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Apostila - Análise Financeira - Módulo 1

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Análise Financeira 
 
 
 
Análise 
Financeira 
Módulo I 
 
Profº Vander 
 
 
 
Análise Financeira 
MÓDULO I 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
Capacitar o aluno a compreender: 
• Conceitos introdutórios; 
• Elementos de juros; 
• Juros simples; 
• Cálculos com juros simples; 
 
PLANO DE ESTUDO DO MÓDULO 
Os objetivos relacionados acima serão alcançados através dos seguintes 
tópicos: 
Tópico 1: Introdução; 
Tópico 2: O valor do dinheiro no tempo; 
Tópico 3: Juros simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise Financeira 
1. Introdução 
Neste capítulo serão apresentados os conceitos introdutórios 
relacionados à Análise Financeira, seus objetivos, aplicações e princípios 
envolvidos. 
De forma objetiva, por intermédio desta disciplina, adentraremos no 
mundo das finanças a fim de compreender de que forma podemos utilizar 
os conceitos aprendidos na gestão de uma empresa e de nossos próprios 
recursos. 
Para isso, utilizaremos exemplos cotidianos, exercícios práticos, 
vídeos e textos complementares que nos auxiliarão nesta caminhada. 
 
1.1 Conceitos básicos 
 A palavra Finança vêm do francês finance, e trata da gestão ou 
administração do dinheiro, considerados recursos financeiros, de uma 
pessoa física ou jurídica. De acordo com Chiavenato (2014), os recursos 
de uma empresa podem ser: 
• Recursos materiais: recursos físicos como edifícios, prédios, 
máquinas, equipamentos, instalações, ferramentas, materiais, 
matérias-primas, etc; 
• Recursos financeiros: recursos monetários como capital, dinheiro 
em caixa ou em bancos, contas a receber, créditos, investimentos, 
etc; 
• Recursos humanos: recursos vivos e inteligentes, isto é, as 
pessoas que trabalham na empresa, desde o presidente até o mais 
humilde dos funcionários; 
• Recursos mercadológicos: recursos comerciais que as empresas 
utilizam para colocar seus produtos/serviços no mercado, como 
 
Análise Financeira 
promoção, propaganda, vendas, pesquisa de mercado, pesquisa de 
consumidor, etc; 
• Recursos administrativos: recursos gerenciais que as empresas 
utilizam para planejar, organizar, dirigir e controlar suas atividades. 
Os recursos apresentados por Chiavenato (2014) são ilustrados na 
Figura 1. 
Figura 1: Recursos empresariais 
 
Fonte: Chiavenato, 2014. 
 
 Mas, para que servem os recursos de uma empresa? Podemos 
dizer que os recursos de uma empresa servem para que ela produza 
aquilo que ela se propõe produzir, ou forneça aquilo que se propõe 
fornecer. Se, por algum motivo, faltar algum dos recursos listados 
anteriormente, é provável que a empresa não consiga produzir os seu 
produtos ou fornecer os seus serviços de maneira adequada, Assim, os 
recursos são absolutamente necessários ao bom andamento das 
operações da empresa. 
 E quanto a nós? Também precisamos de recursos? Certamente que 
sim. Para isso, vendemos nosso trabalho: para que tenhamos recursos, 
em especial os financeiros, para que, com ele, possamos adquirir os 
demais. É preciso perceber que, a boa gestão desses recursos 
 
Análise Financeira 
financeiros, é requisito básico a obtenção e manutenção dos demais. Isso 
vale tanto para nós, pessoas físicas quanto para as empresas. O nosso 
foco nesta disciplina será as finanças empresariais, apesar de que muitos 
dos conceitos que veremos podem também ser utilizados em nossa vida 
pessoal. 
 De acordo com Chiavenato (2014), o objetivo principal da gestão 
financeira é a maximização do lucro, ou seja, incrementar o valor de 
mercado do capital dos proprietários ou acionistas de uma empresa. O que 
isso significa na prática? Imagine que você decide abrir um negócio: uma 
loja de doces, por exemplo, e, para isso, resolve investir R$ 10.000,00 que 
possui em sua caderneta de poupança. É provável que você queira obter 
algum tipo de lucro com isso, pois, caso isso não aconteça, é melhor 
manter o dinheiro na caderneta de poupança, onde você tem a certeza de 
que terá um pequeno – mas certo – rendimento mensal. 
 A gestão financeira serve, então, para que você, como proprietário 
da empresa em questão, obtenha um melhor rendimento sobre o valor 
investido no empreendimento que se propôs abrir. A esse “retorno” do 
dinheiro investido chamamos de rentabilidade. 
 
 
Rentabilidade é o melhor retorno possível sobre um 
investimento realizado. Também é chamado de 
lucratividade por alguns autores. 
 
 Um outro fator importante que a gestão financeira procura trabalhar 
é a liquidez, que representa a possibilidade de converter um ativo (que 
pode ser um investimento, por exemplo) em dinheiro. Quanto mais 
rapidamente pudermos transformar um ativo em dinheiro, maior a liquidez 
 
Análise Financeira 
desse ativo. A Figura 2 demonstra a relação entre os conceitos de 
rentabilidade e liquidez. 
Figura 2: Recursos empresariais 
 
Fonte: Chiavenato, 2014. 
 
 
 
Ativos são os bens e direitos que uma empresa tem. 
Tudo o que ela tem de “positivo”, digamos assim. 
Podemos citar como ativos os investimentos, os 
prédios, as máquinas, etc. Passivos, no entanto, são 
aquilo que a empresa tem para pagar, as suas 
obrigações. É o que ela tem de “negativo”. Um boleto 
que irá vencer, um financiamento, etc., são exemplos 
de passivos. 
 
 Bom, já vimos alguns conceitos fundamentais relacionados à gestão 
ou administração financeira. Mas não são apenas esses. Há outros 
igualmente importantes que precisamos conhecer para darmos sequência 
em nossa disciplina. Vejamos: 
 
Análise Financeira 
• Certeza: é aquilo que temos como certo, que sabemos com uma 
determinada segurança de que irá ocorrer. No ambiente financeiro, 
por exemplo, a aplicação em uma caderneta de poupança envolve 
um elevado grau de certeza, pois é sabido que ela produz uma 
determinada rentabilidade anual. 
• Risco: no caso do risco, já não existe uma segurança tão grande de 
que o fato irá ocorrer. É provável que sim, mas também é provável 
que não. Ou seja, o risco envolve a probabilidade. É um evento 
probabilístico. Um exemplo que envolve risco na gestão financeira é 
o empréstimo pessoal realizado pelos bancos. Há o risco do 
empréstimo não ser pago, em alguns casos. Pessoas ou empresas 
que possuem um histórico de pagamentos em dia, representam 
menor risco que aquelas que detém um histórico não tão bom. O 
risco envolve um certo conhecimento das probabilidades 
envolvidas. 
• Incerteza: é o risco cujas probabilidades são desconhecidas. 
Investimentos com alto grau de incerteza geralmente são evitados, 
ou, em alguns casos, busca-se minimizar a incerteza. Por isso, 
empréstimos em que bens são dados como garantia – como por 
exemplo um financiamento de automóvel – os juros tendem a ser 
menores, pois diminui-se a incerteza quanto ao recebimento do 
valor concedido. 
Percebeu como a gestão financeira envolve conceitos simples? 
Imagine uma empresa que pretende vender seus produtos a um novo 
cliente. O que ela precisa fazer antes de efetuar a venda? É altamente 
recomendável que ela execute uma análise de crédito, a fim de saber se 
o potencialcliente tem um bom histórico de pagamentos. Caso não tenha, 
o risco envolvido na operação será grande, uma vez que pode ocorrer o 
não pagamento da fatura, após a entrega dos produtos. 
 
Análise Financeira 
 Isso ocorre no nosso dia-a-dia enquanto cidadãos? Certamente que 
sim. A exemplo da empresa citada anteriormente, também nós precisamos 
analisar os riscos e incertezas envolvidos em uma operação financeira. 
Imagine aquele cunhado que está (de novo!) desempregado e que não 
gosta muito de trabalhar. Um empréstimo que você faça a ele corre o risco 
de não ser pago? É provável que sim. 
Por outro lado, a utilização do valor disponível em uma poupança 
para a aquisição de um imóvel, por exemplo, envolve uma determinada 
certeza de que, ao longo do tempo, haverá valorização e consequente 
retorno sobre o investimento. A gestão financeira lida, então, com a correta 
administração das finanças de uma empresa ou de um indivíduo. 
 
 
Finanças são as aplicações de uma série de 
princípios econômicos e financeiros para maximizar 
a riqueza de um negócio ou pessoa. (Oliveira, 2014). 
 
 Quando fazemos a análise dos riscos envolvidos em uma operação 
financeira, estamos analisando, na verdade, o crédito da outra parte 
envolvida nessa operação. Santos (2001) afirma que a análise de crédito 
é uma técnica de previsão que permite à empresa vendedora estimar a 
capacidade de pagamento de curto prazo do pretendente ao crédito. 
 Para realizar uma análise de crédito eficiente, é preciso lançar mão 
de algumas técnicas, tais como: 
• Análise das demonstrações contábeis; 
• Modelos estatísticos de análise financeira; 
• Pontuação de crédito. 
 
Análise Financeira 
 
 
Quais operações financeiras que 
você conhece envolvem riscos 
menores? E quais envolvem 
maiores riscos? 
 
 Uma boa análise de crédito evita problemas futuros e evita que a 
empresa necessite de uma grande estrutura de cobrança. Análises de 
créditos bem feitas resultam em vendas e recebimentos adequados, 
gerando recursos financeiros no caixa. 
 
 
VAMOS FALAR DO ENADE? 
 
 Vejamos se esse assunto tem aparecido no ENADE: 
Questão 1: ENADE 2009 – TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA: 
A concessão de créditos por bancos comerciais aumenta quando o risco de 
inadimplência é menor. 
PORQUE 
Os bancos comerciais devem fazer provisões de recursos para se proteger do não 
pagamento dos tomadores de empréstimos. 
Considerando-se essas assertivas, é CORRETO afirmar que: 
 
Análise Financeira 
A) A primeira é falsa e a segunda é verdadeira. 
B) A primeira é verdadeira e a segunda é falsa. 
C) As duas são falsas. 
D) As duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
E) As duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
 
Conforme vimos anteriormente, os empréstimos são facilitados quando 
há menos riscos envolvidos. Dessa forma, a primeira assertiva é correta, 
pois, à medida em que há menos riscos, há maior disponibilidade de 
empréstimos. Por sua vez, um risco maior requer que os bancos reservem 
maior quantidade de recursos para se precaverem do não pagamento. 
Assim, a segunda assertiva também é correta e justifica a primeira. Então, 
a opção correta é a alternativa D. 
 
 
Conceito de risco financeiro 
 
Um risco faz referência à iminência ou à proximidade de um eventual dano. O 
conceito está associado à possibilidade, por conseguinte, de um dano se vir a 
concretizar. Financeiro, no que lhe diz respeito, diz-se daquilo que está 
relacionado com as finanças (a fazenda pública, os bens). 
 
A noção de risco financeiro refere-se às hipóteses de o resultado de uma 
operação vinculada às finanças não seja o previsto. Quanto maior o risco 
financeiro, maiores as possibilidades de o resultado ser diferente do esperado. 
 
Suponhamos que um homem deseja investir 100.000 dólares em bónus. Antes 
de tomar a decisão, analisa a situação de diferentes países para determinar 
qual é aquele que oferece um bónus com maior rentabilidade e menor risco 
financeiro. 
 
Análise Financeira 
 
Depois de estudar o risco país e outros indicadores, o investidor decide 
comprar os bónus de um país X uma vez que considera que é a nação que lhe 
proporciona maior segurança relativamente aos resultados que espera obter. 
 
O risco financeiro aparece em diferentes tipos de operações. Fala-se de risco 
de crédito relativamente à possibilidade de que uma das partes de um contrato 
relacionado com uma operação de empréstimo não cumpra com as suas 
obrigações. Uma pessoa, ao depositar dinheiro numa instituição bancária, 
assume um certo risco de crédito, tendo em conta que o banco em questão 
pode quebrar e não lhe devolver o dinheiro. 
 
O risco de liquidez é outro risco financeiro. Este tipo de risco é assumido pelas 
empresas financeiras que outorgam créditos e que precisam de dispor de 
dinheiro em efectivo (líquido) de maneira permanente para poder operar. 
 
Fonte: http://conceito.de/risco-financeiro 
 
 
 
Neste tópico aprendemos o conceito de gestão financeira, a sua 
importância para a correta administração dos recursos de uma empresa 
ou pessoa e os principais conceitos envolvidos. 
 
Leia o texto complementar, assista ao vídeo recomendado e realize 
os exercícios propostos. 
 
Para saber mais sobre gestão financeira, assista ao vídeo no link abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=IKiuvXIB4aI 
http://conceito.de/risco-financeiro
https://www.youtube.com/watch?v=IKiuvXIB4aI
 
Análise Financeira 
2. Valor do dinheiro no tempo 
Em finanças, costuma-se dizer que o dinheiro é um recurso bastante 
caro, e por isso, deve ser tratado com o devido cuidado. De acordo com 
Bruni e Famá (2007), as transações financeiras envolvem duas variáveis-
chaves: dinheiro e tempo. Aquilo que hoje tem um determinado valor, 
poderá valer mais ou menos no futuro. Há um elevado grau de certeza em 
relação ao momento presente, mas o futuro é relativamente incerto. Essa 
incerteza exige uma compensação, e é isso que estudaremos neste 
tópico. 
Já falamos sobre o conceito de risco, então agora veremos dois 
outros conceitos que, aliados ao risco, nos permitirão entender o conceito 
do valor do dinheiro no tempo. São eles: 
• Utilidade: implica em deixar de consumir hoje para consumir 
no futuro, e isso somente será atraente se houver alguma 
compensação. É o caso de um investimento com uma 
rentabilidade que seja compensadora. Por exemplo, ao invés 
de adquirir um automóvel 1.0 hoje, aplico o valor em um 
determinado investimento que me permitirá adquirir um 
automóvel de luxo daqui a dois anos. 
• Oportunidade: implica em ter a posse de recursos 
financeiros no momento presente que permita aproveitar 
determinadas negociações que sejam rentáveis. Por exemplo, 
podemos negociar a compra de um bem para pagamento à 
vista, conseguindo um bom desconto, o que caracteriza, de 
certa forma, um retorno sobre o valor investido. 
Então, de forma resumida, o dinheiro é um bem que utilizamos 
para satisfazer as nossas necessidades atuais e futuras. Quando 
 
Análise Financeiranão dispomos deste bem, nós o “alugamos” de alguém que dispõe. 
Ao valor pago por esse aluguem, chamamos juros. 
Visto desta forma, o investimento requer um certo sacrifício, 
pois deixamos de adquirir algo hoje pela promessa de um benefício 
no futuro. Quando aplicamos o nosso suado dinheirinho em uma 
caderneta de poupança, por exemplo, pensando no valor corrigido 
que teremos daqui a alguns anos, estamos abrindo mão de adquirir 
outras coisas bastante interessantes no momento presente. Isso é, 
sem dúvidas, para grande parte das pessoas, um grande sacrifício. 
 
 
Juros correspondem ao valor que pagamos (ou 
recebemos) pela posse do dinheiro no tempo. É a 
remuneração devida (a exemplo de um aluguel) para 
poder usufruir do recurso financeiro. 
 
De acordo com Bruni e Famá (2007), alguns princípios básicos 
devem ser respeitados quando analisamos as operações financeiras em 
relação ao tempo: 
1. Valores somente podem ser comparados se estiverem 
referenciados na mesma data; 
 
2. Operações algébricas somente podem ser executadas com 
valores referenciados na mesma data. 
 
2.1 Diagrama de fluxo de caixa 
Para que possamos compreender melhor essa relação do dinheiro 
com o tempo, vamos utilizar um diagrama conhecido como diagrama de 
 
Análise Financeira 
fluxo de caixa (DFC). Ele facilita o entendimento devido à utilização de 
uma linha do tempo, no qual podemos identificar as entradas e saídas de 
valores. 
Buri e Famá (2007) afirmam que o diagrama de fluxo de caixa 
consiste na representação gráfica da movimentação de recursos ao longo 
do tempo. A Figura 3 ilustra uma operação de aplicação de recursos, sob 
a ótica do DFC. 
 
Figura 3: Fluxo de caixa de operação de aplicação 
 
 Fonte: Adaptado pelo autor de Bruni e Famá, 2007. 
 
 Para Santos (2001), o fluxo de caixa é um instrumento de 
planejamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da 
situação de caixa da empresa em determinado período de tempo e à 
frente. Serve, então, para que a empresa possa se situar em relação aos 
recursos de que dispõe (ou não), agora e no futuro. 
Conforme Bruni e Famá, 2007, para a elaboração do diagrama 
devemos respeitar algumas regras: 
 
Análise Financeira 
Escala horizontal: a escala horizontal deverá representar o tempo, com 
as unidades de capitalização dos recursos, que podem ser em dias, 
semanas, meses, bimestres, semestres, anos, etc.; 
Marcações temporais: os pontos 0 e n representam as posições entre as 
datas, sendo o ponto 0 a data inicial e o ponto n a data final de um 
determinado tempo; 
Setas para cima: representam as entradas ou recebimentos de dinheiro 
no período e, por convenção, têm sinal positivo; 
Setas para baixo: representam as saídas ou pagamentos efetuados no 
período e, por convenção, têm sinal negativo. 
 Vamos ilustrar isso com alguns exemplos a seguir: 
Exemplo 1: um empréstimo contraído no valor de $ 1.500,00, que será 
quitado mediante o pagamento de $ 1.800,00 daqui a seis meses, pode 
ser representado da seguinte forma: 
 
 Podemos perceber pelo exemplo acima que a primeira seta tem o 
sinal positivo, ou seja, está apontando para cima. Isso significa que o valor 
de $ 1.500,00 está entrando no caixa no momento 0. Por outro lado, o 
valor de $ 1.800,00 está saindo do caixa no momento 6. Por esse motivo 
 
Análise Financeira 
ele está com sinal negativo e a seta está apontando para baixo. Vejamos 
um outro exemplo. 
Exemplo 2: uma aplicação no valor de $ 5.000,00 que será resgatada em 
três parcelas iguais e mensais, no valor de $2.000,00 cada, pode ser vista 
a seguir: 
 
 No exemplo acima, percebemos que o valor do investimento feito no 
momento 0 está saindo do caixa e, por isso, é representado por uma seta 
apontando para baixo e tem o sinal negativo, enquanto que os valores 
nos instantes 1, 2 e 3 estão entrando no caixa, sendo representados por 
setas apontadas para cima, e tem seus sinais positivos. 
 
 
 
Setas apontando para CIMA indicam entrada de 
valores no caixa, enquanto que setas apontando 
para BAIXO indicam saída de valores no caixa. 
 
 
Análise Financeira 
 
VAMOS FALAR DO ENADE? 
 
 Vejamos o que tem aparecido a respeito deste assunto no ENADE. 
 
Questão 2: ENADE 2015 – TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA: 
Uma indústria de autopeças tem apresentado preços pouco atrativos, o que tem acarretado 
perda de clientes para suas concorrentes. Para evitar esse quadro e aumentar sua participação 
no mercado, a empresa pretende investir em um projeto de reestruturação de sua linha de 
produção, com a aquisição de novos equipamentos que resultariam em ganhos de produtividade 
e redução dos custos. Assim, a reestruturação tornaria seus produtos mais competitivos (com 
projeções de retornos maiores), conforme análise elaborada pelo departamento de estudos 
econômicos. Sendo de 10 anos a vida útil do projeto, o investimento necessário de $ 
1.000.000,00; os retornos estimados são apresentados no fluxo de caixa a seguir: 
 
 
A decisão para a empresa investir no projeto deve ocorrer somente se o prazo de retorno do 
investimento, calculado pelo método do Payback Simples, for inferior a seis anos. 
Com base nas informações fornecidas, conclui-se que o projeto deve ser: 
 
 
Análise Financeira 
A) Rejeitado, pois o retorno calculado supera seis anos. 
B) Rejeitado, pois o retorno calculado ocorrera em seis anos. 
C) Aceito, pois o retorno calculado ocorrerá ao final de seis anos. 
D) Aceito, pois o retorno calculado ocorrerá em cinco anos e seis meses. 
E) Aceito, pois o retorno calculado ocorrerá em cinco anos e cinco meses. 
 
Observando o diagrama de fluxo de caixa da questão 2, podemos 
perceber que, nos períodos de 1 a 5 ocorrerão entradas de $ 
180.000,00 por período, o que representa um total de $ 900.000,00 de 
retorno do investimento. No período 6, ocorrerá outros $200.000,00 de 
entrada. Então, entre os períodos 5 e 6 (cinco meses e meio), ocorrerá 
$ 100.000,00 de entrada que, somados aos $ 900.000,00 dos cinco 
primeiros meses, totalizam o montante investido inicialmente. 
 Assim, podemos afirmar que a resposta correta para esta questão é 
a alternativa D. 
 
 
Como fazer um fluxo de caixa perfeito 
 
A expressão “fechar o caixa” faz parte do vocabulário de quase todo 
comerciante. Antes de baixar as portas e ir para casa, é preciso conferir tudo 
que foi pago e recebido e checar com o dinheiro do caixa. 
 
Sendo de comércio ou não, toda pequena empresa deve seguir a mesma 
premissa e ter o fluxo de caixa como companheiro do final do expediente. “O 
controle de caixa é o registro das transações financeiras de um negócio”, 
define Maurício Galhardo, especialista em finanças e sócio-diretor da 
consultoria Praxis Education. 
 
Análise Financeira 
 
Aparentemente simples, esta ferramenta é indispensável para quem quer 
manter as contas em ordem. Uma planilha (veja aqui um modelo de Planilha 
de Fluxo de Caixa fornecido pelo Sebrae/SP) pode ajudar na tarefa cotidiana 
de checar as contas. “O fluxo de caixa é o melhor instrumentode controle da 
empresa”, diz Ricardo Curado, consultor financeiro do Sebrae/SP. 
 
Entre saídas e entradas de dinheiro, todo empreendedor precisa saber o que 
estes números significam. “O diagnóstico que o fluxo de caixa dá é apenas da 
situação financeira da empresa e não a situação econômica. Não é possível 
saber se a empresa tem lucro ou prejuízo, por exemplo”, ensina Adriano 
Gomes, professor de finanças da ESPM. 
 
Como fazer 
Um fluxo de caixa perfeito é aquele que leva dedicação e disciplina dos 
empresários. O primeiro passo é separar as saídas de dinheiro em pelo menos 
três categorias: fornecedores, despesas e outras saídas. 
Dentro dos pagamentos com despesas, os especialistas sugerem a divisão em 
outras três categorias. “As despesas podem ser administrativas, como 
papelaria, correio, telefone, internet e salários, comerciais, onde entram gastos 
com marketing e comissões de vendedores, e financeiras, como juros, multas 
e IOF”, explica Gomes. Em “outras saídas”, coloque o que a empresa pagou 
para amortização de empréstimos, pagamento de tributos e investimentos. 
 
Do outro lado do fluxo, ficam as entradas, que costumam vir principalmente do 
que a empresa recebe das vendas. “A venda de um ativo ou um novo aporte 
também devem entrar neste quesito”, afirma o professor da ESPM. 
 
Esta operação deve ser feita diariamente e depois de calcular o valor das 
entradas menos o das saídas, somando ao saldo inicial, o empresário tem 
acesso ao saldo final do dia. Este número deve bater com o que há nas contas 
 
Análise Financeira 
bancárias. “Se não bater, o que está errado é o fluxo de caixa. O banco nunca 
erra”, brinca Galhardo. 
Atenção: saldo negativo não significa prejuízo. Os especialistas alertam para 
a diferença entre saldo e lucro ou prejuízo. “A empresa ficou em déficit de 
caixa. Prejuízo ou lucro é resultado de vendas menos custos e despesas”, diz 
Gomes. 
Por outro lado, se o saldo for negativo com frequência, vale prestar atenção 
nas movimentações financeiras da empresa. “Normalmente, significa que está 
saindo mais dinheiro do que entrando. Tem que fazer o demonstrativo de 
resultados”, ensina Curado. 
Fluxo de caixa projetado 
Com cada vez mais crédito circulando e mais gente pagando a prazo, as 
empresas são capazes de fazer projeções com a ajuda do fluxo de caixa. Isto 
significa que é possível colocar na planilha em qual data – mesmo no futuro – 
deve entrar ou sair dinheiro. “É como ter a bola de cristal para prever o futuro 
financeiro do negócio e tomar decisões hoje”, compara Galhardo. 
Se você já sabe que daqui 30 dias vai precisar pagar as contas do fornecedor, 
pode se programar e deixar de gastar ou investir para poupar e não precisar 
apelar para os bancos. As empresas que praticam o controle do caixa há mais 
tempo já têm uma curva de caixa e sabem como é o movimento mês a mês, 
facilitando o planejamento. “O fluxo serve como uma grande bússola financeira 
para indicar as melhores datas para receber e pagar”, define Gomes. 
Esta projeção serve para mostrar se existe um descasamento das operações, 
ou seja, entre pagar o fornecedor e receber do cliente há um período muito 
longo e não dá tempo do dinheiro entrar. Para resolver este problema, os 
especialistas indicam uma boa gestão de estoque, uma negociação maior com 
os fornecedores e menos prazo para os clientes pagarem. 
 
Análise Financeira 
O fluxo de caixa é uma ferramenta para avaliar a gestão financeira da sua 
empresa e colocar o dono no comando das finanças. Por isso, a orientação é 
dedicar um pouco de tempo todos os dias para fazer estas contas. “Não 
encerre o dia ou vá embora sem fechar o caixa”, ensina Curado. 
Para Galhardo, fazer um fluxo de caixa “mais ou menos” gera resultados 
medíocres e não ajuda na hora de tomar decisões. “Faça o fluxo de caixa de 
centavos, até contas de papelaria tem que buscar. Se der diferença, entra no 
detalhe e esgota até saber de onde vem a diferença”, ensina. Segundo ele, 
esta é a melhor forma de saber se existe algum tipo de desvio ou se os 
processos estão mal feitos. 
 
Fonte: Site da Revista Exame (www.examecom.br) 
 
 
 
 
Neste tópico verificamos o conceito de fluxo de caixa, e aprendemos 
como representa-lo em forma de diagrama. Verificamos também quais 
as recomendações para a elaboração do diagrama, de forma a 
representar adequadamente as entradas e saídas de valores 
financeiros. 
 
Leia o texto complementar, assista ao vídeo recomendado e realize 
os exercícios propostos. 
 
 
 
Análise Financeira 
Para saber mais sobre gestão financeira, assista ao vídeo no link 
abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=7CsRxuRi2cA 
 
3. Juros Simples 
Como já vimos anteriormente, os juros são uma espécie de “aluguel” 
que pagamos ou recebemos pela disponibilização de um recurso 
financeiro. Em outras palavras, é a remuneração do dinheiro no tempo. Há 
dois tipos de juros que estudaremos, os juros simples e os juros 
compostos. Neste primeiro módulo, nos concentraremos no primeiro 
deles, os juros simples. 
Juros simples: no regime de capitalização simples, ou 
simplesmente juros simples como é conhecido, a taxa de juros incide 
somente sobre o capital, ou seja, sobre o valor que foi inicialmente 
aplicado ou tomado emprestado. Tomemos como exemplo um empréstimo 
tomado no valor de $ 50.000,00, no qual incide uma taxa de 10% ao 
período, durante 5 períodos, sendo pagos ao final dos períodos: 
Período Valor devido Juro 
0 50.000,00 - 
1 55.000,00 5.000,00 
2 60.000,00 5.000,00 
3 65.000,00 5.000,00 
4 70.000,00 5.000,00 
5 75.000,00 5.000,00 
 
https://www.youtube.com/watch?v=7CsRxuRi2cA
 
Análise Financeira 
Podemos perceber que o valor pago de juros é sempre o mesmo, 
pois ele corresponde sempre ao valor inicial, que, neste caso, é $ 
50.000,00. Como esse juro será pago somente ao final dos 5 períodos, o 
valor a ser pago será o capital mais os juros calculados nos 5 períodos, ou 
seja, 75.000,00. 
 
 
Capitalização corresponde ao crescimento do valor 
monetário ao longo do tempo. A capitalização ocorre 
quando há incidência de juros sobre o valor 
inicialmente aplicado, também chamado de capital. 
 
Então, a fórmula que representa os juros capitalizados no regime de 
capitalização simples, é: 
J = VP . i 
 
Onde: 
J = Juros 
VP = Valor Presente ou Capital 
i = Taxa 
 Outras variações desta fórmula podem ser: 
J = VP . i . n 
 Quando queremos saber o total de juros em um dado número de 
períodos (n). 
 
Análise Financeira 
VF = VP + J 
Quando queremos saber o valor futuro (VF). 
VP = VF ÷ (1 + i . n) 
Quando queremos saber o valor presente (VP). 
i = ((VF ÷ VP)-1) ÷ n 
Quando queremos saber o número de períodos (n). 
n = ((VF ÷ VP)-1) ÷ i 
 
 
 
O Valor Futuro (VF) também conhecido como 
Montante. Ele é, portanto, a soma do Valor Presente 
(VP) ou Capital com os juros incorridos no período. 
 
 A taxa pode ser representada ao dia, ao mês, ao bimestre, ao 
semestre, ao ano, etc. Para simplificar isso, de acordo com Bruni e Famá 
(2007), usamos as seguintes abreviações (Figura 4):Análise Financeira 
Figura 4: Abreviaturas empregadas na notação das taxas 
 
Fonte: Adaptado pelo autor de Bruni e Famá, 2007. 
 
 Em relação aos períodos anuais, as operações financeiras podem 
utilizar: 
• Ano civil ou exato: contem 365 dias; 
• Ano comercial: contem 360 dias. 
 
 
Para o cálculo de juros, geralmente é utilizado o ano 
comercial, com 360 dias. Da mesma forma, para 
períodos mensais, utilizamos o mês comercial, com 
30 dias. 
 
Vejamos alguns exemplos de aplicação dos juros simples: 
Exemplo 1: Um capital de $ 1.000,00 foi aplicado a uma taxa de 7% a.m. 
no regime de capitalização simples. Pede-se calcular o valor dos juros 
mensais. 
Solução: aplicando a fórmula: J = VP . i = 1.000 x 0,07 = $ 70,00. 
Caso queiramos saber qual será o valor total dos juros ao final de 8 
meses, por exemplo, basta multiplicarmos o valor dos juros mensais pelo 
total de meses, assim: 70,00 x 8 = $ 560,00. 
 
Análise Financeira 
Obs: Isso seria o mesmo que aplicar a fórmula J = VP . i . n. 
 
Exemplo 2: Uma empresa tomou emprestado o valor de $ 4.500,00 que 
serão pagos dentro de 6 meses, a uma taxa de juros simples de 9% a.m. 
Pede-se calcular o valor futuro desta operação. 
Solução: Para este cálculo, podemos utilizar a fórmula VF = VP + J, 
sabendo que J = VP . i . n. 
Então: 
J = 4.500,00 x 0,09 x 6 
J = 2.430,00 
Assim: 
VF = 4.500,00 + 2.430,00 
VF = $ 6.930,00 
 Temos que, nesta operação, o valor total de juros pagos será de $ 
2.430,00, sendo o valor futuro (VF) igual a soma do valor presente (VP) 
mais os juros (J), ou seja, o valor futuro da operação é igual a $ 6.930,00. 
 
Exemplo 3: Uma aplicação feita no regime de juros simples rendeu um 
montante igual a $ 800,00, após 10 meses, a uma taxa de 5% a.m. Pede-
se obter o valor inicial da operação. 
Solução: para resolver esta questão, vamos utilizar a fórmula: 
VP = VF ÷ (1 + i . n) 
 
 
Análise Financeira 
Então: 
VP = 800,00 ÷ (1 + 0,05 x 10) 
VP = $ 533,33 
 
Exemplo 4: O valor de $ 300,00 foi aplicado por 10 meses, permitindo a 
obtenção de um montante de $ 700,00. Uma vez que o regime de 
capitalização utilizado é o simples, calcule a taxa de juros mensais 
praticada durante a operação. 
Solução: para resolver esta questão, vamos utilizar a fórmula: 
i = ((VF ÷ VP)-1) ÷ n 
Então: 
i = ((700,00 ÷ 300,00) – 1) ÷ 10 
i = 0,1333 ou 13,33% 
 
Exemplo 5: A quantia de $ 570,00 foi obtida como montante de uma 
aplicação de $ 230,00 feita à taxa de 5% a.m. no regime de capitalização 
simples. Calcule o número de períodos da operação. 
Solução: para resolver esta questão, vamos utilizar a fórmula: 
n = ((VF ÷ VP)-1) ÷ i 
Então: 
n = ((570,00 ÷ 230,00) – 1) ÷ 0,05 
n = 0,1333 ou 13,33% 
 
Análise Financeira 
n = 29,57 ou ~30 meses. 
 
 
 
Os juros simples incidem sempre sobre o capital, 
ou valor inicial. Por isso, é também chamado de 
regime de capitalização simples. 
 
 
 
VAMOS FALAR DO ENADE? 
 
 Vejamos o que tem aparecido a respeito deste assunto no ENADE. 
Questão 3: ENADE 2009 – TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA: 
Um capital, C, foi aplicado no regime de juros simples durante certo prazo, N1 e a taxa de juros 
de 2% ao mês, após este período os rendimentos, R1, foram retirados, e o capital restante foi 
reaplicado por outro prazo, N2, ainda sob o regime de juros simples na mesma taxa de juros 
anterior, proporcionando rendimento igual a R2. Sabendo que o prazo N1 + N2 da operação 
inteira foi de um ano e que o rendimento R1 + R2 foi de R$ 360,00 qual o valor do capital C? 
A) R$ 18.000,00 
B) R$ 10.000,00 
C) R$ 1.800,00 
D) R$ 1.500,00 
E) R$ 1.000,00 
 
 
Análise Financeira 
Para resolver esta questão podemos utilizar a fórmula: 
J = VP . i . n 
Então: 
J1 = VP1 . i1 . n1 (R1) 
J1 = VP1 x 0,02 x n1 
J2 = VP2 . i2 . n2 (R2) 
J2 = VP2 x 0,02 x n2 
Somando: 
R1 + R2 = 0,02 x VP x (n1 + n2) 
VP = (R1 + R2) ÷ 0,02 x (n1 + n2) 
Sendo: 
R1 + R2 = 360 
E 
n1 + n2 = 12 
Então: 
VP = 360 ÷ 0,02 x (12) = R$ 1.500,00 
 
Assim, a resposta correta é a alternativa D. 
 
 
 
 
Análise Financeira 
 
Empréstimos: juros simples ou 
compostos? 
 
O contrato de empréstimo, independente da linha, trabalha com juros 
compostos. Trata-se de juros cobrados sobre juros. Entenda a diferença entre 
juros simples e compostos. 
Os juros simples eram utilizados em operações com prazo mais curto, contudo, 
mesmo assim, eram poucas operações que utilizavam o regime de juros 
simples. Atualmente o sistema financeiro utiliza apenas juros compostos, pois 
esse é um regime mais lucrativo. 
Portanto, se você solicitar um empréstimo no banco ou com alguma instituição 
financeira, saiba que estará pagando juros compostos. 
Juros Simples vs. Juros Compostos 
Os juros simples não são mais utilizados porque são menos lucrativos às 
instituições. Eles são calculados tendo o valor da dívida e a primeira prestação 
como base. Desta forma, o valor dos juros não muda, ele sempre será baseado 
no valor total da dívida quando ainda não havia sido pago a primeira parcela. 
Por exemplo, no juros simples, se você solicitar um empréstimo de R$ 10 mil 
e os juros forem de 10%, você sempre pagará 10% de R$ 10 mil (R$ 1.000,00) 
até o fim do empréstimo. 
Já com os juros compostos o cálculo muda. 
Você paga juros em cima do acumulado da dívida, o montante, por isso é mais 
lucrativo para os bancos. Na prática, trata-se de juro sobre juro. 
Por exemplo, se você paga 10% em cima de R$ 10 mil, na segunda parcela o 
montante será R$ 11 mil (R$10 mil da dívida mais R$ 1 mil dos juros), então 
os juros da segunda parcela serão recalculados em cima de R$ 11 mil ao invés 
de R$ 10 mil. 
Literalmente, os juros são aplicados em cima dos juros do mês anterior. 
 
Análise Financeira 
Quando for solicitar um empréstimo, tenha em mente que em seu contrato, os 
juros serão calculados através do regime de juros compostos. Seja ele 
consignado, pessoal, com imóvel em garantia, com veículo em garantia etc. 
 
 
Fonte: https://www.creditas.com.br/revista/emprestimo-juros-simples-ou-compostos/ 
 
 
 
 
Neste tópico vimos o que são juros simples e como calculá-los. Vimos 
também os principais conceitos envolvidos nas operações financeiras, 
tais como Valor Presente, Valor Futuro, Capital, Montante, Taxa, etc. 
 
Leia o texto complementar, assista ao vídeo recomendado e realize 
os exercícios propostos. 
 
Para saber mais sobre o sistema de capitalização simples, assista ao 
vídeo no link abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=yOQtPB4ZnBI 
 
 
 
 
 
https://www.creditas.com.br/revista/emprestimo-juros-simples-ou-compostos/
https://www.youtube.com/watch?v=yOQtPB4ZnBI
 
Análise Financeira 
BIBLIOGRAFIA 
 
BRUNI, Adriano Leal. FAMÁ, Rubens. A matemática das finanças. 2 ed. 
São Paulo, Atlas, 2007. 
CHIAVENATTO, Idalberto. Gestão financeira: uma abordagem 
introdutória. 3 ed. Barueri, SP: Manole, 2014. 
OLIVEIRA, ReginaldoAparecido de. Gestão financeira. Joaçaba, SC: 
Unoesc Virtual, 2014. 
ROSS, Stephen A. et al. Princípios de administração financeira. 2 ed. 
São Paulo: Atlas, 2000. 
SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração financeira da pequena e 
média empresa. São Paulo; Atlas, 2001.

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