotada e que coloque em risco a sua segurança ou a de terceiros, e que, em qualquer situação, deverá ser imediata e motivadamente comunicado ao STF (STF -1ª T.- HC nº 89429/RO – re. Min. Cármen Lúcia, decisão: 22-8-2006 – In formativo STF nº 437, Seção I, p.3). Considerando que as regras existentes não claras e precisas sobre a matéria em questão, no que se refere aos processos criminais que não se desenvolve dentro do Tribunal 9 do Júri, ou seja, quanto a prisão realizada em flagrante delito, o Supremo Tribunal Federal resolveu, com amparo no art. 103-A da Constituição Federal editar a Súmula Vinculante nº 11, que traz em seu texto que: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. Pode-se perceber pelo exposto acima que a sociedade tem à sua disposição uma normatização apropriada para punir os autores e co-autores de abuso de autoridade, todavia poucas pessoas exercem de forma efetiva esse direito consagrado a todos, ou seja, na maioria das vezes preferem se omitirem, permanecendo no anonimato, permitindo dessa forma que a impunidade e os abusos continuem sendo praticados. 2.3 ALGEMAS E OS DIREITOS FUNDAMENTAIS 2.3.1 Princípio da Pessoa Humana Pode ser denominado como um conjunto de direitos e garantias do ser humano que tem por fim o respeito a sua dignidade, protegendo-o contra o arbítrio do poder estatal, e permitindo condições mínimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana. Estes por sua vez se desdobram em vários outros princípios entre os quais podemos citar o princípio da humanidade que é sem sombra de dúvidas um dos mais importantes princípios, tendo em vista que limita o exercício do jus puniendi do Estado, em respeito à vida e à dignidade da pessoa humana. De acordo com Becaria (2004, p 134), todas as relações humanas reguladas pelo Direito Penal, dentro dos limites impostas pela natureza, devem estar presididas pelo princípio da humanidade. Por isso, o princípio da humanidade é o princípio que serve como balizador da atuação de todo policial, conforme o inciso III do artigo 5º da CF. que diz: “ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante”. Ademais, o legislador infraconstitucional, por meio da lei nº 9.4555, de 07.04.1997, em seu art. 1º, conceitua o que é crime de tortura da seguinte forma: Constitui crime de tortura: I- constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim obter informação,declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c)em razão de discriminação racial ou religiosa- II- submeter alguém sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, aintenso sofrimento físico ou mental, como 10 forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo (para os dois incisos apena é de dois a oito anos de reclusão); §1º na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou resultante de medida legal; §2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos; § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. 2.3.2 Princípio da Igualdade As vantagens da sociedade devem ser distribuídas equitativamente entre todos os seus membros. Se todos os cidadãos não dependerem de modo igual das mesmas leis, as distinções não serão mais legitimas Becaria (2004, p 134). É importante frisar conforme o artigo 5ºCF, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Extrai-se desse artigo que todos devem ser tratados de forma igual pela lei, em consonância com os critérios consubstanciados no ordenamento jurídico. Dessa forma, o legislador constituinte vedou de forma clara as diferenciações arbitrárias ou discriminações entre pessoas. Para Morais (2011) a igualdade se configura como uma eficácia transcendente, de modo que toda situação de desigualdade persistente à entrada em vigor da norma constitucional deve ser considerada não recepcionada, se não demonstrar compatibilidade como os valores que a constituição, como norma suprema. 2.3.3 Princípio da Legalidade e a pena O princípio da legalidade previsto no inciso artigo 5º, XXXIX, da CF, que diz que não há crime sem Lei que o defina, nem pena sem previsão legal, é um dos principais fundamentos de justiça, porque de acordo com Beccaria (2002) é que, para não ser um ato de violência contra o cidadão, à pena deve ser, de modo essencial, pública, pronta necessária, a menor das penas aplicáveis nas circunstancias dada, proporcionada ao delito e determinada pela lei. Podemos perceber que a pena não pode ser visto como uma medida de violência decorrente de um ato discricionário, mas com um instrumento de ressocialização. 2.3.4 Princípio do Estado de Inocência Conforme Beccaria (2002, p.30) um homem não pode ser considerado culpado antes da sentença do juiz (...). Efetivamente, perante as leis, é inocente aquele cujo delito não está provado. Conforme o inciso LVII do artigo 5º C.F., ninguém será considerado culpado 11 até o transito em julgado de sentença penal condenatória. De acordo com Moraes (2011, p.311): O principio da presunção de inocência consubstancia-se, portanto, no direito de não ser declarado culpado senão mediante sentença judicial com trânsito em julgado, ao término do devido processo legal (due processa of Law), em que o acusado pode utiliza-se de todos os meios de prova pertinentes para sua defesa (ampla defesa) e para a destruição da credibilidade das provas apresentadas pela acusação (contraditório). 2.4 O USO PROGRESSIVO DA FORÇA O uso progressivo da força em uma abordagem policial consiste na junção da força, nível de força e a abordagem policial, dando uma resposta imediata ao indivíduo suspeito ou infrator a ser controlado, através da escolha adequada das várias opções de força pelo profissional de segurança pública. O uso progressivo da força pode também ser entendido como um instrumento que pode ajudar na determinação da técnica ou nível de força a ser utilizada de forma apropriada para as várias situações que possam surgir. Consiste em uma lista de técnicas ou nível de força, possuem uma graduação que vai desde a verbalização até a utilização da arma de fogo, com força letal. Sendo assim, Araújo (2008, p.12) enfatiza que a : Força é toda intervenção compulsória sobre o indivíduo ou grupos de indivíduos, reduzindo ou eliminando sua capacidade de autodecisão. Nível do uso da força é entendido desde a simples presença policial em uma intervenção até a utilização da arma de fogo, em seu uso extremo (uso letal).Ética é o conjunto de princípios morais ou valores que governam a conduta de um indivíduo ou de membros de uma mesma profissão. Para Silva (2006) o Estado intervém, com violência legitima, quando um cidadão usa a violência para ferir, humilhar, torturar, matar outros cidadãos, de forma a garantir a tranquilidade. É a lógica da violência legitima contendo a violência ilegítima. Deve-se entender que, para se fazer o uso legítimo da força é preciso ter conhecimento dos padrões éticos e legais do ordenamento nacional, pois se a policia deixar de observar tais requisitos, o uso da força se tornará ilegítimo, se caracterizando como violência, truculência, abuso de poder entre outras formas de desvios de conduta ou abuso de autoridade não admitida ao operador de segurança pública, integrante de uma organização que promove a paz social e como tal deve seguir os seus parâmetros Éticos e legais. 12 2.5 O USO DA FORÇA PELA POLÍCIA NA ABORDAGEM A ação da polícia é justamente um meio de força comedida, que atua na legalidade e na legitimidade dadas pela conciliação na prática dos requisitos do consentimento público. Não se pode pensar polícia que não seja neste intervalo, senão é polícia, é outra coisa qualquer que vigia, que bate, que oprime. A atividade policial é complexa, pois consiste em abordar indivíduos, aplicar a lei, além de preservar a ordem, portanto é necessário que seus integrantes estejam constantemente preparados para as mais diversas situações corriqueiras. Ilustração 1: Pirâmide de Emprego da Força Fonte: PERSSON (2011, p.1) Os Órgãos de Segurança Pública existem para servir e proteger à sociedade, consoante previsão constitucional, art.144. Greco (2009, p. 1), acrescenta essa ideia ao relatar que “O sistema de justiça criminal, no qual se inclui a policia, atua fundamentalmente para garantir os direitos humanos, em sentido estrito, e, portanto, a lógica de uso da força para conter a violência é perfeitamente compreensível”. Ilustração 2: Principio do Uso Gradual e Proporcional da Força Fonte: GATE (2014, p.1) http://gatetramandai.blogspot.com.br/2014/08/principio-do-uso-gradual-e-proporcional.html 13 2.6 ABORDAGEM SOB FUNDADA SUSPEITA Abordagem policial ou técnica de prevenção é aplicada nas mais diversas atividades policiais com intuito de prevenir e às vezes de reprimir o ato delituoso no seio da sociedade, esta técnica deve ser aplicada sob fundada suspeita, porém isso não implica dizer que ela só será aplicada quando houver fundada suspeita, tendo em vista que tal técnica serve de medida de prevenção. Conforme o Manual Básico de Policiamento Ostensivo da Polícia Militar de São Paulo a abordagem policial poderá se dividir em três níveis: Nível 1 – adotada em situações onde exista suspeita ou a certeza do cometimento do delito (abordagem preventiva ou repressiva); Nível 2 – Adotado em situações onde haja necessidade de verificação preventiva; (abordagem preventiva); E Por fim, Nível 3 – adotada para situações de assistência, como em atuação em transito, orientação (abordagem preventiva) (PONTES, et al., 2009). A demais, o artigo 244, do Código de Processual Penal prever a busca pessoal se não vejamos: Art. 244 - A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetosou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar. Em observância a letra do Código de Processo Penal, percebe-se que a fundada suspeita serve como parâmetro crucial para realização de busca ou abordagem pessoal, no entanto este entendimento acaba por deixar brechas para abordagens de prevenção, esta por sua vez na maioria das vezes tem-se tornado alvo de acusações e reclamações em face do risco de exporem o indivíduo a constrangimento, consoante o inciso X, do artigo 5º, da Constituição da República; Art 5º - É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz [...] Inciso X são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. 2.7 BUSCA PESSOAL E BUSCA DOMICILIAR Como discorrido anteriormente, a abordagem policial preventiva ou repressiva trata-se de uma técnica adotada pelo profissional de segurança pública, como meio de se prevenir crimes ou de se restabelecer a ordem. Quanto a busca pessoal e domiciliar está regulamentada no Código de Processo Penal Brasileiro: 14 Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal. § 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para: a) prender criminosos; b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; g) apreender pessoas vítimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicção. § 2º Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior. (Decreto nº 3.689 de 03/10/1941) Pelo exposto acima, pode-se concluir que a busca domiciliar se torna mais complexa em virtude da necessidade de mandado judicial que autorize o agente público adentre a casa. 2.8 INSTRUMENTOS LEGAIS NO USO DA FORÇA DURANTE A ABORDAGEM POLICIAL 2.8.1 Aspectos conceituais Além das normas nacionais é importante que os Operadores de Segurança Pública conheçam os dois instrumentos internacionais mais importantes sobre o uso da força e arma de fogo na abordagem policial. São eles: Código de Conduta para Encarregados da Aplicação da Lei – CCEAL e Princípios Básicos sobre o uso da Força e Arma de Fogo – PBUFAF. O CCEAL foi instituído através da resolução 34/169 da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 17/12/1979, tendo como escopo orientar os Estados que são membros no que diz respeito à conduta de seus policiais. O Conduta para Encarregados da Aplicação da Lei – CCEAL é constituído de oito artigos, acompanhados de comentários explicativos. Em suma, os artigos dizem que para se conduzirem adequadamente os policiais devem: 1º - Cumprir sempre o dever que a lei lhes impõe; 2º - Demonstrar respeito e proteção à dignidade humana, mantendo e defendendo os direitos humanos; 3º Limitar o emprego da força; 4º Tratar com informações confidenciais; 5º - Reiterar a proibição da tortura ou outro tratamento ou pena cruel, desumano ou degradante; 6º - Cuidar e proteger a saúde das pessoas privadas de sua liberdade; 7º - Proibir o cometimento de qualquer ato de corrupção. Também devem opor-se e combater rigorosamente esses atos; e 8º - Respeito às leis e ao Conduta para Encarregados da Aplicação da Lei – CCEAL e convoca a prevenir e se opor a quaisquer violações destes instrumentos. Tal normatização afirma que o uso da força deve ser empregado excepcionalmente e nunca ultrapassar o nível de razoabilidade necessário, que consiste na aplicação dos meios 15 menos danosos para se atingir os fins legítimos de aplicação da lei. Por isso, pode-se entender que uso da força e arma de fogo é uma medida extrema e de último caso. Outras normas internacionais importantíssimas no Uso Progressivo da Força na Abordagem Policial são as estabelecidas pelo Uso da Força e Armas de Fogo – PBUFAF. Este é o segundo instrumento mais importante sobre o uso da força e arma de fogo. Tais princípios foram instituídos no oitavo Congresso das Nações Unidas sobre a “Prevenção do Crime e o Tratamento dos Infratores”, realizado em Havana, Cuba, de 27 de agosto a 7 de setembro de 1990. O Uso da Força e Armas de Fogo – PBUFAF prever que seus princípios devam ser respeitados e obedecidos pelos governos consignatários devendo fazer parte de suas normas locais, devendo ser levados ao conhecimento não só dos policiais, mais também de magistrados, membros do executivo, advogados, promotores, do poder legislativo e do público em geral. É bom que todo policial como profissional de segurança pública esteja ciente da existência destas normas, a fim de colocá-las em prática conforme as suas recomendações e orientações, sob pena de estar entre os policiais que agem como amadores, arbitrários, a sombra da ilegalidade. Dentre as legislações brasileiras que devem ser de conhecimento obrigatório de todos os policiais brasileiros, podemos citar o Código Penal que contém justificativas ou causas de exclusão da antijuridicidade relacionadas no artigo 23, ou seja, estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito, como se vê: Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato: I – em estado de necessidade; II – em legítima defesa; III – em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular de direito. Ademais, o profissional de segurança pública deve fazer uma avaliação individual quando estiver em uma situação em que surja a opção de uso da força, pois ele só poderá utilizá-la se não houver outro meio menos lesivo, ou seja, quando todos os demais meios tiverem falhado. 2.9 ANÁLISE DOS PROCESSOS INSTAURADOS NA CORREGEDORIA DA POLÍCIA MILITAR DO PIAUI NA PERSPECTIVA DA ATIVIDADE POLICIAL NO ÂMBITO DA PM/PI 16 Ao analisar o processo de mediação é importante levar com consideração o processo administrativo que tem dois objetivos fundamentais: disciplinar, conferindo transparência e objetividades os meios pelos quais a Administração Pública, por intermédio de seus agentes, toma decisões; e assegurar o respeito a todos os atributos da cidadania no relacionamento ente a Administração e os administrados, inclusive seus próprios agentes. Sendo assim, foi analisado os seguintes demonstrativos baseado nas estatísticas conforme dados abaixo, como forma de verificar a importância de curso de Mediação para os militares do Piauí: GRÁFICO 1 – PROCESSOS E PROCEDIMENTOS INSTAURADOS Fonte: Pesquisa Direta, 2017. O gráfico 1 aponta a quantidade de PM(s) envolvidos em processos, a amostra aponta que 91% está respondendo por Processo administrativo disciplinar simplificado), que constitui em uma apuração simplificada e sem natureza disciplinar, 3% inquérito policial militar, 3% sindicância e 3% termo de deserção que é a Conduta tomada pelo PM onde o mesmo abandona o cargo, a Corporação ou Estado). Os termos de deserções consistem em apurar a inexistência nos autos de documentos que comprovem haver a organização militar realizando diligências visando à captura do militar ausente, antes da consumação do delito de deserção. GRÁFICO 2 – PUNIÇÕES APLICADAS Fonte: Pesquisa Direta, 2017. 3% 3% 3% 91% Inquérito Policial Militar Inquérito Técnico Inquérito Sanitário de Origem Sindicância 38% 23% 31% 8% Advertência Repreensão Detenção Prisão 17Ao apurar as punições aplicadas, 38% sofreram advertências e 23% repreensão que pode ser enquadrado ao PADO (Processo administrativo disciplinar ordinário), que destina-se a apurar faltas que ensejem penas de advertência e suspensão, ou seja, faltas mais graves, que podem render suspensão de até 30 dias. Sendo que 31% foram detidos e 8% presos. GRÁFICO 3 - COMPORTAMENTO Fonte: Pesquisa Direta, 2017. No demonstrativo de comportamento verificou-se que 62% dos policiais teve um comportamento excepcional, 20% ótimo, 16% bom, 1% mau e 1% insuficiente. GRÁFICO 4 – COMPARATIVO Fonte: Pesquisa Direta, 2017. De acordo com o gráfico acima, observa-se a queda do número de sindicância, inquérito policial militar, conselho de disciplina, PADS e PADO. Mas é importante frisar que dentre os procedimentos instaurados no ano de 2015 e 2016 houve grande aumento de Sindicâncias no ano de 2016, já que foram 177 em 2015 e 281 em 2016. Diante desses casos, é preciso ter medidas para evitar a força desnecessária nas abordagens policiais, sejam elas fazendo trabalho preventivo de conscientização e respeito à proteção e a dignidade humana, buscando melhores capacitações dos militares envolvidos através de um curso de Mediação de Conflitos. 1% 1% 16% 20% 62% Mau Insuficiente Bom Ótimo Excepcional 0 50 100 150 200 250 300 Sindicância Inquérito Policial Mlitar Conselho de Disciplina PADS PADO 2015 2016 18 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do crescimento da violência cotidiana que tem se transformado em um problema da atual organização da vida em sociedade, principalmente nos grandes centros urbanos, manifestando-se em todas as classes sociais independentemente de cor, raça, credo ou condição sociocultural, observa-se o número de conflitos. O policial encontra em sua atividade desde atuações puramente preventivas, como comunicar autoridades responsáveis sobre alguma sinalização inadequada, eu auxiliar alunos na travessia de vias públicas, ate ações repressivas, logo após o cometimento de delitos, como confrontos com assaltantes de estabelecimentos comerciais, rixas em estádio de futebol, vias de fato entre ébrios em bares e boates, dentre outras ocorrências. É preciso esclarecer que para tais ações se desencadearem de forma legal sem vícios ou impessoalidade, o cidadão passa a ter papel fundamental na concretização e preservação de seus direitos. diante desta variabilidade de situações, o policial militar, agindo em nome da sociedade, necessita utilizar da força em prol do interesse coletivo. Agindo assim afronta direitos fundamentais do cidadão, como o direito de ir e vir, de manter sua integridade física, ou mesmo o direito a vida, que pode ser tolhido diante de situações graves. Esta complexa missão constitucional das policias militares, atrelada a eventual necessidade do uso da força coercitiva, justifica a iniciativa do presente estudo. Há diversas considerações que devem ser destacadas referentes a esta pesquisa, como a ampla competência atribuída as policias. Sobre o tema destacam-se ainda os mais variados problemas sociais, que transcendem a atuação meramente policial, porém afetam diretamente o serviço executado pela policia ostensiva, cabendo a esta “solucioná-los”, muitas vezes mediante o uso abusivo da força. Porém, deve-se ressaltar que diante de ir e vir do individuo, se contrapõe o direito de segurança coletiva, também, previsto na constituição federal de 1998. Por isso, o policial militar por sua vez deve treinar para saber usar de forma correta o uso progressivo da força, evitando as ações intuitivas, devendo, obrigatoriamente, saber agir nas mais diversas situações que lhe são apresentada, e para isso as instituições policiais devem adotar um modelo básico que sirva com parâmetro para o uso progressivo da força em uma abordagem policial, sob pena da discricionariedade se tornar arbitrariedade, rompendo com o laço de confiança de que goza junto à população. 19 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Júlio César Rodrigues de. Abordagem policial: conduta ética e legal. 2008. Disponível em:<http://tmp.mpce.mp.br/orgaos/CAOCRIM/Publicacoes/AbordagemPolicial.pdf>. Acesso em: 05 de abril de 2017. AZEVEDO, André Gomma (org.). Manual de Mediação Judicial. Brasília: Escola Nacional de Mediação e Conciliação, 2013. BACELLAR, Roberto Portugal. Juizados Especiais: A Nova Mediação Paraprocessual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003. ________. 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