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Filósofos Contemporâneos | Willian Wherell | Karl Popper | Thomas Kuhn | Imre Lakatos | História e Filosofia da Ciência | Resumo

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@bolzan.studies
História e Filosofia da Ciência
- Willian Wherell
Foi o primeiro filósofo da ciência “de verdade”. Ele rejeitou a concepção de Hume, de que indução (provar uma regra ou uma lei por referência a exemplos singulares de dados e observações) não estava correta, mesmo não negando a força lógica do argumento. Não se pode provar uma universalização, não importando quantos pedaços você tem que manipular. Wherell propôs o que ele chamou de ‘consiliência de induções’ – quanto mais casos indutivos você possuir baseado em dados, mais confiável é a generalização.
Contexto da descoberta: a buscar de motivações internas (pessoais) para tornar uma teoria verdadeira. Ex.: pessoais, psicológicas.
Contexto da justificativa: a que resultados uma teoria chegou e o que a torna verdade.
- Positivismo lógico (neopositivismo)
É um sistema filosófico criado pelo círculo de Viena no século XX na Áustria. Este grupo de filósofos reunia-se semanalmente para discutir a base de fundamentação de conhecimentos verdadeiros.
Pelo positivismo lógico uma hipótese só pode ser considerada válida se suas previsões puderem passar por um teste empírico, ou seja, se suas previsões puderem ser observáveis ou observadas pelos órgãos dos sentidos. 
A filosofia para o neopositivistas é um conhecimento autocentrado, os mesmos viam a filosofia como a explicação de coisa alguma, pois a filosofia postulava entidades sem explicar os fenômenos observados.
Um exemplo que pode ser tomado como verdade para os positivistas lógicos: eu posso pegar uma caixa de “especialidades Nestlé” e dizer que dentro dela vão ter 3 charges. Bastaria abrir a caixa e contar a quantidade de charges que ela contém, se fosse 3 minha hipótese estaria confirmada de forma empírica e passaria a ser chamada de teoria. A teoria permaneceria válida até que uma caixa de “especialidades Nestlé” que contivesse uma quantidade de charges diferente de 3 fosse encontrada.
Observamos, portanto pelo método do positivismo lógico: “toda teoria era válida até que se provasse o contrário e o conhecimento científico podia ser quantificado de forma probabilística”, ou seja, quanto mais caixas de especialidades Nestlé fossem abertas e contivessem 3 charges, mas provável era de que o enunciado “toda caixa de especialidades Nestlé tem apenas três charges” fosse verdade.
Podemos afirmar que o positivismo lógico:
a) estabelecia o empirismo como o diferencial do que era científico e do que era metafísico e;
b) pregava a progressão do conhecimento científico.
Indutivismo confirmabilista
Indução: algo que vai do particular para o geral. 
a) Ingênuo: inicia-se na observação. Ex.: todos os cisnes são brancos.
b) Confirmabilista: não deduzir que algo sempre será.
- Karl Popper e o falsificacionismo
Karl Popper tem um racionalismo crítico, pois para ele as teorias nunca nos trazem as verdades absolutas, mas ampliam nosso olhar quanto à verdade.
O que é ciência?
Toda teoria é conjectural, ou seja, fazem parte de um momento que nos faz refletir. Para Popper a teoria seria uma forma de acessar a realidade e ela diz como algo se justifica e como ele deve ser abandonado. E também é por onde eu espelho a natureza.
Popper refuta o método indutivista, o qual diz que a criação da verdade nasce a partir de uma série de eventos particulares, ou seja, eu encontro a verdade após meu experimento dá certo várias vezes no mundo empírico.
Popper busca desenvolver o método dedutivo hipotético onde nós devemos buscar uma hipótese científica e a partir dos testes verem se aquela hipótese faz sentido e pode ser validada ou não. Ao invés de procurar evidências que apoiem, Karl Popper argumentou que os cientistas deveriam procurar refutar suas próprias hipóteses, surgindo então o que ele chamou de falsificacionismo.
“O erro é o motor da ciência.” O erro não é visto como algo ruim, mas como uma forma para consertar algo/avançar em uma teoria. E para ele as teorias mais seguras e consistentes são aquelas que sobrevivem um maior tempo sem serem falsificadas.
 Popper valorização o aspecto criativo (invenção) da ciência.
Segundo Karl Popper, mesmo a teoria científica são palpites – pois não podem ser provadas pelas observações: são apenas conjecturas não refutadas.
Popper chama isso de “problema da demarcação” – qual é a diferença entre ciência e as outras formas de crença (não ciência)? A sua resposta é que a ciência, ao contrário da superstição, pelo menos é falsificável, mesmo que não possa ser provada. As teorias científicas estão formuladas em termos precisos, e por isso conduzem a previsões definidas.
Pelo contrário, o sistema de crenças como a astrologia são irremediavelmente vagos, de tal modo que se torna impossível mostrar que estão claramente errados.
O que motiva a ciência, segundo Popper, não é a busca pela verdade, mas a busca de um espaço de debate. E a ciência deve se aproximar de um espaço público (livre) para o debate. 
Para Popper a ciência não é apenas contemplação (verificação empírica), pois assim seria algo que tenderia ao infinito até que fosse encontrada uma “hipótese concreta contra”. Ex.: Todas as aves voam. Até que fosse encontrada uma ave que não voa, esta hipótese seria considerada verdadeira. E que a dedução e indução são métodos que manipulam a ciência.
Hipótese ad-hoc (adições de hipóteses “estranhas” a uma teoria para salvá-la de ser falseada). Esta hipótese compensa anomalias não previstas pela teoria em sua forma original, ainda não modificada.
Busca o porquê de uma determinada exceção não ocorrer.
Exemplo: A água ferve a 100 ºC, mas na cordilheira dos Andes isto não ocorre devido à altitude e a água pode ferver a temperaturas menores.
- Thomas Kuhn
Ele “contesta” o pensamento de Karl Popper, dizendo que a ciência na avança como dizia o falsificacionismo, ela não avança pelas refutações de ideias. A falsificação por ser um critério totalmente neutro, que é a observação. 
Thomas Kuhn tenta realizar o desenvolvimento da ciência, para ele existem períodos de:
a) Ciência normal: são períodos de estabilidade, onde as hipóteses são seguras (não crítica), o período de ciência cumulativa, como uma parede aonde eu vou acrescentando tijolos e obtenho um resultado final. Ex.: A lei de Boyle, por exemplo, uniu pressão, volume e força (já existentes) e desenvolveu uma nova teoria que se relaciona essas constantes (houve, portanto, uma manipulação de valores).
b) Ciência extraordinária: Onde é desenvolvido um novo paradigma/uma nova linguagem, ou seja, troca do quadro referencial pela busca por resultados melhores. 
Paradigma: é algo bem confiável, padrão que a ciência assume para tratar dos fenômenos. 
Acaba, portanto, dogmatizando o cientista.
- Função do dogma na ciência:
a) acuidade (maior intensidade dos sentidos) para produzir anomalias que são eventos que destoam o conhecimento.
b) a partir da consciência das anomalias ocorrem os períodos de crise.
c) e o período extraordinário busca a criação de um novo paradigma (para chamar de verdadeiro) após os períodos de crise.
d) ocorrendo assim a revolução da ciência.
A partir de Kuhn coloca-se em xeque a distinção entre contexto da descoberta (os valores) e da justificativa (razão). E ele dizia que a ciência por ser algo feito por seres humanos ela não tem como ser algo neutro.
As hipóteses para Kuhn não podem ser 100% falsificadas, elas podem ser falsificadas em algumas porcentagens, mas ainda continuaram serem aceitas no restante.
Para Thomas Kuhn não existem paradigmas mais verdadeiros que outros (que foram falsificados), pois a ciência é algo subjetivo e que raramente ocorrem revoluções científicas. A revolução científica ocorre quando toda uma comunidade científica aceita um paradigma como verdade, e isto é algo que raramente ocorre, uma vez que a comunidade científica é bem grande.
- Imre Lakatos e os programas de pesquisa
Lakatos se influenciou em alguns pensamentos de Popper onde ele dizia que a crítica deve ser constante, não há teorias verdadeiras e que deve haver a “aquietação”. E em Kuhn onde ele afirmava que o contexto da justificaçãonão está separado do contexto da descoberta.
As teorias são compostas por:
a) Núcleo: (esqueleto da teoria) – onde não deve ser falsificado.
b) Cinturão de hipóteses: onde ocorrem as possibilidades de uma teoria se desenvolver.
Teorias científicas devem ter indicações de o que fazer e o que não fazer o que Lakatos denomina de programa de pesquisa. A forma pela qual a ciência avança é com a estruturação das teorias.
Um programa de pesquisa deve sempre respeitar os pressupostos teóricos que desencadeiam a pesquisa, pressupostos básicos (núcleo comum).
A heurística pode ser considerada um "atalho mental" usado no pensamento humano para se chegar aos resultados e questões mais complicadas de modo rápido e fácil. E existem duas heurísticas:
a) heurística negativa: não se podem modificar os pressupostos teóricos. Mostra o que não contestar.
b) heurística positiva: onde ocorrem as produções na ciência, onde pode “ser mexido”. Mostra também o que conservar.
O programa de pesquisa poderá ser progressivo, quando produzir resultados, ou degenerativo, quando deixar de produzir. Quando um pesquisador modificar o núcleo central acabará por se afastar do programa de pesquisa. O programa de pesquisa pode ser entendido como um projeto que deve ser definido e passível a pesquisas futuras. Um programa de pesquisa deve ser avaliado pela medida em que progride ou se degenera. Jamais se pode afirmar que um dado programa é melhor do que outro.
Modificações ou adições ao cinturão protetor devem sempre ser comprovadas de forma independente.
Ficam assim excluídas hipóteses ad hoc, as que são comprovadas de forma independente. Da mesma forma ficam excluídas manobras que vão contra o núcleo central.
É preciso oferecer chances ao programa de pesquisa quando este não está funcionando, e não abandoná-lo, conforme propusera Popper em relação às teorias. As conformações são sempre mais importantes do que as refutações, uma vez mais Lakatos sendo anti-popperiano.
- Paul Feyerabend
Paul Feyerabend representa a radicalização sobre os fundamentos da ciência. Ele postula que a ciência é uma atividade metodologicamente anárquica e que é apenas um dos modos de vida possíveis. Isto porque há vários fatores que determinam o desenvolvimento científico, desde a metafísica até a política e a economia.
Segundo Feyerabend, a ciência, assim como a religião, foi imposta pela cultura ocidental de forma unilateral. No entanto, embora a religião não mais esteja vinculada ao Estado e possa ser de livre escolha, a ciência ainda não conseguiu se dissociar (melhor seria dizer que o Estado não conseguiu ainda se desvincular da ciência). Basta imaginar, por exemplo, quantos projetos existem que teoricamente são viáveis, do ponto de vista científico, como carros à água, hidrogênio, etc., mas que são engavetados ou não se tornam uma realidade em razão de interesses de grupos econômicos (petrolíferos, por exemplo) que financiam políticos para atuarem a seu favor.
Para o filósofo, a escolha pela ciência é estética, subjetiva, isto é, depende de uma aceitação que ainda só é aderida massivamente por ter sido imposta como modo de vida superior. A ciência, enquanto conhecimento, não deveria distinguir-se da não ciência, ou seja, da metafísica, do mito, da poesia, etc., já que, para Feyerabend, não há universalidade metodológica, o que decorre em um pluralismo teórico, no qual as formas de vida e pensamento possam coexistir democraticamente.
Feyerabend vê no justificacionismo uma importante e necessária interação entre o contexto de justificação e o contexto de descoberta, já que, isolados, são prejudiciais à ciência. É uma tentativa de identificar o conhecimento empírico, não a partir de prescrições (como para Popper) nem somente de descrições (como para Kuhn). Visa, portanto, colocar as hipóteses em debate e votação como em uma sociedade democrática, já que mito e ciência têm a mesma estrutura, evidenciando, assim, que a separação é artificial.

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