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Direito Processual Civil

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Direito Processual Civil
Jurisdição Voluntária
O Juiz poderá dar início de oficio a determinadas demandas de jurisdição voluntária, mitigando o rigor do princípio da demanda, apesar do Novo CPC prever o que o procedimento de jurisdição voluntária terá início por provocação do interessado, do MP e da Defensoria Pública.
Na Jurisdição vluntária o juiz pode produzir provas mesmo contra a vontade das partes.
- O Juiz pode decidir contra a vontade de ambas as partes, algo impensável na Jurisdição contenciosa onde, necessariamente, alguma das partes deverá ter sua pretensão acolhida no todo ou em partes. 
- Juiz pode julgar utilizando-se do juízo de equidade.
Juízo de Equidade
Segundo previsão expressa do artigo 723, § único, juiz não é obrigado a observar a legalidade estrita , podendo adotar em cada caso concreto a solução que reputar mais conveniente e oportuna. Tal dispositivo afasta o juízo de legalidade estrita, dando ao juiz discricionariedade para resolver a demanda da forma mais oportuna e conveniente, ainda que contrariamente à lei, sempre observando o que será melhor para as partes e para o bem comum. 
Participação do MP como fiscal da lei
Por previsão do artigo 721 do CPC, os interessados serão citados e o MP intimado, desde que presentes alguma das situações previstas no artigo 178 do CPC:
- interesse público ou social
- interesse de incapaz
- litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana
Natureza Jurídica da Jurisdição Voluntária
Há debate no sentido de saber tratar-se a jurisdição voluntária de atividade jurisdicional ou mera atividade administrativa (Teoria administrativista – clássica), sustentada esta última, sob o argumento de que o juiz pratica mera administração pública de interesses privados.
TUTELA JURISDICIONAL
A proteção prestada pelo Estado quando provocado por meio de um processo, gerado em razão da lesão ou ameaça de lesão a um direito material.
Espécies de crise jurídica
Ao associar a tutela jurisdicional à espécie de crise jurídica que o demandante busca solucionar por meio do processo, ela poderá ser:
- De conhecimento (meramente declaratória, constitutiva, condenatória)
- Executiva
- Cautelar
A tutela jurisdicional de conhecimento é apta a resolver três espécies de crise jurídica:
a) A tutela meramente declaratória resolve uma crise de certeza; ao declarar a existência, inexistência ou o modo de ser de uma relação jurídica, e excepcionalmente de um fato (autenticidade ou falsidade de um documento art. 19, II, NCPC). A sentença então resolverá a incerteza que existia a respeito daquela relação jurídica ou excepcionalmente do fato descrito no referido art. 19, II.
b) A tutela constitutiva resolve uma crise de situação jurídica, na medida que cria, modifica ou extingue uma relação jurídica. Assim, a sentença cria uma nova situação jurídica, resolvendo-se a crise enfrentada pela situação jurídica anterior. 
c) A tutela condenatória resolve uma crise de inadimplemento, ao reconhecer esse inadimplemento e imputar ao demandado o cumprimento de uma prestação, estará resolvida a crise.
DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
Possibilidade Jurídica do Pedido
Numa análise abstrata do pedido do autor à luz do ordenamento jurídico, são três os possíveis resultados:
a) O pedido está expressamente previsto como apto a receber proteção jurisdicional.
b) Não há nenhuma previsão legal a respeito do pedido.
c) Existe uma expressa vedação na lei ao pedido formulado.
Dos três, somente a vedação legal constitui a impossibilidade jurídica do pedido.
Numa análise abstrata, o juiz considera hipoteticamente que o autor da ação tem razão em seu pedido, e a partir daí verifica a existência ou não de vedação legal. Caso haja, impedida fica a continuidade do processo em razão de sua manifesta inutilidade.
Assim, o pedido será juridicamente impossível quando a pretensão desejada pelo autor for expressamente vedada pelo ordenamento jurídico, o que seria o caso na hipótese de algum estado federado pedir o “desligamento”, ou separação da República Federativa do Brasil. 
Já a causa de pedir será juridicamente impossível quando a ordem jurídica negar aos fatos narrados pelo autor a geração de direitos, hipótese ocorrente em uma ação de cobrança que tem por objeto dívida decorrente de jogo. 
A parte pode gerar impossibilidade jurídica em inúmeras situações, como é o caso da Fazenda Pública que não pode ser executada em quantia certa da forma tradicional (penhora/expropriação).
INTERESSE DE AGIR
Está associado à utilidade da prestação jurisdicional que se pretende obter com a movimentação da máquina jurisdicional. Cabe a autor demonstrar que o provimento jurisdicional pretendido com a ação será capaz de lhe proporcionar uma melhora em sua situação fática, melhora esta que justifique o tempo, energia, e o dinheiro que serão gastos pelo Poder Judiciário na resolução da demanda.
Segundo parcela da doutrina, o interesse de agir deve ser analisado sob dois diferentes aspectos: a necessidade de obtenção da tutela jurisdicional reclamada e a adequação entre o pedido e a proteção jurisdicional que se pretende obter. 
LEGITIMIDADE PARA AGIR
Trata-se de pertinência subjetiva da demana.
ELEMENTOS DA AÇÃO
Servem para identificar a ação, tarefa importante quando se quer comparar uma ação à outra.
Fenômenos como coisa julgada, litispendência e perempção exigem a existência de ações idênticas, enquanto fenômenos como conexão, continência e prejudicialidade	são relevantes em circunstâncias de ações parecidas.
CONEXÃO: Mecanismo processual que leva à reunião de duas ou mais ações para que sejam julgadas conjuntamente. Os critérios para tal reunião referem-se aos elementos da ação, sendo que, neste caso, é necessário que o pedido ou a causa de pedir sejam comuns entre si, não se falando em identidade de partes. A conexão é matéria de ordem pública e pode ser conhecida de ofício pelo juiz a qualquer tempo, exceto nos processos já sentenciados. A conexão pode ser alegada como preliminar de contestação.
PEDIDO
O pedido deve ser certo e determinado.
Pedido imediato: autor deve indicar de forma clara e precisa qual espécie de tutela jurisdicional pretendida.
Pedido mediato: autor deve indicar o gênero do bem de vida pleiteado.
O direito brasileiro não admite pedido incerto.
A determinação exigida pela lei só atinge o pedido mediato, e refere-se à liquidez do pedido, ou seja, a quantidade e a qualidade do bem de vida pretendido.
PEDIDO GENÉRICO
É o que deixa de indicar a quantidade de bens da vida pretendida pelo autor, sendo admitido somente quando houver permissão legal. Registre-se ainda que mesmo no pedido genérico, cabe ao autor fazer o pedido certo, ou seja, deve determinar a espécie de tutela e o gênero do bem de vida.
Possibilidades de pedido genérico
Universalidade de Bens
a) A primeira possibilidade do autor formular pedidos genéricos ocorre quando não é possível a ele individuar na petição inicial os bens demandados. Neste caso, a ação é chamada “Ação Universal”.
Ação Universal é aquela que tem como objeto uma universalidade de bens em situação na qual falte ao autor condições de precisar, já na inicial, os bens efetivamente pretendidos. A universalidade de bens pode ser tanto fática - como por exemplo livros que compõe o acervo de uma biblioteca ou um rebanho – quanti jurídica – por exemplo, herança.
b) Demanda de indenização quando for impossível o valor do dano
A segunda hipótese que possibilita a formulação de pedido genérico por parte do autor decorre de situação em que há impossibilidade de o autor determinar de modo definitivo as consequências do ato ou fato ilícito. Na realidade o ato ou fato pode até ser lícito, desde que danoso e que por ele responda civilmente o réu. Essa impossibilidade decorre da circunstância de o ato ainda não haver exaurido seus efeitos danosos no momento da propositura da demanda.
c) Valor da causa depender de ato a ser praticado pelo réu
Ex: Em ações de prestação de contas quando autor faz pedido de condenação em prestação de contas, cumulado com pedido de pagar o eventual saldoremanescente. Ora, o pagamento do remanescente só terá quantia determinada após a prestação de contas, hipótese em que poderá haver pedido genérico. 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Requisitos para cumulação
A acumulação de pedidos é admitida mesmo que os pedidos não sejam conexos , ou seja, não derivem de uma mesma causa de pedir.
O autor poderá cumular causas de pedir em sua inicial, cumulando também pedidos gerados por cada uma delas, desde que presentes os requisitos previstos no art. 327, § 1º, CPC.
a) Os pedidos devem ser compatíveis entre si
b) Seja competente para conhecer deles o mesmo juízo
c) Seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
Edison e Carlos colidem seus veículos e são conduzidos pela autoridade
policial à delegacia de polícia, onde Edison agride fisicamente Carlos. Na
demanda proposta por Carlos, é admissível a narração da causa de pedir
referente à colisão dos veículos, da qual derivam os pedidos de danos emergentes
e de lucros cessantes e da causa de pedir referente à agressão física,
da qual deriva o pedido de danos morais. Nesse caso, os danos emergentes e
os lucros cessantes são conexos, mas nenhum deles é conexo com o pedido
de reparação de dano moral.
Ainda que o Código preveja que só haverá cumulação de pedidos num único processo contra um mesmo réu, o STJ já decidiu que a cumulação de pedidos é admissível mesmo que a demanda seja proposta com formação de litisconsórcio passivo, dirigindo-se diferentes pedidos para cada um dos réus.
Neste entendimento basta o preenchimento dos requisitos do artigo 327, § 1º, do CPC, e a demonstração que a cumulação – tanto de pedidos como de réus – não gera tumulto procedimental nem prejudica o exercício da ampla defesa.
- pedidos não podem ser incompatíveis entre si
Aplicável somente às espécies de cumulação própria (simples e sucessiva). No caso de cumulação imprópria (subsidiária/eventual e alternativa), não há problema na existência de pedidos incompatíveis, pois se caracterizam na possibilidade de concessão de apenas um dos pedidos formulados, não havendo problema algum na incompatibilidade dos pedidos. 
Guilherme ingressa com ação judicial contra Sara h cumulando dois pedidos:
rescisão contratual e, subsidiariamente, a revisão de algumas cláusulas do
contrato. Trata-se de cumulação imprópria, de forma que se sabe de antemão
que, no máximo, Guilherme terá somente um dos dois pedidos acolhido. Os
pedidos são evidentemente incompatíveis {como é possível se rever cláusula
de contrato rescindido?), mas não há qualquer impedimento a tal cumulação.
CAUSA DE PEDIR
De acordo com a teoria da substanciação a causa de pedir, independente da natureza da ação, é formada apenas pelos fatos jurídicos narrados pelo autor.
Entretanto a doutrina afirma que a causa de pedir não é composta apenas pelos fatos jurídicos narrados pelo autor, e que além dos fatos, também a fundamentação jurídica compõe a causa de pedir, inclusive como determinado no art. 319, III do CPC.

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