Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LITERATURA HISPÂNICA II 2019 Prof.a Luiziane da Silva Rosa Prof.a Mara Gonzalez Bezerra GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 LITERATURA HISPÂNICA II UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 Considerando o contexto histórico dos seguintes excertos retirados de Las Venas Abiertas de América Latina, de Eduardo Galeano (2003), analise as sentenças que seguem e responda V para verdadeiro e F para falso: (1) Durante largos años excavaron los españoles el fondo del lago de México en busca de oro y los objetos preciosos presuntamente escondidos por los indios. Antes de que Francisco Pizarro degollara al inca Atahualpa le arrancó un rescate en “andas de oro y plata” que pesaba más de veinte mil marcos de plata fina, un millón y trescientos veintiséis mil escudos de oro finísimo (p. 36). (2) [...] Golpeaban los utensilios de oro o le daban a martillazos para reducirlos a una forma más fácil y manuable, arrojaban al crisol, para convertir al metal en barras todo el tesoro del templo [...]. La catedral católica se alza sobre las ruinas del templo más importante de Tenochtitlán y el palacio de gobierno está emplazado sobre la residencia de Cuauhtémoc, el jefe azteca ahorcado por Cortés (p. 37). a) (V) O texto 1 trata os motivos pelos quais o capelão Francisco Pizarro mandou matar o índio asteca Atahualpa. b) (V) O texto 2 sugere as técnicas de redução do ouro que facilitam a manipulação e por isso que era feito geralmente em barras. c) (V) O texto 1 sugere que antes de degolar o inca Atahualpa, foi retirada uma grande quantia de ouro e prata. d) (V) Grandes construções, como as igrejas, foram edificadas com ouro ou sobre ruínas de indígenas mesoamericanos. 2 Leia o fragmento a seguir: “Atualmente poucas pessoas ignoram que as historiografias das civilizações extraeuropeias possuem uma dívida de gratidão profunda para com os cronistas nativos da primeira metade do século XVI, dentre os quais se destacam o inca Cuxi Yupanque (1492-1541) e, sobretudo, a princesa asteca Dona Xochiquetzal da Gama (1504-1589). Nascida em Tenochctitlán, capital da Tríplice Aliança que então governava Anáhuac (México Central), na última década que antecedeu o avassalamento 3 LITERATURA HISPÂNICA II lusitano, Xochiquetzal foi uma das primeiras cihuapipiltin (filhas de nobreza asteca) a se transformar numa fidalga lusitana. Contudo, ao contrário do ocorrido com centenas de nomes astecas de sua geração – convertidos à força em lusíadas após terem sido levados para Portugal [...] –, ao desposar Dom Vasco da Gama aos treze anos de idade, Xochiquetzal tornou-se não apenas lusíada de direito pro forma, mas lusitana de fato. Dotada de um poder de síntese invulgar e de um espírito observador aguçado, Xochiquetzal desfrutou do privilégio relativamente raro à época de acompanhar seu marido e a Esquadra do Mundo Oceano ao longo das expedições às Índias e à África. Regressando ao Atlântico, ela presenciou a destruição da cognominada Armada Invencível do Rei Carlos I de Espanha e, meses mais tarde, galgou os Andes junto com as forças aliadas inca-lusíadas durante a intervenção portuguesa na guerra civil que lavrou no Império Inca da terceira década do século XVI” (LODI-RIBEIRO, 2009, p. 4). O fragmento faz parte de uma ucronia (história alternativa de ficção científica com base em episódios da história real da humanidade) de autoria do brasileiro Gerson Lodi-Ribeiro que, sob o pseudônimo de Carla Cristina Pereira, aproveitou também a lenda asteca de Xochiquetzal. Considerando essa alegoria do subgênero, a história dos povos originários da América pouco antes da vinda dos europeus e o destaque que se deu no texto, responda V para sentenças verdadeiras e F para sentenças falsas: a) (F) Os povos originários da América já tinham desenvolvido uma escrita que se aproximava da escrita espanhola e portuguesa. b) (V) Maias e astecas foram os primeiros a registrar em códigos escritos as histórias orais. c) (V) Lendas e mitos como a de Xochiquetzal foram traduzidos por indígenas aos espanhóis, mas foram “perdidos” em conteúdos ao longo dos séculos. d) (F) Os nobres astecas tinham acesso mais fácil aos escritos e histórias orais, muitos deles resumidos a inscrições rupestres ou passados para as suas famílias. 4 LITERATURA HISPÂNICA II FONTE: <https://bit.ly/2JWxwrd>. Acesso em: 1 abr. 2019. a) ( ) Um sistema de escrita mexica que utiliza formas geométricas em tecidos para anotar acontecimentos como se fossem escritos com letras. b) ( ) É um escrito dos mexicas, descoberto e traduzido pelos espanhóis. c) (x) Escrito inca datado do período colonial, chamado de quellcas ou quicas. d) ( ) Obra de artistas do período Pós-Colonial. 3 De acordo com o estudado, a figura a seguir se refere a: TÓPICO 2 1 Leia o fragmento e responda às questões a seguir: La madurez del Siglo de Oro en América El siglo XVII es una época de notable esplendor en las letras americanas, en todos los géneros: épica, lírica, teatro, prosa. Hay una floración de grandes personalidades creadoras, cuyos proyectos y visiones estéticas tienen un grado de complejidad, grandeza y originalidad tal vez sorprendente en un ambiente que sólo había sido introducido a la lengua española y empezado a organizar su vida cultural un siglo atrás. Los proyectos que los ingenios americanos encaran ahora producen una sensación general de madurez, afirmación y certidumbre interna. Bastaría citar dos nombres – el del Inca Garcilaso en la primera parte del siglo y el de Sor Juana Inés de la Cruz en la 5 LITERATURA HISPÂNICA II segunda – para confirmar que la creación literaria ha alcanzado en América las cumbres de la verdadera genialidad; sin olvidar que esos autores están rodeados por numerosos talentos de considerable trascendencia que dan a las letras coloniales un perfil muy definido. (Tampoco hay que olvidar lo que está pasando en otros campos ajenos a la literatura: aparecen escuelas de pintura criolla y estilos mestizos, compositores de música sacra, altas expresiones de la arquitectura y la decoración, etc.). La expansión de la actividad intelectual continúa y supera largamente a la registrada en el siglo anterior hasta convertirse en una realidad con características de una verdadera institución; es decir, deja de ser algo casual y discontinuo (OVIEDO, 1995, p. 173-174). OVIEDO, José Miguel. Historia de la literatura hispanoamericana. De los orígenes a la Emancipación. Madri: Alianza Editorial, 1995. a) Qual é a informação mais importante que o fragmento apresenta? Assinale a alternativa correta: ( ) O século XVII é um período considerado inferior ao Renascimento Europeu. ( ) Sor Juana Inés é a única expressão literária do Século de Ouro. ( ) A produção artística colonial supera de longe a produção peninsular. (x) O escritor Inca Garcilaso alcançou uma fama merecida que beira à genialidade. b) O texto fala de diversos gêneros textuais, qual deles é utilizado para escrever uma obra teatral? ( ) Épico. ( ) Lírico. (x)Dramático. c) Quando o autor menciona estilos mestizos, isso significa: ( ) Um tipo de estilo artístico e único desenvolvido na Europa. (x) Uma arte que mistura diversas influências e as transmite. ( ) Um artista que capta o seu meio e o plasma onde se encontra. ( ) Uma arte autóctone e que se caracteriza por ser barroca. 2 A partir da leitura do soneto de Sor Juana Inés de la Cruz, complete o que se pede: Soneto ¿En perseguirme, mundo, qué interesas? de Sor Juana Inés de la Cruz 6 LITERATURA HISPÂNICA II ¿En perseguirme, mundo, qué interesas? ¿En qué te ofendo, cuando sólo intento poner bellezas en mi entendimiento y no mi entendimiento en las bellezas? Yo no estimo tesoros ni riquezas, y así, siempre me causa más contento poner riquezas en mi entendimiento que no mi entendimiento en las riquezas. Yo no estimo hermosura que vencida es despojo civil de las edades ni riqueza me agrada fementida, teniendo por mejor en mis verdades consumir vanidades de la vida queconsumir la vida en vanidades. FONTE: Soneto. <https://bit.ly/2C1VPOl>. Acesso em: 10 dez. 2018. a) Leia os versos e responda: Qual é a figura de linguagem que se encontra? poner riquezas en mi entendimiento, que no mi entendimiento en las riquezas. ( ) Metáfora. ( ) Oxímoro. (x) Quiasmo. b) O verso Yo no estimo tesoros ni riqueza... se refere a: ( ) Votos de pobreza. ( ) Desprezo por bens materiais. (x) Desinteresse por bens materiais. ( ) Substituição dos bens materiais. c) No segundo quarteto, a que se refere a poeta quando fala de y no mi entendimiento en las bellezas? R.: Se refere à preferência da poeta quanto ao conhecimento intelectual às frivolidades humanas. 7 LITERATURA HISPÂNICA II d) No primeiro verso do primeiro terceto, Sor Juana menciona mais uma vez sua postura sobre os atributos físicos como um fator passageiro. Se refere indiretamente à: (x) Velhice. ( ) Inteligência. ( ) Religiosidade. ( ) Juventude. TÓPICO 1 1 Leia o seguinte fragmento da Carta dirigida a los Españoles Americanos, de Juan Pablo Vizcardo y Guzmán (2012): [...] Sería una blasfemia el imaginar, que el supremo Bienhechor de los hombres haya permitido el descubrimiento del Nuevo Mundo, para que un corto número de pícaros imbéciles fuesen siempre dueños de desolarle, y de tener el placer atroz de despojar a millones de hombres, que no les han dado el menor motivo de queja, de los derechos esenciales recibidos de su mano divina; el imaginar que su sabiduría eterna quisiera privar, al resto del género humano, de las inmensas ventajas que en el orden natural debía procurarles un evento tan grande, y condenarle a desear que el Nuevo Mundo hubiese quedado desconocido para siempre. Esta blasfemia está sin embargo puesta en práctica por el derecho que la España se arroga sobre la América; y la malicia humana ha pervertido el orden natural de las misericordias del Señor, sin hablar de la justicia debida a nuestros intereses particulares para la defensa de la patria. Nosotros estamos obligados a llenar, con todas nuestras fuerzas, las esperanzas de que hasta aquí el género humano ha estado privado. Descubramos otra vez de nuevo la América para todos nuestros hermanos, los habitantes de este globo, de donde la ingratitud, la injusticia y la avaricia más insensata nos han desterrado. La recompensa no será menor para nosotros que para ellos. [...] ¡Plugiese a Dios que este día, el más dichoso que habrá amanecido jamás, no digo para la América, sino para el mundo entero; plugiese a Dios que llegue sin dilación! ¡Cuando a los horrores de la opresión, y de la crueldad, suceda el reino de la razón, de la justicia, de la humanidad; cuando el temor, las angustias, y los gemidos de diez y ocho millones de hombres hagan lugar UNIDADE 2 8 LITERATURA HISPÂNICA II a la confianza mutua, a la más franca satisfacción, y al goce más puro de los beneficios del Creador, cuyo nombre no se emplee más en disfrazar el robo, el fraude, y la ferocidad; cuando sean echados por tierra los odiosos obstáculos que el egoísmo más insensato opone al bienestar de todo el género humano, sacrificando sus verdaderos intereses al placer bárbaro de impedir el bien ajeno, ¡qué agradable y sensible espectáculo presentarán las costas de la América, cubiertas de hombres de todas las naciones, cambiando las producciones de sus países por las nuestras! ¡Cuántos, huyendo de la opresión, o de la miseria, vendrán a enriquecernos con su industria, con sus conocimientos y a reparar nuestra población debilitada! De esta manera la América reunirá las extremidades de la tierra, y sus habitantes serán atados por el interés común de una sola GRANDE FAMILIA DE HERMANOS (VISCARDO Y GUZMÁN, 2012, p. 340-341). FONTE: VISCARDO Y GUZMÁN, Juan Pablo. Carta dirigida a los Españoles Americanos. Alicante: Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 2012. http://www.cervantesvirtual.com/nd/ ark:/59851/bmcp55w5. Acesso em: 24 set. 2018. Após a leitura do fragmento, realize primeiro uma pesquisa sobre o autor e o contexto de sua obra, se possível leia a carta completa, está disponibilizada na íntegra no link das referências, depois responda às questões propostas: a) A carta foi um gênero textual utilizado pela elite intelectual para discutir e afirmar questões relacionadas à busca da independência da coroa espanhola. Um dos motivos de ser utilizado foi porque as cartas eram um meio de comunicação rápido, discreto e sem volume, era fácil de ser escondida e levada de forma clandestina para a Europa ou vice-versa. Neste contexto, assinale a alternativa CORRETA: (x) As cartas, um gênero epistolar muito utilizado na América, serviram como canal para fomentar as guerras independentistas. ( ) O rei da Espanha estava disposto a fazer acordos com os líderes independentistas oferecendo casamentos com a casa real. ( ) Os indígenas da costa leste americana estavam organizados em pelotões para tomar o governo e restaurar o governo dos imperadores astecas, maias e incas. ( ) Vizcardo nega que futuras levas de imigração iriam colaborar na expansão das Américas. b) O jesuíta Juan Pablo Vizcardo escreveu a carta no exílio com o objetivo de incentivar a valorização dos territórios hispano-americanos, neste caso o que o escritor evidencia na carta? Diante do autor e contexto, disserte sobre o conteúdo da carta. 9 LITERATURA HISPÂNICA II R.: Espera-se que o acadêmico responda que o padre Juan Pablo demonstra na carta diversos sentimentos, por exemplo, se nota a tristeza pelo desterro sofrido. Também fala da ingratidão recebida, mas principalmente escreve para conscientizar os habitantes das colônias sobre a importância de gestar uma independência hispano-americana. Descreve os governos europeus como aves de rapina que espoliam o povo por conta de seus interesses. c) Para saber mais sobre a importância das missivas independentistas, preparamos um roteiro para que você realize uma pesquisa sobre as circunstâncias em que a Carta dirigida a los Españoles Americanos foi escrita e responda a estas questões: ● Quem é o escritor e para quem ele escreve? R.: O autor, Juan Pablo Viscardo y Guzmán foi um padre jesuíta. Ele escreveu para os espanhóis residentes nas colônias hispano-americanas. ● Desde que lugar ele escreve? R.: Escreve desde o exílio na França por ocasião da celebração dos “300 anos do Descobrimento da América”. ● Como são vistos os espanhóis nesta carta? R.: Os espanhóis, naquele tempo já eram nascidos em terras hispano- americanas, os crioulos e por conseguinte já tinham sentimentos de nacionalismo e pertencimento ao novo mundo. ● Qual o teor da convocação da carta para os hispano-americanos? R.: Exortava o povo hispano-americano a obter a independência porque eram americanos e tinham uma história local. Já não deviam obedecer a um rei espanhol, longínquo e que tomava as riquezas da terra através da cobrança de tributos pesados sem oferecer nenhum retorno para o povo hispano-americano. ● Como termina o texto? R.: O último parágrafo da carta termina assim: ¡Plugiese a Dios que este día, el más dichoso que habrá amanecido jamás, no digo para la América, sino para el mundo entero; plugiese a Dios que llegue sin dilación! ¡Cuando a los horrores de la opresión, y de la crueldad, suceda el reino de la razón, de la justicia, de la humanidad; cuando el temor, las angustias, y los gemidos de diez y ocho millones de hombres hagan lugar a la confianza mutua, a la más franca satisfacción, y al goce más puro de los beneficios del Creador, cuyo nombre no se emplee más en disfrazar el robo, el fraude, y la ferocidad; cuando sean echados por tierra los odiosos obstáculos que el egoísmo más insensato opone al bienestar de todo el género humano, sacrificando sus verdaderos intereses al placer bárbaro de impedir el bien ajeno, ¡qué agradable y sensible espectáculo presentarán las costas de la América, cubiertas de hombres de todas las naciones, cambiando 10 LITERATURA HISPÂNICAII las producciones de sus países por las nuestras! ¡Cuántos, huyendo de la opresión, o de la miseria, vendrán a enriquecernos con su industria, con sus conocimientos y a reparar nuestra población debilitada! De esta manera la América reunirá las extremidades de la tierra, y sus habitantes serán atados por el interés común de una sola GRANDE FAMILIA DE HERMANO. FONTE: <http://www.cervantesvirtual.com/nd/ark:/59851/bmcp55w5>. Acesso em: 6 abr. 2019. 2 A partir das leituras sobre os acontecimentos desde a chegada dos espanhóis, releia e complete o esquema com os acontecimentos e autores, obras e gêneros mais expressivos das datas mencionadas: R.: Datas Acontecimentos Autores e obras Século XVIII 1700 O século das luzes. Juan Pablo Vizcardo y Guzmán – Carta dirigida a los Españoles Americanos. José De Lizardi – El Periquillo Sarniento. Andrés Bello –Gramática de la lengua Castellana. Século XIX 1800 O movimento independentista iniciado no século XVIII será de grande in f luênc ia na formação de uma literatura hispano-americana local e tomará grande força a partir do século XIX, em que irá ocorrer a independência do maior número de países colonizados por Espanha. José Martí – Amistad Funesta. Ricardo Palma – Tradiciones Peruanas. Esteban Echeverría – La Cautiva. José Hernandez – Martín Fierro. Final do Século XIX A busca pela afirmação de uma literatura nacional. Rubén Dario – Azul. FONTE: As autoras 11 LITERATURA HISPÂNICA II TÓPICO 2 1 Realize em voz alta e dramatizada a leitura do fragmento La victoria de Junín – Canto a Bolívar, de Joaquín José Olmedo, em que o escritor exalta a busca da soberania hispano-americana e um de seus líderes, Bolívar, em que o chama de “el rayo que en Junín rompe”: La victoria de Junín. Canto a Bolívar de José Joaquín Olmedo El trueno horrendo que en fragor revienta y sordo retumbando se dilata por la inflamada esfera, al Dios anuncia que en el cielo impera. Y el rayo que en Junín rompe y ahuyenta la hispana muchedumbre que, más feroz que nunca, amenazaba, a sangre y fuego, eterna servidumbre y el canto de victoria que en ecos mil discurre, ensordeciendo el hondo valle y enriscada cumbre, proclaman a Bolívar en la tierra árbitro de la paz y de la guerra. Las soberbias pirámides que al cielo el arte humano osado levantaba para hablar a los siglos y naciones -templos do esclavas manos deificaban en pompa a sus tiranos-, ludibrio son del tiempo, que con su ala débil, las toca y las derriba al suelo, después que en fácil juego el fugaz viento borró sus mentirosas inscripciones; y bajo los escombros, confundido entre la sombra del eterno olvido -¡oh de ambición y de miseria ejemplo!- el sacerdote yace, el dios y el templo. Mas los sublimes montes, cuya frente a la región etérea se levanta, que ven las tempestades a su planta brillar, rugir, romperse, disiparse, los Andes, las enormes, estupendas moles sentadas sobre bases de oro, la tierra con su peso equilibrando, jamás se moverán. Ellos, burlando de ajena envidia y del protervo tiempo la furia y el poder serán eternos de libertad y de victoria heraldos, que con eco profundo, a la postrema edad dirán del mundo: «Nosotros vimos de Junín el campo, vimos que al desplegarse del Perú y de Colombia las banderas, se turban las legiones altaneras, huye el fiero español despavorido, o pide paz rendido. Venció Bolívar, el Perú fue libre, y en triunfal pompa Libertad sagrada en el templo del Sol fue colocada.» ¿Quién me dará templar el voraz fuego en que ardo todo yo? Trémula, incierta, torpe la mano va sobre la lira dando discorde son. ¿Quién me liberta del dios que me fatiga...? Siento unas veces la rebelde Musa cual bacante en furor, vagar incierta por medio de las plazas bulliciosas, o sola por las selvas silenciosas, o las risueñas playas que manso lame el caudaloso Guayas otras el vuelo arrebatada tiende sobre los montes, y de allí desciende al campo de Junín, y ardiendo en ira, los numerosos escuadrones mira, que el odiado pendón de España arbolan, y en cristado morrión y peto armada, cual amazona fiera, se mezcla entre las filas la primera de todos los guerreros, y a combatir con ellos se adelanta, triunfa con ellos y sus triunfos canta. [...] FONTE: OLMEDO, José Joaquín. La victoria de Junín. Canto a Bolívar. Alicante: Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 1999. Poema completo: <https://bit.ly/2NqG9Md>. Acesso em: 20 set. 2018. 12 LITERATURA HISPÂNICA II 2 Realize um estudo interdisciplinar sobre o tema do poema e amplie seu conhecimento literário e da língua espanhola respondendo às questões propostas. Lembre-se de que estas autoatividades sempre podem ser adaptadas para seu estágio, e fazendo pequenas modificações é possível escrever um projeto didático para suas aulas de Espanhol. a) Depois de sua leitura, escute o poema declamado e repasse as palavras em que encontrou dificuldade de pronúncia. La Victoria de Junín – Canto a Bolívar. Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=C40CCjSoMpc. R.: Resposta esperada de possíveis palavras: Junín, osado, moles, protervo etc. b) O título se torna importante porque instiga o leitor e indica o tema central do poema, por isso antecipa o que trata a obra. Troque o título (La victoria de Junín. Canto a Bolívar) e apresente a sua proposta. Justifique. R.: Resposta subjetiva, o esperado: Elogios a Bolívar por haber vencido la guerra en Junín ou Bolívar e a vitória da América... Neste caso houve uma inversão sintática e mudanças lexicais, porém ainda expressa o sentimento que o poema desenvolve. c) O poema apresenta as características neoclássicas. Identifique duas e justifique. Por exemplo: no verso “Las soberbias pirámides” aludem ao Egito, mas neste poema são um paralelo com a Cordilheira dos Andes. R.: Exemplo: Siento unas veces la rebelde Musa… musa é uma referência à literatura mitológica grega e um personagem de temas clássicos. d) Escolha um excerto do poema e reescreva para um texto modificando o gênero textual, como uma carta, um relato, ou mesmo uma crônica, mantendo o fio condutor da narrativa do poema. R.: Verso: Las soberbias pirámides que al cielo el arte humano osado levantaba para hablar a los siglos y naciones Ex.: Carta: Estimados amigos: escrevo porque preciso contar o que acabei de ver, umas montanhas fantásticas como pirâmides! São muito altas, parecem tocar o céu com a ponta, nem parece que são naturais, antes cortadas por mãos humanas e ainda permanecem intactas por tantos séculos como testemunhas vivas. e) Escolha uma estrofe do poema e faça a tradução para a língua portuguesa, cuidando com a rima e métrica do poema. R.: Resposta subjetiva: 13 LITERATURA HISPÂNICA II Poema em espanhol Tradução para o português Exemplo: Las soberbias pirámides que al cielo el arte humano osado levantaba para hablar a los siglos y naciones... Exemplo: As soberbas pirâmides ao céu apontam arte humana ousada testemunham a séculos e nações... f) No fragmento apresentado encontramos palavras conhecidas do leitor de Olmedo, por exemplo, Junín. Identifique algumas que são desconhecidas para você, faça uma lista e coloque a tradução em português ou uma explicação para a palavra. Verifique se a tradução faz sentido no contexto em que a palavra foi utilizada. Busque em dicionários bilíngues ou monolíngues e pesquise em corpus linguísticos, como o Corpus Lingue, em que você pode verificar o uso no contexto (https://www.linguee.com. br/portugues-espanhol). Damos o primeiro exemplo utilizando a palavra templar para que você possa ver como sugerimos que seja feita a autoatividade: Palavra Versos em que se localiza a palavra Tradução/Significado templar FONTE em que foi pesquisada a palavra templar em contexto: https://www.linguee. com.br/portugues- espanhol/search?sou rce=auto&query=tem plar+ ¿Quién me dará templar el voraz fuego en que ardo todo yo? Trémula, incierta,[...] Neste caso se refere a temperar, ou seja, graduar a temperatura do fogo. g) Identifique e transcreva ocorrências de figuras de linguagem nos versos do poema. R.: Exemplos: Cesó el canto, los cielos aplaudieron – personificação. al Dios anuncia que en el cielo impera – hipérbole em que a figura compara Bolívar a um deus. 14 LITERATURA HISPÂNICA II Las soberbias pirámides que al cielo – metáfora de cordilheiras. Huye el fiero español despavorido, o pide paz rendida – antítese – o espanhol não sabe se foge ou fica. TÓPICO 3 1 Faça uma leitura dramatizada do poema Margarita Debayle (2003), escrito por Rubén Darío, o poeta modernista, em voz alta, de pé e imagine estar de frente a uma plateia: QUADRO 5 – MARGARITA DEBAYLE Margarita está linda la mar, y el viento lleva esencia sutil de azahar; yo siento en el alma una alondra cantar; tu acento: Margarita, te voy a contar un cuento: Esto era un rey que tenía un palacio de diamantes, una tienda hecha de día y un rebaño de elefantes, un kiosko de malaquita, un gran manto de tisú, y una gentil princesita, tan bonita, Margarita, tan bonita, como tú. Una tarde, la princesa vio una estrella aparecer; la princesa era traviesa y la quiso ir a coger. La quería para hacerla decorar un prendedor, con un verso y una perla y una pluma y una flor. Las princesas primorosas se parecen mucho a ti: cortan lirios, cortan rosas, cortan astros. Son así. La princesa no mentía. Y así, dijo la verdad: «Fui a cortar la estrella mía a la azul inmensidad». Y el rey clama: «¿No te he dicho que el azul no hay que cortar? ¡Qué locura!, ¡Qué capricho!... El Señor se va a enojar». Y ella dice: «No hubo intento; yo me fui no sé por qué. Por las olas por el viento fui a la estrella y la corté». Y el papá dice enojado: «Un castigo has de tener: vuelve al cielo y lo robado vas ahora a devolver». La princesa se entristece por su dulce flor de luz, cuando entonces aparece sonriendo el Buen Jesús. Y así dice: «En mis campiñas esa rosa le ofrecí; son mis flores de las niñas que al soñar piensan en mí». Viste el rey pompas brillantes, y luego hace desfilar cuatrocientos elefantes a la orilla de la mar. 15 LITERATURA HISPÂNICA II Pues se fue la niña bella, bajo el cielo y sobre el mar, a cortar la blanca estrella que la hacía suspirar. Y siguió camino arriba, por la luna y más allá; más lo malo es que ella iba sin permiso de papá. Cuando estuvo ya de vuelta de los parques del Señor, se miraba toda envuelta en un dulce resplandor. Y el rey dijo: «¿Qué te has hecho? te he buscado y no te hallé; y ¿qué tienes en el pecho que encendido se te ve?». La princesita está bella, pues ya tiene el prendedor en que lucen, con la estrella, verso, perla, pluma y flor. * * * Margarita, está linda la mar, y el viento lleva esencia sutil de azahar: tu aliento. Ya que lejos de mí vas a estar, guarda, niña, un gentil pensamiento al que un día te quiso contar un cuento. FONTE: <http://www.biblioteca.org.ar/libros/80.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018. 2 Assista à animação realizada a partir do poema Margarita Debayle, disponível on-line em: https://youtu.be/DOIa1jMzPgg. 3 A c e s s e o v í d e o - q u i s ( h t t p s : / / e s . e d u c a p l a y. c o m / e s / recursoseducativos/1867653/ruben_dario.htm). À medida que o vídeo avança, ele irá parar e você deve responder às perguntas a partir da sua leitura do poema e da animação. 4 Complete os dados autobiográficos de Rubén Darío a partir deste jogo sobre os dados do escritor. Você pode realizar on-line ou em papel. De qualquer forma, a diversão e aprendizagem estão garantidas. Você já sabe o significado de Azul na obra do escritor? Então, se precisar, faça uma pesquisa antes para reconhecer ao que se referem as palavras. Acesse: https://www.educaplay.com/es/ actividades/1753338/actividad.swf. 5 Escreva um breve comentário por escrito do poema Margarita Debayle e lembre de apontar uma experiência própria sobre a leitura do texto poético. Lembre-se de que na poesia a forma como o tema central é desenvolvido é importante. 16 LITERATURA HISPÂNICA II R.: Possível resposta: aprender a construir o sentido do texto, produto da criação de um escritor, é descobrir também a visão que um leitor tem do mundo e de si mesmo, já que a leitura de um poema não se constitui apenas de elementos morfológicos ou sintáticos, mas também da função estética e o que gera como experiência interativa para o leitor. 6 Por meio de um exercício de mudança de gênero textual, escreva uma versão em prosa de alguns versos do poema Margarita Debayle. Sugerimos um gênero breve, como um conto, uma crônica, uma carta, e observe que o tema principal continua, apenas a forma de contar se torna diferente. Registre as suas impressões pessoais após realizar o exercício. R.: Exemplo de resposta: Viste el rey pompas brillantes, y luego hace desfilar cuatrocientos elefantes a la orilla de la mar. Oi Amigo, hoje estava no palácio da minha amiga Margarita quando vi que o rei vestido com suas melhores roupas se dirigiu para a beira do mar, porque ele mandaria desfilar quatrocentos elefantes. na volta conto mais. abraços, Maria. A escrita implica escolher a prosa ou verso, por isso, ao modificar o gênero textual de um texto, modifica-se a forma. Neste exercício se perde a rima e a métrica ao passar para a prosa, porém se adquire uma outra linguagem sintática, por isso o exercício permite adaptações e passa pelas escolhas do escritor que se torna autor do texto também. 17 LITERATURA HISPÂNICA II UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 A respeito do movimento literário do Modernismo hispânico, escolha a alternativa com sequência correta de V (Verdadeira) ou F (Falsa): I- O Modernismo hispânico tem como grande referencial e iniciador o poeta nicaraguense Rubén Darío, que publicou “Azul” em 1888 durante sua estância no Chile. II- No seguinte fragmento: “Era mui aficionado a las artes el soberano, y favorecía con gran largueza a sus músicos, a sus hacedores de ditirambos, pintores, escultores, boticarios, barberos y maestros de esgrima” (DARÍO, s.d., s.p.), uma das características do Modernismo hispano-americano faz referência frequente à Idade Média, dando ênfase a ela ou a colocando como fonte de inspiração. III- A frase extraída do excerto abaixo: “bellos libros sobre cuestiones gramaticales” e que valoriza a gramática refere-se a Dario? “El rei tenía un palacio soberbio donde había acumulado riquezas y objetos de arte maravillosos. Llegaba a él por entre grupos de lilas y estensos estanques, siendo saludado por los cisnes de cuellos blancos, antes que por los lacayos estirados. Buen gusto. Subía por una escalera llena de columnas de alabastro y de esmaragdina, que tenía a los lados leones de mármol como los de los tronos salomónicos. Refinamiento. A más de los cisnes, tenía una vasta pajarera, como amante de la armonía, del arrullo, del trino; y cerca de ella iba a ensanchar su espíritu, leyendo novelas de M. Ohnet, o bellos libros sobre cuestiones gramaticales, o críticas hermosillescas. Eso sí: defensor acérrimo de la corrección académica en letras, y del modo lamido en artes; ¡alma sublime amante de la lija y de la ortografía!” a) ( ) V, F, F. b) (x) V, V, F. c) ( ) V, F, V. d) ( ) V, V, V. 2 De acordo com os conhecimentos gerais sobre literatura hispano- americana, responda às questões propostas e assinale a alternativa correta: 18 LITERATURA HISPÂNICA II Questão A I- A narrativa hispano-americana se tornou empobrecida no século XIX. II- Os escritores hispano-americanos escreveram em prosa e verso. III- Alguns escritores atravessaram décadas e movimentos literários. É correto o que se afirma em: a) ( ) I, apenas. b) ( ) III, apenas. c) ( ) I e II, apenas d) (x) II e III, apenas Questão B I- A literatura se tornou um tipo de escrita refinada e sofisticada somente a partir de 1970. II-Os escritores realizaram escolhas lexicais “complexas” da língua portuguesa. III- Rima e métrica são elementos característicos do verso. É correto o que se afirma em: a) ( ) I, apenas. b) (x) III, apenas. c) ( ) I e II, apenas d) ( ) II e III, apenas Questão C I- Cubismo e Futurismo são movimentos inseridos na Vanguarda. II- Huidobro, autor de Altazor, foi precursor do Creacionismo. III- Borges teve uma fase inicial de escritor conhecida como o jovem Borges. É correto o que se afirma em: a) ( ) I, apenas. b) ( ) III, apenas. c) ( ) I e II, apenas d) (x) I, II e III. TÓPICO 2 1 Apresentamos aqui um excerto do conto Talpa, de Juan Rulfo, encontrado na obra El LLano en Llamas. Faça a atividade proposta depois da leitura. 19 LITERATURA HISPÂNICA II Talpa Natalia se metió entre los brazos de su madre y lloró largamente allí con un llanto quedito. Era un llanto aguantado por muchos días, guardado hasta ahora que regresamos a Zenzontla y vio a su madre y comenzó a sentirse con ganas de consuelo. Sin embargo, antes, entre los trabajos de tantos días difíciles, cuando tuvimos que enterrar a Tanilo en un pozo de la tierra de Talpa, sin que nadie nos ayudara, cuando ella y yo, los dos solos, juntamos nuestras fuerzas y nos pusimos a escarbar la sepultura desenterrando los terrones con nuestras manos – dándonos prisa para esconder pronto a Tanilo dentro del pozo y que no siguiera espantando ya a nadie con el olor de su aire lleno de muerte –, entonces no lloró. Ni después, al regreso, cuando nos vinimos caminando de noche sin conocer el sosiego, andando a tientas como dormidos y pisando con pasos que parecían golpes sobre la sepultura de Tanilo. En ese entonces, Natalia parecía estar endurecida y traer el corazón apretado para no sentirlo bullir dentro de ella. Pero de sus ojos no salió ninguna lágrima. [...] Porque la cosa es que a Tanilo Santos entre Natalia y yo lo matamos. Lo llevamos a Talpa para que se muriera. Y se murió. Sabíamos que no aguantaría tanto camino; pero, así y todo, lo llevamos empujándolo entre los dos, pensando acabar con él para siempre. Eso hicimos. La idea de ir a Talpa salió de mi hermano Tanilo. A él se le ocurrió primero que a nadie. Desde hacía años que estaba pidiendo que lo llevaran. Desde hacía años. Desde aquel día en que amaneció con unas ampollas moradas repartidas en los brazos y las piernas. Cuando después las ampollas se le convirtieron en llagas por donde no salía nada de sangre y sí una cosa amarilla como goma de copal que destilaba agua espesa. Desde entonces me acuerdo muy bien que nos dijo cuánto miedo sentía de no tener ya remedio. Para eso quería ir a ver a la Virgen de Talpa; para que Ella con su mirada le curara sus llagas. Aunque sabía que Talpa estaba lejos y que tendríamos que caminar mucho debajo del sol de los días y del frío de las noches de marzo, así y todo quería ir. [...] 20 LITERATURA HISPÂNICA II Y de eso nos agarramos Natalia y yo para llevarlo. Yo tenía que acompañar a Tanilo porque era mi hermano. Natalia tendría que ir también, de todos modos, porque era su mujer. Tenía que ayudarlo llevándolo del brazo, sopesándolo a la ida y tal vez a la vuelta sobre sus hombros, mientras él arrastrara su esperanza. [...] FONTE: RULFO, Juan. El Llano en Llamas. 11. ed. Madri: Cátedra, 1999. http://ciudadseva. com/texto/talpa/. Acesso em: 19 dez. 2018. Após a leitura do fragmento e do texto na íntegra indicado na fonte, leia as perguntas e responda às perguntas a seguir: a) Analise o texto e destaque algumas características da narrativa. R.: A narrativa apresenta elementos realistas, assim como saltos temporais, uma técnica que Rulfo trabalha muito bem e coloca a natureza humana em xeque, já que a princípio mostra os ardis dos cunhados e depois mostra o remorso a partir das consequências do plano idealizado para levar Tanilo à morte, pois ele estava muito doente. b) Explique brevemente o conflito sofrido pelos personagens. R.: Resumo de Talpa: “El cuento narra la historia de Tanilo que, víctima de una enfermedad repugnante, decide ir al santuario de Talpa para implorar la curación de la Virgen. Natalia, la esposa y un hermano del enfermo, lo acompañan. El milagro no se realiza; en vez de recuperar la salud, el peregrino muere frente a la imagen invocada. A la ida, durante las pausas nocturnas, cuñado y cuñada tienen encuentros íntimos. A la vuelta, muerto Tanilo, lo que fuera motivo de placer se convierte en fuente de remordimiento que aísla a los ex-amantes”. FONTE: ALCARAZ, Rafael Camorlinga. El tema religioso en Talpa, cuento de Juan Rulfo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISPANISTAS, 2., 2002, São Paulo. Associação Brasileira de Hispanistas. https://bit.ly/2ASkq7u. Acesso em: 19 dez. 2018. c) Quem narra a história? R.: O narrador, cunhado de Natália, irmão de Tanilo, conta em primeira pessoa os fatos da história. Nota-se que a história começa pelo final já que causa estranheza o pranto de Natália quando encontra com a mãe. d) Escreva um final diferente para o conto no qual os personagens tenham seus destinos mudados. Sugerimos, se possível, que você escreva em língua espanhola. R.: Espera-se que o aluno desenvolva sua criatividade e faça uma desconstrução do conto de acordo ao fragmento que escolher. 21 LITERATURA HISPÂNICA II 2 A partir da leitura do fragmento extraído do poema Tú me quieres blanca... de Alfonsina Storni (1892-1938), responda às seguintes perguntas sobre o poema: QUADRO – POEMA TÚ ME QUIERES BLANCA... DE ALFONSINA STORNI Tú me quieres alba, me quieres de espuma, me quieres de nácar. Que sea azucena sobre todas casta, de perfume tenue, corola cerrada, ni un rayo de luna filtrado me haya, ni una margarita se diga mi hermana. Tú me quieres nívea, tú me quieres blanca, tú me quieres casta. ¡Tú, que hubiste todas las copas a mano; de frutas y mieles los labios morados! Tú, que en el banquete cubierto de pámpanos, dejaste las carnes festejando a Baco. ¡Tú, que en los jardines negros del Engaño vestido de rojo corriste al Estrago! ¡Tú, que el esqueleto conservas intacto, no sé todavía por cuáles milagros, me pretendes blanca... (Dios te lo perdone) me pretendes casta... (Dios te lo perdone) me pretendes alba! [...] FONTE: STORNI, Alfonsina. Tú me quieres alba. Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes. Alicante: Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 2014. https://bit.ly/2sC0Qrn. Acesso em: 15 dez. 2018. a) Reflita sobre o tema do poema tendo em conta o pensamento da autora sobre o feminismo a busca de um lugar reconhecido para a mulher nos espações literários. R.: A autora, através de metáforas, discute a idealização da mulher com os diversos papéis femininos esperados e questiona as diferenças quando comparadas com o sexo oposto, um exemplo pertinente à época, em que Alfonsina escreveu, era a falta de valorização intelectual e a pouca produção feminina no mercado editorial e publicação de literatura. 22 LITERATURA HISPÂNICA II TÓPICO 3 A partir da leitura do fragmento El Arco y la Lira, de Octavio Paz, ordene sintaticamente as orações do texto desordenado a seguir e organize artigos, conjunções, pontuações e preposições, quando necessário: único poema es Cada. En late, mayor cada obra con o menor intensidad, la poesía toda. la lectura de un Por tanto, solo poema nos revelará con mayor certeza que cualquier histórica o poesía filológica qué es la investigación. Pero del experiencia la poema – su a lectura recitación través o la de la recreación – ostenta heterogeneidad también una desconcertante pluralidad y . la lectura se presenta como Casi siempre la revelación de ajeno poesía algo a la dicha propiamente. FONTE: PAZ, Octavio. El Arco y la Lira. El poema, la revelación poética, poesía e história. 3. ed. México: Fondo de cultura económico, 1972. p. 23-24. R.: Fragmento ordenado El Arco y la Lira, de Octávio Paz: Cada poema es único. En cada obra late, conmayor o menor intensidad, toda la poesía. Por tanto, la lectura de un solo poema nos revelará con mayor certeza que cualquier investigación histórica o filológica qué es la poesía. Pero la experiencia del poema – su recreación a través de la lectura o la recitación – también ostenta una desconcertante pluralidad y heterogeneidad. Casi siempre la lectura se presenta como la revelación de algo ajeno a la poesía propiamente dicha. 2 A partir do Poema II da coletânea Veinte poemas de amor y una canción desesperada (1923), de Pablo Neruda (1990, s.p.), responda às questões propostas a seguir: Poema II En su llama mortal la luz te envuelve. Absorta, pálida doliente, así situada contra las viejas hélices del crepúsculo que en torno a ti da vueltas. Muda, mi amiga, sola en lo solitario de esta hora de muertes y llena de las vidas del fuego, pura heredera del día destruído. 23 LITERATURA HISPÂNICA II Del sol cae un racimo en tu vestido oscuro. De la noche las grandes raíces crecen de súbito desde tu alma, y a lo exterior regresan las cosas en ti ocultas. de modo que un pueblo pálido y azul de ti recién nacido se alimenta. Oh grandiosa y fecunda y magnética esclava círculo que en negro y dorado sucede: erguida, trata y logra una creación tan viva que sucumben sus flores, y llena es de tristeza. FONTE: <https://bit.ly/2TVN26U>. Acesso em: 16 nov. 2018. a) Leia o poema em voz alta, devagar e respeitando a pontuação. Observe onde recaem as sílabas tônicas. R.: O acadêmico deve fazer uma leitura em voz alta, respeitando a pontuação e fazendo a entonação adequada. b) Faça um breve resumo e identifique sobre o que o poeta está falando. R.: Trata-se da tristeza do poeta pela ausência da amada, assim como pressupõe que a amada sinta a falta do amor também. c) Identifique e escreva a estrutura do poema. R.: Poema de verso livre, quatro estrofes, apresenta na terceira uma aglutinação e não tem forma predefinida (não é soneto, redondilha etc.), rima assonante. O poema é literário, com frases curtas, no máximo dois versos. d) Identifique e transcreva uma metáfora do poema. R.: Tem várias, um exemplo: “las viejas hélices del crepúsculo” se refere ao fato passar mais um dia. 3 Leia a seguir a letra da canção de Juanes, chamada Rosario Tijeras, que conta a vida de uma sicaria (pessoa contratada para matar outras pessoas em troca de dinheiro). A canção pertence ao disco Mi Sangre (2004) e traz a famosa obra colombiana de Jorge Franco, de mesmo nome. Perceba como a personagem está colocada na canção e faça uma breve descrição dela e de sua situação social. 24 LITERATURA HISPÂNICA II Rosario Tijeras (JUANES) Y se llamaba Rosario, del barrio era la manda más Con su pistola en la mano siempre lista pa'matar En odios y desengaños Rosario era la number one Nunca amó ni la amaron Y en sus ojos siempre el dolor existió Todo fue porque en su niñez Un malpa la violó y ella se vengó Era Rosario Tijeras, la de pistola, espejito y labial en su cartera siempre llena de vicio sexo, balas, placer y dolor las de las mil y una vidas, pam pam pam.. Rosario! Nunca amó ni la amaron Y en sus ojos siempre el dolor existió y todo fue porque en su niñez Un malpa la violó y ella se vengó Y confundió el amor fue una bala lo que entró en su corazón Nunca jamás lloró y en su alma siempre un llanto se escuchó De tantos que mató uno vino mal herido y se vengó Rosario así murió y en el cementerio nadie la lloró FONTE: <https://www.vagalume.com.br/juanes/rosario-tijeras.html>. Acesso em: 22 abr. 2019. R.: Espera-se que o acadêmico faça uma leitura simples do perfil da personagem a partir do que aponta a canção: uma mulher vaidosa, que sofreu na vida por conta da violência e da falta de oportunidades e se tornou uma mulher vingativa. O perfil da personagem associado à conjuntura do narcotráfico na Colômbia permitiu a construção de obras baseadas na vida do sicariado, tratado na novela como alguém que se torna o que é pela má situação social em que se encontra. O acadêmico pode complementar o perfil com outras fontes facilmente encontradas na internet, se desejar.
Compartilhar