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Autoconhecimento e Altas habilidades neurais

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Prévia do material em texto

fácil leitura e entendimento 
 
 
 
 
Fabiana Cerato 
Arquiteta & Livre pensadora 
 
Autoconhecimento e 
Altas habilidades neurais: 
A criança superdotada desenvolve 
a percepção sobre si mesma? 
coletânea dedicada a 
pais, professores e 
alunos 
construindo novas sinapses em crianças, 
jovens e adultos: o exemplo do Projeto Elevens 
 
 
 
 
fácil leitura e entendimento 
 
Fabiana Cerato 
Arquiteta & Livre pensadora 
 
 
Harmonia Arquitetura 
Foz do Iguaçu/PR 
2018 
coletânea dedicada a 
pais, professores e 
alunos 
Autoconhecimento e 
Altas habilidades neurais: 
A criança superdotada desenvolve 
a percepção sobre si mesma? 
COPYRIGHT 
 
 
Copyright: Fabiana Cerato, 2018. 
Copyright: Harmonia Arquitetura, 2018. 
 
 
 
Revisão Conteúdo: Bianca Cerato; Fabiana Cerato. 
Capa: Matheus Nogueira Cardoso; Fabiana Cerato. 
Publicação: Amazon (www.amazon.com.br), formato e-book 
 
 
 
 
 
 
A AUTORA 
 
 
 
 
Fabiana Cerato é natural de Porto Alegre, 
Rio Grande do Sul, nasceu em 1964. 
É Arquiteta e Urbanista, Especialista em 
Psicologia Positiva e Coaching, Docência do Ensi-
no Superior, Projeto e Construção, empresária, 
escritora, livre pensadora. 
Há duas décadas vem estudando, 
ministrando aulas, seminários e workshops em 
arquitetura saudável, habilidades cognitivas, auto-
conhecimento, autoestima, autonomia afetiva, 
redução da violência familiar, gestão de vida, 
relações familiares, reeducação, processos 
reflexivos e qualificação do pensamento. 
Estudiosa das áreas de Conviviologia, 
Anticonflitologia, Intraconscienciologia, e Sereno-
logia. 
Ministra cursos e palestras gratuitas em 
instituições públicas e privadas. 
 
www.harmonia.arq.br 
diretoriaarquiteturaharmonia@gmail.com 
 
 
LENDO ESTE E-BOOK 
VOCÊ SERA CAPAZ DE: 
- Compreender altas habilidades neurais e identificar 
manifestações cognitivas qualificadas em crianças, jovens e 
adultos. 
- Entender a arquitetura cognitiva do ser humano e a 
neuroplasticidade. 
- Compreender a relação entre cognição, contexto 
familiar e afeto. 
- Analisar e identificar o perfil de crianças e jovens 
cognitivamente melhor ou pior preparados, podendo assim 
ajudar melhor. 
- Desvendar o potencial do aprendizado humano. 
- Analisar o quanto você se conhece e se percebe como 
ser humano. 
- Conhecer o Projeto Elevens, patrocinado pela 
faculdade Uniamérica. 
 
O conhecimento serve para 
encantar as pessoas, não 
para humilhá-las. 
Mario Sergio Cortella 
filósofo e pesquisador (1954 -) 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
- À coordenadora do curso de Psicologia da 
Uniamérica: Professora Lissia Pinheiro. 
- Às colegas de curso: Melody Wu, Amal Hijazi, 
Salma Fattah, Claudia Colman, Fernanda Oli-
veira. 
- À faculdade Uniamérica por coordenar e 
apoiar o Projeto Elevens. 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
- Aos professores, pelo respeito e imensa 
dedicação aos seus alunos, buscando o melhor 
em cada um. 
- Aos profissionais da saúde, pela ajuda 
incansável e infinita assistência dedicada a seus 
pacientes. 
- Às filhas Nicole e Bianca. Aos pais Nilo e 
Sonia, aos irmãos Carlos e Marlise. 
- Aos idealizadores do processo evolutivo. 
- À Waldo Vieira. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
MÓDULO I: Altas habilidades neurais. 
 Porque pesquisar a superdotação? 
 Cognição. 
 Projeto Elevens. 
 Superdotação, altas habilidades cog-
nitivas. 
 Dificuldades apresentadas pelos estu-
dantes superdotados. 
 A biologia das emoções. 
 Arquitetura neurogenética da super-
dotação. 
MÓDULO II: Entrevistas. 
 Entrevistas com profissionais da saúde. 
 Heurística. 
MÓDULO III: Autoconhecimento. 
 Autoconhecimento e capacitação cog-
nitiva neural. 
 Exemplificando o autoconhecimento: 
exposição do temperamento da autora. 
 Valores da autora. 
MÓDULO IV: Verbete da Enciclopédia da 
Conscienciologia. 
 Verbete: Arquiteto intermissivista lúcido. 
MÓDULO V: Conclusão. 
 Abordagens conclusivas. 
BIBLIOGRAFIA. 
WEBGRAFIA. 
 
FILMOGRAFIA. 
ANEXOS: 
Anexo 1: artigo sobre a arquitetura 
neurogenética da superdotação. 
Anexo 2: apresentação (com imagens) 
sobre memória e aprendizado. 
Anexo 3: apresentação (com imagens) 
sobre o tálamo e o córtex. 
Anexo 4: workshop em autoestima e altas 
capacidades cognitivas. 
 
 
A certeza do sábio reside 
na vontade de saber e não 
no que ele sabe 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
ALTAS HABILIDADES 
NEURAIS 
 
 
PORQUE PESQUISAR 
A SUPERDOTAÇÃO? 
Nasci questionando tudo, sempre fui curiosa. Meu 
interesse em pesquisar altas habilidades neurais começou 
quando busquei entender a maneira de pensar de indivíduos 
que faziam a diferença, deixando marcas positivas na vida 
dos demais. 
Queria entender porque algumas pessoas fazem boas 
escolhas, e outras se perdem escolhendo tristezas, 
melancolias, ou mal estar. 
Hoje (ano-base 2018), busco pesquisar este e os 
demais temas tratando de compreender a associação 
existente entre autoconhecimento e capacidades cognitivas, 
tais como: 
 leitura, 
 reflexão, 
 ponderação, 
 escrita, 
 arte, 
 filosofia, 
 ciência, 
 percepção emocional. 
Este livro busca conscientizar pais e professores de 
alunos com altas habilidades cognitivas a fim de que possam 
valorizar características intelectuais e emocionais existentes 
e estimulem alunos, e os próprios filhos, a se desenvolverem 
em sala de aula. 
Através de pesquisas e entrevistas com profissionais 
da saúde abordamos a questão central deste e-book, isto é: 
como se manifesta a arquitetura da superdotação em 
crianças, jovens, e adultos? 
Pesquisas demonstram que a estrutura cerebral de 
crianças com altas habilidades neurais e cognitivas 
diferencia-se da estruturas dos demais alunos, assim como a 
memória de curto prazo, a atenção, e o foco. 
 A coletânea de e-books: Sou arquiteto, e agora? 
arquitetura, autoconhecimento, e neurociência, surgiu a 
partir da intenção em unir arquitetura, autopesquisa, 
neurociência, e a vontade de querer conhecer mais. 
Hoje atuo como arquiteta, professora, pesquisadora, 
escritora, questionadora, e livre pensadora 
(www.harmonia.arq.br). 
A união da Arquitetura e do Autoconhecimento 
iniciou-se em 1997, a partir do contato com a Ciência 
Conscienciologia, e a Neurociência veio a partir do interesse 
e do estudo do curso de psicologia. Foi na faculdade 
Uniamérica que tivemos a oportunidade de conhecer o 
Projeto Elevens resultando em dois produtos: 1. o manual 
sobre altas habilidades, 2. este e-book. 
Indivíduos com Altas Habilidades cognitivas podem 
contribuir para um mundo melhor, estimulando as demais 
pessoas pelo próprio do exemplo. 
Podemos perceber que a pessoa que adquire senso de 
humanização (uma das principais características de 
indivíduos portadores de altas habilidades cognitivas) tende 
a se relacionar melhor com amigos, professores, clientes, 
colaboradores, e funcionários. 
PALAVRAS CHAVE: estrutura; altas habilidades; 
reflexão; cognição; saúde. 
 
Pessoas que não 
questionam tendem a 
repetir sem inovar, criar, 
ou fazer de outro modo. 
 
Mario Sergio Cortella 
filósofo e pesquisador (1954 -) 
 
 
 
COGNIÇÃO 
 
Indivíduos capacitados cognitivamente praticam cons-
tantemente várias associações cognitivas, mentais, e 
neurais, são pessoas de raciocínio rápido e de melhores 
resultados. 
A cognição muda a vida do ser humano, nós somos o 
que pensamos ser, ou seja o que o nosso cérebro entende e 
processa, ao abrirmos espaço para reflexão e para o 
pensamento, nossas ações mudam, nos tornamos pessoas 
melhores e mais felizes. 
Durante o semestre de 2016, enquanto cursava 
Psicologia, tive a oportunidade de trabalhar com um grupo 
de crianças e jovens superdotados. 
O grupo vem sendo mantido e patrocinado pela 
faculdade Uniamérica (www.uniamerica.br) há 3 anos com o 
nome deProjeto Elevens. 
O Projeto Elevens (PE) é um projeto sem fins lucrativos 
e gratuito. 
A missão do projeto elevens é identificar, acolher, 
encaminhar e reforçar estruturas cognitivas de crianças com 
altas habilidades cognitivas (superdotadas) através da 
educação pautada na ética e na responsabilidade social. 
O público-alvo do Projeto Elevens são crianças e 
jovens da rede pública de Foz do Iguaçu. 
O objetivo do Projeto Elevens é favorecer a autoestima 
dos estudantes superdotados e torná-los agente de 
transformação social, econômica e tecnológica, reduzindo os 
riscos de segregação social. 
Neste e-book eu trago um pouco desta experiência 
alinhada às demais pesquisas na área. 
 
 
 
 
SUPERDOTAÇÃO 
(ou ALTAS HABILIDADES 
COGNITIVAS). 
 
Ellen Winner, especialista na área, define a 
Superdotação a partir de 5 características principais: 
1. Precocidade, 
2. Rápida aprendizagem, 
3. Criação de meios pessoais para a resolução de 
problemas, 
4. Autodidatismo, 
5. Vontade forte em dominar a área a de 
conhecimento a que se propõe. 
Sempre que falamos em Superdodação o que vem à 
mente são os grandes gênios da humanidade: Albert 
Einstein, William Shakespeare, Wolfgang Amadeus Mozart, 
Isaac Newton, Charles Darwin, Leonardo da Vinci, Marie 
Curie, Mahatma Ghandi e Pablo Picasso dentre outros. 
Eles se destacaram em virtude das realizações 
criativas e contribuições para a humanidade, elevando o 
conhecimento humano, a tecnologia, a cultura, as ciências e 
as artes a novos patamares. 
Altas habilidades cognitivas, também conhecidas como 
superdotação, vem sendo estudadas por psicólogos, 
pedagogos, psiquiatras e médicos. 
Crianças superdotadas nasceram com habilidades 
acima da média na área cognitiva, intelectual, psicomotora, 
apresentam notável desempenho e diferenciam-se dos 
demais sendo algumas vezes chamadas de nerds ou 
polivalentes. 
Estas crianças possuem características peculiares, não 
se assemelham com seus pares, não são homogêneas e seu 
desenvolvimento pode distinguir uma das outras. 
Nem sempre apresentam-se precoces em várias áreas 
do conhecimento, seu nível cognitivo pode variar, são 
talentosos em uma área do conhecimento, mas em outras 
podem precisar de mediação e estímulo como qualquer 
criança. 
Abaixo detalhamos os eixos de capacitação dos alunos 
superdotados. 
Habilidade cognitiva geral: demonstram curiosidade, 
capacidade observativa, habilidade de abstração, habilidade 
questionadora. 
Talento acadêmico: apresentam desempenho 
elevado na escola, especialmente em testes de 
conhecimento e capacidade acima da média nas tarefas 
acadêmicas. 
Pensamento criativo: demonstram capacidade para 
desenvolver ideias originais e propõem novos padrões em 
tarefas recebidas. 
Liderança: destacam-se como líder social, ou 
estudantil, pela elevada capacidade de coordenação de 
classe, e em geral conseguem promover interação produtiva 
com os demais colegas. 
Artes visuais e cênicas: apresentam habilidades 
superiores em pintura, escultura, desenho, filmagem, dança, 
canto, teatro e instrumentos musicais. 
Habilidades psicomotoras: apresentam ótimo 
desenvolvimento atlético, incluindo o uso de habilidades 
motoras refinadas e habilidades mecânicas. 
A superdotação também pode ser identificada em uma 
ou mais modalidades de inteligências estudadas pelo 
pesquisador Howard Gardner (1994). Descrevemos 10 
módulos de inteligência pesquisados por ele. 
01. Inteligência Verbal-Linguística: uso da linguagem 
para expressar e avaliar significados complexos. 
02. Inteligência Lógico-matemática: capacidade para 
realizar associações, operações matemáticas e ideativas. 
03. Inteligência Espacial: capacidade de abstração e 
pensamento tridimensional. 
04. Inteligência Corporal: capacidade de 
manipulação e domínio do corpo físico. 
05. Inteligência Interpessoal: capacidade de 
interação com as outras pessoas. 
06. Inteligência Intrapessoal: capacidade de 
autocompreender-se, autoperceber-se, e autopercuciência. 
07. Inteligência Naturalista: capacidade de interação 
com padrões da natureza. 
08. Inteligência Energética: capacidade de 
manipular bioenergias. 
09. Inteligência Multifocal: capacidade de ler 
contextos e comportamentos. 
10. Inteligência Emocional: capacidade para lidar 
com emoções e afeto. 
O emprego dos módulos de inteligências são 
conquistas pessoais e naturais na criança, no adolescente e 
no jovem, as quais sendo bem estimulados, podem trazer 
excelentes resultados. 
A identificação do(s) módulo(s) de inteligência(s) 
predominante(s) pode auxiliar o jovem a qualificar atributos 
pessoais, individuais, melhorando a capacidade interativa 
familiar, com os colegas e com a sociedade. 
 
 
 
 
É preciso cuidar da ética 
para não anestesiar a 
consciência achando que 
tudo é normal. 
 
Mario Sergio Cortella 
filósofo e pesquisador (1954 -) 
 
 
 
 
 
PROJETO ELEVENS 
 
O Projeto Elevens foi lançado ao público em 11 de 
novembro de 2011. A partir de então iniciaram-se as 
pesquisas de crianças superdotadas na região de Foz do 
Iguaçu em conjunto ao primeiro programa de iniciação 
científica. 
No início de 2012 foram firmadas parcerias com a 
Secretaria Municipal de Educação, que cedeu espaço nas 
escolas municipais para a avaliação e seleção de crianças 
com altas habilidades cognitivas, e no Polo Astronômico 
Casimiro Montenegro Filho-Parque Tecnológico Itaipu, que 
custeou o material para seleção e ofereceu o curso de 
iniciação científica para as crianças (outubro de 2012 à abril 
de 2013). 
Durante a seleção todas as escolas municipais de Foz 
do Iguaçu foram visitadas e os alunos do 5º ano do Ensino 
Fundamental foram autorizados pelos pais a participar do 
processo seletivo (triagem). 
Das 50 escolas visitadas 1.949 crianças foram 
avaliadas (59%), das quais 127 apresentaram sinais 
significativos de superdotação. 
Neste momento 37 crianças tiveram seu diagnóstico 
confirmado e foram convidadas a participar do Projeto 
Elevens. 
Um dos objetivos do projeto de iniciação científica em 
Astronomia e Astronáutica, iniciada no Pólo Astronômico era 
a participação da Olimpíada Brasileira de Astronomia e 
Astronáutica. 
Após 4 meses de aula, os alunos matriculados em 
escolas públicas, no 6º ano de Ensino Fundamental 
competiram com alunos de 6º a 9º ano de escolas públicas e 
particulares, obtendo média superior às escolas particulares. 
Ao todo, foram obtidas 5 medalhas, 2 de prata e 3 de 
bronze. Após o término das atividades no Pólo Astronômico, 
iniciou-se a parceria com a Faculdade União das Américas 
(Uniamérica) e os alunos passaram a ter aulas nas salas de 
aula da faculdade. 
As disciplinas do Projeto Elevens, ministradas desde 
2013 exemplificam propostas de fortalecimento de conteúdo 
dos alunos superdotados. 
 
Disciplinas ministradas no Projeto Elevens em 2013: 
1. Engenharia, oportunidade de prosseguir o 
programa de iniciação científica em Astronáutica e construir 
seus primeiros modelos de foguete. 
2. Ciências Biológicas, fundamentos em botânica, 
coletando materiais no Parque Nacional Iguaçu. 
3. Pensamento Crítico, metacognição e crítica sobre 
assuntos relevantes do cotidiano. 
4. Educação Financeira, matemática envolvendo 
finanças pessoais, investimentos e macroeconomia. 
 
Disciplinas ministradas no Projeto Elevens em 2014 e 2015: 
1. Engenharia. a Engenharia é matéria multidisciplinar 
e motivadora, a partir da construção de modelos de foguetes 
os alunos tiveram a oportunidade de aprender matemática, 
física e química em atividades que favoreceram seu 
envolvimento. 
2. Ciências Biológicas. o foco foi na Botânica e na 
Preservação Ambiental, além da oportunidade de usufruir da 
vasta flora de Foz do Iguaçu onde aprenderam Botânica a 
partir da pesquisa realizada por eles próprios, e através da 
PreservaçãoAmbiental os alunos tiveram a oportunidade de 
pensar em soluções reais aplicadas a públicos reais. 
3. Pensamento Crítico. a capacidade de pensar com 
discernimento à respeito das próprias capacidades e sobre o 
que fazer com elas. 
4. Educação Financeira. A partir da educação 
financeira, os alunos aprenderam matemática e se 
beneficiaram desse conteúdo de maneira prática e 
duradoura. 
5. Programação. A programação em computadores é 
um assunto atual e adequado à cultura das gerações mais 
novas, além de envolver os alunos pela atratividade do tema, 
na programação de sites, programas, aplicativos, dentre 
outros, o aluno tem um instrumento para dar vazão as 
próprias idéias e para efetivar a transformação tecnológica e 
social que buscamos estimular desde cedo. 
As aulas são realizadas no período da tarde. Com o 
intuito de reduzir o número de alunos em cada turma para 
melhorar o proveito, são constituídas turmas de até 15 
alunos. 
Para que todos tenham a possibilidade de participar 
em pelo menos 4 disciplinas facultativas, 2 tardes semanais 
são divididas em 4 horários, cada um deles com atividades 
distribuídas em todas as 5 disciplinas, simultaneamente. 
Todas as atividades são gratuitas para os estudantes. 
São 4 salas de aula para as aulas teóricas, um 
laboratório de informática e laboratórios de química e 
biologia para atividades práticas. 
Às segundas e quartas-feiras serão realizadas aulas 
das disciplinas facultativas e nas sextas-feiras são ofertadas 
as disciplinas obrigatórias. 
 
DIFICULDADES 
ENFRENTADAS PELAS 
CRIANÇAS 
SUPERDOTADAS. 
 
a criança criativa rebela-se perante 
abordagens rígidas na qual ela deve 
aprender e deve considerar como 
verdadeiro o conteúdo recebido 
 
Crianças com altas habilidades cognitivas são 
frequentemente encaradas como ameaça pelos demais 
colegas pois elas conseguem realizar tarefas com maior 
eficácia e rapidez. 
Esta vantagem natural pode assustar os colegas 
fazendo com que eles se sintam incapazes. Os problemas 
enfrentados pelos estudantes de altas habilidades cognitivas 
estão relacionados às consequências das próprias ações. 
Cabe ao professor-mediador dirimir tais diferenças, 
incluindo e valorizando o quociente intelectual (QI) de todos 
os participantes por meio de trabalhos e conteúdos 
atraentes. 
Para resolver a divergência cognitiva natural e 
conquistar os demais colegas o aluno superdotado necessita 
aprender a enfrentar a desconformidade e a lidar com as 
pressões sociais, tornando-se criativo e inovador e no trato 
com os companheiros de escola. 
Crianças com altas habilidades cognitivas podem 
manifestar questões relacionadas à inadaptação ao meio. 
Exemplificamos 7 aspectos a seguir. 
1. Rejeição. 
2. Oposição. 
3. Defesa do próprio sistema de valores. 
4. Intolerância. 
5. Resistência à imposição de tarefas. 
6. Não aceitação das atividades de rotina. 
7. Dificuldade em aceitar conteúdo mal estruturado, ou 
pouco definido. 
Estudantes superdotados apresentam necessidades 
específicas, como qualquer outra criança que precisam 
serem atendidas para aumentar as chances de 
desenvolvimento saudável e feliz. 
Alunos superdotados preferem trabalhar de forma 
individual devido a falta de estímulo recebido em casa, e na 
escola e podem apresentar: 
1. Baixo rendimento escolar. 
2. Decepção e frustração por não se sentirem atendidos 
nem compreendidos. 
3. Desinteresse nos estudos. 
4. Comportamento inadequado, muitas vezes 
confundido com hiperatividade, distúrbios comportamentais, 
ou déficit de concentração. 
 
O estudante com altas habilidades precisa receber 
estímulo e atenção extra, não deve ficar segregado, ou ser 
matriculado em colégios especiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 A BIOLOGIA DAS 
EMOÇÕES 
O SISTEMA LÍMBICO E AS 
ÁREAS DO CÓRTEX PRÉ-
FRONTAL 
 
O sistema límbico é responsável pelo comportamento 
emocional, e é um conjunto de reações frente a sensações, 
sejam elas conscientes ou não. Estudar o sistema límbico é 
estudar a Neurobiologia das Emoções. 
As grandes estruturas do encéfalo estão relacionadas 
com as emoções, dentre elas temos o sistema 
límbico, hipotálamo e a área pré-frontal. 
Dentre as principais estruturas do sistema límbico 
temos: 
Hipocampo: estrutura que tem como função o 
armazenamento da memória (uma lesão nesta região pode 
alterar a memória do indivíduo). 
Tálamo: tem como função a integração do sistema 
sensorial e motor, e envio dos sinais da audição, da 
visão, do paladar e do tato para o córtex, assim como as 
sensações de pressão, dor e temperatura. 
Hipotálamo: regula funções importantíssimas dentre 
elas o sono, libido, o apetite e a temperatura do corpo, e 
apesar disto representa menos de 1% do tamanho total do 
cérebro 
Amígdala: relacionada a percepção semiconsciente, 
padroniza comportamentos apropriados para cada ocasião, 
está relacionada com a memória emocional que temos das 
coisas, é importante para reconhecimento, formação e 
manutenção das emoções envolvidas com o medo (lesão 
nesta região reduz a capacidade de detecção do medo e da 
emocionalidade, e leva ao estado de ansiedade, medo e 
atenção aumentada. 
Giro cingulado: está relacionada com o controle 
visual, auditivo e as alterações das emoções, (medicamentos 
que estimulem essa estrutura podem causar efeitos 
alucinógenos). 
Área pré frontal: esta área não faz parte do sistema 
límbico porém suas conexões estão diretamente ligadas a 
ele em estruturas como a amígdala e o tálamo (uma lesão 
nesta região leva o paciente a apresentar redução da 
concentração e a perder o senso das responsabilidades 
sociais. 
 
 
Os estados emocionais envolvem diversas áreas do 
sistema límbico, sendo algumas estruturas ativadas e outras 
inibidas simultaneamente como no caso da alegria que 
provoca a ativação de regiões como gânglios basais, 
estriado ventral e putâmen, já a expressão de raiva, por sua 
vez, está relacionada à excitação do hipotálamo posterior 
enquanto o telencéfalo media efeitos contrários a esse 
comportamento. 
Existem emoções primárias e secundárias, as 
emoções primárias são relacionadas às necessidades 
imediatas como: alimentação (fome/saciedade), obtenção de 
água (sede), sexo (libido), fugir de um predador ou de outra 
ameaça (medo), defender os filhotes (ira/agressão),etc. 
Emoções secundárias são estados discriminativos e 
complexos como ansiedade, satisfação, prazer, amor, 
familiaridade e uma miríade de sentimentos mais subjetivos 
O sistema límbico interliga 4 aspectos: 
1. Cognição (a percepção consciente das sensações) 
2. Afeto (percepção de si e dos outros) 
3. Motivação (o desejo de agir) 
4. Alterações somáticas e viscerais (expressão) 
 
 
Descrevemos abaixo o significado das sensações do 
sistema límbico: 
IRA: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, 
indignação, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, 
hostilidade e no extremo, o ódio e a violência patológicos 
TRISTEZA: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, 
melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero e 
quando patológico, a depressão profunda 
MEDO: ansiedade, apreensão, nervosismo, 
preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, 
pavor, susto, terror e como psicopatologia, a fobia e o 
pânico. 
PRAZER: felicidade, alegria, alívio, contentamento, 
deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, emoção, 
arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, 
êxtase e no extremo a mania 
AMOR: aceitação, amizade, confiança, afinidade, 
dedicação, adoração, paixão. 
SURPRESA: choque, espanto, pasmo, maravilha 
NOJO: desprezo, desdém, antipatia, aversão, 
repugnância, repulsa 
VERGONHA: culpa, vexame, mágoa, remorso, 
humilhação, arrependimento, mortificação e constrição 
O que são as emoções então? São as sensações que 
experimentamos: “nós sentimos medo e por isso trememos,a freqüência cardíaca aumenta, suamos diante de uma 
serpente, etc”. 
 
ARQUITETURA 
NEUROGENÉTICA DA 
SUPERDOTAÇÃO 
A arquitetura neurogenetica da superdotação é a 
formação da estrutura cerebral a partir da relação com o 
sistema nervoso e das conexões recebidas do grupo familiar. 
A arquitetura do cérebro, ou arquitetura neurogenética, 
ou arquitetura da inteligencia, é construída através do 
processo contínuo que começa antes do nascimento e 
continua até a idade adulta. 
Conexões neurais (sinapses) simples e habilidades 
estruturam-se primeiro, seguidas por circuitos e habilidades 
mais complexas. 
Nos primeiros anos de vida da criança 700 a 1.000 
novas conexões neurais se formam a cada segundo, trata-se 
de um imenso bombardeio de conexões. 
Após o período de proliferação rápida, entre 2 e 4 anos 
de vida as conexões são reduzidas através de um processo 
chamado poda sináptica, o qual irá reforçar circuitos 
cerebrais mais utilizados e torná-los eficientes. 
A arquitetura neurogenética do cérebro é composta de 
bilhões de conexões entre neurônios individuais em 
diferentes áreas do cérebro. Essas conexões permitem a 
comunicação rápida entre os neurônios que se especializam 
em diferentes tipos de funções cerebrais. 
Os primeiros anos são, portanto, o período mais ativo 
para estabelecer conexões neurais, mas novas conexões 
podem se formar ao longo da vida e as conexões não 
utilizadas continuaram a ser podadas. 
Esse processo dinâmico nunca para, é impossível 
determinar a relação entre qual porcentagem de 
desenvolvimento cerebral ocorre a qual idade. As conexões 
que se formam antecipadamente fornecem uma base forte 
ou fraca para as conexões que se formam mais tarde. 
As interações dos genes e experiência moldam o 
cérebro em desenvolvimento. Embora os genes forneçam o 
modelo para a formação de circuitos cerebrais, estes 
circuitos são reforçados pelo uso repetido. Um ingrediente 
principal neste processo de desenvolvimento é a interação 
familiar entre crianças e seus pais e outros cuidadores na 
família ou na comunidade. 
Se ocorre a falta de cuidados responsivos, ou se as 
respostas não são confiáveis na família, a arquitetura do 
cérebro não se forma como esperado, o que pode levar a 
disparidades na aprendizagem e no comportamento. Os 
genes e experiências pessoais de cada indivíduo atuam 
juntas e moldam a arquitetura neurogenética do cérebro. 
Conforme mostra o gráfico, elaborado por estudantes 
de Harvard, pode-se perceber que a capacidade de resposta 
esta inversamente associada ao esforço que este requer. 
Portanto alunos e indivíduos superdotados não fazem 
esforço para manifestarem as capacidades acima da média, 
eles demonstram o que são, a partir da autenticidade 
genética e cerebral de cada um. 
 
fonte: http://developingchild.harvard.edu/science/key-concepts/brain-architecture 
 
As capacidades cognitivas, emocionais e sociais estão 
entrelaçadas ao longo da vida. O cérebro é um órgão 
altamente integrado e suas múltiplas funções operam em 
coordenação entre si. 
O bem-estar emocional e as competências sociais 
fornecem a base sólida para as habilidades cognitivas 
emergentes, juntos eles funcionam como tijolos e argamassa 
na arquitetura do cérebro. 
A saúde emocional e física, as habilidades sociais e as 
capacidades cognitivo-linguísticas que surgem durante os 
primeiros anos de vida são importantes para o bom 
desenvolvimento escolar, profissional e social. 
O estresse é uma parte significativa do 
desenvolvimento pois ativa ampla gama de reações 
fisiológicas e prepara o corpo para lidar com as ameaças. 
No entanto, quando essas respostas permanecem 
ativadas em níveis elevados por períodos significativos de 
tempo, sem relações de apoio para ajudar a acalmá-los, elas 
prejudicam o desenvolvimento das conexões neurais, 
especialmente nas áreas do cérebro dedicadas a habilidades 
de ordem superior relacionadas a aprendizagem e a 
cognição. 
O estresse, apesar de ativar, enfraquece a arquitetura 
neurogenética do cérebro, o que pode levar a problemas ao 
longo da vida na aprendizagem, no comportamento, na 
saúde física e mental. 
É fundamental observar a maneira que os alunos se 
comportam em sala de aula buscando sempre o apoio dos 
pais e da escola. 
Segundo o MEC, 2007, crianças com Altas Habilidades 
não devem apresentar, necessariamente, todas as 
características abaixo, mas muitas encontram-se presentes. 
 
01 – Aprende fácil e rapidamente. 
 
02 – É original, imaginativo, criativo, não convencional. 
 
03 – Está sempre bem informado, inclusive em áreas 
não comuns. 
 
04 – Pensa de forma incomum para resolver proble-
mas. 
 
05 – É persistente, independente, auto-direcionado. 
 
06 – Persuasivo, é capaz de influenciar os outros. 
 
07 – Mostra senso comum e pode não tolerar tolices. 
 
08 – Inquisitivo e cético, está sempre curioso sobre o 
como e o porquê das coisas. 
 
09– Adapta-se com bastante rapidez a novas situações 
e a novos ambientes. 
 
10 – É esperto ao fazer coisas com materiais comuns. 
 
11 – Tem muitas habilidades nas artes (música, dança, 
desenho etc.). 
 
12 – Entende a importância da natureza (tempo, Lua, 
Sol, solo etc). 
 
13 – Tem vocabulário excepcional, é verbalmente 
fluente. 
 
14 – Aprende facilmente novas línguas. 
 
15 – Trabalhador independente. 
 
16 – Tem bom julgamento, é lógico. 
 
17 – É flexível e aberto. 
 
18 – Versátil, tem múltiplos interesses, alguns deles 
acima da idade. 
 
19 – Demostra percepções incomuns. 
 
20 – Demonstra alto nível de sensibilidade e empatia 
com os outros. 
 
21 – Apresenta senso de humor. 
 
22 – Expressa ideias e reações de forma argu-
mentativa. 
23 – É sensível à verdade e à honra. 
Crianças superdotadas podem demonstrar 
vocabulários avançados, perfeccionismo, alto senso crítico, 
ser contestador, não gostam de rotina, tem grande interesse 
por temas abordados por adultos, facilidade de expressão, 
desafia professores e colegas, e conseguem monopolizar a 
atenção. 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
ENTREVISTAS COM 
PROFISSIONAIS DA 
SAÚDE 
(o direito de conhecer a si mesmo é 
instransferivelmente seu) 
 
 
 
 
 
ENTREVISTAS COM 
PROFISSIONAIS DA 
SAÚDE. 
 
Foram entrevistados um médico de família e uma 
psicóloga com linha de abordagem sistêmica, a entrevista 
auxiliou no entendimento do desenvolvimento processo 
cognitivo, e a pergunta norteadora da entrevista foi: 
 
“Como as experiências emocionais 
vivenciados pelos alunos, superdotados 
ou não, afetam o próprio processo 
cognitivo?” 
 
Abaixo transcrevemos as respostas. 
 
- RESPOSTA 1: Cinthia Alves: Psicóloga, Mestre em 
Psicologia Aplicada, na área do desenvolvimento humano, 
Especialização em acupuntura. 
 
“O processo de relacionamento tanto familiar quanto da 
criança com os professores e o desenvolvimento do afeto tem 
relação com o processo cognitivo. No colégio em que eu 
trabalho (ano base: 2016) a tarde os alunos que tem mais 
reforço positivo dos professores, que recebem mais elogios, 
desenvolvem mais confiança e esta confiança influencia no 
processo cognitivo deles, tanto na motivação para estudar 
quanto na aquisição do conhecimento, e se o aluno estuda 
mais isto se torna um ciclo positivo e cada vez mais forte, em 
contrapartida os alunos que não tem tanto estimulo, seja por 
parte da família quanto por parte dos professores, acabam se 
sentindo com baixa autoestima e desmotivados e já não vêem 
tanto sentido nas tarefas do dia a dia, como por exemplo o 
porque do estudo. 
O processo cognitivo envolve melhorias a medida em 
que a pessoa vai adquirindo maior conteúdo e através do 
estudo, então a pergunta tem muita relação sim. Os 
relacionamentos interpessoais influenciam no processo 
cognitivo da criança e do adolescente”. 
 
- Ricardo Zaslasvisky: Médico, Especialização em terapia 
sistêmica de casal, e em Medicina defamília e comunicada, 
Mestrando na área Epidemiologia. 
RESPOSTA 2: 
 
“Penso que não são propriamente as experiências de 
vida que exercem efeito no processo cognitivo, mas sim a 
maneira como as pessoas encaram as experiências que 
tiveram. 
Não estou considerando aqui as experiências de 
problemas de saúde graves como trauma cranioencefálico, 
infecções ou tumores do sistema nervoso central que afetam 
objetiva e organicamente o cérebro. Essas experiências 
afetam a cognição, pois afetam o órgão principal responsável 
pela construção desse processo cognitivo. 
Estou considerando uma pessoa saudável do ponto de 
vista de sistema nervoso central. Experiências negativas 
deixam marcas de longo prazo na vida das pessoas, 
exercem efeito negativo sobre a cognição, pois sempre que 
a pessoa enxergar-se próxima de uma experiência 
semelhante àquela a ansiedade e outros estados emocionais 
tomarão conta dela de maneira a dificultar, ou impedir, a 
assimilação dos fatos ao seu redor protagonizados por ela. 
Isso repetir-se-á até que ela decida encarar esses medos e 
superá-los. 
Com a superação abrem-se novas portas 
cognitivas até então fechadas, pois a pessoa passa a 
conseguir transitar fisicamente e mentalmente em locais e 
conteúdos até então vetados por ela mesma. 
Por outro lado, experiências vividas como positivas 
exercem um efeito de feedback positivo de maneira que a 
capacidade cognitiva amplia-se para aquelas experiências e 
na relação dessas experiências como outras de outra ordem. 
Elas tem efeito nas pessoas de aumentar a vontade de 
aprender, de sentir que a curiosidade não é algo perigoso, 
mas sim importante para o desenvolvimento pessoal, que 
erros fazem parte da vida e que podemos aprender com 
eles, além de nos aproximar mais das pessoas que vivem as 
mesmas coisas que nós. 
Por fim, penso que o grande diferencial é o quanto uma 
pessoa é ou não é "traumatizável" (ou o quanto ela 
consegue se tornar) por suas experiências. Quanto menos 
ela for, mais aproveitará suas experiências de vida para 
crescer cognitivamente”. 
 
 
 
 
 
 
 
HEURÍSTICA 
(característica típica 
do ser humano) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Heurística. 
 
A heurística é a capacidade inventiva – típica do ser 
humano. Diz respeito aos processos cognitivos empregados 
em decisões, correspondem a um conjunto de heurísticas 
propostas que empregam tempo, conhecimento e 
computação para fazer escolhas adaptativas em ambientes 
reais. 
Existem três passos cognitivos fundamentais na 
seleção heurística: 
1. Procura. As decisões são tomadas entre 
alternativas e por esse motivo há uma necessidade de 
procura ativa; 
2. Parar de procurar. A procura por alternativas 
termina devido as capacidades limitantes da mente humana; 
3. Decisão. Assim que as alternativas estiverem 
encontradas, a procura é cessada. 
A capacidade heurística é uma característica humana 
que, pode ser descrita como a arte de descobrir e inventar 
ou resolver problemas mediante a experiência (própria ou 
observada), somada à criatividade e ao pensamento lateral 
ou pensamento divergente. 
 
Sob a ótica da arquitetura das palavras, e da 
heurística, eis 144 expressões compostas, ações, fatos, 
similitudes, significativas em si mesmo, separadas 
alfabeticamente, em 16 grupos, expressando inter-relação: 
 sonora, 
 silábica, 
 conceitual, 
 formal ou 
 estética, 
 
A. Arquitetura. 
001. A forma de funcionar. 
002. A imagística da imagética. 
003. A proposição nas propostas. 
004. A ruptura da estrutura. 
005. As sincronicidades sequenciais. 
006. O anuário dicionário. 
007. O arquiteto reto. 
008. O certo do acerto. 
009. O Crème de la creme. 
010. O dicionário anuário. 
011. O embasamento das bases. 
012. O top do top 10. 
013. O traçado do traço. 
014. Os esquadrinhos dos quadrinhos. 
 
B. Autoconsciência: 
015. A complexidade na simplicidade. 
016. A consciência da displicência. 
017. A lucidez lúdica. 
018. A percepção da parapercepção. 
019. A ponderação na reflexão. 
020. O artista intermissivista. 
021. O cerne do core. 
022. O cientista intermissivista. 
023. O não ser do ser. 
024. O self do ego. 
025. O ser do ser. 
026. O ser ou não ser. 
 
C. Biografologia: 
027. A razão de Platão. 
028. William Wilberforce. 
 
D. Ciência: 
029. A ciência da consciência. 
030. A eminência da ciência. 
031. A essência da ciência. 
 
E. Confor: 
032. A essência da consciência. 
033. A forma da paraforma. 
034. As normas das formas. 
035. Habituado e acostumado. 
036. Os atos dos parafatos. 
037. Os fatos dos parafatos. 
 
F. Construções: 
038. A casa do casal. 
039. A cultura da escultura. 
040. A mão no corrimão. 
041. As construções coesas. 
042. As estruturações das fundações. 
043. O centro do centro. 
044. O encastelamento do castelo. 
045. O lar modular. 
046. O mar ao mar. 
047. O muro seguro. 
048. O proletário proprietário. 
 
G. Dança: 
050. A arte do artista. 
051. O passo no contrapasso. 
052. As ações das interações. 
 
H. Evolução: 
053. A conduta adulta. 
054. A ingenuidade da idade. 
055. A prioridade prioritária. 
056. A simplificação da complexificação. 
057. A tonalização dos entretons. 
058. As bordas dos bordões. 
059. As linhas das entrelinhas 
060. As minidências das minúscias 
061. As sobras das saliências. 
062. Doar a amar. 
063. Falar e melhorar. 
064. O amparo do amparador. 
065. O aperfeiçoamento do refinamento. 
066. O maximecanismo do mecanismo. 
067. O megafoco do foco. 
068. O plural das pluralidades. 
069. O sobretom do tom. 
 
I. Expressividade: 
070. A estética da ética. 
071. A força da beleza. 
072. A hora H do ponto G. 
073. O CPD do CDC. 
 
J. Fruta. 
074. O limão e o melão. 
075. O mamão e o melão. 
 
K. Idade. 
076. A proximidade da idade. 
077. O pré do pró. 
078. O pró do pré. 
079. O soma do holosoma. 
080. O traquejo do manejo. 
 
 
L. Logística: 
081. A exaustividade na circularidade. 
082. As facetas das faces. 
083. O anúncio da renúncia. 
084. O plano do ano. 
085. O ano sem plano. 
 
M. Mediação: 
086. A ação da mediação. 
087. A aplicabilidade das aplicações. 
088. A conferência da deferência. 
089. A conscin cobaia. 
090. A convergência da confluência. 
091. A determinação na ação. 
092. A imparcialidade parcial. 
093. A intransigência da exigência. 
094. A irretocabilidade do irretocável. 
095. A teática na solucionática. 
096. A vitimização da vítima. 
097. As associações das relações. 
098. As relações das interações. 
099. As sofisticações das sutilezas. 
100. O ajustamento justo. 
101. O contrato na tratativa. 
102. O direito do paradireiro. 
103. O entendimento do momento. 
104. O fim do ad infinitum. 
105. O paradever do paradireito. 
106. Os métodos mediativos. 
 
N. Política: 
107. A fronteira da dianteira. 
108. A ilusão da alusão. 
109. As instruções das recomendações. 
110. As novas novidades. 
111. O curso do discurso 
112. O fronte do horizonte. 
113. O privado do público. 
114. O rei sem lei. 
115. O sofismo do moralismo. 
116. O soldado desorientado. 
117. O soldado orientado. 
 
O. Receita: 
118. A receita da receita. 
119. A receita feita. 
 
P. Verbetes: 
120. A concentricidade da consciência. 
121. A confiança na aliança. 
122. A entrada da entrada. 
123. A essência essencial. 
124. A fórmula formal. 
125. A função da erudição. 
126. A hora na hora. 
127. A letra à caneta. 
128. A molécula-máter. 
129. A perseverança da constância. 
130. A saída da entrada. 
131. A sutileza sutil. 
132. A verbetografia verbetológica. 
133. A verbetologia verbetográfica. 
134. As matias da polimatia. 
135. As tecas da holoteca. 
136.O ciclo do holociclo. 
137. O docente consciente. 
138. O ene do pensene. 
139. O menu cru. 
140. O papel fiel. 
141. O ponto de partida. 
142. O registro registrado. 
143. O valor do verbete. 
144. O vestido vestido. 
As formas, as pinturas, as expressões, as 
comunicações, os recortes da realidade, a 
multidimensionalidade, o conteudo de cada forma, as 
conexoes, as interrrelações, tudo tem relação, se obtivermos 
uma visão cosmovisiológica da realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
AUTOCONHECIMENTO 
(o direito de conhecer a si mesmo é 
instransferivelmente seu) 
 
 
 
 
 
 
AUTOCONHECIMENTO 
E CAPACITAÇÃO 
COGNITIVA NEURAL 
 
 
A pedagogia brasileira não está preparada para 
identificar estudantes superdotados nas salas de aula. 
A superdotação não garante autoestima elevada nem 
tão pouco o êxito da criança, ou do jovem durantes as aulas, 
ao contrário, indivíduos possuidores de altas habilidades 
neurais ou cognitivas que se destacam dos demais - em 
alguns casos - evidenciam a dificuldade alheia seja ela dos 
colegas ou dos professores. 
O Conselho Brasileiro para a Superdotação 
(ConBraSD) reforça que existem de 2 a 3 crianças 
superdotadas em cada sala de aula, reinterando a 
necessidade da manutenção de estudos aprofundados nesta 
temática. 
Quanto mais pessoas estudarem valorizarem a 
cognição, a sabedoria, e o potencial intelectual dos alunos 
mais chances eles terão de amadurecimento emocional e 
intelectual. 
A esteticidade e a criatividade podem ajudar no 
desenvolvimento do estudante superdotado cognitivamente 
bem como da própria autoconfiança e autoestima. 
As ações a seguir podem ser desenvolvidas e 
estimuladas em crianças e jovens 
 
001. Abstrair. 
002. Adequar. 
003. Aferir. 
004. Afinar. 
005. Agrupar. 
006. Ajustar. 
007. Alinhar. 
008. Aliviar. 
009. Ampliar. 
010. Analisar. 
011. Anatomizar. 
012. Antagonizar. 
013. Apreender. 
014. Armar. 
015. Arrolar. 
016. Articular. 
017. Assenhorar. 
018. Associar. 
019. Assuntar. 
020. Ativar. 
021. Atravessar. 
022. Autoconscientizar. 
023. Avaliar. 
024. Comparar. 
025. Compor. 
026. Compreender. 
027. Conceber. 
028. Concretizar. 
029. Confrontar. 
030. Consolidar. 
031. Contextualizar. 
032. Contrapor. 
033. Converter. 
034. Coordenar. 
035. Copiar. 
036. Cotejar. 
037. Criar. 
038. Decodificar. 
039. Decompor. 
040. Demarcar. 
041. Desconsiderar. 
042. Desenhar. 
043. Desenvolver. 
044. Desmanchar. 
045. Desmontar. 
046. Detalhar. 
047. Diminuir. 
048. Distanciar. 
049. Elencar. 
050. Embelezar. 
051. Enfocar. 
052. Entender. 
053. Entretonalizar. 
054. Esconder. 
055. Espacializar. 
056. Espelhar. 
057. Esquadrinhar. 
058. Estilizar. 
059. Estudar. 
060. Examinar. 
061. Fixar. 
062. Focar. 
063. Fortalecer. 
064. Geometrizar. 
065. Idealizar. 
066. Iluminar. 
067. Imaginar. 
068. Intuir. 
069. Juntar. 
070. Justapor. 
071. Melhorar. 
072. Mesclar. 
073. Misturar. 
074. Montar. 
075. Observar. 
076. Ordenar. 
077. Organizar. 
078. Orquestrar. 
079. Padronizar. 
080. Pensar. 
081. Permanecer. 
082. Perspectivar. 
083. Pesquisar. 
084. Pintar. 
085. Ponderar. 
086. Produzir. 
087. Qualificar. 
088. Readaptar. 
089. Readequar. 
090. Reajustar. 
091. Realinhar. 
092. Reaplicar. 
093. Reavivar. 
094. Recompor. 
095. Recortar. 
096. Reduzir. 
097. Reelaborar. 
098. Reestruturar. 
099. Refazer. 
100. Referenciar. 
101. Refinar. 
102. Refletir. 
103. Reforçar. 
104. Reformar. 
105. Refratar. 
106. Registrar. 
107. Regularizar. 
108. Reiniciar. 
109. Reler. 
110. Remontar. 
111. Renovar. 
112. Reobservar. 
113. Reordenar. 
114. Reorganizar. 
115. Reperspectivar. 
116. Replicar. 
117. Repor. 
118. Reposicionar. 
119. Requalificar. 
120. Restaurar. 
121. Reunir. 
122. Salientar. 
123. Separar. 
124. Significar. 
125. Simbolizar. 
126. Sincronizar. 
127. Singularizar. 
128. Sobrepairar. 
129. Sofisticar. 
130. Solidificar. 
131. Sublinhar. 
132. Tonalizar. 
133. Unir. 
 
 
 
EXEMPLIFICANDO O 
AUTOCONHECIMENTO: 
 
EXPOSIÇÃO DO TEMPERAMENTO 
DA AUTORA FABIANA CERATO 
 
Até agora analisamos ações, temperamento, e as 
decisões de crianças, jovens e adultos portadores de altas 
capacidades cognitivas. 
 Para exemplificar o autoconhecimento e a 
autopesquisa mostro, listadas abaixo, caraterísticas do meu 
temperamento, analisadas a partir de livro 
Conscienciograma. 
 
A medição dos resultados é feita em percentual (%) – o 
resultado máximo é 100% – as características pessoais 
analisadas foram 10: 
- soma (relação do ser humano com o corpo), 
- holochacra (capacidade de movimentação 
energética), 
- antiemocionalidade (antidramatização), 
- racionalidade (reflexão e cognição), 
- liderança, 
- comunicabilidade, 
- priorização (missão/objetivos de vida), 
- coerência (retidão nas ações e manifestações / 
solidez), 
- consciencialidade (senso de humanização), 
- universalidade (antidogmatismo) 
 
(livro-base: Conscienciograma, Vieira, 1997) 
 
SOMA: 
Psicomotricidade (Neurônios e massa muscular) 52% 
Escolaridade (Curriculo pessoal) 52% 
Hereditariedade (Paragenética e Genética) 49% 
HOLOCHACRALIDADE: 
Sanidade (Homeostase da conscin) 60% 
Vitalidade (Subcérebro abdominal) 59% 
 
Aquisitividade (Auto-apego e autodesapego) 59% 
 
ANTIEMOCIONALIDADE: 
Potencialidade (Coragem da consciência) 73% 
Utilidade (Conscin e tempo livre) 72% 
Influenciabilidade (Conscin-satélite) 71% 
Transcendentalidade (Conscin e misticismo) 71% 
RACIONALIDADE: 
Invulgaridade (Consciência e talentos) 78% * 
Intelectualidade (Conscin e inteligências) 68% 
Racionalidade (Conscin e mentalsoma) 65% 
Animicidade (Conscin e animismo) 65% 
Imperturbalidade (Conscin e autocontrole) 65% 
LIDERANÇA: 
Antidispersividade (Maturidade dos desempenhos) 74% 
Repercutibilidade (Liderança multidimensional) 69% 
Contemporaneidade (Conscin e época) 66% 
COMUNICABILIDADE: 
Esteticidade (Conscin e arte) 77%* 
Maxicomunicabilidade (Conscin e linguagem) 73% 
Reverificabilidade (Conscin e omniquestionamento) 68% 
PRIORIZAÇÃO: 
Atividade (Maturidade das tarefas) 68% 
Versatilidade (Universalismo intelectual) 62% 
Cientificidade (Conscin e ciência) 62% 
COERÊNCIA: 
Desrepressividade (Descondicionamento) 71% 
Competitividade (Conscin e concorrência) 68% 
Objectividade (Teoria e vivência) 63% 
CONSCIENCIALIDADE: 
Antimaterialidade (Conscin e materialismos) 70% 
Multidimensionalidade (Vida multidimensional) 69% 
Identidade (Conscins e heranças) 69% 
Serialidade (Vidas sucessivas) 66% 
Pacificidade (Conscin e antibelicismo) 61% 
UNIVERSALIDADE: 
Holossomaticidade (Conscin e instrumentos) 54% 
Inseparabilidade (Conscin e interdependências) 53% 
Apatricidade (Consciência e cidadania) 52% 
 
 
 
Valores da autora: 
 
olhe para você – leitor, 
descubra quem você é, 
o que você valoriza? 
 
 intenções saudáveis, 
 auto e heteroacolhimento, 
 crescimento evolutivo, 
 intercâmbio energossomático, 
 interassistência familiar, 
 aprendizado fraterno, 
 escrita, pesquisa, 
 valorização da essência consciencial, 
 bom humor, leveza, 
 limpeza nas manifestações, 
 ética (cosmoética). 
 
O ser humano 
reflete pouco 
 
A reflexão é o pilar da saúde humana. 
A reflexão é a concentração sobre as 
próprias idéias, sentimentos e 
representações. Refletir é aprender a 
pensar por si próprio. 
Diariamente reforçamos comporta-
mentos ou ações que conhecemos, e 
deixamos de lado o que não é imediato ou 
necessário. 
Direcionamos ações para a gestão do 
dia a dia atendendo necessidades vitais 
ou imediatas, tais como: alimentação, 
roupa, dinheiro, sexo, higiene pessoal, e 
nelas nos apoiamos para sobreviver. 
Porque o ser humano não exercita a 
reflexão?Será pela correria, ou excesso de 
dedicação ao trabalho, por desconhe-
cimento, ou por achar que refletir não 
acrescenta? 
A mídia valoriza as grandes empresas 
dedicando esforços no desenvolvimento 
de propagandas de imóveis, carros, 
aparelhos de celular, bebidas, cigarros e 
itens de retorno imediato. Novas ne-
cessidades vão sendo empurradas ao ser 
humano, educoradas pelo véu da 
sobrevivência e da vitalidade. 
Como imaginar hoje (2017) uma vida 
sem whatssApp, ou sem o celular? 
Ampliamos a distância entre essência, 
valores, princípios morais e pessoais com 
necessidades materiais. Se não 
praticamos a reflexão não enxergamos 
situações, contextos e pessoas, o dia a dia 
torna-se ocupado pelo vazio da 
superficialidade. 
Tudo passa a ser mais rápido, 
nervoso, ansioso, nevrálgico, importante e 
imprescindível, é preciso abraçar o mundo 
e todas os desejos e necessidades dos 
clientes, vendedores, fornecedores, 
trabalhadores, família, filhos, parceiros, 
parceiras. 
A grande maioria dos conflitos não 
existiria se a reflexão, a ponderação e a 
critica saudável fossem praticadas. Criticar 
não é acusar ou maltratar, criticar é 
mostrar o que pode ser melhorado, 
validado, qualificado. 
Porém criticar “somente em 
pensamento” de nada serve – comuni-
cação sem ponderação e assertividade 
não contribui, não soma esforços. 
Portanto, saber refletir é também 
saber se comunicar, saber criticar, saber 
falar, e saber ouvir. Estes quatro verbos 
complementam-se no processo reflexivo e, 
sendo bem utilizados, unem forças para 
que o ser humano viva mais feliz e não 
delegue a terceiros as realizações e a 
gestão da própria vida. 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
(aplicação do autoconhecimento na arquitetura) 
 
 
 
VERBETE 
(o verbete é a entrada da 
enciclopédia da conscienciologia: 
www.tertuliaconscienciologia.org/) 
 
 
ARQUITETO INTERMISSIVISTA 
LÚCIDO 
(DESASSEDIOLOLOGIA) 
 
 
 
 
 
 
 
INTEGRAÇÃO ENTRE 
AS 3 ÁREAS: 
 
ARQUITETURA, 
AUTOCONHECIMENTO, 
NEUROCIÊNCIA 
 
 
Definição do verbete: 
 
O arquiteto intermissivista lúcido é 
a consciência, ex-aluna de Curso 
Intermissivo autoconsciente do papel 
assistencial na condição de profissional de 
Arquitetura e Urbanismo, responsável pelo 
desassédio nas tarefas de idealização, 
planejamento, construção, reforma, 
renovação, restauração, reordenação e 
regularização de ambientes e espaços 
físicos. 
 
 
Glossário do verbete: 
 
Desassédio: o desassédio é o processo 
de limpidez de raciocínio, resultante de 
melhorias e mudanças (reciclagens) 
pessoais, em maior ou menor grau. 
 
 
Curso intermissivo: você tem a sensação de algo 
importante a realizar nesta vida? 
Traz consigo, desde a infância, idéias inatas 
sobre o próprio destino? 
Compreende, sem crenças, que somos seres 
imortais e interagimos com múltiplas dimensões? 
Reconhece em si mesmo capacidades 
parapsíquicas (energéticas) que podem ser 
desenvolvidas para ajudar os outros? 
Possui senso de responsabilidade perante a 
humanidade e visa amadurecer sua conduta ética? 
Se você respondeu sim a algumas 
perguntas, estas convicções íntimas podem ser 
indícios de que você possui as características de 
quem estudou, planejou e se preparou para os 
desafios desta vida humana antes de nascer em 
outra dimensão fazendo um Cursos Intermissivo. 
 
 
MÓDULO V 
 
ARGUMENTOS 
CONCLUSIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARGUMENTOS CONCLUSIVOS 
 
Ser um profissional consciente é o grande desafio 
porque nossos alunos, professores, colegas, e clientes 
possuem referencias estruturados em pensamentos viciados 
e muitas vezes distorcidos, fantasiosos e superficiais. 
Na lida com a criança, o jovem, o adulto, o idoso, o 
aluno, o filho, o pai, o professor, ou o colega de profissão é 
importante termos consciência de que podemos agir um 
pouco melhor a cada dia. 
Conseguimos melhorar o outro se eu começo o 
processo por mim mesmo, todos somos pesquisadores, livre-
pensadores e autores da própria vida e das próprias 
escolhas, portanto: melancolias, reclamações, desesperos, 
desentendimentos e brigas demostram crises internas. 
A questão não é o aluno, ou as demais pessoas, a 
questão 
 - quando ocorrem as crises - é da própria pessoa ao não 
saber lidar com o diferente dela. 
Para tanto acreditar, estudar e estimular o potencial 
cognitivo dos demais não só é motivador – mas também nos 
estimula a crescer como ser humano, em essência. 
Todos podemos ser excelentes profissionais e fazer 
excelentes escolhas basta estar atento, refletir, estudar, e 
pesquisar-se constantemente. 
Nosso microuniverso é muito mais amplo que o 
universo externo. 
 
 
se o interior estiver em 
paz, o exterior tanto faz 
 
 
 
REFERENCIAL 
BIBLIOGRÁFICO, 
WEBGRÁFICO, 
FILMOGRÁFICO. 
 
BIBLIOGRAFIA. 
 
1. Albrecht, Karl; Inteligência Social: A Nova Ciência 
do Sucesso; pref. Warren Bennis; 262 p.; 11 caps.;42 refs.; 
24 x 17 cm; br.; M. Books; São Paulo, SP; 2006. 
2. Alencar, E. M. L. S., &Virgolim, A. M. R. 
Dificuldades emocionais e sociais do superdotado. Em 
E.M.L.S; Brasília, DF. 2001. 
3. Bueno, Mariano; O Grande Livro da Casa 
Saudável (El Gran Libro de la Casa Sana); trad. José Luiz 
da Silva; 280 p.; 4 seções; 18 caps.; 37 enus.; 2 fotos; 165 
ilus.; 10 tabs; 206 refs.; 23 x 17 cm; br.; Roca; São Paulo, 
SP; 1995. 
4. Campbell, Linda C.; Campbell, Bruce; & 
Dickinson, Dee; Ensino e Aprendizagem por Meio das 
Inteligências Múltiplas (Teaching and Learning through 
Multiple Intelligences); revisor Magda França Lopes; trad. 
Maria da Graça Gomes Paiva; 308 p.; 32 enus.; 5 notas; 23 x 
16 cm; br.; 2ª Ed.; Artes Médicas Sul; Porto Alegre, RS; 
2000. 
5. Cerato, Fabiana; Curso Intermissivo; Curso 
Extracurricular; Escola de Autopesquisa da Consciência 
(EAC): Porto Alegre, RS. 2010. 
6. Cerato, Fabiana; QI social; verbete; in: Vieira, 
Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; disponível 
em: <www.tertuliaconscienciologia.org>. 2012. 
7. Cerato, Fabiana; Dispersão intelectual; verbete; 
in: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; 
disponível em: <www.tertuliaconscienciologia.org>. 2013. 
8. Cerato, Fabiana; Dança; verbete; in: Vieira, Waldo; 
Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; disponível em: 
<www.tertulia conscienciologia.org>. 2014. 
9. Civita, V. Mestres da pintura: Leonardo da Vinci. 
Abril Cultural: São Paulo, SP. 1977. 
10. Freitas, Juarez; Sustentabilidade: Direito ao 
Futuro; revisor Marcelo Belico; 346 p.; 10 caps.; 1 E-mail; 38 
enus.; 1 microbiografia; 1 website; 452 refs.; 23 x 17 cm; br.; 
2ª Ed.; Editora Fórum; Belo Horizonte, MG; 2012. 
 11. Gardner, H. Inteligências Múltiplas: A teoria na 
prática Artes Médicas: Porto Alegre, RS. 1994. 
12. Goleman, D.; La Práctica de La Inteligencia 
Emocional; Barcelona, España. 1998. 
13. Goleman, Daniel; Inteligência Emocional: A 
Teoria Revolucionária que redefine o que é Ser 
Inteligente (Emotional Intelligence); revisores Fátima Tereza 
Jorge Fadel; Isabel Cristina Aleixo; & Domício Antônio dos 
Santos; trad. Fabiano Morais; 384 p.; 5 partes; 16 caps.; 156 
enus.; 1 ilus.; 411 notas; 6 apênds.; alf.; 23 x 16 cm; br.; 10ª 
Ed.; Objetiva; Rio de Janeiro, RJ; 2007. 
14. Miranda, C.; Superdotação, psicanálise e 
nomeação; Juruá: São Paulo, SP. 2015. 
15. Portella, Mônica; Estratégias de THS: 
Treinamento em Habilidades Sociais; pref. Paula Fortuna; 
& Va-nessa Karan; revisora Hebe Goldfeld; 254 p.; 6 caps.; 
43 enus.; 2 gráfs.; 12 ilus.; 27 tabs.; 166 refs.; 21 x 14 cm; 
br.; Centro de Psicologia Aplicada e Formação do Rio de 
Janeiro (CPAF); Rio de Janeiro, RJ; 2011. 
16. Idem; Teoria da Potencialização da Qualidade 
de Vida: Propostas e Técnicas da Psicologia Positiva; 
revisoras Ivia Machado; & Hebe Goldfeld; 302 p.; 9 caps.; 64 
enus.; 75 ilus.; 55 tabs; 99 refs.; 3 anexos; 21 x 14 cm; br.; 
Centro de Psicologia Aplicada e Formaçãodo Rio de Janeiro 
(CPAF); Rio de Janeiro, RJ; 2013. 
17. Seligman, Martin E. P.; Felicidada Autêntica: 
Usando a Nova Psicologia Positiva para Realização 
Permanente (Authentic Happiness); revisores Alice Dias; & 
Raquel Corrêa; trad. Neuza Capelo; 460 p.; 3 partes; 14 
caps.; 51 enus.; 12 x 16 cm; br.; Ponto de Leitura; Rio de 
Janeiro, RJ; 2002. 
18. Idem; Florescer: Uma Nova Compreensão 
sobre a Natureza da Felicidade e do Bem-estar (Flourish); 
revisor Fernanda Hamann de Oliveira; trad. Cristina Paixão 
Lopes; 362 p.; 10 caps.; 87 enus.; 10 gráfs.; 17 tabs.; 1 web-
site; 261 notas; 315 refs.; alf.; 23 x 16 cm; br.; Objetiva; Rio 
de Janeiro, RJ; 2011. 
19. Shenk, David; O Gênio em todos nós: Por que 
tudo que você ouviu Falar sobre Genética, Talento e QI 
está errado (The Genius in all of us: Why everything you’ve 
been told about Genetics, Talent, and IQ is wrong); trad. 
Fabiano Morais; 360 p.; 10 caps.; 23 ilus.; 23 x 16 cm; br.; 
Zahar; Rio de Janeiro, RJ; 2011. 
20. Vieira, Waldo; 700 Experimentos da 
Conscienciologia; 1.058 p.; 40 seções; 100 subseções; 700 
caps.; 147 abrevs.; 1 cronologia; 100 datas; 1 E-mail; 600 
enus.; 272 estrangeirismos; 2 tabs.; 300 testes; glos. 280 
termos; 5.116 refs.; alf.; geo.; ono.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.; 
Instituto Internacional de Projeciologia; Rio de Janeiro, RJ; 
1994. 
21. Vieira, Waldo; Homo sapiens pacificus; 
revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 584 p.; 24 
seções; 413 caps.; 403 abrevs.; 38 E-mails; 434 enus.; 484 
estrangeirismos; 1 foto; 37 ilus.; 168 megapensenes 
trivocabulares; 1 microbiografia; 36 tabs.; 15 websites; glos. 
241 termos; 25 pinacografias; 103 musicografias; 24 
discografias; Enciclopédia da Conscienciologia 11 grafias; 
240 filmes; 9.625 refs.; alf.; geo.; ono.; 29 x 21,5 x 7 cm; 
enc.; 3ª Ed.; Gratuita; Associação Internacional do Centro de 
Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); & Associação 
Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2007. 
22. Vieira, Waldo; Manual da Proéxis: Programação 
Existencial; 2a Ed.; IIPC: Rio de Janeiro, RJ. 1998. 
23. Vieira, Waldo; Manual dos Megapensenes 
Trivocabulares; revisores Adriana Lopes; Antonio Pitaguari; 
& Lourdes Pinheiro; 378 p.; 3 seções; 49 citações; 85 
elementos linguísticos; 18 E-mails; 110 enus.; 200 fórmulas; 
2 fotos; 14 ilus.; 1 microbiografia; 2 pontoações; 1 técnica; 
4.672 temas; 53 variáveis; 1 verbete enciclopédico; 16 web-
sites; glos. 12.576 termos (megapensenes trivocabulares); 9 
refs.; 1 anexo; 27,5 x 21 cm; enc.; Associação Internacional 
Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2009. 
24. Wilmot, William W.; & Hocker, Joyce L.; 
Interpersonal Conflict; 364 p.; 11 caps.; 85 enus.; 194 ilus.; 
5 tabs.; 726 refs.; 23 x 18,5 cm; br.; 7ª Ed.; Mc Graw-Hill; 
New York, NY; 2007. 
 
 
WEBGRAFIA. 
 
1. Associação brasileira de altas habilidades e 
superdotação: 
http://apahsd.org.br/caracteristicas-dos-alto-habilidosos; 
acesso em outubro e novembro/2016. 
 
2. Arquitetura do cérebro: 
http://www.ufrgs.br/redeneurogenetica, acesso em outubro e 
novembro/2016. 
 
3. Brain architecture: 
 http://developingchild.harvard.edu/science/key-concepts-
/brain-architecture, acesso em outubro e novembro/2016. 
 
4. Psychology of Arts (a união da arte e da psicologia) 
– entrevista com Ellen Winner, pesquisadora da 
superdotação, universidade de Boston. 
https://www.youtube.com/watch?v=K4_j7DDAo-Y, 
acesso jan 2018. 
FILMOGRAFIA. 
 
1. A CHEGADA: Lançamento em 2016. Filme 
americano que relata a interação entre seres interplanetários 
e a Dra. Louise Banks (Amy Adams), uma linguista 
especialista no assunto. Ela é procurada por militares para 
traduzir os sinais e desvendar se os alienígenas representam 
uma ameaça ou planeta Terra. 
2. A ORIGEM DAS COISAS. Título Original: The story 
of stuff. País: Estados Unidos. Data: 2011. Duração: 21 min. 
Gênero: Drama. Idade (censura): Livre. Idioma: Ingles. Cor: 
Colorido. Legendado: Português (em DVD). Vídeo-aula 
retrata a trajetória e a origem do ciclo de produção e 
consumo. 
3. A VIDA DE LEONARDO DA VINCI. Lançamento 
em 2012. Título Original: La Vita di Leonardo da Vinci. 
Documentário italiano, considerado o mais completo filme 
sobre a vida de Leonardo da Vinci, série em 5 episódios, 
esta superprodução da RAI foi filmada nas locações reais 
onde Leonardo viveu, segundo meticulosa pesquisa 
histórica. Apresenta a história de Leonardo da Vinci desde a 
infância em Florença até a dessoma na França, passando 
pela longa estada em Milão. Mostra o processo de criação 
das principais obras-primas do artista, a Mona Lisa e a 
Última Ceia, além dos desenhos de Anatomia Humana e das 
inúmeras invenções. 
4. AVATAR: Lançamento em 2009. Filme americano 
de ação e ficção científica. Jake Sully ficou paraplégico após 
um combate na Terra. Ele é selecionado para participar do 
programa Avatar, em substituição ao seu irmão gêmeo, 
falecido. Jake viaja a Pandora, uma lua extraterrestre, onde 
encontra diversas formas de vida. O local é o lar dos Na'Vi, 
seres humanóides que, apesar de primitivos, possuem maior 
capacidade física que os humanos. Os Na'Vi têm três metros 
de altura, pele azulada e vivem em paz com a natureza de 
Pandora. Os humanos desejam explorar a lua, de forma a 
encontrar metais valiosos e são incapazes de respirar o ar 
de Pandora, criando seres híbridos chamados Avatar. Eles 
são controlados por seres humanos, através de tecnologia 
que permite a projeção de seus pensamentos no corpo do 
Avatar. 
5. DIVERGENTE: Lançamento em 2014. Filme 
americano de ação e ficção científica. A história se passa em 
uma versão distópica da cidade de Chicago e introduz a vida 
de Beatrice Prior, jovem (considerada 100% divergente) de 
16 anos que ameaça destruir o sistema de facções do 
conhecimento implantado na cidade por não reconhecer os 
padrões estabelecidos pela mesma. 
6. SHINE (BRILHANTE). Título Original: Shine. País: 
Austrália. Data: 1996. Direção: Scott Hicks. Roteiro: Scott 
Hicks; Jan Sardi. Gênero: Drama / Musical / Romance. 
Duração: 105 minutos. Tipo: Longa-metragem Elenco: 
Geoffrey Rush; Noah Taylor; Armin Mueller-Stahl; Lynn 
Redgrave; John Justin; Braine Gielgud; Alex Rafalowicz; 
Sonia Todd; Chris Haywood. Sinopse: Baseado na 
verdadeira história de pianista australiano David Helfgott, 
este filme mostra a paixão de David (Geoffrey Rush) pela 
música clássica. Porém, a rejeição familiar e a pressão para 
realizar concertos perfeitos o levam ao desequilíbrio mental. 
O amor de uma mulher o ajuda a compartilhar o talento 
musical com o resto do mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS: 
ANEXO 1: artigo sobre a arquite-
tura neurogenética da superdotação. 
ANEXO 2: apresentação (com 
imagens) sobre memória e 
aprendizado. 
ANEXO 3: apresentação (com 
imagens) sobre o tálamo e o córtex. 
ANEXO 4: workshop em 
autoestima e altas capacidades 
cognitivas. 
 
ANEXO 1: 
 
artigo sobre a arquitetura 
neurogenética da 
superdotação. 
 
 
1 
 
 
 
FAA - FACULDADE ANGLO-AMERICANO 
 
 
FABIANA MELLO CERATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARQUITETURA NEUROGENÉTICA DA SUPERDOTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOZ DO IGUAÇU 
2016 
2 
 
FABIANA MELLO CERATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARQUITETURA NEUROGENÉTICA DA SUPERDOTAÇÃO 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado como requisito obrigatório 
para a matéria de metodologia científica da 
Faculdade Anglo-Americano (FAA). 
 
Orientador: Esp. Vinicius Gustavo Coelho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOZ DO IGUAÇU 
2016 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À família, motivadores da alegria de 
viver. Aos amigos, motivadores da 
esperança. 
Aos professores e colegas da facul-
dade, estimuladores e motivadores 
constantes do aprendizado. 
 
4 
 
ARQUITETURA NEUROGENÉTICA DA SUPERDOTAÇÃO 
 
 
Fabiana Cerato * 
* arquiteta, estudante do curso de Psicologia da Faculdade Anglo-americano 
 
 
 
 
RESUMO. 
 
O presente artigobusca conscientizar pais e professores de alunos com altas 
habilidades cognitivas afim de que possam estimular e valorizar o cabedal 
intelectual e emocional existente qualificando o aluno em sala de aula. 
Objetivou-se a coleta de dados sobre a arquitetura neurogenética da 
superdotação e a pesquisa dos processos cognitivos através de entrevistas 
com profissionais da área da saúde. A questão problema da pesquisa é: 
Como se estrutura a arquitetura neurogenética da Superdotação? As 
considerações finais demonstram que a estrutura cerebral das crianças com 
altas habilidades cognitivas, detalhada na hipótese alternativa, diferenciam-se 
dos demais alunos, assim como atenção, memória de curto prazo e atenção 
associativa. 
 
 
 
PALAVRAS CHAVE: estrutura; altas habilidades; reflexão; cognição; saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT. 
 
The present article seeks to gather research in Psychology, Neuroscience and 
Education fields in regards to the giftedness process. The aim is to analyze 
the neural architecture, genetics, family and social influences that stimulate or 
hinder the process of giftedness. Bibliographical data and interviews with 
Health Professionals were collected on the subject matter. Guiding the 
research were 3 questions: 1. Giftedness exists or is it a myth? 2. What is the 
neural, genetic and contextual substrate of giftedness? 3. What are the ideal 
ways to cognitively stimulate children, adolescents, adults and seniors? 
 
 
 
KEY WORDS: structure; gifted abilities; reflection; cognition; health. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
ÍNDICE 
 
 
RESUMO. 
ABSTRACT. 
INTRODUÇÃO. 
Capítulo 1 – PROBLEMATIZAÇÃO. ............................................................................ 10 
TEMA. 
HIPÓTESES. 
Hipótese nula. 
Hipótese alternativa. 
OBJETIVOS. 
Objetivos Gerais. 
Objetivos Específicos. 
JUSTIFICATIVA. 
METODOLOGIA. 
Capítulo 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. ............................................................... 18 
Superdotação. 
Dificuldades enfrentadas pelas crianças superdotadas. 
Arquitetura neurogenética da superdotação. 
O sistema límbico e córtex pré-frontal. 
Eixos de pesquisa: memória, atenção, associação, linguagem. 
Capítulo 3 – ENTREVISTA COM PROFISSIONAIS DA SAÚDE. ................................ 24 
Entrevista com médico e psicólogo. 
Capítulo 4 – ABORDAGENS CONCLUSIVAS. . .......................................................... 27 
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO, WEBGRÁFICO, FILMOGRÁFICO. . ..................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
INTRODUÇÃO 
 
A cognição muda a vida do ser humano, pode-se dizer que somos o 
que pensamos, ou o que o nosso cérebro processa. Ao abrirmos espaço para 
reflexão e para o pensamento, nossas ações mudam, nos tornamos pessoas 
melhores e mais felizes. 
O interesse pela superdotação iniciou quando identifiquei ter perdido 
algumas possibilidades de qualificar o próprio processo cognitivo. Hoje busco 
pesquisar esta temática e entendo que a associação entre estudo, leitura, 
escrita, arte, filosofia, ciência, e percepção emocional ampliam e estimulam a 
reflexão, a ponderação e a cognição. Indivíduos superdotados praticam tal 
associação de maneira natural, sendo pessoas de raciocínio mais rápido e 
melhor. 
Durante o semestre passado, enquanto cursava o primeiro período de 
Psicologia, tive a oportunidade de trabalhar com um grupo de crianças e 
jovens superdotados. O grupo vem sendo mantido e patrocinado pela 
faculdade Uniamérica há 3 anos com o nome de Projeto Elevens. O Projeto 
Elevens (PE) é um projeto sem fins lucrativos e gratuito. A missão do projeto 
é identificar, acolher e encaminhar e reforçar estruturas cognitivas das 
crianças com altas habilidades cognitivas (superdotadas) através da 
educação pautada na ética e na responsabilidade social. 
O público-alvo do Projeto Elevens são crianças e jovens da rede 
pública de Foz do Iguaçu. A seleção foi feita por psicólogos e testes 
cognitivos. O objetivo do projeto é favorecer a autoestima do estudante 
superdotado e torná-lo agente de transformação social, econômica e 
tecnológica, reduzindo os riscos de segregação social. 
Este artigo é resultado da experiência pregressa com o grupo 
supramencionado, de coleta bibliográfica e entrevistas com profissionais da 
área da saúde. 
O artigo está estruturado em 4 capítulos: 1. Problematização, 2. 
Fundamentação Teórica, 3. Entrevistas com profissionais da saúde. 4. 
Abordagens conclusivas. 
 
8 
 
Capítulo 1 – PROBLEMATIZAÇÃO. 
 
1.1. TEMA. 
Arquitetura neurogenética da superdotação. 
 
 
1.2. PROBLEMA DE PESQUISA. 
A pesquisa foi desenvolvida a partir do seguinte questionamento: 
“Como se estrutura a arquitetura neurogenética do ser humano 
superdotado?” 
 
1.3. HIPÓTESES. 
HIPÓTESE NULA: Não existe relação entre superdotação e arquitetura 
neurogenética, pessoas superdotadas possuem estrutura cerebral iguais a 
dos demais. 
HIPÓTESE ALTERNATIVA: A arquitetura neurogenética de indivíduos 
superdotados diferencia-se dos demais. 
 
1.4. OBJETIVOS. 
 
Objetivo Geral. 
Compreender os processos vinculados a superdotação. 
 
Objetivos Específicos. 
Entender a arquitetura neurogenética no desenvolvimento da superdotação. 
Compreender a relação entre superdotação e ambiente familiar. 
Analisar o perfil de crianças e jovens superdotados. 
Desvendar o potencial cognitivo e associativo do aprendizado humano. 
 
1.5. JUSTIFICATIVA. 
 
A pedagogia brasileira não está estruturada para identificar estudantes 
superdotados na sala de aula. A superdotação não garante estima elevada, 
nem tão pouco o êxito, ao contrário, crianças possuidoras de altas 
habilidades cognitivas ou que se destacam dos demais em alguns casos 
9 
 
evidenciam a dificuldade alheia, seja dos colegas ou dos professores e 
podem vir a ser negligenciadas. 
O Conselho Brasileiro para a Superdotação (ConBraSD) reforça que 
existem de 2 a 3 crianças superdotadas em cada sala de aula, reinterando a 
necessidade da manutenção de estudos aprofundados nesta temática. 
 
1.6. METODOLOGIA. 
 
A metodologia deste trabalho foi estruturada em 2 momentos. O 
primeiro momento constitui-se de coleta bibliográfica, estudando memória de 
curto prazo, atenção, associação, linguagem e sistema límbico; e o segundo 
momento entrevistando profissionais da saúde, e estudantes superdotados. 
 
Capítulo 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. 
 
2.1. Superdotação. 
 
Sempre que falamos em Superdodação o que vem à mente são os 
grandes gênios da humanidade: Albert Einstein, William Shakespeare, 
Wolfgang Amadeus Mozart, Isaac Newton, Charles Darwin, Leonardo da 
Vinci, Marie Curie, Mahatma Ghandi e Pablo Picasso dentre outros. 
Eles se destacaram em virtude das realizações criativas e 
contribuições para a humanidade, elevando o conhecimento humano, a 
tecnologia, a cultura, as ciências e as artes a novos patamares. 
As altas habilidades cognitivas, também conhecidas como 
superdotação, vem sendo estudadas por psicólogos, pedagogos, psiquiatras 
e médicos. 
Crianças superdotadas nasceram com habilidades acima da média na 
área cognitiva, intelectual e/ou psicomotora, apresentam notável 
desempenho e diferenciam-se dos demais colegas sendo algumas vezes 
chamadas de nerds ou polivalentes. 
Estas crianças possuem características peculiares, não se 
assemelham com seus pares, não são homogêneas e seu desenvolvimento 
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pode distinguir uma das outras. Nem sempre apresentam-se precoces, seu 
nível de conhecimento pode variar, são talentosos em uma área do 
conhecimento, mas em outras podem precisar de mediação e estímulo como 
qualquer criança. 
Abaixo detalhamos os eixos de capacitação dos alunos superdotados. 
Habilidade cognitiva geral: demonstram curiosidade, capacidade 
observativa, habilidade de abstração, habilidade questionadora. 
Talento acadêmico: apresentamdesempenho elevado na escola, 
especialmente em testes de conhecimento e capacidade acima da média nas 
tarefas acadêmicas. 
Pensamento criativo: demonstram capacidade para desenvolver 
idéias originais e propõem novos padrões em tarefas recebidas. 
Liderança: destacam-se como líder social, ou estudantil, pela elevada 
capacidade de coordenação de classe, e em geral conseguem promover 
interação produtiva com os demais colegas. 
Artes visuais e cênicas: apresentam habilidades superiores em 
pintura, escultura, desenho, filmagem, dança, canto, teatro e instrumentos 
musicais. 
Habilidades psicomotoras: apresentam ótimo desenvolvimento 
atlético, incluindo o uso de habilidades motoras refinadas e habilidades 
mecânicas. 
A superdotação também pode ser identificada em uma ou mais 
modalidades de inteligências estudadas pelo pesquisador Howard Gardner 
(1994). Descrevemos 10 módulos de inteligência pesquisados por ele. 
01. Inteligência Verbal-Linguística: uso da linguagem para expressar 
e avaliar significados complexos. 
02. Inteligência Lógico-matemática: capacidade para realizar 
associações, operações matemáticas e ideativas. 
03. Inteligência Espacial: capacidade de abstração e pensamento 
tridimensional. 
04. Inteligência Corporal: capacidade de manipulação e domínio do 
corpo físico. 
05. Inteligência Interpessoal: capacidade de interação com as 
outras pessoas. 
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06. Inteligência Intrapessoal: capacidade de autocompreender-se, 
autoperceber-se, e autopercuciência. 
07. Inteligência Naturalista: capacidade de interação com padrões 
da natureza. 
08. Inteligência Energética: capacidade de manipular bioenergias. 
09. Inteligência Multifocal: capacidade de ler contextos e 
comportamentos. 
10. Inteligência Emocional: capacidade para lidar com emoções e 
afeto. 
O emprego dos módulos de inteligências são conquistas pessoais e 
naturais na criança, no adolescente e no jovem, as quais sendo bem 
estimulados, podem trazer excelentes resultados. 
A identificação do(s) módulo(s) de inteligência(s) predominante(s) 
pode auxiliar o jovem a qualificar atributos pessoais, individuais, melhorando 
a capacidade interativa familiar, com os colegas e com a sociedade. 
 
2.2. Dificuldades enfrentadas pelas crianças superdotadas. 
 
a criança criativa rebela-se perante 
abordagens rígidas na qual ela deve 
aprender e deve considerar como 
verdadeiro o conteúdo recebido 
 
 
Crianças com altas habilidades cognitivas são frequentemente 
encaradas como ameaça pelos demais colegas pois elas conseguem realizar 
tarefas com maior eficácia e rapidez. 
Esta vantagem natural pode assustar os colegas fazendo com que 
eles se sintam incapazes. Os problemas enfrentados pelos estudantes de 
altas habilidades cognitivas estão relacionados às consequências das 
próprias ações. 
Cabe ao professor-mediador dirimir tais diferenças, incluindo e 
valorizando o quociente intelectual (QI) de todos os participantes por meio de 
trabalhos e conteúdos atraentes. 
Para resolver a divergência cognitiva natural e conquistar os demais 
colegas o aluno superdotado necessita aprender a enfrentar a 
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desconformidade e a lidar com as pressões sociais, tornando-se criativo e 
inovador e no trato com os companheiros de escola. 
Crianças com altas habilidades cognitivas podem manifestar questões 
relacionadas à inadaptação ao meio. Exemplificamos 7 aspectos a seguir. 
1. Rejeição. 
2. Oposição. 
3. Defesa do próprio sistema de valores. 
4. Intolerância. 
5. Resistência à imposição de tarefas. 
6. Não aceitação das atividades de rotina. 
7. Dificuldade em aceitar conteúdo mal estruturado, ou pouco definido. 
Estudantes superdotados apresentam necessidades específicas que 
precisam serem atendidas para aumentar as chances de desenvolvimento 
saudável e feliz. 
Alunos superdotados preferem trabalhar de forma individual devido a falta 
de estímulo recebido em casa, e na escola e podem apresentar: 
1- Baixo rendimento escolar, 
2- Decepção e frustração por não se sentirem atendidos nem 
compreendidos. 
3- Desinteresse nos estudos. 
4- Comportamento inadequado, muitas vezes confundido com 
hiperatividade, distúrbios comportamentais, ou déficit de concentração. 
O estudante com altas habilidades precisa receber estímulo e atenção 
extra, não deve ficar segregado, ou ser matriculado em colégios especiais. 
 
2.3. O sistema límbico e as áreas do córtex pré-frontal 
 
 
 
 
2.4. Arquitetura neurogenética da superdotação 
 
Para detalhar a arquitetura neurogenética da superdotação iremos, em 
um primeiro momento entender a formção da estrutura cerebral. Utilizaremos 
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léxicos ao modo de sinômimo como: arquitetura do cérebro e arquitetura 
inteligente. 
A arquitetura do cérebro, ou arquitetura neurogenética, é construída 
através do processo contínuo que começa antes do nascimento e continua 
até a idade adulta. Conexões neurais (sinapses) simples e habilidades 
estruturam-se primeiro, seguidas por circuitos e habilidades mais complexas. 
Nos primeiros anos de vida 700 a 1.000 novas conexões neurais se 
formam a cada segundo, trata-se de um imenso bombardeio de conexões. 
Após o período de proliferação rápida, entre 2 e 4 anos de vida as 
conexões são reduzidas através de um processo chamado poda sináptica, o 
qual irá reforçar circuitos cerebrais mais utilizados e torna-los eficientes. 
A arquitetura neurogenética do cérebro é composta de bilhões de 
conexões entre neurônios individuais em diferentes áreas do cérebro. Essas 
conexões permitem a comunicação rápida entre os neurônios que se 
especializam em diferentes tipos de funções cerebrais. 
Os primeiros anos são, portanto, o período mais ativo para estabelecer 
conexões neurais, mas novas conexões podem se formar ao longo da vida e 
as conexões não utilizadas continuaram a ser podadas. 
Esse processo dinâmico nunca para, é impossível determinar a 
relação entre qual porcentagem de desenvolvimento cerebral ocorre a qual 
idade. As conexões que se formam antecipadamente fornecem uma base 
forte ou fraca para as conexões que se formam mais tarde. 
As interações dos genes e experiência moldam o cérebro em 
desenvolvimento. Embora os genes forneçam o modelo para a formação de 
circuitos cerebrais, estes circuitos são reforçados pelo uso repetido. Um 
ingrediente principal neste processo de desenvolvimento é a interação 
familiar entre crianças e seus pais e outros cuidadores na família ou na 
comunidade. 
Se ocorre a falta de cuidados responsivos, ou se as respostas não são 
confiáveis na familia, a arquitetura do cérebro não se forma como esperado, 
o que pode levar a disparidades na aprendizagem e no comportamento. Os 
genes e experiências pessoais de cada indivíduo atuam juntas e moldam a 
arquitetura neurogenética do cérebro. 
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Conforme mostra o gráfico, elaborado por estudantes de Harvard, 
pode-se perceber que a capacidade de resposta esta inversamente 
associada ao esforço que este requer. 
Portanto conclui-se que alunos e indivíduos superdotados não fazem 
esforço para manifestarem as capacidades acima da média, eles 
demonstram o que são, a partir da autenticidade genética e cerebral de cada 
um. 
 
 
 
fonte: http://developingchild.harvard.edu/science/key-concepts/brain-architecture 
 
 
As capacidades cognitivas, emocionais e sociais estão entrelaçadas 
ao longo da vida. O cérebro é um órgão altamente integrado e suas múltiplas 
funções operam em coordenação entre si. O bem-estar emocional e as 
competências sociais fornecem a base sólida para as habilidades cognitivas 
emergentes, e juntos eles funcionam como tijolos e argamassa na arquitetura 
do cérebro. 
A saúde emocional e física, as habilidades sociais e as capacidades 
cognitivo-linguísticas que surgem durante os primeiros anos de vida são 
importantes para o bom desenvolvimento escolar, profissional e social. 
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