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fácil leitura e entendimento Fabiana Cerato Arquiteta & Livre pensadora Autoconhecimento e Altas habilidades neurais: A criança superdotada desenvolve a percepção sobre si mesma? coletânea dedicada a pais, professores e alunos construindo novas sinapses em crianças, jovens e adultos: o exemplo do Projeto Elevens fácil leitura e entendimento Fabiana Cerato Arquiteta & Livre pensadora Harmonia Arquitetura Foz do Iguaçu/PR 2018 coletânea dedicada a pais, professores e alunos Autoconhecimento e Altas habilidades neurais: A criança superdotada desenvolve a percepção sobre si mesma? COPYRIGHT Copyright: Fabiana Cerato, 2018. Copyright: Harmonia Arquitetura, 2018. Revisão Conteúdo: Bianca Cerato; Fabiana Cerato. Capa: Matheus Nogueira Cardoso; Fabiana Cerato. Publicação: Amazon (www.amazon.com.br), formato e-book A AUTORA Fabiana Cerato é natural de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, nasceu em 1964. É Arquiteta e Urbanista, Especialista em Psicologia Positiva e Coaching, Docência do Ensi- no Superior, Projeto e Construção, empresária, escritora, livre pensadora. Há duas décadas vem estudando, ministrando aulas, seminários e workshops em arquitetura saudável, habilidades cognitivas, auto- conhecimento, autoestima, autonomia afetiva, redução da violência familiar, gestão de vida, relações familiares, reeducação, processos reflexivos e qualificação do pensamento. Estudiosa das áreas de Conviviologia, Anticonflitologia, Intraconscienciologia, e Sereno- logia. Ministra cursos e palestras gratuitas em instituições públicas e privadas. www.harmonia.arq.br diretoriaarquiteturaharmonia@gmail.com LENDO ESTE E-BOOK VOCÊ SERA CAPAZ DE: - Compreender altas habilidades neurais e identificar manifestações cognitivas qualificadas em crianças, jovens e adultos. - Entender a arquitetura cognitiva do ser humano e a neuroplasticidade. - Compreender a relação entre cognição, contexto familiar e afeto. - Analisar e identificar o perfil de crianças e jovens cognitivamente melhor ou pior preparados, podendo assim ajudar melhor. - Desvendar o potencial do aprendizado humano. - Analisar o quanto você se conhece e se percebe como ser humano. - Conhecer o Projeto Elevens, patrocinado pela faculdade Uniamérica. O conhecimento serve para encantar as pessoas, não para humilhá-las. Mario Sergio Cortella filósofo e pesquisador (1954 -) AGRADECIMENTOS - À coordenadora do curso de Psicologia da Uniamérica: Professora Lissia Pinheiro. - Às colegas de curso: Melody Wu, Amal Hijazi, Salma Fattah, Claudia Colman, Fernanda Oli- veira. - À faculdade Uniamérica por coordenar e apoiar o Projeto Elevens. DEDICATÓRIA - Aos professores, pelo respeito e imensa dedicação aos seus alunos, buscando o melhor em cada um. - Aos profissionais da saúde, pela ajuda incansável e infinita assistência dedicada a seus pacientes. - Às filhas Nicole e Bianca. Aos pais Nilo e Sonia, aos irmãos Carlos e Marlise. - Aos idealizadores do processo evolutivo. - À Waldo Vieira. SUMÁRIO MÓDULO I: Altas habilidades neurais. Porque pesquisar a superdotação? Cognição. Projeto Elevens. Superdotação, altas habilidades cog- nitivas. Dificuldades apresentadas pelos estu- dantes superdotados. A biologia das emoções. Arquitetura neurogenética da super- dotação. MÓDULO II: Entrevistas. Entrevistas com profissionais da saúde. Heurística. MÓDULO III: Autoconhecimento. Autoconhecimento e capacitação cog- nitiva neural. Exemplificando o autoconhecimento: exposição do temperamento da autora. Valores da autora. MÓDULO IV: Verbete da Enciclopédia da Conscienciologia. Verbete: Arquiteto intermissivista lúcido. MÓDULO V: Conclusão. Abordagens conclusivas. BIBLIOGRAFIA. WEBGRAFIA. FILMOGRAFIA. ANEXOS: Anexo 1: artigo sobre a arquitetura neurogenética da superdotação. Anexo 2: apresentação (com imagens) sobre memória e aprendizado. Anexo 3: apresentação (com imagens) sobre o tálamo e o córtex. Anexo 4: workshop em autoestima e altas capacidades cognitivas. A certeza do sábio reside na vontade de saber e não no que ele sabe MÓDULO I ALTAS HABILIDADES NEURAIS PORQUE PESQUISAR A SUPERDOTAÇÃO? Nasci questionando tudo, sempre fui curiosa. Meu interesse em pesquisar altas habilidades neurais começou quando busquei entender a maneira de pensar de indivíduos que faziam a diferença, deixando marcas positivas na vida dos demais. Queria entender porque algumas pessoas fazem boas escolhas, e outras se perdem escolhendo tristezas, melancolias, ou mal estar. Hoje (ano-base 2018), busco pesquisar este e os demais temas tratando de compreender a associação existente entre autoconhecimento e capacidades cognitivas, tais como: leitura, reflexão, ponderação, escrita, arte, filosofia, ciência, percepção emocional. Este livro busca conscientizar pais e professores de alunos com altas habilidades cognitivas a fim de que possam valorizar características intelectuais e emocionais existentes e estimulem alunos, e os próprios filhos, a se desenvolverem em sala de aula. Através de pesquisas e entrevistas com profissionais da saúde abordamos a questão central deste e-book, isto é: como se manifesta a arquitetura da superdotação em crianças, jovens, e adultos? Pesquisas demonstram que a estrutura cerebral de crianças com altas habilidades neurais e cognitivas diferencia-se da estruturas dos demais alunos, assim como a memória de curto prazo, a atenção, e o foco. A coletânea de e-books: Sou arquiteto, e agora? arquitetura, autoconhecimento, e neurociência, surgiu a partir da intenção em unir arquitetura, autopesquisa, neurociência, e a vontade de querer conhecer mais. Hoje atuo como arquiteta, professora, pesquisadora, escritora, questionadora, e livre pensadora (www.harmonia.arq.br). A união da Arquitetura e do Autoconhecimento iniciou-se em 1997, a partir do contato com a Ciência Conscienciologia, e a Neurociência veio a partir do interesse e do estudo do curso de psicologia. Foi na faculdade Uniamérica que tivemos a oportunidade de conhecer o Projeto Elevens resultando em dois produtos: 1. o manual sobre altas habilidades, 2. este e-book. Indivíduos com Altas Habilidades cognitivas podem contribuir para um mundo melhor, estimulando as demais pessoas pelo próprio do exemplo. Podemos perceber que a pessoa que adquire senso de humanização (uma das principais características de indivíduos portadores de altas habilidades cognitivas) tende a se relacionar melhor com amigos, professores, clientes, colaboradores, e funcionários. PALAVRAS CHAVE: estrutura; altas habilidades; reflexão; cognição; saúde. Pessoas que não questionam tendem a repetir sem inovar, criar, ou fazer de outro modo. Mario Sergio Cortella filósofo e pesquisador (1954 -) COGNIÇÃO Indivíduos capacitados cognitivamente praticam cons- tantemente várias associações cognitivas, mentais, e neurais, são pessoas de raciocínio rápido e de melhores resultados. A cognição muda a vida do ser humano, nós somos o que pensamos ser, ou seja o que o nosso cérebro entende e processa, ao abrirmos espaço para reflexão e para o pensamento, nossas ações mudam, nos tornamos pessoas melhores e mais felizes. Durante o semestre de 2016, enquanto cursava Psicologia, tive a oportunidade de trabalhar com um grupo de crianças e jovens superdotados. O grupo vem sendo mantido e patrocinado pela faculdade Uniamérica (www.uniamerica.br) há 3 anos com o nome deProjeto Elevens. O Projeto Elevens (PE) é um projeto sem fins lucrativos e gratuito. A missão do projeto elevens é identificar, acolher, encaminhar e reforçar estruturas cognitivas de crianças com altas habilidades cognitivas (superdotadas) através da educação pautada na ética e na responsabilidade social. O público-alvo do Projeto Elevens são crianças e jovens da rede pública de Foz do Iguaçu. O objetivo do Projeto Elevens é favorecer a autoestima dos estudantes superdotados e torná-los agente de transformação social, econômica e tecnológica, reduzindo os riscos de segregação social. Neste e-book eu trago um pouco desta experiência alinhada às demais pesquisas na área. SUPERDOTAÇÃO (ou ALTAS HABILIDADES COGNITIVAS). Ellen Winner, especialista na área, define a Superdotação a partir de 5 características principais: 1. Precocidade, 2. Rápida aprendizagem, 3. Criação de meios pessoais para a resolução de problemas, 4. Autodidatismo, 5. Vontade forte em dominar a área a de conhecimento a que se propõe. Sempre que falamos em Superdodação o que vem à mente são os grandes gênios da humanidade: Albert Einstein, William Shakespeare, Wolfgang Amadeus Mozart, Isaac Newton, Charles Darwin, Leonardo da Vinci, Marie Curie, Mahatma Ghandi e Pablo Picasso dentre outros. Eles se destacaram em virtude das realizações criativas e contribuições para a humanidade, elevando o conhecimento humano, a tecnologia, a cultura, as ciências e as artes a novos patamares. Altas habilidades cognitivas, também conhecidas como superdotação, vem sendo estudadas por psicólogos, pedagogos, psiquiatras e médicos. Crianças superdotadas nasceram com habilidades acima da média na área cognitiva, intelectual, psicomotora, apresentam notável desempenho e diferenciam-se dos demais sendo algumas vezes chamadas de nerds ou polivalentes. Estas crianças possuem características peculiares, não se assemelham com seus pares, não são homogêneas e seu desenvolvimento pode distinguir uma das outras. Nem sempre apresentam-se precoces em várias áreas do conhecimento, seu nível cognitivo pode variar, são talentosos em uma área do conhecimento, mas em outras podem precisar de mediação e estímulo como qualquer criança. Abaixo detalhamos os eixos de capacitação dos alunos superdotados. Habilidade cognitiva geral: demonstram curiosidade, capacidade observativa, habilidade de abstração, habilidade questionadora. Talento acadêmico: apresentam desempenho elevado na escola, especialmente em testes de conhecimento e capacidade acima da média nas tarefas acadêmicas. Pensamento criativo: demonstram capacidade para desenvolver ideias originais e propõem novos padrões em tarefas recebidas. Liderança: destacam-se como líder social, ou estudantil, pela elevada capacidade de coordenação de classe, e em geral conseguem promover interação produtiva com os demais colegas. Artes visuais e cênicas: apresentam habilidades superiores em pintura, escultura, desenho, filmagem, dança, canto, teatro e instrumentos musicais. Habilidades psicomotoras: apresentam ótimo desenvolvimento atlético, incluindo o uso de habilidades motoras refinadas e habilidades mecânicas. A superdotação também pode ser identificada em uma ou mais modalidades de inteligências estudadas pelo pesquisador Howard Gardner (1994). Descrevemos 10 módulos de inteligência pesquisados por ele. 01. Inteligência Verbal-Linguística: uso da linguagem para expressar e avaliar significados complexos. 02. Inteligência Lógico-matemática: capacidade para realizar associações, operações matemáticas e ideativas. 03. Inteligência Espacial: capacidade de abstração e pensamento tridimensional. 04. Inteligência Corporal: capacidade de manipulação e domínio do corpo físico. 05. Inteligência Interpessoal: capacidade de interação com as outras pessoas. 06. Inteligência Intrapessoal: capacidade de autocompreender-se, autoperceber-se, e autopercuciência. 07. Inteligência Naturalista: capacidade de interação com padrões da natureza. 08. Inteligência Energética: capacidade de manipular bioenergias. 09. Inteligência Multifocal: capacidade de ler contextos e comportamentos. 10. Inteligência Emocional: capacidade para lidar com emoções e afeto. O emprego dos módulos de inteligências são conquistas pessoais e naturais na criança, no adolescente e no jovem, as quais sendo bem estimulados, podem trazer excelentes resultados. A identificação do(s) módulo(s) de inteligência(s) predominante(s) pode auxiliar o jovem a qualificar atributos pessoais, individuais, melhorando a capacidade interativa familiar, com os colegas e com a sociedade. É preciso cuidar da ética para não anestesiar a consciência achando que tudo é normal. Mario Sergio Cortella filósofo e pesquisador (1954 -) PROJETO ELEVENS O Projeto Elevens foi lançado ao público em 11 de novembro de 2011. A partir de então iniciaram-se as pesquisas de crianças superdotadas na região de Foz do Iguaçu em conjunto ao primeiro programa de iniciação científica. No início de 2012 foram firmadas parcerias com a Secretaria Municipal de Educação, que cedeu espaço nas escolas municipais para a avaliação e seleção de crianças com altas habilidades cognitivas, e no Polo Astronômico Casimiro Montenegro Filho-Parque Tecnológico Itaipu, que custeou o material para seleção e ofereceu o curso de iniciação científica para as crianças (outubro de 2012 à abril de 2013). Durante a seleção todas as escolas municipais de Foz do Iguaçu foram visitadas e os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental foram autorizados pelos pais a participar do processo seletivo (triagem). Das 50 escolas visitadas 1.949 crianças foram avaliadas (59%), das quais 127 apresentaram sinais significativos de superdotação. Neste momento 37 crianças tiveram seu diagnóstico confirmado e foram convidadas a participar do Projeto Elevens. Um dos objetivos do projeto de iniciação científica em Astronomia e Astronáutica, iniciada no Pólo Astronômico era a participação da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Após 4 meses de aula, os alunos matriculados em escolas públicas, no 6º ano de Ensino Fundamental competiram com alunos de 6º a 9º ano de escolas públicas e particulares, obtendo média superior às escolas particulares. Ao todo, foram obtidas 5 medalhas, 2 de prata e 3 de bronze. Após o término das atividades no Pólo Astronômico, iniciou-se a parceria com a Faculdade União das Américas (Uniamérica) e os alunos passaram a ter aulas nas salas de aula da faculdade. As disciplinas do Projeto Elevens, ministradas desde 2013 exemplificam propostas de fortalecimento de conteúdo dos alunos superdotados. Disciplinas ministradas no Projeto Elevens em 2013: 1. Engenharia, oportunidade de prosseguir o programa de iniciação científica em Astronáutica e construir seus primeiros modelos de foguete. 2. Ciências Biológicas, fundamentos em botânica, coletando materiais no Parque Nacional Iguaçu. 3. Pensamento Crítico, metacognição e crítica sobre assuntos relevantes do cotidiano. 4. Educação Financeira, matemática envolvendo finanças pessoais, investimentos e macroeconomia. Disciplinas ministradas no Projeto Elevens em 2014 e 2015: 1. Engenharia. a Engenharia é matéria multidisciplinar e motivadora, a partir da construção de modelos de foguetes os alunos tiveram a oportunidade de aprender matemática, física e química em atividades que favoreceram seu envolvimento. 2. Ciências Biológicas. o foco foi na Botânica e na Preservação Ambiental, além da oportunidade de usufruir da vasta flora de Foz do Iguaçu onde aprenderam Botânica a partir da pesquisa realizada por eles próprios, e através da PreservaçãoAmbiental os alunos tiveram a oportunidade de pensar em soluções reais aplicadas a públicos reais. 3. Pensamento Crítico. a capacidade de pensar com discernimento à respeito das próprias capacidades e sobre o que fazer com elas. 4. Educação Financeira. A partir da educação financeira, os alunos aprenderam matemática e se beneficiaram desse conteúdo de maneira prática e duradoura. 5. Programação. A programação em computadores é um assunto atual e adequado à cultura das gerações mais novas, além de envolver os alunos pela atratividade do tema, na programação de sites, programas, aplicativos, dentre outros, o aluno tem um instrumento para dar vazão as próprias idéias e para efetivar a transformação tecnológica e social que buscamos estimular desde cedo. As aulas são realizadas no período da tarde. Com o intuito de reduzir o número de alunos em cada turma para melhorar o proveito, são constituídas turmas de até 15 alunos. Para que todos tenham a possibilidade de participar em pelo menos 4 disciplinas facultativas, 2 tardes semanais são divididas em 4 horários, cada um deles com atividades distribuídas em todas as 5 disciplinas, simultaneamente. Todas as atividades são gratuitas para os estudantes. São 4 salas de aula para as aulas teóricas, um laboratório de informática e laboratórios de química e biologia para atividades práticas. Às segundas e quartas-feiras serão realizadas aulas das disciplinas facultativas e nas sextas-feiras são ofertadas as disciplinas obrigatórias. DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS CRIANÇAS SUPERDOTADAS. a criança criativa rebela-se perante abordagens rígidas na qual ela deve aprender e deve considerar como verdadeiro o conteúdo recebido Crianças com altas habilidades cognitivas são frequentemente encaradas como ameaça pelos demais colegas pois elas conseguem realizar tarefas com maior eficácia e rapidez. Esta vantagem natural pode assustar os colegas fazendo com que eles se sintam incapazes. Os problemas enfrentados pelos estudantes de altas habilidades cognitivas estão relacionados às consequências das próprias ações. Cabe ao professor-mediador dirimir tais diferenças, incluindo e valorizando o quociente intelectual (QI) de todos os participantes por meio de trabalhos e conteúdos atraentes. Para resolver a divergência cognitiva natural e conquistar os demais colegas o aluno superdotado necessita aprender a enfrentar a desconformidade e a lidar com as pressões sociais, tornando-se criativo e inovador e no trato com os companheiros de escola. Crianças com altas habilidades cognitivas podem manifestar questões relacionadas à inadaptação ao meio. Exemplificamos 7 aspectos a seguir. 1. Rejeição. 2. Oposição. 3. Defesa do próprio sistema de valores. 4. Intolerância. 5. Resistência à imposição de tarefas. 6. Não aceitação das atividades de rotina. 7. Dificuldade em aceitar conteúdo mal estruturado, ou pouco definido. Estudantes superdotados apresentam necessidades específicas, como qualquer outra criança que precisam serem atendidas para aumentar as chances de desenvolvimento saudável e feliz. Alunos superdotados preferem trabalhar de forma individual devido a falta de estímulo recebido em casa, e na escola e podem apresentar: 1. Baixo rendimento escolar. 2. Decepção e frustração por não se sentirem atendidos nem compreendidos. 3. Desinteresse nos estudos. 4. Comportamento inadequado, muitas vezes confundido com hiperatividade, distúrbios comportamentais, ou déficit de concentração. O estudante com altas habilidades precisa receber estímulo e atenção extra, não deve ficar segregado, ou ser matriculado em colégios especiais. A BIOLOGIA DAS EMOÇÕES O SISTEMA LÍMBICO E AS ÁREAS DO CÓRTEX PRÉ- FRONTAL O sistema límbico é responsável pelo comportamento emocional, e é um conjunto de reações frente a sensações, sejam elas conscientes ou não. Estudar o sistema límbico é estudar a Neurobiologia das Emoções. As grandes estruturas do encéfalo estão relacionadas com as emoções, dentre elas temos o sistema límbico, hipotálamo e a área pré-frontal. Dentre as principais estruturas do sistema límbico temos: Hipocampo: estrutura que tem como função o armazenamento da memória (uma lesão nesta região pode alterar a memória do indivíduo). Tálamo: tem como função a integração do sistema sensorial e motor, e envio dos sinais da audição, da visão, do paladar e do tato para o córtex, assim como as sensações de pressão, dor e temperatura. Hipotálamo: regula funções importantíssimas dentre elas o sono, libido, o apetite e a temperatura do corpo, e apesar disto representa menos de 1% do tamanho total do cérebro Amígdala: relacionada a percepção semiconsciente, padroniza comportamentos apropriados para cada ocasião, está relacionada com a memória emocional que temos das coisas, é importante para reconhecimento, formação e manutenção das emoções envolvidas com o medo (lesão nesta região reduz a capacidade de detecção do medo e da emocionalidade, e leva ao estado de ansiedade, medo e atenção aumentada. Giro cingulado: está relacionada com o controle visual, auditivo e as alterações das emoções, (medicamentos que estimulem essa estrutura podem causar efeitos alucinógenos). Área pré frontal: esta área não faz parte do sistema límbico porém suas conexões estão diretamente ligadas a ele em estruturas como a amígdala e o tálamo (uma lesão nesta região leva o paciente a apresentar redução da concentração e a perder o senso das responsabilidades sociais. Os estados emocionais envolvem diversas áreas do sistema límbico, sendo algumas estruturas ativadas e outras inibidas simultaneamente como no caso da alegria que provoca a ativação de regiões como gânglios basais, estriado ventral e putâmen, já a expressão de raiva, por sua vez, está relacionada à excitação do hipotálamo posterior enquanto o telencéfalo media efeitos contrários a esse comportamento. Existem emoções primárias e secundárias, as emoções primárias são relacionadas às necessidades imediatas como: alimentação (fome/saciedade), obtenção de água (sede), sexo (libido), fugir de um predador ou de outra ameaça (medo), defender os filhotes (ira/agressão),etc. Emoções secundárias são estados discriminativos e complexos como ansiedade, satisfação, prazer, amor, familiaridade e uma miríade de sentimentos mais subjetivos O sistema límbico interliga 4 aspectos: 1. Cognição (a percepção consciente das sensações) 2. Afeto (percepção de si e dos outros) 3. Motivação (o desejo de agir) 4. Alterações somáticas e viscerais (expressão) Descrevemos abaixo o significado das sensações do sistema límbico: IRA: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade e no extremo, o ódio e a violência patológicos TRISTEZA: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero e quando patológico, a depressão profunda MEDO: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e como psicopatologia, a fobia e o pânico. PRAZER: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase e no extremo a mania AMOR: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão. SURPRESA: choque, espanto, pasmo, maravilha NOJO: desprezo, desdém, antipatia, aversão, repugnância, repulsa VERGONHA: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação, arrependimento, mortificação e constrição O que são as emoções então? São as sensações que experimentamos: “nós sentimos medo e por isso trememos,a freqüência cardíaca aumenta, suamos diante de uma serpente, etc”. ARQUITETURA NEUROGENÉTICA DA SUPERDOTAÇÃO A arquitetura neurogenetica da superdotação é a formação da estrutura cerebral a partir da relação com o sistema nervoso e das conexões recebidas do grupo familiar. A arquitetura do cérebro, ou arquitetura neurogenética, ou arquitetura da inteligencia, é construída através do processo contínuo que começa antes do nascimento e continua até a idade adulta. Conexões neurais (sinapses) simples e habilidades estruturam-se primeiro, seguidas por circuitos e habilidades mais complexas. Nos primeiros anos de vida da criança 700 a 1.000 novas conexões neurais se formam a cada segundo, trata-se de um imenso bombardeio de conexões. Após o período de proliferação rápida, entre 2 e 4 anos de vida as conexões são reduzidas através de um processo chamado poda sináptica, o qual irá reforçar circuitos cerebrais mais utilizados e torná-los eficientes. A arquitetura neurogenética do cérebro é composta de bilhões de conexões entre neurônios individuais em diferentes áreas do cérebro. Essas conexões permitem a comunicação rápida entre os neurônios que se especializam em diferentes tipos de funções cerebrais. Os primeiros anos são, portanto, o período mais ativo para estabelecer conexões neurais, mas novas conexões podem se formar ao longo da vida e as conexões não utilizadas continuaram a ser podadas. Esse processo dinâmico nunca para, é impossível determinar a relação entre qual porcentagem de desenvolvimento cerebral ocorre a qual idade. As conexões que se formam antecipadamente fornecem uma base forte ou fraca para as conexões que se formam mais tarde. As interações dos genes e experiência moldam o cérebro em desenvolvimento. Embora os genes forneçam o modelo para a formação de circuitos cerebrais, estes circuitos são reforçados pelo uso repetido. Um ingrediente principal neste processo de desenvolvimento é a interação familiar entre crianças e seus pais e outros cuidadores na família ou na comunidade. Se ocorre a falta de cuidados responsivos, ou se as respostas não são confiáveis na família, a arquitetura do cérebro não se forma como esperado, o que pode levar a disparidades na aprendizagem e no comportamento. Os genes e experiências pessoais de cada indivíduo atuam juntas e moldam a arquitetura neurogenética do cérebro. Conforme mostra o gráfico, elaborado por estudantes de Harvard, pode-se perceber que a capacidade de resposta esta inversamente associada ao esforço que este requer. Portanto alunos e indivíduos superdotados não fazem esforço para manifestarem as capacidades acima da média, eles demonstram o que são, a partir da autenticidade genética e cerebral de cada um. fonte: http://developingchild.harvard.edu/science/key-concepts/brain-architecture As capacidades cognitivas, emocionais e sociais estão entrelaçadas ao longo da vida. O cérebro é um órgão altamente integrado e suas múltiplas funções operam em coordenação entre si. O bem-estar emocional e as competências sociais fornecem a base sólida para as habilidades cognitivas emergentes, juntos eles funcionam como tijolos e argamassa na arquitetura do cérebro. A saúde emocional e física, as habilidades sociais e as capacidades cognitivo-linguísticas que surgem durante os primeiros anos de vida são importantes para o bom desenvolvimento escolar, profissional e social. O estresse é uma parte significativa do desenvolvimento pois ativa ampla gama de reações fisiológicas e prepara o corpo para lidar com as ameaças. No entanto, quando essas respostas permanecem ativadas em níveis elevados por períodos significativos de tempo, sem relações de apoio para ajudar a acalmá-los, elas prejudicam o desenvolvimento das conexões neurais, especialmente nas áreas do cérebro dedicadas a habilidades de ordem superior relacionadas a aprendizagem e a cognição. O estresse, apesar de ativar, enfraquece a arquitetura neurogenética do cérebro, o que pode levar a problemas ao longo da vida na aprendizagem, no comportamento, na saúde física e mental. É fundamental observar a maneira que os alunos se comportam em sala de aula buscando sempre o apoio dos pais e da escola. Segundo o MEC, 2007, crianças com Altas Habilidades não devem apresentar, necessariamente, todas as características abaixo, mas muitas encontram-se presentes. 01 – Aprende fácil e rapidamente. 02 – É original, imaginativo, criativo, não convencional. 03 – Está sempre bem informado, inclusive em áreas não comuns. 04 – Pensa de forma incomum para resolver proble- mas. 05 – É persistente, independente, auto-direcionado. 06 – Persuasivo, é capaz de influenciar os outros. 07 – Mostra senso comum e pode não tolerar tolices. 08 – Inquisitivo e cético, está sempre curioso sobre o como e o porquê das coisas. 09– Adapta-se com bastante rapidez a novas situações e a novos ambientes. 10 – É esperto ao fazer coisas com materiais comuns. 11 – Tem muitas habilidades nas artes (música, dança, desenho etc.). 12 – Entende a importância da natureza (tempo, Lua, Sol, solo etc). 13 – Tem vocabulário excepcional, é verbalmente fluente. 14 – Aprende facilmente novas línguas. 15 – Trabalhador independente. 16 – Tem bom julgamento, é lógico. 17 – É flexível e aberto. 18 – Versátil, tem múltiplos interesses, alguns deles acima da idade. 19 – Demostra percepções incomuns. 20 – Demonstra alto nível de sensibilidade e empatia com os outros. 21 – Apresenta senso de humor. 22 – Expressa ideias e reações de forma argu- mentativa. 23 – É sensível à verdade e à honra. Crianças superdotadas podem demonstrar vocabulários avançados, perfeccionismo, alto senso crítico, ser contestador, não gostam de rotina, tem grande interesse por temas abordados por adultos, facilidade de expressão, desafia professores e colegas, e conseguem monopolizar a atenção. MÓDULO II ENTREVISTAS COM PROFISSIONAIS DA SAÚDE (o direito de conhecer a si mesmo é instransferivelmente seu) ENTREVISTAS COM PROFISSIONAIS DA SAÚDE. Foram entrevistados um médico de família e uma psicóloga com linha de abordagem sistêmica, a entrevista auxiliou no entendimento do desenvolvimento processo cognitivo, e a pergunta norteadora da entrevista foi: “Como as experiências emocionais vivenciados pelos alunos, superdotados ou não, afetam o próprio processo cognitivo?” Abaixo transcrevemos as respostas. - RESPOSTA 1: Cinthia Alves: Psicóloga, Mestre em Psicologia Aplicada, na área do desenvolvimento humano, Especialização em acupuntura. “O processo de relacionamento tanto familiar quanto da criança com os professores e o desenvolvimento do afeto tem relação com o processo cognitivo. No colégio em que eu trabalho (ano base: 2016) a tarde os alunos que tem mais reforço positivo dos professores, que recebem mais elogios, desenvolvem mais confiança e esta confiança influencia no processo cognitivo deles, tanto na motivação para estudar quanto na aquisição do conhecimento, e se o aluno estuda mais isto se torna um ciclo positivo e cada vez mais forte, em contrapartida os alunos que não tem tanto estimulo, seja por parte da família quanto por parte dos professores, acabam se sentindo com baixa autoestima e desmotivados e já não vêem tanto sentido nas tarefas do dia a dia, como por exemplo o porque do estudo. O processo cognitivo envolve melhorias a medida em que a pessoa vai adquirindo maior conteúdo e através do estudo, então a pergunta tem muita relação sim. Os relacionamentos interpessoais influenciam no processo cognitivo da criança e do adolescente”. - Ricardo Zaslasvisky: Médico, Especialização em terapia sistêmica de casal, e em Medicina defamília e comunicada, Mestrando na área Epidemiologia. RESPOSTA 2: “Penso que não são propriamente as experiências de vida que exercem efeito no processo cognitivo, mas sim a maneira como as pessoas encaram as experiências que tiveram. Não estou considerando aqui as experiências de problemas de saúde graves como trauma cranioencefálico, infecções ou tumores do sistema nervoso central que afetam objetiva e organicamente o cérebro. Essas experiências afetam a cognição, pois afetam o órgão principal responsável pela construção desse processo cognitivo. Estou considerando uma pessoa saudável do ponto de vista de sistema nervoso central. Experiências negativas deixam marcas de longo prazo na vida das pessoas, exercem efeito negativo sobre a cognição, pois sempre que a pessoa enxergar-se próxima de uma experiência semelhante àquela a ansiedade e outros estados emocionais tomarão conta dela de maneira a dificultar, ou impedir, a assimilação dos fatos ao seu redor protagonizados por ela. Isso repetir-se-á até que ela decida encarar esses medos e superá-los. Com a superação abrem-se novas portas cognitivas até então fechadas, pois a pessoa passa a conseguir transitar fisicamente e mentalmente em locais e conteúdos até então vetados por ela mesma. Por outro lado, experiências vividas como positivas exercem um efeito de feedback positivo de maneira que a capacidade cognitiva amplia-se para aquelas experiências e na relação dessas experiências como outras de outra ordem. Elas tem efeito nas pessoas de aumentar a vontade de aprender, de sentir que a curiosidade não é algo perigoso, mas sim importante para o desenvolvimento pessoal, que erros fazem parte da vida e que podemos aprender com eles, além de nos aproximar mais das pessoas que vivem as mesmas coisas que nós. Por fim, penso que o grande diferencial é o quanto uma pessoa é ou não é "traumatizável" (ou o quanto ela consegue se tornar) por suas experiências. Quanto menos ela for, mais aproveitará suas experiências de vida para crescer cognitivamente”. HEURÍSTICA (característica típica do ser humano) Heurística. A heurística é a capacidade inventiva – típica do ser humano. Diz respeito aos processos cognitivos empregados em decisões, correspondem a um conjunto de heurísticas propostas que empregam tempo, conhecimento e computação para fazer escolhas adaptativas em ambientes reais. Existem três passos cognitivos fundamentais na seleção heurística: 1. Procura. As decisões são tomadas entre alternativas e por esse motivo há uma necessidade de procura ativa; 2. Parar de procurar. A procura por alternativas termina devido as capacidades limitantes da mente humana; 3. Decisão. Assim que as alternativas estiverem encontradas, a procura é cessada. A capacidade heurística é uma característica humana que, pode ser descrita como a arte de descobrir e inventar ou resolver problemas mediante a experiência (própria ou observada), somada à criatividade e ao pensamento lateral ou pensamento divergente. Sob a ótica da arquitetura das palavras, e da heurística, eis 144 expressões compostas, ações, fatos, similitudes, significativas em si mesmo, separadas alfabeticamente, em 16 grupos, expressando inter-relação: sonora, silábica, conceitual, formal ou estética, A. Arquitetura. 001. A forma de funcionar. 002. A imagística da imagética. 003. A proposição nas propostas. 004. A ruptura da estrutura. 005. As sincronicidades sequenciais. 006. O anuário dicionário. 007. O arquiteto reto. 008. O certo do acerto. 009. O Crème de la creme. 010. O dicionário anuário. 011. O embasamento das bases. 012. O top do top 10. 013. O traçado do traço. 014. Os esquadrinhos dos quadrinhos. B. Autoconsciência: 015. A complexidade na simplicidade. 016. A consciência da displicência. 017. A lucidez lúdica. 018. A percepção da parapercepção. 019. A ponderação na reflexão. 020. O artista intermissivista. 021. O cerne do core. 022. O cientista intermissivista. 023. O não ser do ser. 024. O self do ego. 025. O ser do ser. 026. O ser ou não ser. C. Biografologia: 027. A razão de Platão. 028. William Wilberforce. D. Ciência: 029. A ciência da consciência. 030. A eminência da ciência. 031. A essência da ciência. E. Confor: 032. A essência da consciência. 033. A forma da paraforma. 034. As normas das formas. 035. Habituado e acostumado. 036. Os atos dos parafatos. 037. Os fatos dos parafatos. F. Construções: 038. A casa do casal. 039. A cultura da escultura. 040. A mão no corrimão. 041. As construções coesas. 042. As estruturações das fundações. 043. O centro do centro. 044. O encastelamento do castelo. 045. O lar modular. 046. O mar ao mar. 047. O muro seguro. 048. O proletário proprietário. G. Dança: 050. A arte do artista. 051. O passo no contrapasso. 052. As ações das interações. H. Evolução: 053. A conduta adulta. 054. A ingenuidade da idade. 055. A prioridade prioritária. 056. A simplificação da complexificação. 057. A tonalização dos entretons. 058. As bordas dos bordões. 059. As linhas das entrelinhas 060. As minidências das minúscias 061. As sobras das saliências. 062. Doar a amar. 063. Falar e melhorar. 064. O amparo do amparador. 065. O aperfeiçoamento do refinamento. 066. O maximecanismo do mecanismo. 067. O megafoco do foco. 068. O plural das pluralidades. 069. O sobretom do tom. I. Expressividade: 070. A estética da ética. 071. A força da beleza. 072. A hora H do ponto G. 073. O CPD do CDC. J. Fruta. 074. O limão e o melão. 075. O mamão e o melão. K. Idade. 076. A proximidade da idade. 077. O pré do pró. 078. O pró do pré. 079. O soma do holosoma. 080. O traquejo do manejo. L. Logística: 081. A exaustividade na circularidade. 082. As facetas das faces. 083. O anúncio da renúncia. 084. O plano do ano. 085. O ano sem plano. M. Mediação: 086. A ação da mediação. 087. A aplicabilidade das aplicações. 088. A conferência da deferência. 089. A conscin cobaia. 090. A convergência da confluência. 091. A determinação na ação. 092. A imparcialidade parcial. 093. A intransigência da exigência. 094. A irretocabilidade do irretocável. 095. A teática na solucionática. 096. A vitimização da vítima. 097. As associações das relações. 098. As relações das interações. 099. As sofisticações das sutilezas. 100. O ajustamento justo. 101. O contrato na tratativa. 102. O direito do paradireiro. 103. O entendimento do momento. 104. O fim do ad infinitum. 105. O paradever do paradireito. 106. Os métodos mediativos. N. Política: 107. A fronteira da dianteira. 108. A ilusão da alusão. 109. As instruções das recomendações. 110. As novas novidades. 111. O curso do discurso 112. O fronte do horizonte. 113. O privado do público. 114. O rei sem lei. 115. O sofismo do moralismo. 116. O soldado desorientado. 117. O soldado orientado. O. Receita: 118. A receita da receita. 119. A receita feita. P. Verbetes: 120. A concentricidade da consciência. 121. A confiança na aliança. 122. A entrada da entrada. 123. A essência essencial. 124. A fórmula formal. 125. A função da erudição. 126. A hora na hora. 127. A letra à caneta. 128. A molécula-máter. 129. A perseverança da constância. 130. A saída da entrada. 131. A sutileza sutil. 132. A verbetografia verbetológica. 133. A verbetologia verbetográfica. 134. As matias da polimatia. 135. As tecas da holoteca. 136.O ciclo do holociclo. 137. O docente consciente. 138. O ene do pensene. 139. O menu cru. 140. O papel fiel. 141. O ponto de partida. 142. O registro registrado. 143. O valor do verbete. 144. O vestido vestido. As formas, as pinturas, as expressões, as comunicações, os recortes da realidade, a multidimensionalidade, o conteudo de cada forma, as conexoes, as interrrelações, tudo tem relação, se obtivermos uma visão cosmovisiológica da realidade. MÓDULO III AUTOCONHECIMENTO (o direito de conhecer a si mesmo é instransferivelmente seu) AUTOCONHECIMENTO E CAPACITAÇÃO COGNITIVA NEURAL A pedagogia brasileira não está preparada para identificar estudantes superdotados nas salas de aula. A superdotação não garante autoestima elevada nem tão pouco o êxito da criança, ou do jovem durantes as aulas, ao contrário, indivíduos possuidores de altas habilidades neurais ou cognitivas que se destacam dos demais - em alguns casos - evidenciam a dificuldade alheia seja ela dos colegas ou dos professores. O Conselho Brasileiro para a Superdotação (ConBraSD) reforça que existem de 2 a 3 crianças superdotadas em cada sala de aula, reinterando a necessidade da manutenção de estudos aprofundados nesta temática. Quanto mais pessoas estudarem valorizarem a cognição, a sabedoria, e o potencial intelectual dos alunos mais chances eles terão de amadurecimento emocional e intelectual. A esteticidade e a criatividade podem ajudar no desenvolvimento do estudante superdotado cognitivamente bem como da própria autoconfiança e autoestima. As ações a seguir podem ser desenvolvidas e estimuladas em crianças e jovens 001. Abstrair. 002. Adequar. 003. Aferir. 004. Afinar. 005. Agrupar. 006. Ajustar. 007. Alinhar. 008. Aliviar. 009. Ampliar. 010. Analisar. 011. Anatomizar. 012. Antagonizar. 013. Apreender. 014. Armar. 015. Arrolar. 016. Articular. 017. Assenhorar. 018. Associar. 019. Assuntar. 020. Ativar. 021. Atravessar. 022. Autoconscientizar. 023. Avaliar. 024. Comparar. 025. Compor. 026. Compreender. 027. Conceber. 028. Concretizar. 029. Confrontar. 030. Consolidar. 031. Contextualizar. 032. Contrapor. 033. Converter. 034. Coordenar. 035. Copiar. 036. Cotejar. 037. Criar. 038. Decodificar. 039. Decompor. 040. Demarcar. 041. Desconsiderar. 042. Desenhar. 043. Desenvolver. 044. Desmanchar. 045. Desmontar. 046. Detalhar. 047. Diminuir. 048. Distanciar. 049. Elencar. 050. Embelezar. 051. Enfocar. 052. Entender. 053. Entretonalizar. 054. Esconder. 055. Espacializar. 056. Espelhar. 057. Esquadrinhar. 058. Estilizar. 059. Estudar. 060. Examinar. 061. Fixar. 062. Focar. 063. Fortalecer. 064. Geometrizar. 065. Idealizar. 066. Iluminar. 067. Imaginar. 068. Intuir. 069. Juntar. 070. Justapor. 071. Melhorar. 072. Mesclar. 073. Misturar. 074. Montar. 075. Observar. 076. Ordenar. 077. Organizar. 078. Orquestrar. 079. Padronizar. 080. Pensar. 081. Permanecer. 082. Perspectivar. 083. Pesquisar. 084. Pintar. 085. Ponderar. 086. Produzir. 087. Qualificar. 088. Readaptar. 089. Readequar. 090. Reajustar. 091. Realinhar. 092. Reaplicar. 093. Reavivar. 094. Recompor. 095. Recortar. 096. Reduzir. 097. Reelaborar. 098. Reestruturar. 099. Refazer. 100. Referenciar. 101. Refinar. 102. Refletir. 103. Reforçar. 104. Reformar. 105. Refratar. 106. Registrar. 107. Regularizar. 108. Reiniciar. 109. Reler. 110. Remontar. 111. Renovar. 112. Reobservar. 113. Reordenar. 114. Reorganizar. 115. Reperspectivar. 116. Replicar. 117. Repor. 118. Reposicionar. 119. Requalificar. 120. Restaurar. 121. Reunir. 122. Salientar. 123. Separar. 124. Significar. 125. Simbolizar. 126. Sincronizar. 127. Singularizar. 128. Sobrepairar. 129. Sofisticar. 130. Solidificar. 131. Sublinhar. 132. Tonalizar. 133. Unir. EXEMPLIFICANDO O AUTOCONHECIMENTO: EXPOSIÇÃO DO TEMPERAMENTO DA AUTORA FABIANA CERATO Até agora analisamos ações, temperamento, e as decisões de crianças, jovens e adultos portadores de altas capacidades cognitivas. Para exemplificar o autoconhecimento e a autopesquisa mostro, listadas abaixo, caraterísticas do meu temperamento, analisadas a partir de livro Conscienciograma. A medição dos resultados é feita em percentual (%) – o resultado máximo é 100% – as características pessoais analisadas foram 10: - soma (relação do ser humano com o corpo), - holochacra (capacidade de movimentação energética), - antiemocionalidade (antidramatização), - racionalidade (reflexão e cognição), - liderança, - comunicabilidade, - priorização (missão/objetivos de vida), - coerência (retidão nas ações e manifestações / solidez), - consciencialidade (senso de humanização), - universalidade (antidogmatismo) (livro-base: Conscienciograma, Vieira, 1997) SOMA: Psicomotricidade (Neurônios e massa muscular) 52% Escolaridade (Curriculo pessoal) 52% Hereditariedade (Paragenética e Genética) 49% HOLOCHACRALIDADE: Sanidade (Homeostase da conscin) 60% Vitalidade (Subcérebro abdominal) 59% Aquisitividade (Auto-apego e autodesapego) 59% ANTIEMOCIONALIDADE: Potencialidade (Coragem da consciência) 73% Utilidade (Conscin e tempo livre) 72% Influenciabilidade (Conscin-satélite) 71% Transcendentalidade (Conscin e misticismo) 71% RACIONALIDADE: Invulgaridade (Consciência e talentos) 78% * Intelectualidade (Conscin e inteligências) 68% Racionalidade (Conscin e mentalsoma) 65% Animicidade (Conscin e animismo) 65% Imperturbalidade (Conscin e autocontrole) 65% LIDERANÇA: Antidispersividade (Maturidade dos desempenhos) 74% Repercutibilidade (Liderança multidimensional) 69% Contemporaneidade (Conscin e época) 66% COMUNICABILIDADE: Esteticidade (Conscin e arte) 77%* Maxicomunicabilidade (Conscin e linguagem) 73% Reverificabilidade (Conscin e omniquestionamento) 68% PRIORIZAÇÃO: Atividade (Maturidade das tarefas) 68% Versatilidade (Universalismo intelectual) 62% Cientificidade (Conscin e ciência) 62% COERÊNCIA: Desrepressividade (Descondicionamento) 71% Competitividade (Conscin e concorrência) 68% Objectividade (Teoria e vivência) 63% CONSCIENCIALIDADE: Antimaterialidade (Conscin e materialismos) 70% Multidimensionalidade (Vida multidimensional) 69% Identidade (Conscins e heranças) 69% Serialidade (Vidas sucessivas) 66% Pacificidade (Conscin e antibelicismo) 61% UNIVERSALIDADE: Holossomaticidade (Conscin e instrumentos) 54% Inseparabilidade (Conscin e interdependências) 53% Apatricidade (Consciência e cidadania) 52% Valores da autora: olhe para você – leitor, descubra quem você é, o que você valoriza? intenções saudáveis, auto e heteroacolhimento, crescimento evolutivo, intercâmbio energossomático, interassistência familiar, aprendizado fraterno, escrita, pesquisa, valorização da essência consciencial, bom humor, leveza, limpeza nas manifestações, ética (cosmoética). O ser humano reflete pouco A reflexão é o pilar da saúde humana. A reflexão é a concentração sobre as próprias idéias, sentimentos e representações. Refletir é aprender a pensar por si próprio. Diariamente reforçamos comporta- mentos ou ações que conhecemos, e deixamos de lado o que não é imediato ou necessário. Direcionamos ações para a gestão do dia a dia atendendo necessidades vitais ou imediatas, tais como: alimentação, roupa, dinheiro, sexo, higiene pessoal, e nelas nos apoiamos para sobreviver. Porque o ser humano não exercita a reflexão?Será pela correria, ou excesso de dedicação ao trabalho, por desconhe- cimento, ou por achar que refletir não acrescenta? A mídia valoriza as grandes empresas dedicando esforços no desenvolvimento de propagandas de imóveis, carros, aparelhos de celular, bebidas, cigarros e itens de retorno imediato. Novas ne- cessidades vão sendo empurradas ao ser humano, educoradas pelo véu da sobrevivência e da vitalidade. Como imaginar hoje (2017) uma vida sem whatssApp, ou sem o celular? Ampliamos a distância entre essência, valores, princípios morais e pessoais com necessidades materiais. Se não praticamos a reflexão não enxergamos situações, contextos e pessoas, o dia a dia torna-se ocupado pelo vazio da superficialidade. Tudo passa a ser mais rápido, nervoso, ansioso, nevrálgico, importante e imprescindível, é preciso abraçar o mundo e todas os desejos e necessidades dos clientes, vendedores, fornecedores, trabalhadores, família, filhos, parceiros, parceiras. A grande maioria dos conflitos não existiria se a reflexão, a ponderação e a critica saudável fossem praticadas. Criticar não é acusar ou maltratar, criticar é mostrar o que pode ser melhorado, validado, qualificado. Porém criticar “somente em pensamento” de nada serve – comuni- cação sem ponderação e assertividade não contribui, não soma esforços. Portanto, saber refletir é também saber se comunicar, saber criticar, saber falar, e saber ouvir. Estes quatro verbos complementam-se no processo reflexivo e, sendo bem utilizados, unem forças para que o ser humano viva mais feliz e não delegue a terceiros as realizações e a gestão da própria vida. MÓDULO IV (aplicação do autoconhecimento na arquitetura) VERBETE (o verbete é a entrada da enciclopédia da conscienciologia: www.tertuliaconscienciologia.org/) ARQUITETO INTERMISSIVISTA LÚCIDO (DESASSEDIOLOLOGIA) INTEGRAÇÃO ENTRE AS 3 ÁREAS: ARQUITETURA, AUTOCONHECIMENTO, NEUROCIÊNCIA Definição do verbete: O arquiteto intermissivista lúcido é a consciência, ex-aluna de Curso Intermissivo autoconsciente do papel assistencial na condição de profissional de Arquitetura e Urbanismo, responsável pelo desassédio nas tarefas de idealização, planejamento, construção, reforma, renovação, restauração, reordenação e regularização de ambientes e espaços físicos. Glossário do verbete: Desassédio: o desassédio é o processo de limpidez de raciocínio, resultante de melhorias e mudanças (reciclagens) pessoais, em maior ou menor grau. Curso intermissivo: você tem a sensação de algo importante a realizar nesta vida? Traz consigo, desde a infância, idéias inatas sobre o próprio destino? Compreende, sem crenças, que somos seres imortais e interagimos com múltiplas dimensões? Reconhece em si mesmo capacidades parapsíquicas (energéticas) que podem ser desenvolvidas para ajudar os outros? Possui senso de responsabilidade perante a humanidade e visa amadurecer sua conduta ética? Se você respondeu sim a algumas perguntas, estas convicções íntimas podem ser indícios de que você possui as características de quem estudou, planejou e se preparou para os desafios desta vida humana antes de nascer em outra dimensão fazendo um Cursos Intermissivo. MÓDULO V ARGUMENTOS CONCLUSIVOS ARGUMENTOS CONCLUSIVOS Ser um profissional consciente é o grande desafio porque nossos alunos, professores, colegas, e clientes possuem referencias estruturados em pensamentos viciados e muitas vezes distorcidos, fantasiosos e superficiais. Na lida com a criança, o jovem, o adulto, o idoso, o aluno, o filho, o pai, o professor, ou o colega de profissão é importante termos consciência de que podemos agir um pouco melhor a cada dia. Conseguimos melhorar o outro se eu começo o processo por mim mesmo, todos somos pesquisadores, livre- pensadores e autores da própria vida e das próprias escolhas, portanto: melancolias, reclamações, desesperos, desentendimentos e brigas demostram crises internas. A questão não é o aluno, ou as demais pessoas, a questão - quando ocorrem as crises - é da própria pessoa ao não saber lidar com o diferente dela. Para tanto acreditar, estudar e estimular o potencial cognitivo dos demais não só é motivador – mas também nos estimula a crescer como ser humano, em essência. Todos podemos ser excelentes profissionais e fazer excelentes escolhas basta estar atento, refletir, estudar, e pesquisar-se constantemente. Nosso microuniverso é muito mais amplo que o universo externo. se o interior estiver em paz, o exterior tanto faz REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO, WEBGRÁFICO, FILMOGRÁFICO. BIBLIOGRAFIA. 1. Albrecht, Karl; Inteligência Social: A Nova Ciência do Sucesso; pref. Warren Bennis; 262 p.; 11 caps.;42 refs.; 24 x 17 cm; br.; M. Books; São Paulo, SP; 2006. 2. Alencar, E. M. L. S., &Virgolim, A. M. R. Dificuldades emocionais e sociais do superdotado. Em E.M.L.S; Brasília, DF. 2001. 3. Bueno, Mariano; O Grande Livro da Casa Saudável (El Gran Libro de la Casa Sana); trad. José Luiz da Silva; 280 p.; 4 seções; 18 caps.; 37 enus.; 2 fotos; 165 ilus.; 10 tabs; 206 refs.; 23 x 17 cm; br.; Roca; São Paulo, SP; 1995. 4. Campbell, Linda C.; Campbell, Bruce; & Dickinson, Dee; Ensino e Aprendizagem por Meio das Inteligências Múltiplas (Teaching and Learning through Multiple Intelligences); revisor Magda França Lopes; trad. Maria da Graça Gomes Paiva; 308 p.; 32 enus.; 5 notas; 23 x 16 cm; br.; 2ª Ed.; Artes Médicas Sul; Porto Alegre, RS; 2000. 5. Cerato, Fabiana; Curso Intermissivo; Curso Extracurricular; Escola de Autopesquisa da Consciência (EAC): Porto Alegre, RS. 2010. 6. Cerato, Fabiana; QI social; verbete; in: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; disponível em: <www.tertuliaconscienciologia.org>. 2012. 7. Cerato, Fabiana; Dispersão intelectual; verbete; in: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; disponível em: <www.tertuliaconscienciologia.org>. 2013. 8. Cerato, Fabiana; Dança; verbete; in: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; disponível em: <www.tertulia conscienciologia.org>. 2014. 9. Civita, V. Mestres da pintura: Leonardo da Vinci. Abril Cultural: São Paulo, SP. 1977. 10. Freitas, Juarez; Sustentabilidade: Direito ao Futuro; revisor Marcelo Belico; 346 p.; 10 caps.; 1 E-mail; 38 enus.; 1 microbiografia; 1 website; 452 refs.; 23 x 17 cm; br.; 2ª Ed.; Editora Fórum; Belo Horizonte, MG; 2012. 11. Gardner, H. Inteligências Múltiplas: A teoria na prática Artes Médicas: Porto Alegre, RS. 1994. 12. Goleman, D.; La Práctica de La Inteligencia Emocional; Barcelona, España. 1998. 13. Goleman, Daniel; Inteligência Emocional: A Teoria Revolucionária que redefine o que é Ser Inteligente (Emotional Intelligence); revisores Fátima Tereza Jorge Fadel; Isabel Cristina Aleixo; & Domício Antônio dos Santos; trad. 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Vieira, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; 1.058 p.; 40 seções; 100 subseções; 700 caps.; 147 abrevs.; 1 cronologia; 100 datas; 1 E-mail; 600 enus.; 272 estrangeirismos; 2 tabs.; 300 testes; glos. 280 termos; 5.116 refs.; alf.; geo.; ono.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.; Instituto Internacional de Projeciologia; Rio de Janeiro, RJ; 1994. 21. Vieira, Waldo; Homo sapiens pacificus; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 584 p.; 24 seções; 413 caps.; 403 abrevs.; 38 E-mails; 434 enus.; 484 estrangeirismos; 1 foto; 37 ilus.; 168 megapensenes trivocabulares; 1 microbiografia; 36 tabs.; 15 websites; glos. 241 termos; 25 pinacografias; 103 musicografias; 24 discografias; Enciclopédia da Conscienciologia 11 grafias; 240 filmes; 9.625 refs.; alf.; geo.; ono.; 29 x 21,5 x 7 cm; enc.; 3ª Ed.; Gratuita; Associação Internacional do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); & Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2007. 22. Vieira, Waldo; Manual da Proéxis: Programação Existencial; 2a Ed.; IIPC: Rio de Janeiro, RJ. 1998. 23. Vieira, Waldo; Manual dos Megapensenes Trivocabulares; revisores Adriana Lopes; Antonio Pitaguari; & Lourdes Pinheiro; 378 p.; 3 seções; 49 citações; 85 elementos linguísticos; 18 E-mails; 110 enus.; 200 fórmulas; 2 fotos; 14 ilus.; 1 microbiografia; 2 pontoações; 1 técnica; 4.672 temas; 53 variáveis; 1 verbete enciclopédico; 16 web- sites; glos. 12.576 termos (megapensenes trivocabulares); 9 refs.; 1 anexo; 27,5 x 21 cm; enc.; Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2009. 24. Wilmot, William W.; & Hocker, Joyce L.; Interpersonal Conflict; 364 p.; 11 caps.; 85 enus.; 194 ilus.; 5 tabs.; 726 refs.; 23 x 18,5 cm; br.; 7ª Ed.; Mc Graw-Hill; New York, NY; 2007. WEBGRAFIA. 1. Associação brasileira de altas habilidades e superdotação: http://apahsd.org.br/caracteristicas-dos-alto-habilidosos; acesso em outubro e novembro/2016. 2. Arquitetura do cérebro: http://www.ufrgs.br/redeneurogenetica, acesso em outubro e novembro/2016. 3. Brain architecture: http://developingchild.harvard.edu/science/key-concepts- /brain-architecture, acesso em outubro e novembro/2016. 4. Psychology of Arts (a união da arte e da psicologia) – entrevista com Ellen Winner, pesquisadora da superdotação, universidade de Boston. https://www.youtube.com/watch?v=K4_j7DDAo-Y, acesso jan 2018. FILMOGRAFIA. 1. A CHEGADA: Lançamento em 2016. Filme americano que relata a interação entre seres interplanetários e a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma linguista especialista no assunto. Ela é procurada por militares para traduzir os sinais e desvendar se os alienígenas representam uma ameaça ou planeta Terra. 2. A ORIGEM DAS COISAS. Título Original: The story of stuff. País: Estados Unidos. Data: 2011. Duração: 21 min. Gênero: Drama. Idade (censura): Livre. Idioma: Ingles. Cor: Colorido. Legendado: Português (em DVD). Vídeo-aula retrata a trajetória e a origem do ciclo de produção e consumo. 3. A VIDA DE LEONARDO DA VINCI. Lançamento em 2012. Título Original: La Vita di Leonardo da Vinci. Documentário italiano, considerado o mais completo filme sobre a vida de Leonardo da Vinci, série em 5 episódios, esta superprodução da RAI foi filmada nas locações reais onde Leonardo viveu, segundo meticulosa pesquisa histórica. Apresenta a história de Leonardo da Vinci desde a infância em Florença até a dessoma na França, passando pela longa estada em Milão. Mostra o processo de criação das principais obras-primas do artista, a Mona Lisa e a Última Ceia, além dos desenhos de Anatomia Humana e das inúmeras invenções. 4. AVATAR: Lançamento em 2009. Filme americano de ação e ficção científica. Jake Sully ficou paraplégico após um combate na Terra. Ele é selecionado para participar do programa Avatar, em substituição ao seu irmão gêmeo, falecido. Jake viaja a Pandora, uma lua extraterrestre, onde encontra diversas formas de vida. O local é o lar dos Na'Vi, seres humanóides que, apesar de primitivos, possuem maior capacidade física que os humanos. Os Na'Vi têm três metros de altura, pele azulada e vivem em paz com a natureza de Pandora. Os humanos desejam explorar a lua, de forma a encontrar metais valiosos e são incapazes de respirar o ar de Pandora, criando seres híbridos chamados Avatar. Eles são controlados por seres humanos, através de tecnologia que permite a projeção de seus pensamentos no corpo do Avatar. 5. DIVERGENTE: Lançamento em 2014. Filme americano de ação e ficção científica. A história se passa em uma versão distópica da cidade de Chicago e introduz a vida de Beatrice Prior, jovem (considerada 100% divergente) de 16 anos que ameaça destruir o sistema de facções do conhecimento implantado na cidade por não reconhecer os padrões estabelecidos pela mesma. 6. SHINE (BRILHANTE). Título Original: Shine. País: Austrália. Data: 1996. Direção: Scott Hicks. Roteiro: Scott Hicks; Jan Sardi. Gênero: Drama / Musical / Romance. Duração: 105 minutos. Tipo: Longa-metragem Elenco: Geoffrey Rush; Noah Taylor; Armin Mueller-Stahl; Lynn Redgrave; John Justin; Braine Gielgud; Alex Rafalowicz; Sonia Todd; Chris Haywood. Sinopse: Baseado na verdadeira história de pianista australiano David Helfgott, este filme mostra a paixão de David (Geoffrey Rush) pela música clássica. Porém, a rejeição familiar e a pressão para realizar concertos perfeitos o levam ao desequilíbrio mental. O amor de uma mulher o ajuda a compartilhar o talento musical com o resto do mundo. ANEXOS: ANEXO 1: artigo sobre a arquite- tura neurogenética da superdotação. ANEXO 2: apresentação (com imagens) sobre memória e aprendizado. ANEXO 3: apresentação (com imagens) sobre o tálamo e o córtex. ANEXO 4: workshop em autoestima e altas capacidades cognitivas. ANEXO 1: artigo sobre a arquitetura neurogenética da superdotação. 1 FAA - FACULDADE ANGLO-AMERICANO FABIANA MELLO CERATO ARQUITETURA NEUROGENÉTICA DA SUPERDOTAÇÃO FOZ DO IGUAÇU 2016 2 FABIANA MELLO CERATO ARQUITETURA NEUROGENÉTICA DA SUPERDOTAÇÃO Artigo apresentado como requisito obrigatório para a matéria de metodologia científica da Faculdade Anglo-Americano (FAA). Orientador: Esp. Vinicius Gustavo Coelho FOZ DO IGUAÇU 2016 3 À família, motivadores da alegria de viver. Aos amigos, motivadores da esperança. Aos professores e colegas da facul- dade, estimuladores e motivadores constantes do aprendizado. 4 ARQUITETURA NEUROGENÉTICA DA SUPERDOTAÇÃO Fabiana Cerato * * arquiteta, estudante do curso de Psicologia da Faculdade Anglo-americano RESUMO. O presente artigobusca conscientizar pais e professores de alunos com altas habilidades cognitivas afim de que possam estimular e valorizar o cabedal intelectual e emocional existente qualificando o aluno em sala de aula. Objetivou-se a coleta de dados sobre a arquitetura neurogenética da superdotação e a pesquisa dos processos cognitivos através de entrevistas com profissionais da área da saúde. A questão problema da pesquisa é: Como se estrutura a arquitetura neurogenética da Superdotação? As considerações finais demonstram que a estrutura cerebral das crianças com altas habilidades cognitivas, detalhada na hipótese alternativa, diferenciam-se dos demais alunos, assim como atenção, memória de curto prazo e atenção associativa. PALAVRAS CHAVE: estrutura; altas habilidades; reflexão; cognição; saúde. 5 ABSTRACT. The present article seeks to gather research in Psychology, Neuroscience and Education fields in regards to the giftedness process. The aim is to analyze the neural architecture, genetics, family and social influences that stimulate or hinder the process of giftedness. Bibliographical data and interviews with Health Professionals were collected on the subject matter. Guiding the research were 3 questions: 1. Giftedness exists or is it a myth? 2. What is the neural, genetic and contextual substrate of giftedness? 3. What are the ideal ways to cognitively stimulate children, adolescents, adults and seniors? KEY WORDS: structure; gifted abilities; reflection; cognition; health. 6 ÍNDICE RESUMO. ABSTRACT. INTRODUÇÃO. Capítulo 1 – PROBLEMATIZAÇÃO. ............................................................................ 10 TEMA. HIPÓTESES. Hipótese nula. Hipótese alternativa. OBJETIVOS. Objetivos Gerais. Objetivos Específicos. JUSTIFICATIVA. METODOLOGIA. Capítulo 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. ............................................................... 18 Superdotação. Dificuldades enfrentadas pelas crianças superdotadas. Arquitetura neurogenética da superdotação. O sistema límbico e córtex pré-frontal. Eixos de pesquisa: memória, atenção, associação, linguagem. Capítulo 3 – ENTREVISTA COM PROFISSIONAIS DA SAÚDE. ................................ 24 Entrevista com médico e psicólogo. Capítulo 4 – ABORDAGENS CONCLUSIVAS. . .......................................................... 27 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO, WEBGRÁFICO, FILMOGRÁFICO. . ..................... 35 7 INTRODUÇÃO A cognição muda a vida do ser humano, pode-se dizer que somos o que pensamos, ou o que o nosso cérebro processa. Ao abrirmos espaço para reflexão e para o pensamento, nossas ações mudam, nos tornamos pessoas melhores e mais felizes. O interesse pela superdotação iniciou quando identifiquei ter perdido algumas possibilidades de qualificar o próprio processo cognitivo. Hoje busco pesquisar esta temática e entendo que a associação entre estudo, leitura, escrita, arte, filosofia, ciência, e percepção emocional ampliam e estimulam a reflexão, a ponderação e a cognição. Indivíduos superdotados praticam tal associação de maneira natural, sendo pessoas de raciocínio mais rápido e melhor. Durante o semestre passado, enquanto cursava o primeiro período de Psicologia, tive a oportunidade de trabalhar com um grupo de crianças e jovens superdotados. O grupo vem sendo mantido e patrocinado pela faculdade Uniamérica há 3 anos com o nome de Projeto Elevens. O Projeto Elevens (PE) é um projeto sem fins lucrativos e gratuito. A missão do projeto é identificar, acolher e encaminhar e reforçar estruturas cognitivas das crianças com altas habilidades cognitivas (superdotadas) através da educação pautada na ética e na responsabilidade social. O público-alvo do Projeto Elevens são crianças e jovens da rede pública de Foz do Iguaçu. A seleção foi feita por psicólogos e testes cognitivos. O objetivo do projeto é favorecer a autoestima do estudante superdotado e torná-lo agente de transformação social, econômica e tecnológica, reduzindo os riscos de segregação social. Este artigo é resultado da experiência pregressa com o grupo supramencionado, de coleta bibliográfica e entrevistas com profissionais da área da saúde. O artigo está estruturado em 4 capítulos: 1. Problematização, 2. Fundamentação Teórica, 3. Entrevistas com profissionais da saúde. 4. Abordagens conclusivas. 8 Capítulo 1 – PROBLEMATIZAÇÃO. 1.1. TEMA. Arquitetura neurogenética da superdotação. 1.2. PROBLEMA DE PESQUISA. A pesquisa foi desenvolvida a partir do seguinte questionamento: “Como se estrutura a arquitetura neurogenética do ser humano superdotado?” 1.3. HIPÓTESES. HIPÓTESE NULA: Não existe relação entre superdotação e arquitetura neurogenética, pessoas superdotadas possuem estrutura cerebral iguais a dos demais. HIPÓTESE ALTERNATIVA: A arquitetura neurogenética de indivíduos superdotados diferencia-se dos demais. 1.4. OBJETIVOS. Objetivo Geral. Compreender os processos vinculados a superdotação. Objetivos Específicos. Entender a arquitetura neurogenética no desenvolvimento da superdotação. Compreender a relação entre superdotação e ambiente familiar. Analisar o perfil de crianças e jovens superdotados. Desvendar o potencial cognitivo e associativo do aprendizado humano. 1.5. JUSTIFICATIVA. A pedagogia brasileira não está estruturada para identificar estudantes superdotados na sala de aula. A superdotação não garante estima elevada, nem tão pouco o êxito, ao contrário, crianças possuidoras de altas habilidades cognitivas ou que se destacam dos demais em alguns casos 9 evidenciam a dificuldade alheia, seja dos colegas ou dos professores e podem vir a ser negligenciadas. O Conselho Brasileiro para a Superdotação (ConBraSD) reforça que existem de 2 a 3 crianças superdotadas em cada sala de aula, reinterando a necessidade da manutenção de estudos aprofundados nesta temática. 1.6. METODOLOGIA. A metodologia deste trabalho foi estruturada em 2 momentos. O primeiro momento constitui-se de coleta bibliográfica, estudando memória de curto prazo, atenção, associação, linguagem e sistema límbico; e o segundo momento entrevistando profissionais da saúde, e estudantes superdotados. Capítulo 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. 2.1. Superdotação. Sempre que falamos em Superdodação o que vem à mente são os grandes gênios da humanidade: Albert Einstein, William Shakespeare, Wolfgang Amadeus Mozart, Isaac Newton, Charles Darwin, Leonardo da Vinci, Marie Curie, Mahatma Ghandi e Pablo Picasso dentre outros. Eles se destacaram em virtude das realizações criativas e contribuições para a humanidade, elevando o conhecimento humano, a tecnologia, a cultura, as ciências e as artes a novos patamares. As altas habilidades cognitivas, também conhecidas como superdotação, vem sendo estudadas por psicólogos, pedagogos, psiquiatras e médicos. Crianças superdotadas nasceram com habilidades acima da média na área cognitiva, intelectual e/ou psicomotora, apresentam notável desempenho e diferenciam-se dos demais colegas sendo algumas vezes chamadas de nerds ou polivalentes. Estas crianças possuem características peculiares, não se assemelham com seus pares, não são homogêneas e seu desenvolvimento 10 pode distinguir uma das outras. Nem sempre apresentam-se precoces, seu nível de conhecimento pode variar, são talentosos em uma área do conhecimento, mas em outras podem precisar de mediação e estímulo como qualquer criança. Abaixo detalhamos os eixos de capacitação dos alunos superdotados. Habilidade cognitiva geral: demonstram curiosidade, capacidade observativa, habilidade de abstração, habilidade questionadora. Talento acadêmico: apresentamdesempenho elevado na escola, especialmente em testes de conhecimento e capacidade acima da média nas tarefas acadêmicas. Pensamento criativo: demonstram capacidade para desenvolver idéias originais e propõem novos padrões em tarefas recebidas. Liderança: destacam-se como líder social, ou estudantil, pela elevada capacidade de coordenação de classe, e em geral conseguem promover interação produtiva com os demais colegas. Artes visuais e cênicas: apresentam habilidades superiores em pintura, escultura, desenho, filmagem, dança, canto, teatro e instrumentos musicais. Habilidades psicomotoras: apresentam ótimo desenvolvimento atlético, incluindo o uso de habilidades motoras refinadas e habilidades mecânicas. A superdotação também pode ser identificada em uma ou mais modalidades de inteligências estudadas pelo pesquisador Howard Gardner (1994). Descrevemos 10 módulos de inteligência pesquisados por ele. 01. Inteligência Verbal-Linguística: uso da linguagem para expressar e avaliar significados complexos. 02. Inteligência Lógico-matemática: capacidade para realizar associações, operações matemáticas e ideativas. 03. Inteligência Espacial: capacidade de abstração e pensamento tridimensional. 04. Inteligência Corporal: capacidade de manipulação e domínio do corpo físico. 05. Inteligência Interpessoal: capacidade de interação com as outras pessoas. 11 06. Inteligência Intrapessoal: capacidade de autocompreender-se, autoperceber-se, e autopercuciência. 07. Inteligência Naturalista: capacidade de interação com padrões da natureza. 08. Inteligência Energética: capacidade de manipular bioenergias. 09. Inteligência Multifocal: capacidade de ler contextos e comportamentos. 10. Inteligência Emocional: capacidade para lidar com emoções e afeto. O emprego dos módulos de inteligências são conquistas pessoais e naturais na criança, no adolescente e no jovem, as quais sendo bem estimulados, podem trazer excelentes resultados. A identificação do(s) módulo(s) de inteligência(s) predominante(s) pode auxiliar o jovem a qualificar atributos pessoais, individuais, melhorando a capacidade interativa familiar, com os colegas e com a sociedade. 2.2. Dificuldades enfrentadas pelas crianças superdotadas. a criança criativa rebela-se perante abordagens rígidas na qual ela deve aprender e deve considerar como verdadeiro o conteúdo recebido Crianças com altas habilidades cognitivas são frequentemente encaradas como ameaça pelos demais colegas pois elas conseguem realizar tarefas com maior eficácia e rapidez. Esta vantagem natural pode assustar os colegas fazendo com que eles se sintam incapazes. Os problemas enfrentados pelos estudantes de altas habilidades cognitivas estão relacionados às consequências das próprias ações. Cabe ao professor-mediador dirimir tais diferenças, incluindo e valorizando o quociente intelectual (QI) de todos os participantes por meio de trabalhos e conteúdos atraentes. Para resolver a divergência cognitiva natural e conquistar os demais colegas o aluno superdotado necessita aprender a enfrentar a 12 desconformidade e a lidar com as pressões sociais, tornando-se criativo e inovador e no trato com os companheiros de escola. Crianças com altas habilidades cognitivas podem manifestar questões relacionadas à inadaptação ao meio. Exemplificamos 7 aspectos a seguir. 1. Rejeição. 2. Oposição. 3. Defesa do próprio sistema de valores. 4. Intolerância. 5. Resistência à imposição de tarefas. 6. Não aceitação das atividades de rotina. 7. Dificuldade em aceitar conteúdo mal estruturado, ou pouco definido. Estudantes superdotados apresentam necessidades específicas que precisam serem atendidas para aumentar as chances de desenvolvimento saudável e feliz. Alunos superdotados preferem trabalhar de forma individual devido a falta de estímulo recebido em casa, e na escola e podem apresentar: 1- Baixo rendimento escolar, 2- Decepção e frustração por não se sentirem atendidos nem compreendidos. 3- Desinteresse nos estudos. 4- Comportamento inadequado, muitas vezes confundido com hiperatividade, distúrbios comportamentais, ou déficit de concentração. O estudante com altas habilidades precisa receber estímulo e atenção extra, não deve ficar segregado, ou ser matriculado em colégios especiais. 2.3. O sistema límbico e as áreas do córtex pré-frontal 2.4. Arquitetura neurogenética da superdotação Para detalhar a arquitetura neurogenética da superdotação iremos, em um primeiro momento entender a formção da estrutura cerebral. Utilizaremos 13 léxicos ao modo de sinômimo como: arquitetura do cérebro e arquitetura inteligente. A arquitetura do cérebro, ou arquitetura neurogenética, é construída através do processo contínuo que começa antes do nascimento e continua até a idade adulta. Conexões neurais (sinapses) simples e habilidades estruturam-se primeiro, seguidas por circuitos e habilidades mais complexas. Nos primeiros anos de vida 700 a 1.000 novas conexões neurais se formam a cada segundo, trata-se de um imenso bombardeio de conexões. Após o período de proliferação rápida, entre 2 e 4 anos de vida as conexões são reduzidas através de um processo chamado poda sináptica, o qual irá reforçar circuitos cerebrais mais utilizados e torna-los eficientes. A arquitetura neurogenética do cérebro é composta de bilhões de conexões entre neurônios individuais em diferentes áreas do cérebro. Essas conexões permitem a comunicação rápida entre os neurônios que se especializam em diferentes tipos de funções cerebrais. Os primeiros anos são, portanto, o período mais ativo para estabelecer conexões neurais, mas novas conexões podem se formar ao longo da vida e as conexões não utilizadas continuaram a ser podadas. Esse processo dinâmico nunca para, é impossível determinar a relação entre qual porcentagem de desenvolvimento cerebral ocorre a qual idade. As conexões que se formam antecipadamente fornecem uma base forte ou fraca para as conexões que se formam mais tarde. As interações dos genes e experiência moldam o cérebro em desenvolvimento. Embora os genes forneçam o modelo para a formação de circuitos cerebrais, estes circuitos são reforçados pelo uso repetido. Um ingrediente principal neste processo de desenvolvimento é a interação familiar entre crianças e seus pais e outros cuidadores na família ou na comunidade. Se ocorre a falta de cuidados responsivos, ou se as respostas não são confiáveis na familia, a arquitetura do cérebro não se forma como esperado, o que pode levar a disparidades na aprendizagem e no comportamento. Os genes e experiências pessoais de cada indivíduo atuam juntas e moldam a arquitetura neurogenética do cérebro. 14 Conforme mostra o gráfico, elaborado por estudantes de Harvard, pode-se perceber que a capacidade de resposta esta inversamente associada ao esforço que este requer. Portanto conclui-se que alunos e indivíduos superdotados não fazem esforço para manifestarem as capacidades acima da média, eles demonstram o que são, a partir da autenticidade genética e cerebral de cada um. fonte: http://developingchild.harvard.edu/science/key-concepts/brain-architecture As capacidades cognitivas, emocionais e sociais estão entrelaçadas ao longo da vida. O cérebro é um órgão altamente integrado e suas múltiplas funções operam em coordenação entre si. O bem-estar emocional e as competências sociais fornecem a base sólida para as habilidades cognitivas emergentes, e juntos eles funcionam como tijolos e argamassa na arquitetura do cérebro. A saúde emocional e física, as habilidades sociais e as capacidades cognitivo-linguísticas que surgem durante os primeiros anos de vida são importantes para o bom desenvolvimento escolar, profissional e social. 15
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