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ANA RITA BARROS
REVISÃO PARA PROVA N-2 BOVINO E BUBALINO DE LEITE
1. Quais os três sistemas de confinamento para gado de leite. Explique cada um deles.
R:
Free stall as vacas ficam retidas em baias de poucos metros quadrados;
Tie stall baias individuais, presos a correntes. Método que inclusive vai contra os conceitos do bem-estar animal;
Compost Barn: deixa os animais livres no estábulo. Mesmo a vaca estando confinada, pode circular e interagir com as outras. Esse formato melhora a qualidade de vida do animal, facilita a identificação do cio e melhora os índices reprodutivos;
Loose Housing: nesse formato há um local de descanso para as vacas. A ordenha é realizada em outro local, assim como a alimentação com cocho e água. Na área de descanso, forrar o chão com materiais como palha, auxilia no conforto.
2. Quais os três sistemas de produção de leite a pasto. Descreva quais as diferenças entre eles.
 R: Sistema extensivo, Sistema semi-intensivo, Sistema intensivo. 
As diferenças entre os sistemas são que no sistema extensivo é caracterizado na criação de animais a pasto. De tal forma que, a base da alimentação são as pastagens. Nesse sistema, os animais também são colocados em piquetes rotacionados com irrigação para garantir que dê tempo para que as pastagens sejam reformadas, no sistema semi-intensivo os animais são criados a pasto e recebem o reforço da suplementação volumosa em épocas de seca (com menor crescimento do pasto) ou em alguns casos durante todo o ano. No sistema semi-intensivo o alimento é fornecido no estábulo no momento da ordenha, já no Sistema intensivo as vacas leiteiras são mantidas confinadas e alimentadas no cocho com forragens conservadas. Por exemplo, fenos e silagens. Como possui um alto custo para implantação e mão de obra especializada, é aconselhável somente para animais especializados em produção de leite ou de alto padrão genético.
3. Qual a diferença do fator vital para o fator importante em um sistema de produção de leite a pasto
R: A qualidade do leite cru pode ser influenciada por inúmeros fatores como, higiene da ordenha e dos utensílios, manejo, alimentação, genética dos rebanhos, obtenção, armazenagem e transporte do leite. Manter condições ambientais e de manejo que minimizem o estresse, como acesso à água em abundância, limpa e fresca, alimentação em quantidade e qualidade adequadas, facilidade de locomoção e ambiente limpo e fresco são fatores que podem determinar o sucesso ou fracasso reprodutivo na atividade leiteira.
4. Descreva o manejo de limpeza no sistema de confinamento Free Stall.
R: Deve-se sempre cuidar para que o esterco seja removido várias vezes ao dia, de modo que as vacas mantenham-se limpas. O primeiro ponto a se considerar quando se fala de limpeza do free stall é que a limpeza é uma ótima oportunidade para se trabalhar a questão dos dejetos, de forma que isso possa ser perfeitamente integrado ao manejo de dejetos que será feito posteriormente, já que esses dejetos serão aproveitados pela parte agrícola do sistema.
Existem vários sistemas que podem ser instalados dentro de um free stall:
Sistemas de rapagem: São sistemas bastante simples, normalmente realizados com lâmina de trator ou com outros equipamentos adaptados. Isso dá ao sistema uma versatilidade bastante interessante. O essencial nesses modelos é ter uma boa prancha de raspagem, de modo que não sejam causados danos dentro das instalações do free stall. Sistemas de lavagem: Até pouco tempo, havia muitas ressalvas com relação ao sistema de lavagem, já que a água é um bem escasso e, por muito tempo, pensou-se que o consumo excessivo de água poderia causar algum transtorno. No entanto, a proposta atual é utilizar a água de reciclagem. Por isso mesmo, é muito importante que haja a integração entre o manejo de dejetos e o sistema de limpeza. Dessa forma, a mesma água pode ser reutilizada dentro do sistema de limpeza. Nesse caso, a água utilizada para a limpeza fica separada e pode retornar ao sistema para novo processo de limpeza. Dessa forma, os resultados são excelentes, sem a necessidade de inclusão de mais água no sistema, já que toda a água é reciclada.
5. Como é realizado o manejo da cama no sistema compost barn.
R: O compost barn é um sistema de confinamento de animais sobre uma cama de compostagem. Manter a cama seca é o ponto crucial do manejo para se obter sucesso neste sistema. Para que a compostagem funcione de maneira adequada, deve-se introduzir oxigênio na cama. Isso é feito realizando o revolvimento da cama, seja com o uso de um escarificador ou com uma enxada rotativa acoplados a um trator. Hoje, no mercado nacional, existem também escarificadores acoplados a enxadas rotativas. É muito importante que durante a escarificação consiga-se atingir uma profundidade de 25 a 30 centímetros, podendo chegar até 40 centímetros. Vale ressaltar que a terra abaixo da cama não deve ser tocada pelo escarificador,  porque qualquer mistura de terra com cama pode criar um adobe e, com isso, vai ocorrer uma compactação da cama. 
É necessário, também, que o escarificador seja largo o suficiente para cobrir o rodado do trator. Dessa maneira, garante-se que sempre vai estar mexendo a cama atrás da roda e não vai estar compactando a área coberta pela roda do trator. Tambem é interessante que se use tratores pequenos e, preferencialmente, traçados.
6. Quais os dois tipos de pastejo mais utilizado na criação de gado leiteiro. Descreva cada um deles.
 R: Sistema de pastejo Contínuo
No sistema contínuo os animais permanecem o ano todo na pastagem, é necessária a utilização de uma pastagem de ciclo perene. No pastejo contínuo, por definição, os animais permanecem na mesma área, com pouca ou quase nenhuma subdivisão, sem um período de descanso forçando a planta forrageira. Isso significa que a presença constante dos animais na área tem um caráter de desfolha específico.
Sistema de pastejo Rotacionado
O sistema de pastejo rotacionado é caracterizado pela troca periódica e frequente dos animais de um piquete para o outro, com a finalidade de fornecer um tempo de descanso para as forrageiras. Esse sistema permite ter resultados melhores, uma vez que o manejo da forragem tem um controle bem intenso, proporcionando uma maior disponibilidade de uma forragem de qualidade.
No sistema de pastejo rotacionado, as áreas são divididas em piquetes que são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso. Neste método de pastejo, após a ocupação de cada piquete, por um período de tempo variável de alguns dias, quando sua vegetação é desfolhada total ou parcialmente, o piquete permanece em descanso, sem a presença dos animais, para a recuperação de sua folhagem, completando o ciclo de pastejo.
7. Como calcular número de piquetes em um sistema de pastejo rotacionado.
R: O número de piquetes é definido pelo período de descanso (PD) e período de ocupação (PO), pela seguinte fórmula:
Nº de piquetes = PD/PO + 1
8. Qual o conceito de taxa de lotação em sistema de pastagem rotacionada.
R: A taxa de lotação pode ser definida pelo número de animais ou unidades animais (1 UA= 450 kg PV) –, dividido pela a área pastejada. Por exemplo: se tivermos uma área de 50 hectares, com 300 cabeças, a taxa de lotação será de 6 cabeças por hectare. Na lotação rotacionada, a área total que será pastejada é subdividida em piquetes menores, promovendo momentos de pastejo e de descanso em cada subdivisão – dessa forma, as plantas passam por períodos em que poderão se recuperar e rebrotar novamente.
9. Qual a importância de se fazer um bom manejo dos piquetes e dos animais em produção.
R: Permite o uso de maior taxa de lotação. – Aumenta a produção de leite por hectare; Proporciona períodos regulares de descanso do pasto, favorecendo a rebrotação das forrageiras sem a interferência do animal, com isso as plantas forrageiras têm melhores condições de competir com as plantas daninhas.
10. Um determinado produtor criador de gado de leite lhe convida para implantar um sistema de pastejo rotacionado para 50 AUleiteira, sendo que P.O 1 dia, P.D 26 dias e consumo por animal dia 95m². Calcular Nº piquetes, tamanho de cada piquetes, área do piquete (quanto x quanto) e área total do sistema.
11. Um determinado produtor criador de gado de leite lhe convida para implantar um sistema de pastejo rotacionado para 150 AU leiteira, sendo que P.O 2 dia, P.D 28 dias e consumo por animal dia 85m². Calcular Nº piquetes, tamanho de cada piquetes, área do piquete (quanto x quanto) e área total do sistema.
12. Um determinado produtor criador de gado de leite lhe convida para implantar um sistema de pastejo rotacionado para 500 AU leiteira, sendo que P.O 3 dia, P.D 36 dias e consumo por animal dia 100m². Calcular Nº piquetes, tamanho de cada piquetes, área do piquete (quanto x quanto) e área total do sistema.
13. Qual a finalidade de se fazer frequência de ordenha em vacas leiteiras. E quais os benefícios o criador de vacas leiteiras tem.
 R: Os benefícios econômicos de uma boa ordenha proporcionarão os seguintes ganhos: Aumento na produção, pois vacas sadias produzem mais. Melhor qualidade do leite, ou seja, ausência de condenação de leite na plataforma dos laticínios. Menores gastos com medicamentos, mão-de-obra e assistência veterinária.
14. Quais os tipos de ordenha existente no Brasil. Explique sucintamente a descrição de cada uma delas.
R: Existem dois tipos de ordenha: o manual e o mecânico. Os dois métodos se diferenciam, basicamente, pelo uso ou não de um equipamento acoplado no úbere das vacas. 
Na ordenha manual, o leite é retirado diretamente pelas mãos do ordenhador e posto em um balde. São necessários, de forma geral, poucos e simples instrumentos: peia para conter a vaca, banquinho para o ordenhador, balde, filtro e tanque de refrigeração. Esse método é empregado por pequenos produtores, já que requer poucos recursos e, no geral, o tamanho do rebanho não compensa o investimento em ordenha mecânica. Porém, exige mais mão de obra e resulta em baixa eficiência, exatamente o contrário do que a ordenha mecanizada proporciona.
A ordenha mecanizada é realizada com o auxílio de um equipamento que simula a mamada do bezerro, em um sistema de dupla câmara com pulsador. Ele permite a realização de dois ciclos, um de massagem e outro de extração ou ordenha propriamente dito. Esse sistema é mais eficiente, visto que é menos dependente de mão de obra experiente, embora seja necessária a capacitação do ordenhador para lidar com os equipamentos e utensílios. Para sistemas de vacas de alta produção, com animais de alto mérito genético, é indispensável a automação do processo de ordenha na fazenda, garantindo maior eficiência e controle do processo. Além disso, o método possibilita uma retirada mais rápida do leite, o que resulta em maior volume por dia, caracterizando um sistema intensivo de produção. Ademais, se bem conduzida e de acordo com as boas práticas sanitárias, oferece menos risco de contaminação.
15. Descreva sobre tipos de linha de ordenha.
R: Linha de Ordenha x Ordenha Tradicional
A estratégia de organizar o gado em linha de ordenha traz diversos benefícios à produção, usar esse método evita o contágio do gado por mastite, já que separa os animais em grupos pré-definidos de acordo com a presença ou não da doença.
A grande diferença entre a linha de ordenha e a ordenha tradicional. No método convencional, os animais não são organizados em grupos antes da ordenha começar, o que pode prejudicar a saúde do gado. Se apenas uma vaca estiver contaminada, há um grande risco de infectar as outras. 
Essa decisão tem como efeito o impedimento da contaminação de outros animais, o que gera uma economia ao produtor, já que, além de auxiliar a diminuir os gastos com o tratamento da doença, diminui o descarte do leite impróprio para consumo, em função da mastite clínica ou em função do período de carência.
16. Como deve ser realizado o manejo das vacas lactantes para a sala de ordenha.
R: A ordenha deve ser realizada em ambiente limpo, de preferência em uma sala de ordenha. 
Os equipamentos devem estar bem limpos. Os animais devem ser conduzidos de forma calma. Não gritar, não bater, não usar cachorros na condução dos animais.
Conduzir as vacas em lactação, da sala de espera a sala de ordenha, diariamente. As vacas sadias devem ser conduzidas à sala de ordenha primeiramente, seguidas das com mastite subclínica, finalizando com os animais com mastite. As vacas permanecem no processo de ordenha até o período de secagem quando apresentarem baixa produção.
17. Descreva o manejo realizado sobre sistema de linha de ordenha.
R: A linha de ordenha consiste basicamente em uma estratégia de ordenha do rebanho em que as vacas doentes não contaminam as vacas sadias. Essa técnica é importante para evitar o contágio entre os animais doentes e os sadios, não aumentando o nível de contaminação do rebanho.
18. Descreva passo a passo sobre a rotina de ordenha mecânica e seu manejo higiênico a ser feito.
R: A ordenha mecanizada é realizada com o auxílio de um equipamento que simula a mamada do bezerro, em um sistema de dupla câmara com pulsador. Ele permite a realização de dois ciclos, um de massagem e outro de extração ou ordenha propriamente dito. Esse sistema é mais eficiente, visto que é menos dependente de mão de obra experiente, embora seja necessária a capacitação do ordenhador para lidar com os equipamentos e utensílios. Para sistemas de vacas de alta produção, com animais de alto mérito genético, é indispensável a automação do processo de ordenha na fazenda, garantindo maior eficiência e controle do processo. Além disso, o método possibilita uma retirada mais rápida do leite, o que resulta em maior volume por dia, caracterizando um sistema intensivo de produção. Ademais, se bem conduzida e de acordo com as boas práticas sanitárias, oferece menos risco de contaminação.
19. Qual a diferença entre o pré-dipping pós-dipping
R: Pré-dipping: consiste na desinfecção dos tetos antes da ordenha e visa reduzir o número de bactérias neste local que possam contaminar o leite. O procedimento consiste na imersão dos tetos em soluções antissépticas (iodo a 0,1 a 0,5%, cloro a 1% ou clorexidina 0,1%) por cerca de 10 segundos, de modo a diminuir a carga de microrganismos residentes no local.
Pós-dipping: é fundamental para remover a película de leite que permanece no teto após a retirada do conjunto de ordenha e auxilia na prevenção de infecções neste canal, recomenda a imersão de todos os tetos ao final de cada ordenha (pós dipping), em produtos antissépticos por cerca de 5 a 10 segundos. Esse procedimento é útil principalmente na prevenção da mastite por microrganismos contagiosos. Os princípios ativos mais utilizados são: iodo (0,5 a 1%), cloro (4%), clorexidina (0,5 a 1%).
20. Descreva sobre o manejo de limpeza e higienização dos equipamentos e utensílios utilizado na sala de ordenha.
Pré Ordenha:
– Em primeiro lugar, cerca de 20 a 30 minutos antes da ordenha, deve-se sanitizar o equipamento com uma solução de 400ml de cloro (hipoclorito de sódio) diluído em água.
– Em segundo lugar, diluir 80 ml de água sanitária (hipoclorito de sódio com 2,5% de cloro ativo) em 10l de água.
– Após não enxaguar, apenas fazer uma boa drenagem do sistema de ordenha.
Pós Ordenha:
Acima de tudo, muita atenção pelo ordenhador nas etapas do processo de limpeza.
– Em primeiro lugar, lavar com água morna (38 a 40°C) logo após a ordenha.
– Em segundo lugar, lavar com detergente alcalino diluído em água (segundo recomendação do fabricante) com temperatura entre 75 a 77°C. Essa solução deve circular por 10 min no equipamento de ordenha.
– Em terceiro lugar, enxaguar com água na temperatura ambiente para tirar os restos da solução de limpeza.
– Depois disso, utilize detergente ácido: deve ser usado na limpeza do equipamento após a ordenha, apenas uma vez por semana (com função de remover os minerais provenientes do leite que tendem a se acumular na tubulação), o detergente ácido deve ser dissolvido na água à temperatura ambientee circular por 5 minutos. Depois, enxaguar com água na temperatura ambiente para tirar os restos da solução de limpeza do equipamento de ordenha.
Resumindo, é de grande importância a limpeza dos equipamentos, utensílios e ambiente da forma correta e com os produtos corretos, antes de começar a formar resíduos nas tubulações e logo após a retirada do leite. Dessa forma, as chances de contaminação do leite ordenhado são minimizadas.
21. Descreva sobre a mastite ambiental, clínica e subclínica que ocorre nas vacas em lactação.
 R: Mastite clínica: Causa sinais clínicos na aparência do leite e do úbere do animal infectado. 
Mastite subclínica: Não apresenta sinais clínicos no leite e só pode ser identificada por testes como o CMT (California MastistTest).
22. Quais os testes de mastite devemos realizar para realizar o monitoramento do rebanho. Explique cada um deles.
R: - teste da caneca com fundo preto (mastite clínica): O teste da caneca com fundo preto é um método simples de identificação visual da mastite clínica que deve ser aplicado em todo o rebanho, todos os dias, antes de cada ordenha. A identificação precoce da mastite clínica no rebanho é um trabalho importante e diário. Por meio do teste é possível também identificar os graus de mastite clínica em cada um dos animais acometidos. Teste da raquete ou CMT (mastite subclínica) e teste laboratorial do leite – CCS (mastite subclínica)
23. Após a ordenha porque devemos manter o animal em pé. Explique a indagação.
R: Devemos manter o animal em pé pelo fornecimento de alimento, é uma prática de manejo utilizada em rebanhos leiteiros e está associada com redução da incidência de infecções intramamárias (IIM).
24. Como se dá o nome do equipamento que é acoplado no teto das vacas para retirar o leite. Explique como deve ser feito seu manejo correto.
25. Qual o conceito para mamogênese.
R: A mamogênese é o processo pelo qual ocorre renovação do tecido secretor da glândula mamária e ocorre em fases distintas. O processo de mamogênese é mais intenso nas últimas semanas de gestação, o qual coincide, não por acaso, com o período de descanso da glândula mamária, que deve ocorrer entre 45 e 60 dias antes da data prevista para o parto.
26. Quais as três fases apresentada pela mamogênese. Explique cada uma delas.
R: A primeira fase do crescimento alométrico ocorre antes da puberdade e é regulada principalmente pelo estrogênio produzido pelos ovários. O segundo período de crescimento alométrico ocorre após a concepção. O desenvolvimento da glândula mamária durante a gestação é regulado essencialmente por esteróides ovarianos, no entanto, a prolactina é necessária para alcançar crescimento lobuloalveolar completo.
27. Qual o conceito de galactopoese.
R: É a manutenção da lactação que requer a conservação do número de células alveolares, intensa atividade de síntese celular e a eficácia do reflexo de ejeção do leite. Um complexo hormonal controla a lactação, mas a não ser que o leite seja removido frequentemente da GM, a síntese do leite não persiste apesar do estado hormonal adequado. A ocitocina é requerida para a retirada do leite, enquanto diversos outros hormônios são essenciais para a manutenção de intensa síntese e secreção do leite.
28. Descreva o conceito para lactogênese.
R: É o processo de preparação da Glândula Mamária para a produção de leite, no qual ocorre a diferenciação e multiplicação das células alveolares mamárias. O primeiro estágio consiste em diferenciação parcial enzimática e citológica das células alveolares e coincide com a pouca secreção de leite. O segundo estágio começa com a secreção copiosa de todos os componentes do leite na proximidade com o parto e permanece por diversos dias após o parto em muitas espécies. No final da gestação, com a queda da progesterona e a presença de prolactina e glicocorticóides, ocorre a lactogênese. O bloqueio do hormônio progesterona sobre a lactogênese não é absoluto, pois se fosse a gestação simultânea com a lactação seria impossível.
29. Descreva sobre a formação da glândula mamaria.
R: A glândula mamária de fêmeas bovinas (úbere) tem localização inguinal, com metades direita e esquerda distintas; cada uma com um quarto anterior e posterior. Cada metade é independente quanto a suprimento sanguineo, nervoso, drenagem linfática e aparelho suspensor. O crescimento mamário, sua diferenciação e lactação (secreção e saída do leite) envolvem os processos de mamogênese, lactogênese a galactopoese.
30. Qual a função do parênquima na formação mamaria.
R: O parênquima glandular contém as unidades morfofuncionais (adenômeros) encarregados da secreção láctea.
31. Quais os componentes para formação da glândula mamariam.
R: A glândula mamária é constituída de dois tecidos diferentes: o parênquima e o estroma. O parênquima glandular contém as unidades morfofuncionais (adenômeros) encarregados da secreção láctea.
32. Descreva passo a passo sobre a rotina de ordenha mecânica e seu manejo higiênico a ser feito.
33. Quando adotamos um manejo eficiente na criação de bezerras leiteiras qual a importância do manejo das vacas no pré-parto.
R: O manejo desta fase consiste em evitar distúrbios metabólicos e explorar o máximo potencial de produção, ou seja, as vacas secas são um investimento para a propriedade.
34. Descreva a importância da cura do umbigo dos bezerros ao nascer e qual o manejo correto da cura do umbigo.
R: A cura do umbigo é um dos principais manejos logo após o nascimento dos bezerros, o qual evita diversas infecções e outro problemas que esses animais podem ter no futuro. Recomenda-se que a cura de umbigo seja feita imediatamente após o nascimento da bezerra, imergindo o cordão umbilical até a sua base na tintura de iodo durante aproximadamente 30 segundos. A frequência mínima a ser adotada é de 2 vezes por dia, até o dia em que o umbigo seque e se desprenda do abdômen.
35. Qual o conceito aplicado para o colostro e qual sua importância para o recém- nascido.
R: O colostro é o leite secretado pelos mamíferos nos primeiros dias após o parto, é de extrema importância sua administração de forma correta para o bezerro recém-nascido. Diferentemente do ser humano, por exemplo, os bovinos possuem um tipo de placenta que impede a passagem de proteínas e, principalmente, imunoglobulinas da mãe para o feto. Assim, ao nascer, os bezerros são incapazes de produzir resposta imune suficiente contra os desafios ambientais encontrados. Assim sendo, é a colostragem que vai garantir a imunidade passiva do recém-nascido nas primeiras semanas de vida. Esta absorção de imunoglobulinas maternas através do intestino delgado durante as primeiras 24 horas é chamada transferência de imunidade passiva e ajuda a proteger o bezerro contra organismos patogênicos até seu próprio sistema imune estar funcional.
36. Descreva o manejo do colostro a ser administrado em uma criação de bezerras leiteiras.
R: Temos que levar em consideração o volume do colostro. A recomendação usual era de 10% do peso vivo da bezerra, mas hoje a tendência mundial é recomendar o fornecimento de um volume equivalente a 15% do peso vivo.
Fornecer o maior volume possível na primeira mamada, considerando o tamanho da bezerra. As bezerras maiores podem receber entre 3 a 4 litros de colostro já na primeira mamada. Cuidado com as bezerras menores, que precisam receber menor quantidade. É importante que o colostro seja fornecido o mais rápido possível depois do nascimento. O ideal é que o colostro seja fornecido antes das bactérias chegarem no intestino da bezerra. Assim, não há uma meta de tempo pré-determinada para o fornecimento desse colostro após o nascimento. Mas é essencial que seja o mais rápido possível. Na segunda mamada, por volta de 6 horas após o nascimento, deve-se oferecer o volume necessário restante
37. .Quais os dois tipos de aleitamento para as bezerras leiteiras. Descreva cada um deles.
R: O aleitamento pode ocorrer de duas formas: natural e artificial.
Aleitamento natural de bezerros: Neste sistema, o filhotemama diretamente de sua mãe, podendo ser controlado ou não. Normalmente, o aleitamento natural é adotado quando as vacas não são capazes de manter a lactação sem a presença do bezerro (condição comum em rebanhos zebuínos puros ou cruzados e de raças de dupla aptidão) e a produção média diária de leite, por vaca, é inferior a 8 kg. Um desafio deste tipo de aleitamento é a dificuldade em controlar a quantidade de leite ingerida pela bezerra. Isso justifica a necessidade de monitorar constantemente o peso e a condição corporal dos animais, garantindo que os bezerros estão ingerindo a quantidade adequada de leite
Aleitamento artificial de bezerros: Neste caso, o filhote é separado de sua mãe e o aleitamento é feito com a utilização de baldes e mamadeiras. Este tipo de aleitamento é comum em rebanhos puros ou com alto grau de sangue de raças especializadas para leite, pois estas vacas tem maior facilidade de 'descer o leite' sem a presença das bezerras. Outros pontos importantes são que produção média diária de leite, por vaca, seja igual ou superior a 8 kg e que tenha um cuidado especial ao escolher a pessoa que trata dos bezerros, pois é necessário que seja alguém que se preocupe com a limpeza dos baldes e demais utensílios. É observado que neste tipo de aleitamento há menor incidência de doenças, dá maior noção da quantidade de leite fornecido e possibilita mais higiene na ordenha.
38. Quais os tipos de sucedâneo e quando devemos utilizar.
R: Os sucedâneos do leite são produtos industriais, em pó, onde os constituintes lácteos são substituídos, total ou parcialmente, por outros de origem animal ou vegetal, que podem ser utilizados pelo recém-nascido, depois da fase de colostro, em substituição ao leite integral. Adensamento de leite, quando for impossível ajustar o horário de fornecimento do leite com a ordenha, quando não houver disponibilidade de leite descarte, e claro, a decisão de quando e qual utilizar cabe a cada fazenda, de acordo com a decisão dos proprietários e veterinários. 
39. Quais as vantagens e as desvantagens do uso do sucedâneo na criação de bezerra leiteiras.
Vantagens: desvincular o horário da ordenha do trato dos bezerros, evitar a transmissão vertical (via leite) de doenças da vaca para a bezerra, reduzir o uso de leite de descarte, facilidade de estoque e produto de consistência uniforme quando manejado corretamente.
Desvantagens: o custo elevado. Por isso, é comum vermos em fazendas de leite a adoção de alternativas ao leite integral na nutrição dos animais do bezerreiro.
40. Descreva sobre o desenvolvimento do trato digestivo dos bezerros.
R: O bezerro leiteiro começa sua vida como um simples animal ostomizado, mas passa a maior parte de sua vida como um ruminante cuja digestão depende em grande parte da fermentação. A mudança de um método digestivo para outro é um processo chamado desenvolvimento ruminal.
Uma vaca leiteira possui um sistema estomacal em quatro partes, constituído por retículo, rúmen, omaso e abomaso. Os dois primeiros compartimentos compõem um grande tanque de fermentação, o terceiro é um órgão de aparência incomum que absorve água e minerais da digesta que sai do rúmen, e o quarto é o estômago verdadeiro, que funciona como o estômago dos monogástricos (incluindo porcos e pessoas). Todos esses quatro compartimentos estomacais estão presentes no nascimento; no entanto, apenas o abomaso é totalmente desenvolvido e funcional. Os outros compartimentos, principalmente o retículo e o rúmen, são essencialmente subdesenvolvidos no neonato. O retículo e o rúmen são estéreis ao nascer e, muitas vezes, são necessárias várias semanas para que uma população bacteriana constante seja estabelecida, semelhante à população bacteriana de um ruminante adulto.
41. Para ser desaleitada uma bezerra leiteira qual é o manejo a ser realizado em relação ao consumo de ração e ao ganho de peso.
R: É necessário que o animal consuma uma quantidade de mínima de concentrado, associada ao desenvolvimento do rúmen. Se o animal for desaleitado antes do consumo de concentrado estar ideal, é provável que seu rúmen não esteja desenvolvido adequadamente, o que prejudicará seu ganho de peso após o desaleitamento.
Recomendações tradicionais de consumo de concentrado: 700-800 g/d para raças grandes; 450-500 g/d para raças pequenas.
Porém, o que se observa na prática é que existe uma grande variação de peso dentro da raça. Por exemplo, considerando o peso ao nascer de animais da raça holandesa do mesmo rebanho, esse intervalo pode variar de 25 quilos até 45 quilos. Isso faz com que essa meta de consumo determinada acima possa demorar a ser alcançada nos casos dos bezerros que nascem mais leves, ainda que seu desenvolvimento ruminal possa já ter acontecido antes, já que o consumo ocorre em função do peso do animal. Já os animais que nasceram mais pesados podem ser desaleitados com o consumo recomendado pela literatura, mas ainda não estar com o rúmen totalmente desenvolvido.
42. Descreva o consumo de leite a ser fornecido as bezerras leiteiras do nascimento até aos 70 dias de idade.
R: O concentrado inicial a ser fornecido aos bezerros, do nascimento até os 60 ou 70 dias de idade, independente do sistema de aleitamento utilizado, deve ter na sua composição alimentos considerados de excelente qualidade, como grãos de milho, raspa de mandioca, farelo de soja, farelo de algodão e misturas minerais e vitamínicas. 
43. Descreva o conceito da fase neonato em criação de bezerro. E qual a sua importância em uma criação.
R: O bezerro recém-nascido é especialmente vulnerável, o que faz com que tenhamos que nos preocupar com o mesmo desde o período pré-parto. A criação de bezerros, principalmente os neonatos (28 dias), exige boas práticas de manejo e muita atenção a detalhes. Estimasse que 75% das perdas até um ano de idade ocorram durante o período neonatal. Desta forma a saúde e o crescimento dos bezerros são dependentes de fatores que ocorrem antes, durante e no período imediatamente após o parto.
44. Quando devemos começar a alimentar com alimentos fibrosos as bezerras leiteiras.
R: As bezerras devem receber um bom volumoso, feno ou verde picado, desde a segunda semana de idade. Não deve haver preocupação com a baixa ingestão de volumoso durante as primeiras seis semanas de vida, pois o consumo aumenta rapidamente, a partir daí.
45. Quais os tipos de instalações para as bezerras do nascimento a desmama.
R: Os tipos de instalações para bezerros variam de fazenda para a fazenda, de acordo com sua estrutura, disponibilidade de recursos, raça e manejo. Os tipos mais comuns são os piquetes, galpões (em baias coletivas ou individuais) e casinhas tropicais. Independentemente do tipo de instalação deve-se sempre proporcionar um bom manejo, com especial atenção às interações entre os tratadores e os bezerros, nascimento: alojados em baias ou abrigos individuais, devem ter aproximadamente 10 m² de espaço, enquanto bezerros alojados em grupos devem ter um mínimo de 8,5 m² por animal.

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